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Quarta-feira, 15 de Julho de 1987 I SÉRIE - Número 28

BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA POPULAR DE MOÇAMBIQUE

SUPLEMENTO
SUMÁRIO Art 2 As companhias distribuidoras ficam autorizadas
a proceder à cobrança de um adicional de 0,60 MT/litro
Conselho de Ministros nas seguintes vendas
Decreto n.o 15/87:
a) Nas vendas de gasoleo ao domicilio efectuadas nas
Fixa novos preços de venda de comubstiveis líquidos a granel zonas urbanas em que existem instalações cen
da PETROMOC, E E à porta da refinaria às companhias
distribuidoras e nas unidades indicadas trais de armazenagem a granel,
b) Nas vendas de gasolina ao domicilio realizadas nas
Decreto n.° 16/87:
mesmas zonas urbanas, com excepção das efec-
Aprova o Regulamento da Lei de Terras tuadas nas zonas urbanas de Maputo, Matola,
Beira e Manga
Art 3 - 1 São fixados os seguintes valores máximos das
CONSELHO DE MINISTROS margens brutas de comercialização a praticar pelos reven-
Decreto n.° 1 5 / 8 7 dedores por cada litro do produto
de 15 de Julho a) Para as zonas urbanas das capitais das províncias
de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala, Manica e
Os combustíveis líquidos além de constituírem um bem Áreas de Matola, Manga e Postos de revenda si-
escasso, têm um custo elevado no mercado internacional tuadas ao longo das estradas principals destas
Considerando o elevado peso da componente em moeda províncias
externa no cálculo e definição dos preços dos produtos de-
rivados do petroleo e que a partir de 27 de Junho foram in- Gasolina normal 13,30 MT/litro
troduzidas as novas taxas de câmbio, torna-se necessário Gasolina super 16 00MT/litro
proceder à revisão dos preços fixados pelo Decreto no 12/ Gasoleo 7,50 MT/litro
/87, de 2 de Fevereiro b) Para as zonas urbanas das cidades das províncias
Por outro lado, tendo em conta a necessidade de ajusta-
mentos de preços por localidade em função das vias de de Tete, Zambézia, Nampula, Cabo Delgado,
transporte a utilizar, e indispensável que o processo legal dc Niassa e para todas as localidades das províncias
alteração dos respectivos preços se possa efectuar duma for- de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala e Manica,
ma mais expedita do que a exigida pelo decreto anterior que não estão incluídas na alínea anterior
Nestes termos e ao abrigo do artigo 2 do Decreto n ° 10/ Gasolina normal 13,80 MT/litro
/82, de 22 de Junho, o Conselho de Ministros decreta Gasolina super 16,30 MT/litro
Artigo 1 São fixados os seguintes preços de venda a gra- Gasoleo 7,80 MT/litro
nel c) Para as localidades das províncias de Tete, Zambé-
a) Da PETROMOC, E E , a porta da refinaria as com- zia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa, que não
panhias distribuidoras e nas unidades indicadas estejam incluídas na alínea anterior
Gasolina normal 171,50 MT/litro Gasolina normal 14,30 MT/litro
Gasolina super 205,60 MT/litro Gasolina super 16 40MT/litro
Gasoleo 98,20 MT/litro Gasoleo 7,90MT/litro
b) Das companhias distribuidoras a porta das suas ins-
talações oceânicas e nas unidades indicadas 2 Poderão as margens máximas de comercialização fixa-
Gasolina normal 187,00 MT /litro das no corpo deste artigo serem acrescidas do adicional de
Gasolina super 224,40 MT/litro 0,60 MT/litro, fixado no artigo 2, quando os revendedores
Gasoleo 107,10 MT/litro procederem ao levantamento directo dos produtos nas zonas
urbanas em que as companhias distribuidoras possuam ins- Agregado familiar
talações de armazenagem a granel. Conjunto de pessoas que, vivendo no mesmo núcleo ha-
3. O disposto no número Ulterior não t aplicável relativa- bitacional sob a autoridade do chefe de família, casado ou
mente ao petróleo de iluminação. em união de facto, os seus descendentes, ascendentes, cola-
Art 4 Todas as futuras alterações aos preços por loca- terais de uma ou de outra parte e os eventuais filhos man-
lidade, para todos os produto) refinados do petróleo serão tenham laços resultantes de uma vida comum, formam uma
estabelecidas por despacho do Ministério da Indústria e familia.
Energia.
Art 5 Sãorevogadostodos os preços fixados no Decreto Areas livres
n ° 12/87, de 2 de Fevereiro, bem como todas as disposi-
ções nele contidas, que contrariem o disposto no presente Aquelas que sejam como tal identificadas pelos Serviços
decreto. de Geografia e Cadastro, por não estarem abrangidas por
Art. 6 Este Decreto entra em vigor a partir de 13 de qualquer outra licença de uso, por zona de protecção par-
Julho de 1987. cial ou total ou por qualquer outro impedimento legalmente
fundamentado, de acordo com o estabelecido no artigo 28.
Aprovado pelo Conselho de Ministros
Publique-se Bloco

O Primeiro-Ministro, Mário Fernandes da Graça Ma- Conjunto de parcelas de terreno considerado num plano.
chungo. Certificado
Registo feito pela autoridade administrativa do distrito
Decreto n.o 16/87 em face da declaração do chefe do agregado familiar em
de 15 de Julho que se descreve e se procura localizar e identificar as por-
ções de terreno que explora ou ocupa com carácter perma-
A Constituição da República, no seu artigo 8, estabelece nente, mencionando:
que a terra e os recursos naturais situados no solo e no sub-
so , nas águas territoriais e na plataforma continental de
Moçambique, são propriedade do Estado, competindo-lhe
determinar as condições do seu aproveitamento e do seu
uso
Com a promulgação do regime de uso e aproveitamento
da terra pela Lei n.° 6/79, de 3 de Julho, foram lançadas
as regras fundamentais para a ocupação económica dos so- Construção
los e para a preservação e conservação dos recursos natu-
Edifício, muro, canal ou outra obra, concluída ou ainda
rais renováveis
em construção.
A experiência de trabalho acumulada nos doze anos de
Independência Nacional, e em particular, no quadro da im- Demarcar
plementação das Directivas do I V Congresso do Partido Acção de definir, com os meios técnicos disponíveis, os
Frelimo, exige a atribuição e descentralização de competên- limites de talhão, parcela ou porção de terra para passagem
cias para conceder o direito de uso e aproveitamento da de titulo ou definição de zonas de protecção, com o dia-
terra para os diversos fins da actividade económica e social grama das coordenadas dos vértices
e para assegurar a preservação e conservação dos recursos
naturais mediante estabelecimento de zona de protecção de Empresa de economia mista
solos, águas, flora e fauna
Assim, ao abrigo do disposto na alínea a) do artigo 31 da Empresa cujos capitais são em parte do Estado e em
Lei no 6/79, de 3 de Julho, e aprovado o Regulamento da parte privados, nacionais ou estrangeiros
Lei de Terras, em anexo, que faz parte integrante deste de-
creto Entidade competente
Aprovado pelo Conselho de Ministros. Aquela que por si só ou em conjunto com outras, tem o
Publique-se direito de praticar determinados actos ou de tomar decisões
no âmbito deste Regulamento.
O Primeiro-Ministro, Mário Fernandes da Graça Ma.
chungo Entidade processadora
Aquela que organiza os processos relativos a pedidos de
RegulamentodaLei de Terras licença do direito de uso e aproveitamento da terra ou de
criação de zonas de protecção.

Definições Esboço
ARTIGO 1
Peça desenhada representando em escala aproximada a
Entendimento das expressoes utilizadas configuração de uma parcela, talhão ou outra porção de ter-
reno, contendo referências desenhadas ou escritas tendentes
Para efeitos do presente Regulamento entende-se. a permitir localizá-la no Atlas Cadastral.

