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Cobrança de Clientes Inadimplentes – Adriano Blatt – Rua das Palmeiras, 260 – Santa Cecília – São

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Instituto Brasileiro de Especialização Técnica


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Santa Cecília
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COMO COBRAR
DE CLIENTES
INADIMPLENTES

ADRIANO BLATT

Direitos Autorais Reservados – Reprodução Expressamente Proibida - 1


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VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL

Nos termos da lei que resguarda os direitos autorais, é expressamente proibida a


reprodução total ou parcial desta obra, inclusive a produção de apostilas a partir
deste material, de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico,
inclusive através de processos xerográficos, de fotocópia ou gravação, sem
permissão por escrito do autor. Qualquer reprodução mesmo que não idêntica a
este material, mas que caracterize similaridade confirmada judicialmente, também
sujeitará seu responsável às sanções da legislação em vigor.

Determina a legislação que trata da violação dos direitos autorais (Código Penal):

“DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE INTELECTUAL”

Art. 184. Violar direito autoral:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa

§1º  Se a violação consistir na reprodução, por qualquer meio, de obra intelectual, no


todo ou em parte, para fins de comércio, sem autorização expressa do autor ou de
quem o represente, ou consistir na reprodução de fonograma e videofonograma, sem
autorização do produtor ou de quem o represente:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.

§2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende, expõe à venda,
introduz no País, adquire, oculta, empresta, troca ou tem em depósito, com intuito de
lucro, original ou cópia de obra intelectual, fonograma ou videofonograma,
produzidos ou reproduzidos com violação de direito autoral

§3º Em caso de condenação, ao prolatar a sentença, o juiz determinará a destruição da


produção ou reprodução criminosa

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COBRANÇA E RECUPERAÇÃO DE DÍVIDAS


ADRIANO BLATT

TEL: (011) 825-9444


FAX: (011) 825-9444 ramal 500
E-MAIL (internet):
adriano@ blatt.com.br
Rua das Palmeiras, 260
São Paulo SP
CEP 01226-010

ESTRUTURAÇÃO DO CURSO
PRIMEIRA PARTE: aspectos operacionais e administrativos
SEGUNDA PARTE: aspectos legais

AS DUAS PARTES SÃO RADICALMENTE DISTINTAS !!!

AUMENTO DA INADIMPLÊNCIA
Diário do Comércio 12/03/96
Está aumentando assustadoramente a inadimplência nos Estados Unidos; juntos, os
consumidores americanos devem o equivalente a um Brasil e meio: US$ 1 trilhão
A dívida dos americanos no cartão de crédito dobrou nos últimos anos, e eles não estão
conseguindo pagar.
Porisso, virou moda decretar falência de pessoa física.
Declararam-se falidos, ano passado 843 mil americanos

A GLOBALIZAÇÃO DO CALOTE (revista América Economia agosto/97)


Quando o tequilazo balançou o México em 1995, milhares de devedores ficaram enforcados
por causa das altas taxas de juros e do desemprego. Muitos resolveram levar o “Devo, não
nego. Pago quando puder...”a sério.
Um grupo de, literalmente, “caloteiros” formou há 3 anos a El Barzón - entidade que dá
assessoria a pessoas e empresas na negociação de suas dívidas com bancos e com o governo
mexicano. Hoje, a El Barzón tem dezenas de milhares de associados.
A El Barzón já está exportando a idéia. Um dos primeiros importadores foram os
equatorianos com seu Club de Deudores, que reuniu mais de 5 mil pessoas em maio (97).
O próximo passo foi dado rumo ao mercado de maior potencial de caloteiros da região: o
Brasil. Para o desassossego de muitos credores, em julho (97), representantes da divisão
empresarial da El Barzón e outras associações de pequenos e médios empresários latinos
encontraram-se no país.

REGRAS BÁSICAS DE COBRANÇA

PRIMEIRA REGRA
A cobrança deve ser feita em tom de efetiva esperança de recebimento

SEGUNDA REGRA
Faça algo a cada “vinte dias”

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TERCEIRA REGRA
Não vire as costas para suas Contas a Receber

QUARTA REGRA
Nunca demonstre fraquezas

QUINTA REGRA
Não tenha medo de pressionar

SEXTA REGRA
Diga o que irá fazer e faça

SÉTIMA REGRA
Trabalhe em parceria

CICLO DE VENDAS
Uma venda nunca é completada até que a conta seja totalmente paga !!!
Enquanto não ocorre o recebimento, a venda é apenas uma ilusão !!!

OBJETIVOS DOS ESFORÇOS DE COBRANÇA


Resolver os problemas agora, a curto prazo e assegurar um fluxo tranqüilo de pagamentos, o
que significa melhorar a situação financeira do credor
Ter uma redução consistente nos devedores a longo prazo, o que significa melhorar a situação
econômica do credor

COMO O DEPARTAMENTO DE COBRANÇA AFETA O LUCRO


1. Pela eficácia do programa de avaliação de cobrança.
2. Pela atitude do pessoal no departamento de cobrança em negociar com clientes devedores.
3. Pela eficiência da abordagem tomada no programa de cobrança

RELACIONAMENTO ENTRE CRÉDITO E COBRANÇA


 Boas cobranças começam com boa gestão de crédito
 Crédito implica em promessa de pagamento
 Cobrança implica no caminho de se fazer cumprir a promessa

POLÍTICAS E PROCEDIMENTOS DE COBRANÇA

Política de cobrança
Qualquer plano ou curso de ação destinado a influenciar e determinar ações, decisões e outros
assuntos de cobrança
Procedimentos de cobrança
Maneira de atuar, uma forma de desempenhar ou efetuar algo, na condução da cobrança

COBRADOR É UM VENDEDOR
 Por um curto período, eles devem vender ao cliente a idéia de efetuar um pagamento
imediato da dívida.
 Por um longo período, eles querem inspirar pagamentos regulares e consistentes das
contas futuras.

