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Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária

Aeroporto Internacional de São Luís - Marechal Cunha Machado


Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS)

São Luis, Maio de 2017.


Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS)
Aeroporto Internacional de São Luís - Marechal Cunha Machado

PGRS PÁG: 2 de 50
REVISÃO: 01 DATA: 02/06/2017
EMPRESA: Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
TITULO: Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Aeroporto Internacional de São Luis – Marechal Cunha
ÁREA:
Machado
Priscila da Silva Souza Aranha
ELABORADOR:
Luis Roberto Lobato Nogueira
APROVADOR: Sergio Kennedy Soares Freitas
ÍNDICE DE REVISÕES
REVISÃO MOTIVO DA ALTERAÇÃO DATA REVISADO / MAT
Inclusão do PAPH nas pag. 33,
01 02/06/2017 13751-33
34 e 36.

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Aeroporto Internacional de São Luís - Marechal Cunha Machado

DISPOSITIVO DE LEGALIZAÇÃO

Este Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) foi elaborado em


atendimento ao Art. 5º da Resolução CONAMA nº 05, de 05 de Agosto de 1993, a qual
estabelece normas relativas aos resíduos sólidos oriundos de Serviços de Saúde,
Portos, Aeroportos, Terminais Ferroviários e Rodoviários; ao disposto no Art. 20,
incisos II e IV, da Lei Federal Nº 12.305 de 2 de Agosto de 2010, a qual institui a
Política Nacional de Resíduos Sólidos; ao Art. 14 da Lei Estadual Nº 14.236 de 13 de
Dezembro de 2010, a qual dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos; a
Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Nº 56
de 06 de Agosto de 2008, a qual dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas
Sanitárias no Gerenciamento de Resíduos Sólidos nas áreas de Portos, Aeroportos,
Passagens de Fronteiras e Recintos Alfandegados e demais legislações pertinentes.
Esta versão do plano, sobre a versão anterior (2006), foi atualizada com o intuito
de atender à Lei Federal Nº 12.305/2010, RDC ANVISA Nº56/2008 e demais
legislações pertinentes, bem como os dados de responsável técnico e representantes de
cada área.
O PGRS será submetido à análise e aprovação do órgão ambiental competente e
atualizado sempre que modificações significativas sejam adicionadas aos seus
componentes procedimentais ou infraestruturais.
O Plano estará disponível para consulta no aeroporto.

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Aeroporto Internacional de São Luís - Marechal Cunha Machado

RESPONSABILIDADES

RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA ELABORAÇÃO:

PRISCILA DA SILVA SOUZA ARANHA


Coordenadora de Meio Ambiente PRMA/MASU-5
Eng. Ambiental. CREA nº 2009154560 -RJ

APROVADOR:

SERGIO KENNEDY SOARES FREITAS


Superintendente do Aeroporto Internacional de São Luís - Marechal Cunha Machado

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Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS)
Aeroporto Internacional de São Luís - Marechal Cunha Machado

SUMÁRIO
DISPOSITIVO DE LEGALIZAÇÃO .............................................................................. 2
RESPONSABILIDADES ................................................................................................. 4
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ...................................................................... 8
LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... 7
LISTA DE FIGURAS ...................................................................................................... 7
DEFINIÇÕES ................................................................................................................. 10
OBJETO E ABRANGENCIA ........................................................................................ 12
1 GESTÃO AMBIENTAL DA INFRAERO ............................................................. 13
1.1 A Gestão Ambiental da INFRAERO .................................................................. 13
1.2 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos .................................................... 13
2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR .......................................................... 14
2.1 DADOS ............................................................................................................... 14
2.2 CONTATOS ........................................................................................................ 14
2.3 Responsabilidade Técnica pela elaboração do PGRS ......................................... 15
2.4 Definição das responsabilidades e competências ................................................ 15
2.4.1 Efetivo orgânico ............................................................................................... 15
2.4.2 Empresas Contratadas ...................................................................................... 18
2.4.3 Concessionários e operadores .......................................................................... 19
2.5 Autorização de Funcionamento, Licença Ambiental e CTF ............................... 21
2.5.1 Autorização de Funcionamento ....................................................................... 21
2.5.2 Licença Ambiental ........................................................................................... 21
2.5.3 Cadastro Técnico Federal do IBAMA ............................................................. 21
3 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................................................. 22
3.1 Localização do Aeroporto ................................................................................... 22
3.2 Características físicas .......................................................................................... 22
3.2.1 Área patrimonial .............................................................................................. 22
3.2.2 Infraestrutura disponível .................................................................................. 22
3.3 População do Aeroporto ...................................................................................... 23
3.3.1 População fixa.................................................................................................. 23
3.3.2 População flutuante.......................................................................................... 23
3.4 Movimento operacional ....................................................................................... 23
3.5 Mix Comercial e Órgãos Públicos instalados no SBSL ...................................... 24
3.5.1 Mix Comercial: ................................................................................................ 24
3.6 Empresas que atuam no gerenciamento de RS .................................................... 25
3.7 Empresa que atua na limpeza e conservação do Aeroporto ................................ 26
4 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL................................................................................. 26
4.1 Legislação Municipal .......................................................................................... 26
4.2 Legislação Estadual ............................................................................................. 26
4.3 Legislação Federal ............................................................................................... 27
4.4 Resoluções do CONAMA ................................................................................... 28
4.5 Resoluções da ANVISA ...................................................................................... 30
4.6 Outras resoluções aplicáveis ................................................................................ 30
4.7 Normas técnicas e instruções normativas ............................................................ 31
5 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................. 31
6 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL .......................................................................... 32
6.1 Geração e identificação de RS ............................................................................. 32
6.2 Quantificação dos RS gerados ............................................................................. 34
6.3 Áreas de resíduos ................................................................................................. 34
6.4 Equipamentos envolvidos .................................................................................... 35

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7 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................. 35


7.1 Resíduos Grupo A ............................................................................................... 36
7.1.1 Geração/Segregação ......................................................................................... 36
7.1.2 Acondicionamento/Identificação ..................................................................... 36
7.1.3 Coleta, transporte e armazenamento interno .................................................... 37
7.1.4 Armazenamento temporário ............................................................................ 37
7.1.5 Coleta e Transporte .......................................................................................... 38
7.1.6 Tratamento e disposição final .......................................................................... 38
7.2 Resíduos Grupo B................................................................................................ 38
7.2.1 Geração ............................................................................................................ 38
7.2.2 Acondicionamento/Identificação ..................................................................... 39
7.2.3 Armazenamento temporário ............................................................................ 40
7.2.4 Coleta e Transporte .......................................................................................... 41
7.2.5 Tratamento e disposição final .......................................................................... 41
7.3 Resíduos Grupo C................................................................................................ 41
7.3.1 Gerenciamento ................................................................................................. 41
7.4 Resíduos Grupo D ............................................................................................... 42
7.4.1 Geração ............................................................................................................ 42
7.4.2 Acondicionamento/identificação ..................................................................... 42
7.4.3 Coleta e Transporte Interno ............................................................................. 43
7.4.4 Armazenamento temporário ............................................................................ 44
7.4.5 Coleta e Transporte .......................................................................................... 45
7.4.6 Tratamento e disposição final .......................................................................... 45
7.5 Coleta seletiva solidária ....................................................................................... 45
7.6 Grupo E ............................................................................................................... 46
7.6.1 Geração ............................................................................................................ 46
7.6.2 Acondicionamento/identificação ..................................................................... 46
7.6.3 Armazenamento temporário ............................................................................ 46
7.6.4 Coleta e Transporte .......................................................................................... 46
7.6.5 Tratamento e disposição final .......................................................................... 46
8 LIMPEZA E DESINFECÇÃO................................................................................ 47
9 RECURSOS HUMANOS e EPI ............................................................................. 47
10 INSTRUMENTOS DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .......................... 47
11 MECANISMOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO .......................................... 48
11.1 Inspeções periódicas ............................................................................................ 48
12 REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PGRS ......................................................... 48
13 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 48
ANEXOS ........................................................................................................................ 49
Anexo 1: Plano de Limpeza e Desinfecção - PLD ......................................................... 49

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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Contatos no SBSL .......................................................................................... 14
Tabela 2: Movimento operacional de aeronaves e passageiros ...................................... 23
Tabela 3: Movimento operacional da carga aérea e postal no TECA INFRAERO ....... 24
Tabela 4 - Descrição do Mix Comercial situado no SBSL............................................. 24
Tabela 5: Classificação de RS em função da Legislação e características. .................... 32
Tabela 6: Geração e identificação dos resíduos gerados nas dependências do SBSL, de
acordo com a Legislação adotada neste PGRS. ...................................................... 33
Tabela 7: Quantitativo de Resíduos Sólidos SBSL. ....................................................... 34

LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Exemplo de saco acondicionador com identificação de “Substância
Infectante” ............................................................................................................... 37
Figura 2: Contentor para armazenamento de lâmpadas e demais resíduos perigosos. ... 40
Figura 3: Contentor para armazenamento de óleo. ......................................................... 40
Figura 4: Carro coletor de resíduos sólidos – Grupo D. ................................................. 43
Figura 5: Área de armazenamento temporário de resíduos. ........................................... 44
Figura 6: Central de armazenamento de resíduos. .......................................................... 44
Figura 7: Localização do CTR Fazenda Arapixi, s/n, Zona Industrial | Buenos Aires |
Rosário-MA ............................................................................................................. 45

