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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PU no 0220792/2020

Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Data: 29/05/2020


Subsecretaria de Regularização Ambiental
Superintendência Regional de Meio Ambiente Sul de Minas
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PARECER ÚNICO 0220792/2020


INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO:
Licenciamento Ambiental 4535/2012/002/2019 Sugestão pelo Deferimento
Licença de Operação em Caráter Corretivo – LOC VALIDADE DA LICENÇA
FASE DO LICENCIAMENTO:
de “Ampliação” 23/11/2027

PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: PA COPAM: SITUAÇÃO:


Licença de Operação Corretiva – LOC 04535/2012/001/2012 Licença Deferida

EMPREENDEDOR: AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S/A CNPJ: 09.296.295/0001-60


AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S/A – HANGAR
EMPREENDIMENTO: CNPJ: 09.296.295/0013-01
19/20
MUNICÍPIO: BELO HORIZONTE ZONA: URBANA
COORDENADAS GEOGRÁFICA
LAT/Y 19° 50’ 56” S LONG/X 43° 56’ 52” O
(DATUM): SIRGAS 2000
LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:
INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO X NÃO
BACIA FEDERAL: Rio São Francisco BACIA ESTADUAL: Rio das Velhas
UPGRH: SF5: Rio das Velhas SUB-BACIA: Ribeirão da Pampulha

CLASSE
CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 217/2017):
4

Fabricação e montagem de veículos automotores e/ou ferroviários, exceto PORTE


B-09-02-4
embarcações e estruturas flutuantes P

CRITÉRIO LOCACIONAL INCIDENTE:


• Não há incidência de critério locacional
CONSULTORIA / RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO:
Juliana Felisberto Alves – Engenheira Química CREA n° 161418/D
AUTO DE FISCALIZAÇÃO: DATA:

EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA


Shalimar da Silva Borges – Gestora Ambiental 1.380.365-5
De acordo: Fernando Baliani da Silva – Diretor Reg. de Regular.
Ambiental 1.374.348-9

Frederico Augusto Massote Bonifácio – Diretor Reg. de Controle


Processual 1.364.259-0

Avenida Manoel Diniz, nº 145, Bloco III SISEMA, Varginha - MG, CEP: 37.062-480
Telefax: (35) 3229-1816
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1. INTRODUÇÃO.
O empreendimento AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S/A – HANGAR 19/20
inscrito no CNPJ n° 09.296.295/0013-01 opera na zona urbana do município de Belo
Horizonte – MG desde 29/03/2018.
Em 06 de Novembro de 2019 foi formalizado na Supram Central Metropolitana o
Processo Administrativo de licenciamento ambiental - PA nº 4535/2012/002/2019, na
modalidade de Licença de Operação em Caráter Corretivo – LOC para obter a
regularização ambienta de “Ampliação” de atividade exercida no empreendimento
para a atividade
O empreendimento tem como atividade principal a Fabricação, montagem e reparação
de aeronaves, fabricação e reparação de turbinas e motores de aviação –código B-
09-04-0 conforme DN COPAM 74/04, classe 5, PA n°04535/2012/001/2012, com
parecer único n° 095/2013
Complementarmente a análise dos estudos ambientais, a Supram Sul de Minas se
utilizou de meios remotos, tais como imagens de satélites e relatórios fotográficos para
a análise do processo de licenciamento ambiental.
O referido processo está sob análise da Supram Sul de Minas em decorrência de
análise conjunta entre esta superintendência e Supram Central Metropolitana, para
suporte na redução de passivo de processos administrativos, sem prejuízo a
competência de ato decisório, conforme orientação da Assessoria Jurídica da Semad
mediante Memorando.SEMAD/ASJUR. nº. 155/2018.
Em função de operar atividade potencialmente poluidora/degradadora do meio
ambiente, o empreendimento restou autuado conforme Auto de Infração n.
199408/2020 em consonância com o Decreto 47.383/2018, em seu artigo 112 e
código 106.
Foi apresentado no processo o Certificado de Regularidade – CR emitido pelo
Cadastro Técnico Federal junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA n° 5838117.
Foram apresentados os estudos, Plano de Controle Ambiental – PCA e Relatório de
Controle Ambiental – RCA, que subsidiaram a elaboração deste parecer, os quais
foram elaborados sob responsabilidade técnica da Engenheira Química Juliana
Felisberto Alves, CREA n° 161418/D, que certificou a sua responsabilidade na
Anotação de Responsabilidade Técnica – ART Nº 4895919, registrada em 19
novembro de 2018.
Após análise técnica pela Supram Sul de Minas, os estudos ambientais foram
considerados satisfatórios para avaliar a análise ambiental do empreendimento.

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2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO.
O empreendimento AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S/A – HANGAR 19/20,
está instalado na zona urbana do município de Belo Horizonte - MG, na Rua dos
Hangares, hangar 19/20, s/n Aeroporto Pampulha, Bairro Itapoã, CEP: 31.710-410,
coordenadas: latitude 19° 50’ 56” S e longitude 43° 56’ 52” O, SIRGAS 2000.
O hangar 20 conta com 216 funcionários e o Hangar 19 terá 84 funcionários e estes
atendem todos os hangares da Azul na Pampulha e desenvolvem as atividades no
empreendimento em 3 turnos de durante 5 dia/semana (de segunda à sexta-feira) com
duração de 8horas cada, ou seja, opera 24h /dia.
A atividade a ser ampliada é:
• “B-09-02-4 - Fabricação e montagem de veículos automotores e/ou
ferroviários, exceto embarcações e estruturas flutuantes” possuindo a
área útil de 0,26ha que segundo a DN COPAM n° 217/2017, esta atividade
possui Potencial Poluidor/Degradador Grande, Porte Pequeno, o que
caracteriza o empreendimento em Classe 4;

Na licença principal a atividade licenciada é B-09-04-0 - Fabricação, montagem e


reparação de aeronaves, fabricação e reparação de turbinas e motores de aviação de
acordo com a DN 74/04. A Figura 01 a seguir mostra a localização da empresa.

