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RESOLVE:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO II
DAS AQUISIÇÕES
Seção I
Da autorização
permitido ou restrito para uso próprio é direito do militar da ativa e do militar da reserva
remunerada ou reformado, observado o disposto em legislação específica, instruções
técnicas e nesta Resolução.
Art. 5º - Todo processo de aquisição de arma de fogo e colete de proteção balística de uso
restrito será submetido, por intermédio da Diretoria de Apoio Logístico – DAL – da PMMG, à
análise e autorização do Comando Logístico do EB, nos termos da legislação vigente.
Seção II
Das restrições
Art. 7º - São situações impeditivas à autorização para aquisição de arma de fogo no âmbito
da PMMG:
I - estar processado por crime doloso previsto em lei que comine pena máxima de reclusão,
superior a dois anos, desconsideradas as situações de aumento ou diminuição de pena;
II – estar cumprindo pena privativa de liberdade, por sentença transitada em julgado, ou
preso à disposição da Justiça, enquanto perdurar essa situação;
III - encontrar-se afastado do exercício de função por decisão judicial;
IV - estar classificado no conceito “C”;
V - ter sido punido definitivamente, nos últimos 2 (dois) anos, por transgressão disciplinar
cujo fato evidencie a utilização indevida de arma de fogo;
VI - estar submetido a processo administrativo de natureza demissionária ou com vistas à
exoneração;
VII - estar sob licença ou dispensa de saúde com restrição ao uso ou manuseio de
armamento;
VIII - estar curatelado ou interditado judicialmente;
IX - encontrar-se na situação de desertor;
X - não ter obtido o aproveitamento mínimo para a aprovação na avaliação prática com arma
de fogo do Treinamento Policial Básico – TPB –, conforme normas internas em vigor;
XI - ter sido transferido para a reserva não remunerada;
XII - tenha contribuído, dolosamente, para o extravio de arma de fogo que se encontrava
sob sua responsabilidade;
§ 1º - Nos casos do inciso I do caput, havendo indícios de que o militar agiu amparado por
causa legal ou supralegal que exclua o crime (excludente de tipicidade, ilicitude ou
culpabilidade), mediante ato administrativo de reconhecimento de ação legítima, o
Comandante, Diretor ou Chefe poderá autorizar a aquisição de arma de fogo.
§ 2º - Além da situação prevista no §1º deste artigo, excepcionalmente, ao militar que se
encontrar na situação impeditiva descrita no inciso I do caput e não tenha ação legítima
declarada, poderá ser concedida pelo Chefe do Estado-Maior a autorização para aquisição
de arma de fogo ao, mediante:
I - avaliação de saúde que considere o militar apto; e
II - parecer favorável do Comandante, Diretor ou Chefe, que deverá levar em conta, entre
outros aspectos, o fato motivador do impedimento e os antecedentes do militar.
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Art. 8º - Não será deferida a autorização para a aquisição de arma de fogo ao militar da
reserva remunerada ou reformado que se encontrar nas seguintes situações:
I - enquadrar-se no disposto nos incisos I, II, IV, V, VIII e XII do caput do art. 7º desta
Resolução;
II – ter sido considerado inapto na avaliação de saúde;
III – ter sido reformado por transtorno mental ou outra patologia incompatível com a
aquisição, manutenção de porte ou com a posse de arma de fogo;
IV – ter sido dispensado ou licenciado, durante o serviço ativo, do uso ou manuseio de
armamento, por mais de 2 anos, contínua ou alternadamente, nos últimos 5 anos anteriores
a transferência pra reserva remunerada ou reforma;
V - ter sido dispensado definitivamente, durante o serviço ativo, por transtorno mental;
VI – estiver submetido a processo administrativo-disciplinar com vistas à perda do posto,
patente ou da graduação;
VII - não ter obtido o aproveitamento mínimo para a aprovação na avaliação prática com
arma de fogo no último TPB realizado na ativa.
