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BAURU
2023
FERNANDO RAMOS PRADO
A IMPORTÂNCIA FINANCEIRA DA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA EM
UMA INSTALAÇÃO INDUSTRIAL
BAURU
2023
Exemplo de Ficha catalográfica
Banca examinadora:
___________________________________________________
Prof. Me. Saulo Silva Coelho
Universidade do Sagrado Coração
___________________________________________________
Prof. Me Danilo
Universidade do Sagrado Coração
___________________________________________________
Titulação, Nome
Instituição
Dedico este trabalho aos meus pais, com
carinho, que sempre me apoiaram na minha
carreira.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais e irmã pelo apoio e incentivo em mais essa etapa.
A minha namorada Fernanda Floriani Peyerl pelo apoio.
E meus amigos de por me apoiarem nessa conquista.
Aos Prof. Me Saulo Silva Coelho e Prof. Me Danilo Sinkiti Gastaldello por compartilharem o
conhecimento e apoio durante o curso.
“Um trabalho científico é uma aventura, [...] é
uma forma de exploração que nos leva a
descobertas” (GIBALDI, 1999, p. 3).
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
2 OBJETIVO ............................................................................................................ 154
3 METODOLOGIA .................................................................................................. 154
4 ENERGIA ELÉTRICA ............................................................................................ 15
4.1 ENERGIA ATIVA E REATIVA ............................................................................. 16
4.1.1 Potencias ................................................................................................................ 177
4.1.2 Correção do Fator de Potência em uma Industria .................................................... 20
5 RESULTADOS...................................................................................................... 264
6 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 266
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 277
APÊNDICE A - TÍTULO ....................................................................................................... 288
ANEXO A – TÍTULO ............................................................................................................ 288
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RESUMO
A correção do fator de potência envolve ajustar a relação entre a potência ativa (utilizada para
realizar o trabalho) e a potência aparente (a combinação de potência ativa e reativa). Uma
baixa eficiência no fator de potência pode resultar em um consumo excessivo de energia
reativa, levando a custos adicionais e desperdício de recursos. Desta forma, a correção do
fator de potência em instalações industriais tem um impacto financeiro significativo, trazendo
diversos benefícios econômicos para as empresas. Isso ocorre devido à otimização do
consumo de energia elétrica, que resulta em economia direta nas contas de energia. Além
disso, a correção reduz as perdas de energia, melhora a eficiência dos equipamentos e evita
custos com a expansão da infraestrutura elétrica. Como resultado, as empresas podem
gerenciar melhor seus orçamentos, reduzir sua pegada de carbono e melhorar sua eficiência
operacional. Portanto, a correção do fator de potência não é apenas uma prática técnica, mas
também uma estratégia inteligente para alcançar economia financeira e melhorar a saúde
financeira da empresa. O objetivo geral desta pesquisa consiste em descrever o impacto
financeiro da correção do fator de potência diante as instalações industriais, enfatizando a
importância dos custos associados à implementação de sistemas de correção, as economias de
energia resultantes, as reduções de penalidades por baixo fator de potência e outros benefícios
financeiros decorrentes dessa melhoria na eficiência energética.
ABSTRACT
Power factor correction involves adjusting the relationship between active power (used to do
work) and apparent power (the combination of active and reactive power). Low power factor
efficiency can result in excessive reactive power consumption, leading to additional costs and
wasted resources. In this way, power factor correction in industrial installations has a
significant financial impact, bringing several economic benefits to companies. This occurs
due to the optimization of electrical energy consumption, which results in direct savings on
energy bills. Furthermore, the correction reduces energy losses, improves equipment
efficiency and avoids costs associated with expanding electrical infrastructure. As a result,
companies can better manage their budgets, reduce their carbon footprint and improve their
operational efficiency. Therefore, power factor correction is not only a technical practice, but
also a smart strategy to achieve financial savings and improve the company's financial health.
The general objective of this research is to describe the financial impact of power factor
correction on industrial installations, emphasizing the importance of the costs associated with
the implementation of correction systems, the resulting energy savings, reductions in penalties
11
for low power factor and other financial benefits resulting from this improvement in energy
efficiency.