Acidente topográfico Exploração familiar


Cursos de água, elevações ou depressões, caminhos, ca- Actividade de exploração da tetra ou outra, visando res-
nais, construções, muros, infraestruturas, postes, nascentes ponder ás necessidades do agregado familiar, utilizando pre-
de águas, etc dominantemente a capacidade de trabalho do agregado fa-
miliar, mas também mão-de-obra assalariada quando for Plano de urbanização
indispensável, em consequência da ausência de membros do Documento técnico aprovado nos termos da Lei de Terras
agregado familiar, velhice, doença ou outros como for de que regula o desenvolvimento de um aglomerado humano,
uso na região a utilização de todo o terreno abrangido nos limites do mes-
Lei de terras mo, define as áreas de protecção e especifica todas as res-
trições, condicionamentos e encargos que estas implicam
A Lei no 6/79, de 3 de Julho
Planta topográfica
Logradouro
Peça desenhada representando à escala e de modo con-
Porção de terreno adjacente a um edifício, indissociável vencional o terreno abrangido por uma parcela ou talhão
do mesmo e que com aquela, forma uma unidade insepa com a notação dos seus limites, altimetria, outros acidentes
rável topográficos, construções, ínfraestruturas e ainda orienta-
ções '
Mancha florestal
Áreas determinadas de terreno cobertas predominante- Requerente
mente por árvores e também por arbustos e outra vegetação Pessoa singular ou colectiva que pede, por escrito, licença
de uso e aproveitamento de terras ao abrigo da Lei de
Memória desritiva Terras.
Peça escrita que regista tudo quanto exista na parcela de
terreno cujo direito de uso e aproveitamento se requere, Reservas condicionadas
peça esta que deve documentar o requerimento nomeada- Zonas de protecção total onde é estabelecida a proibição
mente, ocupação familiar, riquezas naturais, cursos de água, de caçar, abater e capturar animais ou colher plantas, salvo
infra-estruturas, serventia e todas as benfeitorias existentes para fins científicos, mediante licença especial ou em defesa
Ocupação agrícola Reservas especiais
Aquela que é realizada com actividades agrícolas prepa- Zonas de protecção total destinadas a proteger somente
ratórias e/ou complementares das mesmas e com respecti- certas espécies de flora e fauna que denunciem declínio ou
vas infra estruturas cuja conservação não possa ser conseguida de outro modo
Ocupantes Reservas naturais integrais
As pessoas que residem em, e/ou utilizam terras sem dis- Zonas de protecção total sujeitas a direcção e fiscalização
porem de autorização nos termos da Lei de Terras públicas, nas quais é estritamente proibido sobrevoar, caçar,
pescar, exercer qualquer exploração florestal, agrícola ou
Parcela
mineira, realizar pesquisas, prospecções, sondagens, terra-
Porção de terreno incluída num plano e constituída por planagens ou trabalhos destinados a modificar o aspecto
um conjunto de talhões ou subdivisivel em numero não de- do terreno ou da vegetação, praticar actos que prejudiquem
terminado de talhões ou lotes de acordo com regras apro- ou perturbem a flora ou a fauna, introduzir espécies zooló-
vadas gicas ou botânicas, quer nacionais, quer importadas, tanto
selvagens como domésticas, sendo proibido nelas entrar,
Parques nacionais transitar, acampar e efectuar investigações cientificas, sem
Zonas de protecção total, sujeitas a direcção e fiscaliza- licença especial das autoridades competentes
ção publicas, reservadas para propagação, protecção e con-
servação da vida animal selvagem e da vegetação expon- Talhão
tânea e ainda para a conservação de objectos de interesse Última subdivisão de terreno, resultante ou não de um
estético, geológico, histórico, arqueologico e outros de inte- plano, para fins de concessão de licença de uso e aproveita-
resse científico mento, é uma unidade indivisível
Neles é proibido sobrevoar, caçar, abater ou capturar ani-
mais, destruir ou colher plantas, salvo por iniciativa ou sob Titular
fiscalização das autoridades respectivas Pessoa ou pessoas singulares ou colectivas que usufruem
o direito de uso e aproveitamento de determinado terreno,
Picada
ao abrigo da necessária licença
Faixa de terra de cada um dos lados da poligonal que de-
fine os limites de uma parcela ou do talhão, que permite a Título
visibilidade entre os vértices respectivos Documento emitido pelos Serviços de Geografia e Ca-
dastro ou pelos Conselhos Executivos nos termos da Lei de
Plano de exploração Terras e deste Regulamento, comprovativo do direito de
Descrição do conjunto das sucessivas acções, actividades, uso e aproveitamento de determinada porção de terra
trabalhos, construções e procedimentos que o requerente se
Utente
compromete a realizar de acordo com determinado calen-
dário como forma de uso e aproveitamento da terra Pessoa que utiliza determinada porção de terra em con-
formidade com a lei de uso e aproveitamento
Plano director
Zona de expansão
Documento desenhado e escrito, legalmente aprovado pe-
las entidades competentes, que visa fornecer, de modo inte- Área de terreno sobre a qual poderá verificar-se o cres-
grado, orientações para o desenvolvimento sectorial ou geral cimento de um aglomerado humano, exploração, actividade
de determinada área geográfica ou funcional ou serviço
CAPITULO II
Competência a Ministros em geral
Sujeitos
Compete aos Ministros:
ARTIGO 2
a) Submeter ao Conselho de Ministros, através da
Quem pode obter terras
Comissão Nacional do Plano, a aprovação dos
1. Pode ser titular do direito de uso e aproveitamento da planos, projectos ou propostas de criação, mo-
terra toda a pessoa singular ou colectiva com capacidade dificação e extinção das zonas de protecção
jurídica. total ou parcial, dentro da sua esfera de atri-
buições,
2 Os cidadãos nacionais podem ser titulares do direito
b) Dar parecer sobre pedidos de licença de uso e
de uso e aproveitamento, independentemente de terem ou
aproveitamento da terra nas áreas ou actividades
não domicilio na República Popular de Moçambique
da sua esfera de jurisdição ou atribuições, quando
3. As pessoas singulares ou colectivas estrangeiras podem excedam a competência dos Governos Provin-
ser titulares do direito de uso e aproveitamento desde que ciais
estejam devidamente autorizadas a actuar no território da
República Popular de Moçambique.
Do Ministro da Agricultura

Artigo 3 Compete ao Ministro da Agricultura:


Limitaçao de pedidos de t e m a) Fiscalizar se está a ser devidamente executado
o Cadastro Nacional de Terras;
As pessoas singulares ou colectivas não será autorizado b) Administrar o Fundo Estatal de Terras, através
o direito de uso e aproveitamento sobre novas áreas no dos Serviços Centrais de Geografia e Cadastro;
mesmo distrito para o mesmo tipo de exploração se não ti- c) Autorizar a concessão do direito d e uso e apro-
verem aproveitado as áreas iniciais, nas condições estabe- veitamento da terra para exploração agrícola,
lecidas no plano de exploração aprovado, por motivos que exploração pecuária e exploração silvícola ou
lho forem imputáveis florestal, de áreas superiores a 250, SOO e 1000 ha,
CAPITULO III até 2500, 5000 e 10 000 ha, respectivamente, fora
das zonas de desenvolvimento agrário planifi-
Competências cado e das zonas de protecção;
d) Autorizar licenças de uso e aproveitamento da
Artigo 4 terra de áreas que excedam a competência de
Do Conselho de Ministros Governos Provinciais para outros ramos de acti-
vidades até ao limite de 50 ha, mediante parecer
Compete ao Conselho de Ministros: , dos Ministros competentes,
e) Intervir na criação de zonas de protecção que
a) Decidir sobre os pedidos de autorização para atri-
possam afectar terras agrárias ou as necessárias
buição do direito de uso e aproveitamento da
para preservação das águas, solos, flora e fauna.
terra que excedam as competências de Ministros
e Governos de Província;
b) Decidir sobre pedidos de autorização para atri-
Dos Governos Provinciais
buição da terra que devido à sua natureza e
objectivos tenham de ser submetidos à sua apre- Compete aos Governos Provinciais
ciação por força de legislação especial ou por
a) Autorizar a concessão do direito de uso e apro-
os Ministros o julgarem conveniente
veitamento da terra para exploração agrícola,
pecuária e silvícola ou florestal até 250, 500 e
Artigo 5 1000 ha, respectivamente:
Da Comissao Nacional do Plano b) Autorizar a concessão do direito de uso e apro-
veitamento da term nas zonas de desenvolvi-
1. Compete à Comissão Nacional do Plano mento agrário planificado e nas zonas de pro-
a) Submeter à decisão do Conselho de Ministros pro- tecção parcial, de acordo com os termos e
postas de criação, alteração ou extinção de zo- condicionamentos estabelecidos nos diplomas le-
nas de protecção total ou parcial ou de centros gais que criarem tais zonas,
urbanos, c) Autorizar licenças de uso e aproveitamento refe-
ridas no artigo 6, mediante parecer favorável do
b) Sempre que pela natureza das propostas que lhe são
Serviço Provincial competente de áreas até 10 ha;
submetidas se reconheça a necessidade de inter-
d) Autorizar licença de uso e aproveitamento de áreas
venção de outros ministérios cumprirá ao Minis-
até 10 ha de oonformidade com os planos apro-
tro do Plano solicitar o respectivo parecer
vados, em terrenos das zonas de protecção par-
cial referidas no artigo 45, alíneas c), d), e), g),
2. Compete ao Ministro do Plano:
j) e k) do no 1, mediante parecer favorável da
a) Aprovar com Ministro ou Ministros competentes a entidade tutelar;
viabilização económica das zonas de desenvolvi- e) Submeter ao Conselho de Ministros para aprova-
mento planeado; ção, através da Comissão Nacional do Plano,
b) Aprovar conjuntamente com os Ministros interessa- planos, projectos ou propostas de criação, modi-
dos, regulamentos e normas destinados a realizai ficação ou extinção de zonas de protecção total
o balanço do Fundo Estatal de Terras ou parcial de interesse da província;
/) Autorizar a concessão do direito de uso e apro- 2 Autorizada a associação e constituída a co-titularindade
veitamento da terra para habitação ou para do direito, a renuncia de um dos co titulares do direito so
veraneio de acordo com os planos, regulamentos poderá ser admitida apos um ano da sua constituição
e normas vigentes sobre a materia Nestes casos o titular ou titulares que continuarem a ex-
g) Dar parecer sobre a concessao do direito de uso ploração assumem todas as obrigações decorrentes do di-
e aproveitamento da terra cuja competência de reito perante o Estado e terceiros
au orização ultrapassa a sua propria bem como 3 Os Serviços de Geografia e Cadastro, uma vez con-
sobre propostas de criação modificação ou extin-
cluídas as situações referidas nos números anteriores, pro-
ção de zonas de protecção, apresentadas por
outros orgãos do Estado para aprovação do cedem aos respectivos registos e comunicam estas alterações
Conselho de Ministros i respectiva conservatória do registo predial
4 Nos casos em que haja co-titularidade do direito e ape-
nas parte dos co-titulares se dissolva a outra parte pode re-
ARTIGO 9 querer que lhe sejam transferidos os direitos dos co-titulares
Dos Conselhos Executivos de Cidade dissolvidas, desde que assegure capacidade para assumir to-
dos os direitos e obrigações da licença de uso e aproveita-
Aos Conselhos Executivos de Cidade, além do disposto mento da terra
no artigo 29 da Lei de Terras, compete 5 Com prévia autorização da entidade concedente, é per-
a) Realizar os serviços de cadastro de conformidade mitida a dissolução da sociedade titular com vista a fusão,
com regulamentos e instruções técnicas dos Ser- cisão ou transferência do direito de uso e aproveitamento
viços Nacionais de Geografia e Cadastro, man- da terra
tendo-os actualizados,
ARTIGO 12
b) Fiscalizar o cumprimento da Lei de Terras e regu-
lamentos pertinentes e exercer o controlo da Constituicão de hipoteca
ocupação da terra dentro da área da sua juris-
dição O titular do direito de uso e aproveitamento da terra pode
c) Autorizar a concessão do direito de uso e apro- constituir hipoteca sobre os bens imóveis que, devidamente
veitamento da terra, nas areas abrangidas pelos autorizado, edificou no terreno ou sobre os quais legalmente
planos de urbanização, passar os títulos respec- tenha adquirido o direito de propriedade
tivos e requisitar as conservatórias de registo
predial, os registos averbamentos e cancelamen- ARTIGO 13
tos, nos termos legais Alteração d o plano de exploração
d) Exercer as atribuições referidas nos artigos 32 a 36
da Lei de Terras em area da sua jurisdição O titular pode, mediante a apresentação de motivos justi-
ficados, solicitar a entidade competente, alterações ao plano
ARTIGO 10 de exploração anteriormente aprovado
Dos outros Conse hos Executivos
ARTIGO 14
1 Aos Conselhos Executivos de Distrito, de Posto e de
Exclusões no direito de exploração
Localidade, além do disposto no artigo 30 da Lei de Terras
e desde que possuam serviço de cadastro compete O titular do direito de uso e aproveitamento da terra tem
a) As funções atribuídas aos Conselhos Executivos de o direito de utilizar os materiais de construção e os recur-
Cidade, nas áreas dos centros urbanos que sejam sos naturais que se encontram no solo e subsolo das áreas
sedes de distrito, de posto e de localidade e em concedidas desde que essa utilização não lhe seja vedada
outros centros urbanos que não possuam Con- por legislação especial e se efectue em conformidade com os
selhos Executivos, termos nela prescritos
b) Propor ao Governo da Província a criação de zo-
ARTIGO 15
nas de protecção parcial, para novos centros ur-
banos ou modificação dos existentes, Deveres do titular
c) Proceder ao registo da ocupação dentro da sua área
administrativa para os fins estabelecidos nos ar- São deveres do titular do direito de uso e aproveitamento
tigos 55 e seguintes deste Regulamento a) Manter, por meio de picadas e es acas, a definição
do perímetro do terreno em relação ao qual foi
2 Até os Conselhos Executivos disporem de serviços de concedido o direito de uso e aproveitamento,
cadastro próprios, os serviços provinciais de Geografia e b) Respeitar os direitos de terceiros que utilizem áreas
Cadastro organizarão o processo para decisão superior ou- existentes no interior dos terrenos concedidos,
vido o respectivo Conselho Executivo nomeadamente as servidões de acesso de acordo
com o estabelecido no plano de exploração,
CAPÍTULO IV c) Garantir a conservação das manchas florestais e ou-
Direitos e deveres
tros valores naturais existentes na área conce-
dida,
d) Cumprir os demais deveres c condições estabeleci-
Associação dos no plano de exploração,
e) Aceitar a realização de trabalhos de pesquisa mi-
1 O titular do direito de uso e aproveitamento da terra neira dos terrenos que lhe forem concedidos,
pode solicitar à entidade competente autorização para se desde que os prejuízos resultantes sejam indemni-
associar a um terceiro na co-titularidade do direito zados pelo interessado nessa pesquisa
CAPITULO V CAPITULO VII