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FATORES FUNDAMENTAIS NA COBRANÇA


 Velocidade
 Qualidade

COBRADOR É UM VENDEDOR
 influenciam fortemente as vendas futuras
 estão permanentemente vendendo a imagem do credor.
 Algumas empresas, dentro de um conceito moderno de administração, comissionam o
cobrador

FUNÇÕES DA ÁREA COMERCIAL


 Apoio na análise de crédito na venda
 Eventual decisão de crédito para situações específicas
 Eventual desempenho no esforço de cobrança

QUANTIFICAÇÃO DO DESEMPENHO DA COBRANÇA

ÍNDICE DE INADIMPLÊNCIA
NÃO EXISTE FÓRMULA PADRONIZADA PARA CÁLCULO DE ÍNDICE DE
INADIMPLÊNCIA!!!

ANÁLISE INDIVIDUAL DE CONTAS A RECEBER

CLIENTE TOTAL CORRENTE até 30 31d-60d 61d-90d MAIS DE


(a vencer) dias 90d

XYZ $50.000 $40.000 0 $7.000 $2000 $1.000

ANÁLISE DE CONTAS A RECEBER GERAL

CLIENTE TOTAL COR- até 30 dias 31d-60d 61d-90d MAIS DE


RENTE 90d
(a vencer)
XYZ $50.000 $40.000 0 $7.000 $2.000 $1.000

ABC $101.000 $75.000 $ 1.000 $15.000 $7.000 $3.000

DEF $10.500 $9.500 $ 500 0 0 $500

GHI $50.100 $25.000 $ 100 $20.000 $3.000 $2.000

TOTAL $211.600 $149.500 $ 1.600 $42.000 $12.000 $6.500

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COBRANÇA DE CONSUMIDOR

DEFINIÇÃO DE CONSUMIDOR
Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatário final

DEFINIÇÃO DE FORNECEDOR
Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem
como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem,
criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização
de produtos ou prestação de serviços.

DEFINIÇÃO DE PRODUTO E SERVIÇO


 Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial
 Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração,
inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes
das relações de caráter trabalhista

COBRANÇA DE CONSUMIDOR INADIMPLENTE


Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto ao ridículo, nem será
submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça

COBRANÇA DE CONSUMIDOR INADIMPLENTE


O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor
igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais,
salvo hipótese de engano justificável.

COBRANÇA DE CONSUMIDOR
Aquele que utilizar na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou
moral, afirmações falsas, incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que
exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso
ou lazer, estará sujeito a uma pena de detenção de três meses a um ano e multa

CARTÃO SEM FUNDOS


(Revista Carta Capital 09/07/97)
Bancos que emitem cartão de crédito a torto e direito estão propensos a oferecer seu plástico
também aos caloteiros. Nos Estados Unidos, uma mulher recebeu o cartão e torrou US$ 3 mil
sabendo que não poderia pagar. A instituição entrou na justiça - e perdeu. Um juiz federal
declarou que o banco incentivou a mulher a gastar sem investigar direito a sua situação
financeira.

COAÇÃO
 A coação, para viciar (invalidar) a manifestação da vontade, há de ser tal, que incuta ao
paciente (coagido) fundado temor de dano à sua pessoa, à sua família, ou a seus bens,
iminente e igual, pelo menos ao receável do ato extorquido.
 No apreciar a coação, se terá em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o
temperamento do paciente (coagido) e todas as demais circunstâncias, que lhe possam
influir na gravidade.

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 Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples


temor reverencial (de respeito, acatamento).
 A coação vicia (invalida) o ato, ainda que exercida por terceiro. Se a coação exercida por
terceiro for previamente conhecida à parte a quem aproveite, responderá esta
solidariamente com aquele por todas perdas e danos.
 Se a parte prejudicada com a anulação do ato não soube da coação exercida por terceiro,
só este responderá pelas perdas e danos.

CONSTRANGIMENTO ILEGAL
Aquele que constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver
reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei
permite, ou a fazer o que ela não manda, estará sujeito a pena de detenção de 3 (três) meses a
1 (um) ano e multa.

AMEAÇA
Aquele que ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico,
de causar-lhe mal injusto ou grave, estará sujeito a pena de detenção de 1 (um) a 6 (seis)
meses, ou multa.

DECRETO 2.181 DE 20/03/97


(Dispõe sobre a organização do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor)
Das Práticas Infrativas
Art.13. São consideradas práticas infrativas..
...........
......
IX- submeter o consumidor inadimplente a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça
..............
Art.17. As práticas infrativas classificam-se em:
I - leves: aquelas em que forem verificadas somente circustâncias atenuantes;
II – graves: aquelas em que forem verificadas circustâncias agravantes.
.........
Seção III - Das Penalidades Administrativas
Art.18. inobservância das normas contidas na Lei nº 8.078 de 1990, e das demais normas de
defesa do consumidor constituirá prática infrativa e sujeitará o fornecedor às seguintes
penalidades, que poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, inclusive de forma
cautelar, antecedente ou incidente no processo administrativo, sem prejuízo das de natureza
cível, penal e das definidas em normas específicas:
...............
Seção III - Das Penalidades Administrativas
I - multa;
II – apreensão do produto;
III – inutilização do produto;
IV – cassação do registro do produto junto ao órgão competente;
V – proibição de fabricação do produto;
VI – suspensão de fornecimento de produtos ou serviços; (cont.)
...................
Seção III - Das Penalidades Administrativas
VII – suspensão temporária de atividade;

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VIII – revogação de concessão ou permissão de uso;


IX – cassação de licença do estabelecimento ou de atividade;
X – interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de atividade;
XI – intervenção administrativa;
XII – imposição de contrapropaganda.

QUALIDADES PRINCIPAIS DE UM PROGRAMA EFICAZ DE COBRANÇA


Ter um programa estratégico claramente definido para cada tipo de conta.
Um avanço bem ordenado, que seja “cronometrado”.