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


AA Ato Administrativo
AFE Autorização de Funcionamento de Empresa
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
ARPT Aeroporto
AS Analista Superior
CNEN Comissão Nacional de Energia Nuclear
CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente
CREA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
CRS Central de Resíduos Sólidos
CTF Cadastro Técnico Federal
CTR Central de Tratamento de Resíduos
EPI Equipamento de Proteção Individual
ETE Estação de Tratamento de Esgoto
FOD “Foreign Object Damage”
IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
IN Instrução Normativa
INFRAERO Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
LO Licença de Operação
MAPA Ministério da Agricultura, Produção e Abastecimento
MASU-5 Coordenação de Suporte de Meio Ambiente de Recife
NBR Norma Brasileira
NI Norma da INFRAERO
OACI Organização da Aviação Civil Internacional
PAA Posto de Abastecimento de Aeronaves (Combustíveis)
PAPH Posto de Atendimento Pré-hospitalar
PAX Passageiros
PGRS Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
QTU “Quick Toilet Unit” – Veículo transportador de dejetos das aeronaves
RDC Resolução da Diretoria Colegiada
RS Resíduos sólidos
SLAF Coordenação de Administração, Finanças e tecnologia da informação do

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SBSL
SLGP Gerência de Gestão operacional e segurança aeroportuária do SBSL
SLMN Coordenação de Manutenção do SBSL
SLNC Gerência de Negócios comerciais e Logística de Carga do SBSL
SLSO Coordenação de Segurança operacional do SBSL
Designativo de localidade do Aeroporto Internacional de São Luis
SBSL
(OACI)
SCI Seção Contra-Incêndio
SEMA Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Estado do Maranhão
SEMMAM Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Luís
MASU Gerência de Suporte de Meio Ambiente
TECA Terminal de Cargas Aéreas
TPS Terminal de Passageiros
UVAGRO Unidade de Vigilância Agropecuária

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DEFINIÇÕES
Área circular do território de um ou mais municípios,
definida a partir do centro geométrico da maior pista do
ÁREA DE
aeródromo ou do aeródromo militar, com 20 km (vinte
SEGURANÇA
quilômetros) de raio, cujos uso e ocupação estão sujeitos a
AEROPORTUÁRIA
restrições especiais em função da natureza atrativa de fauna
(lei nº 12.725/2012)
Área do Aeroporto reservada às edificações de carga,
ÁREA INDUSTRIAL
manutenção, comissaria e oficinas.
Processo utilizado para disposição de resíduos sólidos no solo
que, fundamentado em critérios de engenharia e normas
ATERRO SANITÁRIO
operacionais específicas, permite uma confinação segura, em
termos da poluição ambiental e proteção ao meio ambiente.
Local apropriado para o despejo dos resíduos líquidos dos
CLOACA
sanitários das aeronaves.
É o estabelecimento que tem como finalidade principal à
produção, acondicionamento, armazenamento e transporte de
COMISSARIA alimentos destinados à alimentação a bordo de aeronaves
(RDC Nº02/2003).

Conjunto dos diversos integrantes que compõem a


COMUNIDADE Comunidade do Aeroporto, incluindo-se a Administração do
AEROPORTUÁRIA mesmo, as Cias Aéreas, os Órgãos Públicos, os
Concessionários Comerciais, etc;
ESATAS Empresas de serviços auxiliares no transporte aéreo
Dano causado a aeronaves por pequenos detritos que são
abandonados inadvertidamente nos pátios e pistas, via colisão
FOD com a fuselagem ou ingestão das turbinas. O termo é
comumente empregado para designar os próprios detritos que
causam risco;
Pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que
GERADOR DE
geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas
RESÍDUOS
incluído o consumo (Lei Federal Nº 12.305/2010).
Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas
etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e
GERENCIAMENTO
destinação final ambientalmente adequada dos resíduos
DE RESÍDUOS
sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos
rejeitos (Adaptado da Lei Federal Nº 12.305/2010).
Área do Aeroporto, de acesso restrito para o público e
LADO
destinada às operações de embarque e desembarque de
AERONÁUTICO OU
aeronaves, sujeita a controles de segurança estabelecidos por
LADO AR
normas internacionais;
A porção do Aeroporto de acesso público, apenas sujeita a
LADO TERRA
supervisão;
Posto de Atendimento Médico Pré-hospitalar, onde é
realizado o primeiro atendimento à passageiros ou
PAPH
funcionários para que sejam encaminhados, se necessário,
para o hospital de referência.

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Local do Aeroporto aonde estacionam as aeronaves, para


PÁTIO DE
efeito das operações de embarque e desembarque de
MANOBRAS
passageiros e cargas;
PLANO DE Documento integrante do processo de licenciamento
GERENCIAMENTO ambiental que descreve as diversas etapas do processo de
RESIDUOS SÓLIDOS gerenciamento de resíduos;
Veículo tracionado ou auto-propulsor, possuidor de tanque
hermeticamente fechado, para coleta dos resíduos
QTU
provenientes dos sanitários das aeronaves e transporte até o
local de descarga (Cloaca);
Processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a
alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou
RECICLAGEM
biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos
produtos (Adaptado da Lei Federal Nº12.305/2010)
Resíduos nos estados sólido e semissólido que resultam das
atividades dos serviços aeroportuários e da varrição das
RESÍDUOS SÓLIDOS
instalações, inclusive o lodo remanescente da estação de
tratamento de esgoto.
SÍTIO
Toda a área patrimonial do Aeroporto;
AEROPORTUÁRIO
Aplicação de método, técnica ou processo que modifique as
TRATAMENTO DE características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou
RESÍDUOS eliminando o risco de contaminação, de acidentes de trabalho
ou de dano ao meio ambiente (RDC ANVISA nº 56/2008)

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OBJETO E ABRANGENCIA
Este Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos tem por objetivo apontar e
descrever as ações relativas ao gerenciamento dos resíduos sólidos gerados no
Aeroporto Internacional de São Luís - Marechal Cunha Machado, abordando etapas de:
geração, acondicionamento, segregação, coleta, armazenamento, transporte, tratamento
e disposição final ambientalmente adequada, fins de preservação do meio ambiente e
proteção da saúde pública.

O Plano tem abrangência apenas sobre a área civil do Aeroporto sob gestão
administrativa da INFRAERO.

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1 GESTÃO AMBIENTAL DA INFRAERO


1.1 A Gestão Ambiental da INFRAERO

 Política Ambiental

A gestão Ambiental dos ARPT administrados pela INFRAERO está embasada


no cumprimento de uma Política de Responsabilidade Social Empresarial, pré-definida
e aprovada pela DIREX, descrita como sendo obrigação da Empresa:

“Assegurar a aplicação continuada dos princípios de responsabilidade social


empresarial na gestão dos negócios, com respeito aos direitos humanos e ao
meio ambiente, visando a sustentabilidade”.

 Programas Ambientais

Para cumprimento da Política e de seus respectivos princípios, a Empresa


atualmente desenvolve 10 Programas Ambientais, que encerram ações diversas:
Programas Ambientais da Política Ambiental

1 Licenciamento Ambiental
2 Resíduos Sólidos
3 Fauna
4 Recursos Hídricos
5 Solos e Flora
6 Ruído aeronáutico
7 Energia
8 Emissões
9 Educação Ambiental
10 Compliance Ambiental

1.2 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

O gerenciamento dos Resíduos Sólidos gerados no Aeroporto Internacional de


São Luís - Marechal Cunha Machado está inserido no Programa 2 – Resíduos Sólidos.

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2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

2.1 DADOS
 Razão social/Nome fantasia: Aeroporto Internacional de São Luís - Marechal
Cunha Machado – Dependência 021 da Empresa Brasileira de Infraestrutura
Aeroportuária (INFRAERO);
 CNPJ: 00.352.294/0021-64
 Código e Descrição da atividade econômica principal: 52.40-1-01 - Operação
dos Aeroportos e campos de aterrissagem
 Comprovante de Registro do Cadastro Técnico Federal do IBAMA:
2380785
 Endereço: Av. dos Libaneses, 3503 - Tirirical, São Luís - MA CEP: 56313-900.
 Telefone/Fax: (98) 3217-6100
 Homepage: http://www.infraero.gov.br
 Representante legal: Sergio Kennedy Soares Freitas – Superintendente do
Aeroporto Internacional de São Luís - Marechal Cunha Machado.

2.2 CONTATOS
Tabela 1: Contatos no SBSL

NOME CARGO FONE EMAIL


Sergio Kennedy
Superintendente do SBSL (98) 3217-6108 skennedy.br@infraero.gov.br
Soares Freitas
Priscila da Silva Coordenadora de Meio
(81) 3322-4393 priscilas@infraero.gov.br
Souza Aranha Ambiente – MASU-5
Rogerio Brandão Coordenação de
Sousa Administração, Finanças e
(98) 3217-6117 Rogerio_Brandao.sbsl@infraero.gov.br
tecnologia da informação
do SBSL
Marcelo Frazao Gerência de Gestão
Angelim operacional e segurança (98) 3217-6138 marceloangelim@infraero.gov.br
aeroportuária do SBSL
Luis Roberto Lobato Coordenação de
(98) 3217-6162 luisnogueira@infraero.gov.br
Nogueira Manutenção do SBSL
Claudia Silene Lima Gerência de Negócios
Ferreira comerciais e Logística de (98) 3217-6186 claudiaferreira@infraero.gov.br
Carga do SBSL
Toni Clay Vieira Coordenação de Segurança (98) 3217-6285 tonipinheiro@infraero.gov.br
Pinheiro operacional do SBSL
ARPT (PABX) (87) 3867-9600

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2.3 Responsabilidade Técnica pela elaboração do PGRS

Dados do Responsável Técnico:


Priscila da Silva Souza Aranha
Formação Acadêmica: Bacharela em Engenharia Ambiental pela Universidade
Fundação Oswaldo Aranha - UniFOA/ Volta Redonda-RJ
Inscrição no CREA: 2009154560 – RJ/ CREA-PE 200800869-0
ART: PE 20170107506
Lotação/Cargo na INFRAERO: DEMA/Coordenadora de Meio Ambiente
Lotação física: UARF - Unidade de apoio a execução de serviços de Recife
Telefone: (81)3322-4393
E-mail: priscilas@infraero.gov.br

2.4 Definição das responsabilidades e competências

2.4.1 Efetivo orgânico


Administração aeroportuária – Superintendente do Aeroporto

 Disponibilizar os recursos humanos, técnicos e financeiros, para o cumprimento das


atividades constantes no PGRS;
 Providenciar a regularidade ambiental (licenciamento) dos equipamentos
infraestruturais componentes do plano;
 Estabelecer a ordem de prioridade das ações e projetos para o atendimento dos
objetivos gerenciais da Empresa na área ambiental.
 Interagir com a ANVISA, Órgão Ambiental Estadual e Municipal, visando à
aprovação do Plano;
 Enviar dados dos Resíduos Sólidos gerados para a PRMA.