Figura 01. Localização do empreendimento e seu entorno.


Fonte: IDE-SISEMA.
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As obras se encontram concluídas e prontas para operação para o Hangar 19 e parte


do Lote 18.
As obras do hangar 19 lonado duraram em torno de 10 meses, durante este período
foi dada entrada na Supram Central Metropolitana para licenciamento ambiental,
inicialmente como Licença Prévia e Licença de Instalação (LP e LI), mas as obras já
tinham iniciado, sendo alterado para Licença de Instalação Corretiva - LIC.
Entretanto, devido a alteração no processo de licenciamento ambiental durante a
elaboração dos estudos e prazos, foi necessário ajustar o licenciamento ambiental
para licença de operação corretiva (LOC), uma vez que o empreendimento já estava
pronto para operação quando foi protocolado o FCE no novo sistema.
O local onde foi construído o empreendimento, incluindo o Hangar 19 lonado e o Lote
18 (áreas adjacentes) é uma área antropizada, preparada pela INFRAERO para
receber empresas com atividades voltadas à aviação (hangares).
A área objeto da instalação do empreendimento se mostrava antropizada, sem
presença de espécies arbóreas nativas, de forma que não compõe objeto deste
parecer qualquer autorização para supressão de vegetação nativa e/ou árvores
isoladas.
A área onde ocorreu a instalação está inserida no Aeroporto da Pampulha, sendo o
mesmo cercado, com controle de acesso e segurança sob responsabilidade da
INFRAERO.
No entorno de aeroportos são estabelecidas restrições quanto a ocupação do solo. O
Hangar 19 lonado da AZUL está instalado ao lado do Hangar 20, existente e
licenciado, e o Lote 18 está instalado ao lado do Hangar 19.
Os limites do Hangar 19 estão localizados cerca de 70 metros da comunidade Vila
Aeroporto e está próximo aos bairros São Tomaz e São Bernardo.
O Hangar 20 já existente teve a LOC concedida em 23/11/2017 pelo Processo PA
COPAM nº 04535/2012/001/2012 com validade até 23/11/2027.
As Figuras 02 e 03 abaixo permitem visualizar o fluxograma das atividades
necessárias para a realização de manutenção de aeronaves.

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Figura 02. Fluxograma geral de atividade de manutenção de aeronave.


Fonte: RCA.

Figura 03. Fluxograma de manutenção de aeronaves.


Fonte: RCA.

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As atividades de manutenção que serão feitas no Hangar 19 estão descritas nos itens
As atividades realizadas no empreendimento consistem em:
• Coleta de resíduos sólidos e recolhimento de efluentes líquidos das aeronaves,
• Abastecimento da aeronave com água potável,
• Destanqueio da aeronave (retirada de querosene dos tanques de combustível
para que a aeronave seja encaminhada para manutenção),
• Retirada de óleos e fluidos hidráulicos da aeronave,
• Retirada de peças / partes da aeronave que passarão por manutenção,
• Retirada de motores da aeronave,
• Retirada de componentes eletroeletrônicos da aeronave,
• Limpeza a seco de aeronaves,
• Lavagem de aeronaves, lavagem das aeronaves com água sob pressão e
produtos químicos,
• Lavagem de peças e partes de aeronaves,
• Avaliação e/ou reparo, e reposição das peças, partes, componentes, motor à
aeronave,
• Reposição de óleos e fluidos à aeronave,
• Polimento da aeronave,
• Testes e inspeção da aeronave, e desacostamento da aeronave e liberação da
aeronave para voo,
• Abastecimento da aeronave (combustível).
As principais atividades específicas do Hangar 19 são relativas à manutenção de
aeronaves:
• Lavagem de Peças e Aeronaves.
• Limpeza a Seco de Peças e Aeronaves.
• Manutenção pesada - inspeções, reparos estruturais e de sistemas (ex.: trem
de pouso, motores).
• Lixamento e pintura de pequenas partes como retoque (atividade esporádica,
apenas se houver necessidade e serão para áreas pequenas); as partes e
peças que possam ser removidas da aeronave serão levadas a cabines
lixamento e cabines de pintura no Hangar 20 e/ou no lote 18.
A cabine de pintura e a cabine de lixamento existentes no Hangar 20 deverão ser
remanejadas e instaladas no Lote 18, futuramente. Enquanto não ocorre a mudança,
estas atividades serão executadas no Hangar 20.
O Lote 18 não é utilizado propriamente como área de manutenção de aeronaves, mas
conta com as seguintes estruturas de apoio a manutenção a 4 hangares da AZUL -
Hangares 3, 5, 19 e 20, e sistemas de controle ambientais.

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• Almoxarifado de inflamáveis para armazenamento de produtos químicos.