INSTRUMENTOS DE COBRANÇA
 CORRESPONDÊNCIA
 TELEFONE
 VISITA PESSOAL
 EMPRESA TERCEIRIZADA
 COBRANÇA JUDICIAL

CLASSIFICAÇÃO QUANTO A EFICÁCIA E CUSTO


PROGRAMA CUSTO EFICÁCIA
CORRESPONDÊNCIA MENOR MENOR
TELEFONE INTERMEDIÁRIO INTERMEDIÁRIA
VISITA PESSOAL MAIOR MAIOR

ERROS NA ESTRUTURAÇÃO DA COBRANÇA


 Não utilização de uma lógica evolutiva de custo e de eficácia
 Utilização simultânea de vários métodos de cobrança

PRODUTIVIDADE – PRINCÍPIO DE PARETO


VALOR DA DÍVIDA NÚMERO DE TOTAL (EM $)
(EM $) CLIENTES
50.000 - 74.999 11 579.155
100.000 ou + 4 537.643
1.000 - 1.499 287 361.032
75.000 - 99.999 8 643.232
2.500 - 4.999 108 413.682
25.000 - 49.999 32 1.037.967
10.000 - 14.999 73 985.316
Abaixo de $1.000 643 413.683
5.000 - 9.999 174 1.090.618
1.500 - 2.499 306 564.112
15.000 - 24.999 47 895.058
Total 1693 7.521.498

Inicialmente, vamos organizar por ordem decrescente de valor das contas:

VALOR DA DÍVIDA NÚMERO DE TOTAL (EM $)


(EM $) CLIENTES

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100.000 ou + 4 537.643
75.000 - 99.999 8 643.232
50.000 - 74.999 11 579.155
25.000 - 49.999 32 1.037.967
15.000 - 24.999 47 895.058
10.000 - 14.999 73 985.316
5.000 - 9.999 174 1.090.618
2.500 - 4.999 108 413.682
1.500 - 2.499 306 564.112
1.000 - 1.499 287 361.032
Abaixo de $1.000 643 413.683
Total 1693 7.521.498

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Podemos então , segmentar a tabela em 2 (suas) tabelas, conforme segue:

VALOR DA DÍVIDA NÚMERO DE TOTAL (EM $)


(EM $) CLIENTES
100.000 ou + 4 537.643
75.000 - 99.999 8 643.232
50.000 - 74.999 11 579.155
25.000 - 49.999 32 1.037.967
15.000 - 24.999 47 895.058
10.000 - 14.999 73 985.316
5.000 - 9.999 174 1.090.618
Total 349 5.768.989
Percentual do total geral 20,61 % 76,70 %

VALOR DA DÍVIDA NÚMERO DE TOTAL (EM $)


(EM $) CLIENTES
2.500 - 4.999 108 413.682
1.500 - 2.499 306 564.112
1.000 - 1.499 287 361.032
Abaixo de 1.000 643 413.683
Total 1344 1.752.509
Percentual do total geral 79,39 % 23,30 %

COBRANÇA POR CORRESPONDÊNCIA

RESULTADO DA COBRANÇA POR CORRESPONDÊNCIA


 Resultados diretos - dinheiro cobrado em função do envio da correspondência
 Resultados indiretos - melhor retorno estatístico dos métodos de cobrança utilizados
posteriormente às correspondências

CAUSAS QUE PODEM GERAR MAU DESEMPENHO DA COBRANÇA POR


CORRESPONDÊNCIA
 Má estruturação da cobrança
 Má quantificação do resultado indireto
 Má quantificação do resultado da cobrança (Receitas de cobrança menos Despesas de
cobrança)

CAUSAS QUE PODEM GERAR MAU DESEMPENHO DA COBRANÇA POR


CORRESPONDÊNCIA
 Perfil do devedor inadequado à utilização de correspondência
 Perfil do credor inadequado à utilização de correspondência
 Perfil da dívida inadequado à utilização de correspondência

QUANTIDADE DE CORRESPONDÊNCIAS DE COBRANÇA


 uma cobrança branda
 uma cobrança intermediária

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 uma cobrança incisiva, contundente

COMO ELABORAR UMA CORRESPONDÊNCIA DE COBRANÇA


ESTRUTURA DA CORRESPONDÊNCIA
 Deve conter exatamente 4 ítens
 A ordem dos ítens deve ser extremamente rígida

ESTRUTURAÇÃO DA CORRESPONDÊNCIA DE COBRANÇA


1) Deve apresentar a situação, com descrição detalhada da dívida (valores, vencimentos,
número de fatura, etc.)
2) Deve ter um objetivo, pedindo ação (dizer claramente o que o credor quer que seja feito)
3) Deve dar a quem recebe uma razão para atender ao apelo, um motivo para o devedor agir
(ex.: continuação de fornecimento, evitar ações legais, etc.)
4) Deve descrever o modo pelo qual o devedor pode atender a solicitação, explicando como
o devedor deve agir (Ex.: descrição da conta bancária)

ERROS USUAIS NAS CORRESPONDÊNCIAS DE COBRANÇA


 Apresentação somente dos ítens 1 e 2, nesta ordem
 Apresentação somente dos ítens 1, 2 e 4, nesta ordem
 Apresentação dos ítens 1, 2, 4 e 3, nesta ordem
 Apresentação de ítens incompletos ou insuficientes, especialmente os ítens 1 e 4

DIAGRAMAÇÃO DA CORRESPONDÊNCIA DE COBRANÇA


 Estilo de texto claro e descomplicado - sem gírias ou vocábulos de difícil compreensão,
sem frases longas, etc.
 Estrutura simples e de fácil acompanhamento
 Texto menor do que 1 página (com letras de bom tamanho)

ESTILO POSITIVO E NEGATIVO DA CORRESPONDÊNCIA


Negativo: Se a dívida não for quitada, serão suspensas futuras entregas
Positivo: Se a dívida for quitada, continuaremos regularmente nosso fornecimento

Negativo: O não pagamento acarretará sanções legais


Positivo: O pagamento evitará a consideração das sanções legais

ACORDO DE PAGAMENTO
 Deve preferencialmente ser ratificado por escrito
 Em alguns casos através de confissão de dívida e/ou com garantias reais ou fidejussórias
(aval ou fiança)

COBRANÇA POR TELEFONE


1. Contas de negociação especial, tais como:
Contas que a gerência de empresa credora diz que não devem receber avisos de
cobrança.
Grandes clientes.
Instituições especiais.
Órgãos públicos.
2. Contas com valores devedores que entram no critério de cobrança telefônica.

