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UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO – UNISAGRADO

FERNANDO RAMOS PRADO

A IMPORTÂNCIA FINANCEIRA DA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA EM


UMA INSTALAÇÃO INDUSTRIAL

BAURU
2023
FERNANDO RAMOS PRADO
A IMPORTÂNCIA FINANCEIRA DA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA EM
UMA INSTALAÇÃO INDUSTRIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


como parte dos requisitos para obtenção do
título de bacharel em Engenharia Elétrica –
Universidade do Sagrado Coração.

Orientador: Prof. Me. Saulo Silva Coelho

BAURU
2023
Exemplo de Ficha catalográfica

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD

Ramos Prado, Fernando


S----t
A IMPORTÂNCIA DA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA
EM UMA INSTALAÇÃO INDUSTRIAL / Fernando Ramos Prado –
2023.
--f. : il.

Orientadora: Prof.a Dra.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em -------) – Centro


Universitário Sagrado Coração - Bauru - SP

1. Palavra- chave 1. 2. Palavra- chave 2. 3. Palavra- chave 3. 4.


Palavra Chave 4. 5. Palavra-chave 5I. Sobrenome, Nome da orientadora.
II. Título.

Elaborado por Lidyane Silva Lima - CRB-8/9602


FERNANDO RAMOS PRADO

A IMPORTÂNCIA FINANCEIRA DA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA EM


UMA INSTALAÇÃO INDUSTRIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


como parte dos requisitos para obtenção do
título de bacharel em Engenharia Elétrica –
Universidade do Sagrado Coração.

Aprovado em: ___/___/____.

Banca examinadora:

___________________________________________________
Prof. Me. Saulo Silva Coelho
Universidade do Sagrado Coração

___________________________________________________
Prof. Me Danilo
Universidade do Sagrado Coração

___________________________________________________
Titulação, Nome
Instituição
Dedico este trabalho aos meus pais, com
carinho, que sempre me apoiaram na minha
carreira.
AGRADECIMENTOS

Aos meus pais e irmã pelo apoio e incentivo em mais essa etapa.
A minha namorada Fernanda Floriani Peyerl pelo apoio.
E meus amigos de por me apoiarem nessa conquista.
Aos Prof. Me Saulo Silva Coelho e Prof. Me Danilo Sinkiti Gastaldello por compartilharem o
conhecimento e apoio durante o curso.
“Um trabalho científico é uma aventura, [...] é
uma forma de exploração que nos leva a
descobertas” (GIBALDI, 1999, p. 3).
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
2 OBJETIVO ............................................................................................................ 154
3 METODOLOGIA .................................................................................................. 154
4 ENERGIA ELÉTRICA ............................................................................................ 15
4.1 ENERGIA ATIVA E REATIVA ............................................................................. 16
4.1.1 Potencias ................................................................................................................ 177
4.1.2 Correção do Fator de Potência em uma Industria .................................................... 20
5 RESULTADOS...................................................................................................... 264
6 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 266
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 277
APÊNDICE A - TÍTULO ....................................................................................................... 288
ANEXO A – TÍTULO ............................................................................................................ 288
10

A IMPORTÂNCIA FINANCEIRA DA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA EM


UMA INSTALAÇÃO INDUSTRIAL

Fernando Ramos Prado

Graduando em Engenharia Elétrica pela Universidade do Sagrado Coração (UNISAGRADO)

RESUMO

A correção do fator de potência envolve ajustar a relação entre a potência ativa (utilizada para
realizar o trabalho) e a potência aparente (a combinação de potência ativa e reativa). Uma
baixa eficiência no fator de potência pode resultar em um consumo excessivo de energia
reativa, levando a custos adicionais e desperdício de recursos. Desta forma, a correção do
fator de potência em instalações industriais tem um impacto financeiro significativo, trazendo
diversos benefícios econômicos para as empresas. Isso ocorre devido à otimização do
consumo de energia elétrica, que resulta em economia direta nas contas de energia. Além
disso, a correção reduz as perdas de energia, melhora a eficiência dos equipamentos e evita
custos com a expansão da infraestrutura elétrica. Como resultado, as empresas podem
gerenciar melhor seus orçamentos, reduzir sua pegada de carbono e melhorar sua eficiência
operacional. Portanto, a correção do fator de potência não é apenas uma prática técnica, mas
também uma estratégia inteligente para alcançar economia financeira e melhorar a saúde
financeira da empresa. O objetivo geral desta pesquisa consiste em descrever o impacto
financeiro da correção do fator de potência diante as instalações industriais, enfatizando a
importância dos custos associados à implementação de sistemas de correção, as economias de
energia resultantes, as reduções de penalidades por baixo fator de potência e outros benefícios
financeiros decorrentes dessa melhoria na eficiência energética.

Palavras-chave: Potência. Industria. Relação de Fator de Potência.