• Almoxarifado comum.
• Arquivos.
• Sala de quarentena.
• Câmera escura para pneus / sala de elastômeros.
• Espaço para poltronas e embalagens.
• Cabines de pintura e lixamento de partes e peças que possam ser removidas
da aeronave.
• Central de Resíduos: Abrigos de Resíduos para armazenamento temporário de
resíduos (Classe I e Classe II).

Toda energia utilizada pelo empreendimento é fornecida pela Companhia Energética


de Minas Gerais S.A. – CEMIG.
O empreendimento conta com geradores de energia, instalados em outros hangares,
para contingência, ou seja, uso em caso de falta de energia fornecida pela CEMIG.
Estes geradores instalados em outros hangares são suficientes para atender a
demanda das áreas ampliadas, atualmente.

3. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL.
Verificou-se na Infraestrutura de Dados Espaciais do Sistema Estadual de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos, IDE – SISEMA; instituída por meio da Resolução
Conjunta SEMAD/FEAM/IEF/IGAM nº 2.466/2017 que o empreendimento não se
localiza-se em área com incidência de critério locacional de enquadramento.
Conforme se os estudos apresentados, o empreendimento não se encontra em Área
de Preservação Permanente - APP. Segundo o IDE, o empreendimento possui baixa
potencialidade de ocorrência de cavernas, não se localiza em área de influência de
cavidades em um raio de 250,00 metros.
De acordo com o IDE o empreendimento não se localiza em terras indígenas, nem em
raio de restrição a terras indígenas. O mesmo ocorre para terras quilombolas.
Não se encontra em área de conflito por utilização de recursos hídricos, nem em área
de drenagem a montante de cursos d’água enquadrados em Classe Especial. O
empreendimento não possui Rios de Preservação Permanente.
O empreendimento não se localiza em área de protegidas pelo Instituto Estadual de
Florestas - IEF e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade -
ICMBIO, tais como: Unidades de Conservação Federais, Unidades de Conservação
Estaduais, Unidades de Conservação Municipais, Reserva Particular do Patrimônio
Natural e Áreas de Proteção Especial. Nem na Reserva da Biosfera da Serra do
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Espinhaço, e se encontra fora da Reserva da Mata Atlântica (IEF, Ministério do Meio


Ambiente - MMA e Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e
Cultura - UNESCO).
O empreendimento se encontra em Zonas de Amortecimento de Unidades de
Conservação, definidas ou não em Planos de Manejo num raio de 03,00 km e
conforme a Resolução CONAMA n° 428/2010, o Órgão Gestor da unidade
conservação Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado foi cientificado da concessão
da Licença Ambiental ao empreendimento.
De acordo com o site do IDE, a empresa AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S/A
– HANGAR 19/20 não encontra- se em Corredor Ecológico legalmente instituído pelo
IEF, nem em área prioritária para conservação da biodiversidade.
O empreendimento se localiza em Área de Influência de Patrimônio Cultural e há no
município Ocorrência de Bens Tombados e Acautelados definidas pelo Instituto
Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA/MG sob o qual
o empreendimento informou não causar impactos.
Em consulta ao IDE, observou-se que a empresa se encontra em Área de Segurança
Aeroportuária – ASA, mas a atividade desenvolvida não é atrativa de aves logo não é
necessário autorização do Comando Aéreo.

4. RECURSOS HÍDRICOS.
Toda água utilizada pelo empreendimento é fornecida pela Companhia de
Saneamento de Minas Gerais – COPASA, ou seja, inclui água potável, água para
combate a incêndio, água de processo. Não há outra forma de captação e
abastecimento de água.
O Hangar 19 conta com uma caixa de armazenamento para distribuição de água com
capacidade para 20.000L, confeccionada em polietileno.
Considerações para as estimativas:
• Lavagem de peças: considerou-se a quantidade de peças, tempo gasto e vazão
das torneiras (máquinas de lavar);
• Lavagem de aeronaves (externa e interna): considerou-se o tempo gasto e
vazão e/ou volume do reservatório da máquina de lavar usada;
• Lavagem de mãos: o cálculo foi feito com base no número de funcionários,
vazão média das torneiras e tempo gasto para cada pessoa, sendo
considerando 4 L/pessoa.dia. O total será aproximadamente 7,4 m³/mês
(considerando 22 dias trabalhados por mês).
• Limpeza de pisos: foi verificada a periodicidade de limpeza para as áreas e
quantidade de baldes de água previstos.
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• Sanitários e consumo humano: foi avaliado o consumo médio de água do


Hangar 20 (atividades similares) subtraindo o volume estimado para lavagem
de peças, mãos e piso. O consumo médio do Hangar 20 é de 11,083 m³/dia,
tendo 216 funcionários, ou seja, são 51,3 L/pessoa.dia. O Hangar 19 com 84
funcionários consumirá nas atividades similares em média a mesma
quantidade de água, dando um total de 94,8 m³/mês. O volume consumido nos
sanitários, subtraindo o volume estimado para lavagem de peças, mãos e piso,
é de 70,4 m³/mês.
• Uso emergencial: há previsão para testes e usos dos sistemas de prevenção e
combate a incêndio e equipamentos de proteção coletiva, sendo estimado o
consumo mensal de 100L (testes em hidrantes, chuveiros de emergência e
lava-olhos).
• Purga do compressor de ar: o volume é insignificante.