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3. Algumas contas previamente cobradas por correspondência

VANTAGENS DA COBRANÇA POR TELEFONE


 É barata quando comparada à visita pessoal
 É bilateral
 É imediata e produz algum tipo de resposta ou sensação no momento em que o contato é
feito
 Permite que sejam feitos questionamentos, que sejam obtidas informações, e que seja
adotada uma estratégia em função das informações obtidas
 Permite flexibilidade na abordagem conforme o tipo de reação
 Pode gerar acordo durante o próprio telefonema

REGRAS BÁSICAS NA COBRANÇA


 Evitar ser cínico
 Manter controle

REGISTRO DA COBRANÇA TELEFÔNICA


 Deve ser feito por escrito, preferencialmente em arquivos informatizados
 Follow up (acompanhamento) deve ser feito permanentemente

SERVIÇOS EXTERNOS DE COBRANÇA AMIGÁVEL


 Um serviço externo de cobrança qualificado pode complementar a atividade de cobrança
no ponto em que o credor tenha esgotado seus recursos e capacidades.
 Contas devedoras devem ser encaminhadas para uma agência externa de cobrança
amigável somente como penúltimo recurso (o último recurso seria o judicial).
 Um serviço externo de cobrança deve ser usado por quase todos. Raros casos não
justificam sua utilização.

QUANDO ENCAMINHAR A CONTA A UMA AGÊNCIA DE COBRANÇA


 quando as contas excederem o ponto de atraso, por exemplo, de mais de 90 dias, sem ter
havido ação apropriada por parte do cliente.
 por terem se esgotado os recursos e capacidades do credor
 quando o valor não justifica o esforço do credor

O QUE OBSERVAR ANTES DE CONTRATAR UMA AGÊNCIA DE COBRANÇA


 pedir referências
 checar as referências
 perguntar há quanto tempo eles usam o serviço.
 verificar quais os tipos de contas encaminhadas para o serviço
 verificar qual a porcentagem de contas encaminhadas a eles que foram pagas
 verificar se o serviço é pontual em relatar o progresso com as contas

TÉCNICAS ADICIONAIS DE COBRANÇA E SOLUÇÕES


 Oferecer alternativas plausíveis ao devedor
 Não se intimidar pela posição “vantajosa” do devedor, ou seja, o medo que o credor tem
de não receber
 Instituir um plano de amortização

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 Apenas efetuar grandes concessões quando o devedor apresentar e executar um plano de


recuperação
 Estabelecer metas para o devedor atingir
 Espaçar cuidadosamente os contatos com o devedor - evitar intervalos de tempo muito
curtos ou excessivamente longos

MONTAGEM DO PLANO DE COBRANÇA

QUANDO PROTESTAR UM TÍTULO


ATENÇÃO: Não há regra quanto a:
 protestar ou não um título
 quando protestar

PLANO DE COBRANÇA

ETAPA SERÁ ADOTADA? ETAPA DE COBRANÇA PRAZO


(SIM/NÃO)
Primeira correspondência
Segunda correspondência
Terceira correspondência
Contato telefônico
Visita pessoal
Empresa terceirizada de
cobrança amigável
Cobrança judicial

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Exemplo

ETAPA SERÁ ADOTADA? ETAPA DE COBRANÇA


(SIM/NÃO) PRAZO
enviada no dia da constatação
Primeira correspondência da inadimplência, oferecendo
SIM 3 dias para pagamento
enviada no dia seguinte ao
vencimento da primeira
SIM Segunda correspondência correspondência, oferecendo
4 dias para pagamento
enviada no dia seguinte ao
vencimento da segunda
SIM Terceira correspondência correspondência, oferecendo
1 dia para pagamento
Prazo de 1 (um) mês para a
SIM Contato telefônico solução
NÃO Visita pessoal
SIM Empresa terceirizada de Prazo de 2 (dois) meses para
cobrança amigável a solução
NÃO Cobrança judicial

CHEQUES

ENDOSSO EM CHEQUES
Salvo estipulação em contrário, o endossante (que endossa) garante o pagamento.

AVAL NO CHEQUE
 pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por
terceiro
 Considera-se como resultante da simples assinatura do avalista, aposta no anverso do
cheque, salvo quando se tratar da assinatura do emitente.
 aval deve indicar o avalizado. Na falta de indicação, considera-se avalizado o emitente.
 avalista se obriga da mesma maneira que o avalizado.
 avalista que paga o cheque adquire todos os direitos dele resultantes contra o avalizado e
contra os obrigados para com este em virtude do cheque.
 portador tem o direito de demandar todos os obrigados, individual ou coletivamente, sem
estar sujeito a observar a ordem em que se obrigaram. O mesmo direito cabe ao obrigado
que pagar o cheque.
 A ação contra um dos obrigados não impede que sejam os outros demandados, mesmo
que se tenham obrigado posteriormente àquele.

AÇÃO EXECUTIVA - CHEQUE


O portador pode exigir do demandado:
I - a importância do cheque não pago;
II - os juros legais desde o dia da apresentação;

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III - as despesas que fez;


IV - a compensação pela perda do valor aquisitivo da moeda, até o embolso das importâncias
mencionadas nos itens antecedentes.