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVO
3 METODOLOGIA
Esse trabalho foi desenvolvido após uma analise criteriosa da instalação do cliente
onde fizemos o levantamento de carga e analisamos o perfil das cargas aplicadas nessa
instalação buscando a condição ideal para a execução do banco de capacitor que realizará a
correção do fator de potência na instalação, iniciamos o levantamento pela analise da conta de
energia, onde verificamos os valores do consumo e multas que estavam sendo cobrados em
função do baixo fator de potência, após essa analise contatamos que o valor da multa se
aproximava de 20% do valor da conta de energia, devido ao consumo de energia reativa,
principalmente nas indústrias esse tipo situação é muito comum devido aos equipamentos
aplicados no processo produtivo. Esse é um tema que deve ser estudado pelos alunos de
Engenharia Elétrica para que possam entender e analisar a importância desse trabalho para
auxiliar o desenvolvimento do cliente. Este trabalho conta com pesquisas a livros de
Engenharia Elétrica.
Para início dos registros do perfil das cargas instaladas utilizamos um analisador de energia da
marca Embrasul (modelo RE-7080), instalamos durante 7 dias o analisador de energia no
QGBT principal da empresa, onde obtivemos todos os registros das variáveis necessárias para
iniciar nosso dimensionamento do banco de capacitores, após a coleta dos dados em campo,
15
4 A ENERGIA ELÉTRICA
De acordo com Creder (2016), a energia pode ser definida como a potência dissipada
ou consumida ao longo do tempo. Essa definição pode ser expressa pela equação: E = (W x
T). Nessa equação, "W" representa a potência e "T" o tempo. Geralmente, o tempo é
considerado em horas, o que resulta na unidade de medida da energia em watts-hora (Wh). No
entanto, devido à pequena escala dessa unidade, a prática comum é utilizar a potência em
quilowatts, tornando a unidade de medida da energia em quilowatts-hora (kWh) (CREDER,
2016).
Em linhas gerais, a energia elétrica é frequentemente quantificada em diversas
unidades e múltiplos, como "Wh, kWh, MWh ou GWh". Essas medidas representam a
quantidade de energia resultante da potência consumida por uma carga ao longo de uma hora.
Nas instalações alimentadas por corrente alternada, essa energia elétrica absorvida pela carga
é decomposta em duas componentes distintas: energia ativa e energia reativa (COTRIM,
2008).
A energia ativa pode ser definida como a parcela que efetivamente converte a energia
elétrica em trabalho mecânico ou térmico. Em outras palavras, é a energia que desempenha
um papel ativo na realização de tarefas úteis e é mensurada em "kWh" (COTRIM, 2008).
Por contraste, a energia reativa é a parte da energia elétrica que não contribui
diretamente para a realização de trabalho, mas é absorvida para criar campos eletromagnéticos
necessários ao funcionamento adequado de dispositivos indutivos. Sua unidade de medida é o
"kvarh" (COTRIM, 2008).
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4.1.1 Potências
A potência é uma grandeza elétrica que pode ser definida como a quantidade de
energia elétrica consumida por uma carga durante um período. Este conceito foi
pioneiramente estudado por James Watt, um engenheiro mecânico escocês cujas contribuições
incluíram o desenvolvimento da máquina a vapor, que desempenhou um papel crucial na
Revolução Industrial. Em homenagem a suas contribuições, a unidade de medida da potência
utilizada atualmente leva o nome de Watt, representada pela letra W.
Em sistemas de corrente contínua, a eletricidade flui sempre na mesma direção entre
dois terminais. Para a transmissão eficiente de um sinal de corrente contínua ideal, tanto a
tensão quanto a corrente elétrica devem permanecer constantes ao longo do tempo. A potência
resultante nesse contexto pode ser calculada multiplicando-se essas duas grandezas, conforme
demonstrado pela seguinte equação: P = U x I (1)
Onde:
P = Potência Elétrica (em Watts);
U = Tensão Elétrica entre os terminais (em Volts);
I = Corrente Elétrica que circula (em Ampères).
longas distâncias. Essa característica é uma vantagem significativa, pois ajuda a reduzir custos
e a simplificar os cuidados com a manutenção. A potência é uma grandeza que quantifica a
quantidade de trabalho realizada em um determinado período de tempo (BOYLESTAD,
2012).
A potência se refere à velocidade com que o trabalho é realizado, o que implica que
um motor elétrico maior possui uma maior potência em comparação a um motor menor. Isso
ocorre porque o motor maior consegue transformar mais energia elétrica em energia mecânica
durante o mesmo intervalo de tempo (BOYLESTAD, 2012). A unidade de medida da
potência é o watt (W), sendo que a energia é quantificada em joules (J) e o tempo em
segundos (s). Isso resulta em uma unidade de medida denominada joules por segundo (J/s),
que é equivalente ao watt (W).
