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ÍNDICE PAG.
1 - EM QUE A EDUCAÇÃO ESPÍRITA DIFERE DA EDUCAÇÃO TRADICIONAL? ------------------------------------------------------------------ 04
2 - QUAIS OS ALICERCES DA EDUCAÇÃO ESPÍRITA? ------------------------------------------------------------------------------------------------- 04
3 - QUAIS OS PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM A EDUCAÇÃO ESPÍRITA? --------------------------------------------------------------------------- 04
4 - QUAL A ABRANGÊNCIA DA EDUCAÇÃO ESPÍRITA? ---------------------------------------------------------------------------------------------- 05
5 - QUE DIMENSÃO ALCANÇA A EDUCAÇÃO ESPÍRITA? -------------------------------------------------------------------------------------------- 05
6 - O QUE SE ENTENDE POR FILOSOFIA ESPÍRITA DA EDUCAÇÃO? ------------------------------------------------------------------------------ 07
7 - QUAL O ASPECTO DO ESPIRITISMO QUE DEVEMOS RESSALTAR NA EDUCAÇÃO DE NOSSO FILHOS? ----------------------------- 07
8 - COMO É A PEDAGOGIA ESPÍRITA? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 08
9 - A EDUCAÇÃO ESPÍRITA TEM ALGO A VER COM A EDUCAÇÃO DA ALMA? ---------------------------------------------------------------- 09
10 - A EDUCAÇÃO ESPÍRITA É COMPATÍVEL COM A EDUCAÇÃO VOLTADA AO RESPEITO DOS DIREITOS HUMANOS? ----------- 10
11 - QUAIS BENEFÍCIOS PARA OS NOSSOS FILHOS PODEMOS ESPERAR DA EDUCAÇÃO ESPÍRITA? ----------------------------------- 10
12 - QUAIS AS PERSONALIDADES ESPÍRITAS PODEMOS ADOTAR COMO REFERÊNCIA PARA A EDUCAÇÃO ESPÍRITA? ---------- 11
13 - COMO DEVEMOS NOS CONDUZIR NA CONDIÇÃO DE EDUCADORES? -------------------------------------------------------------------- 12
14 - QUAL PROCESSO EFICIENTE DEVEMOS APLICAR NA EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS? --------------------------------- 13
15 - QUE PROVIDÊNCIAS EDUCATIVAS DEVEMOS ADOTAR PARA QUE NOSSOS FILHOS SEJAM EDUCADOS DE UM MODO
CORRETO E EFICIENTE? -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 13
16 - QUE CRITÉRIOS DEVEMOS ADOTAR PARA SABER SE ESTAMOS EDUCANDO BEM OS NOSSOS FILHOS? ------------------------ 13
17 - EXISTE ALGUM ATRIBUTO ESPECIAL QUE DEVEMOS TER PARA QUE SEJAMOS BEM SUCEDIDOS NA EDUCAÇÃO ESPÍRITA
DE NOSSOS FILHOS? ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 14
18 - COMO DEVEM SER AS RELAÇÕES EDUCATIVAS COM OS NOSSOS FILHOS? ------------------------------------------------------------- 15
19 - QUAIS PROCEDIMENTOS DEVEMOS TER EM MENTE VISANDO O CUMPRIMENTO DAS RESPONSABILIDADES
EDUCATIVAS? -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 16
20 - COMO MOSTRAR AOS NOSSOS FILHOS O VALOR DA ESCOLA? ----------------------------------------------------------------------------- 16
21 - QUAL A FORÇA DO LIVRO NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS? -------------------------------------------- 17
22 - PODEMOS RECORRER AOS LIVROS INFANTIS PARA COMEÇAR A EDUCAR OS NOSSOS FILHOS NOS PRINCÍPIOS DO
ESPIRITISMO? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 17
23 - QUAL O PAPEL QUE DEVEMOS DESEMPENHAR NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO DOS NOSSOS FILHOS? ------------------------- 17
24 - A QUEM DEVEMOS DELEGAR AS TAREFAS EDUCATIVAS? ------------------------------------------------------------------------------------ 18
25 - QUAIS QUALIDADES DEVEMOS TER NAS TAREFAS EDUCATIVAS? ------------------------------------------------------------------------- 18
26 - EXISTE DIFERENÇA ENTRE INSTRUIR E EDUCAR OS NOSSOS FILHOS? --------------------------------------------------------------------- 19
27 - QUAL A FUNÇÃO DO EVANGELHO NA EDUCAÇÃO DE NOSSOS FILHOS? ----------------------------------------------------------------- 19
28 - POR QUE DEVEMOS INVESTIR NA EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS? ---------------------------------------------------------- 20
29 - QUAIS CARACTERÍSTICAS PESSOAIS OS NOSSOS FILHOS TENDEM A ADQUIRIR AO RECEBEREM A EDUCAÇÃO ESPÍRITA?- 21
30 - ALÉM DE EDUCAR OS NOSSOS FILHOS, DEVEMOS NOS PREOCUPAR COM A EDUCAÇÃO DAS OUTRAS CRIANÇAS? -------- 22
31 - O CONHECIMENTO DE DEUS É PARTE DA EDUCAÇÃO ESPÍRITA? --------------------------------------------------------------------------- 22
32 - DEVEMOS ENSINAR OS NOSSOS FILHOS A ORAR A DEUS? ----------------------------------------------------------------------------------- 23
33 - OS NOSSOS FILHOS DEVEM APRENDER A ORAR PELOS OUTROS? ------------------------------------------------------------------------- 23
34 - DEVEMOS DAR A EDUCAÇÃO ESPÍRITA PARA OS NOSSOS FILHOS DESDE A INFÂNCIA? --------------------------------------------- 24
35 - ATÉ QUANDO DEVEMOS DAR EDUCAÇÃO, INSTRUÇÃO, ORIENTAÇÃO E CONSELHOS PARA OS NOSSOS FILHOS? ---------- 24
36 - ATÉ QUANDO SOMOS RESPONSÁVEIS PELA EDUCAÇÃO E PELOS ATOS DE NOSSOS FILHOS? ------------------------------------- 25
37 - PODEMOS EDUCAR OS FILHOS CONSIDERANDO-OS UM PATRIMÔNIO PESSOAL? ---------------------------------------------------- 26
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EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS
38 - AS RESPONSABILIDADES QUE ASSUMIMOS PARA COM OS NOSSOS FILHOS SÃO APENAS EDUCATIVAS? --------------------- 26
39 - POR QUE OS NOSSOS FILHOS SÃO TÃO DIFERENTES ENTRE SI EM TERMOS INTELECTUAIS E MORAIS, APESAR DA MESMA
EDUCAÇÃO QUE LHES DAMOS? --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 27
40 - O QUE DETERMINA A FACILIDADE OU A DIFICULDADE QUE OS NOSSOS FILHOS TÊM PARA ASSIMILAR CERTAS LIÇÕES OU
CERTOS EXEMPLOS EDUCATIVOS QUE LHE DAMOS? ------------------------------------------------------------------------------------------------ 28
41 - COMO CONSEGUIR EDUCAR OS NOSSOS FILHOS DENTRO DOS CONCEITOS DA REENCARNAÇÃO? ------------------------------ 29
42 - COMO VENCER AS DIFICULDADES PRÁTICAS QUE SURGEM NO DIA-A-DIA PARA EDUCARMOS OS NOSSOS FILHOS COM
BASE NO AMOR? ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 31
43 - O QUE FAZER PARA QUE OS CONFLITOS EXISTENTES DENTRO DO LAR NÃO AFETEM A EDUCAÇÃO DE NOSSOS FILHOS?- 33
44 - OS AVÓS DEVEM TER UMA PARTICIPAÇÃO ATIVA NA EDUCAÇÃO DE NOSSOS FILHOS? -------------------------------------------- 33
45 - QUE ENFOQUE DEVEMOS DAR PARA TER BOM RELACIONAMENTO COM OS NOSSOS FILHOS? ---------------------------------- 34
46 - É POSSÍVEL DAR A EDUCAÇÃO ESPÍRITA AOS FILHOS, QUANDO O CÔNJUGE NÃO É ESPÍRITA? ----------------------------------- 35
47 - QUAIS TEMAS DEVEMOS TRATAR NO DIA-A-DIA COM OS NOSSOS FILHOS VISANDO EDUCÁ-LOS? ----------------------------- 35
48 - QUAIS OS PONTOS MAIS IMPORTANTES QUE DEVEMOS CUIDAR NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS
FILHOS? --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 35
49 - O QUE FAZER QUANDO, POR MOTIVOS PROFISSIONAIS, NÃO TEMOS MUITO TEMPO PARA DEDICAR À EDUCAÇÃO
ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS? ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 37
50 - O QUE FAZER PARA NÃO COMETER ENGANOS NA EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS? ------------------------------------ 37
51 - O QUE DEVEMOS FAZER PARA SERMOS BEM SUCEDIDOS NA EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS? --------------------- 38
52 - COMO EDUCAR OS FILHOS QUE NASCEM COM DEFICIÊNCIA MENTAL OU FÍSICA? --------------------------------------------------- 40
53 - COMO EXERCER AÇÃO EDUCATIVA, QUANDO OS FILHOS SE ENCONTRAM NA EXCEPCIONALIDADE, NA IDIOTIA OU NA
DEFICIÊNCIA FÍSICA OU MENTAL? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 41
54 - COMO EDUCAR OS NOSSOS FILHOS COM RELAÇÃO AO PRINCÍPIO ESPÍRITA DA PLURALIDADE DOS MUNDOS MATERIAIS
HABITADOS? --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 41
55 - OS NOSSOS FILHOS DEVEM RECEBER UMA EDUCAÇÃO DIFERENTE EM FUNÇÃO DO SEXO DE CADA UM? -------------------- 42
56 - COMO A EDUCAÇÃO ESPÍRITA ORIENTA OS NOSSOS FILHOS PARA OS CAMINHOS DO BEM E DA FELICIDADE? ------------- 42
57 - COMO DEVEMOS EDUCAR OS NOSSOS FILHOS COM RELAÇÃO À EXISTÊNCIA DA MORTE? ---------------------------------------- 43
58 - COMO DEVEMOS EDUCAR OS NOSSOS FILHOS PARA QUE CONSIGAM ENFRENTAR ADEQUADAMENTE AS PROVAS NA VIDA
MATERIAL? ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 43
59 - COMO DEVEMOS EDUCAR OS NOSSOS FILHOS PARA QUE CONSIGAM SUPORTAR AS FATALIDADES DA VIDA
MATERIAL? ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 43
60 - COMO DEVEMOS CUIDAR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL DE NOSSOS FILHOS? -------------------------------------------------------------- 44
61 - COMO DEVEMOS CUIDAR DA EDUCAÇÃO INTELECTUAL DE NOSSOS FILHOS? --------------------------------------------------------- 44
62 - COMO DEVEMOS CUIDAR DA EDUCAÇÃO MORAL DE NOSSOS FILHOS? ----------------------------------------------------------------- 45
63 - COMO DEVEMOS CUIDAR DA EDUCAÇÃO DOS SENTIMENTOS DE NOSSOS FILHOS? ------------------------------------------------- 45
64 - COMO DEVEMOS CUIDAR DA EDUCAÇÃO DAS EMOÇÕES DE NOSSOS FILHOS? ------------------------------------------------------- 45
65 - COMO DEVEMOS CUIDAR DA EDUCAÇÃO SEXUAL DE NOSSOS FILHOS? ----------------------------------------------------------------- 46
66 - COMO CORRIGIR OS DESVIOS NA CONDUTA SEXUAL DE NOSSOS FILHOS? ------------------------------------------------------------- 47
67 - COMO DEVEMOS CUIDAR DA EDUCAÇÃO DA MEDIUNIDADE DE NOSSOS FILHOS? -------------------------------------------------- 47
68 - COMO DEVEMOS CUIDAR DA EDUCAÇÃO MENTAL DE NOSSOS FILHOS? ---------------------------------------------------------------- 48
69 - É POSSÍVEL EDUCARMOS OS NOSSOS FILHOS DE FORMA QUE TENHAM SEMPRE PENSAMENTOS ELEVADOS? -------------- 48
70 - COMO CONSEGUIMOS AVALIAR SE A EDUCAÇÃO ESPÍRITA QUE ESTAMOS DANDO AOS NOSSOS FILHOS ESTÁ SE
REFLETINDO EM SEUS PENSAMENTOS? ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 49
71 - COM QUAIS ATITUDES MENTAIS DEVEM SER EDUCADOS OS NOSSOS FILHOS PARA QUE TENHAM SUCESSO NA VIDA? -- 50
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72 - DEVEMOS EDUCAR OS NOSSOS FILHOS DENTRO DOS CONCEITOS DE LIBERDADE AMPLA? ---------------------------------------- 50
73 - ATÉ QUE PONTO DEVEMOS RESPEITAR O LIVRE-ARBÍTRIO DE NOSSOS FILHOS? ------------------------------------------------------ 51
74 - COMO CONCILIAR A EDUCAÇÃO COM A LIBERDADE DE ESCOLHA E COM A CONQUISTA DE EXPERIÊNCIAS PRÓPRIAS? -- 51
75 - COMO EDUCAR OS NOSSOS FILHOS DE MODO QUE NÃO CAIAM NOS VÍCIOS? -------------------------------------------------------- 52
76 - COMO EDUCAR OS NOSSOS FILHOS DE MODO QUE SEJAMOS RESPEITADOS POR ELES? ------------------------------------------- 52
77 - COMO DEVEMOS TRATAR OS FILHOS QUE NOS DEMONSTRAM INGRATIDÃO? ------------------------------------------------------- 52
78 - A QUEM CABE A EDUCAÇÃO DOS FILHOS QUANDO HÁ A SEPARAÇÃO CONJUGAL? ------------------------------------------------- 53
79 - QUANDO UM DOS CÔNJUGES ABANDONA O LAR, A QUEM CABE A EDUCAÇÃO DOS FILHOS? ----------------------------------- 53
80 - DEVEMOS ESTAR SEMPRE AVALIANDO OS COMPORTAMENTOS DE NOSSOS FILHOS? ---------------------------------------------- 54
81 - COMO DEVEMOS ENSINAR OS NOSSOS FILHOS A RESOLVEREM OS SEUS PROBLEMAS? -------------------------------------------- 54
82 - DE QUE FORMA CONSEGUIMOS EDUCAR AS POTÊNCIAS DA ALMA DE NOSSOS FILHOS, ORIENTANDO-OS PARA UM IDEAL
ELEVADO? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 54
83 - EM QUE SENTIDO DEVEMOS IMPULSIONAR AS FORÇAS DA ALMA DURANTE O PROCESSO EDUCATIVO DE NOSSOS
FILHOS? --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 55
84 - O QUE DEVEMOS FAZER PARA QUE NOSSOS FILHOS APRENDAM A CUMPRIR OS SEUS DEVERES? ------------------------------ 55
85 - PODEMOS ESTIMULAR EM NOSSOS FILHOS O DESEJO DE SE TORNAREM RICOS E PRÓSPEROS EM TERMOS MATERIAIS? 55
86 - QUAIS TESOUROS DEVEMOS ENSINAR OS NOSSOS FILHOS A ACUMULAR? ------------------------------------------------------------ 56
87 - COMO EDUCAR OS NOSSOS FILHOS DE MODO QUE NÃO VENHAM A SOFRER NA VIDA? ------------------------------------------ 57
88 - É POSSÍVEL PREPARARMOS OS NOSSOS FILHOS PARA ENFRENTAREM AS DORES NA VIDA MATERIAL? ----------------------- 57
89 - QUE CONSOLAÇÃO PODEMOS DAR AOS NOSSOS FILHOS, QUANDO ESTIVEREM SUPORTANDO DORES E
SOFRIMENTOS? ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 58
90 - QUAL A MELHOR FORMA DE LEVARMOS OS NOSSOS FILHOS A ENTENDER A EXISTÊNCIA DE PUNIÇÃO? ---------------------- 59
91 - O QUE DEVEMOS FAZER PARA CORRIGIR AS TENDÊNCIAS À VIOLÊNCIA DE NOSSOS FILHOS? ------------------------------------ 59
92 - PODEMOS INCUTIR MEDO EM NOSSOS FILHOS PARA QUE NOS OBEDEÇAM E SE COMPORTEM BEM? ------------------------ 60
93 - A CULTURA DO NÃO DESPERDÍCIO DEVE SER APLICADA NA EDUCAÇÃO ESPÍRITA? -------------------------------------------------- 61
94 - EM QUE ÉPOCA OS NOSSOS FILHOS DEVEM RECEBER AS INSTRUÇÕES SOBRE OS ASSUNTOS QUE PERTENCEM ÀS ÁREAS
ACADÊMICAS? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 61
95 - O QUE FAZER QUANDO OS FILHOS NÃO ACEITAM A EDUCAÇÃO QUE LHES DAMOS E CRIAM DESARMONIA NO LAR E FORA
DELE? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 61
96 - COMO EDUCAR OS FILHOS-PROBLEMAS? -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 62
97 - O QUE DEVEMOS FAZER QUANDO OS NOSSOS FILHOS SE TORNAM REBELDES APESAR DA EDUCAÇÃO ESPÍRITA QUE LHES
DAMOS? -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 62
98 - QUE TIPO DE EDUCAÇÃO DEVEMOS DAR AOS NOSSOS FILHOS PARA QUE ELES SE TORNEM VENCEDORES NA VIDA? ----- 63
99 - A EDUCAÇÃO ESPÍRITA TEM CONDIÇÃO DE PROPICIAR A FELICIDADE PARA OS NOSSOS FILHOS? ------------------------------- 64
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1 - EM QUE A EDUCAÇÃO ESPÍRITA DIFERE DA EDUCAÇÃO TRADICIONAL?
A educação tradicional visa a formação intelectual das pessoas, para prepará-las para o mercado de trabalho e para a
conquista da prosperidade material. Assim, tem como meta preparar as pessoas para que alcancem o sucesso no mundo
dos negócios pelo emprego eficiente dos conhecimentos que acumularem, e das habilidades que conseguirem
desenvolver.
Por se tratar de uma educação materialista, visa exclusivamente o progresso social, econômico e financeiro das pessoas
ou da nação. Dessa forma, as matérias que são úteis a esse modelo educacional giram em torno desses objetivos.
A educação espírita tem uma dimensão muito mais ampla. Ao considerar o educando um Espírito imortal, revestido
temporariamente por um corpo material que o permite agir na vida terrena, ele precisa não só da educação intelectual,
mas também da educação espiritual, religiosa e moral para conseguir utilizar de um modo elevado as suas faculdades. E
assim, criar um destino venturoso tanto na Terra, quanto na vida espiritual, para a qual vai retornar após o cumprimento
da sua jornada evolutiva terrena.
Assim, a educação espírita prepara os nossos filhos não apenas para o sucesso na vida material, em função da boa
educação intelectual, mas também para a criação de um destino feliz, pela adoção de atitudes morais elevadas em todas
as fases da vida corpórea, e, principalmente, perante as lutas evolutivas.
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EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS
O CONTATO DO HOMEM COM O MUNDO ESPIRITUAL: O Espírito encarnado não perde jamais o contato com o plano
espiritual pois está em relação com ele durante o desprendimento parcial que ocorre durante o sono e pelas
influências que recebe dos Espíritos.
A EDUCAÇÃO COMEÇA DESDE A INFÂNCIA PARA APERFEIÇOAR O ESPÍRITO: A criança é um Espírito que recomeça
uma nova existência na carne, devendo receber educação e boas influências dos pais e educadores desde a mais
tenra idade, visando o seu progresso intelectual e moral.
A EDUCAÇÃO DA CRIANÇA EXCEPCIONAL:
A criança que tem incapacidade momentânea de manifestação do Espírito, por deficiência física ou mental, e que
precisa fazer grandes esforços para superar os obstáculos e as suas limitações, precisa ser atingida pela linguagem
do amor. Está vivenciando uma encarnação expiatória, imposta pela lei da reencarnação e por processos cármicos,
em decorrência de abuso de suas faculdades e prejuízos que causou a si e ao próximo.
A EDUCAÇÂO DA CRIANÇA SUPERDOTADA:
A criança naturalmente superdotada, em termos Intelectuais ou morais, é um Espírito que já conquistou essas
qualidades em encarnações anteriores, mas que ainda precisa progredir mais nas novas oportunidades e
experiências terrenas.
A EDUCAÇÂO DOS JOVENS: Para educar os jovens com amor, os pais e educadores precisam acreditar no seu
potencial de renovação e mudança, respeitar e incentivar os seus ideais elevados sem jamais estimulá-los à
satisfação passageira dos instintos grosseiros e da leviandade.