§ 1º - Excepcionalmente, o militar da reserva remunerada ou reformado enquadrado nas
situações impeditivas previstas nos incisos IV, V, e XII do caput do art. 7º e do inciso VI do
caput deste artigo poderá adquirir arma de fogo, mediante ato administrativo das
autoridades militares elencadas no art. 3º desta Resolução, conforme o caso, devidamente
motivado com a indicação do respectivo fato ensejador.
§ 2º - Aplica-se ao militar da reserva remunerada e ao reformado o disposto nos §§ 1º e 2º
do art. 7º desta Resolução.
§ 3º - As avaliações de saúde serão realizadas conforme procedimento a ser definido em
norma específica.
§ 4º - Nas situações impeditivas descritas nos incisos III, IV e V do caput deste artigo, o
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CAPÍTULO III
DA TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE DE ARMA DE FOGO OU MUNIÇÃO
CAPÍTULO IV
DO CONTROLE, CADASTRO E REGISTRO DE ARMA DE FOGO DO MILITAR
Seção I
Do Controle
Seção II
DO CRAF expedido pela PMMG
Art. 15 - O CRAF será expedido com base nas informações constantes no sistema
informatizado da Corporação, devendo ser regulados por Instrução específica a forma e os
dados necessários para sua emissão.
Seção III
Da cassação do registro expedido pela PMMG
CAPÍTULO V
DAS QUESTÕES REFERENTES AO PORTE DE ARMA DE FOGO
Seção I
Do porte de arma de fogo
Art. 18 - O porte de arma de fogo, com validade em âmbito nacional, é inerente à condição
de militar, sendo deferido em razão do desempenho das suas funções institucionais.
§ 1º - Ao militar é assegurado o direito ao porte de arma de fogo de propriedade particular,
devendo portar a Carteira Especial de Identidade – CEI – juntamente com o CRAF ou o e-
CRAF.
§ 2º - É vedado o porte de arma de fogo no interior de estádios desportivos, não estando o
militar em serviço.
§ 3º - Ao portar arma de fogo nos locais onde haja aglomeração de pessoas, em virtude de
evento de qualquer natureza, público ou privado, tais como interior de igrejas, templos,
escolas, clubes, eventos culturais e outros similares, o militar, não estando em serviço,
deverá obedecer às seguintes normas gerais, além de outras previstas em normas
específicas:
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Art. 20 - O militar detentor do porte de arma de fogo deve ter comportamento ético, digno e
discreto, sendo-lhe vedado:
I - valer-se de sua arma de fogo, assim como de sua condição de militar, para sobrepor-se a
outro cidadão, na solução de desavença, discussão ou querela de caráter pessoal;
II - ceder a terceiros arma de fogo de sua propriedade ou pertencente à carga da PMMG,
ainda que seja outro militar;
III - deixar de comunicar o extravio, furto ou roubo da arma de fogo ao Comandante, Diretor
ou Chefe da Unidade a que pertencer, contribuindo para que não ocorra o lançamento das
informações devidas no respectivo cadastro;
IV - deixar de ter o devido cuidado com a arma de fogo ou deixá-la ao alcance de menores
ou incapazes;
V - deixar de apresentar o CRAF ou e-CRAF, sempre que portar sua arma de fogo, às
autoridades quando solicitado;
VI – disparar arma de fogo desnecessariamente ou sem atentar para as regras de
segurança.
Art. 21 - A autorização para o porte de arma de fogo do militar será expressa na CEI.
Parágrafo único - O porte de arma de fogo do militar da reserva remunerada ou reformado
terá validade de 10 (dez) anos.
Art. 22 - O porte de arma de fogo dos militares discentes dos cursos de formação de
ingresso e que não pertenciam aos quadros da PMMG observará o seguinte:
I - será concedido pelo Comandante da Escola a qual estiver vinculado ou autoridade
superior, desde que o militar tenha concluído, com êxito, as disciplinas de armamento e tiro
policial, ou equivalente, bem como se enquadre nos demais requisitos desta Resolução;
II - os discentes a que alude o caput poderão portar arma de fogo da PMMG, em serviço,
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desde que tenham concluído, com êxito, as disciplinas de armamento e tiro policial e
realizem as atividades sob a supervisão da autoridade competente;
III – os discentes a que alude o caput e que possuíam o porte de arma de fogo expedido
quando eram civis ou militares de outra instituição, manterão o porte, devendo providenciar
a regularização da arma de fogo de sua propriedade conforme o art. 11 desta Resolução.