Transmissão d o direito Prazos

ARTlGO 16 Artigo 20
Direitos dos utentas, meceiros e sucessoras Prazos de licenças e renovações

1 Os herdeiros e/ou meeiros de direito de uso e aprovei- 1 Os prazos para o uso e aproveitamento da terra refe-
tamento, devem no prazo de seis meses após a conclusão ridos no n.° 3 do artigo 10 da Lei de Terras alterados pela
do processo de sucessão, declarar expressamente que estão Lei n.° 1/86, de 16 de Abril, poderão ser renovados auto-
maticamente por períodos sucessivos de igual ou inferior
dispostos a continuar com a exploração e demonstrar que
duração.
reúnem as condições para a prosseguir de acordo com o
2. O Estado só poderá recusar a renovação automática
plano autorizado
verificando-se as condições estabelecidas no artigo 36 da
2. Os herdeiros e/ou meeiros podem solicitar alteração Lei de Tersas e sem prejuízo do disposto no n ° 2 do ar-
do plano de exploração como condição para prosseguirem tigo 19 deste Regulamento.
com a exploração
Artigo 21
3. Quando os herdeiros ou co-utentes decidam pela divi-
Interrupção ds contagem dos prazos
são em substância do terreno e das benfeitorias nele existen-
tes, esta não poderá efectívar-se com prejuízo da capacidade 1. Não serão tidos em consideração para a contagem dos
produtiva de exploração. prazos os períodos em que a utilização do terreno, para os
4 Sendo possível a d i v i d o em substância e consentindo-a fins para que foi autorizado, não se poder realizar por mo-
o Governo, mas havendo falta de acordo, os termos do pro- tivos não imputáveis ao titular.
cesso serão os do Processo Civil. 2. Durante esta suspensão não serão devidas as taxas es-
5 Quando os herdeiros sejam de menor idade e demons- tabelecidas na licença
trem não terem capacidade para satisfazer as obrigações CAPITULO VIII
contraídas pelo seu antecessor, podem as obrigações do ti-
Taxas
tular do direito de uso e aproveitamento serem assumidas
pelo representante legal dos mesmos Artigo 22
Determinacao
Artigo 17
1. Os titulares do direito de uso e aproveitamento não
Registos de transmissao abrangidos pelo disposto nos n.o 1 e 2 do artigo 9 da Lei
de Terras, pagarão uma taxa de acordo com os valores que
Operada a transmissão do direito de uso e aproveita-
vierem a ser aprovados.
mento, os Serviços de Geografia e Cadastro procedem ao
2. O Conselho de Ministros, em casos particulares, po-
seu registo mediante pedido do interessado e comunicam
derá estabelecer, temporariamente, taxas preferenciais ou
esta alteração à respectiva Conservatória do Registo Pre- mesmo isenção de taxas.
dial
Artigo 23
CAPÍTULO VI Pagamento
Extincao do direito
1. As taxas e eventuais ajustamentos são devidos a partir
Artigo 18 da publicação do despacho que autoriza a licença de uso e
Extinção do direito ou reduçao de área aproveitamento da terra.
2. Os valores das taxas são pagos adiantadamente nos me-
1 O direito de uso e aproveitamento da terra extingue-se ses de Janeiro a Março de Cada ano nos serviços de Finan-
nos casos previstos no artigo 34 da Lei de Terras. ças da respectiva província.
2 O interessado pode solicitar à entidade concedente que, Artigo 24
em lugar da extinção do direito, lhe seja reduzida a área Fixaçao de taxas e ajustamentos
inicialmente autorizada, apresentando novo plano de tra-
balhos 1 As taxas e ajustamentos serão estabelecidos por Di-
ploma Ministerial conjunto dos Ministros do Plano, das Fi-
Artigo 19 nanças e da Agricultura.
Revogação da licença por interesse público 2. As taxas serão fixadas em função do maior ou menor
desenvolvimento de cada província e a sua densidade demo-
1 Quando da revogação do direito previsto na alínea b) gráfica; os ajustamentos terao em atenção a maior ou menor
do no 1 do artigo 36 da Lei de Terras, os utentes deverão fertilidade dos solos e a sua produtividade, bem como fa-
ser prevenidos da situação com a antecedência de pelo cilidade de irrigação e proximidade de vias de acesso e es-
menos seis meses, salvo casos de urgência coamento.
2. A entidade beneficiada com a revogação do direito 3. Nas zonas de desenvolvimento agrário planeado que
pagará ao utente o valor das benfeitorias introduzidas que beneficiem de infra-estruturas de regadio de propriedade do
não forem possíveis remover, sem detrimento dos danais Estado os diplomas que as criarem estabelecerão as taxas
prejuízos resultantes da revogação. e ajustamentos próprios e periodo ou períodos de isenção
3 O titular do direito de uso e aproveitamento que foi como factores para o incentivo da produção.
afectado pelo disposto no no 1 deste artigo, pode solicitar 4. O reajustamento será realizado por períodos de cinco
novo direito em terreno disponível, suportando a entidade anos, condicionado i s circunstâncias sócio-económicas do
referida no no 2 as despesas do processo da nova licença. periodo em que ocorra a sua revisão.
5 As taxas a fixar para fins agrários terão por base o mento da terra, verificar de imediato se a área pedida está
hectare e para outros fins o metro quadrado livre, se é propria para a pretendida exploração ou ocupa-
6 As superfícies de terra sobre exploração mineira ficam ção, se é viável o seu lançamento e registo provisorio no
sujeitas a uma taxa de superfície, tendo por unidade de Atlas Cadastral e ainda se existem impedimentos que o in-
área o hectare, não sendo aplicado o disposto no artigo 25 viabilize, informando destes factos o interessado, por escrito
e no proprio pedido
ARTIGO 25 2 Compete aos serviços que tutelam o sector ou sectores
Taxas nas ocupações mistas de actividades para os quais foi pedido o terreno, informar
de imediato o pretendente ou os Serviços de Geografia e
1 No caso de utilização mista das áreas concedidas, a Cadastro sobre a viabilidade técnica e financeira do reque-
fixação da taxa sera determinada caso por caso, de acordo rente, a viabilidade do plano de exploração e o carácter
com a proporção de cada utilidade na ocupação global do apropriado da terra para o fim em vista, para garantir que
terreno o pedido esteja em conformidade com as orientações e pla-
2 As manchas de terrenos não susceptíveis de qualquer nos de desenvolvimento existentes
aproveitamento incluídas na área para a qual foi concedido
o direito de uso e aproveitamento serão deduzidas para ARTIGO 29
efeito do cálculo das taxas Entrega de pretensões
ARTIGO 26
Suspensão das taxas 1 Os pedidos para a concessão do direito de uso e apro-
veitamento de terrenos, são entregues nos Serviços de Geo-
1 O titular do direito de uso e aproveitamento que, de- grafia e Cadastro da respectiva província
vido a condições fora do seu controlo e responsabilidade, 2 Os pedidos para concessão do direito de uso e apro-
não poder cumprir com as condições do plano de explora- veitamento cuja autorização compita ao Ministro da Agri-
ção, pode requerer a isenção do pagamento das taxas até cultura são encaminhados para os Serviços Centrais de Geo-
um período de três anos, à entidade que autorizou o respec- grafia e Cadastro
tivo direito de uso e aproveitamento 3 Nos casos de concessão do direito de uso e aproveita-
2 A entidade que autorizou o direito de uso e aprovei- mento em zonas abrangidas por planos de urbanização, o
tamento mandará proceder a vistoria e em face do seu re- pedido é entregue no Conselho Executivo que tiver jurisdi-
sultado poderá autorizar a isenção e/ou determinar a redu- ção sobre a zona em causa nos termos do artigo 31 do pre-
ção da área inicialmente autorizada sente Regulamento, na parte aplicável
4 Os pedidos de concessão do direito de uso e aproveita-
C A P Í T U I O IX mento são sempre dirigidos a entidade competente para au-
Processo
torizar o direito
ARTIGO 30
ARTIGO 27 Ajustamento do terreno pretendido
Serviços de aporo e formulação de pedidos
As áreas solicitadas serão sempre justificadas no plano
1 Os Serviços de Geografia e Cadastro manterão nas pro- de exploração quanto à dimensão e forma, que se procurará
víncias secções de atendimento e informação aos interessa- sejam sempre inseridas no conjunto dos restantes utentes
dos em requerer a concessão do direito de uso e aproveita- de forma que a utilização global da terra seja coerente nessa
mento da terra a qual terá as seguintes funções região
a) Informar e esclarecer sobre leis e regulamentos apli- ARTIGO 31
cáveis aos casos particulares apresentados, Instrução do pedido
b) Explicar o modo e forma do requerimento e demais
documentos necessários para a instrução do pro- O pedido de concessão do direito de uso e aproveita-
cesso, mento da terra deve ser acompanhado dos seguintes do-
c) Esclarecer sobre os encargos relativos ao processo cumentos
da concessão e taxas pelo direito de uso e aprovei- a) Esboço da localização do terreno,
tamento, b) Memoria descritiva,
d) Informar sobre as possibilidades e formas de recla- c) Plano de exploração,
mação e recurso do interessado em relação à de- d) Prova de capacidade financeira e técnica para a
negação de direito ou pretensão legitimas do realização do plano de exploração, quando as
mesmo áreas pretendidas forem superiores a 100 ha No
2 A secção de atendimento e informação manterá um li- caso do terreno pretendido se situar em zonas de
vro de registo de audiências a cidadãos que tenham solici- desenvolvimento planeado, os planos devem estar
tado informações para obtenção dum terreno determinado, compatibilizados com os objectivos e directrizes
onde será apontado o nome, data e tipo de informações soli- aprovados pelo serviço responsável pela execução
citadas pelo interessado dessa zona de desenvolvimento,
3 Estas secções estarão na posse das informações relati- e) Guia comprovativa de deposito para pagamento das
vas ao território da respectiva província, que possam cons- despesas com a instrução do processo, demarca-
tituir benefícios, impedimentos ou restrições à concessão ção, publicação de editais, titulo, registos e visto-
do direito de uso e aproveitamento rias
ARTIGO 32
ARTIGO 28 Ocupação precária imediata
Verificação d a viabilidade d o p e d i d o
1 Os Serviços de Geografia e Cadastro informarão o
1. Compete aos Serviços de Geografia e Cadastro, antes administrador do respectivo Distrito do pedido de concessão
de receber qualquer pedido do direito do uso e aproveita- do direito de uso e aproveitamento, mencionando a identi-
dade do requerente, localização do terreno e tipo de explo- d) Definição geométrica da área concedida com as res-
ração pretendida, remetendo os respectivos editais para re- pectivas coordenadas e número de identificação
clamações pelo prazo de trinta dias a contar da data da afi- da parcela no registo cadastral,
xação e) Prazos a que estiver sujeito o direito de uso e apro-
2 Recebido o requerimento e verificado pelos Serviços veitamento e outras condições especiais,
de Geografia e Cadastro a sua conformidade com o estabe- f ) Tipo ou tipos de exploração para que foi concedido
lecido no artigo 28, o requerente recebe o duplicado do re- o direito;
querimento com o esboço e plano que lhe confere a facul- g) Taxas devidas pela concessão do direito de uso e
dade de imediatamente iniciar, a titulo precário, a utilização aproveitamento,
do terreno h) Data e local da emissão,
3 A ocupação precária não confere ao ocupante quais- i)
quer direitos até ser proferido despacho de autorização o título e respectiva chancela