A EDUCAÇÂO DEVE SER MINISTRADA EM AMBIENTE PROPÍCIO: Todos os educandos devem receber educação em
um ambiente saudável, alegre e tranquilo, propiciado pelo cultivo da prece, das conversas elevadas e da higiene
material e moral. Assim, os educandos podem se desenvolver com equilíbrio emocional.
A EDUCAÇÃO MORAL E INTELECTUAL: A educação espírita promove o aprendizado moral e intelectual. Para isso, os
pais e os educadores devem apelar para a vontade do educando e conquistar a sua adesão voluntária na ação de
aperfeiçoamento, na busca da perfeição, no despertar da consciência, visando o progresso integral.
A EDUCAÇÃO MINISTRADA COM AMOR: A educação verdadeira é sempre um ato de amor, pois o amor verdadeiro
tem sempre um caráter educativo. Dessa forma, a ação educativa desperta, de maneira equilibrada e integrada,
todas as forças da alma.
A EDUCAÇÃO PROGRESSISTA: A educação espírita contribui para que o educando: desenvolva a perfectibilidade
possível, dentro do estágio evolutivo em que se encontra; cumpra mais facilmente a sua missão terrena específica:
revele as suas características individuais; aprenda as verdades e as virtudes, tendo em vista a imortalidade da alma;
e torne-se um novo educador que busca a transformação moral da humanidade.
A EDUCAÇÃO DO EDUCADOR: Para que o educador consiga cumprir a sua tarefa educativa, seja como pai, mãe,
professor ou em qualquer relação humana, é preciso que se auto eduque, buscando a própria melhoria e o cultivo
da paciência, da renúncia e da doação irrestrita de si mesmo. Além disso, precisa conquistar autoridade moral,
religiosidade, equilíbrio, lucidez espiritual, capacidade de observação, humildade, paciência, firmeza, energia e
entusiasmo pelo saber.
A EDUCAÇÃO ESPÍRITA NA PRÁTICA: Para que a educação espírita seja posta em prática, o educador precisa:
I. Dar ênfase à educação moral que desperta a consciência para as leis morais, conduz à prática do
bem seguindo Jesus, faz brilhar as qualidades do Espírito e dá uma canalização positiva e
responsável para a sexualidade;
II. Considerar o desenvolvimento intelectual tão importante quanto o desenvolvimento moral;
III. Preocupar-se com a estética, pois o amor, a sabedoria e a beleza são aspectos inseparáveis da
perfeição;
IV. Promover a integração entre o lar, a escola e a universidade, e entre a família e os professores;
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EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS
V. Observar o caráter essencialmente educativo do Espiritismo, que visa a educação do Espírito;
VI. Aplicar a pedagogia espírita que tem princípios próprios;
VII. Praticar a educação espírita nos mínimos gestos, nas relações familiares e na vida profissional,
visando o bem e o progresso da coletividade;
VIII. Cuidar da educação mediúnica para desabrochar e desenvolver as capacidades extra-sensoriais e
propiciar um uso equilibrado, sadio e positivo da mediunidade.
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EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS
No livro O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Léon Denis aplicou os princípios filosóficos e morais do Espiritismo
na educação das Potências da Alma: a vontade, a consciência, o livre-arbítrio, o pensamento, o caráter e o amor.
Dessa forma, aplicou o conteúdo de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, na educação da alma.
No livro Depois do Morte, Léon Denis, ao detalhar as relações existentes entre as vidas material e espiritual,
reafirmou a importância da educação da alma ser pautada na religião e na moral cristã, para trilharmos o caminho
reto, para observarmos as leis morais e para praticarmos o amor, o dever, a caridade, o trabalho, o estudo e as
virtudes, tendo em vista o enobrecimento do Espírito, que precisa conquistar as bem-aventuranças no seu retorno
à vida espiritual. Dessa forma, as verdades evangélicas, contidas em O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan
Kardec, ganharam uma tônica essencialmente educativa.
Com relação à importância da aplicação do Espiritismo na educação das crianças, Léon Denis registrou as seguintes
orientações no Capítulo LIV: A Educação do livro Depois da Morte:
"É pela educação que as gerações se transformam e se aperfeiçoam. Para uma sociedade nova é necessário homens
novos. Por isso, a educação, desde a infância, é de importância capital." (...) "Não basta ensinar à criança os elementos
da Ciência. Aprender a governar-se, a conduzir-se como ser consciente e racional, é tão necessário como saber ler,
escrever e contar: é entrar na vida armado não só para a luta material, mas, principalmente, para a luta moral". (...)
"Para despertar na criança as primeiras aspirações ao bem, para corrigir um caráter difícil, é preciso às vezes a
perseverança, a firmeza, uma ternura de que somente o coração de um pai ou de uma mãe pode ser suscetível. Se
os pais não conseguem corrigir os filhos, como é que poderia fazê-lo o mestre que tem um grande número de discípulos
a dirigir? Essa tarefa, entretanto, não é tão difícil quanto se pensa, pois não exige uma ciência profunda. Pequenos e
grandes podem preenchê-la, desde que se compenetrem do alvo elevado e das consequências da educação. Sobretudo,
é preciso nos lembrarmos de que esses Espíritos vêm coabitar conosco para que os ajudemos a vencer os seus defeitos
e os prepararmos para os deveres da vida". (...) "Todas as chagas morais são provenientes da má educação. Reformá-la,
colocá-la sobre novas bases traria à Humanidade consequências inestimáveis. Instruamos a juventude, esclareçamos sua
inteligência, mas, antes de tudo, falemos ao seu coração, ensinemos-lhe a despojar-se das suas imperfeições.
Lembremo-nos de que a sabedoria por excelência consiste eu, nos tornarmos melhores".
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EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS
Na sua escalada evolutiva, o educando aumenta o seu patrimônio intelectual e sentimental, a compreensão da vida,
de si mesmo e de Deus, bem como melhora a sua sintonia com a vida espiritual.
As ações e as atividades construtivas são indispensáveis para que o educando consiga o desenvolvimento das
potências da alma.
As experiências da vida presente permitem que o educando trabalhe a bagagem acumulada no passado e construa
o seu futuro. Nesse sentido, colaboram as necessidades, os desafios e as ações construtivas e evolutivas que fazem
o germe da perfeição se desenvolver constantemente.
Nesse processo de transformação e de desenvolvimento, o educando precisa do auxílio, da orientação e do estímulo
do educador.
Na condição de construtor de si mesmo, o educando caminha ainda sob a supervisão e o estímulo das inteligências
superiores que lhe orientam os passos na caminhada evolutiva, pois Deus fornece aos filhos todos os meios
necessários ao progresso, todas as ferramentas e energias que ele necessita para o trabalho evolutivo. Porém, não
o isenta do esforço construtivo.
O educando é um Espírito que retornou trazendo necessidades evolutivas individuais, mas também um programa
de vida, que foi estabelecido durante a sua preparação para a reencarnação.
O educador presta relevante auxílio ao educando ao trabalhar as suas necessidades íntimas; ao auxiliá-lo na sua
integração e na sua interação com o meio social em que vive; ao observar as suas tendências e as suas aptidões
naturais, direcionando-as para os níveis superiores do sentimento e da inteligência: e ao promover o
desenvolvimento das boas qualidades.
O educador utiliza o Evangelho de Jesus nesse processo educativo.
O Centro Espírita deve exercer também o papel de Escola sublime iluminando a mente e o coração do educando,
que é Espírito eterno, criado por Deus para a perfeição.
O educador deve oferecer ao educando, com respeito e afeto, os bons exemplos, as experiências, os estímulos aos
ideais nobres, as atividades construtivas adequadas ao desenvolvimento de suas potencialidades, tendo por base o
potencial já desenvolvido no passado e a manifestação gradual deste potencial na presente encarnação.
O educando deve ter uma participação ativa no processo educativo e realizar esforços no sentido de vencer os
desafios que o levam ao desenvolvimento integral das potencialidades do Espírito e à construção de um futuro
nobre.
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EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS
Também podem ser ministradas nas instituições religiosas, motivadas para o progresso espiritual das criaturas, para
a formação moral e dos bons hábitos, para os valores intrínsecos da alma identificados com a vivência do amor
fraterno entre os homens.
São dirigidas às pessoas necessitadas dos ensinamentos que visam elevar o seu nível moral, à luz do evangelho.
Alcançam dimensões muito profundas, como sistema educativo, pelo seu conteúdo de informações que pode levar
à reforma íntima do educando.
Propõem uma tomada de consciência dos seres humanos empenhados no aprimoramento das condições de vida no
planeta Terra.
Têm como normas educativas fundamentais: o amor; o uso adequado do sim e do não; o exemplo; o diálogo sincero;
o elogio que eleva a autoestima; a crítica construtiva; o acionamento das forças volitivas da alma, como a vontade,
o bom ânimo, a alegria e a determinação; a prática do bem; o cumprimento da lei do trabalho; a observância das
Leis de Deus; a reencarnação; o ensino de Jesus e as leis morais; e o fortalecimento da família pela prática das
virtudes.
Devem estar aliadas à educação intelectual para promover o desenvolvimento integral do ser humano.
Têm por finalidade promover a mudança do comportamento do educando, diante do conhecimento que lhe é
ministrado.
Dão os recursos para que o ser humano possa ser otimista, tanto nas situações favoráveis como nas fases de
dificuldades, proporcionando-lhe a felicidade, através da realização íntima.
10 - A EDUCAÇÃO ESPÍRITA É COMPATÍVEL COM A EDUCAÇÃO VOLTADA AO RESPEITO DOS DIREITOS HUMANOS?
Sim, porque em O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, constatamos que a educação espírita tem compatibilidade com
todos os princípios que foram estabelecidos nos 30 Artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e
proclamada pela resolução 217 da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948, e que deve ser
posta em prática por todas as pessoas de todas as nações.
Com isso, a educação espírita leva ao respeito dos direitos humanos, isto é, ao respeito, à proteção e a defesa dos direitos
fundamentais inerentes à vida e à existência humana.
Dessa forma, recebendo a educação espírita, os nossos filhos, naturalmente, defenderão a igualdade de direitos entre
os homens e as mulheres; valorizarão e colocarão em prática os direitos humanos à vida, à segurança pessoal, à liberdade
de pensamento, de consciência, de religião, de opinião, de expressão, de reunião e associação pacíficas, de acesso aos
serviços públicos. De trabalhar, de ter remuneração justa, de repousar, de ter acesso ao lazer, à saúde e ao bem-estar,
e de receber instrução para o pleno desenvolvimento da personalidade. Além disso, estenderão os benefícios do
progresso econômico e social para todas as pessoas, sem distinção de origem, raça, cor, sexo, idade, crenças, convicções
religiosas, filosóficas e políticas ou qualquer outra forma de discriminação.
12 - QUAIS AS PERSONALIDADES ESPÍRITAS PODEMOS ADOTAR COMO REFERÊNCIA PARA A EDUCAÇÃO ESPÍRITA?
Allan Kardec é o grande personagem da educação espírita, cujos fundamentos estão inseridos em diversas partes de O
Livro dos Espíritos.
Por exemplo, na Questão 208 consta: "O Espírito dos pais tem a missão de desenvolver o dos filhos pela educação; isto
é para ele uma tarefa. Se nela falhar, será culpado". Em função disso, a Doutrina Espírita passou a ter preocupações
educativas, isto é, orientar os pais na tarefa difícil de educar os seus filhos, que são Espíritos reencarnados.
Léon Denis compreendeu muito bem o aspecto educativo da Doutrina Espírita, e, em suas obras, forneceu valiosas
orientações para que os pais pudessem alcançar sucesso na complexa tarefa de educar a sua prole.
Especificamente no Brasil surgiram no Movimento Espírita personalidades que, com os seus exemplos e obras,
estenderam a educação espírita além das fronteiras do lar. Por exemplo, Eurípedes Barsanulfo (Sacramento-MG, 01/
maio/ 1880 a 01/novembro/1918), educou crianças e jovens no Colégio Allan Kardec, que foi, certamente, a primeira
escola espírita voltada à educação dos valores intelectuais e morais, aplicando uma pedagogia diferenciada, dinâmica e
estimulante. Aqui tivemos também os exemplos e a obra inigualável de Anália Emília Franco (Resende- RJ, 01/fev./1856
/ São Paulo, 20 jan./1919), que, como educadora, prestou relevantes serviços às criancinhas em geral, mas,
notadamente, às de classes menos favorecidas, ao ter atuado em diversas instituições educativas, enfrentando e
vencendo enormes dificuldades.
Anália Franco conquistou admiração e respeito por ter posto em prática o lema: "Eduquemos e amparemos as pobres
crianças que necessitam do nosso auxílio: arrancando-as das trilhas dos vícios, tornando-as cidadãos úteis e dignos para
o engrandecimento de nossa Pátria".
Dedicado ao amparo e à educação das crianças, Eurípedes Barsanulfo e Anália Franco colocaram em prática a educação
espírita voltada ao aperfeiçoamento intelectual e moral dos Espíritos encarnados, independentemente de serem ou não
nossos filhos.
Eles nos ensinaram, que todas as crianças merecem o nosso amor através das nossas ações e obras educativas,
instrutivas e enobrecedoras.
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Dessa forma, tornaram-se grandes personalidades espíritas que servem de referência para os nossos trabalhos
educativos práticos dentro e fora do lar.
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14 - QUAL PROCESSO EFICIENTE DEVEMOS APLICAR NA EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS?
O processo educacional eficiente é aquele com o qual conseguimos transmitir os conhecimentos elevados existentes em
todas as áreas do saber humano, empregando técnicas pedagógicas e educativas que incorporam uma boa dose de
iniciativa, criatividade, entusiasmo e empatia, visando a educação e o aperfeiçoamento no uso das faculdades da alma.
Ainda, no caso específico da educação espírita, precisamos pôr em prática o seguinte Mandamento ditado pelo Espírito
de Verdade:
"Espíritas: amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo".
Assim, o processo eficiente na educação espírita é aquele que contempla, ao mesmo tempo, o desenvolvimento da
capacidade de amar e o interesse em buscar incessantemente as instruções que engrandecem o uso das faculdades da
alma e que formam a educação e a cultura espíritas.
A aliança entre o sentimento e o saber, entre o coração e o cérebro dão eficiência à educação espírita, ao permitirem
que os nossos filhos se tornem homens de bem, com atuação brilhante na família e em todas as áreas da atividade
humana.
Aprendendo a amar e a valorizar as instruções, os conhecimentos, os esclarecimentos, as explicações, os ensinos, as
leituras e as orientações que têm um propósito educativo, os nossos filhos conquistarão, ao mesmo tempo, a bondade
e o saber, dando provas evidentes de que o processo educativo espírita é eficiente.
15 - QUE PROVIDÊNCIAS EDUCATIVAS DEVEMOS ADOTAR PARA QUE NOSSOS FILHOS SEJAM EDUCADOS DE UM
MODO CORRETO E EFICIENTE?
As providências educativas que efetivamente produzem bons resultados ao longo do tempo são aquelas que
naturalmente adotamos desde a infância de nossos filhos: a conversação amorosa, simpática, otimista e amiga; a
orientação verdadeira e proveitosa; as explicações corretas e úteis; as respostas francas às dúvidas do momento; os
esclarecimentos sobre as consequências das atitudes morais boas ou más; a exemplificação do melhor caminho a ser
seguido na vida; a transferência oportuna de conhecimentos e de experiências pessoais valiosas; as manifestações
práticas das nossas formas elevadas de pensar, de ser, de sentir e de agir; o atendimento fraterno, no momento certo,
das necessidades físicas e espirituais de nossos entes queridos, e assim por diante.
Ainda, nessa mesma linha de providências educativas, Lydienio Barreto de Menezes, no Capítulo Quem é o Educador?
do livro A Educação à Luz do Espiritismo, nos recomenda:
1. Que haja sempre diálogo e que este seja informal, franco e oportuno.
2. Que neste diálogo, a criança se sinta à vontade para expressar seus pensamentos, isto é, que exista um espaço
aberto para ela falar.
3. Que as experiências sejam sempre aquelas relacionadas com o momento.
4. Que o educador esteja sempre atento às atividades e atitudes da criança para que, a partir delas, possam sair as
informações úteis à sua educação.
5. Nos momentos em que a criança denote suas más tendências, a correção deve ser feita na hora, com muito tato,
sabedoria e carinho, mas demonstrando firmeza nas palavras, procurando sempre ressaltar o lado positivo e nunca
o negativo. "O mal não merece ser comentado" é a recomendação do Espírito André Luiz."
16 - QUE CRITÉRIOS DEVEMOS ADOTAR PARA SABER SE ESTAMOS EDUCANDO BEM OS NOSSOS FILHOS?
Os critérios para discernir, apreciar ou julgar se a educação que damos aos nossos filhos está correta são: a observação
atenta das condutas morais, usando o bom senso; a constatação de um grau apropriado de desenvolvimento integral
dos filhos; e a satisfação última com os bons resultados que se tornaram evidentes pelos comentários favoráveis sobre
o educando.
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Na mensagem psicografada por Chico Xavier, intitulada Educação, de autoria do Espírito André Luiz, (publicada no livro
Endereços da Paz, de Edição CEU), encontramos os rumos que devemos seguir, os quais, com toda a certeza, fazem dar
certo a educação que ministramos aos nossos filhos:
Ter o amor como base do ensino.
Estabelecer a cooperação mútua, que deve haver entre o educador e o educando.
Obter do filho a busca espontânea do auto aprimoramento.
Não impor uma disciplina excessiva, que abra caminho para a violência.
Usar a curiosidade construtiva para ajudar o filho no aprendizado.
Colocar o Evangelho no coração do filho para desenvolver a sua consciência.
Admitir que cada criatura é um mundo particular de trabalho e de experiência.
Ministrar as lições com sentimento.
Não tentar criar uma vocação compulsória.
Não usar o automatismo, ao passar uma instrução, para que não haja gelo na idéia.
Não educar com base na recompensa, nem no castigo.
Não permitir desvios de condutas na infância e na juventude, pois eles vão se refletir em desvios na madureza.
Buscar envolver a responsabilidade pessoal do filho em cada lição passada.
Observar o aproveitamento do aprendiz para conhecer a eficiência do mestre.
Educar, considerando a maternidade e a paternidade como magistérios sublimes.
Ter o lar como a primeira escola.
Ser os primeiros professores, na condição de pais.
Dar a primeira aula ao filho, já no primeiro dia de vida.
Estabelecer a união com o filho para que o trabalho educativo seja em conjunto.
Entrosar o lar com a escola.
Cultivar o Evangelho em casa para uni-lo à matéria lecionada na escola, visando iluminar a mente em trânsito para
as esferas superiores da Vida.
17 - EXISTE ALGUM ATRIBUTO ESPECIAL QUE DEVEMOS TER PARA QUE SEJAMOS BEM SUCEDIDOS NA EDUCAÇÃO
ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS?
Um dos atributos mais importantes no educador espírita é o da paciência, que foi ressaltado no Capítulo IX:
Bem-aventurados os Mansos e Pacíficos, de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Paciência para preparar a matéria que vai ser ensinada.
Paciência para ensinar quantas vezes forem necessárias, até que o aprendizado se realize e se converta em educação.
Paciência com os erros e com as faltas dos educandos, para que o amadurecimento mental se realize.
Paciência para prosseguir trabalhando até que a aprendizagem apresente resultados satisfatórios.
Paciência para que o tempo faça a sua parte de amadurecimento no processo educativo.
Paciência com os constrangimentos que os educandos displicentes impõem aos professores.
Paciência com a aparente perda de tempo dos aprendizes relapsos.
Paciência para rever a matéria até que os problemas inerentes a ela sejam resolvidos com facilidade.
Paciência com as condutas rebeldes dos aprendizes.
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Paciência para que os bons resultados da educação ministrada se apresentem abrindo um futuro promissor.
Paciência até que os alunos consigam pôr em prática o que aprenderam.
E assim por diante ...
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O educador deve buscar no Espiritismo as respostas que precisa para melhor compreender o educando e para obter
eficiência no trabalho de ensinar a viver. Os conhecimentos espíritas, quando aplicados na educação, fazem os
educandos voltarem-se para Deus, para o bem e para a prestação de serviços úteis ao próximo.
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Com a educação, o esclarecimento, a cultura e o engrandecimento da consciência, obtidos na escola, vencemos os
nossos instintos inferiores.
