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MECANISMOS

LINGUÍSTICOS DE
COESÃO E
COERÊNCIA
TEXTUAL
Lições 5-8 Coesão Gramatical
Recapitulando a aula
2
anterior…
Falámos do texto de abarca as seguintes noções:
Textualidade:
Aceitabilidade:
Situacionalidade:
Intertextualidade:
Informatividade:
Conectividade:
Recapitulando a aula
3
anterior…
Conectividade sequencial (Coesão)
É a interdependência semântica das ocorrências textuais que
resulta de processos linguísticos de sequencialização, i.é, de
ordenação linear dos elementos linguísticos. (Mateus, 2003)

Coesão é o modo como os componentes superficiais do texto


se encontram interligados entre si; (Vilela, 1999.424-426)
Segundo este autor, as relações de coesão tratam-se de uma
relação gramatical ou léxica entre as unidades do texto; As
relações de coesão que se encontram no interior de uma frase
coincidem, frequentemente, com as relações dos
constituintes.
Recapitulando a aula
4
anterior…
Conectividade conceptual (Coerência)
No sentido amplo, coerência é definida como
relação constitutiva de frases; No sentido restrito,
compreende sobretudo a parte conteudística.

Coerência não compreende apenas os meios


sintácticos, mas apenas os aspectos semântico-
cognitivos dos textos, tais como relações de
causalidade, referência, tempo, localização
(relações semânticas)
Recapitulando a aula
5 anterior…
“Texto incoerente é a quele em que o receptor não
consegue descobrir qualquer continuidade de
sentido, seja pela descrepância entre os elementos
activados, seja pela inadequação entre
conhecimento e o seu universo cognitivo”
(Beaugrande & Dressler, 1981).
Conectividade sequencial (Coesão)
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Coesão

Gramatical Lexical
Interfrásica

Estrurutral
referencial
Temporal
(Junção)
Frásica

Mateus (1989 -2003)


Coesão Frásica
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 Processos de sequencialização que asseguram a nível
sintagmático e oracional, uma ligação entre os elementos
linguísticos que ocorrem na superfície textual:
(1) Os que asseguram os nexos sequenciais entre

categorias nucleares e seus especificadores e


complementos:

a. a ordem de palavras interna dos sintagmas.


b. os fenómenos de concordância ao SN (Nº, género,
dependência de determinantes, quantificadores,
adjectivos relativamente ao núcleo nominal.
Coesão Frásica
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(ii) Os que asseguram a identificação (recuperabilidade) da
estrutura de argumentos de um dado predicador,
marcando a relação gramatical que cada argumento
mantém na superfície com o predicador,ou seja, os
processos que permitem identificar a relação
gramatical de cada argumento, como:
a. A ordem básica de cada língua natural (relações
gramaticais, esquemas relacionais e ordem de
palavras)
b. O uso de várias formas casuais dos pronomes
pessoais.
c. As preposições que assinalam as relações gramaticais.
Coesão Frásica
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(iii) Fenómenos de concordância que exprimem,


através de marcas idênticas de pessoa e número,
ou de género, o nexo relacional, respectivamente
entre o sujeito e o predicador verbal, e sujeito e
predicativo do sujeito e entre objecto directo e
predicativo do objecto directo.
Coesão Interfrásica (Junção)
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Designa processos de sequencialização que


exprimem vários tipos de interdependência
semântica das frases que ocorrem na superfície
textual.

Os elementos linguísticos que assinalam e


exprimem a junção são:
Conectores frásicos, e

Pausas.
Coesão Interfrásica (Junção)
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Dependendo do tipo de unidades linguísticas


conectadas e o tipo de unidades resultantes podemos
ter:
1. Parataxe – (etimologicamente, “colocar de lado”):
Coordenação.

a. O meu amigo convidou-me, mas não posso aceitar.


b. Estava mau tempo, decidimos ficar em casa.

2. Hipotaxe – (etimologicamente, “colocar sob”):


subordinação
Coesão Interfrásica (Junção)
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As unidades linguísticas associadas por parataxe manifestam
graus de independência, dado que se pode reconhecer na
unidade resultante duas ou mais unidades constituintes dotadas
de integridade frásica.
Ao contrário dos conectores lógicos, os conectores linguísticos
podem exprimir valores juntivos:

Por exemplo, o conector “e” pode exprimir:


-Conjunção: A cortina ergueu-se devagarinho e a criança loira

espreitou.
-Relação causal: Estava mau tempo e decidimos ficar em casa.

-Implicação formulada na realidade não factual: Não trabalhes

agora e depois logo vês como é.