Quadro 01. Previsão de consumo de água no Hangar 19.

Apesar do volume ser estimado em aproximadamente 136 m³/mês, verifica-se que o


volume médio incrementado com o Hangar 19 foi em torno de 75 m³/mês de acordo
com os dados obtidos para o Hangar 19 e Hangar 20. O consumo de água destes
hangares é medido em conjunto.

5. INTERVENÇÃO AMBIENTAL E RESERVA LEGAL.


O empreendimento está localizado em área urbana logo não é passível da
obrigatoriedade de constituir Reserva Legal nos moldes da Lei 20.922/2013.

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De acordo com informações prestadas nos estudos ambientais e constatado em


vistoria ao empreendimento, não foi informada a necessidade de nenhuma
intervenção ambiental de supressão de vegetação nativa e/ou em Área de
Preservação Permanente – APP.

6. COMPENSAÇÕES.
De acordo com as informações prestadas pelo empreendimento AZUL LINHAS
AÉREAS BRASILEIRAS S/A – HANGAR 19/20 não há intervenção em Área de
Preservação Permanente – APP, e não foi realizada supressão de vegetação nativa
e/ou corte de árvores nativas isoladas.
Da mesma forma, a equipe técnica da SUPRAM Sul de Minas entende que não há
necessidade de realizar Compensação Ambiental, nos termos da Lei nº 9.985, de 18
de Julho de 2000 e do Decreto n° 45.175/2009, alterado pelo Decreto n°
45.629/2011 considerando que:
a) a operação regular do empreendimento não é causadora de significativo impacto
ambiental; e
b) a operação do empreendimento já possui todas as medidas mitigadoras e de
controle ambiental exigíveis. O empreendimento não possui compensações a serem
cumpridas.

7. ASPECTOS/IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS.


Os impactos ambientais negativos pertinentes às atividades do empreendimento
AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S/A – HANGAR 19/20, são resultantes da
geração de efluentes líquidos sanitários e industriais, disposição dos resíduos sólidos
gerados, emissões atmosféricas no processo produtivo.

7.1. EFLUENTES LÍQUIDOS.


Os Efluentes Industriais serão gerados nas atividades de lavagem de peças e de
aeronaves, e em tanques de lavagem de mãos e materiais distribuídos dentro hangar,
tendo características de efluentes industriais devido ao uso de produtos químicos de
uso aeronáutico nas atividades de lavagens. A geração de efluentes será em processo
descontínuo, com previsão de aproximadamente 66 m³/mês, conforme indicado na
Tabela:

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Quadro 02. Previsão de geração de efluente industrial no Hangar 19.

Os efluentes sanitários são provenientes de instalações sanitárias, sendo a rede de


esgotos segregada impedindo a contaminação com outro tipo de efluente e água
pluvial.
A previsão de geração é de 70,4 m³/mês, considerando 84 funcionários, com bases
nos dados históricos de outros hangares com atividades similares.
Medidas mitigadoras:
Os efluentes sanitários são lançados diretamente na rede pública de esgotos existente
no Aeroporto da Pampulha. Desta forma, os esgotos sanitários são direcionados ao
tratamento na ETE Onça sob responsabilidade da COPASA e não será previsto
programa de monitoramento do esgoto sanitário.
Os efluentes sanitários das aeronaves serão recolhidos por empresa terceirizada
(licenciada junto ao processo do Aeroporto) ainda na pista da INFRAERO e serão
levados para área definida pela INFRAERO e ANVISA, para pré-tratamento antes do
lançamento na rede pública de esgotos, de acordo com a RDC ANVISA 02/2003
O recolhimento da água potável que abastece as pias das torneiras dos banheiros
deve acontecer no mínimo a cada 90 dias (deve ser substituída) para cada aeronave,
conforme RDC ANVISA 91/2016. E pode ser lançado diretamente na rede pública de
esgotos.
O efluente industrial gerado na lavagem das aeronaves, no hangar 19 o qual é provido
de grelhas ao redor e caimento adequado para captar os efluentes gerados e uma
caixa separadora de água e óleo dedicada.
Como o Hangar 19 já está em operação foi possível executar campanha de
amostragem para análises físico-químicas do efluente gerado. Com base nestes
dados e em pesquisa em empresas do mesmo segmento, avaliação das composições

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químicas indicadas nas Fichas de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) e