Na escola valorizada e fortalecida, onde o livro cumpre a sua função sublime, encontramos os caminhos para que a
regeneração do mundo se concretize em breve tempo.
22 - PODEMOS RECORRER AOS LIVROS INFANTIS PARA COMEÇAR A EDUCAR OS NOSSOS FILHOS NOS PRINCÍPIOS DO
ESPIRITISMO?
Sim. Essa parece ser a melhor técnica pedagógica. Com os Livros espíritas infantis em mãos, os nossos filhos veem o
interesse despertado por temas espíritas que elucidam a consciência a respeito de Deus e das leis da vida espiritual e
Material.
As fábulas, as histórias infantis, os contos e as narrativas sobre assuntos inerentes à vida, prestam-se maravilhosamente
para promovermos a iniciação de nossos filhos na aprendizagem do Espiritismo e na sua aplicação prática.
Evidentemente, cada livro infantil deve estar de acordo com a idade de nossos filhos e a sua compreensão mental. Mas,
no contato permanente com os livros espíritas, os nossos filhos, à medida que forem crescendo e se desenvolvendo, vão
tendo ao seu alcance outros livros mais condizentes com as novas fases da vida material, até que atinjam a fase adulta.
Certamente, se interessarão pela leitura dos livros doutrinários, em função do gosto e de hábito de leitura adquiridos,
obtendo, assim, um completo entendimento do Espiritismo, visando a sua prática no cotidiano.
23 - QUAL O PAPEL QUE DEVEMOS DESEMPENHAR NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO DOS NOSSOS FILHOS?
Os pais têm a missão de educar os filhos, através de seus bons exemplos e de seus esforços educativos. Então, devem
mobilizar todos os membros da família, respeitando as capacidades individuais, e transmitir-lhes os conhecimentos
necessários à sua formação para a vida, visando o cumprimento dos seus papéis educativos.
Nesse sentido, cabe recordar alguns trechos das recomendações do Espírito Emmanuel, contidas no livro O Consolador:
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"As noções religiosas, com a exemplificação dos mais altos deveres da vida, constituem a base de toda a educação, no
sagrado instinto da família". (Item 108).
"Na infância, o Espírito é mais suscetível de renovar o caráter e estabelecer novo caminho, na consolidação dos princípios
de responsabilidade, se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar". (Item 109).
"Passada a época infantil, credora de toda vigilância e carinho por parte das energias paternais, os processos
de educação moral: que formam o caráter, tornam-se mais difíceis ... ". (Item 109).
"A melhor escola ainda é o lar, onde a criatura deve receber as bases do sentimento e do caráter. Os estabelecimentos
de ensino, propriamente do mundo, podem instruir, mas só o instituto da família pode educar. É por essa razão que a
universidade poderá fazer o cidadão, mas somente o lar pode edificar o homem". (Item 110).
"Consideramos que os pais são os mestres da educação sexual de seus filhos, indicados naturalmente para essa tarefa,
até que o orbe possua por toda parte, as verdadeiras escolas de Jesus, onde a mulher, em qualquer estado civil, se
integre na divina missão da maternidade espiritual de seus pequenos tutelados e onde o homem, convocado ao labor
educativo, se transforme num centro de paternal amor e amoroso respeito para com os seus discípulos". (Item 111).
"A escola educativa do lar só possui uma fonte de renovação que é o Evangelho, e um só modelo de mestre, que é a
personalidade excelsa do Cristo". (Item 112).
"O período infantil: em sua primeira fase, é o mais importante para todas as bases educativas, e os pais espiritistas
cristãos não podem esquecer seus deveres de orientação aos filhos, nas grandes revelações da vida. Em nenhuma
hipótese, essa primeira etapa das lutas terrestres deve ser encarada com indiferença". (Item 113).
"Deve nutrir-se o coração infantil com a crença, com a bondade, com a esperança e com a fé em Deus. Agir
contrariamente a essas normas é abrir para o faltoso de ontem a mesma porta larga para os excessos de toda sorte, que
conduzem ao aniquilamento e ao crime". (Item 113).
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26 - EXISTE DIFERENÇA ENTRE INSTRUIR E EDUCAR OS NOSSOS FILHOS?
Sim. Essa diferença ficou muita bem esclarecida e estabelecida nos artigos Filhos: Instruí-los e Educá-los e Cuidar da
Infância, de W.A. Cuin, publicados, respectivamente no jornal "Folha Espírita", de dezembro de 2003 e de fevereiro de
2004, a saber:
Os nossos filhos devem ser devidamente educados para que deem contribuição para o progresso geral, ao atuarem
como verdadeiros homens de bem.
Exercemos uma grande e notável influência positiva ou negativa sobre os nossos filhos, dependendo dos exemplos
bons ou maus que lhes passamos. Assim, toda responsabilidade e todo cuidado de nossa parte são importantes.
Instruir e educar não são a mesma coisa. Instruir significa oferecer recursos para o aprendizado enriquecendo o
intelecto. Já a educação forma o caráter.
Educar, como objetivo primeiro, significa moldar o caráter de alguém, prepará-lo para viver dentro dos padrões da
moralidade, sendo um verdadeiro homem de bem, que consiga eleger o bem-estar da criatura humana, onde quer
que esteja.
Instruir significa ministrar conhecimentos, oferecer experiências acadêmicas ou transmitir cultura.
Educar é tarefa exclusiva da família, enquanto a instrução pode ser obtida no lar, na escola ou na vivência social.
Uma pessoa pode ser instruída, sem que seja educada. Já a educação implica em ter instrução também.
Devemos encaminhar os nossos filhos para as melhores escolas e os melhores cursos, mas precisamos também
educá-los dentro da família, sem delegar esta atribuição que lhe é inerente.
Devemos, com a educação, combater os desequilíbrios, a violência, a indiferença, a desonestidade, a mentira e a
falsidade que podem nascer dentro do próprio lar. Assim, cumprimos os nossos deveres e compromissos de edificar
uma sociedade mais justa e fraterna.
Devemos oferecer aos nossos filhos exemplos de trabalho, honestidade, respeito, dignidade, moralidade, calma,
paciência, perseverança, otimismo, alegria, idealismo, desprendimento, fraternidade, solidariedade, perdão e de
fazer ao próximo o que gostaríamos que ele nos fizesse.
Os nossos filhos estão atentos e observam a nossa conduta. Eles se convencem da importância da prática do bem
muito mais pelos exemplos que lhes damos do que pelas palavras e pelos discursos que proferimos.
Devemos aproveitar todas as oportunidades educativas para corrigir, orientar, equilibrar, moralizar e disciplinar os
nossos filhos para ficarmos com a consciência em paz ao termos cumprido a importante missão educativa que a
Providência Divina nos confiou.
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Assim, a educação espírita contempla, de modo indispensável, os valiosos ensinamentos religiosos, morais e espirituais
de Jesus, contidos no Evangelho.
Para reforçar ainda mais essa tese, recorremos ao Capítulo XXXV: Educação Evangélica, do livro intitulado Emmanuel
para extrair as seguintes ponderações feitas por esse guia espiritual:
Todas as necessárias reformas sociais têm de processar-se sobre a base do Evangelho, que deve ser divulgado através
da palavra falada ou escrita.
No Evangelho encontramos a fórmula que pode dirimir o conflito da vida atormentada dos homens. Por isso, a
atualidade requer a difusão dos divinos ensinamentos de Jesus.
A orientação cristã deve ser dada principalmente dentro do lar, porque as escolas do lar são indispensáveis para a
formação do espírito que atravessa as lutas que a Terra está vivendo, em rumo da gloriosa luz do porvir.
Dentro do Evangelho, com a tarefa da autoeducação, inicia-se o esforço de regeneração de cada indivíduo.
Evangelizado o indivíduo, evangeliza-se a família; regenerada esta, a sociedade estará a caminho de sua purificação,
reabilitando-se simultaneamente a vida do mundo.
As atividades pedagógicas deverão se caracterizar pela sua feição evangélica e espiritista, colaborando no grandioso
edifício do progresso humano.
A educação evangélica contempla a formação da mentalidade cristã, purificada, livre dos preceitos e preconceitos
que impedem a marcha da Humanidade.
Todos os recursos educativos devem ser empregados para a conquista do sentimento cristão, da mentalidade
evangélica e do espírito genuinamente cristão, para que os homens atinjam o dia luminoso da paz universal e da
concórdia em todos os corações.
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Forma pais e educadores conscientes, capazes de desenvolverem os indivíduos, ao máximo, em todos os ramos do
saber.
Propicia a compreensão da moral ensinada por Jesus e a aplicação da Caridade e do Amor para com todos os
semelhantes, sendo esta a principal finalidade da Educação Espírita.
Traz uma nova visão do mundo, auxiliando na formação da família espiritual.
Revela o ser de uma maneira completa, situando-o melhor no mundo.
Corrige, com seus métodos novos e com técnicas modernas, as falhas e os excessos de uma educação pragmática e
materialista que só tem produzido o egoísmo e a violência.
Desperta, através de estímulos especiais, as experiências que o educando conseguiu amealhar ao longo de suas
encarnações, e elimina tudo o que não lhe for útil na presente.
Equilibra o homem e o ensina a viver integrado no mundo, como homem do Evangelho.
Dá ao homem a compreensão da realidade dos mundos superiores, fortalecendo-o quanto à libertação de suas
inferioridades.
Modifica as massas humanas, assegurando o advento de uma - nova Era de Amor e Paz.
Prepara o ser para a superação da animalidade, pela educação religiosa, pela prática do Evangelho no Lar, pela
educação sexual e pela liberdade sem cair nos vícios.
Orienta o adolescente em seu relacionamento com os pais e os amigos.
Ajuda a pessoa na solução de seus problemas familiares.
Forma homens que sabem amar e respeitar o próximo, começando por seus pais e pelos membros de sua família.
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30 - ALÉM DE EDUCAR OS NOSSOS FILHOS, DEVEMOS NOS PREOCUPAR COM A EDUCAÇÃO DAS OUTRAS CRIANÇAS?
Sim. Todas as crianças são Espíritos reencarnados Filhos de Deus, que precisam de nossos esforços educativos para
evoluírem com a educação integral, enfrentarem com sucesso as provações da vida, conquistarem maior progresso
moral e espiritual e voltarem vitoriosos, mais tarde, para a vida espiritual, após terem cumprido a sua jornada evolutiva
na vida terrena.
Assim, devemos nos empenhar em promover a educação integral de todas as crianças com as quais tivermos contato,
engajando-as nas atividades educativas que ocorrem no lar, nas escolas, instituições e organizações voltadas à educação,
e mesmo nos Centros Espíritas.
Nesse sentido, falam alto os exemplos deixados por Eurípedes Barsanulfo e por Anália Franco, que dedicaram suas vidas
ao amparo dos filhos alheios.
Ainda, devemos permanecer atentos às seguintes palavras do Espírito Batuíra, extraídas do livro Mais Luz, psicografado
por Chico Xavier:
"Organizemo-nos no sentido de provar que a criança, abrigada em lar diferente daquele em que nasceu, pode crescer e
educar-se sem qualquer idéia de favor e orfandade. A criança trabalha, a criança produz. Unamo-nos, testemunhando
essa realidade já observada em experiências valiosas; a fim de que milhares de meninos e meninas se desenvolvam em
bases novas. Isso é sumamente importante. (Capítulo 86: Criança e Trabalho).
"Se nos propomos a edificar o futuro com o Cristo de Deus é necessário auxiliar a criança. Se desejamos solucionar os
problemas do mundo; de maneira definitiva, é indispensável ajudar a criança. Se buscamos sustentar a dignidade
humana, abolindo a perturbação e imunizando o povo contra as calamidades da delinquência; é preciso proteger a
criança. Se anelamos a construção da Era Nova, na qual as criaturas entrelacem as mãos na verdadeira fraternidade, em
bases de serviço e sublimação espiritual, é imprescindível socorrer a criança. (...) Urge, pois, não só amparar a criança;
mas educar a criança e induzi-la ao esforço de construção do mundo melhor! (Capítulo 89: Amparo à Criança).
"Crianças de condição normal, sem apoio doméstico, são quase fronteiriças da delinquência infantil, e auxiliá-las a tempo
é frustrar a perturbação e anular o crime no nascedouro·'. (Capítulo 90: Crianças sem Lar).
"Nenhum ambiente melhor e mais digno que aquele onde a criança se desenvolva trabalhando, observando o trabalho,
enobrecendo-se pelo trabalho e sentindo em si os exemplos do trabalho!!. (Capítulo 91: Criança e Ambiente).
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Assim, a preocupação da educação espírita é propiciar aos homens um novo entendimento sobre Deus e Suas Obras,
mas, também, sobre as leis morais, para que sejam cumpridas e praticadas, visando obter a elevação espiritual e a
felicidade.
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Convença-o dos bons resultados da prática do amor, do respeito, do carinho e da paciência.
Fortaleça a sua alma, para que ele não se acovarde na vida e nem fuja das dificuldades e das provas difíceis.
Desperte nele a compaixão para que seja generoso com os outros.
Aponte-lhe os caminhos seguros do trabalho honesto que levam, com sabedoria, à prosperidade material e espiritual.
Dê-lhe o bom senso para que estude, compreenda o valor do tempo, realize as boas obras e procure as ocupações úteis
e sadias.
Facilite o seu aprendizado e a sua prática das lições e dos exemplos do Mestre Jesus.
Permita! Pai, que os Seus Mensageiros, Anjos da Guarda e Espíritos protetores possam aconselhá-lo mentalmente e
inspirá-lo sempre para a prática das virtudes.
Proteja-o das más influências espirituais e das companhias inadequadas, mantendo-o uma pessoa cautelosa, prudente
e vigilante.
Por tudo isso, Pai Eterno, receba a minha profunda gratidão e não me deixe falhar na missão educativa que o Senhor me
confiou para cumprir junto deste filho do coração.
Que assim seja!
35 - ATÉ QUANDO DEVEMOS DAR EDUCAÇÃO, INSTRUÇÃO, ORIENTAÇÃO E CONSELHOS PARA OS NOSSOS FILHOS?
A educação é um trabalho que precisa ser realizado sempre que se detecte a necessidade e a oportunidade, empregando
as boas palavras e os exemplos que os pais conscienciosos sabem usar durante toda a existência de seus filhos, de modo
a levá-los à prática das virtudes.
Nesse sentido, cabe recordar as seguintes orientações do Espírito Joanna de Angelis, contidas no Capítulo 17: Perante a
prole, do livro Lampadário Espírita
"Pensa e cogita com maturidade, educando o filho que Deus te concede por algum tempo, nas diretrizes enobrecedoras
da fé cristã, ministrando-lhe as lições vivas do exemplo dignificante.
Talvez a educação não consiga fazer tudo por ele, caso seja alguém assinalado por graves problemas que o acompanhem
de outras existências... prepará-lo-ás, no entanto para melhor experiência e maior aprendizagem.
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Não descures de iluminá-lo com as claridades do amor à verdade, ao bem e à justiça, em nome do Supremo Amor.
A carne gera a carne, mas o espírito não produz o espírito.
O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
Não o temas, nunca.
Não o ofendas com a falsa valorização dele, em demasia.
Recorda-lhe a humildade, considerando a procedência de todos nós e o lugar comum do barro orgânico ...
... E orienta-o dignamente; sem cessar".
36 - ATÉ QUANDO SOMOS RESPONSÁVEIS PELA EDUCAÇÃO E PELOS ATOS DE NOSSOS FILHOS?
A necessidade da educação espírita não cessa nunca.
Ela tem início na infância e revela a sua importância até que os filhos estejam evoluídos em termos intelectuais e morais
e consigam usar bem à vontade e empregar a liberdade com responsabilidade, beneficiando a si mesmos e ao próximo.
Então, os pais devem ser eternos educadores dos filhos e devem se colocar na condição de eternos responsáveis pelas
orientações que levam os filhos a construírem a própria felicidade pela prática dos bons atos e das boas ações que
engrandecem a vida.
Os pais conscienciosos, mesmo distantes dos filhos adultos, devem continuar responsáveis pela educação e pelos atos
dos filhos, sentindo-se felizes quando eles conseguem obedecer as Leis humanas e divinas; agem com base nas boas
ações; evitam os excessos, os abusos e os vícios pela conquista e prática das virtudes; estão sempre em boa companhia;
e são autossuficientes em termos materiais, morais e espirituais.
Portanto, os pais devem acompanhar sempre a vida dos filhos, preocupados com o grau de educação e observando até
que ponto devem chamar para si a responsabilidade dos atos praticados pelos filhos adultos. Devem descansar apenas
quando eles já consigam criar para si mesmos um destino feliz, com a adoção de atitudes morais elevadas.
Mas, alguns pais dizem: "Eu perdi totalmente o contato com o meu filho, depois que ele se tornou adulto, e não consigo
mais influir nem em sua educação, nem em seus atos. Então, como posso continuar sendo responsável por meu filho?"
A solução para essa dúvida pode estar nas seguintes palavras de Allan Kardec, ao comentar a resposta dos Espíritos
superiores à Questão 964 de O Livro dos Espíritos:
''Um pai dá ao seu filho a educação e a instrução, ou seja, os meios para saber conduzir-se. Cede-lhe um campo para
cultivar e lhe diz: Eis a regra a seguir e todos os instrumentos necessários para tornar fértil o campo e assegurar a tua
existência. Dei-te a instrução para compreenderes essa regra. Se a seguires, o campo produzirá bastante e te
proporcionará o repouso na velhice; se não a seguires, nada produzirá, e morrerás de fome. Dito isso, deixa-o agir à
vontade".
"Não é verdade que o campo produzirá na razão dos cuidados que se dispensar à cultura e que toda negligência
redundará em prejuízo da colheita? O filho será, portanto, na velhice, feliz ou infeliz, segundo tenha seguido ou
negligenciado a regra traçada pelo pai. Deus é ainda mais previdente, porque nos adverte a cada instante, se fazemos o
bem ou o mal. Envia-nos Espíritos que nos inspiram, mas não os escutamos. Há ainda esta diferença: Deus dá ao homem
um recurso, por meio das novas existências, para reparar os seus erros do passado, ao passo que o filho de que falamos
não o terá, se empregar mal o seu tempo".
Assim, depois de bem-educados durante a infância e a juventude, muitos filhos precisam se afastar dos pais, que não
conseguem mais continuar responsáveis pela educação e pelas suas ações, devido à ausência e a definição de novos
rumos na vida. Assim, os filhos tornam-se independentes para agir e construir o próprio destino feliz ou infeliz.
Mas, mesmo assim, os filhos distantes jamais estão desamparados por Deus ou pelos Espíritos protetores,
principalmente nos momentos de dificuldades, provas ou expiações. Porém, são os únicos responsáveis pelos próprios
atos e sentem que está entregue a si mesmos o trabalho de construção de um futuro feliz ou infeliz.
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37 - PODEMOS EDUCAR OS FILHOS CONSIDERANDO-OS UM PATRIMÔNIO PESSOAL?
Não, pelos seguintes motivos oferecidos pelo Espiritismo:
a) Fornecemos aos nossos filhos apenas os elementos que permitiram a formação do corpo material, obedecendo às leis
da reprodução.
b) A essência de nossos filhos é O Espírito imortal, criado por Deus, que detém a inteligência e todas as faculdades
intelectuais e morais que se manifestam na vida terrena.
c) O Espírito, atualmente encarnado na condição de nosso filho, foi confiado por Deus à nossa guarda e responsabilidade
educativa para que tenha segurança e sucesso em sua jornada evolutiva ou nesta nova passagem pela escola terrena.
d) O Espírito, que assumiu o corpo material herdado dos pais, possui mais que o envoltório corporal. Ele tem o perispírito,
que é um invólucro semimaterial, etéreo e invisível no seu estado normal, e que, entre outras funções, lhe permitiu a
união ao corpo material, para a sua manifestação na Terra. Assim, os nossos filhos são seres complexos, em cuja
formação participamos apenas com o fornecimento dos elementos orgânicos necessários à vida terrena.
e) Deus nos confiou a guarda de Seus Filhos, na condição de Espíritos encarnados, para que, cumprindo a missão da
maternidade e da paternidade, possamos lhe oferecer a melhor educação. Esta vai propiciar a sua evolução intelectual
e moral, aproximando-o da perfeição espiritual.
f) Em função dos três elementos que formam os nossos filhos (Espírito, perispírito e corpo material), precisamos
oferecer-lhes a educação espírita, que possibilita um conhecimento amplo da Obra da Criação e de si mesmos, ajudando-
os no engrandecimento pessoal e no bom uso de todas as suas faculdades.