ARTIGO 33 2 As transmissões do direito de uso e aproveitamento,


Informações complementaras e decisão associação na titularidade, renovações de prazos, encargos
ou ónus e outras legalmente realizadas, serão averbadas no
1 O requerimento entregue nos Serviços de Geografia e
titulo
Cadastro com os documentos que o acompanham depois de
recebido e informado, é enviado aos serviços do Estado na 3 O título é passado conforme o modelo I anexo a este
respectiva sede provincial que exercem tutela sobre a acti- regulamento
vidade que o requerente pretende realizar, para informar ARTIGO 38
sobre a viabilidade do plano de exploração proposto
Isenção do imposto de selo nos processos
Nos casos de pedidos de concessão de uso e aproveita-
mento que impliquem utilização mista, a entidade compe-
Todos os documentos, incidentes e termos do processo,
tente que exerça tutela sobre a utilização dominante, tem
incluindo os documentos de demarcação, delimitação e tí-
obrigação de coordenar com as outras entidades que tute-
tulo, são isentos do imposto de selo, salvo os requerimentos,
lam sectores incluídos no pedido
reclamações e impugnações
2 Nos casos que os serviços para dar informação sobre o
plano estejam dependentes da entidade competente, será o CAPÍTULO X
requerimento, com as informações prestadas, submetido no
prazo de trinta dias, directamente à entidade que compita Zonas de protecção
decidir ARTIGO 39
3 Nos restantes casos o processo informado é devolvido
Criação e definiçao
no prazo de trinta dias aos Serviços de Geografia e Cadas-
tro que o submeterá a decisão nos quinze dias seguintes
1.
fundamentado em plano, projecto ou proposta que defini-
ARTIGO 34
rão os respectivos limites e as restrições e condicionamen-
Demarcação e licença
tos a observar e indicarão a entidade ou entidades respon-
1. Autorizada a concessão do direito de uso e aproveita- sáveis por zelar pela respectiva preservação, conservação e
mento os Serviços de Geografia e Cadastro devem demar- defesa
car a área em relação à qual foi concedido o direito 2 Os planos de desenvolvimento físico, plano de urbani-
2 Feita a demarcação o respectivo título será emitido zação e dum modo geral todas as acções de planeamento
pela entidade processadora físico, envolvendo grandes áreas de terrenos bem como os
3 Não prejudica a passagem do titulo quando a área de- projectos de portos, aeroportos, barragens, albufeiras, linhas
marcada não ultrapasse 5 % da área autorizada de caminho de ferro, linhas de alta tensão, estradas, valas,
canais, e outros que envolvam a necessidade de protecção
ARTIGO 35 de certas áreas, definirão os limites em que tal protecção
Divisão dos terrerios demarcados se deve exercer e enumerarão as restrições e condiciona-
1 O terreno depois de demarcado não é divisível quando mentos do uso e aproveitamento que nas mesmas devam ser
da divisão resulte prejuízo para sua utilidade económica observados.
2 Nos terrenos urbanos, a divisão depende do que for 3 Os limites das grandes zonas de protecção serão defi-
estabelecido nos planos de urbanização e regulamentos es- nidos, sempre que possível, por acidentes topográficos
peciais 4 Os limites das zonas de protecção que não permitam
ARTIGO 36 livre acesso ao público serão demarcados e assinalados por
meio de estacas, marcos, picadas ou mesmo por vedação,
Prova plena em juizo
conforme as exigências técnicas de protecção pretendida
O título do direito d
5 Junto dos caminhos de acesso ao interior destas zonas
prova plena em juízo e fora dele dos factos que nele este-
serão afixadas tabuletas explicativas das restrições
jam inscritos
ARTIGO 37
6 Os diplomas que criarem estas zonas indicarão obriga-
Conteúdo do titulo e seu registo toriamente o número de cadastro que as identifica.
7 Antes de constituição das zonas de protecção deverão
1 O titulo do direito de uso e aproveitamento conterá os ser inventariadas as riquezas e a ocupação existente e ava-
seguintes elementos liada a justa indemnização devida aos utentes a deslocar,
a) Identificação da entidade que o autorizou, se o respectivo uso e aproveitamento não for compatível
b) Data do despacho de autorização da concessão do com os fins para que foi criada Os encargos das desloca-
direito, ções serão da responsabilidade da entidade ou organismo
c) Identificação do titular. interessado
ARTIGO 40 3 Quanto as águas
Zonas de protecção com objectivos múltiplos
a) Conservar e corrigir os depósitos e cursos de água,
1 Sempre que uma zona de protecção envolva objectivos b) Conservar e melhorar o revestimento vegetal do solo
ou fins de utilização da competência de mais de um minis- e das galenas florestais ao longo das margens dos
tério, os interesses respectivos serão considerados no decreto depositos e cursos de água.
de criação c) Proteger os depósitos e cursos de água contra qual-
2 Os encargos consequentes serão rateados pelos minis- quer espécie de poluição que possa afectar a vida
térios interessados biologica do meio ou a dos que deles se servem
ARTIGO 41 4. Quanto à flora
Zones de protecção total a) Assegurar a manutenção de biotipos aos quais está
ligada a sobrevivência de espécies animais ou ve-
Consideram-se zonas de protecção total
getais,
a) Os parques nacionais, b) Manter povoamentos representativos dos tipos fun-
b) As reservas naturais integrais, damentais dos diversos domínios florestais,
c) As reservas condicionadas, c) Evitar a destruição de maciços florestais considera-
d) As reservas especiais dos de interesse nacional ou cientifico,
d) Realizar a investigação cientifica no estudo de epi-
ARTIGO 42
fitias e outras doenças, promovendo as medidas
Planos de divulgação de saneamento convenientes,
e) Desbastar as manchas florestais que se tome neces-
Para efeitos do deposto no n ° 2 do artigo 24 da Lei de
sário realizar para saneamento defesa contra in-
Terras, serão elaborados planos gerais e regionais destina-
cêndios e outros de interesse publico,
dos à protecção da natureza pelos orgãos da administração
f ) Repovoar com espécies adequadas as regiões jul-
publica responsáveis, devendo os seus agentes informar as
gadas convenientes,
populações do alto significado e alcance das medidas que se
adoptam para que a fiscalização e a vigilância sejam eficaz- g) Estabelecer estações experimentais de estudo de mé-
mente exercidas com a participação popular todos e técnicas para a escolha e hibridação das
espécies vegetais mais apropriadas para cada re-
gião
ARTIGO 43
Indemnização pela criação de zonas de protecção
5 Quanto à fauna
a) Conservar a fauna selvagem, como elemento bioe-
Os titulares cujo direito de uso e aproveitamento seja pre- cológico e de desenvolvimento para utilização do
judicado pela criação de zonas de protecção, serão indemni- homem, evitando contudo que desta resultem pre-
zados pelo valor das benfeitorias que não possam ser remo- juízos àquela,
vidas, sem detrimento de poderem receber o direito de uso b) Estabelecer a defesa do homem e dos animais do-
e aproveitamento de novas areas disponíveis, se não dese- mésticos contra os ataques de animais selvagens
jarem realizar o aproveitamento que eventualmente venha ou agentes patológicos de que estes sejam porta-
a ser previsto na zona de protecção dores ou transmissores,
c) Realizar a investigação científica para estudo das
ARTIGO 44 doenças das espécies selvagens, promovendo as
Zonas de protecção da natureza medidas sanitárias convenientes,
d) Estabelecer zonas de protecção e coutadas sujeitas a
As zonas de protecção da natureza são estabelecidas regime especial,
tendo em vista os seguintes objectivos e) Organizar e fiscalizar a migração da fauna ou suas
deslocações acidentais e adopção de medidas ne-
1 Quanto à atmosfera cessárias,
a) Evitar a poluição atmosférica com produtos tóxicos f) Abater os animais selvagens que se tomar necessá-
ou outros que afectem a vida dos solos, águas, rio realizar, por motivo de sanidade, defesa de
