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PROGRAMAS
SOCIOEDUCACIONAIS
COMO ENFOCAR E
PÔR EM PRÁTICA
Uma alternativa naturalística
A CONVERSA CONTINUA:
QUE RUMO TOMAR?
A CONVERSA CONTINUA:
QUE RUMO TOMAR?
Obra em 8 v.
ISBN 978-65-86771-06-0
Realização Apoio
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QUESTÕES
ORIENTADORAS
PARA A LEITURA
'' O que determina o rumo que a
avaliação deve tomar?
Escreva no espaço abaixo quais aspectos específicos de seu interesse você desejaria
aprender neste caderno, sobre o rumo que a avaliação deve tomar nos programas.
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AVALIAÇÃO DE
PROGRAMAS
SOCIOEDUCACIONAIS
COMO ENFOCAR E
PÔR EM PRÁTICA
Uma alternativa naturalística
ABRINDO O DIÁLOGO:
O QUE SIGNIFICA AVALIAÇÃO?
NO CADERNO
ANTERIOR…
Paulo e Regina, dois educadores de rua, estão preocupados com seu programa de
atendimento a crianças e jovens em situações de risco. Têm indagações em relação
ao trabalho que estão fazendo, seu sentido e valor para os destinatários.
Como se fosse uma resposta à problemática, aparece uma moça (com o rosto co-
berto) e esclarece essa situação-problema. Quando Paulo e Regina descobrem seu
rosto, defrontam-se com um espelho! A Avaliação, cuja face é simbolizada por esse
objeto, fala com os educadores e deixa as seguintes mensagens:
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NESTE CADERNO…
Veja o que aconteceu. Paulo e Regina, entusiasmados, foram ao encontro de
Ricardo, o coordenador do seu programa, e contaram tudo o que descobriram.
Ricardo ficou empolgado com o que ouviu dos dois, e discutiu com eles a ideia de
fazer uma avaliação do programa.
Paulo e Regina, com seus companheiros desta nova caminhada, se reuniram para
fazer uma avaliação do programa. E estão prontos. Será? Um olha para o outro. Por
onde começar? É o que eles estão pensando. Então…
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Paulo interrompe.
— Espere aí! Acho que primeiro temos que ver de forma bem clara
para que vai servir esta avaliação!
— Ora, vai servir para ver em que nós, educadores de rua, precisa-
mos melhorar nosso trabalho — disse Regina.
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— Então — disse Ricardo — é por isso, Jorge, que temos que lutar
para conseguir mais recursos. E como é que alguém pode nos aju-
dar sem saber o que estamos fazendo pelos meninos?
Paulo e Regina não hesitaram, pois já sabiam quem era aquela amiga que lhes fa-
lava. Era a Avaliação. Assim, seguiram a voz até um enorme salão. E chamaram os
outros.
— Venham ver!
E foi aí que a equipe se deparou com uma cena interessante. Era uma mesa redon-
da, com várias pessoas sentadas ao redor e os rostos cobertos por um véu. Quem
seriam? A voz falou:
Foi nesta hora que Paulo e Regina olharam fixamente para a mesa, de onde a voz
vinha. O tampo da mesa era um grande espelho. Era a própria Avaliação!
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Paulo não esperou nem um minuto, foi logo descobrindo o rosto de cada pessoa,
um por um...
Jorge disse:
Foi aí que a professora Claudina identificou, com surpresa, seu chefe na universi-
dade (aquele que é responsável pela verba de sua pesquisa).
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— Agora sim, ficou claro para nós. Só uma coisa: como é que a
gente vai satisfazer a todos?