38 - AS RESPONSABILIDADES QUE ASSUMIMOS PARA COM OS NOSSOS FILHOS SÃO APENAS EDUCATIVAS?
A responsabilidade educativa maior que assumimos não é com os nossos filhos, mas com Deus, que criou os Espíritos e
os quais foram-nos confiados para o aperfeiçoamento intelectual e moral que precisam conquistar para se aproximarem
da perfeição espiritual.
Assim, só cumprimos adequadamente as nossas responsabilidades paternas ou maternas perante Deus, quando
educamos os nossos filhos e os guiamos para a prática do bem e para o bom aproveitamento do tempo disponível nesta
jornada evolutiva.
Certamente foi por isso que Allan Kardec escreveu, ao elaborar a Prece para um Nascimento, contida na Coletânea de
Preces Espíritas, no Capítulo Final de O Evangelho Segundo o Espiritismo:
"PREFÁCIO. - Os Espíritos só chegam à perfeição depois de haverem passado pelas provas da vida corporal. Os que estão
na erraticidade esperam que Deus lhes permita voltar a uma existência que deverá proporcionar-lhes os meios de
adiantamento, seja pela expiação de suas faltas passadas, mediante as vicissitudes a que estiverem sujeitos, seja pelo
cumprimento de uma missão útil à Humanidade. Seu progresso e sua felicidade futura serão proporcionais ao emprego
que derem ao tempo de sua nova passagem pela Terra. O encargo de lhes guiar os primeiros passos, dirigindo-os para o
bem, é confiado aos pais, que responderão perante Deus pela maneira com que se desincumbirem do seu mandato. É
para facilitar-lhes a execução, que Deus fez do amor paternal e do amor filial uma lei da natureza, lei que jamais será
violada impunemente".
PRECE. (Para ser dita pelos pais.) - "Espírito que vos encarnastes como nosso filho, sede bem-vindo entre nós.
Agradecemos a Deus Todo-Poderoso pela bênção que nos concedeu. É um depósito que nos confiou e do qual teremos
de prestar contas um dia. Se ele pertence há uma geração de Bons Espíritos que devem, povoar a Terra, obrigado,
Senhor, por mais esse favor! Se é uma alma imperfeita, nosso dever é o de ajudá-la no progresso, em direção ao bem,
por nossos conselhos e nossos bons exemplos. Se cair no mal por nossa culpa, teremos de responder por isso perante
vós, porque não teremos cumprido nossa missão para com ele. Senhor, amparai-nos no cumprimento da nossa tarefa
e dai-nos a força e a vontade de bem realizá-la. Se esta criança tiver de ser um motivo de provas para nós, seja feita a
vossa vontade! Bons Espíritos, que viestes presidir ao seu nascimento e que deveis acompanhá-lo durante a vida, jamais
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a abandoneis. Afastai os maus Espíritos que tentarem induzi-lo ao mal. Dai-lhe a força de resistir à suas sugestões e a
coragem de sofrer com paciência e resignação as provas que a esperam na Terra. (Capítulo XIV, item n. 9).
''PRECE. - "Meu Deus, vós me confiastes a sorte de une dos vossos filhos; fazei, pois, Senhor, que eu me torne digno da
tarefa que me destes. Concedei-me a vossa proteção e esclarecei a minha inteligência, para que eu possa discernir desde
logo as tendências desse Espírito, que devo preparar para a vossa paz".
"PRECE. - Deus de infinita bondade, já que te aprouve permitir ao Espírito desta criança voltar novamente às provas
terrenas, para o seu próprio progresso, concede-lhe a luz necessária a fim de aprender a conhecer-te, amar-te e adorar-
te. Faze, pelo teu supremo poder, que esta alma se regenere na fonte dos teus divinos ensinamentos. Que, sob a
proteção do seu anjo da guarda, sua inteligência se fortaleça e se desenvolva, aspirando a aproximar-se cada vez mais
de ti. Que a Ciência do Espiritismo seja a luz brilhante a iluminar o seu caminho, através dos escolhos da existência. Que
ele saiba, enfim, compreender toda a extensão do teu amor, que nos submete à prova para nos purificar. Senhor, lança
o teu olhar sobre a família a que confiaste esta alma, para que ela possa compreender a importância da sua missão, e
faze germinar nesta criança as boas sementes, até o momento em que ela possa, por si mesma, Senhor, e através de
suas próprias aspirações, elevar-se gloriosamente para ti. Digna-te, ó meu Deus, ouvir esta humilde prece, em nome e
pelos méritos daquele que disse: "Deixai vir a mim os pequeninos, porque o Reino dos Céus é daquele que se lhes
assemelham!".
39 - POR QUE OS NOSSOS FILHOS SÃO TÃO DIFERENTES ENTRE SI EM TERMOS INTELECTUAIS E MORAIS, APESAR DA
MESMA EDUCAÇÃO QUE LHES DAMOS?
Encontramos a resposta para essa questão tão complexa nos seguintes ensinamentos contidos em O Livro dos Espíritos,
de Allan Kardec:
"Os Espíritos pertencem a diferentes classes, não sendo iguais em poder, nem inteligência, saber ou moralidade".
(Introdução).
"As qualidades da alma são as do Espírito encarnado. Assim, o homem de bem é a encarnação de um bom Espírito
e o homem perverso, a de um Espírito impuro". (Introdução).
"O homem que supera a influência da matéria, pela elevação e purificação de sua alma, aproxima-se dos bons
Espíritos ... Aquele que se deixa dominar pelas más paixões e põe todas as suas alegrias na satisfação dos apetites
grosseiros aproxima-se dos Espíritos impuros ... " (Introdução).
"Os Espíritos são de diferentes ordens, segundo o grau de perfeição a que tenham chegado". (Questão 96).
"Na primeira ordem, podemos colocar os Espíritos que já chegaram à perfeição: os Espíritos puros. Na segunda,
estão os que chegaram ao meio da escala: o desejo do bem é a sua preocupação. Na terceira, os que estão ainda na
base da escala: os Espíritos imperfeitos, que se caracterizam pela ignorância, o desejo do mal e todas as más paixões
que lhes retardam o desenvolvimento". (Questão 97).
"Deus impõe a encarnação aos Espíritos com o fim de levá-los à perfeição". (Questão 132).
"Todos os Espíritos são criados simples e ignorantes e se instruem através das lutas e atribulações da vida corporal.
Deus, que é justo, não podia fazer feliz a uns, sem penas e sem trabalhos, e, por conseguinte sem mérito". (Questão
133).
Com base nesses ensinamentos do Espiritismo, compreendemos facilmente porque cada Espírito encarnado na condição
de nosso filho, encontra-se em condição diversa, em termos de elevação intelectual e moral, e, portanto, manifesta um
grau diferente de inteligência e de moralidade, apesar da igualdade da educação que lhes damos.
Mas, com toda certeza, oferecendo-lhes a educação espírita que atende as suas necessidades evolutivas, cumprimos,
perante Deus, os compromissos assumidos com a guarda e a educação dos Espíritos encarnados que nos foram
confiados.
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O processo educacional espírita é eficiente, pois ajuda o Espírito encarnado na condição de nosso filho a vencer a
ignorância, a inferioridade, as imperfeições, as más paixões, as tendências nefastas, as ilusões da vida material, os
apetites grosseiros e os desejos tolos que levam à prática do mal.
Assim, com a educação espírita, conseguimos colocar os nossos filhos no bom caminho, tornando-os homens de bem.
Educando os nossos filhos dentro da moral espírita-cristã, com respeito ao grau de evolução espiritual próprio de cada
um, exercemos as nossas boas influências, damos-lhes os nossos bons exemplos, conselhos e esforços educativos, com
os quais conseguem fazer bom uso da vontade e do livre-arbítrio, alcançando o progresso intelectual e moral, o sucesso
e a felicidade nesta jornada terrena.
40 - O QUE DETERMINA A FACILIDADE OU A DIFICULDADE QUE OS NOSSOS FILHOS TÊM PARA ASSIMILAR CERTAS
LIÇÕES OU CERTOS EXEMPLOS EDUCATIVOS QUE LHE DAMOS?
Segundo o Espiritismo, a alma de nossos filhos foi criada por Deus e, portanto, já existia no mundo espiritual antes do
seu nascimento em nossa família. Assim, trouxe consigo os progressos intelectuais e morais já conquistados
anteriormente.
Dessa forma, o grau de evolução espiritual em que a alma se encontra atualmente, determina, em muito, a facilidade
ou a dificuldade que possui para aprender e para pôr em prática os ensinamentos e os exemplos que lhe damos.
Sem levar em consideração a pluralidade das existências materiais ou a reencarnação não conseguiremos entender as
facilidades ou dificuldades inatas da alma de cada filho.
Mas, com a educação espírita, aproveitamos todas as oportunidades que surgem, desde a infância, para aprimorar as
faculdades e transmitir aos filhos valiosas experiências de vida, facilitando-lhes a conquista do sucesso nesta jornada
evolutiva.
Pela importância que a reencarnação tem na educação espírita, vale a pena ter em mente os seguintes mandamentos,
contidos em O Livro dos Espíritos:
"As almas não são mais que Espíritos. Antes de ligar-se ao corpo, a alma é um dos seres inteligentes que povoam o
mundo invisível e depois reveste temporariamente um invólucro carnal, para se purificar e esclarecer". (Questão
134B).
"A doutrina da reencarnação, que consiste em admitir para o homem muitas existências sucessivas, é a única que
corresponde à idéia da justiça de Deus, com respeito aos homens de condição moral inferior; a única que pode
explicar o nosso futuro e fundamentar as nossas esperanças, pois oferece-nos o meio de resgatarmos os nossos
erros através de novas provas. A razão assim nos diz, e é o que os Espíritos nos ensinam". (Questão 171).
"A vida do Espírito constitui-se de uma série de existências corporais, sendo cada qual uma oportunidade de
progresso, como cada existência corporal se compõe de uma série de dias, nos quais o homem adquire maior
experiência e instrução". (Questão 191.A).
"A marcha dos Espíritos é progressiva e jamais retrograda. Eles se elevam gradualmente na hierarquia, e não descem
do plano atingido. Nas suas diferentes existências corporais, podem descer como homens, mas não como Espíritos.
Assim, a alma de um poderoso da Terra pode mais tarde animar um humilde artesão, e vice-versa. Porque as
posições entre os homens são frequentemente determinadas pelo inverso da elevação dos sentimentos morais.
Herodes era rei, e Jesus carpinteiro". (Questão, 194A).
"Eis porque tendes na Terra uns homens mais adiantados que outros. Uns já têm uma experiência que os outros
ainda não tiveram, mas que adquirirão pouco a pouco. Deles depende impulsionar o próprio progresso ou retardá-
lo indefinidamente". (Questão 195).
"Não se veem crianças dotadas dos piores instintos, numa idade em que a educação ainda não pode exercer a sua
influência? Não se veem algumas que parecem trazer inatos a astúcia, a falsidade, a perfídia, o instinto mesmo do
roubo e do assassínio, e isso não obstante os bons exemplos do meio? A lei civil absorve os seus erros, por considerar
que elas agem mais instintivamente do que por deliberado propósito. Mas de onde podem provir esses instintos,
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tão diferentes entre as crianças da mesma idade, educadas nas mesmas condições e submetidas às mesmas
influências? De onde vem essa perversidade precoce, a não ser da inferioridade do Espírito, pois que a educação
nada tem com ela? Aqueles que são viciosos é que progridem menos e têm então de sofrer as consequências, não
dos seus atos da infância, mas das suas existências anteriores. É assim que a lei se mostra a mesma para todos, e a
justiça de Deus a todos abrange". (Questão 199.A).
"Os Espíritos devem concorrer para o progresso recíproco. Pois bem: o Espírito dos pais tem a missão de desenvolver
o dos filhos pela educação: isso é para ele uma tarefa. Se nela falhar, será culpado". (Questão 208).
Um mau Espírito pode pedir bons pais, na esperança de que seus conselhos o dirijam por uma senda melhor, e
muitas vezes Deus o atende". (Questão 209).
"Os pais podem melhorar o Espírito da criança a que deram nascimento e que lhes foi confiada. Esse é o dever; filhos
maus são uma prova para os pais". (Questão 211).
"O Espírito sendo o mesmo, nas diversas encarnações, suas manifestações podem ter, de uma para outra, certas
semelhanças. Estas, entretanto, serão modificadas pelos costumes da nova posição, até que um aperfeiçoamento
notável venha a mudar completamente o seu caráter, pois de orgulhoso e mal pode tornar-se humilde e humano,
desde que se haja arrependido". (Questão 216).
"Os conhecimentos adquiridos em cada existência não se perdem; o Espírito, liberto da matéria, sempre se recorda.
Durante a encarnação pode esquecê-lo em parte, momentaneamente, mas a intuição que lhe fica ajuda o seu
adiantamento. Sem isso, ele sempre teria de recomeçar. A cada nova existência, o Espírito toma como ponto de
partida aquele em que se achava na precedente". (Questão 218.A).
"Uma faculdade pode ficar adormecida durante uma existência, porque o Espírito quer exercer outra que não se
relaciona com ela. Nesse caso, permanece em estado latente, para reaparecer mais tarde!!. (Questão 220).
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reencarnação, elas podem retornar à vida corpórea, sem perder os progressos intelectuais e morais que já realizaram
e, assim, desfrutar de uma nova oportunidade evolutiva, geralmente amparadas por aqueles Espíritos que as amam.
As almas que cometeram erros graves em alguns momentos de provas na vida terrena encontram amparo, na vida
espiritual, das almas que as amam. Assim, elas são ajudadas a sair dos sofrimentos temporários e encorajadas e
amparadas na reconquista da felicidade, pelo arrependimento, pela reparação das faltas cometidas e pela retomada
do caminho rumo à perfeição espiritual, através da reencarnação.
A reencarnação não separa os Espíritos simpáticos entre si. Eles podem se reunir numa nova família terrena e
permanecer ligados pelos laços espirituais que estabeleceram anteriormente. Dessa forma, continuam trabalhando
juntos para o progresso pessoal de todos e no fortalecimento dos laços de afeição, amizade, simpatia e amor.
A forte união e a afeição sincera existentes entre os membros de uma família indicam que já existia uma simpatia
anterior, estabelecida numa vida passada.
Deus permite que Espíritos antipáticos ou estranhos reencarnem numa mesma família, com a finalidade de servirem
de provas uns para os outros e, assim, aproveitarem bem as oportunidades de progresso.
Deus permite que haja uniões por interesse. Com elas, os Espíritos ainda maus podem progredir no contato com os
bons, ao assimilarem os bons exemplos e os melhores costumes.
Com a reencarnação, as almas dos entes queridos podem já ter vivido juntas anteriormente e desenvolvido o amor
mútuo e as afeições espirituais. Assim, continuam unidas, na nova família, por laços espirituais. Ao contrário, com a
doutrina da alma criada no mesmo momento da formação do corpo material, a alma do pai é estranha à alma do
filho e a união familiar se restringe apenas à filiação corporal, sem nenhuma ligação espiritual anterior e nem
posterior.
As aptidões naturais tão diversas, que muitos homens demonstram e que não dependem das adquiridas na educação
atual, decorrem das habilidades e dos conhecimentos conquistados pelo Espírito em vidas passadas.
As facilidades naturais para certas atividades, as idéias inatas ou intuitivas e a vocação natural para certas artes,
ciências, religiões ou profissões, que surgem em crianças de pouca idade, vem do desenvolvimento e das conquistas
que os Espíritos já promoveram em suas faculdades, e das experiências que já adquiriram em vidas anteriores.
Certos impulsos para as virtudes ou para os vícios, que contrastam com o meio em que certas crianças nasceram e
em que foram educadas, decorrem do progresso moral realizado pelo Espírito em existências passadas ou das
imperfeições morais que o Espírito reencarnado ainda não conseguiu se despojar.
Algumas pessoas tornam-se celebridade independentemente da educação que receberam, porque são Espíritos que
se adiantaram em termos intelectuais ou morais, em relação aos outros, em vidas passadas.
As almas de algumas pessoas são mais evoluídas, em relação a outras, porque já desenvolveram as faculdades e as
aptidões intelectuais ou morais em vidas passadas. Ao reencarnarem trouxeram o adiantamento já conquistado,
mas podem evoluir ainda mais. Assim, as pessoas que demonstram sabedoria ou moralidade não são privilegiadas
rela sorte; elas trazem consigo o progresso conquistado por esforços próprios realizados em vidas anteriores.
As pessoas que apresentam ainda baixo nível de desenvolvimento intelectual ou moral, não são vítimas do
organismo ou das imperfeições dos órgãos do corpo material. São Espíritos que precisam ainda conquistar nível
maior de evolução e que estão tendo uma nova oportunidade para isso, nesta existência material.
As pessoas mais adiantadas, em termos intelectuais ou morais, são Espíritos que tiveram um maior número de
existências materiais proveitosas. Assim, já evoluíram e estão mais distanciados do ponto de partida. Mas, mesmo
assim, ainda precisam se esforçar para conquistar maior progresso pelos próprios méritos.
Deus, com Seus atributos, não criou uma alma mais perfeita do que a outra. Todos Espíritos foram, criados
igualmente simples e ignorantes. Assim, diferenciaram-se uns dos outros, através do maior ou menor número de
existências materiais proveitosas e do uso bom ou mau que fizeram da vontade e do livre-arbítrio.
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Todos os Espíritos, por mais atrasados que ainda estejam, em termos intelectuais e morais, são suscetíveis de
progredir até atingirem a perfeição espiritual. A reencarnação é a concessão divina que permite isso, ao dar-lhes
novas oportunidades de progresso e de novas conquistas importantes, pelo trabalho e pela prática das boas obras.
Com a reencarnação, a alma do selvagem alcançará, um dia, a posição hoje desfrutada por um homem civilizado.
As almas das criancinhas, que morreram em tenra idade e que não tiveram a oportunidade de evoluir ao enfrentar
as tribulações da vida terrena e ao praticar o bem, com a reencarnação poderão retornar à vida material para
continuarem a sua jornada evolutiva rumo à perfeição espiritual.
O que um, Espírito encarnado não conseguiu fazer em uma existência material; em relação ao seu progresso pessoal
ou ao progresso da Humanidade, poderá fazê-lo em uma outra existência.
As almas que estão num corpo material com doenças congênitas físicas ou mentais não foram alma da má sorte ou
de um destino infeliz. Elas sofrem da insuficiência dos meios disponíveis para se comunicar ou se manifestar, por
expiação temporária dos erros graves cometidos em vidas passadas, visando a própria regeneração.
Alguns Espíritos reencarnam, em punição, em corpos defeituosos, sofrendo o constrangimento dos órgãos não
desenvolvidos ou defeituosos, visando expiar os abusos que tenham cometido no uso de suas faculdades. Para eles
é um tempo de suspensão dessas faculdades, visando a reparação e a regeneração, com vistas à retomada posterior
dos caminhos rumos à angelitude.
A riqueza e o poder em que vivem certas pessoas ou a miséria em que outras se encontram não são privilégios ou
castigos de Deus. São provas difíceis, escolhidas pelos próprios Espíritos antes da reencarnação, visando o
desenvolvimento das faculdades, a busca de experiências de vida e a conquista de maior progresso intelectual e
moral com a realização dos trabalhos que lhes são exigidos.
O esquecimento dos fatos que ocorreram em vidas passadas é uma providência da sabedoria de Deus. A lembrança
de quem foram e do que fizeram em reencarnações anteriores teria, para os Espíritos reencarnados, repercussões
inconvenientes e efeitos desagradáveis, ao afetar as suas relações sociais atuais. Por isso, Deus permite que o Espírito
conserve, na nova existência corpórea, apenas as tendências instintivas que retratam as conquistas já realizadas ou
as imperfeições que ainda precisam ser superadas.
E assim por diante ...
42 - COMO VENCER AS DIFICULDADES PRÁTICAS QUE SURGEM NO DIA-A-DIA PARA EDUCARMOS OS NOSSOS FILHOS
COM BASE NO AMOR?
A prática do amor é indispensável no processo educacional espírita de nossos filhos, por mais difíceis ou constrangedoras
que sejam as condições. O amor deve ser exteriorizado, em cada ação do cotidiano e nas atitudes mais simples que
ensinam, exemplificam e beneficiam os nossos filhos, através da paciência, entendimento, dedicação, companheirismo,
respeito, disciplina e afeto.