APRESENTAÇÃO PARA PAGAMENTO


O Cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 30
(trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 (sessenta) dias,
quando emitido em outro lugar do país ou no exterior.

PRESCRIÇÃO
Prescreve em 6 (seis) meses, contados da expiração do prazo de apresentação, a ação de
execução do cheque que a lei assegura ao portador.
A ação de regresso de um obrigado ao pagamento do cheque contra outro prescreve em 6
(seis) meses, contados do dia em que o obrigado pagou o cheque ou do dia em que foi
demandado.

PREFERÊNCIA NOS PAGAMENTOS


O pagamento se fará à medida em que forem apresentados os cheques e se dois ou mais
forem apresentados simultaneamente, sem que os fundos disponíveis bastem para o
pagamento de todos, terão preferência os de emissão mais antiga e, se da mesma data, os de
número inferior.

DUPLICATAS

REFORMA E PRORROGAÇÃO
A reforma ou prorrogação, para manter a coobrigação dos demais intervenientes por endosso
ou aval, requer a anuência expressa destes.

PROTESTO DE DUPLICATAS
O protesto será lavrado na praça de pagamento constante do título.
O portador que não lavrar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do prazo de 30
(trinta) dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de regresso contra os
endossantes e respectivos avalistas.

PRESCRIÇÃO PARA EXECUÇÃO


A pretensão à execução da duplicata prescreve:
I - contra a sacado e respectivos avalistas, em 3 (três) anos, contados da data do protesto;
II - contra endossante e seus avalistas, em 1 (um) ano, contado da data do protesto;
III - de qualquer dos coobrigados, contra os demais, em 1 (um) ano, contado da data em que
haja sido efetuado o pagamento do título.

COBRANÇA JUDICIAL
A cobrança judicial poderá ser proposta contra um ou contra todos os coobrigados, sem
observância da ordem em que figurem no título.

PROTESTO DE DUPLICATAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS


Constitui documento hábil, para transcrição do instrumento de protesto, qualquer documento
que comprove a efetiva prestação dos serviços e o vínculo contratual que a autorizou.

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PENALIZAÇÃO PARA “DUPLICATAS FRIAS”


Aquele que emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria
vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado estará sujeito a pena de
detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

NOTAS PROMISSÓRIAS

AVAL DE NOTA PROMISSÓRIA


O pagamento de uma nota promissória, independente do aceite e do endosso, pode ser
garantido por aval. Para a validade do aval, é suficiente a simples assinatura do próprio punho
do avalista ou do mandatário (procurador) especial, no verso ou no anverso da letra.

LUGAR DE PAGAMENTO
É facultada a indicação alternativa de lugares de pagamento, tendo o portador direito de
opção.

AÇÃO CAMBIAL
A ação cambial é a executiva.
A ação cambial pode ser proposta contra um, alguns ou todos os coobrigados, sem estar o
credor adstrito à observância da ordem dos endossos.

PRESCRIÇÃO DA AÇÃO CAMBIAL


A ação cambial, contra o emitente e respectivos avalistas, prescreve em 5 (cinco) anos.
A ação cambial contra o endossador e respectivo avalista prescreve em 12 (doze) meses.
O prazo da prescrição é contado do dia em que a ação pode ser proposta; para o endossador
ou respectivo avalista que paga, do dia desse pagamento.

COBRANÇA BANCÁRIA

CARTEIRAS DE COBRANÇA BANCÁRIA


 Carteira de Cobrança Simples
 Carteira de Cobrança Caucionada
 Carteira de Desconto

DAÇÃO EM PAGAMENTO
O credor pode consentir em receber coisa que não seja dinheiro, em substituição da prestação
que lhe era devida.

FORMALIDADES
TODA DAÇÃO EM PAGAMENTO DEVE SER FEITA POR ESCRITO
 Qualificação do credor
 Qualificação do devedor
 Qualificação do proprietário do bem (que pode não ser o devedor)
 Descrição da dívida
 Descrição do bem
 Assinatura com firma reconhecida:
 do credor

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 do devedor
 do proprietário do bem (que pode eventualmente não ser o devedor)
 de 2 testemunhas
 Registro em Cartório competente (Registro de Imóveis, Registro de Títulos e
Documentos)
 Registro em Órgão competente, quando for o caso (por exemplo, Detran)

REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS


Estão sujeitos a registro, no Registro de Títulos e Documentos, para surtir efeitos em relação
a terceiros os instrumentos de dação em pagamento.

COMPROVAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITOS


É exigida Certidão Negativa de Débito - CND do Instituto Nacional de Seguridade Social -
INSS, bem como a Certidão de Quitação de Tributos e Contribuições Federais Administrados
pela Secretaria da Receita Federal, de empresas:
 na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem imóvel ou direito a ele relativo
 na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem móvel incorporado ao ativo
permanente da empresa, desde que de valor superior ao valor determinado em legislação
pertinente

CESSÃO DE CRÉDITO
 credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou
a convenção com o devedor.
 A cessão de crédito não vale em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas
por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente
da cessão feita.
 Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao credor
primitivo, ou que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga ao cessionário, que lhe
apresenta, com o título da cessão, o da obrigação cedida.

IMPENHORABILIDADE DE BENS
O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não
responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra
natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele
residam, salvo nas hipóteses previstas mais adiante.

EXCLUSÕES DA IMPENHORABULIDADE
Excluem-se da impenhorabilidade os veículos de transporte, obras de arte e adornos
suntuosos.
 em razão dos créditos de trabalhadores da própria residência e das respectivas
contribuições previdenciárias;
 pelo credor de pensão alimentícia;
 para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função
do imóvel familiar;
 para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela
entidade familiar;

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 por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal
condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens;
 por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.