avaliação do processo, os efluentes a serem gerados necessitam inicialmente de pré-
tratamento em Caixa Separadora de Água e Óleo (CSAO) – já instalado e funcionando
- antes do lançamento na rede da COPASA. Os efluentes não domésticos serão
compostos basicamente de água de lavagem com resquícios de produtos químicos
(óleos, graxas e detergentes quando ocorrer lavagens).
Na campanha de análises físico-químicas executadas no Hangar 20 de maio/2019
foram coletadas amostras de 4 pontos:
• Ponto 4: Pré - Montagem
• Ponto 5: Suprimentos
• Ponto 6: Estruturas
• Ponto 07: CSO Hangar 19
Nestes pontos existem caixas separadoras de água e óleo (SAO) e/ou caixas de
decantação, sendo avaliadas as entradas e as saídas dos pontos.
Os resultados das análises físico-químicas dos efluentes indicaram valores acima dos
limites máximos permitidos pela Norma Técnica COPASA T187/5 nos seguintes
pontos (saídas das caixas de decantação ou SAO):
• DQO e DBO – ponto 4, ponto 5, ponto 6 e ponto 7;
• Óleos e graxas – ponto 4, ponto 6 e ponto 7;
• Sólidos Suspensos – ponto 4, ponto 6 e ponto 7;
• Sólidos Sedimentáveis – ponto 6;
• Etilbenzeno – ponto 4 e ponto 6;
• Xileno – ponto 6;
• Surfactantes Aniônicos – ponto 4, ponto 6 e ponto 7.
A presença de Etilbenzeno e Xileno deve-se possivelmente ao uso de solventes para
limpeza de peças (exemplo de produto usado atualmente: xilol). Isso pode ser evitado
ou reduzido com alterações no processo de limpeza, evitando-se que o solvente seja
lançado na rede (separação como resíduo), e até mesmo substituição de produtos
utilizados.
Em quase todos os pontos verifica-se a presença de Surfactantes Aniônicos em altas
concentrações devido ao uso de produtos químicos (detergentes, sabões, sabonetes)
para limpeza / lavagem de peças, mãos, e piso.
Desta forma, a empresa decidirá, junto À COPASA, a maneira ideal de tratar seus
efluentes, de modo a atender os Padrões de Lançamento da Norma Técnica COPASA
187/5 e legislação estadual vigente. Os projetos junto ao PRECEND estão em fase de
avaliação.

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O sistema proposto para tratamento é composto apenas por Caixa Separadora de


Água e Óleo (CSAO) para remoção de óleos e graxas, tendo capacidade limitada para
remoção de solventes, produtos de decapagem química e detergentes. Desta forma,
a lavagem de peças com solventes será feita em local segregado e o líquido gerado
será considerado Resíduo Sólido Classe I. Também serão segregados líquidos de
lavagem de material de pintura, a base de solvente e água, que serão tratados como
Resíduos Sólidos Classe I.
Ao segregar os efluentes gerados nas atividades com solventes e decapantes
químicos, considerando-os como resíduo, reduz-se a necessidade de etapas
tratamentos do efluente líquido gerado. Essa segregação é possível considerando a
frota da AZUL e frequência destas atividades
Podem ser utilizados dois processos de lavagem (com e sem aplicação de produtos
químicos), ambos geram efluentes líquidos industriais.

7.2. RESÍDUOS SÓLIDOS E OLEOSOS.


Há a geração de resíduos sólidos de serviço de bordo os quais serão recolhidos por
empresa terceirizada (licenciada junto ao processo do Aeroporto) ainda na pista da
INFRAERO As atividades envolvendo resíduos sólidos das aeronaves são feitas
conforme RDC ANVISA 56/2008.
• No processo de destanqueio da aeronave há a geração de EPIs contaminados,
material absorvente contaminado, querosene, e na retirada de óleos e fluidos
hidráulicos da aeronave há ainda a geração de óleos e fluidos diversos.
• Durante a retirada de peças da aeronave as peças / partes retiradas poderão
ser acondicionadas em salas específicas em outros hangares de acordo com o
tipo (ex.: sala de peças, elastômeros) ou seguirão para as áreas onde passarão
por verificação e manutenção.
As peças ou partes para reparo interno (limpeza, pintura ou reparo em material
composto) serão encaminhadas para as oficinas nos hangares responsáveis.
As peças reparáveis que apresentarem falhas nos testes ou danos aparentes
serão embaladas e encaminhadas à empresa reparadora (serviço terceirizado,
executado pelos fornecedores ou em empresas homologadas pela ANAC). Tais
peças serão substituídas por outras unidades idênticas, novas ou procedentes
de reparos externos, que ficam em estoque (almoxarifado).
As peças danificadas (não reparáveis) ou que estiverem no fim de vida útil –
chamadas de scrap aeronáutico, serão encaminhadas para processo de
destruição e/ou serão enviadas para destinação /disposição final, sendo
classificados como resíduos sólidos Classe IIA (metais, borrachas, fibra de
vidro, fibra de carbono, kevlar, plásticos ABS).
Avenida Manoel Diniz, nº 145, Bloco III SISEMA, Varginha - MG, CEP: 37.062-480
Telefax: (35) 3229-1816
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• Durante o processo poderão ser usados materiais absorventes em caso de


respingos de óleos ou defluidos contidos em equipamentos. Caso sejam
retiradas peças de áreas com possibilidade de liberação de óleo e fluidos serão
colocadas bandejas para conter os líquidos gerados. Nesta etapa podem ser
gerados resíduos de óleos e fluidos diversos, EPIs e material absorvente
contaminado.
• As atividades de manutenção em motores estão previstas para serem
executadas em outros hangares e durante o processo poderão ser utilizados
materiais absorventes em caso de respingos de óleos ou fluidos contidos nos
motores, além disso, serão colocadas bandejas embaixo dos motores para
conter os líquidos gerados e nesta etapa são gerados resíduos de óleos e
fluidos diversos, EPIs e material absorvente contaminado.
• As atividades de manutenção em componentes eletroeletrônicos estão
previstas para serem executadas em outros hangares da AZUL e serão feitas
as remoções destes e envio para o hangar designado para a tarefa. Caso os
componentes removidos estejam danificados ou em fim de ciclo de vida útil,
serão segregados e enviados como resíduos sólidos Classe I ou Classe IIA,
dependendo do componente, para armazenamento temporário e destinação
final ambientalmente correta.

