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Aula 1

Instalações Elétricas Prediais Conversa Inicial

Prof. Eduardo da Silva

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Seja bem-vindo(a)!

Nesta aula, falaremos sobre alguns conceitos


introdutórios de instalações elétricas prediais,
iniciando por Distribuição e fornecimento de
Distribuição e fornecimento de energia elétrica energia elétrica
Componentes básicos de uma instalação
elétrica predial
Noções básicas de luminotécnica
Projeto de iluminação
Simbologia utilizada em projetos

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Geração, transmissão e distribuição


GERAÇÃO

As principais fontes de geração de energia no


Brasil são as hidrelétricas e termelétricas
A energia produzida é transmitida em linhas DISTRIBUIÇÃO
de alta tensão SUBESTAÇÃO
ELEVADORA

Mais próximo dos centros consumidores, as


subestações abaixam a tensão para o nível SUBESTAÇÃO

de distribuição
ABAIXADORA

Mssa/Shutterstock

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Níveis de tensão Tensão de transmissão e subtransmissão, em
kV
765; 500; 230; 138; 69; 34,5 e 13,8
O setor elétrico é dividido em três faixas
Por que a tensão precisa ser tão alta?
de tensão
Vamos lembrar da Lei de Ohm para a
Acima de 69 kV  alta tensão
potência trifásica 𝑺 𝟑 · 𝑽 · 𝑰 , isolando a
De 69 kV a 1 kV  média tensão corrente, temos
Até 1 kV  baixa tensão 𝑺
𝐈
𝟑·𝑽

7 8

Usando como exemplo um gerador de Itaipu Rede de distribuição


de 737 MVA de potência, com tensão de saída
de 18 kV, a corrente será
𝑺 𝟕𝟑𝟕 𝟏𝟎𝟔 A rede é dividida em duas partes: rede
𝐈 ≅ 𝟐𝟑. 𝟔𝟑𝟗 𝑨
𝑽· 𝟑 𝟏𝟖 𝟏𝟎𝟑 · 𝟑 primária e rede secundária
A rede primária opera em média tensão,
Se adotarmos a tensão de 750 kV, a corrente geralmente 13,8 kV
passa a ser A rede secundária, opera em baixa tensão,
𝑺 𝟕𝟑𝟕 𝟏𝟎𝟔 podendo ser 220 V ou 127 V por fase
𝐈 ≅ 𝟓𝟔𝟕 𝑨
𝑽· 𝟑 𝟕𝟓𝟎 𝟏𝟎𝟑 · 𝟑

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De onde vem o condutor de neutro?

13,8 kV TRANSFORMADOR
ABAIXADOR
REDE PRIMÁRIA

REDE SECUNDÁRIA
220 V

Thotsaporn Sonkla/Shutterstock Eduardo da Silva

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PÓLUX
Construção física do transformador Transformadores

PÓLUX
Transformadores

SECUNDÁRIO

PRIMÁRIO

Fouad A. Saad/Shutterstock
Elias Aleixo Elias Aleixo

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FASE A
Níveis de tensão da rede secundária
FASE B
FASE C
NEUTRO

127 220
Tensão de fase: 127 V ou 220 V
V V
Tensão de linha: 220 V ou 380 V
Tensão de fase Tensão de linha
Qual é a diferença? 𝑽𝑨𝑵 𝑽𝑩𝑵 𝑽𝑪𝑵 𝑽𝑨𝑩 𝑽𝑩𝑪 𝑽𝑪𝑨

𝑽𝒍𝒊𝒏𝒉𝒂 𝑽𝒇𝒂𝒔𝒆 · 𝟑 → 𝑽𝒍𝒊𝒏𝒉𝒂 𝟏𝟐𝟕 · 𝟑 ≅ 𝟐𝟐𝟎 𝑽


Eduardo da Silva

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Fator de potência Carga indutiva Carga capacitiva Carga resistiva

𝑽 𝑽 𝑽
As potências de um sistema CA podem ser 𝒊 𝒊
𝒊
expressas geometricamente
𝒕 𝒕 𝒕

𝑺 𝑺 𝑷𝟐 𝑸𝟐
𝝓
𝝓
𝑸
𝝓 𝑺 𝑺 𝑺
𝑷
𝑷 𝑭𝑷
𝑆 – potência aparente [VA] 𝑺
𝑷 𝑷 𝑷
𝑃 – potência ativa [W] 𝒕 𝒕 𝒕
𝑄 – potência reativa [VAR]
𝑭𝑷 𝒄𝒐𝒔 𝝓 𝑸 𝑸 Eduardo da Silva

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Entrada de energia
A entrada de energia de uma unidade
consumidora pode ser
monofásica bifásica trifásica

COPEL. NTC 901100 – Fornecimento em tensão secundária de distribuição.