Art. 23 - O militar fardado que não esteja em serviço operacional poderá portar arma de fogo
devidamente acondicionada no coldre, de acordo com o previsto no Regulamento de
Uniformes e Insígnias da Polícia Militar – RUIPM –, sendo:
I - revólver de calibre mínimo .38 SPL;
II - pistola no mínimo a de calibre .380 ACP ou 7,65 Browning.
Parágrafo único - É proibida a utilização de arma de fogo ou munição particular em serviço
operacional.
Seção II
Da renovação do porte de arma de fogo do militar da reserva remunerada ou reformado
Art. 26 - Na CEI do militar da reserva remunerada ou reformado, apto para o porte de arma
de fogo, deverá constar a inscrição: “porte de arma de fogo válido até o ano XXXX”, ou a
inscrição “VALIDADE DO PORTE DE ARMA DE FOGO, CONSULTA POR MEIO DO QR
CODE”.
Art. 27 - A avaliação de saúde para fins de renovação do porte de arma de fogo, prevista no
inciso II do art. 24 desta Resolução, será realizada no último ano de validade do porte.
avaliação de saúde, prevista no inciso II do art. 24 desta Resolução, terá o porte de arma de
fogo cassado após o prazo estipulado.
§ 1º - O militar da reserva remunerada ou reformado considerado inapto, em caráter
temporário, na avaliação de saúde, poderá ser submetido à nova avaliação, em prazo
determinado pelo Oficial de saúde, conforme o caso, não inferior a 90 (noventa) dias,
mediante requerimento do interessado, permanecendo neste período com o porte suspenso.
§ 2º - No caso de parecer de inaptidão definitiva para o porte, o militar da reserva
remunerada ou reformado terá o porte de arma de fogo cassado, podendo requerer ao
Comandante da Unidade à qual estiver vinculado nova avaliação de saúde, junto ao
respectivo NAIS, SAS ou CM, no prazo máximo de 90 (noventa) dias, podendo ainda, no
mesmo prazo, requerer, em grau de recurso, uma última reavaliação junto à JCS.
§ 3º - A avaliação de saúde para a manutenção do porte de arma de fogo, ocorrerá na
Unidade mais próxima da residência do militar ou na Unidade à qual ele estiver vinculado e
será disciplinada em Instrução específica.
Seção III
Da cassação e suspensão do porte
Art. 32 – Compete às autoridades descritas no art. 3º desta Resolução a expedição dos atos
administrativos de cassação e suspensão do porte de arma de fogo, que serão publicados
em BI-AR.
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Art. 33 - Como medida preventiva, por ato devidamente fundamentado, caberá a imediata
suspensão da autorização para o porte de arma de fogo do militar que:
I - for surpreendido portando arma de fogo em atividade extraprofissional, relacionada à
atividade de segurança privada ou afim, independentemente das medidas disciplinares
cabíveis ao caso;
II - for surpreendido portando arma de fogo, em serviço ou em trânsito, com sintomas de
estar alcoolizado ou sob efeito de substância entorpecente;
III – for acusado de fazer uso irregular do armamento, até a solução definitiva do
procedimento apuratório;
IV - não cumprir o disposto no art. 20 desta Resolução.
Parágrafo único. A medida prevista neste artigo poderá, a depender da urgência e diante da
situação em concreto, ser determinada pela autoridade competente para imediato
cumprimento e, em seguida, proceder-se-á a expedição do respectivo ato administrativo.
Art. 35 - A cassação ou a suspensão do porte de arma de fogo não constitui medida punitiva
e, portanto, não elide a eventual aplicação das sanções disciplinares por infrações
administrativas praticadas.
