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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

CAMPUS MULTIDISCIPLINAR DE ANGICOS-RN


BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Disciplina: ANÁLISE E EXPRESSÃO TEXTUAL


Professor: José Neto
Discente: Pedro Augusto da Cunha Silva

ATIVIDADE AVALIATIVA II UNIDADE


- De acordo com o livro “Morte e Vida Severina” de autoria do escritor João Cabral de Melo
Neto discutido em sala de aula responda as seguintes questões de análise textual a seguir:
1 - O RETIRANTE EXPLICA AO LEITOR
QUEM É E A QUE VAI.
- Qual a razão do retirante dizer que somos todos “Severinos” iguais em tudo e na sina?
Em "Morte e Vida Severina", o retirante que é o personagem principal da obra, se identifica
com Severino, um nome comum na região nordeste do Brasil. Ele diz que somos todos iguais
em tudo e na sina porque a condição de miséria e dificuldades enfrentadas pelos retirantes é
compartilhada por muitos na região. O autor destaca a luta diária pela sobrevivência e as
dificuldades enfrentadas pelos retirantes, enfatizando a realidade difícil da vida no Nordeste
brasileiro. A figura de Severino representa a luta e a resistência dos retirantes diante das
adversidades.

CARREGANDO UM DEFUNTO NUMA


REDE, AOS GRITOS DE "Ó IRMÃOS DAS
ALMAS! IRMÃOS DAS ALMAS! NÃO FUI
EU QUEM MATEI NÃO!"
- O que significa o termo “Irmão das almas” em relação a última caminhada de um Severino?
Em "Morte e Vida Severina", a expressão "Irmãos das almas" é utilizada pelos personagens
que carregam o defunto de Severino em uma rede, referindo-se à crença religiosa de que as
almas dos falecidos precisam da ajuda dos vivos para alcançar a vida após a morte. Durante a
última caminhada de um Severino, os "Irmãos das almas" se unem para ajudar a transportar o
corpo e pedir por sua alma, refletindo a ideia de que somos todos irmãos em espírito e
devemos nos ajudar.
Ao gritar "Ó irmãos das almas! Não fui eu quem matei não!", os personagens buscam ajuda e
proteção divina para o falecido, além de negar qualquer responsabilidade pela morte. A
expressão serve como uma forma de apelo e pedido de ajuda em um momento difícil, em que
a solidariedade é fundamental para o conforto dos enlutados.
3 - NA CASA A QUE O RETIRANTE CHEGA
ESTÃO CANTANDO EXCELÊNCIAS PARA
UM DEFUNTO, ENQUANTO
UM HOMEM, DO LADO DE FORA, VAI
PARODIANDO A PALAVRAS DOS
CANTADORES.
Qual a razão do canto de excelências para o acompanhamento fúnebre do defunto?
O canto de excelências é uma tradição religiosa comum na região nordeste do Brasil, que
consiste em entoar palavras e frases religiosas durante o acompanhamento fúnebre de um
defunto. O objetivo do canto é prestar homenagem ao falecido e pedir a proteção divina para
sua vida após a morte.
Os cantadores são responsáveis por executar o canto de excelências, utilizando expressões
religiosas para louvar a Deus e expressar a tristeza e a saudade pelo falecido. O canto também
expressa a crença na vida após a morte e na bondade divina.
No trecho em questão, o homem que está do lado de fora parodia as palavras dos cantadores,
o que pode ser interpretado como uma crítica ou sátira à tradição religiosa. A paródia
questiona a eficácia ou importância do canto de excelências em um contexto de pobreza e
miséria, em que a luta pela sobrevivência é mais urgente do que a preocupação com a vida
após a morte.

4 - DIRIGE-SE À MULHER NA JANELA QUE


DEPOIS, DESCOBRE TRATAR-SE DE
QUEM SE SABERÁ
- Por que naquele lugar só é possível trabalhar nos roçados da morte?
A expressão "roçados da morte" é usada para enfatizar a situação precária em que vivem os
habitantes da região, que têm poucas opções de trabalho e sobrevivem em condições
extremamente difíceis. A referência à morte sugere a ideia de que a vida é dura e cruel
naquela região, onde a escassez de recursos naturais e a falta de apoio governamental fazem
com que a luta pela sobrevivência seja constante.

5 - ASSISTE AO ENTERRO DE UM
TRABALHADOR DE EITO E OUVE O QUE
DIZEM DO MORTO OS AMIGOS QUE
O LEVARAM AO CEMITÉRIO
- Qual a relação estabelecida entre a vida em morte do Severino retirante e o defunto
enterrado no cemitério?
O Severino retirante é um personagem que busca melhores condições de vida, mas se depara
com uma série de obstáculos e dificuldades que o impedem de alcançar seus objetivos. Já o
trabalhador de eito, enterrado no cemitério, representa a dureza do trabalho no campo e a falta
de perspectivas para as pessoas que vivem na região.
6 - FALAM AS DUAS CIGANAS QUE HAVIAM
APARECIDO COM OS VIZINHOS
- Qual a importância da fala das ciganas em relação ao futuro do menino que acabara de
nascer?

A fala das ciganas é uma profecia sobre o futuro do menino que acabou de nascer. Elas dizem
que ele crescerá no ambiente dos mangues, aprenderá a engatinhar e caminhar na lama, caçar
e pescar. No entanto, elas também sugerem que ele não ficará preso a essa vida difícil e
perigosa e que poderá mudar para um trabalho mais estável e saudável. As ciganas, portanto,
oferecem uma visão sobre o futuro do menino, apontando possibilidades e caminhos para uma
vida melhor. A importância da fala das ciganas é a sugestão de que o futuro não está
determinado, e que o menino tem o poder de mudar o curso da sua vida e encontrar um
caminho melhor.

7 - O CARPINA FALA COM O RETIRANTE


QUE ESTEVE DE FORA, SEM TOMAR
PARTE DE NADA
- É difícil defender, só com palavras, a vida, ainda mais quando ela é esta que vê, Severina
mas se responder não pude à pergunta que fazia, ela, a vida, a respondeu com sua presença
viva. Qual a relação existente entre a nova vida explodida e a esperança?

A relação entre a nova vida explodida e a esperança pode ser vista como um exemplo da
capacidade da vida de se renovar e seguir em frente, apesar das dificuldades e desafios que
surgem ao longo do caminho. A explosão da nova vida Severina simboliza a esperança e a
possibilidade de um futuro melhor, mesmo diante das adversidades.

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