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Professor Orientador:
Mulheres glamourosas...
Mulheres maravilhosas...
Mulheres batalhadoras...
Mulheres talentosas.
O Mundo também é feito por outros tipos
de mulheres, nem tão conhecidas ou
famosas:
Mães
amorosas...
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Aos meus amados pais, pelo patrocínio, que considero muito mais que
um apoio financeiro, e à minha querida irmã;
À minha querida avó Diva, mesmo não estando mais presente, continuo
sentindo sua energia;
RESUMO..............................................................................................................6
SUMÁRIO.............................................................................................................7
LISTA DE FIGURAS............................................................................................9
INTRODUÇÃO....................................................................................................10
1 OBJETO DE ESTUDO....................................................................................12
1.1 Delimitação do Tema................................................................................12
1.2 Justificativa................................................................................................12
1.3 Problema da Pesquisa..............................................................................13
1.4 Objetivos...................................................................................................13
1.4.1 Objetivo Geral.................................................................................13
1.4.2 Objetivos Específicos.....................................................................13
1.5 Metodologia...............................................................................................14
2 REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................15
2.1 O Corpo.....................................................................................................15
2.1.1 Conceitos e interpretações sobre o corpo......................................15
2.1.2 Os diferentes perfis corporais construídos historicamente............17
2.1.3 Consciência corporal......................................................................20
2.1.4 O Corpo e o ser social....................................................................22
2.2 O Feminino................................................................................................25
2.2.1 O Feminino através da história.......................................................27
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CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................70
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................74
LISTA DE FIGURAS
Deste modo, a educação física não deve se deixar conduzir por padrões
de moda e beleza que não priorizam a saúde e bem-estar. Os educadores
físicos devem levar em consideração as condições e possibilidades do ser
humano.
1.2 Justificativa
O que está em alta, são as academias que visam muito a estética, onde
as pessoas sujeitam-se a atividades, geralmente, desgastantes, tendo em vista
as tensões que passam durante um dia de trabalho. Boa parte dessas
atividades tem uma visão dualista, onde somente o corpo biológico é
trabalhado, sem visar o bem-estar mental.
1.4 Objetivos
1.5 Metodologia
2.1 O CORPO
A grande maioria dos trabalhadores não tem consciência que são sujeitos
desta determinação. Sentem-se como parte deste processo e, com isso,
perdem a própria identidade, assumindo seu papel na sociedade capitalista que
usa a despersonalização do seu corpo como uma ferramenta de trabalho que
deverá obedecer a regras. O corpo do trabalhador é exercitado, treinado,
disciplinado e inspecionado, devendo corresponder a valores impostos pela
sociedade. É moldado de acordo com os interesses e valores da ideologia
dominante.
2.2 O feminino
Senhor, a criatura que você me deu faz a minha vida infeliz. Ela
fala sem cessar e me atormenta de tal maneira que nem tenho tempo
para descansar. Ela insiste em que lhe dê atenção o dia inteiro, e
assim, as minhas horas são desperdiçadas. Ela chora por qualquer
motivo. Facilmente fica emburrada e fica às vezes muito tempo
ociosa. Vim devolvê-la porque não posso viver com ela (TROBISCH,
2002).
Senhor, minha vida tem sido tão vazia desde que eu trouxe
aquela criatura de volta. Eu sempre penso nela; em como ela
dançava e cantava, como era graciosa, como me olhava, como
conversava comigo e como se achegava a mim. Ela era agradável de
se ver e de se acariciar. Eu gostava de ouvi-la rir e chorar
(TROBISCH, 2002).
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Cabe lembrar que as lendas e mitos são criados para explicar uma
situação ou uma condição. Neste texto, a lenda é carregada de interpretações
sobre a existência da mulher, o senso de propriedade do homem sobre ela e a
coerção do homem sobre as atitudes femininas. E a clarificação desta imagem
do feminino é o objetivo deste capítulo, onde serão abordados os aspectos
históricos do feminino, o estereótipo do corpo belo e a construção sócio-cultural
do feminino.
1
O grifo é meu, para salientar pontos que se considera importantes para a idéia que se
está transmitindo.
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Cabe explicar, ainda, a diferença entre belo e bonito. O belo vai além do
bonito, além de traços perfeitos, além de padrões de beleza. O belo é
carregado da personalidade, da beleza interior, do estilo próprio de cada
pessoa, enquanto que o bonito limita-se apenas a um padrão de beleza fria,
externa.
2
Esta informação foi retirada de uma reportagem sobre “Antropologia dos Centros
Urbanos”, TV Cultura, 1995.
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Contudo, existem outras formas, que não estas, que podem libertar a
mulher desta imagem estereotipada, que não faz parte da sua própria imagem.
Uma dessas formas é a dança do ventre, proposta neste estudo. A dança do
ventre possibilita à mulher desenvolver sua autoestima, tornando-se mais
segura e menos vulnerável a essas imagens criadas pela sociedade. Como
será observado no próximo item, a autoestima na mulher sofre influências das
imagens criadas a partir dessas pressões sociais e a dança do ventre pode ser
um meio de praticar seu auto-conhecimento.