 Realizar reuniões periodicamente para avaliar o andamento das atividades


referentes à implementação dos planos;

Meio Ambiente
 Elaborar o PGRS, por via orgânica ou contratada; Se contratada, elaborar Termo de
Referência;

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 Prestar assessoria às diversas áreas do aeroporto, no que se refere aos dispositivos


da legislação ambiental;
 Promover a atualização periódica do referido Plano;
 Propor as políticas, diretrizes, objetivos e metas ambientais à Diretoria Executiva;
 Propor as normas e padrões essenciais para o gerenciamento das questões
ambientais da empresa;
 Elaborar Termo de Referência para contratação de serviços de descarte de RS
diversos;

Operações

 Interagir com os operadores aéreos e ESATAS, objetivando o efetivo cumprimento


dos dispositivos do PGRS;

 Interagir com os operadores aéreos e ESATAS, objetivando a manutenção da


regularidade ambiental das respectivas atividades (apresentação de LO, CTF e AFE,
quando aplicável);
 Interagir com os contratados, objetivando a manutenção da regularidade ambiental
das respectivas atividades (apresentação de LO, CTF e AFE, quando aplicável);

 Coordenar e fiscalizar o cumprimento dos dispositivos administrativos de todos os


contratos de prestação de serviço à INFRAERO;

 Efetuar a avaliação periódica dos referidos contratos;

Comercial

 Fiscalizar o cumprimento dos dispositivos do PGRS, através das equipes


subordinadas;
 Supervisionar os efeitos do processo de gerenciamento de RS nas interfaces com as
atividades comerciais dos diversos concessionários do aeroporto;
 Interagir com os concessionários, objetivando o efetivo cumprimento dos
dispositivos do PGRS pelos mesmos;

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 Interagir com os concessionários, objetivando a manutenção da regularidade


ambiental das respectivas atividades (apresentação de LO, CTF e AFE, quando
aplicável);
 Supervisionar os efeitos do processo de gerenciamento de RS nas interfaces com a
atividade de logística de carga do aeroporto;

Manutenção

 Fiscalizar e coordenar as atividades dos contratos de coleta, transporte e destinação


final dos resíduos;

 Supervisionar o cumprimento do Plano por todos os operadores, concessionários e


usuários do aeroporto.

 Interagir com as áreas gestoras para que as boas práticas sejam efetivamente
adotadas;

 Implantar e supervisionar a Coleta Seletiva Solidária no ARPT.

 Garantir a disponibilidade dos equipamentos utilizados na gestão de RS do


aeroporto;

 Manter a infraestrutura dos ambientes utilizados na gestão de RS do aeroporto;

 Executar programa de manutenções preventivas e corretivas dos equipamentos


utilizados na gestão de RS do aeroporto;

 Realizar a gestão de recursos humanos, mão de obra, e financeiro de modo a otimizar


a execução de manutenções preventivas e corretivas da infraestrutura utilizada na
gestão de RS do aeroporto;

 Implementar, por via orgânica ou contratada, as medidas executivas relativas às


atividades de coleta, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final dos
RS gerados no aeroporto;

Segurança operacional

 Promover a realização de cursos e treinamentos relacionados à gestão de meio


ambiente e de resíduos sólidos, especificamente;

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 Promover ações educativas e de sensibilização quanto à preservação ambiental e


proteção a saúde pública;

Saúde e Segurança do Trabalho

 Fiscalizar a efetiva utilização de EPI pelos empregados envolvidos com as tarefas de


manuseio de RS;

 Fiscalizar as condições de saúde e segurança do trabalho co-relacionadas;

2.4.2 Empresas Contratadas

Empresa Contratada para limpeza e conservação:


 Cumprir todas as exigências contratuais;
 Efetuar a varrição de todas as áreas administrativas da INFRAERO, além das áreas
públicas e operacionais e realizar o transporte destes resíduos para os recipientes de
acondicionamento e armazenamento temporário;
 Efetuar a coleta dos RS acondicionados nos coletores de FOD;
 Efetuar coleta dos resíduos dispostos nas lixeiras das diversas salas administrativas
da INFRAERO, dos banheiros e encaminhá-los para os locais de armazenamento
temporário;
 Realizar a limpeza e desinfecção periodicamente na área de armazenamento
temporário de RS, cloaca e demais áreas no sítio aeroportuário;

Empresa Contratada para coleta, transporte e destinação final de RS comuns,


Grupo D (Prefeitura):
 Cumprir a programação de coleta;
 Efetuar coleta dos referidos resíduos na área interna do ARPT (central de resíduos);
 Transportar os resíduos comuns, grupo D gerados no SBSL para aterro devidamente
licenciado pelo órgão ambiental competente;

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Empresa Contratada para coleta, transporte e destinação final de RS perigosos,


Grupos A, B e E:

 Cumprir todas as exigências contratuais;

 Disponibilizar recipientes de acondicionamento seguro (bombonas plásticas), com


nomenclatura e simbologia adequada ao tipo de resíduo armazenado
temporariamente;

 O transporte dos resíduos perigosos não poderá interferir com o fluxo dos meios de
transporte e pessoas;

 O tratamento destes resíduos será realizado fora do Aeroporto, exceto em situações


que preconizam o tratamento em zona primária.
 A disposição final dos resíduos resultantes do tratamento serão encaminhados para
aterro devidamente licenciado pelo órgão ambiental competente;
 Apresentar relatório mensal à SLMN acerca do quantitativo de RS descartados,
acompanhado dos comprovantes de destinação final adequada;

2.4.3 Concessionários e operadores

Cias Aéreas e Auxiliares:

 Segregar os resíduos comuns de resíduos infectantes e dispô-los nos locais pré-


definidos pelo PGRS de acordo com o tipo de resíduo;
 Efetuar a coleta dos resíduos de bordo das aeronaves e transportá-los para
armazenamento temporário nos locais definidos neste PGRS, conforme a
correspondente classificação dos resíduos;
 Transportar os resíduos de suas próprias áreas administrativas até os locais de
acondicionamento;

 Não descartar luvas ou outros tipos de resíduos nos sanitários de aeronaves, de modo
a prevenir entupimento no sistema de esgotamento;

 Transportar os resíduos líquidos das aeronaves para a cloaca;

 Manter os carros coletores específicos de resíduos infectantes e resíduos comuns em


bom estado de conservação e com identificação adequada ao tipo de resíduo
transportado.

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Aeroporto Internacional de São Luís - Marechal Cunha Machado

Oficinas:

 Segregar os resíduos comuns dos resíduos perigosos e dispô-los nos locais pré-
definidos pelo PGRS;
 Prover a cultura de Redução de geração de RS.

Cooperativas de táxi

 Dispor os resíduos nos locais pré-definidos pelo PGRS;

PAA:

 Segregar os resíduos comuns dos resíduos perigosos e dispô-los nos locais pré-
definidos pelo PGRS;
 Acondicionar os resíduos químicos em recipientes adequados para armazenamento
temporário e encaminhá-los para tratamento e destinação final;

 Adotar medidas de contenção, em caso de derramamentos de combustível no piso.


Os RS provenientes desta ação serão acondicionados em recipiente adequado para
posterior tratamento e destinação final adequada;

SCI

 Segregar os resíduos comuns dos resíduos perigosos e dispô-los nos locais pré-
definidos pelo PGRS;

 Acondicionar os resíduos químicos gerados na área e dispô-los em locais pré-


definidos pelo PGRS;

 Permitir a entrada do terceirizado para realização da coleta dos recipientes de


acondicionamento, fins de destinação final.

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Aeroporto Internacional de São Luís - Marechal Cunha Machado

2.5 Autorização de Funcionamento, Licença Ambiental e CTF

2.5.1 Autorização de Funcionamento

A INFRAERO, Empresa Federal vinculada a Secretaria de Aviação Civil (SAC),


tem por finalidade implantar, administrar, operar e explorar industrial e comercialmente
a infraestrutura aeroportuária que lhe for atribuída pela Secretaria de Aviação Civil da
Presidência da República (SAC-PR). Desta forma, de acordo com a Lei Nº 12.462 de 05
de Agosto de 2011, o Art 2º da Lei Nº 5.862/72 passar a vigorar com a seguinte
redação:
“A INFRAERO terá por finalidade implantar, administrar,
operar e explorar industrial e comercialmente a infraestrutura
aeroportuária que lhe for atribuída pela Secretaria de Aviação
Civil da Presidência da República.”