Coesão Interfrásica (Junção)
13

Em sentido restrito:
-Parataxe e coordenação não são sinónimos;

-Nem sempre uma conexão por parataxe é

substituível por coordenação sindética:

Caso das frases parentéticas que introduzem


comentários e esclarecimentos, ou realizam
actos expressivos do locutor;

Como as interrogativas tag e as de pares


pergunta-e-resposta
Coesão Interfrásica (Junção)
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As Pausas podem assinalar valores juntivos


diferentes, podendo ser:

-Conjunção:
A escola que temos está em crise, o país está em
crise, a África está em crise.

-Relação causal:
Onze e meia! Tenho de ir para casa. A Mothasse come
ao meio dia.
Coesão Interfrásica (Junção)
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Conjunção (ou Junção Aditiva)

Disjunção (Junção Alternativa)


Tipos de
Junção
Contrajunção (Junção Contrastiva)

Subordinação (Condicionais)
Conjunção
16

- A conjunção linguística não é, comutativa.


1. Cheguei, vi e vencí.
2. * Vi, venci e cheguei.

A ordem linear das ocorrências textuais articulados


por conjunção deve corresponder à ordem
segundo a qual ocorreram os estados de coisas
descritos nessas mesmas ocorrências: Listagem,
confirmação, sequência temporal.
Conjunção
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Listagem:
O João alugou um filme e a Maria trouxe a pipoca.

Confirmação:
Estudamos tanto para conseguir a admissão e, de facto,
admitimos.

Sequência Temporal:
O professor entrou na sala e os alunos ficaram em silêncio.

Inferência:
A criança brincou com o fogo e queimou-se.
Disjunção
18

Designa o tipo de junção que conecta


sequencialmente frases exprimindo conteúdos
proposicionais alternativos, sendo a sequência
válida desde que o conteúdo das frases se
verifique no par relevante It – Mi.

A conexão disjuntiva é aproximável da disjunção


inclusiva do cálculo proposicional
- (p V q) é falsa se p e q forem ambas falsas.
Disjunção
19

A conexão disjuntiva é aproximável da disjunção


inclusiva do cálculo proposicional

(p V q) é falsa se p e q forem ambas falsas.


-

Ex. A: Queres queijo ou preferes fruta?


B: Quero as duas coisas!

.
Disjunção
20

Os conteúdos das frases disjuntivas são apresentados


como alternativas que se excluem no par relevante It – Mi
, quando se aproxima da disjunção exclusiva do calculo
proposicional:
(p V q) é falsa se p e q forem ambas falsas ou ambas
forem verdadeiras

Ex:
a. Esta noite, vamos ao teatro ou ficamos em casa a jogar
xadrez.
b. A esta hora, ou estou na Faculdade ou estou no Centro
Comercial.
Contrajunção
21

- Em Mateus (2003) faz parte da conjunção.


1.a. Todos os passageiros do avião morreram, mas
o piloto escapou ileso.

b. Embora não esteja com palavras para os


aturar, eles vêm cá jantar esta noite.

c. Apesar de não ter um tostão, o João quer


comprar um camião.
Contrajunção
22

Em (1.a)
1.a. Todos os passageiros do avião morreram, mas o piloto
escapou ileso.

o conteúdo do primeiro membro articulado por mas


implicaria a negação do conteúdo proposicional expresso
pelo segundo membro da sequência.

No entanto, descreve-se a ocorrência, num dado contexto,


de uma situação que contrasta com aquilo que sabemos
ser o curso normal dos acontecimentos num dado par
relevante It – Mi = Contrajunção.
Contrajunção
23

1.b. Embora não esteja com palavras para os


aturar, eles vêm cá jantar esta noite.

Em (1.b)o conteúdo do primeiro membro da


sequência mostra que a ocorrência do conteúdo
proposicional do outro membro não é desejada
pelo locutor.
Neste caso, a contrajunção exprime que o curso
dos acontecimentos não é conforme às
expectativas de um dado indivíduo sobre um curso
previsível ou desejável dos acontecimentos.
Contrajunção
24

1.c. Apesar de não ter um tostão, o João quer comprar


um camião.

Nesta frase, o conteúdo proposicional do primeiro


membro da sequência articulada por contrajunção
exprime a não satisfação de uma condição necessária
para que se verifique a ocorrência do conteúdo
proposicional do outro membro da sequência;

A Contrajunção pode exprimir a não satisfação de


condições (necessárias, prováveis ou possíveis) para
que uma dada situação tenha lugar.
Subordinação
25

(Mateus, 1989:140): Designa o tipo de junção que


conecta sequencialmente frases cujos conteúdos
proposicionais mantêm entre si uma relação
hieráriquica de dependência semântica.

ANTECEDENTE é o membro da sequência de


cujo conteúdo proposicional depende
semanticamente o conteúdo proposicional do
outro.
CONSEQUENTE é o outro membro da sequência
dependente semanticamente do antecedente.
Subordinação
26

Às sequências formadas por subordinação (semântica)


chamamos CONDICIONAIS.