ABSTRACT

Power factor correction involves adjusting the relationship between active power (used to do
work) and apparent power (the combination of active and reactive power). Low power factor
efficiency can result in excessive reactive power consumption, leading to additional costs and
wasted resources. In this way, power factor correction in industrial installations has a
significant financial impact, bringing several economic benefits to companies. This occurs
due to the optimization of electrical energy consumption, which results in direct savings on
energy bills. Furthermore, the correction reduces energy losses, improves equipment
efficiency and avoids costs associated with expanding electrical infrastructure. As a result,
companies can better manage their budgets, reduce their carbon footprint and improve their
operational efficiency. Therefore, power factor correction is not only a technical practice, but
also a smart strategy to achieve financial savings and improve the company's financial health.
The general objective of this research is to describe the financial impact of power factor
correction on industrial installations, emphasizing the importance of the costs associated with
the implementation of correction systems, the resulting energy savings, reductions in penalties
11

for low power factor and other financial benefits resulting from this improvement in energy
efficiency.

Keywords: Power. Industry. Power Factor Ratio.


12

1 INTRODUÇÃO

Corrigir o fator de potência tem o efeito positivo de reduzir as perdas de energia no


sistema elétrico, o que se traduz em um uso mais eficiente da eletricidade. Isso se reflete em
contas de energia elétrica mais baixas. Um fator de potência inadequado pode ocasionar
quedas de tensão nas instalações elétricas, impactando o desempenho dos equipamentos
industriais. Melhorar o fator de potência contribui para manter a tensão estável e diminui a
necessidade de intervenções corretivas e substituição de equipamentos danificados,
promovendo, assim, a eficácia operacional da instalação industrial (SANTOS, 2015).
A correção do fator de potência é um processo essencial em sistemas elétricos
industriais e comerciais, projetado para otimizar a eficiência no consumo de energia. Para
compreender esse conceito, é fundamental entender o que é o fator de potência. O fator de
potência é a relação entre a potência ativa (realmente consumida para realizar trabalho) e a
potência aparente (combinação de potência ativa e reativa) em um circuito elétrico. Em
termos simples, é uma medida da eficiência com a qual a energia elétrica é convertida em
trabalho útil (BRAGA, 2018).
Quando o fator de potência é baixo, significa que há uma quantidade significativa de
energia reativa presente no sistema. A energia reativa não realiza trabalho diretamente, mas é
necessária para manter a voltagem e a corrente em fase. Uma baixa eficiência no fator de
potência resulta em desperdício de energia, aumento nos custos de eletricidade e potencial
sobrecarga da infraestrutura elétrica. A correção do fator de potência envolve a instalação de
dispositivos chamados bancos de capacitores. Esses dispositivos elétricos ativos compensam a
energia reativa, melhorando o fator de potência global do sistema. Ao fazer isso, a eficiência
energética é aprimorada, reduzindo as perdas de energia e otimizando o uso da potência
disponível (DE CARVALHO, 2014).
Esse processo traz uma série de benefícios, incluindo a redução dos custos de
eletricidade, o aumento da capacidade do sistema elétrico, a melhoria da vida útil dos
equipamentos e a prevenção de penalidades tarifárias associadas a fatores de potência
inadequados.
A correção do fator de potência possibilita que uma instalação industrial aproveite de
forma mais eficiente sua capacidade de fornecimento de energia, o que pode eliminar a
necessidade de grandes investimentos em expansões da infraestrutura para aumentar a
capacidade. Quando o fator de potência é baixo, uma parcela significativa da energia elétrica
13

é dissipada durante o processo de transmissão e distribuição. A correção do fator de potência


atenua essas perdas, resultando em economia financeira (CREDER, 2016).
Além disso, a correção do fator de potência aprimora a qualidade da energia elétrica
fornecida à instalação industrial. Isso, por sua vez, pode prolongar a vida útil dos
equipamentos e reduzir os gastos com manutenção. Ao utilizar a energia de maneira mais
eficaz, a correção do fator de potência também contribui para a redução da pegada de carbono
da empresa, um aspecto cada vez mais relevante do ponto de vista ambiental. Isso pode
desencadear benefícios financeiros indiretos, como acesso a incentivos fiscais e oportunidades
de mercado (DE CARVALHO, 2014).
A correção do fator de potência não apenas melhora a eficiência energética, mas
também tem um impacto financeiro significativo para uma instalação industrial, resultando
em economias substanciais de custos de energia e melhorias na qualidade da energia elétrica.
Portanto, é uma prática importante para empresas que buscam otimizar suas operações e
reduzir seus gastos com energia elétrica (BRAGA, 2018).
Nas indústrias onde há uma presença significativa de máquinas indutivas, é comum
observar uma tendência natural de redução do fator de potência à medida que a quantidade de
componentes reativos no circuito aumenta. Além disso, equipamentos como transformadores
operando com carga mínima ou em vazio também desempenham um papel importante na
diminuição do fator de potência nas instalações (SANTOS, 2015).
Essa situação é frequente em fábricas, como a que estamos analisando, onde centenas
de motores funcionam simultaneamente, demandando um consumo contínuo de energia,
especialmente devido à produção constante, como no caso do abate de boi para a obtenção do
principal produto da empresa. Sem a implementação de bancos de capacitores nas instalações,
essa situação contribui para que a empresa esteja sujeita a penalidades financeiras
significativas, o que resulta em prejuízos consideráveis para o processo industrial (COTRIM,
2008).
Assim, o objetivo geral desta pesquisa consiste em descrever o impacto financeiro da
correção do fator de potência diante as instalações industriais, enfatizando a importância dos
custos associados à implementação de sistemas de correção, as economias de energia
resultantes, as reduções de penalidades por baixo fator de potência e outros benefícios
financeiros decorrentes dessa melhoria na eficiência energética, a fim de fornecer um
panorama completo do retorno do investimento e da viabilidade econômica dessa prática.
14