2.5.2 Licença Ambiental

O SBSL possui Licença de Operação Nº 173/2012 com data de validade até


12/03/2016, expedida pela Agencia Estadual de Meio Ambiente CPRH. Atualmente
encontra-se em processo de renovação do licenciamento no órgão estadual (SEMA).

2.5.3 Cadastro Técnico Federal do IBAMA

A Lei Nº 6.938 de 31 de Agosto de 1981, Art. 9º, VIII, estabelece que o


Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental é um
instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente. O Cadastro Técnico Federal é um
instrumento da Política Nacional de Resíduos Sólidos, conforme Art 8º, inciso XVII,
alíneas “a” e “b”, e também visa atender a IN IBAMA nº 31/2009 e IN IBAMA nº
06/2013.
O Aeroporto possui comprovante de registro do CTF Nº 2380785. As
informações deverão ser atualizadas anualmente com relatórios, e o Certificado de
Regularidade deverá ser renovado a cada 3 (três) meses.

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Aeroporto Internacional de São Luís - Marechal Cunha Machado

3 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO

3.1 Localização do Aeroporto


O Aeroporto Internacional de São Luís - Marechal Cunha Machado possui uma
área física de 6.022.363,30 m2 (Área civil), situada nas coordenadas 02º 35’ 13’’S /
044º 14’ 10’’W (SIRGAS2000), 54m de altitude e a 12km do centro da cidade de São
Luis/MA;

3.2 Características físicas

3.2.1 Área patrimonial


O sítio aeroportuário possui uma área patrimonial total de 6.022.363,30 m2,
sendo somente área civil.

3.2.2 Infraestrutura disponível


O SBSL dispõe das seguintes facilidades:

 02 pistas de pouso e decolagem, no rumo 06/24 E 09/27, com 2.385 m x 45


m e 1.464m X 45m, pavimentada com asfalto;

 1 pátio para aviação regular, com 48.686,95 m².

 1 pátio de aviação geral, com 11.736,40 m²;

 01 pátio para equipamentos de rampa, com 1.809,00 m²;

 01 TPS de 13.020,09 m² dividido em 2 pavimentos e um terraço panorâmico;

 TECA com área total de 2.477,14 m², sendo 821,50m² de área construída. O
setor de importação com 327,75m² e Exportação com 14,22m²;

 PAA operando em regime de “pool” pela BR distribuidora e Shell;

 SCI;

 Oficinas de manutenção e instalação para processamento de cargas das Cias


Aéreas;

 Sistemas de infraestrutura (serviços de abastecimento de água potável, coleta


e tratamento de esgoto, coleta de resíduos, abastecimento de energia elétrica e
comunicações telefônicas).

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3.3 População do Aeroporto

3.3.1 População fixa


A população fixa do SBSL, de acordo com o setor de Credenciamento, é de 764
pessoas (abril/2017), sendo destes, 69 funcionários da Infraero.

3.3.2 População flutuante


A população flutuante corresponde ao número de passageiros que embarcam e
desembarcam no Aeroporto, somados aos acompanhantes. Todavia, é importante
destacar que nos dados da população flutuante não são levados em consideração os
acompanhantes dos passageiros.

3.4 Movimento operacional


A Tabela 2 apresenta o movimento operacional do SBSL, no que se refere ao
pouso e decolagem de aeronaves, e ao movimento de passageiros, com relação a
origem, destino, conexão de origem e destino.

Tabela 2: Movimento operacional de aeronaves e passageiros

Aeronaves Passageiros
Movimento Doméstico Internacional Total Doméstico Internacional Total
Operacional
2010 23.555 88 23.643 1.378.061 1.085 1.379.146
2011 27.867 57 27.924 1.843.249 135 1.843.384
2012 30.317 41 30.358 1.991.094 5 1.991.099
2013 27.934 41 27.975 1.815.861 48 1.815.909
2014 25.788 33 25.821 1.833.719 80 1.833.799
2015 23.437 33 23.470 1.700.998 17 1.701.015
2016 18.861 19 18.880 1.520.846 1 1.520.847

Fonte: http://opnet/estatistica/index_Mov.php.

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A Tabela 4 apresenta o movimento operacional da carga aérea e postal, com relação a


embarque e desembarque.

Tabela 3: Movimento operacional da carga aérea e postal no TECA INFRAERO

Movimento Carga Aérea (Kg) Correios (Kg)


Operacional Doméstico Internacional Total Doméstico Internacional Total
2010 6.647.907 8 6.647.915 2.937.743 0 2.937.743
2011 7.696.512 0 7.696.512 3.528.188 2.975 3.531.163
2012 8.018.292 0 8.018.292 2.213.936 0 2.213.936
2013 7.062.850 0 7.062.850 3.166.019 0 3.166.019
2014 6.530.478 0 6.530.478 3.529.587 0 3.529.587
2015 4.987.826 0 4.987.826 3.082.166 0 3.082.166
2016 3.495.287 0 3.495.287 2.965.115 0 2.965.115

Fonte: http://opnet/estatistica/index_Mov.php.

3.5 Mix Comercial e Órgãos Públicos instalados no SBSL

3.5.1 Mix Comercial:

Tabela 4 - Descrição do Mix Comercial situado no SBSL

Atividade
Hotel Deodoro Ltda (Palheta)
ZR3 COMÉRCIO DE BEBIDAS E ALIMENTOS LTDA
SRT Alimentos Eirele ME
V A FERREIRA EIRELI - ME
Marvi Fast Food Ltda (Bob's)
F. ARACELLI FERREIRA - ME
A M G COMÉRCIO LTDA - ME
DIAS CASTRO SORVETERIA LTDA
DOMENIC RODRIGUES ALENCAR
UMBELINA SILVA DA FNSECA
Banco do Brasil S/A
Tecnologia Bancária S.A
Caixa Econômica Federal
Banco Santander S/A
Tecnologia Bancária S.A
Empresa Bras. de Correios e Telegrafos
Malex do Brasil Ind.com.e serv.guarda mala
Localiza Rent a Car

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CAR RENTAL SYSTEM DO BRASIL


Unidas Locadora de Veículos Ltda
Movida Locação de Veículos
MILCAR LOCADORA DE VEÍCULOS LTDA
Coopertáxi Aeroporto de São Luis
Secretaria de Estado de Turismo
Organiza Viagens e Turismo Ltda (Trapiche Turismo)
Embalatudo Ltda-ME (Protec Bag)
Viacom Next Generation Comunicação Ltda
MASTER EMPREENDIMENTOS URBARNO S/A
MAIS VIAGENS OPERADORA DE TURISMO
SRT Alimentos Eirele ME
Gold Comércio Ltda - EPP
LGV MORAES COMÉRCIO LTDA
Silva Araújo E Ferreira Ltda (Maranhão Artesanatos)
Imfarma Produtos Farmaceuticos
Biriguda Arte Feita a mão Ltda - ME
ESAFLORES
ISIS EMPREENDIMENTOS ALIMENTÍCIOS EIRELI - ME
SRT Alimentos Eirele ME
Flag - Comércio de Representações
AERO TV MÍDIA -ME
F WAGNER L. DE OLIVEIR
Restaurante Veneza Gourmet
Fonte: SLNC

3.6 Empresas que atuam no gerenciamento de RS


 Prefeitura de São Luiz - Responsável pela coleta, transporte e destinação final
dos resíduos sólidos comuns, grupo D, produzidos no Aeroporto Internacional
de São Luís - Marechal Cunha Machado, em São Luís/MA.

 Empresa de coleta e transporte interno do aeroporto: Processo em licitação.

 STERICYCLE GESTÃO AMBIENTAL LTDA – TC 0044-CL/2014/0021.


Prestação dos serviços contínuos de coleta, transporte, tratamento e destinação
final de resíduos sólidos dos Grupos “A”, “B” e “E” gerados no Aeroporto
Internacional de São Luís - Marechal Cunha Machado, em São Luís/MA.

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3.7 Empresa que atua na limpeza e conservação do Aeroporto


 MASCOLMARANHÃO SERVIÇOS E LIMPEZA LTDA-EPP - TC nº
0022-SL/2014/0021 cujo objeto do contrato é serviço de Conservação, Limpeza,
Higiene e copeiragem sem controle de estoque de material do Aeroporto
Internacional de São Luís - Marechal Cunha Machado, em São Luís/MA.

4 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
Os procedimentos que envolvem o gerenciamento dos resíduos sólidos
produzidos no SBSL estão baseados em Legislações Municipais, Estaduais e Federais,
normas, resoluções e decretos. Segue abaixo algumas Legislações aplicáveis.

4.1 Legislação Municipal


 LEI Nº 4996 DE 17/07/2008: dispõe sobre saneamento e gestão de resíduos
sólidos do município de são luís, e dá outras providências.”

4.2 Legislação Estadual


 LEI ESTADUAL Nº 5.405 DE 08/04/92:“ Código de proteção de meio
ambiente do estado do Maranhão.”
 Decreto Nº 13.789, DE 30/03/1994 – “Cria o projeto de reciclagem de papel no
âmbito da administração pública estadual direta e indireta, regulamenta o seu
funcionamento e dá outras providências”;
 LEI Nº 8.521 DE 30/11/2006 – “Dispõe sobre a produção, o transporte, o
armazenamento, a comercialização, a utilização, o destino final dos resíduos e
embalagens azias, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus
componentes afins, no Estado do Maranhão, e dá outras providências.”
 DECRETO ESTADUAL Nº 23.118 DE 29/05/2007 – “Regulamenta a Lei nº
8.521, de 30 de novembro de 2006, que dispõe sobre a produção, o transporte, o
armazenamento, a comercialização, a utilização, o destino final de resíduos e
embalagens, o controle, a inspeção, a fiscalização de agrotóxicos, de seus
componentes e afins, e dá outras providências”;
 PORTARIA ESTADUAL Nº 111 DE 29/12/2008 – “Dispõe sobre todas as
instalações de produção de ferro gusa, em operação, ficam obrigadas à
promoção de melhorias de processo, à instalação de equipamentos de controle,

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à disposição adequada de resíduos, ao monitoramento e às demais medidas


necessárias ao cumprimento integral da legislação ambiental”;
 LEI ESTADUAL Nº 5.253 DE 29/10/1991- “Dispõe sobre a conduta quanto
ao lixo hospitalar.”