• A limpeza a seco será feita utilizando panos contendo produtos químicos para
retirada de sujidades. Ocorrerá a geração de resíduos sólidos Classe I e Classe
IIA, tais como EPIs e panos contaminados.

• Na avaliação, reparo de peças, partes, componentes, motor danificadas (não


reparáveis) ou que estiverem no fim de vida útil e polimento das aeronaves,
serão encaminhadas para processo de destruição e/ou serão enviadas para
destinação / disposição final, sendo classificados como resíduos sólidos Classe
I ou Classe IIA tais como EPIs e materiais absorventes contaminados.

• Lixamento: são gerados resíduos sólidos (lixas usadas, EPIs, usados, pó de


lixamento captado por aspiração na própria lixadeira e /ou limpeza com
aspirador de pó do local).
• Pintura de peça/partes da aeronave há a geração de EPIs usados, material de
pintura contaminado (recipientes de preparo, pincéis, lonas, papéis), borra de
tinta a base de água ( limpeza de material de apoio a pintura).
• Espaço para Poltronas / Embalagens: Espuma de poltronas, capas de
poltronas, suporte e acessórios de poltronas (metal e plástico), restos de
embalagens.

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• Escritórios, provedoria, arquivo, sala de controle, sala de apoio e recebimento


sanitários e almoxarifado geram resíduos domésticos.
• Sala de Máquinas (Compressor de Ar): Óleos usados e peças danificadas
substituídas.
• Manutenção Predial: Pincéis, panos, esponjas, estopas e EPIs contaminados,
restos e embalagens de produtos químicos perigosos e não perigosos, sobras
de material (danificado ou contaminado) – fios / cabos elétricos, fusíveis,
resíduos oleosos, lâmpadas fluorescentes de sódio, LED e incandescentes,
pilhas e baterias, filtros de sistema de exaustão contaminados, resíduos de
construção (entulho, brita, vidro).
• Limpeza de áreas: Lixo de varrição, guardanapos, embalagens de alimentos não
recicláveis, restos de alimentos, resíduos de sanitários, papel, plástico, metal,
vidro, plásticos e embalagens de produtos de higiene, panos, estopas e EPIs
contaminados e não contaminados, restos e embalagens de produtos químicos
perigosos e não perigosos.

Medidas mitigadoras: A Central de resíduos conta com os seguintes abrigos de


resíduos sólidos.
- Abrigo de Resíduos Comuns (área com caçambas): Local construído para abrigar
caçambas e/ou contêineres fechados para armazenamento temporário de lixo comum
e recicláveis (separados de acordo com a coleta seletiva implantada no aeroporto).
- Abrigo de Resíduos de Querosene: Local para armazenamento temporário de
querosene residual (resíduos inflamáveis e combustíveis).
- Abrigo de Resíduos Sólidos: Abrigo de Resíduos diversos - Classe I e Classe II
(separados fisicamente).

7.3. EMISSÕES ATMOSFÉRICAS.


No lixamento há a geração de emissões atmosféricas (material particulado). O
material particulado gerado é aspirado pela lixadeira, gerando um resíduo sólido,
portanto não há geração e lançamento de particulado para o meio ambiente. Durante
a pintura de peça e partes da aeronave há a geração de material particulado e
compostos orgânicos voláteis.

7.4. RUÍDOS.
Na sala/casa de máquinas foi instalado equipamento de uso predial - compressor de
ar (fornecimento de ar comprimido), enclausurado. A área possui acesso restrito aos
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profissionais de manutenção predial da AZUL. Há geração de ruídos, mas o


equipamento encontra-se enclausurado na sala.
As atividades e áreas do Hangar 19 e Lote18 onde ocorrem a geração de ruído são
basicamente:

• Casa / sala de máquinas com compressor de ar.


• Atividade de lixamento de peças e partes de aeronaves.
• Desmontagem e montagem de partes das aeronaves (uso de ferramentas e
acessórios).
• Uso de equipamentos de apoio (empilhadeiras, carros de apoio).

Os níveis máximos de ruídos (ambientais) permitidos de acordo com a Lei 9.505/2008,


que dispõe sobre a proteção contra a poluição sonora no município de Belo Horizonte,
estão fixados por horário conforme a seguir:

• 70 dB(A) para período diurno, de 7h01m às 19h;


• 60 dB(A) para período vespertino, de 19h01 às 22h;
• 50 dB(A) para período noturno de 22h01m e 23h59m e após este horário
45dB(A) até 7h da manhã.

Os equipamentos instalados nas casas de máquinas que possam ultrapassar os


valores máximos permitidos para ruído ambiental entre 19h e 7h – chegando ao
máximo de 68 dB(A) – serão enclausurados em locais com revestimento acústico,
para que os níveis de ruído sejam enquadrados dentro dos limites permitidos.
Foram feitas medições de ruído em Abril/2019 para os hangares da AZUL durante o
processo de licenciamento ambiental. O Laudo de Avaliação de Ruídos foi
apresentado e todos os resultados estavam dentro dos limites permitidos. Cabe
ressaltar que, eventualmente, pode haver captação de ruídos elevados nas medições
devido às operações do aeroporto – pousos e decolagens.
Ressalta-se que o Aeroporto com as atividades de pouso e decolagem apresenta a
maior contribuição para o ruído do ambiente no seu entorno, muito superior a
produção de ruídos de qualquer hangar de manutenção inserido nas Áreas I e II do
Zoneamento de Ruído do Aeroporto, apresentado no Anexo 5.