2 OBJETIVO

O trabalho de correção de fator de potência se mostra muito importante não somente


no aspecto técnico da qualidade da energia e o bom funcionamento das instalações, mas
também apresenta um grande impacto financeiro onde conseguimos alcançar uma economia
financeira na fatura de energia com redução das multas através da correção do fator de
potência, evidenciar à diminuição do gasto com energia elétrica por parte dos consumidores
que realizam essa adequação em seu sistema elétrico.
Com o trabalho realizado de correção do fator de potência nessa planta industrial de
uma empresa no setor frigorifico, estamos buscando alcançar uma redução financeira entre
18% a 22% no valor da conta de energia paga hoje, esse valor é representado pela parcela da
multa que está sendo cobrado pela concessionária em função do baixo fator de potência
apresentado na instalação, vamos realizar a instalação bancos de capacitores automáticos com
controle de estágios para fazer essa correção.

3 METODOLOGIA

Esse trabalho foi desenvolvido após uma analise criteriosa da instalação do cliente
onde fizemos o levantamento de carga e analisamos o perfil das cargas aplicadas nessa
instalação buscando a condição ideal para a execução do banco de capacitor que realizará a
correção do fator de potência na instalação, iniciamos o levantamento pela analise da conta de
energia, onde verificamos os valores do consumo e multas que estavam sendo cobrados em
função do baixo fator de potência, após essa analise contatamos que o valor da multa se
aproximava de 20% do valor da conta de energia, devido ao consumo de energia reativa,
principalmente nas indústrias esse tipo situação é muito comum devido aos equipamentos
aplicados no processo produtivo. Esse é um tema que deve ser estudado pelos alunos de
Engenharia Elétrica para que possam entender e analisar a importância desse trabalho para
auxiliar o desenvolvimento do cliente. Este trabalho conta com pesquisas a livros de
Engenharia Elétrica.
Para início dos registros do perfil das cargas instaladas utilizamos um analisador de energia da
marca Embrasul (modelo RE-7080), instalamos durante 7 dias o analisador de energia no
QGBT principal da empresa, onde obtivemos todos os registros das variáveis necessárias para
iniciar nosso dimensionamento do banco de capacitores, após a coleta dos dados em campo,
15

fizemos o dimensionamento do banco de capacitores para executar a fabricação e instalação.


O método de banco de capacitores foi adotado por ser mais econômico, uma das vantagens de
adotar o banco de capacitores é que possuem uma alta durabilidade e não ter consumo de
energia ativa para gerar reativa e a grande flexibilidade de aplicação, como o perfil da nossa
carga tem uma grande oscilação durante o dia optamos por fazer um banco de capacitores
automático com vários estágios assim possibilitando um melhor ajuste conforme a
necessidade apresentada no momento.

4 A ENERGIA ELÉTRICA

No século XIX, a eletricidade começou a encontrar aplicações em setores industriais


específicos, como a metalurgia, especialmente na galvanoplastia, e nas telecomunicações,
notavelmente no telégrafo. Embora esses usos fossem rudimentares pelos padrões da época,
despertaram o interesse de investidores e empresários, estimulando pesquisas sobre essa nova
forma de energia (DE CARVALHO, 2014).
Um marco significativo ocorreu em 1878, quando Thomas Edison introduziu no
mercado a lâmpada incandescente e seu filamento. Ao mesmo tempo, Werner Siemens
desenvolveu a primeira locomotiva elétrica (DE CARVALHO, 2014).
Mais tarde, Nikola Tesla desempenhou um papel fundamental ao inventar o motor de
corrente alternada, o que possibilitou a utilização da eletricidade nas fábricas. Nesse período,
houve melhorias nas turbinas hidráulicas, que se tornaram uma alternativa viável às turbinas a
vapor na geração de energia elétrica.
O próximo marco importante foi o surgimento das primeiras usinas hidrelétricas,
acompanhadas pelo desenvolvimento de linhas de transmissão e distribuição. Esses avanços
permitiram o transporte de energia elétrica até os centros urbanos e industriais, atendendo às
crescentes demandas por eletricidade (DE CARVALHO, 2014).
No Brasil, o desenvolvimento do setor elétrico esteve estreitamente ligado ao processo
de urbanização e industrialização, desde a Proclamação da República em 1889 até os dias de
hoje (BRAGA, 2018). O Código de Águas de 1934 representou um marco importante,
estabelecendo que o potencial hidroelétrico passava a ser propriedade do Estado e poderia ser
explorado por meio de concessões (SANTOS, 2015).
A partir desse momento, houve uma intervenção significativa do Estado, incluindo a
criação de agências reguladoras, empresas estatais e financiamento de projetos de geração de
energia elétrica. Em 1952, merece destaque a fundação do Banco Nacional de
16