4.3 Legislação Federal


 LEI 6.938 de 31 de agosto de 1981: “Dispõe sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências.”
 LEI 9.605 de 3 de maio de 1996: “Torna obrigatória a inclusão de dispositivo
de segurança que impeça a reutilização das seringas descartáveis.”
 LEI 9.605 de 12 de fevereiro de 1998: “Dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e
dá outras providências.”
 LEI Nº 5.862 de dezembro de 1972: “Autoriza o Poder Executivo a constituir a
empresa pública denominada Empresa Brasileira de Infra-Estrutura
Aeroportuária - INFRAERO, e dá outras providências”

 LEI Nº 12.462, de 4 de agosto de 2011: “Institui o Regime Diferenciado de


Contratações Públicas, altera a Lei Nº 10.683, de 28 de maio de 2003, que
dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, a
Legislação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Legislação da
Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO); cria a
Secretaria de Aviação Civil, cargos de Ministro de Estado, cargos em comissão
e cargos de Controlador de Tráfego Aéreo; autoriza a contratação de
controladores de tráfego aéreo temporários; altera as Leis nos 11.182, de 27 de
setembro de 2005, 5.862, de 12 de dezembro de 1972, 8.399, de 7 de janeiro de
1992, 11.526, de 4 de outubro de 2007, 11.458, de 19 de março de 2007, e
12.350, de 20 de dezembro de 2010, e , e a Medida Provisória no 2.185-35, de
24 de agosto de 2001; e revoga dispositivos da Lei no 9.649, de 27 de maio de
1998.”

 DECRETO Nº 5.940, de 25 de outubro de 2006: “Institui a separação dos


resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração

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pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às


associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras
providências”
 DECRETO Nº 7.405 de 23 de dezembro de 2010:“Institui o Programa Pró-
Catador, denomina Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica
dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis o Comitê Interministerial
da Inclusão Social de Catadores de Lixo criado pelo Decreto de 11 de setembro
de 2003, dispõe sobre sua organização e funcionamento, e dá outras
providências”.
 DECRETO Nº 6.514 de 22 de julho de 2008: “Dispõe sobre as infrações e
sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo
federal para apuração destas infrações, e dá outras providências”.
 LEI Nº 12.305, de 2 de agosto de 2010: “Institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras
providências”.
 DECRETO Nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010: “Regulamenta a Lei no
12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos
e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e
dá outras providências”.

4.4 Resoluções do CONAMA


 RESOLUÇÃO CONAMA nº 1, de 13 de junho de 1988: “Dispõe sobre o
Cadastro Técnico Federal de atividades e instrumentos de defesa ambiental.”
 RESOLUÇÃO CONAMA nº 2, de 22 de agosto de 1991:“Dispõe sobre o
tratamento a ser dado às cargas deterioradas, contaminadas ou fora de
especificações.”
 RESOLUÇÃO CONAMA nº 4, de 9 de outubro de 1995: “Define as Áreas de
Segurança Aeroportuária - ASA e nega a implantação de atividade de natureza
perigosa nestes locais, entendidas como Foco de Atração de Pássaros”
 RESOLUÇÃO CONAMA nº 5, de 5 de agosto de 1993: “Dispõe sobre o
gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos, Aeroportos, terminais

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ferroviários e rodoviários (Revogadas as disposições que tratam de resíduos


sólidos oriundos de serviços de saúde pela Resolução n° 358/05)”
 RESOLUÇÃO CONAMA nº 6, de 19 de setembro de 1991:“Desobriga a
incineração ou qualquer outro tratamento de queima dos resíduos sólidos
provenientes dos estabelecimentos de saúde, portos e Aeroportos, ressalvados
os casos previstos em lei e acordos internacionais”
 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 23, de 12 de dezembro de 1996:"Estabelece
critérios para importação/exportação de resíduos sólidos, estabelecendo ainda
a classificação desses resíduos."
 RESOLUÇÃO CONAMA nº 275 de 25 de abril de 2001: “Estabelece o
código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na
identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas
informativas para a coleta seletiva.”
 RESOLUÇÃO CONAMA Nº 258, de 26 de agosto de 1999: "Obriga as
empresas fabricantes e as importadoras de pneumáticos a coletar e dar
destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis existentes no
território nacional, na proporção definida nesta Resolução relativamente às
quantidades fabricadas e/ou importadas.”
 RESOLUÇÃO CONAMA nº 307 de 05 de julho de 2002: “Estabelece
diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção
civil, disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactos
ambientais”
 RESOLUÇÃO CONAMA nº 316, de 29 de outubro de 2002:“Dispõe sobre
procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento
térmico de resíduos.”
 RESOLUÇÃO CONAMA nº 358 de 29 de abril de 2005: “Dispõe sobre o
tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras
providências.”
 RESOLUÇÃO CONAMA nº 362, de 23 de junho de 2005: “Dispõe sobre o
recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou
contaminado.”
 RESOLUÇÃO CONAMA nº 401, de 4 de novembro de 2008:“Estabelece os
limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias

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comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu


gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.”
 RESOLUÇÃO CONAMA nº 416, de 30 de setembro de 2009: “Dispõe sobre
a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua
destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências.”

4.5 Resoluções da ANVISA


 RDC N.º 02, de 08 de janeiro de 2003 : “Regulamento Técnico para
Fiscalização e Controle Sanitário em Aeroportos e Aeronaves”.
 RDC N.º 306, de 07 de dezembro de 2004: “Dispõe sobre o Regulamento
Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.”
 RDC N.º 56, de 06 de agosto de 2008:“Dispõe sobre o Regulamento Técnico
de Boas Práticas Sanitárias no Gerenciamento de Resíduos Sólidos nas áreas de
Portos, Aeroportos, Passagens de Fronteiras e Recintos Alfandegados.”
 RDC N.º 345, de 16 de dezembro de 2002: “Dispõe sobre o Regulamento
Técnico para a Autorização de Funcionamento de empresas interessadas em
prestar serviços de interesse da saúde pública em veículos terrestres que
operem transportes coletivos internacional de passageiros, embarcações,
aeronaves, terminais aquaviários, portos organizados, Aeroportos, postos de
fronteira e recintos alfandegados.”
 RDC Nº 346, de 16 de dezembro de 2002:“Aprova o Regulamento Técnico
para a Autorização de Funcionamento e Autorização Especial de
Funcionamento de Empresas interessadas em operar a atividade de armazenar
mercadorias sob vigilância sanitária em Terminais Aquaviários, Portos
Organizados, Aeroportos, Postos de Fronteira e Recintos Alfandegados.”
4.6 Outras resoluções aplicáveis
 RESOLUÇÃO ANAC Nº 116 de 20 de outubro de 2009: “Dispõe sobre os
serviços auxiliares ao transporte aéreo.”
 PORTARIA ANP Nº 125, de 30 de julho de 1999: “Regulamenta a atividade
de recolhimento, coleta e destinação final do óleo lubrificante usado ou
contaminado.”

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4.7 Normas técnicas e instruções normativas


 NBR 8.843 de 30 de agosto de 1996: Aeroportos – Gerenciamento de Resíduos
Sólidos.

 NBR 10.004 de 30 de novembro de 2004: Resíduos Sólidos – Classificação.

 NBR 13.221 de 31 de julho de 2005: Transporte terrestre de resíduos.

 INSTRUÇÃO NORMATIVA do MAPA Nº 36, de 10 de novembro de 2006 -


Dispõe sobre a aprovação do Manual de Procedimentos Operacionais da
Vigilância Agropecuária Internacional, a ser utilizado pelos Fiscais Federais
Agropecuários na inspeção e fiscalização do trânsito internacional de animais,
vegetais, seus produtos e subprodutos, derivados e partes, resíduos de valor
econômico e insumos agropecuários, nos Portos Organizados, Aeroportos
Internacionais, Postos de Fronteira e Aduanas Especiais.

 INSTRUÇÃO NORMATIVA DO IBAMA Nº 31, de 03 de dezembro de


2009 – Registro no Cadastro Técnico Federal de Instrumentos de Defesa
Ambiental e de atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de
Recursos ambientais.

 INSTRUÇÃO NORMATIVA DO IBAMA Nº 06, de 15 de março de 2013 –


Regulamenta o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente
Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais - CTF/APP e revoga os arts.
2º, 7º, 8º, 9º, 11, 12, 14, 17 e 18, e os ANEXOS II e III, todos da Instrução
Normativa nº 31, de 3 de dezembro de 2009; Revoga a Instrução Normativa nº
10, de 6 de outubro de 2010, a Instrução Normativa nº 7, de 7 de julho de 2011 e
o Anexo II da Instrução Normativa nº 8, de 3 de setembro de 2012.

 NORMA DA INFRAERO (NI) 14.06 (EGA) de 2000 – Elaboração e


implementação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

5 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS


Os resíduos sólidos são classificados na Tabela abaixo, de acordo com a
Legislação incidente. Os RS estão agrupados de acordo com suas características.