Elias Aleixo Elias Aleixo

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Quadros ou painéis elétricos

QUADRO DE
DISTRIBUIÇÃO
Componentes básicos de uma QUADRO QUADRO DE
DOS CIRCUITOS

DE DISTRIBUIÇÃO
instalação elétrica predial MEDIÇÃO GERAL
QDC 2
QUADRO DE LUZ
ou
QM QDG QUADRO DE
FORÇA

QDC 1
QF
Eduardo da Silva

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Sistemas de suporte
No setor industrial, devido ao volume e peso
Os equipamentos mais utilizados para dos condutores, são usadas eletrocalhas ou
acomodar os condutores de uma instalação bandejas
predial são os eletrodutos

Rachenstocker/Shutterstock Rachenstocker/Shutterstock Arnold O. A. Pinto/Shutterstock Rachenstocker/Shutterstock

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Para construções finalizadas que requerem Caixas de passagem
modificações das instalações, por alteração
de layout como escritórios e dormitórios, Esse é um acessório fundamental com a
uma solução é o uso de canaletas finalidade de produzir um ponto de acesso às
instalações no teto da edificação

FORTLEV
OBO Bettermann Elias Aleixo

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As caixas de passagem podem ser embutidas Tomadas e interruptores


ou de sobrepor, metálicas ou plásticas e são
Desde 2011, o Brasil passou a adotar o
usadas para a inspeção, derivação ou ponto
padrão da NBR 14136 para plugues e
de utilização
tomadas de uso residencial, com o objetivo
de tornar o seu uso mais seguro

A_V_D/Shutterstock Grigvovan/Shutterstock Gabriel_Ramos/Shutterstock Elias Aleixo

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Os interruptores comandam pontos de


As tomadas são diferenciadas de acordo com iluminação e podem ser:
a corrente nominal de uso
Simples Paralelo Intermediário

20 A ∅ → 𝟒, 𝟖 𝒎𝒎𝟐

10 A ∅ → 𝟒, 𝟎 𝒎𝒎𝟐

16 a 125 A
Eduardo da Silva Yellow Cat/Shutterstock Elias Aleixo

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Luz: cor e temperatura
A luz é a parte visível do espectro
eletromagnético, e as cores vêm da
decomposição da luz em frequências
Noções básicas de luminotécnica distintas

GEBRAN, A. P.; RIZZATO, F. A. P. Instalações elétricas prediais. Porto


Alegre: Bookman, 2017.

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Lâmpadas
As lâmpadas podem assumir funções específicas,
como
A emissão de energia
Luz infravermelha: usadas para produção de
luminosa pode ser medida
calor, em tratamentos de fisioterapia e granjas
em função da temperatura
em Kelvin (K) Luz ultravioleta: usadas na área médica,
tratamento de água, efeitos especiais (luz
negra), cultivo de plantas indoor, secagem de
resinas e tintas
GEBRAN, A. P.; RIZZATO, F. A. P. Instalações elétricas prediais. Porto
Alegre: Bookman, 2017.

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Lâmpadas Incandescentes

Devido a sua baixa eficiência, as lâmpadas de


25, 40, 60, 100 e 150 W de bulbo comum,
passaram ter a venda proibida no Brasil
As lâmpadas usadas para iluminação, podem desde junho de 2016
ser divididas em três grupos: incandescentes,
descargas e LED Apesar disso, alguns modelos ainda são
permitidos, dentre eles estão as lâmpadas
vela ou chama e as halógenas (bulbo,
dicroica e PAR)

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Exemplos de lâmpadas incandescentes Descarga
A mais comum é a lâmpada fluorescente
Os elétrons presentes no vapor metálico se
chocam com a parede interna do bulbo,
excitando os átomos de fósforo que emitem
luz visível

COMUM VELA HALÓGENA PAR DICROICA


Chones/Shutterstock
Alluvion Stock/Shutterstock
Vinokurov Alexandr/Shutterstock Elias Aleixo

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Atualmente as lâmpadas compactas são as LED (light emitting diode)


mais utilizadas desse segmento

É feito a partir de um semicondutor capaz de


emitir luz quando percorrido por uma
corrente
Seu funcionamento requer um conversor
eletrônico CA/CC (retificador)

Ekkachai/Shutterstock

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LED (light emitting diode)

Sua maior vantagem é a eficiência, pois é


capaz de substituir uma lâmpada Com tantas vantagens,
incandescente de o mercado tende a
60 W com apenas 3 W substituir todas as
variações para o LED
Sua vida útil é cerca de 100 vezes maior que
de uma lâmpada incandescente e de 8 a 10
Ashwin/Shutterstock

vezes maior que uma fluorescente

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Grandezas da luminotécnica

Para nos referenciar de forma quantitativa é


Projeto de iluminação necessário conhecer algumas grandezas
fundamentais da luminotécnica como
Fluxo luminoso
Intensidade luminosa
Iluminância

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Para começar, vamos definir o esterradiano Fluxo luminoso (𝚽) – lúmen (lm)
como o ângulo sólido de uma esfera de 1 m
É toda a radiação emitida por uma fonte
de raio que demarca uma área de 1 m2
luminosa de forma radial para todas as
direções
1 lúmen é a quantidade
Área de fluxo contida em
𝟏 𝒎𝟐 1 esterradiano,
quando a fonte
é de 1 candela
Raio 𝟏 𝒎
Eduardo da Silva Eduardo da Silva