Para exemplificarmos melhor como e por que o amor deve estar inserido em cada atividade educativa espírita do nosso
dia-a-dia, nas mais diversas e difíceis situações, vamos recorrer às orientações, a seguir apresentadas, que foram
extraídas do livro S. O. S. Família, de autoria de Espíritos diversos, pela psicografia de Divaldo Pereira Franco:
"O lar, estruturado no amor e no respeito aos direitos dos seus membros, é a mola propulsionadora do progresso geral
e da felicidade de cada um, como de todos em conjunto". (Benedita Fernandes, no Capítulo Casamento e Família).
"Voltemo-nos para a infância e a juventude e leguemos-lhes segurança moral e amor, mediante os exemplos de
equilíbrio e de paz, indispensáveis à felicidade deles e de todos nós, herdeiros que somos das próprias ações". (Benedita
Fernandes, no capítulo Alienação Infanto-Juvenil e Educação).
".. . eu descobri! em júbilo, a grandeza do amor de mãe adotiva. As outras mães carnais, às vezes, são compelidas pelo
corpo a amar os filhos que geram, mas você e todas as mães de adoção, amam pelo espírito, elegendo quem lhes vai
receber o devotamento, a dedicação... E não se tornam menos mães! Sofrem mais, certamente" (Amélia Rodrigues, no
capítulo Mãe Adotiva).
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"O amor é de origem divina. Quanto mais se doa, mais se multiplica sem jamais exaurir-se". (Joanna de Angelis, no
capítulo Problemas no Matrimônio).
"Ante o filhinho deficiente não te inculpes. Ama-o mais e completa lhe as limitações com os teus recursos, preenchendo
os vazios que ele experimenta". (Joanna de Angelis, no capítulo Vida em Família).
"Se te repousa no berço de sonhos desfeitos um filhinho deformado, amputado, dementado, deficiente de qualquer
natureza, esquece-lhe a aparência e assiste-o com amor. Não te chega ao trono dos sentimentos por acaso. Antigo
companheiro vencido, suplica ajuda ao desertor, só agora alcançado pela divina legislação. Dá-lhe ternura, canta-lhe um
poema de esperança, ajuda-o. O filho deficiente no teu lar significa a tua oportunidade de triunfo e que ele te roga para
alcançar a felicidade". (Joanna de Angelis, no Capítulo Filho Deficiente).
"A humildade e a perseverança no dever conseguem modificar comportamentos, reacendendo a chama do
entendimento e do amor, momentaneamente apagada" (Joanna de Angelis, no Capítulo Desquite e Divórcio).
"Acende a claridade do Evangelho no lar e ama a tua família-problema, exercitando humildade e resignação.
Preserva a paciência, elaborando o curso de amor nos exercícios diários do silêncio entre os panos da piedade para os
que te compartem o ninho doméstico ... (...) São eles, os parentes severos nos trajos de verdugos inclementes, a lição
de paciência que necessitas viver, aprendendo a ancar os difíceis de amar para te candidatares ao Amor que a todos
ama". (Joanna de Angelis, no Capítulo Dentro do Lar).
"Não te afastes da linha direcional do Evangelho entre os teus familiares. Continua orando fiel, estudando com os teus
filhos e com aqueles a quem amas as diretrizes do Mestre e, quanto possível, debate os problemas que te afligem à luz
clara da mensagem da Boa nova e examina as dificuldades que te perturbam ante a inspiração consoladora do Cristo".
(Joanna de Angelis, no Capítulo Jesus Contigo).
"Se os teus filhos estiverem, ainda; sob a tua tutela, não creias na validade do conceito de deixá-los ir, sem religião, sem
Deus ... Como lhes dás agasalho e pão, medicamento e instrução, vestuário e moedas, oferta-lhes, igualmente, o
alimento espiritual, semeando no solo dos seus espíritos as estrelas da fé, que hoje ou mais tarde se transformarão na
única fortuna de que disporão, ante o inevitável trânsito para o país do além-túmulo ... Não te descures". (Joanna de
Angelis, no Capítulo Estudo Evangélico no Lar).
"Os deveres dos pais em relação aos filhos estão inscritos na consciência. Evidentemente as técnicas psicológicas e a
metodologia da educação tornam-se fatores nobres para o êxito desse cometimento. Entretanto, o amor - que tem
escasseado nos processos modernos da educação com lamentáveis resultados - possui os elementos essenciais para o
feliz desiderato. No compromisso do amor, estão evidentes o companheirismo, o diálogo franco, a solidariedade, a
indulgência e a energia moral de que necessitam os filhos, no longo processo da aquisição dos valores éticos, espirituais,
intelectuais e sociais. No lar, em consequência, prossegue sendo, na atualidade, de fundamental importância no
complexo mecanismo da educação. Nesse sentido; é de essencial relevância a lição dos exemplos, a par da assistência
constante de que necessitam os caracteres em formação; argila plástica que deve ser bem modelada". (Joanna de
Angelis; no Capítulo Deveres dos Pais).
" Aos pais cabem sempre os deveres impostergáveis de amar e entender até o sacrifício os filhos que lhes chegam pelas
vias sacrossantas da reencarnação, educando-os e depondo-lhes nas almas as sementes férteis da fé, das
responsabilidades; instruindo-os e neles inculcando a necessidade da busca de elevação e felicidade. O que decorra
serão consequências do estado moral de cada um, que lhes não cabem prever, recear ou sofrer por antecipação
pessimista. (...). Ante o filho ingrato, seja qual for a situação em que se encontre, guarda piedade para com ele e dá-lhe
mais amor.... Agressivo e calceta, exigente e impiedoso, transformado em inimigo insensível quão odioso, oferta, ainda,
paciência e mais amor." (Joanna de Angelis, no Capítulo Filhos Ingratos).
"Se és pai ou mãe não penses que o teu lar estará poupado. Observa o comportamento dos filhos, mantém-te, atento,
cuida deles antes da ingerência e do comprometimento nos embalos dos estupefacientes e alucinógenos, em cuja
oportunidade podes auxiliá-los e preservá-los. Se, porém, te surpreenderes com o drama que se adentrou no lar, não
fujas dele, procurando ignorá-lo em conivência de ingenuidade, nem te rebeles, assumindo atitude hostil. Conversa,
esclarece, orienta e assiste os que se hajam tornado vítimas, procurando os recursos competentes da Medicina como da
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Doutrina Espírita, a fim de conseguires a reeducação e a felicidade daqueles que a lei Divina te confiou para a tua e a
ventura deles". (Joanna de Angelis).
"O delinquente deve sempre ser considerado um espírito enfermo, padecendo injunções alienantes que o levam ao
delito. Não obstante; cumpre à sociedade o dever de ensejar-lhe a reeducação e o tratamento; quando colhido nas
malhas das Leis. Afastá-lo do convívio social; trabalhando pela sua reabilitação, a fim de que se transforme em cidadão
útil; que contribua para o progresso da Humanidade; quanto à própria evolução moral, é dever impostergável de quantos
pautam a vida pelos códigos de ética e de dignidade. (...) Diante de delinquentes, tenta o amor fraternal, revidando-lhes
a impiedade, com a onda positiva de que o amor se faz portador". (Joanna de Angelis; no Capítulo Frutos da
Delinquência).
"Filhos alheios são, também, filhos de Deus. (...) chegará a vez da colheita da paz, cuja semente de amor depuseste no
solo dos corações da carne alheia, que aceitaste como tua oportunidade de redenção. (...) nunca te arrependas do amor
que doaste a alguém! Nem te aflijas em face da resposta que ainda não chegou, benéfica. Tem paciência e insiste mais.
Continua amando a criança e compreenderá o adulto atormentado. São doentes; sim, os filhos alheios a quem amas e
que te não reconhecem o carinho, como o são também os filhos da própria carne, que se debatem nas armadilhas da
desdita, tornando-se arrogantes e perversos, desconhecidos e prepotentes. Com Jesus aprendemos que o amor deve
enfrentar os desafios da dificuldade, robustecendo-se na fé e servindo com as mãos da caridade até a plenitude; quando
o homem regenerado esteja numa Terra feliz que ele mesmo edificará. Contemplarás, então, a gleba humana ditosa e
te alegrará pelo quanto contribuíste para que ela se fizesse plena". (Joanna de Angelis, no Capítulo Filhos Alheios).
43 - O QUE FAZER PARA QUE OS CONFLITOS EXISTENTES DENTRO DO LAR NÃO AFETEM A EDUCAÇÃO DE NOSSOS
FILHOS?
A primeira providência a ser adotada é eliminar os conflitos constantes, com a implantação no lar da leitura e da prática
das lições e virtudes contidas no Evangelho. Isto porque as discussões, comuns dentro de alguns lares, por mais simples
e inofensivas que pareçam ser, acabam de uma forma ou de outra, afetando a educação dos filhos, principalmente por
exaltarem os ânimos, tornarem as palavras rudes e acaloradas, desequilibrarem os sentimentos, as emoções e os
pensamentos e promoverem acontecimentos que magoam, melindram, ferem, constrangem e produzem atos de
violência verbal ou física
Isto, porém, não quer dizer que nos lares não existam, problemas, dificuldades e conflitos a serem discutidos e
resolvidos. Sempre vão existir motivos para controvérsias e agitações, cuja dimensão cabe aos pais controlar para que a
convivência e o relacionamento amoroso mantenham-se estáveis.
Os conflitos resolvidos sempre de uma forma fraterna, pela prática das virtudes evangélicas, garantem a estabilidade
íntima de nossos filhos, geram os bons resultados dos exemplos de civilidade e preservam no lar um clima de harmonia
que é muito propício para a boa educação. Além disso, a ausência de conflitos sérios e constantes sustenta a união dos
membros da família; estreita as relações afetivas com os filhos; preserva o bem-estar e a alegria dentro do núcleo
familiar; desenvolve o amor pelo próximo mais próximo, exteriorizando-o através da simpatia, amizade, cortesia e
afabilidade; torna fácil a conversação digna e edificante; e os momentos de coexistência ficam agradáveis.
45 - QUE ENFOQUE DEVEMOS DAR PARA TER BOM RELACIONAMENTO COM OS NOSSOS FILHOS?
A questão do bom relacionamento com os filhos é das mais importantes, para que eles tenham confiança nos exemplos
educativos que lhes estamos dando.
Existe um ditado popular que diz: "Viver é fácil; difícil é conviver e se relacionar com os outros". Assim, devemos usar a
sabedoria e a prática das virtudes evangélicas para mantermos uma boa convivência e um bom relacionamento com os
nossos familiares e entes queridos.
Nesse sentido, encontramos no livro Laços de Família, publicado por Edições U.S.E., um artigo de Elaine Curti
Rammazzini, intitulado Relacionamento entre País e Filhos, que nos orienta muito bem a observar alguns pontos que
melhoram o relacionamento:
Cada membro da família deve procurar melhorar a visão que tem de si mesmo.
Os pais que amam verdadeiramente os seus filhos, fazem de tudo para que eles sejam sadios e sintam-se seguros e
felizes.
Os pais espíritas desejam para seus filhos, não só o que a maioria dos pais deseja, mas também que eles
possam recapitular e aprender as lições da vida, reconstruindo-se e crescendo espiritualmente.
As expectativas dos pais em relação aos filhos não devem ser tão altas a ponto de exigirem que eles devam ser o
que os pais foram ou que deveriam ter sido.
Os pais devem buscar o crescimento de si mesmos e dos filhos, afastando-se da infantilidade ou das exigências
absurdas.
Os pais não devem ficar presos ao próprio referencial na questão da educação dos filhos. Eles devem adotar a visão
espírita de que os seus filhos são Espíritos eternos (imortais), com uma vida própria e com características específicas.
Os filhos precisam viver suas próprias experiências a fim de poderem ascender tanto intelectual como moralmente.
Os pais devem permitir que os seus filhos sejam eles próprios, liberando-os das expectativas que têm em relação a
eles e amando-os de verdade, sem apegos, para os tornar livres.
A visão espírita mostra aos pais que os seus papéis são transitórios. Assim, abrem a mente e o coração para o
cumprimento dos compromissos perante a si mesmos e aqueles que os cercam. Dessa forma, colocam-se na
condição de orientadores no lar.
Os bons exemplos dados pelos pais, no capítulo da educação familiar, facilita que os filhos cumpram as suas tarefas
e deveres.
Os pais devem ter em mente que cumprem a grandiosa tarefa de cooperadores de Deus na reconstrução do mundo
renovado do porvir, pelo lançamento da boa semente.
O bom relacionamento permite a aprendizagem de novos hábitos e de atitudes elevadas, que levam os filhos ao
desenvolvimento, ao aprimoramento e à reconstrução do seu mundo espiritual.
Os problemas de relacionamento entre pais e filhos são naturais e decorrem das características de um orbe
conturbado, de expiação e provas, onde estagiam Espíritos imperfeitos e infelizes. Mas, com o cultivo do Evangelho
no lar, os pais encontram auxílio para a superação dos problemas de relacionamento, pois passam a ter uma
percepção mais ampliada dos objetivos maiores que Deus estabeleceu para cada um de Seus filhos.
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EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS
46 - É POSSÍVEL DAR A EDUCAÇÃO ESPÍRITA AOS FILHOS, QUANDO O CÔNJUGE NÃO É ESPÍRITA?
Sim. A educação espírita é dada através dos bons exemplos; da preocupação em manter as atitudes morais elevadas em
todas as ocasiões da vida; do diálogo esclarece dor e aberto que instrui sobre todos os aspectos da vida material e
espiritual; e do culto do Evangelho no lar, que leva à prática das atitudes amorosas.
Além disso, o profundo respeito pela religião e pela crença do cônjuge, e a liberdade que lhe damos para as expressar,
também são devidas, em reciprocidade, para nós. "Assim, sentimo-nos livres para expressar e transmitir, nos momentos
oportunos, com simplicidade e clareza, os princípios do Espiritismo aos nossos filhos.
Dessa forma, não afetamos a convivência e o relacionamento com o cônjuge, não obstante a religião adotada por cada
um. Isso denota madureza espiritual, compreensão, bom senso, liberdade, tolerância, respeito e confiança na fé e nas
convicções religiosas do ente querido.
Agindo assim, os nossos filhos veem os bons exemplos e aceitação das posições religiosas diferentes, que conseguimos
estabelecer num clima de entendimento, paz e harmonia.
O que facilita, em muito, a convivência e o relacionamento entre os cônjuges com crenças religiosas diferentes são os
pontos comuns de todas as religiões: Deus, a fé, a oração, a sobrevivência da alma após a morte do corpo material e a
justiça divina.
Ressaltando sempre esses pontos comuns, os filhos podem ser criados e educados num ambiente em que os pais
possuam religiões diferentes. Além disso, podem conhecer os detalhes das diferenças religiosas e, mais tarde, poderão
optar, livremente e com conhecimento de causa, pela religião que mais lhes esclarecer, consolar, espiritualizar e elevar
moralmente.
47 - QUAIS TEMAS DEVEMOS TRATAR NO DIA-A-DIA COM OS NOSSOS FILHOS VISANDO EDUCÁ-LOS?
No Espiritismo não existem temas proibidos. Todos os temas servem para mantermos um diálogo educativo e
construtivo com os nossos filhos.
O mais comum é escolhermos os temas que estão em moda nos meios de comunicação e procurarmos relacioná-los
com os princípios do Espiritismo, evidentemente observando a faixa etária dos nossos filhos, a sua compreensão,
madureza mental e interesse.
Ainda, os livros espíritas são fontes inesgotáveis de temas. Em qualquer capítulo de um livro espírita sempre
encontramos algum tema que podemos analisar, comentar e provocar conversas no cotidiano, com finalidade útil,
instrutiva e educativa.
Dos livros de Allan Kardec podemos extrair temas variados, pois tratam de todos os assuntos que dizem respeito a nós
e às pessoas que nos cercam.
Nos livros de Léon Denis, encontramos temas muito propícios para a educação das faculdades da alma e para o
engrandecimento moral de nossos filhos.
Nos livros psicografados por Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco e muitos outros médiuns encontramos temas que
orientam, instruem e educam, visando a conquista da nobreza espiritual e o entendimento das mais variadas
circunstâncias e dos diferentes acontecimentos da vida.
Recorrendo aos temas contidos em livros escritos por inúmeros autores espíritas, podemos enriquecer as conversas com
os nossos filhos, no dia-a-dia, conseguindo o engrandecimento mental e moral dos membros da família.
48 - QUAIS OS PONTOS MAIS IMPORTANTES QUE DEVEMOS CUIDAR NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE
NOSSOS FILHOS?
Essa questão importante pode ser respondida recorrendo aos diversos Capítulos do livro Família e Espiritismo, publicado
por Edições U.S.E. Neles encontramos o que se pode denominar de programa educacional espírita, aplicado às diversas
faixas etárias dos filhos.
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EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS
Os autores dos capítulos fizeram inúmeras recomendações isoladas, mas que, postas em conjunto, e aplicadas com bom
senso e nos momentos oportunos, nos permitem cumprir os pontos que devemos cuidar para oferecermos a adequada
educação espírita aos nossos filhos:
Estudar as obras de Allan Kardec. Assim, adquirimos melhores condições para educar os filhos de acordo com os
pressupostos da Doutrina Espírita. Ensinando corretamente aos nossos filhos os princípios do Espiritismo, melhor
interpretarão as realidades do Espírito e, sobretudo, conquistarão a reforma íntima. (Capítulo 1: A família no Centro
Espírita, de Paulo Roberto Pereira da Costa).
Praticar O Evangelho de Jesus no Lar, que é revivido pela Doutrina Espírita em Espírito e Verdade. (Capítulo 1: A
Família no Centro Espírita, de Paulo Roberto Pereira da Costa).
Ter como lema: "Os pais necessitam se auto educarem moralmente, constituindo-se exemplos vivos de fraternidade
autêntica dentro do lar e fora dele, para transmitir o fruto desta educação e vivência àqueles que formam o universo
familiar" (Frase de Vinícius, contida no Capítulo 1: A Família no Centro Espírita, de Paulo Roberto Pereira da Costa).
Ter uma estrutura espiritual e psicológica para desempenharmos o papel de orientador, evangelizador e responsável
pela família. (Capítulo 1: A Família no Centro Espírita, de Paulo Roberto Pereira da Costa).
Buscar o fortalecimento dos pontos comuns entre os membros da família para reforçarmos o amor e o equilíbrio no
lar, e, assim, podermos caminhar juntos, sem receios, mesmo nos momentos mais difíceis que, porventura,
tenhamos que passar.
Não perder de vista a função educadora e regenerativa da família que é formada, segundo Emmanuel, por agentes
diversos, reencontrando-se, comumente, afetos e desafetos, amigos e inimigos, para os ajustes e reajustes
indispensáveis ante as leis do destino. E não há maneira mais apropriada para isso do que o bom relacionamento
familiar, com o qual atingimos os objetivos da família. Para o bom relacionamento familiar são necessários o
entendimento das finalidades espirituais da família, o amor no sentido mais nobre da palavra e a educação para
vencermos animosidades sem preconceitos. (Capítulo 5: Casamento e Diferenças Religiosas, de Paulo S. P. de
Carvalho).
Tratar os filhos - seja o primogênito, o do meio, o caçula, o filho único, o menino, a menina, os gêmeos, o filho
adotivo, os órfãos, os filhos de pais separados, o filho excepcional -, com responsabilidade, de igual para igual,
observando o tamanho e a realidade de cada um, estimulando o desenvolvimento de suas aptidões, sem
comparações, com respeito às necessidades e às diferentes individualidades, e sem jamais estimularmos a rivalidade
e a competição entre eles. (Capítulo 10: Filhos, de Maria Luzia de Almeida Rosa).
Ter especial cuidado no relacionamento com os filhos, observando o amor, a fraternidade, a compreensão, a ajuda,
o preparo para o trabalho, o não desperdício, as atitudes, os problemas dos filhos, o interesse, o elogio, a crítica, os
insultos, a autoridade, a censura, a punição, a mentira, as fantasias, as malcriações, a importância dada a certos
acontecimentos ou desastres, e a permanência excessiva fora do lar, que coloca os filhos em segundo plano.
(Capítulo 11: Relacionamento entre Pais e Filhos, de Carolina Flor da Luz Matos).
Administrar, atentos à faixa etária de cada filho, o uso da televisão, as leituras, o padrão de vida, o supérfluo, os
brinquedos agressivos, o entendimento da desencarnação de algum familiar, o filho doente dentro lar, e a espera
de um novo filho. (Capítulo 1-1: A Criança, de Elaine Curti Ramazzini).