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Tabela 5: Classificação de RS em função da Legislação e características.

Classificação dos resíduos


de acordo com a legislação e Infectantes Químicos Radioativos Comuns Perfucortantes
características
Resolução CONAMA
Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo A
Nº05/1993
Grupo A
Resolução CONAMA
(A1, A2, Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E
Nº358/2005
A4)
ABNT NBR 8.843/1996 Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo A
Classe II
ABNT NBR 10.004/2004 Classe I Classe I - Classe I
A e II B
Classe I Classe II A e
Lei Federal Nº 12.305/2010 Classe II A Classe II A - alíneas Classe I alínea
"b" e "j" "g"
RDC ANVISA Nº 56/2008 Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E
RDC ANVISA Nº306/2004 Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E

No que se refere ao gerenciamento dos resíduos sólidos deste PGRS, será


adotada a classificação da RDC ANVISA Nº 56/2008.

6 DIAGNÓSTICO SITUACIONAL

O diagnóstico da situação envolve todas as etapas de gerenciamento dos resíduos


sólidos, desde a sua geração até a disposição final. Todavia, conforme a Lei Federal Nº
12.305/2010, Art 9o, na gestão dos RS devem ser priorizadas medidas como a não
geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
É importante ressaltar que as etapas de geração, identificação e quantificação do
resíduo gerado no SBSL são primordiais para as demais etapas de gerenciamento.

6.1 Geração e identificação de RS


A geração dos resíduos sólidos no SBSL decorre das atividades exercidas nas
suas instalações. A Tabela abaixo apresenta, de maneira sucinta, os resíduos gerados por
cada área no Aeroporto.

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Tabela 6: Geração e identificação dos resíduos gerados nas dependências do SBSL, de


acordo com a Legislação adotada neste PGRS.

Classificação
de acordo com
Área de Atividade/ a RDC Nº
Resíduo gerado
Geração Definição 56/2008
A B C D E
Lâmpadas fluorescentes, resíduos
TPS Administração recicláveis, cartuchos de tinta e x x
tonners, pilhas.
Praça de Lâmpadas fluorescentes, resíduos
TPS x x
Alimentação recicláveis, resíduos orgânicos, rejeitos
Lâmpadas fluorescentes, resíduos
recicláveis, resíduos orgânicos,
TPS Concessionários cartuchos de tinta e tonners, x x
embalagens de produtos químicos
provenientes do lava-jato a seco.
Banheiros e
TPS Rejeitos x
fraldários
Inspeção de
Raio-X Perfurocortantes, metais, inseticidas x x x
bagagem
Posto de
Perfurocortantes, resíduos infectantes,
Atendimento
Atendimento farmacêuticos, lâmpadas fluorescentes,
Pré- x x x x
médico papel toalha das camas, embalagens de
Hospitalar
materiais, resíduos orgânicos.
(PAPH)
Lâmpadas fluorescentes, baterias,
Manutenção de
pilhas, embalagens de tinta e solventes,
máquinas,
embalagens de óleo lubrificante, óleo
Manutenção veículos, x x
usado e contaminado, baterias de rádio-
elevadores,
comunicação, pneus, resíduos
escadas
recicláveis, rejeitos.
Lâmpadas fluorescentes, embalagens
Seção Contra
SCI de óleo lubrificante, resíduos x x
Incêndio
recicláveis, rejeitos, resíduos orgânicos
Cargas perigosas, resíduos
Terminal de zoossanitários e fitossanitários,
TECA Cargas Nacional lâmpadas fluorescentes, resíduos x x x
e Internacional recicláveis, cargas em perdimento pela
Receita Federal.
Empresas
Lâmpadas fluorescentes, resíduos
ESATAs Auxiliares no x x
orgânicos, resíduos recicláveis.
transporte aéreo
Resíduos infectantes, recicláveis,
rejeitos, lâmpadas fluorescentes,
cartuchos de tinta e tonners, resíduos
Empresas
Transporte aéreo orgânicos de importância zoossanitária x x x
Aéreas
e fitossanitária, resíduos líquidos dos
banheiros de aeronaves, resíduos
provenientes de áreas administrativas.
Locadora de Locadora de Lâmpadas fluorescentes, resíduos
x x
veículos veículos orgânicos, resíduos recicláveis,

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resíduos contaminados com óleo.


Instalação de Resíduos recicláveis, resíduos
Arruamento
Órgãos Públicos provenientes de áreas administrativas,
público dos x
e resíduos de varrição e podas, rejeitos,
hangares
concessionários resíduos orgânicos e recicláveis.
Recicláveis, elementos filtrantes,
Parque de mangueiras, trapos de oficina, mantas
PAA Abastecimento absorventes, latas de tinta, luvas, botas x x
da Aeronave e uniformes, óleo usado, orgânico,
rejeitos, resíduo de querosene.
Cooperativas Transporte de
Resíduos orgânicos e recicláveis. x
de táxi pessoas

6.2 Quantificação dos RS gerados

A tabela a seguir consolida a quantidade de resíduos dos grupos A, B e D


gerados no aeroporto anualmente (referência 2016).

Tabela 7: Quantitativo de Resíduos Sólidos SBSL.

Quantitativo de Resíduos Sólidos


Resíduos infectantes – Grupo A 9m³/mês
Resíduos perigosos – Grupo B (químicos) 1,5 m³/mês
Resíduos perigosos – Grupo B (lâmpadas) 100 unidades/mês
Resíduos perigosos – Grupo B (Baterias) 40 unidades/ano
Resíduos perigosos – Grupo D (pneus) 28 unidades/ano
Resíduos comuns – Grupo D 300m³/mês

6.3 Áreas de resíduos

O aeroporto possui uma central de resíduos (CRS) de 250m² dividido em


resíduos comuns e infectantes. Possui grade de proteção para animais. O piso é de
qorodur (cimento liso). Possui um portão para o lado terra e outro para o lado ar, que
possui fechadura para acesso somente de pessoas autorizadas. A área é provida de
contentores de 1000 litros para resíduos comuns e bombonas de 200 litros para os
resíduos infectantes e perigosos. As paredes são revestidas com material cerâmico
(azulejo). A área possui drenagem por canaletas interligadas a rede de esgoto sanitário.

Foram disponibilizados contentores de 1000 litros para resíduos comuns


próximo ao TPS para armazenamento temporário dos resíduos gerados naquele local.

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6.4 Equipamentos envolvidos

Tabela 8: Descrição dos recipientes de armazenamento temporário, com capacidade,


quantidade e a localização.

Grupo
Tipo de
do Capacidade Quantidade Localização
recipiente
Resíduo

A Bombona 200L 8 CRS

A Decarpack 1L 01 PAPH
Hangares e
B Bombona 200L 10
oficinas
D Contentor 1000L 14 CRS
Área temporária
D Contentor 1000L 06
TPS
D Contentor 200L 25 Todo aeroporto
Caixas de Depósito da
B 80 unidades 20
madeira manutenção

7 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


O correto gerenciamento dos resíduos sólidos gerados envolve etapas de:

 Geração/Segregação;
 Acondicionamento/Identificação;
 Coleta e transporte;
 Armazenamento temporário;
 Coleta e transporte externo;
 Tratamento e disposição final.

Salientamos que as Empresas que prestam serviço de segregação, coleta,


acondicionamento, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final de
resíduos sólidos resultante de aeronaves, Aeroportos e recintos alfandegados, devem
dispor de Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE), de acordo com a RDC
ANVISA Nº 345/02.

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7.1 Resíduos Grupo A


São resíduos que apresentam risco potencial ou efetivo à saúde pública e ao
meio ambiente, devido à presença de agentes biológicos, consideradas suas
características de virulência, patogenicidade ou concentração.

7.1.1 Geração/Segregação
Os resíduos sólidos do grupo A são provenientes de:

 Posto de Atendimento Pré-Hospitalar (PAPH): aqueles resíduos que entraram


em contato com sangue e secreções, decorrentes do serviço de atendimento médico.
Destaca-se: seringas, algodão com sangue, gazes, papel toalha das camas, entre outros.

 Terminal de cargas: são resíduos provenientes das cargas em perdimento.


Destaca-se: alimentos vencidos.

 A bordo de aeronaves: Resíduos provenientes dos procedimentos de limpeza e


desinfecção dos sanitários das aeronaves, incluindo os resíduos coletados durante este
procedimento. Também são considerados aqueles provenientes de áreas afetadas por
doenças transmissíveis ou por outros agravos de interesse de saúde pública que possam
ser veiculados pro resíduos sólidos, e de alguma ocorrência (óbito)/anormalidade de
saúde, representando, desta forma, risco sanitário. Destaca-se: papel higiênico, fraldas,
entre outros.

 Resíduos de animais mortos na pista: São resíduos provenientes de colisões


com aeronaves e/ou atropelamentos. Destaca-se: sangue, restos de animais, tecidos,
carcaças, vísceras, entre outros.

Importante salientar que os resíduos do Grupo A deverão ser segregados dos


demais resíduos, não podendo ser misturados com resíduos do Grupo D. Quando
misturados, todos serão considerados do Grupo A.

7.1.2 Acondicionamento/Identificação
Os resíduos serão acondicionados em sacos plásticos, de cor branca leitosa,
impermeável e resistente a ruptura. Os sacos acondicionadores deverão ser lacrados ao
atingirem 2/3 da capacidade de preenchimento ou pelo menos 1 (uma) vez ao dia. Deve-
se eliminar o excesso de ar do saco, de maneira segura, de forma a evitar inalação do ar

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pelo profissional ou provocar fluxo para o ambiente externo. É proibido o esvaziamento


e reaproveitamento do saco. Quanto à identificação, os sacos deverão conter
nomenclatura e simbologia de “Substância Infectante”, conforme Figura a seguir.