AUSÊNCIA DO BENEFÍCIO
Não se beneficiará da impenhorabilidade do bem de família aquele que, sabendo-se
insolvente, adquire de má-fé imóvel mais valioso para transferir a residência familiar,
desfazendo-se ou não de moradia antiga.
Neste caso poderá o juiz, na respectiva ação do credor, transferir a impenhorabilidade para a
moradia familiar anterior, ou anular-lhe a venda, liberando a mais valiosa para execução ou
concurso, conforme a hipótese.

IMÓVEL RURAL
Quando a residência familiar constituir-se em imóvel rural, a impenhorabilidade restringir-se-
á à sede de moradia, com os respectivos bens móveis

PEQUENA PROPRIEDADE RURAL


nos casos de pequena propriedade rural, a impenhorabilidade restringir-se-á à área limitada
como pequena propriedade rural. É assim definida em lei, desde que trabalhada pela família,
e não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade
produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.

CONCEITO DE RESIDÊNCIA
Para os efeitos de impenhorabilidade, considera-se residência um único imóvel utilizado pelo
casal ou pela entidade familiar para moradia permanente.

VÁRIAS RESIDÊNCIAS
Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados como
residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, salvo se outro tiver sido
registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis e na forma da lei

BENS ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEIS


 As provisões de alimento e de combustível, necessárias à manutenção do devedor e de
sua família durante 1 (um) mês
 anel nupcial e os retratos de família
 Os vencimentos dos magistrados, dos professores e dos funcionários públicos, o soldo e
os salários, salvo para pagamento de prestação alimentícia
 Os equipamentos dos militares
 Os livros, as máquinas, os utensílios e os instrumentos necessários ou úteis ao exercício
de qualquer profissão
 As pensões, as tenças (pensão periódica, que alguém recebe do Estado ou de particular
para seu sustento) ou os montepios (direito de pensão por morte de alguém), percebidos
dos cofres públicos, ou de institutos de previdência, bem como os provenientes de
liberalidade de terceiro, quando destinados ao sustento o devedor ou da sua família
 Os materiais necessários para obra em andamento, salvo se estas forem penhoradas
 seguro de vida
 imóvel rural, até um módulo, desde que este seja o único de que disponha o devedor,
ressalvada a hipoteca para fins de financiamento agropecuário.

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BENEFÍCIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL


O benefício da Previdência Social concedido a segurado ou dependente não pode ser objeto
de penhora

ÚNICA TV ESTÁ FORA DA PENHORA (Jornal da Tarde 2/7/97)


A exemplo da única moradia da família e da pequena propriedade rural que serve para seu
sustento, também o único aparelho de televisão existente dentro de uma casa não pode ser
penhorado. A decisão, tomada ontem por 21 membros da Corte Especial, o mais importante
colegiado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), unificou a jurisprudência do tribunal sobre a
matéria, já que diversas turmas tinham posições divergentes. Todos os membros do colegiado
acompanharam o voto do Ministro William Patterson. O conflito de jurisprudência foi
identificado pelo relator da matéria na Primeira Turma do STJ, Ministro Humberto Gomes de
Barros que pediu que a divergência fosse eliminada pela Corte Especial, mesmo porque cada
turma é composta por apenas cinco ministros

CONCORDATA

FUNDAMENTOS DE EMBARGOS À CONCORDATA


I - sacrifício dos credores maior do que a liquidação na falência ou impossibilidade evidente
de ser cumprida a concordata, atendendo-se, em qualquer dos casos, entre outros elementos, à
proporção entre o valor do ativo e a percentagem oferecida;
II - inexatidão do relatório, laudo e informação do síndico, ou do comissário, que facilite a
concessão da concordata;
III - qualquer ato de fraude ou de má-fé que influa na formação da concordata.

CAUSAS DE RESCISÃO DA CONCORDATA


I - pelo não-pagamento das prestações nas épocas devidas ou inadimplemento de qualquer
outra obrigação assumida pelo concordatário;
II - pelo pagamento antecipado feito a uns credores, com prejuízo de outros;
III - pelo abandono do estabelecimento;
IV - pela venda de bens do ativo a preço vil;
V - pela negligência ou inação do concordatário na continuação do seu negócio;
VI - pela incontinência de vida ou despesas evidentemente supérfluas ou desordenadas do
concordatário;
VII - pela condenação, por crime falimentar, do concordatário ou dos diretores,
administradores, gerentes ou liquidantes da sociedade em concordata.

CONCORDATA PREVENTIVA
O devedor, no seu pedido, deve oferecer aos credores quirografários (destituídos de qualquer
privilégio ou preferência), por saldo de seus créditos, o pagamento mínimo de:
I - 50% (cinqüenta por cento), se for à vista;
II - 60% (sessenta por cento), 75% (setenta e cinco por cento), 90% (noventa por cento) ou
100% (cem por cento), se o prazo for, respectivamente, de 6 (seis), 12 (doze), 18 (dezoito),
ou 24 (vinte e quatro) meses, devendo ser pagos, pelo menos, dois quintos no primeiro ano,
nas duas últimas hipóteses.

COMISSÁRIO DA CONCORDATA

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Durante o processo da concordata preventiva, o devedor conservará a administração dos seus


bens e continuará com o seu negócio, sob fiscalização do comissário. Não poderá, entretanto,
alienar imóveis ou constituir garantias reais, salvo evidente utilidade, reconhecida pelo juiz,
depois de ouvido o comissário.
O comissário tem direito a uma remuneração, que o juiz deve arbitrar atendendo à sua
diligência, ao trabalho, à responsabilidade da função e à importância da concordata,
calculando-a sobre o valor do pagamento prometido aos credores quirografários (destituídos
de qualquer privilégio ou preferência) e sendo ela limitada em valores legalmente definidos.