8. CONTROLE PROCESSUAL.

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Este processo foi devidamente formalizado e contém um requerimento de licença de


operação corretiva – LOC - ampliação, na modalidade de Licenciamento Ambiental
Concomitante, em única fase, (LAC 1).
Este requerimento será submetido para decisão da Superintendente Regional de Meio
Ambiente.
A regularização ambiental, por intermédio do licenciamento, tem início, se for
preventivo, com a análise da licença prévia – LP, seguida pela licença de instalação -
LI e licença de operação – LO.
Quando o licenciamento é corretivo e a fase é de operação, deve-se ter em mente que
estão em análise as três fases do licenciamento, as que foram suprimidas, neste caso
a LP e a LI e a fase atual do empreendimento – que está em operação. Essa é regra
prevista no artigo 32 do Decreto Estadual 47.383/18:
“Art. 32 – A atividade ou o empreendimento em instalação ou
em operação sem a devida licença ambiental deverá regularizar-se por
meio do licenciamento ambiental em caráter corretivo, mediante
comprovação da viabilidade ambiental, que dependerá da análise dos
documentos, projetos e estudos exigíveis para a obtenção das licenças
anteriores. ”

A licença de operação corretiva será obtida desde que uma condição seja atendida
plenamente, a comprovação de viabilidade ambiental da empresa, de acordo com o
artigo anteriormente reproduzido.
Viabilidade é a qualidade do que é viável (com forte probabilidade de se levar a cabo
ou de se concretizar, por reunir todas as circunstâncias/características necessárias).
Passa-se, portanto, a verificação da viabilidade ambiental de cada uma das fases que
estão compreendidas neste processo, LP, LI e LO.
Será avaliado então, se estão reunidas as características necessárias para se atestar
a viabilidade ambiental da empresa.
Com a licença prévia - LP atesta-se a viabilidade ambiental da atividade ou do
empreendimento quanto à sua concepção e localização, com o estabelecimento dos
requisitos básicos e das condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua
implementação, de acordo com o inciso I, art. 13 do Decreto Estadual nº 47.383 de
2018 – que estabelece normas para licenciamento ambiental.
A viabilidade ambiental na fase de LP se constitui na viabilidade locacional, ou seja,
verifica-se, se na concepção do projeto, que resultou no empreendimento, foram
observadas as restrições quanto a sua localização, ou seja, se o local onde a empresa
está é viável, propício ao desenvolvimento da sua atividade; se não existe
impedimento quanto a sua localização como: estar localizada em área restrita,

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destinada a conservação da natureza ou de interesse ambiental que possa inviabilizar


a sua manutenção no local.
Neste sentido, a Prefeitura Municipal emitiu uma Certidão, declarando que o local e o
tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com a lei e regulamento
administrativo do município, conforme se verifica em consulta ao processo.
A apresentação da Certidão da Prefeitura configura o cumprimento de uma obrigação
estabelecida no artigo 18 do Decreto Estadual nº 47.383 de 2018.
Encontra-se no processo a publicação em periódico local, com intuito de imprimir a
devida publicidade ao presente procedimento administrativo.
Sendo assim a empresa está localizada fora de área destinada a conservação.
Conclui-se que NÃO há restrição ambiental que inviabilize a localização da empresa,
que, portanto, possui viabilidade locacional, condição para obter a LP.
Passa-se para a análise da instalação.
A licença de instalação autoriza a instalação da atividade ou do empreendimento, de
acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos
aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, de
acordo com o inciso II do artigo 13 do Decreto Estadual nº 47.383 de 2018.
Uma vez que se trata de empresa em fase de operação a instalação já ocorreu, não
só a instalação da planta industrial, mas também já foram instaladas as medidas de
controle necessárias para conferir a viabilidade ambiental à empresa.
Ressalta-se que, conforme se depreende da leitura deste parecer, a ampliação do
Empreendimento não se trata de implementação de novas estruturas, mas sim, na
alteração do layout da atividade e o consequente aumento do número de aves.
Quanto ao mérito, inexiste manifestação contrária ao que está instalado e a viabilidade
locacional foi atestada anteriormente.
Portanto, opina-se pela aprovação da instalação da empresa, bem como das medidas
de controle ambiental existentes.
Passa-se para a análise da operação da empresa.
A licença de operação em caráter corretivo autoriza a operação da atividade, desde
que demonstrada a viabilidade ambiental.
Nos itens anteriores deste parecer foram explicitados os impactos ambientais
negativos que a atividade ocasiona no meio ambiente.
A operação da empresa está condicionada a demonstração de que, para os impactos
negativos, foram adotadas medidas de controle ambiental capazes de diminuir, mitigar
os impactos da sua atividade.
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A implantação efetiva de medidas de controle ambiental, bem como a demonstração


da eficácia destas medidas, por intermédio de laudos de monitoramento possibilita a
demonstração da viabilidade ambiental, entendida esta viabilidade ambiental como a
aptidão da empresa operar sem causar poluição ou degradação e, se o fizer, que seja
nos níveis permitidos pela legislação.
Confrontando-se os impactos negativos com as medidas de controle ambiental
informadas nos itens anteriores, verifica-se que a empresa conta com as medidas de
controle ambiental para proporcionar a mitigação dos impactos negativos ao meio
ambiente.
A empresa faz jus a licença requerida com validade até 23/11/2027 tendo em vista ser
ampliação da licença principal, conforme previsão constante no artigo 35§8º do
Decreto Estadual nº47.383/2018.
Aliás, o r. dispositivo confronta-se com o que dispõe o artigo 32 §4º do mesmo diploma
legal, que assim dispõe:
§ 4º A licença ambiental corretiva terá seu prazo de validade reduzido em
dois anos a cada infração administrativa de natureza grave ou gravíssima
cometida pelo empreendimento ou atividade, desde que a respectiva
penalidade tenha se tornado definitiva nos cinco anos anteriores à data da
concessão da licença