Figura 1: Exemplo de saco acondicionador com identificação de “Substância


Infectante”

Os recipientes de acondicionamento devem ser impermeáveis, de material


lavável, resistentes à punctura, à ruptura, e devem permanecer tampados. Os recipientes
deverão conter nomenclatura e simbologia de “Substância Infectante”.

7.1.3 Coleta, transporte e armazenamento interno


A coleta dos resíduos a bordo de aeronaves deverá ser realizada através de carros
coletores móveis de Empresas de Serviços Auxiliares no Transporte Aéreo ou Empresas
Aéreas, as quais, após coletar os RS, deverão armazenar os mesmos no local de
acondicionamento dos resíduos infectantes do carro transportador. Os carros coletores
móveis deverão estar identificados, com simbologia e nomenclatura de “Substância
Infectante”.

As ESATAs ou Empresas Aéreas deverão realizar o transporte desses resíduos


para a Central de Resíduos Sólidos, através de carro específico, dispondo os sacos nas
bombonas plásticas disponibilizadas na Central. Não será permitida a disposição dos
sacos no piso, mesmo que de forma temporária.

7.1.4 Armazenamento temporário


Os resíduos deverão ser armazenados nas bombonas plásticas disponibilizadas
pela Empresa Contratada. Os resíduos provenientes dos sanitários das aeronaves,

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incluindo os resíduos coletados durante os procedimentos de limpeza e desinfecção


também devem ser armazenados nestas bombonas.

No aeroporto há necessidade de armazenamento de materiais resultantes de


colisões (animais ou restos de animais), os quais serão destinados como resíduos Grupo
A. Estes materiais são encaminhados para a Central de Resíduos Sólidos e dispostos em
bombonas para infectantes.

7.1.5 Coleta e Transporte


As bombonas plásticas deverão ser coletadas na central de resíduos pela
Empresa Contratada e o transporte também deverá ser realizado pela mesma Empresa.

A coleta e transporte dos sacos e recipientes acondicionadores será realizada de


forma a evitar rompimento dos mesmos.

O transporte dos resíduos pela Empresa Contratada será realizado através de


caminhão tipo baú.

7.1.6 Tratamento e disposição final


Os resíduos serão incinerados ou autoclavados por empresa contratada e os
resíduos provenientes deste tratamento deverão ser encaminhadas para o aterro
sanitário. Neste caso, o aterro de destino será o aterro Titara Central de Gerenciamento
Ambiental, no município de Rosário, há 45Km de São Luis, e 52Km do aeroporto.

O transporte dos resíduos ao aterro deverá ser realizado através de caminhão tipo
baú, hermeticamente fechado e vedado, apropriado para transporte de produtos
perigosos de carga fracionada, através de bombonas de polietileno de alta densidade.

7.2 Resíduos Grupo B


São resíduos que contém substâncias químicas, podendo apresentar risco à saúde
pública ou ao meio ambiente.

7.2.1 Geração
Os resíduos sólidos do Grupo B são provenientes de:

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 Manutenção: são aqueles gerados nas oficinas, principalmente na elétrica e


mecânica. Destaca-se: trapos, resíduos de embalagens de óleo lubrificante, tintas e
solventes, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, entre outros.

 Terminal de passageiros: são aqueles por manutenção de utilidades do


aeroporto. Destaca-se: Lâmpadas fluorescentes, pilhas, entre outros.

 Terminal de cargas: são aqueles gerados por cargas em perdimento pela


Receita Federal e retidos pela ANVISA. Destaca-se: medicamentos vencidos, material
para exame laboratorial vencido, preservativo masculino, entre outros.

 Oficinas de ESATAs: São resíduos provenientes da manutenção de


equipamentos de rampa e manutenção das aeronaves. Destaca-se: embalagens de óleos
lubrificantes, trapos, bucha, entre outros.

 Canais de inspeção: São resíduos provenientes da inspeção de bagagens.


Destaca-se: perfumes, inseticidas, spray para cabelos, entre outros.

7.2.2 Acondicionamento/Identificação
Os resíduos da manutenção deverão permanecer acondicionados nas bombonas
plásticas, contendo sacos plásticos, disponibilizadas próximas às oficinas
correspondentes aos locais de geração.
As lâmpadas fluorescentes inservíveis deverão ser acondicionadas em caixotes
de madeira, de maneira segura e segregada dos demais resíduos.
As embalagens e materiais contendo óleo lubrificante serão acondicionadas
diretamente nas bombonas plásticas disponibilizadas pela Empresa Contratada.
No Terminal de Cargas, as cargas em perdimento deverão permanecer em
recipientes próprios acondicionados de acordo com a sua especificação, por exemplo
em: isopor, caixas de papelão, câmara frigorífica.
Nos hangares, os resíduos deverão ser acondicionados nas bombonas plásticas
disponibilizadas pela Empresa Contratada.
Os resíduos provenientes dos canais de inspeção deverão ser acondicionados em
recipientes de material resistente a impactos.
Importante ressaltar que os recipientes de acondicionamento deverão ter
capacidade compatível com o volume de resíduo gerado.

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7.2.3 Armazenamento temporário

Os resíduos deverão ser armazenados em locais seguros impedindo o acesso de


pessoas não autorizadas e compatíveis com suas características. As lâmpadas, pilhas e
baterias são armazenadas no depósito da Manutenção, de forma a ter o controle da
quantidade e armazenamento. O óleo e resíduos contaminados com óleo, graxas e
solventes são armazenados em bombona na área da oficina de manutenção até que seja
destinado.
Os resíduos do canal de inspeção são acumulados no recipiente próximo a
inspeção de onde é coletado para transporte externo.
Outros resíduos grupo B terão sua condição avaliada e armazenados nas
condições requeridas de segurança.

Figura 2: Contentor para armazenamento de lâmpadas e demais resíduos perigosos.

Figura 3: Contentor para armazenamento de óleo.

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7.2.4 Coleta e Transporte


Os resíduos do Grupo B são transportados de acordo com suas características.
Lâmpadas são transportadas em caminhões baú e são tratados em empresa licenciada
para esta finalidade.

Os demais resíduos são transportados em bombonas e veículos apropriados até o


destino final.

7.2.5 Tratamento e disposição final


As lâmpadas são destinadas através de processo de dispensa de licitação sempre
que há uma quantidade mínima atrativa para os prestadores de serviço de destinação.

O óleo usado é coletado e destinado pela empresa que fornece o óleo novo,
praticando a logística reversa.

As estopas contaminadas, pilhas e baterias, entre outros, são destinados à


incineração.

7.3 Resíduos Grupo C


São os rejeitos radioativos.

7.3.1 Gerenciamento
Os resíduos sólidos do Grupo C devem ser gerenciados, conforme os critérios e
requisitos estabelecidos e definidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear -
CNEN.
Em caso de ocorrência de algum evento relacionado a esse tipo de resíduo, a
autoridade sanitária deverá, após o isolamento físico da área, comunicar imediatamente
à representação da CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear, no seu âmbito de
atuação.

Contatos: rejeitoscrcn@cnen.gov.br

Telefone: (81) 3797-8012.

http://www.crcn.gov.br/ptbr/rejeitos.php

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7.4 Resíduos Grupo D


São os resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiativo à
saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.

7.4.1 Geração
Os resíduos sólidos do Grupo D são provenientes de:

 TPS: São resíduos provenientes da administração, banheiros do Terminal, Praça


de alimentação, Órgão Públicos, concessionários. Destaca-se: recicláveis, rejeitos,
orgânicos, entre outros.
 Manutenção: são os resíduos provenientes da administração, banheiros,
oficinas. Destaca-se: recicláveis, rejeitos, orgânicos, entre outros.
 Vias de serviço: São resíduos provenientes do “Lado Ar”, os quais também
podem ser incluídos os resíduos dos coletores de “F.O.D”.
 Terminal de Cargas: São resíduos provenientes da administração do Terminal
e das cargas em perdimento pela Receita Federal e retidas pela ANVISA. Destaca-se:
recicláveis, orgânicos, materiais em perdimento, entre outros.
 Escritórios: São resíduos provenientes da administração de concessionários.
Destaca-se: recicláveis, orgânicos, rejeitos, entre outros.
 Arruamento: São resíduos provenientes das podas das árvores e serviços de
varrição. Destaca-se: rejeitos e orgânicos.
 A bordo de aeronaves: São resíduos provenientes da alimentação ofertada a
bordo, exceto quando tiver outra previsão pelos demais órgãos de fiscalização. Destaca-
se: copos plásticos, latas de refrigerante, guardanapos, entre outros.

7.4.2 Acondicionamento/identificação

Os resíduos deverão ser acondicionados em sacos plásticos, de material


resistente a ruptura e vazamento, respeitando o limite de capacidade. Para o correto
acondicionamento, deverão ser preenchidos somente 2/3 do volume do saco. O saco
deve ser fechado de maneira a impedir o contato externo. E poderão ser reaproveitados
quando o saco não for utilizado para acondicionamento de resíduos orgânicos.

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É vedada a utilização de sacos da cor branca leitosa para acondicionamento de


resíduos do Grupo D, visto que essa cor é indicativa de RS do Grupo A, evitando dessa
maneira possíveis dúvidas quanto à origem do resíduo.
Os recipientes de acondicionamento serão de material lavável, resistente a
ruptura, vazamento, punctura e queda, com tampa. Os recipientes de acondicionamento
existentes em salas e escritórios administrativos não necessitam de tampa para vedação,
exceto quando utilizados para resíduos orgânicos.