CONCORDATA SUSPENSIVA
O falido pode obter a suspensão da falência, requerendo ao juiz lhe seja concedida concordata
suspensiva.
O devedor, no seu pedido, deve oferecer aos credores quirografários (destituídos de qualquer
privilégio ou preferência), por saldo de seus créditos o pagamento mínimo de:
I - 35% (trinta e cinco por cento), se for à vista;
II - 50% (cinqüenta por cento), se for a prazo, o qual não poderá exceder de 2 (dois) anos,
devendo ser pagos pelo menos dois quintos no primeiro ano.

FALÊNCIA
Considera-se falido o comerciante que, sem relevante razão de direito, não paga no
vencimento obrigação líquida, constante de título que legitime a ação executiva.
Caracteriza-se, também, a falência, se o comerciante:
I - executado, não paga, não deposita a importância, ou não nomeia bens à penhora, dentro do
prazo legal;
II - procede a liquidação precipitada, ou lança mão de meios ruinosos ou fraudulentos para
realizar pagamentos;
III - convoca credores e lhes propõe dilação, remissão de créditos ou cessão de bens;
IV - realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos
ou fraudar credores, negócio simulado, ou alienação de parte ou da totalidade do seu ativo a
terceiro, credor ou não;
V - transfere a terceiro o seu estabelecimento sem o consentimento de todos os credores,
salvo se ficar com bens suficientes para solver o seu passivo;
VI - dá garantia real a algum credor sem ficar com bens livres e desembaraçados equivalentes
às suas dívidas, ou tenta essa prática, revelada a intenção por atos inequívocos;
VII - ausenta-se sem deixar representante para administrar o negócio, habilitado com recursos
suficientes para pagar os credores; abandona o estabelecimento; oculta-se ou tenta ocultar-se,
deixando furtivamente o seu domicílio.

REQUERIMENTO DE FALÊNCIA
Para requerer a falência do devedor, as pessoas que têm tal direito devem instruir o pedido
com a prova da sua qualidade e com a certidão do protesto que caracteriza a impontualidade
do devedor.
Deferindo a petição, o juiz mandará citar o devedor para, dentro de 24 (vinte e quatro) horas
apresentar defesa.
Citado, poderá o devedor, dentro do prazo para defesa, depositar a quantia correspondente ao
crédito reclamado, para discussão da sua legitimidade ou importância, elidindo a falência.

EFEITOS DA FALÊNCIA

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A falência produz o vencimento antecipado de todas as dívidas do falido


Não se compreendem na falência os bens absolutamente impenhoráveis.

ADMINISTRAÇÃO DA FALÊNCIA
A administração da falência é exercida por um síndico, sob a imediata direção e
superintendência do juiz.
O síndico será escolhido entre os maiores credores do falido, residente ou domiciliado no
foro da falência, de reconhecida idoneidade moral e financeira.
Não constando dos autos a relação dos credores, o juiz mandará intimar pessoalmente o
devedor, se estiver presente, para apresentá-la em cartório dentro de 2 (duas) horas, sob pena
de prisão de trinta dias.
Se credores, sucessivamente nomeados, não aceitarem o cargo, o juiz, após a terceira recusa,
poderá nomear pessoa estranha, idônea e de boa fama, de preferência comerciante.
O síndico tem direito a uma remuneração, que o juiz deve arbitrar, atendendo à sua
diligência, ao trabalho e à responsabilidade da função e à importância da massa, mas sem
ultrapassar os limites legais.
A remuneração é calculada sobre o produto dos bens ou valores da massa, vendidos ou
liquidados pelo síndico.

CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS


 Preferem a todos os créditos admitidos à falência a indenização por acidente de trabalho e
os outros créditos que, por lei especial, gozarem essa prioridade.
 Créditos dos empregados, por salários e indenizações trabalhistas
 Créditos fiscais e para-fiscais
 Os encargos e dívidas da massa são pagos com preferência sobre os créditos admitidos à
falência.
 Créditos com direitos reais de garantias;
 Créditos com privilégio especial sobre determinados bens;
 Créditos com privilégio geral;
 Créditos quirografários (destituídos de qualquer privilégio ou preferência).

CRÉDITOS DE PRIVILÉGIO ESPECIAL


Têm privilégio especial:
I - os créditos a que o atribuírem as leis civis e comerciais, salvo disposição contrária da lei
de Falências;
II - os créditos por aluguel de prédio locado a falido para seu estabelecimento comercial ou
industrial, sobre o mobiliário respectivo;
III - os créditos a cujos titulares a lei confere o direito de retenção, sobre a coisa retida;

CRÉDITOS DE PRIVILÉGIO GERAL


Têm privilégio geral:
I - os créditos a que o atribuírem as leis civis e comerciais, salvo disposição contrária da lei
de Falências;
II - os créditos dos Institutos ou Caixas de Aposentadorias e Pensões, pelas contribuições que
o falido dever.

CRÉDITOS QUIROGRAFÁRIOS

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São quirografários (destituídos de qualquer privilégio ou preferência) os créditos que não


tenham direitos reais de garantias, nem privilégio especial sobre determinados bens, nem
privilégio geral, e os saldos dos créditos não cobertos pelo produto dos bens vinculados ao
seu pagamento.

PEDIDO DE FALÊNCIA COMO ESTRATÉGIA DE COBRANÇA


 Quando o crédito for de pequeno valor em relação aos demais
 Quando o perfil do cliente não apontar uma probabilidade de se deixar falir

MODOS COMO SE DISSOLVEM E EXTINGUEM AS OBRIGAÇÕES COMERCIAIS


PAGAMENTOS MERCANTIS
O pagamento só é válido sendo feito ao próprio credor, ou a pessoa por ele competentemente
autorizada para receber.
Na falta de ajuste de lugar deve o pagamento ser feito no domicílio do devedor.