flora e fauna culturas ou outros de interesse publico,
b) Estabelecer cortinas de vegetação a volta de centros g) Repovoar cinegeticamente as regiões julgadas favo-
populacionais ráveis,
h) Estabelecer estações experimentais de domesticação
2 Quanto aos solos e hibridação de animais selvagens
a) Prevenir a erosão do solo e melhorar as terras onde
ela já se tenha verificado, ARTIGO 45

b) Criar defesas contra a deslocação dc areias, dunas Zonas de protecção parcial


ao longo da costa marítima e melhorar os locais
1 Consideram-se zonas de protecção parcial, sem pre-
que tenham sido prejudicados,
c) Cultivar racionalmente os solos de forma a melho- juízo das situações previstas nos artigos 27 e 28 da Lei de
rar a sua produtividade, Terras, as seguintes:
d) Proibir actividades agrícolas, pecuárias e florestais a) O leito das águas interiores, das águas territoriais,
que ofendam as regras de protecção dos solos, da a zona económica exclusiva e a plataforma con-
flora e das águas, tinental submarina:
e) Prevenir contra o apaulamento das terras e dissemi- b) O leito das águas territoriais a partir da qual se
nação de lixos e produtos prejudiciais à saude ou mede a linha da baixa-mar ao longo da costa até
sua acumulação sem resguardo apropriado à linha das máximas preia-mares.
c) Faixa da orla marítima contada da linha das máxi- ser autorizada quando essa ocupação seja reconhecida im-
mas preia-mares até 100 m para o interior do prescindível para a realização da respectiva actividade e
território, medida no plano horizontal; mereça parecer favorável dos serviços responsáveis pela
d) Faixa de terreno de dois quilómetros de largura ao sua protecção e defesa.
longo da fronteira terrestre; ARTIGO 4 6
e) Terrenos situados numa zona contínua e no con- Encargo das demarcações e indemnizações
torno de quaisquer baías, estuários ou esteiros
até 100 m, medidos da linha das máximas preia- Os trabalhos de delimitação e demarcação das zonas de
-mares; protecção bem como os de conservação, colocação de tabu-
f) Terrenos de ilhas e ilhotas, formados ao longo da letas e todas as actividades de preservação, conservação e
costa marítima, na foz dos rios ou nos leitos das vigilância bem como eventuais indemnizações são da res-
correntes navegáveis ou flutuáveis; ponsabilidade e constituem encargo das entidades que pro-
g) Lagos e cursos de água navegáveis com os respec- puseram a criação das zonas.
tivos leitos ou álveos e outros aproveitáveis para
a produção de energia ou planos de irrigação,
bem como os terrenos com eles confinantes, si- CAPITULO XI
tuados numa zona contínua de 50 m do nível nor- Exploração familiar
mal das águas, medidos no plano horizontal;
h) As nascentes de água importantes, em especial as ARTIGO 4 7

minero-medicinais e uma faixa de terreno de Area de ocupação familiar


100 m de largura que as envolva;
1. A ocupação da terra para fins agrários, visando i)satis-
de água pertencentes ao Estado e as faixas de ter- fazer as necessidades do agregado familiar não carece de
reno com elas confinantes com a largura de 5 m; autorização quando realizada fora das zonas de protecção
bem como uma faixa de terreno à volta das res- e de planos de desenvolvimento agrário, devendo todavia
pectivas instalações; ser coordenada pela autoridade local quando esta necessi-
j) Os terrenos ocupados pelas vias férreas de interesse dade se imponha.
público e pelas respectivas estações, com uma 2. A ocupação da terra nas condições fixadas no número
faixa confinante de 50 m de cada lado do eixo da anterior é gratuita.
via e de 100 m confinante com o perímetro das ARTIGO 4 8
estações; Limite de áreas ocupáveis
k) Os jazigos minerais e outras riquezas naturais exis-
tentes no solo e subsolo; são exceptuadas as ro- 1. As áreas destinadas a cada agregado familiar, para cul-
chas e terras comuns vulgarmente empregadas turas permanentes ou anuais, é de 0,25 ha em terreno de re-
nas construções e outras obras. gadio e de 1 ha em terreno de sequeiro, por cada pessoa do
agregado.
2. Os terrenos ocupados por estradas nacionais de1.aor- 2. Serão previstas áreas complementares se for praticada
dem com uma faixa de 30 m de largo de cada lado a partir a agricultura itinerante não excedente a um total de 10 ha.
da berma e por outras vias de comunicação com uma faixa 3. Nas terras destinadas a pastagens, a cada agregado fa-
marginal de 15 m também de cada lado das bermas. miliar será atribuída área para o pascigo do seu gado.
3. No caso de existência de cais, molhes, muros ou su- 4. Se as áreas disponíveis não forem suficientes para os
porte de aterros ou de as margens terem conformação que efeitos dos n.os 1 a 3 deste artigo, os quantitativos serão re-
impeça a determinação da linha marginal das águas, a faixa duzidos conforme deliberação a tomar pelo Conselho Exe-
de 100 m será contada a partir das cristas de coroamento cutivo da respectiva localidade, posto administrativo ou dis-
ou da orla acessível do terreno marginal, conforme os casos. trito, tendo em conta as realidades sociais, económicas e
4. Entende-se por lago ou rio navegável a parte ou o todo culturais dos habitantes da região
que durante o ano ou no maior período dele, esteja acomo-
dado à navegação com fins comerciais e, por flutuável o que
- ARTIGO 4 9
pérmite apenas a derivação de objectos flutuáveis com o
mesmo fím Trabalho não assalariado
5. As faixas de terreno que envolvam pontes, túneis, cru- Não se considera trabalho assalariado para efeitos do dis-
zamento de vias e outras obras de arte; as extensões de terre- posto no presente capítulo:
nos à volta das instalações portuárias, aeroportos, antenas,
estações, postos ou cabos de telecomunicações e meteoro- a) Aquele que é realizado por elementos estranhos ao
lógicos; as faixas de terreno à volta das instalações e ao agregado familiar que são empregues quando,
longo de condutores aéreos, superficiais, subterrâneos e su- por razões diversas, nomeadamente doença, in-
baquáticos, são os que constarem dos respectivos projectos capacidade física, migração ou velhice, o agre-
ou regulamentos aprovados, devendo estar assinalados no gado familiar está privado de realizar trabalho
terreno e protegidos com vedação. suficiente para obter o seu sustento;
6. Os serviços responsáveis pelos aeródromos e aeropor- b) Aquele que é realizado em certas épocas do ano
tos devem dar conhecimento às autoridades com compe- como ajuda mútua entre os camponeses.
tência para autorizar licença de uso e aproveitamento da
terra dos condicionamentos a impor na utilização da terra, ARTIGO 5 0
de forma a garantir a segurança das camadas aéreas, os res- Transferencia do agregado familiar
pectivos cones de saída e aproximação, bem como dos ter-
renos destinados à sua expansão e segurança. A transferência do agregado familiar da área de ocupa-
7. A ocupação temporária ou definitiva de parcela de ção para outra só pode ser decidida por expressa declaração
terrenos nas zonas definidas nos números anteriores só pode da conveniência do Estado ou de interesse público.
ARTIGO 51 obras de carácter permanente, materiais usados
Reconhecimento e registo das ocupações na sua construção e valor das mesmas,
c) Areas aproximadas ocupadas com pomares, agri-
1 Qualquer transferência dos agregados familiares í sem- cultura, pousio e outras actividades económicas,
pre precedida por um levantamento das ocupações familia- d) Natureza dos produtos habitualmente cultivados,
res, feita pela entidade interessada na transferência e confir- e) Número e espécies de animais que possui
mada pela autoridade administrativa da área
2 O levantamento deve conter a descrição de cada uma 2. Estes elementos devem ser confirmados pela autoridade
das ocupações familiares a transferir não se contando as administrativa da respectiva localidade, testemunhados por
áreas desbravadas dois vizinhos
ARTIGO 52 ARTIGO 57