7.4.3 Coleta e Transporte Interno


A coleta dos resíduos na área comum da Praça de Alimentação é realizada pelos
concessionários, que coletam os resíduos e encaminham para a área de armazenamento
temporário do TPS. A contratada da Infraero recolhe os resíduos na área de
armazenamento temporário e encaminha através de veículo apropriado para a CRS.

Figura 4: Carro coletor de resíduos sólidos – Grupo D.


A coleta dos resíduos a bordo de aeronaves deverá ser realizada através de carros
coletores móveis de Empresas de Serviços Auxiliares no Transporte Aéreo ou Empresas
Aéreas, que após coletar os RS, deverão armazenar os mesmos no local de
acondicionamento dos resíduos comuns do carro transportador, segregados dos resíduos
do Grupo A.

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Figura 5: Área de armazenamento temporário de resíduos.

7.4.4 Armazenamento temporário


Todos os resíduos Grupo D serão armazenados na Central de Resíduos Sólidos.
Todos devem segregar os resíduos nas baias destinadas a cada tipo (comuns e
infectantes), mantendo a limpeza e organização do local.

Figura 6: Central de armazenamento de resíduos.

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7.4.5 Coleta e Transporte


A coleta externa é diariamente por caminhão compactador da prefeitura de São
Luis.

7.4.6 Tratamento e disposição final

Os resíduos serão encaminhados para o aterro sanitário. Neste caso, o aterro de


destino será Titara Central de Gerenciamento Ambiental, no município de Rosário, há
45Km de São Luis, e 52Km do aeroporto.

Figura 7: Localização do CTR Fazenda Arapixi, s/n, Zona Industrial | Buenos Aires |
Rosário-MA

7.5 Coleta seletiva solidária


Em cumprimento ao Decreto Federal Nº 5.940, de 25 de outubro de 2006, o qual
estabelece a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades
da administração pública federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua
destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, o
SBSL efetuou processo para termo de parceria com cooperativas locais. O processo não
obteve sucesso pois não haviam cooperativas que apresentassem os documentos
solicitados para a realização do convênio.

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7.6 Grupo E
São os materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de
barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas
diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas;
todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea
e placas de Petri) e outros similares.

7.6.1 Geração
São resíduos gerados principalmente nos canais de inspeção, mas podem ser
gerados em outras áreas do aeroporto, como manutenção. Os perfurocortantes gerados
no canal de inspeção em geral não possuem risco biológico, mas de segurança à
aviação, portanto não se faz necessário o uso de Descarpack.

7.6.2 Acondicionamento/identificação
Os resíduos deverão ser acondicionados em recipientes rígidos, resistentes à
punctura, ruptura e vazamento. O recipiente deve possuir bocal que permita colocação
do material descartado utilizando apenas uma das mãos, sem contato com a parede
interna do coletor, com o seu conteúdo, ou com o próprio bocal, além de ser dotado de
tampa que permita o fechamento seguro. O recipiente deverá ser identificado como
“Resíduo Perfurocortante”.

7.6.3 Armazenamento temporário


Os resíduos deverão ser armazenados em bombonas de 200 litros na CRS para
posterior coleta e destinação.

7.6.4 Coleta e Transporte


Os resíduos são colocados em bombonas plásticas para o transporte externo que
será realizado pela mesma Empresa.
O transporte dos resíduos será realizado através de caminhão tipo baú.

7.6.5 Tratamento e disposição final


Os resíduos serão incinerados, e as cinzas provenientes desta ação serão
encaminhadas para o aterro sanitário. Neste caso, o aterro de destino será o de Rosário.

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O transporte dos resíduos ao aterro será realizado através de caminhão tipo baú,
hermeticamente fechado e vedado, apropriado para transporte de produtos perigosos de
carga fracionada, através de bombonas de polietileno de alta densidade.

8 LIMPEZA E DESINFECÇÃO
Após recolhimento dos resíduos de um local ou recipiente, o mesmo deverá ser
higienizado conforme procedimento descrito no Anexo I da RDC 56/2008, também
descrito no Anexo I deste documento.

9 RECURSOS HUMANOS e EPI


Os profissionais envolvidos com as etapas de gerenciamento de resíduos sólidos
deverão estar munidos dos equipamentos de proteção individual necessários, conforme
preconiza a RDC ANVISA Nº 56/2008, no Anexo II.

10 INSTRUMENTOS DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


São instrumentos de gestão de resíduos sólidos, ações como:

 Ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos


produtos

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, em seu Art. 30, institui a


responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Esta ação
deverá ser implantada em conjunto com os fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes, já que os mesmos deverão recolher os resíduos
gerados pelo consumidor, mediante sistema de logística reversa. A Política
estabelece que os resíduos objeto do sistema de logística reversa são:

“I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros


produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas
as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em Lei ou
regulamento, em normas estabelecidas pelos Órgãos do Sisnama, do SNVS e do
Suasa, ou em normas técnicas;

II - pilhas e baterias;

III - pneus;

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IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.”

 Ações de educação ambiental

Trata-se de uma ação contínua e permanente. O enfoque dessa ação é a


conscientização da comunidade aeroportuária para a não geração de RS, e a
reutilização e reciclagem dos RS gerados. O evento ocorre principalmente na
SIPAT, anualmente. Quando ocorre fato fortuito, o assunto é abordado na
reunião de CSA.

11 MECANISMOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO

11.1 Inspeções periódicas


Serão realizadas inspeções periódicas no sítio aeroportuário, inclusive conjuntas
com a ANVISA, com o objetivo de identificar situações que possam comprometer as
boas práticas no gerenciamento de resíduos sólidos gerados.

12 REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PGRS


Após aprovado, o PGRS do SBSL será atualizado a cada 02 anos ou sempre que
modificações significativas forem impostas aos seus procedimentos.

13 REFERÊNCIAS
Movimento operacional. Disponível em:
<http://opnet/estatistica/index_Mov.php>. Acesso em: 25 de maio de 2017.

Legislação, Resoluções e Normas descritas no item 4 deste PGRS.

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ANEXOS
Anexo 1: Plano de Limpeza e Desinfecção - PLD
A) MÉTODOS

MÉTODO I: Limpeza

 Coletar e acondicionar os resíduos sólidos conforme legislações pertinentes;


 Friccionar pano ou escova embebida com água e produtos detergentes, sabão ou
limpadores de uso geral nas superfícies, retirando os resíduos deixados após
operação;
 Enxaguar com água limpa e ou passar pano úmido, até que todos os resíduos
sejam retirados;
 Secar com pano limpo;
 Promover o descarte dos panos utilizados na operação ou, quando
reaproveitáveis, acondicioná-los em recipientes ou sacos acondicionadores, para
posterior limpeza e desinfecção.

MÉTODO II: Desinfecção

 Executar os procedimentos descritos no Método I;


 Aplicar sobre a área atingida o produto de desinfecção respeitando a
concentração recomendada para desinfecção, bem como a validade do produto;
 Aguardar tempo de ação, conforme indicação do fabricante;
 Enxaguar com água limpa e ou passar pano úmido, até que todos os resíduos
sejam retirados;
 Secar com pano limpo;
 Promover o descarte dos panos utilizados na operação ou, quando
reaproveitáveis, acondicioná-los em recipientes ou sacos acondicionadores, para
posterior limpeza e desinfecção.

MÉTODO III: Desinfecção de alto nível

Este procedimento deverá ser realizado em situações que são constatadas contaminações
por sangue, fezes, urina, vômitos ou outros fluidos orgânicos. Antes de iniciar o
procedimento deve-se interditar e isolar a área suspeita e aguardar a liberação do local
pela autoridade sanitária competente.

 Realizar a limpeza criteriosa conforme método I acima, sendo que os


equipamentos e panos utilizados deverão ser descartados após a operação.
 Aplicar sobre a área atingida produtos saneantes respeitando as concentrações e
validade apresentadas em sua rotulagem;
 Aguardar tempo de ação, conforme indicação do fabricante;

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 Enxaguar com água limpa e ou passar pano úmido, até que todos os resíduos
sejam retirados;
 Secar com pano limpo;
 Promover o descarte dos panos utilizados na operação;
 Descartar equipamentos e EPI que não possam ser desinfetados com segurança.

Observações

1. A eleição dos produtos a serem empregados na operacionalização do PLD, ficará sob


a responsabilidade da administração dos estabelecimentos ou das Empresas Prestadoras
de Serviços de Limpeza e Desinfecção;

2. Todos os produtos utilizados nestes procedimentos devem ter registro no órgão de


saúde competente e estarem em conformidade com os padrões e normas sanitárias
pertinentes, principalmente quanto à rotulagem e prazo de validade.

3. Para reaproveitamento dos EPI utilizados nos procedimentos de limpeza e


desinfecção, deverá ser realizado processo de desinfecção por imersão (obedecido o
tempo de contato e diluição recomendados pelo fabricante), seguido de enxágue com
água potável, secagem e disposição em local apropriado. Os procedimentos deverão ser
submetidos à aprovação da autoridade sanitária competente.

4. Os equipamentos de limpeza (vassouras, escovas, rodos, etc.) deverão sofrer


desinfecção por imersão com soluções indicadas, após cada procedimento.

5. Quando do fracionamento, os produtos deverão ser identificados e acondicionados de


acordo com a natureza e características do produto original.

Nota:

1. Sempre que ocorrer suspeita de contaminação por contato com material infectante, os
EPI devem ser substituídos imediatamente e enviados para limpeza e higienização

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