2.3.1 Autoestima
44
Weil (apud OLIVEIRA, 1998) reforça esta idéia ao dizer que “desenvolver
a autoestima significa nos aprofundarmos na consciência de quem somos”.
46
2.4.1 O Ventre
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2.4.3.1 No Egito
Outros deuses como Hécate, deusa das artes mágicas com poderes
sobre a morte e Pan, o deus da natureza também eram venerados em rituais
dançantes e noturnos. A adoração a Afrodite, deusa do amor e da fertilidade na
Ilha de Chipre, os ritos dedicados a Deméter e Perséfone são exemplos da
presença marcante da dança em todos aspectos da vida dos antepassados
gregos.
O que faz dessas danças válidas como estudo é notar que existe uma
meta que parece ser comum a todas elas: entrar numa espécie de transe
durante sua execução, mesmo que este não seja o objetivo inicial. A dança
mais pertinente a essa discussão é a guedra. Como outras danças folclóricas,
o uso da repetição e o constante envolvimento da música e também dos
movimentos criam um efeito hipnótico entre dançarinos e espectador.
Geralmente, o dançarino alcança um nível de estímulo e envolvimento que
pode levá-lo à total exaustão. O colapso abrupto no final da guedra é, também,
característico de danças antigas marroquinas.
Guedra
Schikhatt
Dança Núbia
Dabke
Fella/Fellaha
Sagala
Seu maior atrativo é que, apesar de esconder o corpo, por ser escuro e
pesado é ao mesmo tempo revelador, pois o tecido é enrolado bem apertado
em redor do corpo. Apesar de ter origem nos trajes humildes dos vilarejos, por
ser inspirado nos xales usados pelos gregos de Alexandria, a milaya tornou-se
item muito popular no Egito.
A dança do jarro pode ser, também, uma dança folclórica. Neste caso, a
bailarina representa a rotina das beduínas: caminha de sua tenda até o oásis,
onde descansa, conversa com as outras mulheres da tribo, refresca-se, busca
água em seu jarro e retorna à sua tenda.
Dança da serpente
Dança do pandeiro
Dança do cajado
Dança do bastão
Dança do castiçal
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Afina a cintura;
Se a aula mantiver um bom ritmo, pode queimar até 300 calorias por
hora, o que auxilia na perda ou manutenção do peso.
Enfim, os benefícios podem ser notados a olhos vistos, tanto para quem
pratica como para quem dá aulas de dança do ventre. Contudo, apesar do
extenso referencial teórico levantado até este momento, faz-se necessário,
ainda, considerações sobre esta experiência, que foi tão marcante a ponto de
se concretizar neste estudo. Assim, nas considerações finais, poderão ser
confirmadas as informações aqui expostas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
será uma pessoa mais segura em suas decisões e escolhas, mudando seu
comportamento diante da vida, tornando-se uma pessoa mais crítica.
Fazendo uma atividade que lhe proporcione, além de saúde, bem estar e
que respeite seus limites, gerando situações que provoquem o
desenvolvimento humano, estimulando a criação, na participação da pessoa na
atividade, estará trabalhando corpo e mente como uma unidade.
Noto que, inicialmente, o corpo está, na maior parte das alunas, muito
tenso. Ao analisar seus movimentos, esta tensão ainda é mais gritante, pois
elas os fazem mecanicamente, levando algum tempo para saírem dessa
tensão e deixarem o corpo se expressar. Custa-lhes internalizar que a dança
do ventre não é uma dança que objetiva a técnica, mas sim a expressão de
movimentos de várias maneiras, dependendo de cada pessoa. Cada uma deve
sentir o seu próprio movimento e pode criá-lo também. Levou alguns meses
para as alunas desligarem-se da mecânica e da técnica e deixarem seu corpo
se expressar sem medo de arriscar.
Algumas relataram que pensavam ter domínio sobre seu corpo, que o
conheciam e que, ao participarem das aulas, descobriram que tinham
dificuldades em movimentar livremente seu próprio corpo. Não sabiam que
eram capazes de fazer muitos movimentos e ficaram impressionadas em
perceber que haviam até esquecido de certas articulações.
Os exemplos que dei foram baseados nos cinco anos que ministro aulas
de dança. A dança do ventre pode estar tendo seu ápice nos tempos modernos
em razão da novela “O Clone”, mas antes disso, ela já estava sendo divulgada,
como pode ser observado no estudo teórico.
Por este motivo, é claro que existem mulheres que procuram a dança do
ventre por modismos. Contudo, o entusiasmo dessas pessoas é só
momentâneo. Outras acabam gostando realmente e se identificando com a
dança, até porque, apesar de tudo, a dança do ventre exige dedicação e força
de vontade da mulher que for praticar.
BERTHERAT, Therese. O Corpo tem suas razôes. 13ª ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1987.
FURLANI, Lúcia Maria Teixeira. Fruto proibido. Um olhar sobre a mulher. São
Paulo: Pioneira, 1992.
LOPES, Marcos. Tudo sobre dança do ventre. nº 1. São Paulo: Escala, 2001.
LUFT, Celso; et al. Dicionário Brasileiro Globo. 29ª ed. São Paulo: Globo,
1993.