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Intensidade luminosa (𝑰) – candela (cd) Iluminância (𝑬) – lux (lx)

É a intensidade de uma fonte luminosa capaz


de produzir um fluxo luminoso de 1 lúmen É uma relação entre fluxo luminoso que
por esterradiano incide perpendicularmente em uma superfície
e a sua área
A intensidade luminosa também pode ser
obtida fazendo 𝚽 𝒍𝒖𝒎𝒆𝒏𝒔
𝑬 →
𝑨 𝒎𝟐
𝚽 𝒍𝒖𝒎𝒆𝒏𝒔
𝑰 →
𝛀 𝒆𝒔𝒕𝒆𝒓𝒓𝒂𝒅𝒊𝒂𝒏𝒐𝒔
Eduardo da Silva

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Iluminância
Fluxo
luminoso
Intensidade
luminosa
Projeto pelo método de lumens
(lx) (lm) (cd)

Consiste em determinar o fluxo luminoso


necessário para cada tipo de atividade e seu
ambiente
𝟏, 𝟔 𝒎
Primeiramente, define-se o tipo de ambiente
e da atividade que ali será desenvolvida
𝟎, 𝟖 𝒎 𝛀 (escritório, laboratório, sala de aula etc.)
Em seguida, adota-se o tipo de luminária e
𝟎𝒎
de lâmpadas
Jemastock/Shutterstock

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Desse modo, o fluxo total, necessário para o


De posse das lâmpadas e luminárias, deve-se ambiente de área 𝑺, será
consultar o catálogo do fabricante para obter 𝐄·𝑺
𝚽𝐓
o coeficiente de utilização (𝝁) e a iluminância 𝝁·𝒅
(𝑬) Agora basta dividir o fluxo total pelo fluxo
Além disso, pensando na redução da vida útil individual de cada luminária para saber o
das lâmpadas ou ofuscamento, deve-se número de luminárias necessárias
considerar o coeficiente de depreciação (𝒅) 𝚽𝐓
𝒏
𝝓

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Normas

Desde 1989, a norma usada era NBR 5444 –


Símbolos Gráficos Para Instalações Elétricas
Simbologia utilizada em projetos Prediais
Em 2002, ela foi substituída pela IEC 60417 –
Símbolos Gráficos para Uso em Equipamentos
Apesar de cancelada, a NBR 5444 ainda é
muito utilizada

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Símbolo Significado Observações Símbolo Significado Observações

Eletroduto embutido no teto ou parede Para todas as dimensões em Quadro parcial de luz e força aparente
mm indicar a seção, se esta
Eletroduto embutido no piso não for de 15 mm
Quadro parcial de luz e força embutido Indicar as cargas de luz em
Tubulação para campainha, som, anunciador ou Indicar na legenda o sistema
outro sistema passante watts, e de força, em W ou
Quadro geral de luz e força aparente kW
Condutor de fase no interior do eletroduto
Cada traço representa um
Condutor neutro no interior do eletroduto condutor. Indicar a seção, n. Quadro geral de luz e força embutido
de condutores, n. do circuito e
Condutor de retorno no interior do eletroduto a seção dos condutores,
exceto se forem de 1,5 mm2 Interruptor de uma seção
Condutor terra no interior do eletroduto

Interruptor de duas seções


Caixa de passagem no piso
As letras minúsculas indicam
Dimensões em mm Interruptor de três seções
os pontos comandados
Caixa de passagem no teto
Interruptor paralelo ou three-way
Indicar a altura e, se
Caixa de passagem na parede necessário, fazer detalhe Interruptor intermediário ou four-way
(dimensões em mm)

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Símbolo Significado Observações


Deve-se indicar a altura da
Ponto de luz incandescente na parede (arandela)
arandela
Símbolo Significado Observações
Ponto de luz incandescente no teto. Indicar o n. de
lâmpadas e a potência em watts Indicar a tensão, correntes
A letra minúscula indica o Fusível
nominais
ponto de comando e o
Ponto de luz incandescente no teto (embutido)
número entre dois traços o Indicar a tensão, corrente
circuito correspondente Disjuntor a seco potência, capacidade nominal
Ponto de luz fluorescente no teto (indicar o n. de
lâmpadas e na legenda o tipo de partida e reator) de interrupção e polaridade

Indicar a relação de tensões e


Ponto de luz de emergência na parede com Transformador de potência
valores nominais
alimentação independente A potência deverá ser
Tomada de luz na parede, baixo (300 mm do piso indicada ao lado em VA
acabado) (exceto se for de 100 VA), Motor
Tomada de luz à meia altura (1.300 mm do piso como também o n. do circuito Indicar as características
acabado) correspondente e a altura da nominais
tomada, se for diferente da Gerador
normalizada; se a tomada for
Tomada de luz alta (2.000 mm do piso acabado)
de força, indicar o n. de W ou
kW
Tomada de luz no piso

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Até a próxima aula e bons estudos!

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