Observar, no filho adolescente, as características psicológicas da adolescência; acompanhar o seu desenvolvimento
para ajudá-lo no relacionamento fora do lar, e cuidar para que ele não caia na delinquência infanto juvenil. (Capítulo
15: A Adolescência e seus Problemas, Elaine Curti Ramazzini).
Não perder de vista que a educação no lar envolve a liberdade com responsabilidade, a disciplina, a formação de
bons hábitos, os limites para a liberdade, e os motivos justos para as recompensas e os castigos. (Capítulo: 16
Disciplina e Liberdade, Elaine C.R.)
Cuidar, com muita atenção, de todos os aspectos que envolvem a educação ampla dos filhos, bem como dos
problemas sérios que podemos enfrentar, e que estão abordados nos seguintes capítulos, elaborados por diversos
autores a saber:
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EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS
I. - Capítulo 17: Educação Formal, Capítulo 18: Educação Social; e capítulo 19: Educação Religiosa, de Iolanda
Húngaro.
II. - Capítulo 21 Educação Sexual; capítulo 23: Prostituição e Promiscuidade; capítulo 24, Doenças Sexualmente
Transmissíveis; e capítulo 27: Aids e a Visão Espírita, de Osvaldo Magro Filho.
III. - Capítulo 22: Problemas do sexo, de Maria A. Valente.
IV. - Capítulo 24: Toxicomanias, A droga, o adolescente e o agravamento de seus problemas, de Miguel C. Madeira.
V. - Capítulo 26: Toxicomanias: Fumo, álcool e drogas, de Miltes Ap. S.C. Bonna.
49 - O QUE FAZER QUANDO, POR MOTIVOS PROFISSIONAIS, NÃO TEMOS MUITO TEMPO PARA DEDICAR À EDUCAÇÃO
ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS?
A falta de tempo, por qualquer motivo que seja, é muito comum na atualidade, mas não deve servir de pretexto para
que coloquemos em segundo plano a educação espírita de nossos filhos.
Por mais ocupados que sejamos, devemos sempre encontrar e reservar algum tempo para os nossos filhos, para brincar,
passear, manter diálogos instrutivos e educativos e transmitir bons exemplos pelo modo elevado e evangélico de ser,
sentir, pensar e agir.
Além de encaminharmos os nossos filhos para as escolas que cuidam da sua educação formal, quando sentimos falta de
tempo para cuidarmos da educação espírita, principalmente por motivos profissionais, devemos buscar a ajuda de um
Centro Espírita que cuide da educação espiritual e moral cristã dos filhos, nem que seja nas reuniões de domingo. Além
disso, devemos adotar um livro espírita dirigido às crianças ou aos jovens para que seja lido em casa ainda que nos raros
momentos de convivência com a família.
Livros bastante indicados para isso são os de Eliseu Rigonatti, com textos didáticos, curtos, instrutivos, bem elaborados
e voltados para o dia-a-dia, podendo ser lidos e comentados a qualquer momento, inclusive antes de se fazer uma prece
junto com os filhos.
Os livros de Eliseu Rigonatti que mais se prestam a isso são: 52 Lições de Catecismo Espírito, O Evangelho do da
meninada, O Livro dos Espíritos para a juventude, e Os meus deveres para com Deus, para com a Pátria, para com a
Família: O Livro da Juventude.
50 - O QUE FAZER PARA NÃO COMETER ENGANOS NA EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS?
Para, nós, Espíritos a caminho da perfeição espiritual, ainda é difícil não cometer enganos. Por isso, devemos ter a
preocupação de procurar fazer tudo bem feito, estar sempre vigilantes, usar a prudência e a cautela, reparar as falhas
quando as cometermos, e procurar melhoria em tudo o que fazemos.
Nesse sentido, contamos, no Movimento Espírita, com as boas orientações contidas em muitos livros espíritas. Mas, uma
boa orientação na forma de conduzirmos a educação espírita, de nossos filhos, sem que venhamos a cometer enganos,
encontramos no conteúdo dos Capítulos do livro A educação da nova Era, de Dora Incontri. Especificamente ao elaborar
uma comparação entre A Educação Hoje, e A educação Espirita, a autora oferece, ao nosso ver, uma forma adequada
de educarmos os nossos filhos, sem o risco de cometermos enganos, a saber:
Não esquecer de duas premissas básicas: amor e autoeducação. Amar para educar e auto educar-se para amar.
Não achem que os filhos têm sempre a razão.
Devemos reconhecer as suas falhas e os seus defeitos para não os incentivar à arrogância da falsa superioridade e
ao desprezo da virtude.
Não censurar os filhos por tudo e a cada instante para não fixarmos neles marcas de insegurança interior e de
complexos ele inferioridade.
Não esconder das crianças e dos adolescentes os problemas da família, para que conheçam e aprendam a enfrentar
as realidades da vida.
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EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS
Não satisfazer todo capricho infantil para não desenvolver nos filhos a ambição desmedida e a falta de firmeza e
coragem.
Não aceitar o revide e a intransigência, mas, sim, ensinar os filhos a perdoar e a serem pacíficos.
Não ter como preocupação apenas o bem-estar amoedado dos filhos, mas transmitir-lhes a herança da cultura e da
virtude.
Não moldar os filhos segundo a própria imagem, mas respeitar as suas inclinações e a sua personalidade.
Não aceitar que os filhos menosprezem os empregados e subordinados, distorcendo os valores dos seres humanos.
Não cultivar a cultura do dinheiro, da violência, do sexo e da ambição, mas ensinar aos filhos a cultura espiritualista
da liberdade, da responsabilidade, da justiça, do amor e da fraternidade, visando a construção de um mundo novo.
Não ignorar o lado negativo e as más influências que a televisão, a internet e os meios de comunicação podem
exercer sobre a mente dos filhos.
Acompanhar os passos dos filhos em casa, na escola, no lazer, observando seu comportamento e estando sempre a
par do que acontece à volta e dentro deles.
Não retirar os filhos do mundo, mas estar com eles no mundo, explicando e solidificando os bons princípios.
Não faltar com o diálogo que ensina, enriquece, desperta e eleva. Mas, dialogar com humildade, paciência e
criatividade.
Dar amor aos filhos no relacionamento afetivo.
Avaliar os filhos de acordo com o que eles podem dar e têm a oferecer e a desenvolver.
Não esquecer que os filhos carregam um passado de experiências e conhecimentos que se manifestam na
reencarnação atual, em forma de tendências e intuições inatas.
Ajudar os filhos a evoluir intelectual e moralmente, satisfazendo as necessidades do Espírito.
Cumprir a missão educativa com energia e seriedade, mas ao mesmo tempo com amor, compreensão, paciência e
humildade.
Não cair no autoritarismo que gera a revolta, o medo e a mentira.
Cultivar com os filhos a amizade aberta e carinhosa.
Não esconder dos filhos os tesouros da Doutrina Espírita, que os fazem enxergar as finalidades da vida e obter os
benefícios dela.
Não pregar sermões, mas educar os filhos com os bons exemplos, com a prática das virtudes e com o culto do
Evangelho em casa, tendo a participação de toda a família.
Cuidar da educação sexual dos filhos, através de um diálogo aberto, ponderado e sério. O sexo em desequilíbrio gera
distúrbios físicos e psíquicos de difícil reparação.
51 - O QUE DEVEMOS FAZER PARA SERMOS BEM SUCEDIDOS NA EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS?
Para sermos bem-sucedidos na educação espírita de nossos filhos podemos seguir um roteiro muito bem elaborado de
providências, que se encontra detalhado, com argumentos consistentes, no excelente livro Educadores do Coração, de
autoria de Walter Barcelos. Esse roteiro pode ser sintetizado da seguinte forma:
Não somente o intelecto de nossos filhos deve ser trabalhado, mas, muito mais, os valores do coração. Essa tarefa
deve ser iniciada dentro do ambiente familiar, o mais cedo possível ainda na fase infantil.
A educação moral de nossos filhos exige a orientação evangélica permanente; o bom exemplo; a corrigenda dos
maus hábitos e dos vícios no momento oportuno; o estímulo para as boas ações; e o trilhar da disciplina e da
obediência para a edificação dos bons hábitos.
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A educação de nossos filhos deve visar a formação do caráter e dos sentimentos, que lhes propicia uma vida melhor,
mais humana e mais fraterna.
Devemos realizar o trabalho de educação de nossos filhos em três núcleos: nos estabelecimentos de ensino que lhes
dão a formação da cultura intelectual; nos Centros Espíritas que lhes oferecem a evangelização, a instrução moral
evangélica e os fundamentos do Espiritismo; e no lar, onde promovemos a formação dos bons hábitos e bons
sentimentos.
Os nossos filhos precisam de muita atenção, observação, análise, prudência e muito amor. Assim, cuidamos do
mundo mental e moral deles e os ajudamos na melhoria de seus sentimentos e de suas ações.
Devemos transferir aos nossos filhos, durante o relacionamento constante da vida diária, os nossos conceitos morais
e as nossas boas idéias, emoções, atitudes, tendências e aptidões.
Só conseguiremos educar verdadeiramente os nossos filhos se já tivermos percorrido o caminho do bem e das boas
ações e já estivermos educados para o amor fraterno. Somente estando educados, podemos educar realmente os
nossos filhos.
Para a educação bem-sucedida de nossos filhos não bastam belas palavras, noções de religião, imposição de normas,
exigência de disciplina, proibição do errado, uso de severidade e punições para os filhos rebeldes. Eles aprendem,
de maneira profunda e direta, com as aulas vivas que recebem no recinto doméstico, onde somos os professores
em tempo integral.
Devemos construir um bom ambiente moral e espiritual dentro do lar, com a prática da caridade e dos atos de
bondade, com a convivência fraterna, o respeito mútuo, a união na fé cristã, o espírito de solidariedade e as
atividades beneficentes.
Os nossos filhos aprendem e gravam muito mais vendo e observando o que fazemos. Daí a importância de lhes
darmos bons exemplos.
Devemos cumprir a missão fundamental de dirigir os nossos filhos para o amor, à vida, a bondade ativa, o trabalho
construtivo, a honestidade, a obediência, o respeito e a fraternidade. Só estaremos isentos da culpa no fracasso da
formação moral dos nossos filhos, quando tudo tivermos feito em termos de orientação, corrigenda dos maus
hábitos, disciplina construtiva, estímulo ao trabalho, obediência, respeito e amor ao próximo.
Para sermos bem-sucedidos na educação de nossos filhos devemos: instruir exemplificando, amparar sem queixa,
repetir as orientações com paciência e bom ânimo, aguardar a mudança íntima e oferecer muito amor.
As atitudes errôneas que nos conduzem ao fracasso na educação de nossos filhos são: desconsiderar o valor do
exemplo: transformar os filhos em bibelôs e em "satélites": relegar as mentes às fantasias e superstições; não lhes
pedir trabalho e cooperação: acolher as intrigas dos filhos; resolver tudo no lugar dos filhos; repreendê-los com
prepotência; deixar de corrigi-los; conceder-lhes mesadas e facilidades em excesso.
Além da satisfação das necessidades materiais de nossos filhos, devemos doar-lhes a afeição e o carinho, a amizade
e a cooperação, o diálogo amigo e a orientação construtiva, a fé espírita e, sobretudo, os bons exemplos.
Gradualmente, devemos preparar a mente e o coração dos nossos filhos para enfrentarem as inevitáveis provações
e tentações, de forma que possam sair vitoriosos com as próprias forças.
Não basta esclarecermos os nossos filhos acerca das drogas, dos vícios e da delinquência. Devemos edificar a moral,
melhorar e aperfeiçoar a anda, e mostrar-lhes as realidades da vida espiritual superior pautadas na prática das
virtudes.
A correção de uma falta cometida por nossos filhos deve ser feita repetindo-se a lição com paciência construtiva,
com esperança vitoriosa e com compaixão fraterna.
Ante os filhos difíceis, ingratos, delinquentes e insuportáveis, ao invés de desespero, nervosismo e pessimismo,
devemos compreender que Deus está nos dando a oportunidade abençoada de obtermos promoção espiritual, se
conseguirmos cumprir os deveres educativos com fé, amor, paciência, abnegação, humildade, perdão e compaixão.
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Os nossos filhos devem receber incentivo e orientação para que se tornem úteis nos serviços domésticos, realizando
algumas tarefas com orientação, mas sem prejuízo dos estudos e dos divertimentos.
A educação sexual de nossos filhos é tarefa que devemos cumprir antes mesmo deles receberem esclarecimentos
de educadores especializados. O nosso conhecimento da visão espírita da sexualidade permite que lhes ensinemos,
respeitando o nível mental, o uso da faculdade genésica com responsabilidade, seriedade, disciplina e bons
sentimentos.
Devemos tornar permanente o Culto do Evangelho no lar, com a participação dos nossos filhos desde a tenra idade,
pelos benefícios que gera para a mente, a alma e o coração.
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Portanto, com os atos de amor, com a prática da caridade e com as técnicas educativas por parte dos pais e dos seus
semelhantes, os filhos portadores de deficiências podem receber muitos recursos médicos e benefícios educativos
os quais amenizam as suas expiações e provas, tornando-as mais alegres e felizes.
54 - COMO EDUCAR OS NOSSOS FILHOS COM RELAÇÃO AO PRINCÍPIO ESPÍRITA DA PLURALIDADE DOS MUNDOS
MATERIAIS HABITADOS?
O Espiritismo revolucionou o entendimento dos homens sobre Deus e a Sua Obra da Criação. E, especificamente sobre
o Universo material, os Espíritos superiores revelaram a Allan Kardec, através de diferentes médiuns, numa época em
que não existiam nem a aviação, nem as pesquisas espaciais e em que a astronomia nem cogitava na existência de outros
sistemas solares: que: homem terreno está longe de ser, como acredita; o primeiro em inteligência, bondade e perfeição
( ... ) no Espírito não passa as diferentes existências corpóreas na Terra: mas em diferentes mundos, sendo que as na
Terra não são as primeiras nem as últimas, mas as mais materiais e distanciadas da perfeição"; ( ... ) todos os mundos
são solidários: o que não se faz num mundo; pode-se fazer noutro". (O Livro dos Espíritos, questões 55,172 e 176).
Dessa forma, sempre que surge a oportunidade devemos conversar e tratar com os nossos filhos dos temas: "a busca da
prova de existência de vida em outros planetas; o objetivo das viagens espaciais; a vida na Terra, em outros mundos e o
Espírito encarnado; os corpos celestes e a possível constituição física dos habitantes de outros mundos habitados; o
princípio espírita da pluralidade dos mundos materiais habitados".
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Com essa educação espírita, os nossos filhos entendem que Deus, com seus Atributos, não criou o Universo material só
para os homens; que os Espíritos encarnam em diferentes mundos materiais habitados que estão de acordo com suas
necessidades evolutivas; que a vida na Terra está adaptada às condições físicas deste mundo, mas em outros mundos,
os seres vivos se adaptaram ao meio em que têm de viver; e que antes que a Terra existisse ou permitisse a encarnação
de Espíritos em evolução, outros Espíritos serviram-se de outros mundos materiais para cumprirem a sua jornada
evolutiva, alcançarem a perfeição espiritual e tornarem-se Anjos.
55 - OS NOSSOS FILHOS DEVEM RECEBER UMA EDUCAÇÃO DIFERENTE EM FUNÇÃO DO SEXO DE CADA UM?
A igualdade de direitos entre os sexos é defendida pelo Espiritismo, contribuindo para o fim de conflitos, lutas,
discriminações, preconceitos e privilégios de um sexo sobre o outro.
"Nesse sentido, a educação espírita desempenha um papel muito importante, ao ensinar que:
O Espírito, que é criado por Deus, não tem sexo como conhecemos na vida corpórea para efeito de cumprimento da
lei da reprodução do corpo material.
O Espírito, numa nova existência corpórea, pode animar, em função das suas provas, missões ou expiações, o corpo
de um homem ou o de uma mulher.
Encarnando nos diferentes sexos, o Espírito progride, pois adquire as experiências inerentes às funções e às tarefas
de cada sexo.
As características masculinas ou femininas são adquiridas pelo Espírito encarnado. Ele condiciona-se a elas em
função das exigências sociais e culturais e da necessidade de cumprimento da Lei da Reprodução, que permite a
formação do corpo material na vida terrena e origina as missões da paternidade e da maternidade.
Dessa forma, sob a ótica do Espiritismo, não tem sentido qualquer favorecimento a um dos sexos. O Espírito é o ser
essencial que; independentemente do sexo que assumiu na vida corpórea, precisa desenvolver as faculdades e
habilidades, aprimorar as capacidades; fazer aquisições intelectuais e morais, adquirir experiências e exercitar a
responsabilidade nas funções específicas que têm a cumprir.
Portanto, os nossos filhos devem ser educados sem quaisquer diferenças na educação, nos direitos e nas obrigações e
sem quaisquer preconceitos, discriminações ou idéias de dominação. O Espírito encarnado merece respeito e apoio para
cumprir a sua jornada e conquistar mais rapidamente o progresso e a felicidade.
56 - COMO A EDUCAÇÃO ESPÍRITA ORIENTA OS NOSSOS FILHOS PARA OS CAMINHOS DO BEM E DA FELICIDADE?
A educação espírita conduz os nossos filhos para os bons caminhos da vida ao fortalecê-las em termos morais e ao
mostrar-lhes o complexo contexto de provas, missões ou expiações que precisam superar com as atitudes morais
elevadas, que criam um destino feliz.
Nesse sentido, os nossos filhos devem saber que:
O Espírito, criado por Deus no mundo espiritual e atualmente encarnado graças ao corpo material herdado dos pais,
precisa conquistar também maior progresso moral e espiritual.
Antes do nascimento, o Espírito escolheu as provas e as missões que deseja enfrentar na vida corpórea. Ainda, com
seu livre-arbítrio, escolheu a família e as suas condições de vida na Terra.
O destino feliz ou infeliz que o Espírito vai criar na vida terrena ao cumprir suas tarefas, não está previamente
traçado. Ele é responsável por cada ato bom ou mal que praticar e irá receber as suas consequências boas ou más.
Assim, tanto o caminho do bem, quanto o do mal estão abertos diante do Espírito. Dependendo de como usar a vontade
e o livre-arbítrio, irá produzir o bem ou o mal e obter o sucesso ou o fracasso, a felicidade ou a infelicidade.
Se o Espírito encarnado fracassar ante as provas e as missões escolhidas, terá de reparar os erros cometidos e
recomeçar a tarefa em condições mais difíceis, enfrentando outras provas que sirvam de expiação, de acordo com
as faltas cometidas.
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Portanto, com a educação espírita, os nossos filhos terão a consciência dilatada para se prepararem para vencer as
provas, missões ou expiações, usando a responsabilidade, a elevação moral, o trabalho, o estudo, a honestidade, a
paciência, a perseverança e a vigilância. Assim, trilharão os bons caminhos da vida e criarão para si um destino venturoso,
tanto na Terra, quanto na vida futura.
58 - COMO DEVEMOS EDUCAR OS NOSSOS FILHOS PARA QUE CONSIGAM ENFRENTAR ADEQUADAMENTE AS PROVAS
NA VIDA MATERIAL?
O Espírito escolhe, antes de reencarnar, as provas que vai enfrentar na vida material, em função do seu livre-arbítrio e
das suas necessidades evolutivas, visando conquistar uma posição melhor na hierarquia espiritual.
Entre as provas difíceis escolhidas estão: o nascimento entre malfeitores, para suportar certas lutas e condições de vida
difíceis; a riqueza material e as tentações da fortuna e do poder para tentar vencê-las com sabedoria e generosidade e
sem cair no egoísmo, na avareza e nos prazeres da sexualidade; uma vida de miséria e provações para tentar suportá-la
com coragem; o contato com os vícios para ser provado nessas lutas etc. (Vide Questões 258 a 273 de O Livro dos
Espíritos).
Assim, os nossos filhos devem ser educados de forma que entendam a finalidade, para o Espírito, das provas na vida
material e que consigam usar bem a inteligência, a responsabilidade, o bom senso, o trabalho, o estudo, a honestidade,
a precaução, a prudência, a vigilância, a paciência e a perseverança. Assim, conseguem empregar bem à vontade e o
livre-arbítrio; ser bem-sucedidos ante as provas; e criar para si mesmos um destino feliz.
59 - COMO DEVEMOS EDUCAR OS NOSSOS FILHOS PARA QUE CONSIGAM SUPORTAR AS FATALIDADES DA VIDA
MATERIAL?