Numa sequência condicional o antecedente pode


exprimir:
i. Causa
O vinho azedou porque não estava rolhado.

ii. Ou razão
Formulo essa hipótese dado que ela permite
generalizações interessantes.
Subordinação
27

iii. Ou implicar necessariamente o estado de


coisas pelo consequente.
Se ele é viuvo, então já foi casado.

FACTUAIS (OU REAIS /


CAUSAIS)

Condicionais NÃO FACTUAIS (OU


HIPOTÉTICAS)

CONTRAFACTUAIS (OU
IRREAIS)
Conjunção
28 23:50

- A conjunção linguística não é, comutativa.


1. Cheguei, vi e vencí.
2. * Vi, venci e cheguei.

A ordem linear das ocorrências textuais articulados


por conjunção deve corresponder à ordem
segundo a qual ocorreram os estados de coisas
descritos nessas mesmas ocorrências: Listagem,
confirmação, sequência temporal.
Disjunção
29 23:50

Designa o tipo de junção que conecta


sequencialmente frases exprimindo conteúdos
proposicionais alternativos, sendo a sequência
válida desde que o conteúdo das frases se
verifique no par relevante It – Mi.

A conexão disjuntiva é aproximável da disjunção


inclusiva do cálculo proposicional
- (p V q) é falsa se p e q forem ambas falsas.
Disjunção
30 23:50

A conexão disjuntiva é aproximável da disjunção


inclusiva do cálculo proposicional

(p V q) é falsa se p e q forem ambas falsas.


-

Ex. A: Queres queijo ou preferes fruta?


B: Quero as duas coisas!

.
Disjunção
31 23:50

Os conteúdos das frases disjuntivas são apresentados


como alternativas que se excluem no par relevante It – Mi
, quando se aproxima da disjunção exclusiva do calculo
proposicional:
(p V q) é falsa se p e q forem ambas falsas ou ambas
forem verdadeiras

Ex:
a. Esta noite, vamos ao teatro ou ficamos em casa a jogar
xadrez.
b. A esta hora, ou estou na Faculdade ou estou no Centro
Comercial.
Contrajunção
32 23:50

- Em Mateus (2003) faz parte da conjunção.


1.a. Todos os passageiros do avião morreram, mas
o piloto escapou ileso.

b. Embora não esteja com palavras para os


aturar, eles vêm cá jantar esta noite.

c. Apesar de não ter um tostão, o João quer


comprar um camião.
Contrajunção
33 23:50

Em (1.a)
1.a. Todos os passageiros do avião morreram, mas o piloto
escapou ileso.

o conteúdo do primeiro membro articulado por mas


implicaria a negação do conteúdo proposicional expresso
pelo segundo membro da sequência.

No entanto, descreve-se a ocorrência, num dado contexto,


de uma situação que contrasta com aquilo que sabemos
ser o curso normal dos acontecimentos num dado par
relevante It – Mi = Contrajunção.
Contrajunção
34 23:50

1.b. Embora não esteja com palavras para os


aturar, eles vêm cá jantar esta noite.

Em (1.b) o conteúdo do primeiro membro da


sequência mostra que a ocorrência do conteúdo
proposicional do outro membro não é desejada
pelo locutor.
Neste caso, a contrajunção exprime que o curso
dos acontecimentos não é conforme às
expectativas de um dado indivíduo sobre um curso
previsível ou desejável dos acontecimentos.
Contrajunção
35 23:50

1.c. Apesar de não ter um tostão, o João quer comprar


um camião.

Nesta fraes, o conteúdo proposicional do primeiro


membro da sequência articulada por contrajunção
exprime a não satisfação de uma condição necessária
para que se verifique a ocorrência do conteúdo
proposicional do outro membro da sequência;

A Contrajunção pode exprimir a não satisfação de


condições (necessárias, prováveis ou possíveis) para
que uma dada situação tenha lugar.
Subordinação
36 23:50

(Mateus, 1989:140): Designa o tipo de junção que


conecta sequencialmente frases cujos conteúdos
proposicionais mantêm entre si uma relação
hieráriquica de dependência semântica.

ANTECEDENTE é o membro da sequência de


cujo conteúdo proposicional depende
semanticamente o conteúdo proposicional do
outro.
CONSEQUENTE é o outro membro da sequência
dependente semanticamente do antecedente.
Subordinação
37 23:50

iii. Ou implicar necessariamente o estado de


coisas pelo consequente.
Se ele é viuvo, então já foi casado.

