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Danças Folclóricas Árabes

Dança com Jarro


Dança folclórica, surgida entre os beduínos (povos do deserto).
Uma dança de reverência à água, que representa a vida.
A água era escassa e por isso sagrada no Egito Antigo, e só
era obtida após as cheias do Rio Nilo. As mulheres, ao
encherem seus jarros com água do Nilo, celebravam a vida
através de movimentos de seus corpos com o jarro. Por isso é uma
dança alegre, de celebração, comemoração.

É conhecida também como Dança do Nilo, como Raks Al Balaas, e


também como dança da Samaritana.
O traje mais recomendado para a apresentação é o vestido, ou
outro que mantenha a barriga coberta.
O jarro pode ser de barro (ou imitando barro) ou enfeitado, depende
da preferência. Os ritmos mais adequados são o Said e o Falahi.
Os movimentos desta dança são alegres, descontraídos,
animados. A bailarina faz movimentos com o jarro, além de colocá-
lo algumas vezes sobre partes do corpo, como a cabeça, cintura e
ombros.

Dabke
Dabke é uma dança folclórica de muitos países árabes. Apesar de
ser originalmente masculina, hoje em dia pode ser vista sendo
dançada por toda a família.
 
Dançada em grupo, com as pessoas de mãos dadas formando
uma roda ou uma meia-lua. Não há movimentos de braços e ou
de quadril. A movimentação se restringe aos pés, que realizam uma
variedade de batidas e passos no chão.
 
Os ritmos mais adequados são o Said e o Malfuf. A música é
alegre, e quase sempre acompanhada de derbak e da flauta
Mijwiz. Assim como a música, a dança também é alegre, e quase
sempre dançada pelos árabes quando presentes em uma festa.
 
Comumente vê-se este tipo de celebração no Brasil por
ocasião de encontros de árabes em bares, restaurantes ou
festas. Por ser uma dança de fácil execução, é possível aprendê-la
durante uma festa e participar da celebração do Dabke. 

Tahtib
Dança com dois bastões longos, tipicamente masculina. Originária
da região do Egito chamada Said, ao norte do país.
 
Dança que deu origem à versão feminina da dança da Bengala ou
Bastão.
 
Dizem que esta dança surgiu porque os homens egípcios
sempre carregavam consigo um cajado longo, que servia para
caminhar, para se proteger em combates ou para pastorear
rebanhos. E os homens acabavam usando este cajado para dançar
em situações comemorativas.
 
Dançada ao ritmo de said, com marcações fortes de percussão
(derbak, daff), guiado através de mizmar (aquela flauta que parece
uma cornetinha de madeira, cujo som se assemelha ao de um
mosquitinho).

Geralmente dois homens dançam juntos, aparentando e


simulando uma luta. Eles fazem acrobacias com o bastão,
demonstrando toda sua agilidade e habilidade, atacam e desviam
os golpes de bastão um do outro. Pode-se notar que a
movimentação desta dança é mais forte e mais agressiva do que a
feminina.

Meleah laff
O nome significa lenço enrolado, e se originou no Egito, mais
especificamente no subúrbio do Cairo e de Alexandria.

Dançada geralmente com um vestido, um chaddor e um lenço


preto. O chaddor geralmente é de crochê, serve para cobrir o rosto
e pode ser tirado no decorrer da apresentação.
O vestido, usualmente mais colado ao corpo, deve tampar o
umbigo, e pode ser bordado ou não.

O lenço é preto, de tecido grosso e nunca transparente, podendo


ser bordado ou não.

A bailarina inicia a dança coberta/ enrolada no lenço preto e


durante a apresentação ela o solta para dançar com ele.

A dança com o lenço permite um jogo de “mostra e esconde”. Já


que em alguns momentos a bailarina se enrola no lenço e em
outros ela o manuseia. Ás vezes ela o enrola no quadril, outrora no
tronco, destacando as formas de seu corpo. E às vezes brinca
fazendo “gracejos” com as pontas dele.

A bailarina tem que ter habilidade para segurar e movimentar bem o


lenço, para acrescentar charme e graça, caso contrário a dança fica
poluída e prejudicada.

A dançarina masca chiclete durante a dança (tradicionalmente


as egípcias costumam mascar goma de miske), dando um ar de
irreverência e brincadeira à dança.

A música é sempre muito alegre e festiva, geralmente nos ritmos


malfuf ou falahi.

Por ser uma dança de subúrbio, a sensualidade de uma


apresentação deve ser suburbana. Ou seja, a bailarina tem que
ser muito charmosa e carismática, ser levemente ousada e
exagerar na movimentação, porém sem cair na vulgaridade.
Dança da bengala/bastão
A Dança do Bastão é a versão feminina de uma dança masculina
chamada Tahtib. Conhecida também como Raks Al Assaya, é uma
dança folclórica, alegre, mais graciosa que a masculina.
É geralmente dançada ao som do ritmo Said, podendo também
ser dançada com os ritmos Baladi e Maqsoum. Said é o nome de
uma região do alto Egito, local de onde se originou tal dança. 
Movimentos delicados onde as mulheres apenas manejam o bastão
demonstrando suas habilidades com o objeto, usando-o também
como uma “moldura” para mostrar o corpo durante a execução de
seus movimentos.
As mulheres demonstram toda sua habilidade girando o bastão
de várias formas sempre com muito charme e delicadeza. Ao
dançar, a bailarina demonstra destreza, equilíbrio e sensualidade, e
sua expressão deve ser de alegria.
A vestimenta cobre o ventre, como um vestido, que pode ser de
vários modelos, com abertura lateral, ou não, justo ou mais folgado,
entre outros. Acessórios como xales, cintos, enfeites de cabeça,
brincos de medalhas são bem-vindos.
A curva da bengala deve estar geralmente pra baixo durante a
dança. Mas também cabe lembrar que há bengalas sem essa
curva, que se assemelham mais a um bastão. Qualquer um desses
modelos é apropriado para dançar.

Khaleege

É uma dança folclórica que se originou no Golfo Pérsico (área da


Península Arábica que envolve Bahrain, Emirados Árabes, Quatar,
Arábia Saudita, Kwait, Oman).
 
É comum ainda hoje em muitos desses países, em festas
familiares, cujas presenças são todas femininas, algumas mulheres
se levantarem, vestirem suas túnicas e dançarem Khaleege.
 
O ritmo para esse tipo de dança é o Soudi. É dançada com um
vestido (túnica) de tecido fino, todo bordado por cima da roupa
normal ou da roupa de dança do ventre, no caso de uma
apresentação. A túnica é chamada de Galabya.
 
A execução da dança traz uma simples marcação para os pés, que
se mantém constante e presente todo o tempo. Além dessa
marcação, há movimentos de cabeça (com destaque para os
cabelos), de mãos, braços, e tronco. O quadril, ao contrário da
dança do ventre, praticamente não se move.
 
Khaleege em árabe significa Golfo, e é uma dança também
conhecida como Raks El Nacha´at.
 

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