Em circuitos de corrente alternada, encontramos dois tipos de potência: a potência
ativa e a potência reativa. A combinação vetorial destas duas formas de potência resulta na
potência aparente, medida em kilovolt-ampère (kVA) (CREDER, 2016).
A potência ativa, também chamada de potência média, potência útil ou potência real,
pode ser calculada pela seguinte expressão (SAMED, 2017): P = V x I x cos φ. Nessa
fórmula, "V" representa a tensão eficaz, "I" é a corrente, "cos φ" é o fator de potência e "P" é
a unidade de potência ativa, medida em watt (W). A potência ativa é a parte da potência total
que é convertida em calor devido ao efeito Joule (SAMED, 2017).
A potência reativa, também conhecida como potência magnetizante, é a parte da
potência total que não realiza trabalho, mas é absorvida para criar campos eletromagnéticos
necessários ao funcionamento de dispositivos indutivos. Ela é medida em "kvarh" (COTRIM,
2008) e pode ser calculada pela seguinte expressão (SAMED, 2017): Q = V x I x sen φ (3)
Na fórmula acima, "V" e "I" representam a tensão e a corrente, respectivamente, "sen
φ" é o fator reativo e "Q" é a unidade de potência reativa em var (SAMED, 2017). A potência
aparente é a soma vetorial da potência ativa e da potência reativa e pode ser calculada pela
expressão (SAMED, 2017): S = V x I
Portanto, as potências ativa, reativa e aparente estão intimamente relacionadas e
podem ser compreendidas como a quantidade de trabalho realizada, a energia armazenada em
campos eletromagnéticos e a potência total absorvida pela instalação.
O fator de potência pode ser definido como a relação entre a potência ativa e a
potência aparente consumidas por um dispositivo ou equipamento, conforme expresso na
equação a seguir, em que "P" está em quilowatts (kW) e "S" está em quilovolt-ampère (kVA)
(SAMED, 2017):
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Essa relação entre a potência ativa e a potência aparente oferece uma indicação
fundamental do uso da energia. Um fator de potência elevado indica alta eficiência, enquanto
um fator de potência baixo indica eficiência energética reduzida (WEG, 2019).
Conforme mencionado por SILVA (2009):"O fator de potência é um indicador crítico
no consumo de energia, sendo monitorado pelas concessionárias de energia e podendo resultar
em custos significativos nas faturas de eletricidade."
De acordo com Scarpin (2017), o fator de potência (FP) é um parâmetro crucial para
avaliar a eficiência no uso da energia consumida. Quanto maior a proporção da energia
convertida em trabalho útil, maior é a eficiência da utilização da energia.
Vale ressaltar que a ANEEL (2020) enfatiza a importância do controle do fator de
potência: "O controle do fator de potência deve ser realizado por meio de medição
permanente e obrigatória para unidades consumidoras atendidas pelo SDMT e SDAT e para
conexões entre distribuidoras, ou por meio de medição individual permanente e facultativa
para unidades consumidoras do Grupo B com instalações conectadas pelo SDBT, em
conformidade com as regulamentações vigentes."
Em suma, o fator de potência é um indicador que revela quanto da energia consumida
foi efetivamente utilizada para realizar trabalho útil e quanto foi empregada na magnetização
de núcleos magnéticos, motores ou outras cargas indutivas.
Um ponto adicional de destaque é o Decreto nº 479 de 1992, que estipulou a
obrigatoriedade de manter o fator de potência o mais próximo possível de 1,0. Essa
determinação deve ser cumprida tanto pelas concessionárias de energia quanto pelos
consumidores (WEG, 2019).
Além disso, é necessário atentar às diretrizes do Departamento Nacional de Águas e
Energia Elétrica (DNAEE) em relação aos limites de referência para o fator de potência, tanto
indutivo quanto capacitivo, e aos critérios de avaliação do faturamento da energia reativa,
caso ultrapasse os limites estabelecidos na legislação.
A recente regulamentação estabelecida pelo DNAEE trouxe uma abordagem distinta
para lidar com o baixo fator de potência, trazendo os seguintes destaques (WEG, 2019):
• Elevação do limite mínimo do fator de potência de 0,85 para 0,92.
• Introdução do faturamento da energia reativa excedente.
• Redução do período de avaliação do fator de potência, que passou de mensal
para horário, a partir de 1996, para consumidores com medição horossazonal.
Com essas alterações, o propósito do faturamento se transformou. Em vez de impor
penalizações devido ao baixo fator de potência, como era feito anteriormente, as
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concessionárias passaram a faturar com base na quantidade de energia ativa que poderia ser
transportada no espaço ocupado pelo consumo de energia reativa.