Desenvolvimento Econômico (BNDE), que concedeu uma grande quantidade de empréstimos


para investimentos em geração de energia elétrica. Nas décadas de 70 e 80, foram criados o
Ministério de Minas e Energia (MME) e empresas como a Eletrobrás, Eletronorte, Eletrosul e
Nuclebrás (SANTOS, 2015).
Em 1990, uma reestruturação substancial do setor elétrico brasileiro resultou no
modelo regulatório atual. O Ministério de Minas e Energia (MME) liderou mudanças
institucionais e operacionais, estabelecendo um modelo que se baseia em um estado regulador
responsável por orientar políticas de desenvolvimento e regulamentar todo o setor. Isso levou
à privatização de várias empresas e à criação de órgãos como a Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL) (BRAGA, 2018).

4.1 ENERGIA ATIVA E REATIVA

De acordo com Creder (2016), a energia pode ser definida como a potência dissipada
ou consumida ao longo do tempo. Essa definição pode ser expressa pela equação: E = (W x
T). Nessa equação, "W" representa a potência e "T" o tempo. Geralmente, o tempo é
considerado em horas, o que resulta na unidade de medida da energia em watts-hora (Wh). No
entanto, devido à pequena escala dessa unidade, a prática comum é utilizar a potência em
quilowatts, tornando a unidade de medida da energia em quilowatts-hora (kWh) (CREDER,
2016).
Em linhas gerais, a energia elétrica é frequentemente quantificada em diversas
unidades e múltiplos, como "Wh, kWh, MWh ou GWh". Essas medidas representam a
quantidade de energia resultante da potência consumida por uma carga ao longo de uma hora.
Nas instalações alimentadas por corrente alternada, essa energia elétrica absorvida pela carga
é decomposta em duas componentes distintas: energia ativa e energia reativa (COTRIM,
2008).
A energia ativa pode ser definida como a parcela que efetivamente converte a energia
elétrica em trabalho mecânico ou térmico. Em outras palavras, é a energia que desempenha
um papel ativo na realização de tarefas úteis e é mensurada em "kWh" (COTRIM, 2008).
Por contraste, a energia reativa é a parte da energia elétrica que não contribui
diretamente para a realização de trabalho, mas é absorvida para criar campos eletromagnéticos
necessários ao funcionamento adequado de dispositivos indutivos. Sua unidade de medida é o
"kvarh" (COTRIM, 2008).
17

4.1.1 Potências

A potência é uma grandeza elétrica que pode ser definida como a quantidade de
energia elétrica consumida por uma carga durante um período. Este conceito foi
pioneiramente estudado por James Watt, um engenheiro mecânico escocês cujas contribuições
incluíram o desenvolvimento da máquina a vapor, que desempenhou um papel crucial na
Revolução Industrial. Em homenagem a suas contribuições, a unidade de medida da potência
utilizada atualmente leva o nome de Watt, representada pela letra W.
Em sistemas de corrente contínua, a eletricidade flui sempre na mesma direção entre
dois terminais. Para a transmissão eficiente de um sinal de corrente contínua ideal, tanto a
tensão quanto a corrente elétrica devem permanecer constantes ao longo do tempo. A potência
resultante nesse contexto pode ser calculada multiplicando-se essas duas grandezas, conforme
demonstrado pela seguinte equação: P = U x I (1)
Onde:
P = Potência Elétrica (em Watts);
U = Tensão Elétrica entre os terminais (em Volts);
I = Corrente Elétrica que circula (em Ampères).

Figura 1: Triângulo das potências

Fonte: (WEG, 2019)


Na corrente alternada, há uma característica importante: a direção da corrente se
inverte periodicamente ao longo do tempo. Essa variação na direção da corrente é vantajosa,
permitindo ajustes nos níveis de tensão e corrente ao variar a voltagem da energia elétrica.
Isso é possível graças ao uso de transformadores, que são frequentemente empregados para
elevar as tensões em níveis muito altos, facilitando a transmissão eficiente de energia por
18