PAGAMENTOS MERCANTIS
O credor não pode ser obrigado a receber o pagamento em lugar diferente do ajustado, nem
antes do tempo do vencimento, nem a receber por parcelas o que for devido por inteiro, salvo
exceções previstas em lei

NOVAÇÃO DE DÍVIDAS
Dá-se novação:
Quando o devedor contrai com o credor uma nova obrigação que altera a natureza da
primeira, ou quando o devedor contrai com o credor nova dívida, para extinguir e substituir a
anterior;
Quando um novo devedor substitui o antigo e este fica desobrigado, ou quando novo devedor
sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
Quando por uma nova convenção se substitui um credor a outro, por efeito da qual o devedor
fica desobrigado do primeiro, ou quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é
substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.

COOBRIGAÇÃO E GARANTIAS
A novação desonera todos os coobrigados que nela não intervêm.
A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação
em contrário.

JUROS LEGAIS
As taxas de juros reais, nelas incluídas comissões e quaisquer outras remunerações direta ou
indiretamente referidas à concessão de credito, não poderão ser superiores a doze por cento
(12%) ao ano; a cobrança acima deste limite será conceituada como crime de usura, punido,
em todas as suas modalidades, nos termos que a lei determinar.
A quitação do capital dada sem reserva de juros faz presumir o pagamento deles, e opera a
descarga total do devedor, ainda que fossem devidos.

JUROS MORATÓRIOS
A taxa dos juros moratórios, quando não convencionada, será de 6% (seis por cento) ao ano.
Serão também de 6% (seis por cento) ao ano os juros devidos por força de lei, ou quando as
partes os convencionarem sem taxa estipulada.

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É vedado estipular em quaisquer contratos taxas de juros superiores ao dobro da taxa legal.
É vedado, a pretexto de comissão, receber taxas maiores do que as permitidas por lei.

MULTA DE MORA
Lei nº 9.298 de 01/08/96
Altera o §1º do art. 52 da lei nº 8.078 de 11/09/90:
“As multas de mora decorrentes do inadimplemento de obrigações no seu termo não poderão
ser superiores a dois por cento do valor da prestação”

PAGAMENTO DE DÍVIDAS

QUEM DEVE PAGAR


Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos
meios conducentes à exoneração do devedor.
Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e por conta do devedor.

OBJETO DO PAGAMENTO E SUA PROVA


A quitação designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por
este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com assinatura do credor, ou do seu
representante.

MORA
Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que o não quiser
receber no tempo, lugar e forma convencionados.

PROCESSO DE EXECUÇÃO

TÍTULO EXECUTIVO
Toda a execução tem por base título executivo judicial ou extrajudicial.

TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS


São títulos executivos judiciais:
I - a sentença condenatória proferida no processo civil;
II - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
III - a sentença homologatória de laudo arbitral, de conciliação ou de transação, ainda que
esta não verse questão posta em juízo;
IV - a sentença estrangeira, homologada pelo Supremo Tribunal Federal;
V - o formal e a certidão de partilha. Estes títulos têm força executiva exclusivamente em
relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título universal ou singular.

TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS


São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento
particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação
referendado pelo Ministério Público pelos advogados dos transatores;

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III - Os contratos de hipoteca, de penhor, de anticrese (direito do credor receber os frutos e os


rendimentos de um imóvel para pagamento de uma dívida) e de caução, bem como de seguro
de vida e de acidentes pessoais de que resulte morte ou incapacidade;
IV - o crédito decorrente de foro, laudêmio, aluguel ou renda de imóvel, bem como encargo
de condomínio, desde que comprovado por contrato escrito;
V - o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as
custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial;
VI - a certidão da dívida ativa da Fazenda Pública da União, Estado, Distrito Federal,
Território e Município, correspondentes aos créditos inscritos na forma da lei;
VII - todos os demais títulos, a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.

PENHORA, AVALIAÇÃO E ARREMATAÇÃO


A execução por quantia certa tem por objeto expropriar bens do devedor, a fim de satisfazer o
direito do credor.
A expropriação consiste:
I - na alienação dos bens do devedor;
II - na adjudicação em favor do credor;
III - no usufruto do imóvel ou de empresa.

INSOLVÊNCIA
Dá-se a insolvência toda vez que as dívidas excederem à importância dos bens do devedor.
Declarada a insolvência, o devedor perde o direito de administrar os seus bens e de dispor
deles, até a liquidação total da massa.

DECLARAÇÃO DE INSOLVÊNCIA
A declaração de insolvência pode ser requerida:
I - por qualquer credor quirografário (destituído de qualquer privilégio ou preferência);
II - pelo devedor;
III - pelo inventariante do espólio do devedor.

DECLARAÇÃO JUDICIAL DE INSOLVÊNCIA


Na sentença, que declarar a insolvência, o juiz:
I - nomeará, dentre os maiores credores, um administrador da massa;
II - mandará expedir edital, convocando os credores para que apresentem, no prazo de 20
(vinte) dias, a declaração do crédito, acompanhada do respectivo título.

AÇÃO MONITÓRIA
Código de Processo Civil - Capítulo XV, capítulo este acrescentado pela lei 9.079 de
14/07/95
Arts 1.102a, 1.102b, 1.102c
A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de
título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível (que se consome
ou se gasta) ou de determinado bem móvel.
Expedição do mandado de pagamento ou entrega da coisa no prazo de 15 (quinze) dias.
Neste prazo, poderá o réu oferecer embargos, que suspenderão a eficácia do mandato inicial.
Se os embargos não forem opostos, constituir-se-á, de pleno direito, o título executivo
judicial, convertendo-se o mandado inicial em mandado executivo.
Cumprindo o réu o mandado, ficará isento de custas e honorários advocatícios.

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Paulo – SP – CEP 01226-010 - tel: (011) 3825-9444 – fax: (011) 3825-9444 ramal 500 – e-mail:
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Os embargos independem de prévia segurança do juízo e serão processados nos próprios


autos, pelos procedimento ordinário.
Rejeitados os embargos, constituir-se-á, de pleno direito, o título executivo judicial,
intimando-se o devedor e prosseguindo-se a ação executiva.

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