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Gramática – Advérbio

Índice
1.
Advérbio de modo................................................................................................................................2
Advérbio de intensidade........................................................................................................................2
Advérbio de lugar..................................................................................................................................2
Advérbio de tempo................................................................................................................................3
Advérbio de negação.............................................................................................................................3
Advérbio de afirmação..........................................................................................................................3
Advérbio de dúvida...............................................................................................................................3
Advérbio interrogativo..........................................................................................................................3
Advérbio de ordem................................................................................................................................3
Advérbio de inclusão.............................................................................................................................4
Advérbio de exclusão............................................................................................................................4
Grau comparativo..............................................................................................................................4
Grau superlativo................................................................................................................................5
Exercícios de aplicação sobre advérbios............................................................................................6

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Gramática – Advérbio

Gramática – Advérbio
1. advérbios
O advérbio é a palavra que indica uma circunstância (modo, lugar, tempo). Ele pode modificar um
verbo, um adjetivo ou outro advérbio.
Exemplos:

 O vizinho fala alto. (alto é um advérbio que indica o modo como o vizinho fala)
 A modelo é muito bonita. (muito é um advérbio que intensifica o quanto a modelo é bonita)
 O vizinho fala bastante alto. (bastante é um advérbio que intensifica o quanto o vizinho fala
alto)
De acordo com as circunstâncias que exprimem, os advérbios podem ser de modo, intensidade,
lugar, tempo, negação, afirmação, dúvida.

Advérbio de modo
Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, devagar, acinte, adrede, debalde, e grande parte das palavras
que terminam em "-mente", como cuidadosamente, calmamente, tristemente.
O advérbio de modo indica a forma como algo aconteceu ou foi feito, por exemplo:

 Fui bem na prova.


 Estava andando depressa por causa da chuva.
 Colocou os copos cuidadosamente na pia.
Advérbio de intensidade
Muito, demais, pouco, mais, menos, bastante, tão, quão, demasiado, imenso, quanto, quase, tanto,
assaz, tudo, nada, todo.
O advérbio de intensidade reforça algo, por exemplo:

 Comeu demasiado naquele almoço.


 Ela gosta bastante dele.
 A mãe é muito atenciosa.
Advérbio de lugar
Aí, aqui, acolá, cá, lá, ali, adiante, abaixo, embaixo, acima, adentro, dentro, afora, fora, atrás, detrás,
além, aquém, defronte, antes, aonde, longe, perto, algures, nenhures, alhures.

O advérbio de lugar indica um espaço ou uma posição, por exemplo:

 Minha casa é ali.


 O livro está embaixo da mesa.
 As notas estão bem abaixo do esperado.

Advérbio de tempo

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Hoje, já, afinal, logo, agora, amanhã, amiúde, antes, ontem, tarde, breve, cedo, depois, enfim, ainda,
jamais, nunca, sempre, doravante, outrora, primeiramente, imediatamente, antigamente,
provisoriamente, sucessivamente, constantemente, entrementes.
O advérbio de tempo indica um momento, um período, por exemplo:

 Ontem estivemos numa reunião de trabalho.


 Sempre estamos juntos.
 Já chegou?
Advérbio de negação
Não, nem, tampouco, nunca, jamais.
O advérbio de negação serve para negar ou dizer que algo não é verdade, por exemplo:

 Jamais reatarei meu namoro com ele.


 Não saiu de casa naquela tarde.
 Sequer pensou para falar.
Advérbio de afirmação
Sim, certo, certamente, realmente, decididamente, efetivamente, deveras, indubitavelmente, decerto.
O advérbio de afirmação serve para afirmar ou confirmar, por exemplo:

 Certamente passearemos nesse domingo.


 Ele gostou deveras do presente de aniversário.
 Sim, vou.
Advérbio de dúvida
Talvez, possivelmente, provavelmente, acaso, porventura, quiçá, casualmente.
O advérbio de dúvida serve para indicar incerteza, por exemplo:

 Provavelmente irei ao banco.


 Quiçá chova hoje.
 Talvez o cumprimente.
Advérbio interrogativo
Quando, como, onde, aonde, donde, por que.
O advérbio interrogativo pode indicar circunstâncias de modo, tempo, lugar e causa. É usado apenas
em orações interrogativas diretas ou indiretas, por exemplo:

 Por que vendeu o livro? (oração interrogativa direta, que indica causa)
 Quando posso sair? (oração interrogativa direta, que indica tempo)
 Explica como você fez isso. (oração interrogativa indireta, que indica modo)
Advérbio de ordem
Depois, após, ultimamente, primeiramente.

O advérbio de ordem serve para indicar ou colocar em ordem, por exemplo:

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 Depois vou à praia.


 Ultimamente acordo cedo.
 Primeiramente cumprimentou os presentes.
Advérbio de inclusão
Também, inclusive, ainda, mesmo, até.
O advérbio de inclusão serve para incluir, acrescentar algo, por exemplo:

 Até ele tirou boas notas.


 As joias também sumiram.
 Inclusive, ele fala alemão.
Advérbio de exclusão
Só, somente, salvo, exclusivamente, apenas.
O advérbio de exclusão serve para excluir, deixar algo de fora, por exemplo:

 Só foi à escola hoje.


 Come somente vegetais.
 Está estudando apenas para o Enem.