Além das novas normas de limite e do método de medição, é relevante ressaltar que a
regulamentação também estipula que, das 6h da manhã até às 24h, o fator de potência deve
ser, no mínimo, de 0,92, tanto para a energia quanto para a demanda de potência reativa
indutiva fornecida. Das 24h até às 6h, é determinado que o mínimo seja de 0,92, tanto para a
energia quanto para a demanda de potência reativa capacitiva recebida (WEG, 2019).
Conforme indicado pela ANEEL (2020), os valores de referência para atingir um fator
de potência adequado são os seguintes:
Para unidades consumidoras ou conexões entre distribuidoras com tensão inferior a
230 kV, o fator de potência no ponto de conexão deve estar entre 0,92 (noventa e dois
centésimos) e 1,00 (um) indutivo, ou entre 1,00 (um) e 0,92 (noventa e dois centésimos)
capacitivo, de acordo com as regulamentações vigentes.
Em relação à classificação, o fator de potência pode ser dividido em dois tipos: fator
indutivo e fator capacitivo. O fator de potência indutivo ocorre quando a instalação elétrica
consome energia reativa. Isso é típico em equipamentos elétricos que possuem características
indutivas devido às suas bobinas, as quais induzem o fluxo magnético necessário para o
funcionamento adequado. Nesse caso, o fator indutivo resulta em uma corrente atrasada em
relação à tensão, indicando que a instalação elétrica está absorvendo energia reativa
(MAMEDE FILHO, 2007).
De maneira análoga, o fator de potência capacitivo se manifesta quando a carga é
principalmente capacitiva, contendo apenas pequenas partes resistivas e/ou indutivas. Isso
implica que, no contexto de um fator de potência capacitivo, a corrente estará à frente da
tensão, sinalizando que a instalação elétrica está produzindo energia reativa no circuito
(MAMEDE FILHO, 2007).
usada para criar campos magnéticos nos motores, em vez de ser convertida em trabalho útil.
Um baixo fator de potência pode resultar em desperdício de energia, aumento nas contas de
eletricidade e possíveis penalidades impostas pelas concessionárias de energia.
A correção do fator de potência envolve a instalação de bancos de capacitores na
instalação industrial. Esses capacitores compensam as cargas indutivas, melhorando o fator de
potência e tornando o uso de energia mais eficiente. Isso não apenas reduz os custos de
eletricidade, mas também alivia a sobrecarga nas redes elétricas, contribuindo para uma
operação mais estável do sistema elétrico.
Em resumo, a correção do fator de potência em uma instalação industrial é essencial
para otimizar o uso de energia elétrica, reduzir custos e cumprir as regulamentações
relacionadas ao fator de potência estabelecidas pelas concessionárias de energia elétrica e
órgãos reguladores.
Existem diversos métodos para realizar a correção do fator de potência, um processo
que envolve a introdução de elementos reativos para aproximar o fator de potência do valor
ideal, que é próximo de 1. Normalmente, uma vez que muitas cargas são indutivas, esse
processo requer a adição de elementos capacitivos com o objetivo de aumentar o fator de
potência (BOYLESTAD, 2012).
A melhoria do fator de potência é essencial por duas razões principais: em primeiro
lugar, para evitar sobretaxas nas contas de energia elétrica de consumidores que operam com
um baixo fator de potência. Essa sobretaxa é uma penalização imposta pelas concessionárias
de energia e está prevista nos contratos de fornecimento. Em segundo lugar, a concessionária
pode aumentar ou liberar mais capacidade no sistema de distribuição de energia quando o
fator de potência é significativamente melhorado (SAMED, 2017).
É fundamental destacar que qualquer intervenção nas instalações elétricas para ajustar
o sistema e reduzir o excesso de reativos deve ser feita com cautela, pois cada situação é
única. Não se deve tomar decisões precipitadas que possam resultar em prejuízos
significativos no futuro (COTRIM, 2008).
Com o objetivo de reduzir os custos operacionais e otimizar o uso da instalação
elétrica, os consumidores industriais buscam a correção do fator de potência, também
conhecida como compensação de energia reativa ou de reativos, muitas vezes ultrapassando
os limites estabelecidos pela legislação vigente. É fundamental enfatizar a relevância da
melhoria do fator de potência tanto para as concessionárias de energia quanto para os clientes
finais. Abaixo, apresentamos os benefícios dessa correção:
• Redução das flutuações de tensão.