Pagamento prévio ds indemnização e novas áreas Auto de declaração e certificado ou titulo

1 A transferência só será iniciada após o pagamento da 1. No momento da declaração verbal mencionada no ar-
indemnização e com a garantia de ser mantido ao deslocado tigo anterior será lavrado em livro próprio existente no Con-
selho Executivo do Distrito, um auto com as declarações
o mesmo nível económico com a atribuição de novas áreas
que será devidamente autenticado
de valor equivalente na mesma ou em outra zona
2 As despesas da deslocação são suportadas pela enti- 2 O certificado ou título de ocupação familiar é um
documento com os indicativos referidos no artigo 56
dade interessada nas transferências
passado pelo Conselho Executivo do Distrito conforme
ARTIGO 53
o Anexo I I
Avaliação ds indemnizaçao 3 O certificado ou título tem numeração propria por lo-
calidade que corresponde ao numero de ordem do auto,
1 A indemnização a pagar aos agregados familiares a seguido da numeração geral a atribuir para todos os certi-
transferir, será calculada com base nos prejuízos avaliados ficados passados pelo Conselho Executivo do Distrito
por uma comissão a criar no acto da declaração referida 4 O certificado ou titulo é feito em triplicado, sendo
no artigo 50 deste Regulamento o original entregue ao titular e uma copia enviada ao
2 A comissão tem como ponto de referência a descrição Serviço de Geografia e Cadastro da Província
feita no levantamento referido no artigo 51 deste Regula-
mento ARTIGO 58

ARTIGO 54 Certificado obrigatório nas zonas de protecção


Enquadramento nas áreas planificadas 1 Nas zonas de protecção ou reservas existentes ou a
1 O enquadramento dos agregados familiares operado demarcar, as ocupações familiares nelas localizadas são ín-
no âmbito de planos de desenvolvimento agrário ou outros, ventariadas pela entidade responsável pela zona de protec-
legalmente aprovados, que incidam nas áreas por eles ocupa- ção ou reserva e confirmada pela autoridade administrativa
das, não dá direito às indemnizações referidas nos artigos da área, não se aplicando nestes casos o n ° 3 do disposto
anteriores mas a compensação em material de construção, no artigo 60
instrumentos de trabalho e o mais que for previsto no res- 2 Com base neste inventário será entregue a cada agre-
pectivo plano gado pela autoridade administrativa da área um certificado
2 Os agregados familiares que não desejarem enquadrar- de ocupação familiar
ARTIGO 59
-se nos planos de desenvolvimento aprovado, receberão as
indemnizações pecuniárias correspondentes a compensações Opção por uma exploração privada ou colectiva
em materiais
Os agregados familiares quando ocupam áreas que exce-
ARTIGO 55
dam o limite estabelecido no artigo 48 deste Regulamento
Direito a titulo e certificado ou não desejam cumprir os condicionamentos estabelecidos
no n ° 1 do artigo 54 devem requerer uma exploração de
1. Os representantes dos agregados familiares que pos-
economia privada ou a sua integração em qualquer explo-
suam habi ação própria e outras ínfra-estruturas de carácter
ração colectiva, cumprindo os formalismos necessários
definitivo, têm o direito de pedir, nos termos do no 2 do
artigo 34 deste regulamento, o respectivo titulo de uso e
ARTIGO 6 0
aproveitamento da área onde se situam aquelas benfeitorias
Abandono do terreno ocupado
2 Os representantes dos agregados familiares interessados
em obter um certificado ou título de ocupação familiar, 1 O abandono do terreno ocupado pelo agregado fami-
podem solicitá lo a autoridade administrativa do respectivo liar durante um período contínuo, superior a dois anos, sem
distrito motivo justificado, implicará a perda a favor do Estado das
3. O certificado ou titulo comprova a ocupação do benfeitorias existentes no terreno sem qualquer direito a
agregado familiar produz efeitos perante o Estado indemnização
2 O abandono dá sempre lugar ao cancelamento do cer-
ARTIGO 56
tificado ou titulo casos estes existam
Obtencao do certificado ou titulo 3. O período de dois anos será contado a partir da data
de entrada no Conselho Executivo do Distrito do auto de
1 Para obtencão do certificado
verificação do abandono, elaborado no local por agente
familiar os representantes dos agregados familiares devem
do Conselho Executivo com a presença de dois vizinhos
manifestar, verbalmente, perante o Conselho Executivo do
como testemunhas
Distrito onde se situam, o seguinte
4 O facto de verificação do abandono referido neste ar-
a) Identificação do seu agregado familiar, tigo não é motivo que impeça a reocupação do terreno pelo
b) Localidade onde possui a sua habitação e outras próprio agregado se o mesmo se encontrar livre
CAPÍTULO XII 2. O Cadastro Nacional de Terras deverá estar actuali-
zado 15 anos após a data d» publicação deste regulamento.
Cadastro e processo
ARTIGO 61 Artigo 65
Cadastro Nacional de Terras e Fundo Estatal Tombo Nacional de Terras

1 O Cadastro Nacional de Terras é realizado pela Direc- 1. Na Direcção Nacional de Geografia e Cadastro será
ção Nacional de Geografia e Cadastro e contém os dados estabelecido o Tombo Nacional de Terras com a função de
necessários ao conhecimento da situação do Fundo Estatal arquivar e manter actualizada e em condições de segurança
de Terras e à realização dos respectivos balanços contra o fogo, humidade, roubo e outros riscos, os originais
2 As autorizações do direito de uso e aproveitamento da dos seguintes documentos:
terra para qualquer fim, bem como a criação, modificação o) Os processos legais de ocupação de terras;
ou extinção das zonas de protecção ou quaisquer outras si- b) Os processos legais de criação, alteração ou extin-
tuações legais que condicionam ou restrinjam a utilização ção das zonas de protecção,
de quaisquer terrenos, são obrigatoriamente registados no c) Os processos legais de atribuição da jurisdição de
cadastro, simultaneamente com a passagem dos respec- terras a órgãos do Estado ou entidades estatais;
tivos títulos ou com a publicação dos respectivos diplomas d) Documentação sobre as delimitações das fronteiras;
quando seja caso disso e) Informação completa sobre a triangulação geodé-
3 Os processos de cadastro são organizados nos Servi- sica e topográfica;
ços Provinciais de Geografia e Cadastro ou nos respectivos f ) Documentação que possa interessar à história da
Conselhos Executivos. cartografia.
4 Os originais destes processos são arquivados no Tombo
Nacional de Terras dentro de um mis após a data do titulo 2 A Comissão Nacional do Plano detérminará os prazos
do uso e aproveitamento, do certificado no caso das explo- e a natureza da documentação referida no número anterior,
rações familiares, ou ainda dos diplomas aludidos no n ° 2 existentes em diversos serviços, que devem ser enviados ao
5 Os processos duplicados são arquivados nos Serviços Tombo Nacional de Terras.
Provinciais de Geografia e Cadastro.
6. Uma cópia do processo de cadastro das terras, cujo CAPITULO XIII
direito de uso e aproveitamento tenha sido autorizado pelo Registo
Conselho de Ministros, e do processo de terrenos submetidos
a regime de protecção total ou parcial, serão enviadas i s di- ARTIGO 66
recções nacionais interessadas Registo na Conservatoria Predial

