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PROFESSOR (a)

UNIDADE DISCIPLINA

ALUNO (a) AP1 PERÍODO NOTA


AP2
PF

Estudo de Caso
Orientações:
1. Analisar o caso de acordo com o que foi estudado nas aulas acerca do Lançamento Tributário;
2. Todos deverão responder às indagações 1 e 2;
3. Respostas sem as justificativas não serão aceitas;
4. Cada resposta deverá ser respondida em, no mínimo, 1 página;
5. Deverão ser usadas as seguintes formatações: Fonte Arial, tamanho 12, espaçamento entre
linhas 1,5, texto justificado;
6. A entrega será pelo e-mail adt.mda21@uea.edu.br, no dia 05 de abril de 2023, até às 21h40.
Depois disso, a nota será zerada.

Caso:
A empresa DMB Ltda. atua na fabricação de bobinas e rolamentos metálicos, sendo contribuinte do
imposto sobre a renda das pessoas jurídicas (IRPJ) e da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL).
É tradicional na empresa a concessão de bonificações anuais para seus revendedores, como forma de
estimular as vendas e premiá-los pela performance obtida em cada ano. A bonificação do revendedor é
o principal elemento propulsor da comercialização de seus produtos, sendo prática comum no ramo de
atividade em que a DMB atua.

A empresa tratou os gastos com bonificações como dedutíveis para fins de IRPJ e CSLL, por entender
que tais gastos são importantes e necessários para a consecução de suas atividades (*). Esse
procedimento estava amparado principalmente por algumas soluções de consulta antigas da Receita
Federal, nas quais a Receita admitia a dedução fiscal das despesas com bonificação em situações
análogas. É válido lembrar que existiam soluções de consulta em sentido contrário.

Em 2004, algumas decisões proferidas em nível de primeira instância administrativa consideraram que
as despesas ou gastos relativos a bonificações para estímulo de vendas são indedutíveis para fins de
IRPJ e CSLL. No mesmo ano, a DMB sofreu fiscalização da Receita Federal em relação ao período entre
2002 e 2004, tendo sido autuada em relação a supostas irregularidades na forma de apuração do IRPJ
e CSLL naquele período. Na autuação, a Receita Federal analisou outras questões, mas nada disse
quanto à regularidade da dedução com bonificações. A DMB resolveu impugnar a autuação e vinha
discutindo a questão em via administrativa.

No início de 2007, a DMB foi surpreendida por uma autuação complementar, por meio da qual a Receita
Federal reviu o lançamento anterior (2004) e considerou todos os gastos com bonificações dos três anos
anteriores a 2007 como indedutíveis. Segundo a nova autuação, a revisão do lançamento deveu-se a
erro, uma vez que a DMB, conquanto tivesse mostrado todos os pagamentos efetuados e os contratos
que os suportavam, havia dado a entender que as despesas eram necessárias, mas, segundo o
entendimento agora exarado pela autoridade fiscal, na verdade representavam mera liberalidade da
empresa em relação a seus revendedores e, conseqüentemente, não deveriam ser consideradas como
despesas dedutíveis.

A DMB não concorda com tal exigência complementar e resolveu questioná-la por via judicial. À luz da
matéria de lançamento, bem como das disposições relevantes do CTN, elaborem:

(1) como representantes da Receita Federal, os argumentos cabíveis para justificar a validade da
exigência complementar; e

(2) como representantes da DMB, os argumentos cabíveis para confrontar a validade da exigência
complementar.

(*) A regra geral de dedutibilidade das despesas é prevista no art. 299 do Regulamento do Imposto de
Renda (Decreto n. 3000/99), abaixo transcrito:
Art. 299. São operacionais as despesas não computadas nos custos, necessárias à atividade da
empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora (Lei nº 4.506, de 1964, art. 47).
§ 1º São necessárias as despesas pagas ou incorridas para a realização das transações ou operações
exigidas pela atividade da empresa (Lei nº 4.506, de 1964, art. 47, § 1º).
§ 2º As despesas operacionais admitidas são as usuais ou normais no tipo de transações, operações ou
atividades da empresa (Lei nº 4.506, de 1964, art. 47, § 2º).
§ 3º O disposto neste artigo aplica-se também às gratificações pagas aos empregados, seja qual for a
designação que tiverem.

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