Devemos ensinar a nossos filhos que a fatalidade não existe. O que existem são as provas que o Espírito escolheu para
si mesmo antes de reencarnar, determinando-lhe, no ponto de partida, as condições materiais de vida, de acordo com
as suas exigências espirituais e necessárias à sua instrução, evolução e purificação. Ainda, não existe fatalidade nem para
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as atitudes morais. Estas serão adotadas livremente, quando as provas e circunstâncias previamente escolhidas se lhe
apresentarem.
Ante as provas, o Espírito conserva sempre o seu livre-arbítrio e a sua vontade para fazer o bem ou o mal, para ceder ou
resistir às más tendências e influências. Assim, vai criar um destino feliz ou infeliz.
Os nossos filhos devem aprender a adotar sempre atitudes morais elevadas, pois o destino é sempre consequência das
coisas boas ou más que fizerem por um ato de livre-vontade. Além disso, eles devem saber que ninguém nasce
fatalmente destinado a cometer um erro, um assassinato, um crime ou o suicídio, pois não existe a fatalidade para os
atos morais. O insucesso ante as provas é sempre o resultado de uma decisão que foi tomada de forma errada e
imprudente. Por outro lado, o sucesso decorre do uso da sabedoria, da prudência, do respeito às boas orientações e da
dedicação ao trabalho e ao estudo com paciência. Dessa forma, os nossos filhos valorizarão a educação moral que é
indispensável para a prática dos bons atos e a realização das boas obras, que definem um bom destino. (Vide Questões
851 a 872 de O Livro dos Espíritos).
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Além disso, devemos incentivar os nossos filhos para que adquiram gosto pela boa leitura, pelo estudo, pela
autoinstrução, pelas informações e pelos conhecimentos que desenvolvem a sabedoria e facilitam o uso dos recursos
intelectuais nos momentos de decisão importantes perante a vida.
Com uma boa educação intelectual, os nossos filhos estarão melhor preparados para competir no dinâmico e complexo
mundo das atividades produtivas, conquistando condições dignas de vida.
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obtenção de simpatia no reduto doméstico, respeito nos ambientes sociais e admiração no convívio e no relacionamento
pessoal.
Além disso, a educação das emoções é um investimento que garante o sucesso em muitos momentos importantes da
vida, pois ela prepara os nossos filhos para enfrentarem os desafios, as provocações, as adversidades, os conflitos e as
agressões com calma, segurança e gentileza, permitindo-os decidir e agir com bom senso e sabedoria.
Para obterem a educação das emoções, os nossos filhos precisam se conscientizar sobre o seu valor, aprender a da
importância a ela, e treinar a:
1 - Manter a calma ou "o sangue frio" nos momentos constrangedores.
2 - Evitar a prática de atos intempestivos ou agressivos, quando enfrentarem calúnias, ofensas ou desentendimentos
sérios.
3 - Cair agilmente fora, usando a tranquilidade, a vigilância e a prudência, quando perceberem que estão sendo mal
influenciados, envolvidos emocionalmente em atos nefastos ou "em armações" por pessoas inescrupulosas.
4 - Manter a estabilidade psicológica quando enfrentarem adversários desleais, traições, lutas perdidas ou derrotas
inevitáveis.
5 - Suportar com tranquilidade e resignação as perdas e os acidentes graves, evitando a depressão ou os traumas.
6 - Manter o controle emocional ante a competições complicadas, decisões urgentes e confrontos indesejáveis.
7 - Aceitar bem as críticas, vendo-as sempre como advertências ou conselhos oportunos.
S - Não se melindrar com as palavras ou os atos maldosos dos outros.
9 - Expor os seus bons modos, emitindo as opiniões próprias e aceitando, com gentileza, as opiniões divergentes das
suas.
10 - Não demonstrar desânimo, irritação e pessimismo quando for contrariado em seus desejos e em suas vontades,
mas sim conservar o bom humor e a aparência alegre.
11 - Ter paciência, otimismo, esperança e perseverança para converter situações adversas em conquistas valiosas.
12 - Saber ouvir as queixas e as reclamações do próximo, mantendo a conversação em um nível elevado e agradável.
13 - Suportar com entendimento e resignação as más notícias, evitando choques Íntimos e desabafos exaltados.
14 - Administrar bem o tempo, usando-o com bom senso e dividindo-o com sabedoria para realizar seus
empreendimentos, estudos, trabalhos, esportes, divertimentos, lazeres e boas realizações, sem prender-se às conversas
fúteis, intrigas, fofocas e ociosidade dos que ocupam o tempo desse modo a disseminar fatos que promovem o desgaste
emocional, mental e físico.
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mediunidade. Isso para que estejam aliados aos bons Espíritos, desfrutem de boas companhias espirituais e fiquem
imunes às influências e manifestações de Espíritos mistificadores, zombeteiros, malfazejos e obsessores.
Com a educação mediúnica, os nossos filhos passam a usar a mediunidade de uma forma séria, útil e instrutiva, como o
Espiritismo nos recomenda usá-la, tornando-se, com o passar do tempo, médiuns que podem prestar serviços relevantes
à Humanidade, como foi o caso de Francisco Cândido Xavier.
Na educação mediúnica, um ponto indispensável é a qualidade moral do médium, para que ele desempenhe com
nobreza a tarefa de intérprete dos Espíritos, e que se identifique, simpatize e tenha afinidade com os bons Espíritos.
Se o médium reúne as virtudes da bondade, da benevolência, da simplicidade de coração e do amor ao próximo, os bons
Espíritos acercam-se dele e servem-se das suas faculdades para transmitir as suas instruções morais elevadas.
Outras preocupações com a educação mediúnica são que o médium: tenha boa vontade para servir de intermediário
aos Espíritos; tenha paciência para ganhar habilidade; busque aprimoramento no uso de sua aptidão inata; e faça um
exercício constante da sua mediunidade para que ela produza resultados seguros e comprovados.
O estudo do O Livro dos Médiuns e a busca de outros médiuns experientes para exercitar, junto com eles, essa faculdade
são também indispensáveis.
Dessa forma, as manifestações dos Espíritos tornam-se cada vez mais ostensivas e os resultados da educação mediúnica
surgem de modo notável.
69 - É POSSÍVEL EDUCARMOS OS NOSSOS FILHOS DE FORMA QUE TENHAM SEMPRE PENSAMENTOS ELEVADOS?
Sim. Os pensamentos refletem e expressam, com uma precisão incrível, tudo o que ocorreu e ocorre com a alma e com
o seu envoltório corporal, porque todas as ocorrências na vida do Espírito encarnado passam pelos recursos, potências
e poderes da sua mente, que gera os pensamentos.
Assim, pela qualidade dos pensamentos, podemos, a todo momento, avaliar as condições espirituais e materiais nossas
e dos outros. E podemos ser avaliados por Deus e pelos Espíritos encarnados ou desencarnados, superiores ou inferiores,
que nos cercam.
Exemplos para a melhoria e elevação dos pensamentos:
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Se melhoramos os nossos sentimentos, pautando-os no amor e no senso moral, consequentemente elevamos a
qualidade de nossos pensamentos, tornando-os amorosos e fraternos.
Se aprimoramos o intelecto e melhoramos a nossa capacidade de percepção, compreensão e avaliação das coisas,
os nossos pensamentos tornam-se melhor elaborados e mais sábios, levando-nos às corretas decisões e ações.
Havendo esforços educativos para promover transformações íntimas que melhoram o uso das faculdades e das
forças da alma, os nossos pensamentos, no momento oportuno, serão mais equilibrados e sensatos, conduzindo-
nos às boas atitudes.
Se temos a responsabilidade de viver honestamente, os nossos pensamentos, nos momentos de decisão, tornar-se-
ão mais dignos.
Se investimos na busca do entendimento das coisas da vida, os nossos pensamentos vão retratar, quando necessário,
o quanto a nossa consciência se dilatou, dando-nos melhor entendimento de Deus, de nós mesmos e dos
semelhantes, da existência dos universos material e espiritual e uma noção mais exata das leis que regem a vida.
Se a nossa vontade for educada para evitar os vícios e práticas desvirtuadas, os nossos pensamentos gerarão
orientações oportunas, conduzindo-nos ao bom uso do livre-arbítrio.
Se a nossa preocupação for melhorar, engrandecer e aprimorar o emprego da inteligência e das habilidades, as
formas de raciocínio, a aplicação do saber e da bondade, o uso da razão ante às intuições e inspirações, então, os
nossos pensamentos gerados serão grandiosos, permitindo-nos a inspiração e realização das boas obras.
Se já conseguimos o controle emotivo, os nossos pensamentos serão de compreensão, tolerância, resignação e
perdão, evitando os desastres causados pelo descontrole fácil das emoções, ante as crises, dificuldades, perdas e
acontecimentos constrangedores.
Com um esforço autoeducativo para obtermos uma melhor educação da sexualidade, os nossos pensamentos
relativos ao uso da faculdade sexual se tornarão mais elevados e dignos, permitindo-nos o domínio dos impulsos
genésicos, o uso das forças sexuais com responsabilidade e o emprego da sexualidade e dos órgãos sexuais com
disciplina, vigilância, prudência e respeito ao parceiro.
Se pusermos em prática o culto do Evangelho no lar, beneficiando a nossa força moral, então, os nossos
pensamentos se tornaram magnânimos, levando-nos à prática das virtudes cristãs e dos bons exemplos de Jesus.
Portanto, avaliando, permanentemente, os nossos pensamentos, descobrimos o que já fizemos e o que precisamos
ainda fazer em termos de melhoria das potências e faculdades da alma.
Por outro lado, conhecendo os de nossos filhos, podemos avaliá-los e trabalhar para conduzi-los, através dos
investimentos na educação integral, ao engrandecimento dos poderes da alma que geram os pensamentos bons e
elevados.
70 - COMO CONSEGUIMOS AVALIAR SE A EDUCAÇÃO ESPÍRITA QUE ESTAMOS DANDO AOS NOSSOS FILHOS ESTÁ SE
REFLETINDO EM SEUS PENSAMENTOS?
Essa questão complexa pode ser respondida com a abordagem feita por Léon Denis, no Capítulo XXIV: A Disciplina do
Pensamento e a Reforma do Caráter, do livro O Problema do Ser, do Destino e da Dor, onde nos ensinou que:
"O pensamento é criador. Não atua somente em roda de nós, influenciando nossos semelhantes para o bem ou para o
mal; atua principalmente em nós; gera nossas palavras, nossas ações e, com ele, construímos, dia a dia, o edifício
grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura".
É preciso ter muito cuidado com os pensamentos, pelas influências boas ou más que exercem sobre nós e os outros;
pela linguagem e pelas palavras que empregamos no cotidiano; e, principalmente, pelas ações praticadas e que definem
o nosso destino feliz ou infeliz.
Para mostrar a compatibilidade que deve existir entre os bons pensamentos e os bons atos, Léon Denis nos ensinou que:
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"A fiscalização dos pensamentos implica a fiscalização dos atos, porque, se uns são bons, os outros sê-lo-ão igualmente,
e todo o nosso procedimento achar-se-á regulado por uma concatenação harmônica. Ao passo que, se nossos atos são
bons e nossos pensamentos maus, apenas haverá uma falsa aparência do bem e continuaremos a trazer em nós um foco
malfazejo, cujas influências, mais cedo ou mais tarde, derramar-se-ão fatalmente sobre nossa vida".
Portanto, para sabermos se a educação espírita que estamos dando aos nossos filhos está gerando os bons resultados
esperados, devemos aplicar essas orientações de Léon Denis e avaliar sempre os seus pensamentos, linguagem,
influências, procedimentos e atos.
71 - COM QUAIS ATITUDES MENTAIS DEVEM SER EDUCADOS OS NOSSOS FILHOS PARA QUE TENHAM SUCESSO NA
VIDA?
As melhores atitudes mentais são aquelas que lhes geram o progresso, a saúde, a alegria e a felicidade, a saber:
Ter a mente em paz pela prática das virtudes e dos compromissos assumidos em todos os campos da vida.
Usar sempre o poder ilimitado e as forças grandiosas da mente para superar os obstáculos e as dificuldades.
Ter uma postura mental positiva e bem-humorada perante todos os fatos da vida.
Reter na mente somente as boas memórias e recordações.
Disciplinar o uso das faculdades e as atividades mentais para gerar somente os bons pensamentos.
Vigiar os pensamentos para inibir os que não sejam otimistas, esperançosos e alegres.
Conservar a mente fixa apenas nos objetivos elevados da vida.
Manter a imaginação fértil, para aprimorar o uso dos talentos.
Cuidar do equilíbrio da mente para melhorar as formas de expressão.
Atenção para perceber as inspirações, intuições, idéias e conselhos mentais que vêm de Deus e dos bons Espíritos.
Não sobrecarregar a mente com medos imaginários e com preocupações tolas e excessivas que prejudicam o bem-
estar.
Libertar a mente das lembranças amargas, do ódio, da culpa, dos remorsos e dos arrependimentos, pela prática do
perdão a si e aos outros.
Combater os estados mentais deprimentes que decorrem da revolta, insatisfação, impaciência, ansiedade e aflição.
Usar os poderes da mente para acelerar a cura de uma enfermidade, restabelecendo logo a saúde da alma e do
corpo.
Conservar um estado mental alegre e feliz, sendo grato por tudo o que possui, o que já conseguiu e recebeu.
Fugir da mesmice, das rotinas diárias, de comodismo, do tédio e da solidão, que embotam a mente e causam o
insucesso.
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Esse conceito de liberdade ampla colocado em prática; levará os filhos a praticarem a Lei de amor; caridade e justiça;
pela realização das boas obras e das ações fraternas.
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Não conseguirás substituí-los nas experiências que devam vivenciar.
Cada qual deve aprender à custa do próprio esforço e interesse.
Não superprotejas os teus filhos, afastando-os do trabalho enobrecedor.
O trabalho, para a criança, é o complemento natural da educação.
Para os anseios evolutivos do espírito na reencarnação, as facilidades constituem um desastre.
Sem disciplina, a criança cresce à mercê das circunstâncias.
Conversa com os teus filhos e procura, desde cedo, iniciá-los na prática do bem.
Sem um ponto de referência espiritual, o teu filho se perderá no abismo da descrença.”
75 - COMO EDUCAR OS NOSSOS FILHOS DE MODO QUE NÃO CAIAM NOS VÍCIOS?
Os vícios, infelizmente, surgem, com grande frequência, em decorrência dos maus exemplos dos próprios pais: alguns
deles exercem influências nefastas sobre os filhos por fumarem, usarem bebidas alcoólicas, comerem em excesso,
gostarem de jogos de azar, desvirtuarem a sexualidade, etc.
Além disso, os filhos sofrem influências viciosas dos amigos e companheiros que adquiriram vícios e das ilusões criadas
com as propagandas veiculadas nos meios de comunicação, atendendo a fortes interesses comerciais, econômicos e
financeiros.
Assim, no processo educativo de nossos filhos contra os vícios, precisamos, em primeiro lugar, dar o bom exemplo;
depois conscientizá-los dos perigos dos vícios, que ocasionam malefícios e constrangimentos para as pessoas viciadas
da família. Dessa forma, por si mesmas, tornam-se alertas contra as más influências, sabendo evitá-las, conscientes dos
riscos da dependência mental e física acarretados pelos vícios.
A educação espírita mostra a nossos filhos que os vícios afetam, não só os órgãos do corpo material, mas também os do
corpo espiritual (perispírito) que é semimaterial e está ligado, célula a célula, ao envoltório físico. Isto impõe
condicionamentos e sofrimentos ao Espírito, após a desencarnação. Além disso, os vícios atraem, por afinidades e
propensões idênticas, outros Espíritos viciados, tornando-os companheiros constantes, carregando maus hábitos
adquiridos voluntariamente na vida terrena.
Essa conscientização, geralmente, leva os nossos filhos a adotarem, a prudência e a vigilância contra os vícios, garantindo
a decisão acertada ao enfrentar as más influências.
76 - COMO EDUCAR OS NOSSOS FILHOS DE MODO QUE SEJAMOS RESPEITADOS POR ELES?
A primeira providência é educá-los com todo amor, carinho, dedicação e respeito, atendendo às suas necessidades
materiais e espirituais.
Por outro lado, a educação moral espírita-cristã, que lhes é ministrada desde a infância, conclama-os à prática do
mandamento: "Honra a teu pai e a tua mãe", tal qual foi abordado por Allan Kardec no Capítulo XIV de O Evangelho
Segundo o Espiritismo.
Fortalecidos no senso moral, no amor filial e no respeito devido aos pais, os nossos filhos serão gratos aos cuidados a
eles dispensados. Estarão aptos e dispostos a amparar os genitores quando a velhice chegar, como uma retribuição a
tudo de bom que receberam na infância e juventude.
79 - QUANDO UM DOS CÔNJUGES ABANDONA O LAR, A QUEM CABE A EDUCAÇÃO DOS FILHOS?
Essa questão complexa pode ser respondida com as seguintes orientações importantes contidas no Capítulo 10: Filhos
e no Capítulo 18: Pais e Filhos, do livro Vida e Sexo, de autoria do Espírito Emmanuel, a saber:
O parceiro lesado pelo abandono usufrui o direito de envidar esforços na própria recuperação, com base na
consciência tranquila, por estar liberto de qualquer compromisso para com o agressor.
As vítimas da deslealdade ou da prepotência não devem renunciar ao dever de amparar os filhos, notadamente se
esses filhos ainda não atingiram a puberdade e o amadurecimento pela compreensão das coisas.
O parceiro moralmente danificado deve entender que pelo esquecimento das faltas, uns dos outros, é que
alcançarão a sublimação.
O homem ou a mulher em abandono, que tem filhos pequeninos, devem se voltar, acima de tudo, para o bem desses
seres, dando-lhes entendimento e ternura, por amor a Deus e a si mesmos.
Pais e filhos são consciências livres; livres filhos de Deus empenhados no autoburilamento, no resgate de débitos,
no reajuste e na evolução. Assim, nunca deve haver desprezo dos pais para com os filhos e vice-versa.
Os filhos devem procurar compreender as dificuldades que enfrentam, pois foram eles mesmos, na condição de
Espíritos desencarnados, que insistiram com os pais, através de afetuoso constrangimento ou suave processo
obsessivo, para renascer através deles, com vistas à sua própria necessidade reencarnatória.
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80 - DEVEMOS ESTAR SEMPRE AVALIANDO OS COMPORTAMENTOS DE NOSSOS FILHOS?
Sim, para sabermos se o processo educativo adotado está gerando resultados satisfatórios.
Com as avaliações permanentes, feitas com discrição e intenções elevadas, isto é, sem idéia de impor castigos ou de
estabelecer punições, ajustamos os rumos nas providências educativas, concentramos maiores esforços para vencer os
pontos ainda fracos e tornamos mais eficientes o trabalho e o acompanhamento que devemos fazer visando a evolução
intelectual e moral de nossos filhos.
Assim, as avaliações desempenham um papel muito importante no processo educacional de nossos filhos. Devem ser
realizadas com frequência, mas também com sabedoria e bondade.
82 - DE QUE FORMA CONSEGUIMOS EDUCAR AS POTÊNCIAS DA ALMA DE NOSSOS FILHOS, ORIENTANDO-OS PARA
UM IDEAL ELEVADO?
A educação das potências da alma deve começar pela educação da Vontade. Ela permite que os nossos filhos busquem
os ideais elevados. Para isto, observemos as seguintes orientações de Léon Denis, sobre a vontade, contidas no Capítulo
II: A Vontade, da terceira parte: As potências da Alma, do notável livro O Problema do Ser, do Destino e da dor:
"O uso persistente, tenaz, desta faculdade soberana permitir-nos-á modificar a nossa natureza, vencer todos os
obstáculos, dominar a matéria, a doença e a morte. É pela vontade que dirigimos nossos pensamentos para um alvo
determinado. (...) Aprendamos, pois, a servir-nos de nossa vontade e, por ela, a unir nossos pensamentos a tudo o que
é grande, à harmonia universal, cujas vibrações enchem o espaço e embalam os mundos. (...) A vontade é a maior de
todas as potências; é, em sua ação, comparável ao ímã. A vontade de viver, de desenvolver em nós a vida, atrai-nos
novos recursos vitais; tal é o segredo da lei de evolução. ( ... )
Cada alma é um foco de vibrações que a vontade põe em movimento. (...) Querer é poder! O poder da vontade é
ilimitado. O homem, consciente de si mesmo, de seus recursos latentes, sente crescerem, suas forças na razão dos
esforços. Sabe que tudo o que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se inevitavelmente, ou na
atualidade ou na série das suas existências, quando seu pensamento se puser de acordo com a Lei Divina".