longas distâncias. Essa característica é uma vantagem significativa, pois ajuda a reduzir custos
e a simplificar os cuidados com a manutenção. A potência é uma grandeza que quantifica a
quantidade de trabalho realizada em um determinado período de tempo (BOYLESTAD,
2012).
A potência se refere à velocidade com que o trabalho é realizado, o que implica que
um motor elétrico maior possui uma maior potência em comparação a um motor menor. Isso
ocorre porque o motor maior consegue transformar mais energia elétrica em energia mecânica
durante o mesmo intervalo de tempo (BOYLESTAD, 2012). A unidade de medida da
potência é o watt (W), sendo que a energia é quantificada em joules (J) e o tempo em
segundos (s). Isso resulta em uma unidade de medida denominada joules por segundo (J/s),
que é equivalente ao watt (W).
Em circuitos de corrente alternada, encontramos dois tipos de potência: a potência
ativa e a potência reativa. A combinação vetorial destas duas formas de potência resulta na
potência aparente, medida em kilovolt-ampère (kVA) (CREDER, 2016).
A potência ativa, também chamada de potência média, potência útil ou potência real,
pode ser calculada pela seguinte expressão (SAMED, 2017): P = V x I x cos φ. Nessa
fórmula, "V" representa a tensão eficaz, "I" é a corrente, "cos φ" é o fator de potência e "P" é
a unidade de potência ativa, medida em watt (W). A potência ativa é a parte da potência total
que é convertida em calor devido ao efeito Joule (SAMED, 2017).
A potência reativa, também conhecida como potência magnetizante, é a parte da
potência total que não realiza trabalho, mas é absorvida para criar campos eletromagnéticos
necessários ao funcionamento de dispositivos indutivos. Ela é medida em "kvarh" (COTRIM,
2008) e pode ser calculada pela seguinte expressão (SAMED, 2017): Q = V x I x sen φ (3)
Na fórmula acima, "V" e "I" representam a tensão e a corrente, respectivamente, "sen
φ" é o fator reativo e "Q" é a unidade de potência reativa em var (SAMED, 2017). A potência
aparente é a soma vetorial da potência ativa e da potência reativa e pode ser calculada pela
expressão (SAMED, 2017): S = V x I
Portanto, as potências ativa, reativa e aparente estão intimamente relacionadas e
podem ser compreendidas como a quantidade de trabalho realizada, a energia armazenada em
campos eletromagnéticos e a potência total absorvida pela instalação.
O fator de potência pode ser definido como a relação entre a potência ativa e a
potência aparente consumidas por um dispositivo ou equipamento, conforme expresso na
equação a seguir, em que "P" está em quilowatts (kW) e "S" está em quilovolt-ampère (kVA)
(SAMED, 2017):
19

Essa relação entre a potência ativa e a potência aparente oferece uma indicação
fundamental do uso da energia. Um fator de potência elevado indica alta eficiência, enquanto
um fator de potência baixo indica eficiência energética reduzida (WEG, 2019).
Conforme mencionado por SILVA (2009):"O fator de potência é um indicador crítico
no consumo de energia, sendo monitorado pelas concessionárias de energia e podendo resultar
em custos significativos nas faturas de eletricidade."
De acordo com Scarpin (2017), o fator de potência (FP) é um parâmetro crucial para
avaliar a eficiência no uso da energia consumida. Quanto maior a proporção da energia
convertida em trabalho útil, maior é a eficiência da utilização da energia.
Vale ressaltar que a ANEEL (2020) enfatiza a importância do controle do fator de
potência: "O controle do fator de potência deve ser realizado por meio de medição
permanente e obrigatória para unidades consumidoras atendidas pelo SDMT e SDAT e para
conexões entre distribuidoras, ou por meio de medição individual permanente e facultativa
para unidades consumidoras do Grupo B com instalações conectadas pelo SDBT, em
conformidade com as regulamentações vigentes."
Em suma, o fator de potência é um indicador que revela quanto da energia consumida
foi efetivamente utilizada para realizar trabalho útil e quanto foi empregada na magnetização
de núcleos magnéticos, motores ou outras cargas indutivas.
Um ponto adicional de destaque é o Decreto nº 479 de 1992, que estipulou a
obrigatoriedade de manter o fator de potência o mais próximo possível de 1,0. Essa
determinação deve ser cumprida tanto pelas concessionárias de energia quanto pelos
consumidores (WEG, 2019).
Além disso, é necessário atentar às diretrizes do Departamento Nacional de Águas e
Energia Elétrica (DNAEE) em relação aos limites de referência para o fator de potência, tanto
indutivo quanto capacitivo, e aos critérios de avaliação do faturamento da energia reativa,
caso ultrapasse os limites estabelecidos na legislação.
A recente regulamentação estabelecida pelo DNAEE trouxe uma abordagem distinta
para lidar com o baixo fator de potência, trazendo os seguintes destaques (WEG, 2019):
• Elevação do limite mínimo do fator de potência de 0,85 para 0,92.
• Introdução do faturamento da energia reativa excedente.
• Redução do período de avaliação do fator de potência, que passou de mensal
para horário, a partir de 1996, para consumidores com medição horossazonal.
Com essas alterações, o propósito do faturamento se transformou. Em vez de impor
penalizações devido ao baixo fator de potência, como era feito anteriormente, as
20