Contudo, neste caso em que a Licença Ambiental já se trata de uma ampliação, e que
seu prazo de validade acompanhará necessariamente a Licença principal, o que, por
sua vez já implica, em termos práticos, num decréscimo do prazo, entende-se pela
adoção daquilo que dispõe o 35§8º do Decreto Estadual nº47.383/2018.
A taxa de indenização dos custos de análise do processo foi recolhida.

9. CONCLUSÃO.
A equipe interdisciplinar da Supram Sul de Minas sugere o deferimento desta
Licença de Operação em Caráter Corretivo de Ampliação – LOC, para o
empreendimento AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S/A – HANGAR 19/20
para a atividade: B-09-02-4 - Fabricação e montagem de veículos automotores
e/ou ferroviários, exceto embarcações e estruturas flutuantes no município de
Belo Horizonte vinculada a Licença Principal, até data de 23/11/2027, vinculada ao
cumprimento das condicionantes e programas propostos.
Oportuno advertir ao empreendedor que a análise negativa quanto ao cumprimento
das condicionantes previstas ao final deste parecer único (ANEXO I), bem como
qualquer alteração, modificação e ampliação sem a devida e prévia comunicação a

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Supram Central Metropolitana, tornam o empreendimento em questão passível de ser


objeto das sanções previstas na legislação vigente.
Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa, nem substitui, a
obtenção, pelo requerente, de outros atos autorizativos legalmente exigíveis.
A análise dos estudos ambientais pela Superintendência Regional de Meio Ambiente
do Sul de Minas, não exime o empreendedor de sua responsabilidade técnica e
jurídica sobre estes, assim como da comprovação quanto à eficiência das medidas de
mitigação adotadas.

10. ANEXOS.
ANEXO I. Condicionantes para LOC de Azul Linhas Aéreas Brasileiras S/A
ANEXO II. Programa de Automonitoramento de Azul Linhas Aéreas Brasileiras S/A
ANEXO III. Relatório Fotográfico de Azul Linhas Aéreas Brasileiras S/A

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ANEXO I
Condicionantes para LOC de Azul Linhas Aéreas Brasileiras S/A

Item Descrição da Condicionante Prazo [1]


Executar o Programa de Automonitoramento, conforme
Durante a vigência da
01 definido no Anexo II, demonstrando o atendimento aos
Licença Ambiental
padrões definidos nas normas vigentes.
Apresentar à FEAM/GESAR o Plano de Monitoramento da
Qualidade do Ar − PMQAR −, protocolando nos autos do
processo de licenciamento ambiental documento
comprobatório da formalização, que deverá conter os
seguintes itens:

a) inventário das fontes atmosféricas do empreendimento; e


180 dias
b) modelagem atmosférica (com o modelo AERMOD) e
02 descrição do resultado com avaliação da qualidade do ar da Contados a partir da
área de influência do empreendimento. publicação da
Licença Ambiental.
Para elaboração do PMQAR deverão ser seguidas as
diretrizes da Nota Técnica GESAR vigente, referente às
“Orientações Técnicas para a elaboração de um Estudo de
Dispersão Atmosférica”, disponibilizada no sítio eletrônico
da FEAM: http://www.feam.br/noticias/1/1332-emissao-
fontes-fixas.
Realizar monitoramento de qualidade do ar, se necessário,
Conforme estipulado
03 conforme estipulado pela FEAM/GESAR na conclusão da
pela FEAM/GESAR
análise do PMQAR.
[1]
Salvo especificações, os prazos são contados a partir da data de publicação da Licença na
Imprensa Oficial do Estado.

IMPORTANTE
Os parâmetros e frequências especificadas para o Programa de Automonitoramento
poderão sofrer alterações a critério da área técnica da Supram Central Metropolitana,
face ao desempenho apresentado; e
Qualquer mudança promovida no empreendimento que venha a alterar a condição
original do projeto das instalações e causar interferência neste programa deverá ser
previamente informada e aprovada pelo órgão ambiental.

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ANEXO II
Programa de Automonitoramento de Azul Linhas Aéreas Brasileiras S/A

1. Resíduos Sólidos.

Monitoramento Prazo

Apresentar, semestralmente, a Declaração de


Movimentação de Resíduo – DMR, emitida via Sistema Conforme Art. 16 da
MTR-MG, referente às operações realizadas com Deliberação Normativa
resíduos sólidos e rejeitos gerados pelo Copam nº 232/2019
empreendimento durante aquele semestre.

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ANEXO III
Relatório Fotográfico de Azul Linhas Aéreas Brasileiras S/A

Foto 01. Foto do Hangar 20 (manutenção).

Foto 02. Foto do Hangar 19 lonado (manutenção).

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