2. Flexão dos advérbios


Os advérbios são considerados palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de número (singular e
plural) e gênero (masculino, feminino). No entanto, os advérbios são flexionados nos graus
comparativo e superlativo.

Grau comparativo
No grau comparativo, o advérbio pode caracterizar relações de igualdade, inferioridade ou
superioridade.

Igualdade: formado por "tão + advérbio + quanto" (como), por exemplo: Joaquim fala tão baixo
quanto Pedro.

Inferioridade: formado por "menos + advérbio + que" (do que), por exemplo: Minha casa é menos
perto que a casa de Sílvia.

Superioridade: formado por "mais + advérbio + que" (do que), por exemplo: Ana anda mais depressa
que Carolina.

Grau superlativo
No grau superlativo, o advérbio pode ser superlativo analítico ou superlativo sintético.

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Analítico: quando acompanhado de outro advérbio, por exemplo: Isabel fala muito baixo.
Sintético: quando é formado pelo sufixo -íssimo, por exemplo: Isabel fala baixíssimo.

3. Locuções adverbiais
As locuções adverbiais são duas ou mais palavras que têm a função de advérbio. De acordo com as
circunstâncias que exprimem, as locuções adverbiais podem ser de tempo, modo, lugar, entre outras.
Exemplos:

 Em breve nos veremos. (locução adverbial de tempo)


 Fez os deveres às pressas. (locução adverbial de modo)
 Vire à direita. (locução adverbial de lugar)

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Exercícios de aplicação sobre advérbios


1. Reescreva as frases substituindo as locuções adverbiais por advérbios:
a) A professora apagou o quadro com rapidez.
b) O menino desenhava com calma.
c) Abriu o presente com alegria.
d) Carlinhos está dirigindo com pressa.

2. Leia atentamente a frase e identifique os tipos de advérbio indicados na lista abaixo:


Sempre me diziam que aquela cidade era bonita, mas eu não sabia que era tanto! Há uma vista
maravilhosa, que fica diante do campo, e além disso, é possível ouvir os pássaros cantando
alegremente.
Advérbio de tempo: ___________________
Advérbio de intensidade: ___________________
Advérbio de modo: ___________________
Advérbio de negação: ___________________

3. Complete as frases abaixo com os advérbios do quadro:


quadro de advérbios para exercício
a) Está ventando muito. _____________________ vai chover.
b) Ainda faltam cinquenta minutos para a aula acabar. Pode terminar o exercício
_____________________.
c) Gosto de quase todos os doces. O único que eu _____________________ gosto é o chocolate.
d) Se eu tivesse acordado mais _____________________, não teria perdido o ônibus.
e) Paulinha e eu sempre moramos _____________________ uma da outra. A casa dela é três
casas depois da minha.
f) Lucas estava com muita fome. Quando bateu o sinal do recreio ele saiu
_____________________ da sala.

4. Os primos do meu pai sempre desfilaram no carnaval.


a) Qual é o advérbio da frase?
b) Que circunstância o advérbio da frase indica?
c) Que palavra da frase o advérbio modifica?

5. Observe as sequências de palavras e identifique o advérbio que não faz parte de cada grupo
a) ontem - hoje - amanhã - não - agora - sempre - logo
b) diante - detrás - acima - sempre - abaixo - abaixo - lá
c) rápido - mal - vagarosamente - junto - depressa - devagar - bem

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6. Na frase “Meu tio é uma pessoa totalmente alto-astral.”, o advérbio "totalmente":


a) complementa o sentido do adjetivo “alto-astral”.
b) explica o sentido do adjetivo “alto-astral”.
c) intensifica o sentido do adjetivo “alto-astral”.

7. Leia o texto abaixo e responda às perguntas:

Uma esperança
(Cecília Meireles)
Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica, que tantas vezes verifica-se ser ilusória, embora
mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.
Houve um grito abafado de um de meus filhos:
– Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira! Emoção dele também que unia em uma
só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e
costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede.
Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.
– Ela quase não tem corpo, queixei-me.
– Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com
surpresa que ele falava das duas esperanças.
Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes
tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a
aprender.
– Ela é burrinha, comentou o menino.
– Sei disso, respondi um pouco trágica.
– Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.
– Sei, é assim mesmo.

– Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.
– Sei, continuei mais infeliz ainda.
Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando-a como se vigiava na Grécia ou em Roma o
começo de fogo do lar para que não se apagasse.
– Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.
Andava mesmo devagar – estaria por acaso ferida? Ah não, senão de um modo ou de outro escorreria
sangue, tem sido sempre assim comigo.
Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu de trás de um quadro uma aranha. Não uma
aranha, mas me parecia “a” aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladar-se maciamente
no ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus, queríamos menos que comê-la.

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Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a
hora certa de perder a esperança:
– É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte…
– Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com ferocidade.
– Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei sentindo a frase deslocada e
ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta
e misteriosa com a empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da
esperança.
O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa esperança. Meu outro filho, que
estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e
corpo.
Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma forma tão
delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá-la.
Uma vez, aliás, agora é que me lembro, uma esperança bem menor que esta, pousara no meu braço.
Não senti nada, de tão leve que era, foi só visualmente que tomei consciência de sua presença.
Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: “e essa agora? que devo fazer?” Em
verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Depois não
me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.
a) No trecho “Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e tem uma
forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar nas coisas, nunca tentei pegá-la.”,
o advérbio sublinhado indica:
( ) modo
( ) dúvida
( ) negação
( ) tempo

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