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fator de potência pode ser uma alternativa muito mais complexa e dispendiosa quando
comparada à instalação de um banco de capacitores.
Os capacitores oferecem a versatilidade de serem instalados em paralelo com qualquer
carga, permitindo ajustes conforme necessário. Sua colocação pode ocorrer tanto na entrada,
com o propósito de equilibrar a corrente magnetizante do sistema de fornecimento de energia,
quanto próximo às cargas, com o intuito de reduzir perdas, ampliar a capacidade disponível
do sistema e aprimorar os níveis de tensão (SAMED, 2017).
De fato, na prática, a utilização de capacitores estáticos é o método mais amplamente
empregado, com o principal objetivo de corrigir o fator de potência. Esses capacitores são
dispositivos de custo relativamente baixo, ocupam pouco espaço, são de fácil instalação e
operam trocando a energia reativa acumulada por eles com as cargas indutivas presentes.
Parte ou até mesmo toda a energia reativa, originalmente fornecida pela concessionária, passa
a ser suprida pelos bancos de capacitores (SILVA, 2009).
De acordo com De Moura et al. (2018), é importante observar que os valores de
potência reativa dos capacitores comerciais são discretos, o que requer adaptação dos cálculos
para os valores discretos mais próximos. Além disso, a tensão na qual os capacitores irão
operar deve ser cuidadosamente considerada, uma vez que uma tensão superior à nominal
pode danificar os capacitores, inclusive levando à sua perfuração.
Adicionalmente, é relevante destacar que a correção do fator de potência pode ser
realizada de quatro maneiras distintas através da instalação de capacitores, levando em
consideração a conservação de energia e a relação custo/benefício (WEG, 2019). Essas quatro
abordagens incluem a correção na entrada da energia em média tensão (que não será discutida
neste estudo) e a correção da energia em baixa tensão, que se divide em três tipos: correção
localizada (também conhecida como individual), correção por grupo de cargas e correção
mista (também denominada correção geral).
A correção do fator de potência desempenha um papel fundamental na otimização do
uso da energia elétrica ao longo do tempo, especialmente à medida que as companhias de
energia elétrica buscam transportar grandes quantidades de energia com o mínimo de perdas,
reduzindo assim os custos para os clientes (DE MOURA et al., 2018).
Em virtude disso, quando um consumidor conecta uma carga que resulta em baixo
rendimento na rede da companhia de energia, ele acaba pagando um preço mais alto por cada
quilowatt-hora (kWh) de energia ativa que realmente consome. Da mesma forma, se um
consumidor requer uma instalação mais robusta da companhia de eletricidade para transportar
e distribuir energia, ele também pagará mais por cada kWh consumido.
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5 RESULTADOS
Após o trabalho de correção de fator de potência executado reunimos e analisamos os
dados das contas de energia de 4 meses anteriores a instalação do banco de capacitores e 4
meses após a instalação do banco de capacitores para fazer um comparativo de consumo e
economia gerada com a correção do fator de potência.
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O gráfico (figura 2) mostram uma queda representativa no consumo de energia reativa após a
instalação do banco de capacitores, com essa alteração percebemos que ouve também uma
estabilidade maior no consumo de energia ativa, no gráfico (figura 3) ficou bem evidente a
queda no custo da energia reativa paga após a instalação do banco de capacitor, onde esse
valor foi próximo e zero.
Figura 3: Gráfico de custo
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BOYLESTAD, Robert L. Introdução à Análise de Circuitos. 12. ed. São Paulo. Pearson
Prentice Hall, 2012.
COTRIM, Ademaro A. M. B. Instalações Elétricas. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2008. CREDER, Hélio. Instalações Elétricas. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016
DE MOURA, Ailson P.; DE MOURA, Adriano Aron F.; DA ROCHA, Ednardo P. Análise de
circuitos em corrente alternada para sistemas de potência. 1. ed. São Paulo: Artliber, 2018.
MAMEDE FILHO, João. Instalações Elétricas Industriais. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007.
SCARPIN, Bruno. O que é fator de potência. Cubi Energia, 2017. Disponível em: <
https://www.cubienergia.com/o-que-e-fator-de-potencia/>. Acesso em out. 2023
WEG Automação S.A. Guia de Especificação de Motores Elétricos. 2020. Disponível em:
https://static.weg.net/medias/downloadcenter/h32/hc5/WEG-motores-eletricos-guia-
de especificacao-50032749-brochure-portuguese-web.pdf>. Acesso em out. 2023
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APÊNDICE A - TÍTULO
ANEXO A – TÍTULO