concessionárias passaram a faturar com base na quantidade de energia ativa que poderia ser
transportada no espaço ocupado pelo consumo de energia reativa.
Além das novas normas de limite e do método de medição, é relevante ressaltar que a
regulamentação também estipula que, das 6h da manhã até às 24h, o fator de potência deve
ser, no mínimo, de 0,92, tanto para a energia quanto para a demanda de potência reativa
indutiva fornecida. Das 24h até às 6h, é determinado que o mínimo seja de 0,92, tanto para a
energia quanto para a demanda de potência reativa capacitiva recebida (WEG, 2019).
Conforme indicado pela ANEEL (2020), os valores de referência para atingir um fator
de potência adequado são os seguintes:
Para unidades consumidoras ou conexões entre distribuidoras com tensão inferior a
230 kV, o fator de potência no ponto de conexão deve estar entre 0,92 (noventa e dois
centésimos) e 1,00 (um) indutivo, ou entre 1,00 (um) e 0,92 (noventa e dois centésimos)
capacitivo, de acordo com as regulamentações vigentes.
Em relação à classificação, o fator de potência pode ser dividido em dois tipos: fator
indutivo e fator capacitivo. O fator de potência indutivo ocorre quando a instalação elétrica
consome energia reativa. Isso é típico em equipamentos elétricos que possuem características
indutivas devido às suas bobinas, as quais induzem o fluxo magnético necessário para o
funcionamento adequado. Nesse caso, o fator indutivo resulta em uma corrente atrasada em
relação à tensão, indicando que a instalação elétrica está absorvendo energia reativa
(MAMEDE FILHO, 2007).
De maneira análoga, o fator de potência capacitivo se manifesta quando a carga é
principalmente capacitiva, contendo apenas pequenas partes resistivas e/ou indutivas. Isso
implica que, no contexto de um fator de potência capacitivo, a corrente estará à frente da
tensão, sinalizando que a instalação elétrica está produzindo energia reativa no circuito
(MAMEDE FILHO, 2007).

4.1.2 Correção do Fato de Potência em uma Industria

A correção do fator de potência em uma instalação industrial é um processo


importante para melhorar a eficiência do uso de energia elétrica e evitar penalidades
relacionadas ao baixo fator de potência. O fator de potência é uma medida que indica como a
energia elétrica está sendo utilizada em uma instalação em relação à potência total consumida.
Em instalações industriais, é comum que cargas indutivas, como motores elétricos,
causem um fator de potência baixo. Isso significa que parte da energia elétrica está sendo
21

usada para criar campos magnéticos nos motores, em vez de ser convertida em trabalho útil.
Um baixo fator de potência pode resultar em desperdício de energia, aumento nas contas de
eletricidade e possíveis penalidades impostas pelas concessionárias de energia.
A correção do fator de potência envolve a instalação de bancos de capacitores na
instalação industrial. Esses capacitores compensam as cargas indutivas, melhorando o fator de
potência e tornando o uso de energia mais eficiente. Isso não apenas reduz os custos de
eletricidade, mas também alivia a sobrecarga nas redes elétricas, contribuindo para uma
operação mais estável do sistema elétrico.
Em resumo, a correção do fator de potência em uma instalação industrial é essencial
para otimizar o uso de energia elétrica, reduzir custos e cumprir as regulamentações
relacionadas ao fator de potência estabelecidas pelas concessionárias de energia elétrica e
órgãos reguladores.
Existem diversos métodos para realizar a correção do fator de potência, um processo
que envolve a introdução de elementos reativos para aproximar o fator de potência do valor
ideal, que é próximo de 1. Normalmente, uma vez que muitas cargas são indutivas, esse
processo requer a adição de elementos capacitivos com o objetivo de aumentar o fator de
potência (BOYLESTAD, 2012).
A melhoria do fator de potência é essencial por duas razões principais: em primeiro
lugar, para evitar sobretaxas nas contas de energia elétrica de consumidores que operam com
um baixo fator de potência. Essa sobretaxa é uma penalização imposta pelas concessionárias
de energia e está prevista nos contratos de fornecimento. Em segundo lugar, a concessionária
pode aumentar ou liberar mais capacidade no sistema de distribuição de energia quando o
fator de potência é significativamente melhorado (SAMED, 2017).
É fundamental destacar que qualquer intervenção nas instalações elétricas para ajustar
o sistema e reduzir o excesso de reativos deve ser feita com cautela, pois cada situação é
única. Não se deve tomar decisões precipitadas que possam resultar em prejuízos
significativos no futuro (COTRIM, 2008).
Com o objetivo de reduzir os custos operacionais e otimizar o uso da instalação
elétrica, os consumidores industriais buscam a correção do fator de potência, também
conhecida como compensação de energia reativa ou de reativos, muitas vezes ultrapassando
os limites estabelecidos pela legislação vigente. É fundamental enfatizar a relevância da
melhoria do fator de potência tanto para as concessionárias de energia quanto para os clientes
finais. Abaixo, apresentamos os benefícios dessa correção:
• Redução das flutuações de tensão.
22

• Minimização do aquecimento dos condutores elétricos.


