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A inclusão Eleitoral de pessoas com deficiência: Caso de Albinos.

Graça Imidio Quive

Partindo da ideia de que democracia é o poder do povo pelo povo para o povo, é um atentado à
democracia tirar das pessoas com deficiência as condições para votarem e serem votadas, tendo em
vista que por intermédio da participação, o indivíduo se fortalece como cidadão e, mais fortalecido,
participa cada vez mais, solidificando a cultura democrática e concretizando o Estado Democrático de
Direito. Desse modo, tem-se que reconhecer os diversos anseios de uma sociedade para que todos
possam alcançar seus direitos, serem ouvidos,participarem de forma ativa da política e de processos
deliberativos e isso só é alcançado através do processo democrático participativo. (Elisabeth dos Santos
& Guilherme Wensing)

Segundo Sitoi Lutxeque (jornalista de Nampula) Durante a campanha eleitoral de 2019, em


Moçambique, as pessoas com deficiência e albinos não se sentem inclusos na agenda dos candidatos em
Nampula, em contra partida os partidos políticos dizem que eles fazem parte do seu programa eleitoral.
Os Albinos afirmam que ficam na bicha mesmo com o sol e o sol lhes faz mal, não podem ficar muito
tempo expostos.

Nesse caso é necessário que o governo crie mecanismos a altura das necessidades que as pessoas
portadoras de albinismo enfrentam,tais como:

 Os partidos políticos devem ser acolhedores, procurarem meios de incluir essas pessoas nos
seus programas, não só serem acolhidos no momento de exercer o seu direito cívico;
 Capacitação dos MMV'S para que possam atender as necessidades desses indivíduos quando
preciso no dia da votação;
 Serem dados prioridades nas filas no dia da votação;
 Terem direito a acompanhante da sua confiança ( no caso de ser também portador de
deficiência visual); entre outros

Assim essas pessoas poderão se sentir inclusos no processo eleitoral e também minimizem optar por
abstenção.

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