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83 - EM QUE SENTIDO DEVEMOS IMPULSIONAR AS FORÇAS DA ALMA DURANTE O PROCESSO EDUCATIVO DE NOSSOS
FILHOS?
Durante o processo educativo de nossos filhos devemos seguir as orientações de Léon Denis e impulsionar as forças da
alma para alcançar: o bem querer, a sede do saber e a expansão da capacidade de amar. Assim, todas as suas atitudes e
ações serão nobres, permitindo-nos harmonizar o uso da mente com o do coração para obterem a alegria e a felicidade.
Estejamos atentos às seguintes orientações de Léon Denis, contidas no Capítulo XXV: O Amor, do livro O Problema do
Ser, do Destino e da Dor:
"Todo o poder da alma resume-se em três palavras:
Querer! Saber, Amar!
Querer, isto é, fazer convergir toda a atividade, toda a energia, para o alvo que se tem de atingir, desenvolver à vontade
e aprender a dirigi-la.
Saber, porque sem o estudo profundo, sem o conhecimento das coisas e das leis, o pensamento e a vontade podem
transviar-se no meio das forças que procuram conquistar e dos elementos a que aspiram governar.
Acima, porém, de tudo, é preciso amar, porque, sem o amor, a vontade e a ciência seriam incompletas e muitas vezes
estéreis. O amor ilumina-as, fecunda-as, centuplica lhes os recursos".
84 - O QUE DEVEMOS FAZER PARA QUE NOSSOS FILHOS APRENDAM A CUMPRIR OS SEUS DEVERES?
Devemos seguir as seguintes instruções de Léon Denis, contidas no Capítulo XLIII: O Dever, de seu livro Depois da Morte:
O dever decorre das leis morais.
O cumprimento do dever deve ser a regra de conduta do homem nas suas relações com os semelhantes e com o
Universo.
O dever de cada pessoa varia segundo a sua condição e o seu saber.
Quanto mais elevada for uma pessoa, mais o dever adquire grandeza, majestade e extensão e o seu cumprimento
torna-se agradável, pois produz alegrias íntimas.
O cumprimento do dever enobrece a vida, esclarece a razão e fortifica a alma, gerando calma interior, serenidade
de espírito, paz na consciência e contentamento íntimo.
Os Espíritos superiores têm profundamente enraizado em si o sentimento do dever. Assim, eles o veem como uma
obrigação de todos os momentos e uma condição imprescindível da existência.
Há múltiplas formas para o dever: o dever para conosco, que consiste em nos respeitarmos, em nos governarmos
com sabedoria, em não querermos e não realizarmos senão o que for útil digno e belo; o dever profissional que exige
o cumprimento consciencioso das obrigações; o dever social que nos convida a amar os homens, a trabalhar por
eles, a servir fielmente ao nosso País e à Humanidade. Há ainda o dever para com Deus e muitos outros.
A honestidade é a essência do homem moral que faz o bem em toda a sua extensão, cumprindo os seus deveres.
Quem conhece o alcance moral do ensino dos Espíritos impõe a si o dever de trabalhar com energia para o próprio
aperfeiçoamento e o de seus irmãos. Então pode dizer ao fim de cada dia: realizei hoje obra útil, alcancei vantagem
sobre mim, assisti, consolei desgraçados, esclareci irmãos, trabalhei por torná-los melhores. Assim, tenho cumprido
o meu dever!
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Ainda, no Capítulo 19: Apelo às Mães, daquele mesmo livro, constatamos a situação difícil em que se encontrou na vida
espiritual o Espírito Marta da Anunciação, ao se considerar uma suicida moral, por ter se iludido com os tesouros
materiais e dado uma educação errada para a filha. Por isso, ela dirigiu o seguinte apelo às mães terrenas:
"Trocai as fantasias pelo respeito à verdade, ao lado das crianças: nem a austeridade da clausura, nem a libertinagem da
"motoca"; nem a exigência monacal, nem a indiferença do anarquismo; nem o potro da proibição, nem o descuido da
invigilância; nem a corda punitiva, nem o desrespeito total.
Acima de todas as coisas, o amor que observa e corrige, que acompanha e educa, que disciplina e consola, porquanto,
sem dúvida alguma, não há melhor método pedagógico de educação do que o amor honrado, constante e firme de uma
mãe que faz do lar um santuário onde os filhos são as messes abençoadas da vida.
Dai as vossas alegrias de agora; mães, sofrendo um pouco, certamente, para experimentardes a ventura, mais tarde,
vendo os vossos filhos ditosos, e não carregardes o fardo que ora me esmaga, experimentando, dia-a-dia sem nunca
cessar, o gosto amargo do fel do remorso".
87 - COMO EDUCAR OS NOSSOS FILHOS DE MODO QUE NÃO VENHAM A SOFRER NA VIDA?
Para entendermos os sofrimentos, devemos conhecer os seguintes ensinamentos de Allan Kardec, contidos no Capítulo
V: BEM AVENTURADOS OS AFLITOS, DE O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.
"Remontando à fonte dos males terrenos, reconhece-se que muitos são consequência natural do caráter e da conduta
daqueles que os sofrem. Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de
seu orgulho e de sua ambição! Quantas pessoas arruinadas por falta de ordem, de perseverança, por mau
comportamento ou por não terem limitado os seus desejos?
Quantas uniões infelizes, porque resultaram dos cálculos do interesse ou da vaidade, nada tendo com isso o coração!
Que de dissensões de disputas honestas, poderiam ser evitadas com mais moderação e menos suscetibilidade. Quantas
doenças e aleijões são o efeito da intemperança e dos excessos de toda ordem!
Quantos pais infelizes com os filhos, por não terem combatido as suas más tendências desde o princípio. Por fraqueza
ou indiferença, deixaram que se desenvolvessem neles os germes do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que
ressecam o coração. Mais tarde, colhendo o que semearam, admiram-se e afligem-se com a sua falta de respeito e a sua
ingratidão."
Dessa forma, as causas para muitos sofrimentos podem ser evitadas com as nossas boas atitudes, bem como as de
nossos filhos. Portanto, devemos ensinar a eles a avaliarem previamente as consequências de cada ação; a praticarem
apenas as boas obras; a estarem conscientes da importância de praticarem somente o bem, mesmo ante às situações
constrangedoras; a não serem os próprios causadores dos infortúnios e das vicissitudes da vida por não aplicarem os
ensinamentos intelectuais e morais que receberam de forma amorosa. Assim, evitarão muitos sofrimentos.
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As dores decorrentes de uma existência num mundo material inferior levam os Espíritos encarnados a trabalhar pela
própria melhoria, visando a conquista de uma vida num mundo mais avançado.
Certas dores são provas escolhidas pelo Espírito visando a própria purificação e a busca do seu adiantamento.
Certas lutas penosas, cheias de dores e aflições, enfrentadas por almas elevadas que possuem boas tendências e
sentimentos nobres inatos, decorrem da missão que solicitaram para evoluir mais, se cumprirem essa missão sem
revolta ou reclamação.
O Espírito encarnado deve suportar as dores com resignação e paciência, pois elas têm sempre uma causa justa e
geram benefícios na vida futura.
Assim, os nossos filhos devem ser educados de forma que compreendam bem as causas e finalidades das dores. Dessa
forma, conseguem enfrentá-las com coragem, calma, resignação, esperança e nobreza espiritual.
89 - QUE CONSOLAÇÃO PODEMOS DAR AOS NOSSOS FILHOS, QUANDO ESTIVEREM SUPORTANDO DORES E
SOFRIMENTOS?
O conhecimento das causas para as dores, as aflições e os sofrimentos, contidas no Capítulo V: Bem-aventurados os
aflitos, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, serve de consolação para os nossos filhos, caso eles tenham que suportá-
las.
Além disso, eles devem ter acesso às lições muito bem desenvolvidas por Léon Denis no Capítulo XXVI: A Dor, do livro O
Problema do ser, do destino e da Dor, a saber:
A dor é uma lei de equilíbrio e educação.
As faltas cometidas no passado recaem sobre nós, determinando as condições de nosso destino. O sofrimento é,
assim, a repercussão das violações cometidas, mas também o agente de desenvolvimento e a condição para o
progresso.
As dores, assim como o prazer, são necessárias à educação do ser em sua jornada evolutiva.
Pela vontade, podemos domar e vencer a dor ou, pelo menos, fazê-la redundar em nosso proveito, tornando-a um
meio útil à nossa elevação.
A idéia que fazemos da felicidade e da desgraça, da alegria e da dor varia de acordo com a nossa evolução espiritual.
Ante a dor, precisamos desenvolver a coragem de suportá-la com paciência.
A dor dignamente suportada permite conquistas espirituais que abrem os caminhos do Céu.
Há almas virtuosas e elevadas que vêm a este mundo para cumprir sua missão experimentando sofrimentos; mas,
mesmo assim, nos deixam grandes exemplos.
A dor física é, em geral, um aviso da Natureza, que procura preservar-nos dos excessos, abusos e vícios e da
autodestruição.
O sofrimento tem sempre um resultado útil na educação, no aperfeiçoamento e no adiantamento de cada indivíduo.
A dor é necessária enquanto o homem tiver o seu pensamento e os seus atos em desacordo com as leis eternas. Ela
deixará de existir quando o homem se harmonizar com elas e superar as causas que a fizeram nascer, em função de
uma educação mais elevada, pautada na beleza moral, na justiça e no amor.
Em geral, os sábios, os filósofos e os pensadores nos têm ensinado a temer, a recear e a detestar a dor. Bem poucos
a têm compreendido e explicado. Já as religiões acharam socorros espirituais para as almas aflitas, embora, muitas
vezes, oferecendo restritas consolações. Mas, a Doutrina Espírita tem os recursos necessários ao consolo das
aflições, ao enriquecimento da Filosofia, regeneração das religiões. Atrai a estima do discípulo mais humilde e o
respeito do gênio, ao se constituir em um remédio moral poderoso contra a dor, oferecendo explicação para o papel
do sofrimento, e dando aceitação e consolações nos momentos de infortúnio.
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Nas horas de sofrimento, de angústia e de acabrunhamento podemos invocar e atrair a presença dos bons Espíritos,
que podem nos oferecer forças desconhecidas e nos ajudar a suportar as misérias e os males da vida material.
Se Deus permite que passemos por decepções, abandonos, doenças e reveses, é para obrigar-nos a despregar a vista
da Terra e elevá-la para Ele, a procura de alegrias superiores àquelas que podemos provar neste mundo.
Nenhum de nossos males se perde; não há dor sem compensação, trabalho sem proveito. Caminhamos todos
através das vicissitudes e das lágrimas para um fim grandioso fixado por Deus. E temos ao nosso lado um guia seguro,
um conselheiro invisível para nos sustentar e consolar.
Ao invés de revoltados contra a dor, acabrunhados, inertes e fracos debaixo de sua ação, devemos usar à vontade,
coragem, aceitação, confiança no futuro e o nosso pensamento positivo para tirarmos dela todo o proveito que pode
oferecer ao nosso espírito e coração, e para servirmos de exemplo aos nossos semelhantes.
Dar tensão às vontades; retemperar os caracteres para os combates da vida; desenvolver a força de resistência;
afastar da alma da criança tudo o que pode amolentá-la; elevar o ideal a um nível superior de força e grandeza - eis
o que a educação moderna deveria adotar como objetivo essencial.
92 - PODEMOS INCUTIR MEDO EM NOSSOS FILHOS PARA QUE NOS OBEDEÇAM E SE COMPORTEM BEM?
Não. O medo manifesta-se de uma forma natural em todos os seres vivos, quando se veem diante de uma ameaça real
ou imaginária. Muitas vezes, dependendo do grau dessa ameaça, a pessoa experimenta taquicardia, sudorese e
incômodo físico e mental, que podem levar ao denominado pânico.
Além disso, o medo desempenha um papel importante na vida dos indivíduos, porque os leva a fugir dos perigos, a evitar
as consequências das atitudes equivocadas, a adotar comportamentos de vigilância, prudência e cautela e a buscar a
segurança que preserva a própria vida.
Por outro lado, quando os pais incutem nos filhos medo de animais, fantasmas, lugares perigosos, acidentes, bandidos,
monstros, inferno depois da morte, etc., aumentam a tendência à insegurança. Assim, podem se tornar, com o passar
do tempo, filhos medrosos, assustados, ansiosos, cheios de fobias e excessivamente cautelosos. Isto, sem dúvida, é
consequência de uma educação errada que receberam.
Os filhos que atingiram um medo irracional, incontrolável, patológico ou doentio, que afeta as suas atividades diárias e
prejudica o desenvolvimento normal, precisam de tratamento médico para vencerem os transtornos decorrentes.
Portanto, não devemos jamais educar os nossos filhos com base no medo. Pelo contrário, eles devem ser esclarecidos
sobre as consequências do medo que não é controlado, excessivo ou que pode surgir em função de experiências
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traumáticas, perdas, rejeições, fracassos, repressões, eventos dolorosos ou fatos marcantes, para que procurem logo
orientação e tratamento médico.
94 - EM QUE ÉPOCA OS NOSSOS FILHOS DEVEM RECEBER AS INSTRUÇÕES SOBRE OS ASSUNTOS QUE PERTENCEM ÀS
ÁREAS ACADÊMICAS?
As instruções que os nossos filhos vão receber na Faculdade permitem que exerçam uma profissão de nível superior.
Porém, para que eles consigam escolher esse campo profissional de atuação, precisam, com a máxima antecedência
possível, ir conhecendo a abrangência de cada profissão. Assim, podem sentir as tendências inatas para determinada
profissão e decidir quanto ao seu futuro.
Porém, antes de chegarem a essa fase avançada da vida, os nossos filhos precisam já ter adquirido a educação espírita
e as instruções que lhes permitem entender as leis que regem os fenômenos da evolução e do destino.
Nesse sentido, o Espírito Emmanuel, na mensagem Instrução Espírito, contida no Capítulo 10 do Livro Opinião Espírito,
recomenda que os nossos filhos devam:
Receber a educação do caráter;
Desenvolver o espírito de fraternidade;
Compreender a reencarnação que consola;
Colher apontamentos e informações que mudam os rumos da história;
Assimilar um modo positivo de vida que renova o sentimento;
Colher diretrizes que orientam a escolha e a conduta;
Manter diálogos que permutam experiências e corrigem as preferências e as atitudes e;
Conhecer o Evangelho, que contém as mais altas normas para a sublimação do espírito. O Evangelho foi a maior
mensagem descida dos Céus à Terra para dignificar a vida e iluminar o coração.
95 - O QUE FAZER QUANDO OS FILHOS NÃO ACEITAM A EDUCAÇÃO QUE LHES DAMOS E CRIAM DESARMONIA NO LAR
E FORA DELE?
Uma grande decepção para os pais ocorre quando os filhos se rebelam contra a boa educação que recebem no lar e fora
dele. Mas, uma solução para esse impasse pode ser encontrada no Capítulo 34 do livro Encontro Marcado, onde o
Espírito Emmanuel trata dos Filhos Diferentes que Vivem em Desarmonia com o Lar, apresentando-nos as seguintes
orientações:
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Geralmente, os filhos recebem as instruções que lhes damos e são encaminhados para o bem com facilidade; mas
podemos encontrar algum filho que não se afina com os nossos ideais e que não alcança o padrão que tentamos
alcançar, mantendo-se distante da harmonia familiar e contrariando os nossos sonhos e a nossa esperança.
Ante a esse filho diferente, não devemos cair no desespero ou na amargura, mas orar e pedir a luz para que o nosso
entendimento se abra. Geralmente, nos vemos perante um companheiro ou companheira de outras existências, que
o tempo ocultou e que a Lei nos ofereceu de novo à presença para que possamos complementar a nossa obra de
amor.
Não devemos jamais erguer a voz para acusar o filho-problema, quando não podemos lhe elogiar a conduta.
Devemos ampará-lo com a nossa prece, estendendo-lhe apoio e inspiração pelas vias da alma.
Embora tenhamos o dever de corrigi-lo, devemos abençoá-lo tantas vezes quantas se fizerem precisas, ensinando-
lhe o caminho da retidão e da obediência, com as melhores palavras cheias de sentimento.
Vivendo entre a angústia e o enternecimento e, às vezes, adotando procedimentos de exceção, devemos auxiliá-los
sempre, aconchegá-los brandamente ao nosso regaço amoroso, sabendo que o filho diferente significa um encontro
marcado entre a nossa esperança e a bondade de Deus.
97 - O QUE DEVEMOS FAZER QUANDO OS NOSSOS FILHOS SE TORNAM REBELDES APESAR DA EDUCAÇÃO ESPÍRITA
QUE LHES DAMOS?
A educação espírita nos ensina a criar os nossos filhos com muito amor e carinho, ensinando-lhes a moral cristã, a
liberdade com responsabilidade, o valor da disciplina no uso das faculdades para conquistarem as boas coisas da vida; e
a importância da prática das boas ações para progredirem em termos materiais e espirituais.
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EDUCAÇÃO ESPÍRITA DE NOSSOS FILHOS
Mas, alguns filhos, apesar de receberem a educação espírita, tornam-se rebeldes à nossa autoridade e aos nossos
conselhos. Assim, fazem-nos sentir desafiados ou vencidos. Nesses momentos, é importante lembrarmo-nos das
orientações de Roque Jacintho, contidas no Capítulo 24:
Filhos Rebeldes, do livro: Filhos, Como Educá-los, na Visão Espírita:
Há filhos rebeldes, quase incorrigíveis, que se colocam além e acima dos bons princípios da educação espiritual, que
são duros de sentimento, que se recusam a dobrar a sua cerviz, e que adotam procedimentos e têm aspirações
diferentes dos pais.
Os filhos rebeldes são Espíritos com experiências e sentimentos diferenciados, exigindo um processo educativo em
que todos os recursos devem ser empregados para despertá-los, sem desfalecimento, para o bem e a realidade da
existência e da vida.
Os pais não devem poupar energias para a reeducação desses filhos, sem jamais se culparem pelas atitudes que eles
preferem.
Os pais que perseveram nas tarefas educativas podem aguardar a manifestação oportuna dos Mentores Espirituais,
que prepararão as lições da dor necessária para a correção de rumo dos filhos rebeldes.
Os filhos rebeldes que não se educam no lar, encontram sofrimentos e provas difíceis, funcionando como processos
educativos impostos pela vida, visando remodelá-los e aperfeiçoá-los. Neste caso, os pais devem orar pelos filhos e
ter resignação.
98 - QUE TIPO DE EDUCAÇÃO DEVEMOS DAR AOS NOSSOS FILHOS PARA QUE ELES SE TORNEM VENCEDORES NA VIDA?
A educação espírita oferece todos os ingredientes para que os nossos filhos se tornem vencedores na vida, com
características e conhecimentos elevados, permitindo a tomada de decisões acertadas em todas as circunstâncias da
existência.
O Espírito Emmanuel, através da mediunidade de Chico Xavier, conseguiu reunir na mensagem “Vencerás”, importantes
recomendações, abaixo sintetizadas, que retratam muito bem as providências oportunas que os nossos filhos precisam
tomar para que se tornem vencedores, em termos morais, espirituais e materiais:
Não desanimar, nem cultivar o pessimismo, mantendo sempre a persistência.
Centralizar os esforços no bem a fazer.
Esquecer as sugestões do medo destrutivo, para avançar e seguir adiante, mesmo entre lágrimas ou superando os
próprios erros.
Trabalhar muito, edificando sempre.
Não consentir que o gelo do desencanto entorpeça o coração.
Não deixar se impressionar pela dificuldade.
Convencer-se de que a vitória espiritual é construção para o dia a dia.
Não desistir da paciência.
Não acreditar que existe realização sem esforço.
Manter o silêncio para a injúria; o esquecimento para o mal; o perdão para as ofensas, lembrando que os agressores
são doentes.
Não permitir que irmãos em desequilíbrio destruam o trabalho, nem apaguem a esperança.
Não menosprezar o dever imposto pela consciência.
Reajustar a própria visão e procurar o rumo certo, caso cometa algum engano em um trecho do caminho.
Não contar vantagens, nem os fracassos.
Estudar, buscando aprender sempre.
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Não se voltar contra ninguém.
Não dramatizar provocações, nem problemas.
Conservar o hábito da oração, para que a luz se faça na vida íntima.
Buscar resguardo em Deus para perseverar no trabalho por Ele confiado.
Amar sempre, fazendo pelos outros o melhor que possa ser realizado.
Agir auxiliando e servir sem apego.
Dessa forma, a vitória será alcançada por nossos filhos, com certeza.
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