ARTIGO 62 1. Autorizada a concessão do direito de uso e aproveita-


mento e antes de se entregar o titulo referido no no 2 do
O processo de cadastro
artigo 34 ao interessado, os Serviços de Geografia e Ca-
dastro ou O os Conselhos Executivos devem oficiosamente processo de cadastro conterá
promover a inscrição do direito concedido na Conserva-
1 Identificação da pessoa, pessoas ou entidade que ocupa,
tória do Registo Predial da respectiva área
usa, aproveita ou detém responsabilidade de gestão sobre
o terreno 2. A inscrição a que se refere o número anterior será feita
2 Identificação da autoridade ou órgão que autorizou a mediante a apresentação do referido titulo do direito de
licença do direito de uso e aproveitamento ou criou a zona uso e aproveitamento
de protecção. ARTIGO 67
3. Fins para que foi concedida a licença de uso e aprovei- Alteraçao dos registos
mento do terreno, número e data d a título, data do termo Os Serviços de Geografia e Cadastro e os Conselhos Exe-
da entrega do mesmo ou fíns para que foi constituída,
cutivosa zona
nas suas areas de jurisdição, darão conhecimento às
de protecção e condicionamentos consequentes, bem como respectivas Conservatórias de Registo Predial das alterações
referência do diploma legal da sua criação. que legalmente tenham tido lugar, em mação aos títulos,
4 Poligonal definidora dos limites do terreno e número f o r n e c e n d o os elementos necessários para que proceda à
do respectivo registo do lançamento no Adas Cadastral. alteração dos registos nessas conservatórias
5 Prazos para ocupação ou exploração, caso existam.
6. Descrição das riquezas naturais e outras benfeitorias ARTIGO 68
existentes no terreno, bem como da sua aptidão Registo predial

Artigo 63 As Conservatórias do Registo Predial ficam obrigadas a


Registo da aptidão dos solos comunicar todos os registos e averbamentos que realizarem
aos Serviços de Geografia e Cadastro ou aos Conselhos Exe-
1. O Cadastro Nacional de Terras regista e actualiza os cutivos, conforme os casos.
dados fornecidos pelas entidades competentes sobre os re-
sultados dos estudos relativos à fertilidade dos solos. CAPITULO XIV
2. Estas entidades prestarao a informação referida, no
prazo de noventa dias apos a conclusão e aprovação dos re- Reclamaçao e recurso
feridos estudos. Artigo 69
Artigo 64 Reclamaçao e recurso administrativo
Prazo para actualizaçao do cadastro 1. O requerente ou titular do direito do uso e aproveita-
1. As alterações aos dados cadastrais que se verificarem mento pode apresentar reclamação contra a denegação da
serão obrigatoriamente fornecidas peia autoridade compe- pretensão ou violação de direitos legítimos, praticados por
tente para efeitos de sancionamento. agentes ou orgãos da administração estatal.
2 Em caso de recusa de provimento da reclamação pelo pondente a cem vezes o custo da reposição,
órgão ao nivel do qual a mesma foi apresentada, o recla- além da aplicação das disposições previstas na
mante pode interpor recurso administrativo para o orgao lei penal,
hierarquicamente superior ao que recusou a reclamação f) As acções inerentes a determinadas actividades
minerais e outras devidamente autorizadas, ficam
ARTIGO 70 sujeitas as regras de recuperação e recomposição
dos solos e vegetação a estabelecer nos respec-
Recurso aos tribunais
tivos contratos, acordos ou regulamentos e as
1 Esgotada a possibilidade do recurso administrativo penalidades referidas nos numeros anteriores, so
pode o interessado recorrer aos Tribunais Comuns compe- serão aplicadas se a recuperação e reflorestação
dos solos deteriorados não forem iniciadas e
tentes de acordo com as leis vigentes para conhecer destes
concluídas nos prazos estabelecidos
recursos
2 As deliberações do Conselho de Ministros não são sus-
ceptíveis de recurso ARTIGO 74
Requisitos do auto de notícia
CAPÍTULO XV

Infracções e penalidades 1 O auto de notícia é levantado nos termos e com as for-


malidades seguintes
ARTIGO 71
a) Descrição dos factos que constituem a infracção e
Obrigação de indemnizar
indicação dos prejuízos havidos e dos presu-
A infracção das disposições estabelecidas na Lei de Terras míveis infractores,
e neste Regulamento conduz a obrigação de indemnizar os b) Indicação do dia, hora, local e circunstâncias em
lesados que foi cometida ou constatada a infracção,
c) Identificação do agente que presencia a infracção,
ARTIGO 72 bem como a identificação de duas testemunhas,
Consequência das falsas declarações que possam pronunciar-se sobre os factos consti-
tutivos da infracção
As falsas declarações constantes da memoria descritiva
donde resulte perigo de prejuízo para o Estado ou para ter- 2 São competentes para levantar os respectivos autos de
ceiros, implica a anulação da licença de uso e aproveita- infracção os agentes delegados dos serviços administrativos
mento com perda dos depositos legais a favor do Estado, de localidade, posto ou distrito, assim como os representan-
além da responsabilidade criminal a que houver lugar tes dos serviços ou entidades publicas que tenham funções
relativamente à boa conservação dos solos, águas, flora e
ARTIGO 73 fauna
Multas e coimas 3 O auto de notícias deve ser assinado pelo agente que
constatou a infracção, pelas testemunhas e pelo infractor se
As infracções a Lei de Terras e ao presente Regulamento, quiser
independentemente do dever de indemnização consagrado ARTIGO 75
na lei geral, serão punidas nos termos seguintes Força probatória
a) A deterioração dos solos por erosão, escavamento,
apaulamento, salinização e outras contaminações, O auto de notícia levantado nos termos do artigo anterior faz fé em juízo até
serão punidas com a multa correspondente a dez
vezes a taxa de ocupação correspondente à área
deteriorada, ARTIGO 76

b) O atraso na devolução das terras ocupadas tempo- Remessa do auto de notícia


rariamente sem as recuperar para o uso a que 1 Os autos de infracções que ofendam as disposições re-
estão destinadas, é punido com a multa corres- gulamentares das zonas de protecção serão encaminhados
pondente aos meses em atraso, avaliada em dez para o administrador do Distrito que os submeterá à deci-
vezes a taxa, são dos serviços responsáveis pelo cumprimento das dispo-
c) A poluição ou destruição de Marianciais de águas, sições que tenham sido ofendidas
rios e lagos, represas e albufeiras, de desvio ou 2 O auto de notícia levantado por ofensa dos planos de
destruição dos leitos e margens, e punida com exploração, será entregue ao respectivo administrador do
multa igual ao dobro do valor da respectiva Distrito que o remeterá sem demora à autoridade que
recuperação a determinar pela Comissão de Ava- exerce o controlo da licença do direito do uso e aproveita-
liação Provincial, sem prejuízo doutras sanções mento
que venham a ser estabelecidas, 3 Esta autoridade notificará o infractor para proceder ao
d) A deterioração da vegetação, em especial de árvo- pagamento da multa e indemnização devidas, no prazo de
res de interesse industrial, de madeiras preciosas, trinta dias
frutíferas e das especies raras ou sob protecção ARTIGO 77
especial, sera punida com multa correspondente Pagamento coersivo
a dez vezes o valor das arvores destruídas, além
da responsabilidade criminal a que houver lugar, O não pagamento nos termos prescritos no artigo anterior
e) A destruição ou deslocação de marcos de fronteira, implica a remessa do auto de notícia e demais expediente
de triangulação, de demarcação cadastral e de ao Tribunal Popular Distrital para cumprimento coersivo,
quaisquer outros que sirvam de pontos de refe- nos termos do artigo 8, no 2 e 3 e artigo 9, do Decreto-Lei
rência ou apoio, é punida com a muita corres- n° 28/75, de 1 de Março
ARTIGO 78 que detêm o uso e aproveitamento de terrenos, são obriga-
Dever de colaboração dos no periodo de um ano, a contar da data da vigência
deste Regulamento a organizar a respectiva documentação
1 Os utentes de uso e aproveitamento da terra ou os seus nos termos regulamentares, para que os Serviços de Geogra-
representantes não poderão obstar ao exercício das funções fia e Cadastro da Província ou dos Conselhos Executivos
dos agentes relativamente ao estipulado na Lei de Terras e competentes, conforme os casos, possam promover a sua
neste Regulamento, designadamente no que se refere a vis- legalização e realizar os registos respectivos
torias e modo de cumprimento das cláusulas contratuais 2 A falta de cumprimento do disposto no número ante-
2 A inobservância do disposto no número anterior é rior determina o mio reconhecimento ou a anulação da con-
punida como crime de desobediência. cessão ou ocupação do terreno em causa e a sua livre dis-
posição para outros fins.
CAPÍTULO XVI
ARTIGO 81
ARTIGO 79
Legalizaçao de ocupaçoes sem licença
Disposições finais
Actualização das ocupaçoes existentes Os utentes que tiverem ocupado um terreno de boa fe na
convicção que nao prejudicavam interesses de terceiros e
1 Os actuais utentes da terra ficam em tudo submetidos nele tenham implantado benfeitorias quando, por força do
à disciplina da L e i de Terras e do presente Regulamento disposto no artigo 79 forem legalizar a sua ocupação e se
2 As concessões definitivas por aforamento, arrenda- constatar que há uma sobreposição de direitos ou não con-
mento e outras de propriedade de terrenos, dadas antes de venha aos interesses do Estado conceder o terreno em causa.
25 de Junho de 1975 e que nos termos das disposições le- ser-Ihes-à permitido o uso e aproveitamento em outros terre-
gais vigentes não hajam sido nacionalizadas, confiscadas, nos podendo transferir as suas benfeitorias para os novos
declaradas abandonadas ou por qualquer modo interven- terrenos
cionadas pelo Estado, serão validadas com os condiciona-
ARTIGO 82
lismos decorrentes no artigo 10 da Lei de Terras e precei-
tos constantes deste Regulamento ORgaodeconciliaçao
3 Os titulares abrangidos pelo disposto nos n • 4 e 5 do
artigo 10 da Lei de Terras, devem solicitar eventuais altera- 1. Junto dos serviços centrais e provinciais de Geografia
ções, nomeadamente em relação às áreas ocupadas, se- e Cadastro e por convocação destes, sempre que necessário,
guindo-se o processo normal de pedido de licença de uso e funcionará um órgão com função de conciliação e resolução
aproveitamento da terra para fins económicos Para exame amigável de conflitos decorrentes da aplicado da Lei de
e validação os interessados devem apresentar-se no prazo Terras e dos regulamentos com ela relacionados
de três anos a contar da vigência deste Regulamento, com 2. Este órgão será composto por representantes dos se-
o título, no Serviço de Geografia e Cadastro da respectiva guintes organismos-
área ou nos Conselhos Executivos competentes.
4 Os actuais utentes da terra que não têm qualquer título
que legitime a ocupação e cuja utilização está sujeita a prezo,
devem no período de três anos a contar da data da vigên-
cia deste Regulamento, apresentar no Serviço de Geogra-
3. O órgão integrará ainda representantes dos sectores
fia e Cadastro da respectiva Província ou no Conselho
que estiverem envolvidos no conflito em causa
Executivo competente, requerimento a pedir a licença de
uso e aproveitamento 4. Em caso de acordo dos elementos em conflito com a
solução proposta pelo órgão, o despacho de concordância
5. A validade dos títulos de propriedade de terras abran- tem força vinculatória e definitiva para as partes interve-
gidas pelo n • 2 do artigo 10 da Lei de Terras, será feita em nientes.
qualquer tempo pela aplicação de uma sobrecarga de vali-
dação no título em causa e só será feita se os dados do título ARTIGO S3
corresponderem com a realidade factual. Aprovação ds normas regulamentares
6. Os pretendentes que tenham pendentes ou correndo
seus trâmites pedidos de ocupação de terras, devem, no Os Ministros, com responsabilidade na execução da Lei
prazo de um ano a contar da data da vigência deste Regu- de Terras e do presente Regulamento, devem aprovar nor-
lamento, solicitar o prosseguimento da sua pretensão, findo mas regulamentares, no âmbito da sua acção, necessárias à
o qual, sem que o tenham feito, considerar-se-ão os pedi- implementação da Lei de Terras e seu Regulamento, pre-
dos desertos e mandados arquivar e os eventuais depósi- cedidas de parecer da Comissão Nacional do Plano
tos em dinheiro, se entretanto não tiverem sido levantados,
serão declarados perdidos a favor do Estado
ARTIGO 44
7 Passarão igualmente a constituir receitar do Estado, os
depósitos em dinheiro existentes em processos indeferidos, As dúvidas a que a execução do presente Regulamento
anulados ou mandados arquivar, se a devolução dos mes- der lugar são resolvidas por despacho do Ministro da Agri-
mos não for requerida dentro do prazo referido no número
cultura.
anterior
ARTIGO 40 ARTIGO 85
Actualizaçao das ocupacoes estatais e sociais
O presente Regulamento entra em vigor no dia 25 de
1 Os serviços do Estado, empresas estatais, cooperativas, Setembro de 1987, 25.° aniversário do desencadeamento
colectividades culturais, desportivas, sociais e outras refe- da Luia Armada de Libertação Nacional Dia das Forças
ridas nas alíneas, a), b) e c) do artigo 9 da Lei de Terras, Populares de Libertação de Moçambique.
ANEXO I

