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Revolução Inglesa (ou Revoluções Inglesas) foi o resultado de movimentos


políticos e sociais que ocorreram entre os anos de 1640 e 1688 na Inglaterra. Resultou
no fim do absolutismo nesse país e na implantação de uma monarquia parlamentar,
regime no qual o rei está submetido ao parlamento.

A Revolução Inglesa é considerada a primeira revolução burguesa da Europa. Ou seja,


marca a ascensão política da burguesia em relação à nobreza, um processo que se
espalharia pelo continente e se consolidaria com a Revolução Francesa em 1789.
Também foi fundamental para permitir a Revolução Industrial na Inglaterra.

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Revolução Puritana
O século XVII marcou o fim da dinastia Tudor na Inglaterra e a subida ao poder
dos Stuart, com Jaime I e, posteriormente, seu filho, Carlos I.

Os Stuart aumentaram as práticas absolutistas, diminuindo o poder do parlamento e


contrariando interesses da burguesia. Aprofundaram, também, suas relações com
membros da Igreja Católica.

Esse conflito permanente entre o rei, o parlamento e a burguesia provocou uma crise no


governo inglês, que se aprofundou com uma revolta na Irlanda, à época sob o
domínio inglês.

Esse conjunto de fatores levou a uma guerra civil que dividiu a Inglaterra. De um lado,


estava o rei, a alta nobreza, católicos e anglicanos, e do outro, o parlamento, a
burguesia, senhores rurais e os puritanos (calvinistas que sofriam perseguições
religiosas).

A principal delas foram os “Atos de navegação”, que previam que os produtos


importados pela Inglaterra seriam transportados por navios ingleses ou dos próprios
países que vendiam as mercadorias.

Isso fez com que, em algumas décadas, a marinha mercante britânica se tornasse a mais
importante do mundo, permitindo o desenvolvimento econômico da Inglaterra e
a acumulação de capital, que seria necessário para a indústria.

Contudo, Cromwell passou a centralizar o poder político em suas mãos, o que


novamente desagradou o parlamento.

A guerra civil havia unido grupos distintos que possuíam um objetivo em comum: o de
derrotar o rei Carlos I. Com a queda do monarca e o início da República, a divergência
de interesses entre esses grupos ficou evidente.

Entre esses grupos, podemos destacar os niveladores - trabalhadores pobres que


almejavam a ampliação de sua participação política. Os niveladores acabaram
derrotados e suas lideranças foram condenadas à morte.
Com a morte de Cromwell, seu filho Richard assume a liderança da Commonwealth.
Sem conseguir solucionar os conflitos internos, Richard é deposto e o parlamento
resolve restaurar a monarquia, elegendo como rei Carlos II, filho de Carlos I.

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Restauração e Revolução Gloriosa
Carlos II ocupou a coroa inglesa entre 1660 e 1685, ano de sua morte, sendo sucedido
por seu irmão, Jaime II.

O novo monarca despertou a desconfiança de membros do parlamento e da Igreja


Anglicana, pelo fato de ser católico e de sua proximidade com o absolutismo francês.

Temendo que esses conflitos pudessem levar a uma nova guerra civil, o parlamento
apoiou Guilherme de Orange, genro de Jaime II, para ocupar o trono inglês em 1688.

Após uma intensa disputa política, Jaime II é deposto em favor de sua filha, Maria, e
seu marido, Guilherme de Orange. Os novos monarcas, por sua vez, teriam de se
submeter a uma nova legislação, batizada de “Bill of Rights”, ou Carta de Direitos.

Essa legislação submetia o rei ao parlamento, tirando seu poder de legislar e executar as
leis. Esse modelo político lançou as bases da monarquia constitucional, que viria a
substituir o absolutismo sem acabar com a figura do rei. Foi um dos fatores que
permitiu à Inglaterra promover a Revolução Industrial no século seguinte.

Oliver Cromwell

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