FACTUAIS (OU REAIS /


CAUSAIS)

Condicionais NÃO FACTUAIS (OU


HIPOTÉTICAS)

CONTRAFACTUAIS (OU
IRREAIS)
Subordinação
38 23:50

CONDICIONAIS FACTUAIS (ou


i.
Factuais/Causais):
Caracterizam-se semanticamente pelo facto de os
conteúdos proposicionais expressos pelo
antecedente e pelo consequente deverem ambos
verificar-se no It relevante do mundo real.

a) Pedro não estudou e chumbou no exame


b) O Pedro chumbou no exame porque não
estudou.
Subordinação
39 23:50

CONDICIONAIS NÃO FACTUAIS (ou


ii.

hipotéticos)
São sequencias em que o conteúdo proposicional do
antecedente especifica o mundo epistematicamente
não acessível no It em que é enunciada) em que se
verifica o conteúdo proposicional do consequente.
Os estados de coisas descritos estão localizados no
futuro

a) Se faltar outra vez a água, queixo-me à FIPAG.


b) Vais à rua e compras-me cigaros, é?
Subordinação
40 23:50

CONDICIONAIS CONTRAFACTUAIS (ou irreais)


iii.

Estabelecem relações gerais entre proposições que se


verificam em mundos alternativos ao mundo real, isto é:
No It relevante, o antecedente verifica-se num mundo
alternativo ao mundo real verificando-se a sua
negação no mundo real, nesse mesmo It;
o consequente é válido no mundo alternativo
seleccionado pelo antecedente.

a) Se ele fosse simpático, teria mais amigos.


b) Tivesse eu dinheiro e compraria um veleiro
Inferências
41 23:50

Termo que se usa em Mateus et al. (2003) para exprimir a


subordinação.
Estas conexões exprimem um argumento lógico.

Pertencem a este tipo:


a) conexões coordenativas em que o conteúdo proposicional do
segundo membro coordenado é inferível a partir do primeiro,
apresentado como razão ou motivo (inferências
consequeciais e conclusivas).

b) Conexões coordenativas em que o primeiro membro


coordenado apresenta a conclusão do argumento estando
reservado ao segundo a expressão de uma premissa ou
justificação.
Inferências
42 23:50

Tipos e valores da conexão e conectores mais frenquentes:


Conexão Conjunção Conectores Adverbiais e
preposicionais
Listagesm enemerativa e finalnente; por fim
Listagem aditiva e adicionalmente; ainda; além disso;
igualmente;etc
Confirmação e efectivamente; com efeito; de facto
Sequência temporal e antes; durante; então; entretanto; etc.
Contraste concessivo mas ainda assim, mesmo assim; contudo;
etc
Contraste antitético mas contrariamente; pelo contrário; etc
Disjunção ou Alternativamente; em alternativa
Inferência e (inferencial) assim; consequentemente; pois; deste
modo…
Coesão Temporal
43 23:50

Qualquer sequência só é coesa e coerente somente se a


sequencialização dos enunciados satisfizer as condições
conceptuais sobre a localização temporal e ordenação
relativa que sabemos serem caractarísticas dos estados de
coisas no mundo seleccionado pela referida sequência
textual.

Conexões de sequência temporal entre períodos simples,


compostos ou complexos, são um dos processos para
assegurar a coesão temporal.

1. a. Cheguei, vi e vencí.
b. * Vi, cheguei e vencí.
Coesão Temporal
44 23:50

Outro processo para assegurar a coesão temporal é a utilização


correlativa de certos tempos verbais.

2. Conhecíamos relativamente bem Maputo, ficámos a conhecer


também Matola.

Também expressões adverbiais ou preposicionais de valor temporal


e datas, ao localizarem temporalmente as situações descritas, são
factores de coesão textual.

3. a) O João telefonou ontem para marcar a consulta da próxima


semana.
b) Em 25 de Junho de 1975 foi proclamada a Independência de
Moçambique.
Coesão Temporal
45 23:50

Expressões de valor temporal e expressões que


assinalam a ordenação dos elementos de um
conjunto (p. ex. numerais ordinais) podem ter a
função textual de exprimir a ordem segundo a qual
o locutor teve a percepção ou conhecimento de
uma dada situação.
4. a. Primeiro vi o automóvel, depois reparei o

condutor.
b. Ele contactou connosco. Mais tarde
soubemos que tinha perdido a nossa
morada e número de telefone.
Coesão Temporal
46 23:50

… ou a ordem segundo a qual são apresentados e


desenvolvidos os assuntos sobre que um
determinado texto fala.

5. “[…] o capítulo anterior procurou já sugerir as


possibilidades e as finalidades de […] Vamos
agora ocupar-nos da primeira abordm ao
cálculo proposicional […] E nos capítulos
seguintes entraremos na análise intra-oracional
[…]”.
Óscar Lopes
Reflexão…
47 23:50

1. Analise a coesão (frásica, interfrásica e


temporal) os primeiros 5 (cinco) parágrafos do
texto «Adjectivo e Advérbio», de Delfina
Mugabe, extraído do Notícias, 20 de Julho de
2019, pág. 17.

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