• Diminuição das perdas de energia.
• Aumento da eficiência dos transformadores.
• Prolongamento da vida útil dos equipamentos elétricos.
• Utilização mais eficiente da energia consumida.
• Eliminação da cobrança do consumo de energia reativa excedente nas contas
de energia.
Contribuição para benefícios ambientais significativos, como a redução do desperdício
de energia. Por exemplo, a diminuição no consumo de energia pode elevar os níveis dos
reservatórios de água das hidrelétricas, reduzindo a necessidade de descargas de grandes
volumes de água das represas, possibilitando o armazenamento para períodos de estiagem.
Esses benefícios não apenas melhoram a eficiência operacional das instalações
industriais, mas também têm um impacto positivo no meio ambiente, contribuindo para a
conservação dos recursos naturais e a redução do desperdício de energia elétrica.
Em algumas situações, medidas simples podem ser suficientes para melhorar o fator
de potência, como a substituição de lâmpadas e a reorganização do processo de produção. No
entanto, em casos mais complexos, onde o tipo de maquinaria e motores utilizados impacta o
fator de potência, são necessárias ações específicas para a correção. Dentre as medidas
disponíveis, destacam-se:
• Substituição de reatores eletrônicos que alimentam lâmpadas fluorescentes.
• Otimização de práticas e processos industriais.
• Desligamento de motores em vazio e redimensionamento de equipamentos
superdimensionados.
• Aquisição de novos equipamentos visando aprimorar a eficiência energética.
• Utilização de filtros ou bancos de correção do fator de potência.
• Implementação de motores síncronos em paralelo com a carga, cuja excitação
pode eliminar a geração de carga reativa.
• Instalação de bancos de capacitores, que direcionam a energia reativa para
esses componentes, liberando parte da capacidade do sistema elétrico e das instalações do
consumidor.
A solução que pode ser escolhida para a correção do fator de potência será a instalação
de bancos de capacitores, uma abordagem amplamente utilizada e recomendada para grandes
indústrias. Isso se deve ao fato de que a substituição de equipamentos ou motores com baixo
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fator de potência pode ser uma alternativa muito mais complexa e dispendiosa quando
comparada à instalação de um banco de capacitores.
Os capacitores oferecem a versatilidade de serem instalados em paralelo com qualquer
carga, permitindo ajustes conforme necessário. Sua colocação pode ocorrer tanto na entrada,
com o propósito de equilibrar a corrente magnetizante do sistema de fornecimento de energia,
quanto próximo às cargas, com o intuito de reduzir perdas, ampliar a capacidade disponível
do sistema e aprimorar os níveis de tensão (SAMED, 2017).
De fato, na prática, a utilização de capacitores estáticos é o método mais amplamente
empregado, com o principal objetivo de corrigir o fator de potência. Esses capacitores são
dispositivos de custo relativamente baixo, ocupam pouco espaço, são de fácil instalação e
operam trocando a energia reativa acumulada por eles com as cargas indutivas presentes.
Parte ou até mesmo toda a energia reativa, originalmente fornecida pela concessionária, passa
a ser suprida pelos bancos de capacitores (SILVA, 2009).
De acordo com De Moura et al. (2018), é importante observar que os valores de
potência reativa dos capacitores comerciais são discretos, o que requer adaptação dos cálculos
para os valores discretos mais próximos. Além disso, a tensão na qual os capacitores irão
operar deve ser cuidadosamente considerada, uma vez que uma tensão superior à nominal
pode danificar os capacitores, inclusive levando à sua perfuração.
Adicionalmente, é relevante destacar que a correção do fator de potência pode ser
realizada de quatro maneiras distintas através da instalação de capacitores, levando em
consideração a conservação de energia e a relação custo/benefício (WEG, 2019). Essas quatro
abordagens incluem a correção na entrada da energia em média tensão (que não será discutida
neste estudo) e a correção da energia em baixa tensão, que se divide em três tipos: correção
localizada (também conhecida como individual), correção por grupo de cargas e correção
mista (também denominada correção geral).
A correção do fator de potência desempenha um papel fundamental na otimização do
uso da energia elétrica ao longo do tempo, especialmente à medida que as companhias de
energia elétrica buscam transportar grandes quantidades de energia com o mínimo de perdas,
reduzindo assim os custos para os clientes (DE MOURA et al., 2018).
Em virtude disso, quando um consumidor conecta uma carga que resulta em baixo
rendimento na rede da companhia de energia, ele acaba pagando um preço mais alto por cada
quilowatt-hora (kWh) de energia ativa que realmente consome. Da mesma forma, se um
consumidor requer uma instalação mais robusta da companhia de eletricidade para transportar
e distribuir energia, ele também pagará mais por cada kWh consumido.
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A correção do fator de potência evita penalizações por excedentes de energia reativa, o