§ 1º - O ato de cassação ou suspensão surtirá efeitos a partir da data da sua publicação.
§ 2º - A medida de recolhimento definitivo ou provisório da CEI, nos casos de cassação ou
suspensão, somente será aplicada após a expedição de novo documento de identificação.
Art. 36 - O militar que tiver o porte de arma de fogo cassado ou suspenso não poderá
trabalhar em serviços operacionais que exijam o porte, devendo ser empregado em
atividades que não seja necessário o uso de arma de fogo, enquanto perdurar a restrição.
CAPÍTULO VI
DO EXTRAVIO, DA APREENSÃO E DO RECOLHIMENTO DE ARMA DE FOGO DO
MILITAR
Seção I
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Do extravio
Art. 37 - Ocorrendo extravio, por roubo, furto ou perda de arma de fogo, pertencente a
militar, este deverá providenciar a lavratura de boletim de ocorrência na data de
conhecimento do extravio e, até o primeiro dia útil subsequente, comunicar o fato ao seu
Comandante, Diretor ou Chefe, formalmente, anexando o CRAF (caso tenha sido impresso
em papel moeda).
§ 1º - Recebida a comunicação, a Unidade providenciará a publicação do extravio em BI-AR
e a atualização da situação do armamento no sistema informatizado institucional, notificando
o Centro de Material Bélico – CMB – da DAL.
§ 2º - Conhecendo o fato, o CMB/DAL remeterá as informações ao órgão competente do EB
para registro no SIGMA.
§ 3º - O CRAF permanecerá arquivado na Unidade, por 6 (seis) meses, findo os quais será
destruído e somente será expedida a 2ª via se a arma for recuperada, devendo ser
apresentada na Unidade à qual o militar estiver vinculado assim que for restituída.
Art. 38 - O proprietário que tiver sua arma de fogo de uso restrito extraviada, furtada,
roubada ou perdida, somente pode adquirir nova arma de uso restrito depois de solução de
procedimento investigatório que ateste não ter havido por parte do proprietário imperícia,
imprudência ou negligência, bem como indício de cometimento de crime.
Seção II
Da apreensão
Seção III
Do recolhimento da arma de fogo de militar inapto à posse
CAPÍTULO VII
COLETES DE PROTEÇÃO BALÍSTICA
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 50 - O militar que tiver o seu CRAF (impresso em papel moeda) extraviado, por qualquer
motivo, providenciará, de imediato, o registro em boletim de ocorrência e comunicará o fato
ao seu Chefe direto e à autoridade militar que expediu o documento.
Parágrafo único - O militar comunicará, de imediato, à sua Unidade a recuperação do CRAF
extraviado.
Art. 51 - Nos casos em que o militar estiver com licença ou dispensa de saúde com restrição
ao uso ou manuseio de armamento e, ao mesmo tempo, possuir arma de fogo registrada no
SIGMA, constante do acervo de colecionamento, tiro desportivo ou caça, a Unidade do
militar deverá comunicar aquela situação ao órgão competente do EB para fins de
suspensão ou cancelamento do respectivo registro, nos termos da legislação de regência.
Art. 52 - A DAL e a DS expedirão Instrução ou outro ato ordinatório específico, podendo ser
conjunto, objetivando operacionalizar ou complementar as normas desta Resolução.
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§ 1º - Poderá ser expedido ato conjunto com outra Unidade de Direção Intermediária - UDI -,
para orientação que envolva interesse comum relativamente às normas desta Resolução,
observados os seus parâmetros.
§ 2º - Os quantitativos para aquisição de arma de fogo, munição e colete de proteção
balística, quando modificados pela legislação aplicável ou por ato de autoridade competente,
poderão ser disciplinados em Instrução específica.
Art. 53 - O CRAF expedido até a data da publicação desta Resolução permanecerá válido,
devendo ser substituído pelo novo modelo quando expirar o seu prazo de validade.