REPÚBLICA POPULAR
DE
MOÇAMBIQUE

TITULO DE USO E APROVEITAMENTO DA TERRA

Província de

Distrito de

Posto Administrativo de

Nome do Titular

DISPOSIÇÕES LEGAIS respectivas terras para serem aproveitadas na agri-


cultura e silvicultura
3 Os utentes devem tomar medidas eficientes para a
Lei da Tenra n.° 6 / 7 9 , de 3 de Julho conservação e elevação da fertilidade da terra e asse-
Transcrições da Lei gurar que seja evitada a erosão dos solos
4 As empresas e entidades industriais são obrigadas
a empreender medidas que impeçam a contaminação
ARTIGO 5 e poluição das terras ou águas
Direitosdostitulares
1 Os titulares do direito de uso e aproveitamento
Responsabilidades
têm a faculdade de retirar da terra as utilidades de-
terminadas no plano de exploração, implantar as O não cumprimento dos deveres mencionados no ar-
infra-estruturas e equipamento necessários à prosse-
tigo anterior dá lugar a responsabilidade civil e cri-
cução do fim visado, bem como utilizar a terra para
fins complementares ou secundários minal
2. O Estado garante aos titulares a defesa contra a
violação dos direitos que lhes são definidos pela
presente lei
ARTIGO 6
Deveres dos t i t u l a r e s

1 Os titulares do direito de uso e aproveitamento


devem
o) Utilizar racionalmente as terras, em confor-
midade com o plano de exploração utili-
zado,
b) Desenvolver as suas actividades de forma a
não prejudicar os interesses do Estado ou de
outros utentes

2. As empresas e entidades que utilizem, para fins


não agrários, terras de agricultura e florestas, são
obrigadas a recuperar por sua conta, a aptidão das
I PARTE
ANOTAÇÕES COMPLEMENTARES AO TITULO
TITULO n.o
Tormos do título de uso e aproveitamento da terra
Nome do titular
portador do Bilhete de Identidade n.o , emitido
pelo Arquivo de Identificação de , nascido
em / / , natural de Província Distrito

Entidade ou órgão qua autoriza o uso


a aproveitamento

Despacho de autorização de uso e aproveitamento


Data / / , ao abrigo da alínea , do artigo
do Regulamento aprovado por Decreto n ° o ,
constante na folha , do processo legal n ,
área , localização Província Distrito
Fins de aproveitamento

A Licença e concedida pelo período de


com a taxa anual de
Serviço emissor do presente título
Local e data da emissão*

(Assinatura)
(Chancela ou selo branco)

II PARTE II PARTE
Diagrama para identificar a posição e o contomo
perimetral

Udo» Coordenadas
invernos
Azimutes
Comprimentos

lados
dos

Locais U TM
externos
Pontos

X y
X T

ESCALA
Localizada na. Cana
A Escala.
Parcela
Área demarcada CONFRONTAÇÕES
Area reservada para
Area reservada para estradas Confronta a partir do Sul seguindo por Oeste com
Area concedida
III PARTE
Extractos das inscrições e averbamentos jeitos na
Conservatória do Registo Predial de
acerca do prédio descrito na II parte
Número
Inscriçoes Averbamentos
DESCRIÇÃO
de

Cadastro

Processo no

Parcela n °

Folha

Escala 1

Conservatória
o
Prédio n

Livro B

Folhas

A N E X O II

REPÚBLICA POPULAR
DE
MOÇAMBIQUE

TÍTULO DE USO E APROVEITAMENTO DA TERRA

Província de
Distrito de
Posto Administrativo de
Localidade

Nome do Chefe do Agregado Familiar

Registo no
Livro n.o /
DISPOSIÇOES LEGAIS 3. Os utentes devem tamar medidas eficientes para
a conservaçao e elevaçao da fertilidade d a terra e
o assegurar que seja evitada a erosao dos solos.
Lei da Terra n. 8/79, de 3 de Julho
4 As empresas e entidades industriais são obrigadas
Transcriçoes da Lei a empreender medidas que impeçam a contaminação
e poluição das terras ou águas,
ARTIGO 5
Direitos dos titulares Artigo 7
Responsabilidades
1 Os titulares do direito de uso e aproveitamento
têm a faculdade de retirar da terra as utilidades de-
terminadas no plano de exploração, implantar as in- O nao cumprimento dos deveres mencionados no
fra-estruturas e equipamento necessário à prossecução artigo anterior dá lugar a responsabilidade civil e cri-
do fim visado, bem como utilizar a terra para fins minal.
complementares ou secundários
2 O Estado garante aos titulares a defesa contra
a violação dos direitos que lhes sao deferidos pela
lei
Artigo 6
Deveresdostitulares

1 Os titulares do direito de uso e aproveitamento


devem
a) Utilizar racionalmente as terras, em conformi-
dade cora o plano,
b) Desenvolver as soas actividades de forma a
nao prejudicar os interesses do Estado ou
de outros utentes
2. As empresas e entidades que utilizam, para fins
nao agrários, terras de agricultura e florestas, sao
obrigadas a recuperai por sua conta, a aptidão das
respectivas terras para serem aproveitadas na agricul-
tura e silvicultura.

I PARTE REGISTOS E AVERSAMENTOS

Extracto do auto de declaraçoes referido no artigo 67


n.o 2 do Regulamento de Terras

Nome do chefe do agregado familiar


Bilhete de Identidade n.o
Localidade onde possui habitação e outras benfeito-
rias:

Areas ocupadas com


Agricultura
Pecuária
Outros
Conselho Executivo do Distrito de
aos,

O Presidente do Conselho Executivo


Ass
(Chancela ou selo branco)
I I PARTE III PARTE

ESBOÇO OU PLANTA DA OCUPAÇAO ANOTAÇÕES COMPLEMENTARES

Escala
Área aproximada
Localização na carta
Confrontações a partir do Sul, seguindo por Oeste
com

As coordenadas constam do Processo Técnico no

MAPA DE MOÇAMBIQUE

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