que, por sua vez, reduz a fatura de energia elétrica. Portanto, a correção do fator de potência
oferece diversas vantagens (DE MOURA et al., 2018):
a) Significativa redução na conta de energia elétrica, pois o consumidor deixa de pagar
por reativos excedentes;
b) Diminuição das quedas de tensão, uma vez que a corrente na linha de alimentação
diminui, reduzindo as perdas de tensão;
c) Redução das perdas de energia, uma vez que a circulação de energia reativa é
reduzida, diminuindo a corrente, enquanto a potência ativa permanece constante;
d) Liberação da capacidade dos equipamentos, como geradores e transformadores. A
redução da absorção de energia reativa permite que os equipamentos instalados tenham sua
capacidade disponível em megavolt-amperes (MVA) liberada, o que pode evitar a
necessidade de adquirir transformadores de maior potência em algumas situações, como a
instalação de novos equipamentos industriais;
e) Redução do efeito Joule, que se traduz em menor aquecimento dos componentes
elétricos;
f) Redução da corrente reativa na rede elétrica, o que contribui para melhorar a
eficiência da distribuição de energia elétrica.
Em resumo, a correção do fator de potência é uma prática essencial para prolongar a
vida útil das instalações elétricas, alcançar uma eficiência aceitável e evitar penalizações por
excedentes de energia reativa.
Dessa forma, as modalidades tarifárias variam de acordo com o grupo de
consumidores e as características de fornecimento de energia elétrica, visando uma cobrança
mais adequada e justa de acordo com os padrões de consumo e demanda.

5 RESULTADOS
Após o trabalho de correção de fator de potência executado reunimos e analisamos os
dados das contas de energia de 4 meses anteriores a instalação do banco de capacitores e 4
meses após a instalação do banco de capacitores para fazer um comparativo de consumo e
economia gerada com a correção do fator de potência.
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Figura 2: Gráfico de consumo

Fonte: Próprio autor

O gráfico (figura 2) mostram uma queda representativa no consumo de energia reativa após a
instalação do banco de capacitores, com essa alteração percebemos que ouve também uma
estabilidade maior no consumo de energia ativa, no gráfico (figura 3) ficou bem evidente a
queda no custo da energia reativa paga após a instalação do banco de capacitor, onde esse
valor foi próximo e zero.
Figura 3: Gráfico de custo

Fonte: Próprio autor


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6 CONCLUSÃO

A correção do fator de potência em uma instalação industrial é uma medida estratégica


que não apenas otimiza o desempenho elétrico, mas também tem um impacto financeiro
substancial. Esta prática visa aumentar a eficiência no consumo de energia elétrica, reduzindo
as perdas, melhorando a qualidade da energia e, consequentemente, trazendo economia
significativa para a empresa.
Os benefícios financeiros da correção do fator de potência são notáveis e se
manifestam de várias maneiras. Um dos impactos financeiros mais diretos é a redução nas
contas de energia elétrica. Ao corrigir o fator de potência, as empresas evitam multas e
sobretaxas que seriam aplicadas devido ao baixo fator de potência. Isso resulta em economia
mensal considerável.
Com um fator de potência corrigido, há menos perdas de energia no sistema elétrico
da empresa. Menos energia é dissipada na forma de calor, o que significa menos desperdício
e, portanto, uma economia financeira adicional. A correção do fator de potência permite que
os equipamentos, como transformadores e geradores, operem de forma mais eficiente. Isso
significa que eles podem ser utilizados com maior eficácia, sem a necessidade de substituição
por equipamentos de maior capacidade, o que resultaria em custos adicionais.
Sem a correção do fator de potência, as empresas podem ser obrigadas a investir em
infraestrutura elétrica adicional para atender às demandas de energia reativa. A correção evita
esses custos de expansão. Com contas de energia elétrica mais previsíveis e menores custos
operacionais relacionados à energia, as empresas podem ter uma gestão financeira mais
eficaz. Isso permite a alocação de recursos para outras áreas críticas do negócio. A redução
do consumo de energia devido à correção do fator de potência também tem um impacto
ambiental positivo, reduzindo a pegada de carbono da empresa. Isso pode ser usado como um
ponto positivo em estratégias de responsabilidade social corporativa.
Em resumo, a correção do fator de potência em uma instalação industrial não é apenas
uma questão de eficiência energética, mas também uma decisão financeira sábia. Os
benefícios incluem economia direta nas contas de energia, redução de perdas, prolongamento
da vida útil dos equipamentos e uma gestão financeira mais eficaz. Portanto, a correção do
fator de potência não é apenas uma prática técnica, mas também uma estratégia inteligente
para melhorar a saúde financeira e operacional de uma empresa.
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REFERÊNCIAS

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Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST: Módulo 1 – Introdução. 10 rev. 2018.
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Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST: Módulo 8 – Qualidade de Energia
Elétrica. 11 rev. 2020. Disponível em: < https://www.aneel.gov.br/modulo-1>. Acesso em
out. 2023

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de 2010. Disponível em: < http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2010414.pdf>. Acesso em out.
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de especificacao-50032749-brochure-portuguese-web.pdf>. Acesso em out. 2023
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WEG Automação S.A. Manual para Correção do Fator de Potência. 2019.

APÊNDICE A - TÍTULO

ANEXO A – TÍTULO

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