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— Isso mesmo, essas são as quatro decisões que ele tem que
tomar para melhorar seu programa! — falou a Avaliação, muito
entusiasmada. E continuou: — Para buscar informações que fa-
cilitem essas decisões de gerenciamento, a abordagem de ava-
liação deverá estar "voltada para o gerenciamento" (Worthen,
Sanders e Fitzpatrick, 1997; 2004). Olhem agora para um outro
aspecto importante em relação ao programa. Ao gerenciar suas
atividades, o grupo envolvido estaria se dirigindo, primeiramente,
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Primeiro grupo (A): constituído por aqueles que têm poder de de-
cisão, os quais vão ser fundamentalmente ajudados pelos resul-
tados das duas primeiras abordagens. São elas: "voltada para os
objetivos" e "voltada para o gerenciamento".
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EM OUTRAS
PALAVRAS…
1. Avaliação é resposta. O rumo que ela deve tomar depende das preocupações
que ela deve responder.
2.1. O
coordenador necessita de informações que possam ajudá-lo a:
2.2. O
educador que assiste à criança ou ao jovem em seu dia a
dia procura informações bem detalhadas para poder:
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2.5. Q
uem financia o programa quer assegurar-se de que
o dinheiro público está sendo bem aplicado. Indaga,
procurando informações sobre os benefícios alcançados
pelo programa, de preferência em comparação aos custos.
3. De um modo geral, todas essas preocupações que exigem respostas de uma
avaliação vêm de três grupos de interessados:
C. a
queles que formam o "corpo" do programa, que vivem e
dinamizam seu cotidiano.
7. N
as abordagens "voltadas para os objetivos", verifica-se o alcance dos objeti-
vos do programa ou dos seus componentes. Os interessados, no caso, seriam
o coordenador, o educador, o financiador ou uma combinação (grupo A: quem
decide sobre o programa e seus componentes).
8. N
as abordagens "voltadas para o gerenciamento", buscam-se informações para
facilitar o trabalho do gerente do programa, isto é, a análise do contexto do
programa (para definir seu rumo e seus recursos) e o julgamento de seus pro-
cessos e produtos (para guiar sua implementação e aperfeiçoamento). Neste
caso, os interessados atendidos são, principalmente, os dirigentes (grupo A:
quem decide sobre o programa).
10. Nas abordagens "voltadas para os participantes", a avaliação responde aos di-
versos anseios dos próprios participantes do programa, para servi-los em seu
trabalho cotidiano. Os interessados são os educadores e as pessoas de apoio
constante ou periódico que se envolvem no programa (grupo C: o corpo que
vive e dinamiza o cotidiano do programa).
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11. Merece destaque uma das abordagens voltadas para os participantes. Ela é
mais conhecida como "abordagem responsiva" e procura, em função da na-
tureza múltipla e divergente de seus interessados, um caminho mais flexível
que as demais abordagens. Pode ser aliada a métodos naturalísticos que pri-
vilegiam uma maior abertura e definições ao longo da caminhada, muito dife-
rente das outras abordagens que trabalham com delineamentos preordenados,
isto é, com estruturas previamente definidas. Por isso, a abordagem respon-
siva consegue acolher uma diversidade de interessados, enquanto as outras
ficam limitadas nesse sentido. No caso de programas sociais, em especial, a
abordagem responsiva é de inegável valor, e a mais apropriada. Ela tem, sobre-
tudo, a vantagem de possibilitar (por sua flexibilidade) a integração da busca
de algumas respostas de modo preordenado em seu desenvolvimento, se for
necessário.
Referências bibliográficas:
EXERCÍCIOS
Para autoavaliação da aprendizagem
Responda os seguintes itens com base no que você estudou neste caderno, mas
também aproveitando sua própria experiência. Se você não entender bem alguns
dos termos aqui utilizados, não se preocupe. Nos próximos cadernos, eles vão ser
discutidos.
Exercício 1
1. Uma boa avaliação é aquela que enfatiza tanto o mérito do programa quanto
sua relevância.
(C) (D)
(C) (D)
(C) (D)
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(C) (D)
(C) (D)
(C) (D)
(C) (D)
(C) (D)
(C) (D)
(C) (D)
Exercício 2
Relacione a coluna da esquerda com a da direita, colocando as letras dentro dos parênteses.
B. Conceito Na prática
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Exercício 3
Característica Justificativa
Folha de respostas
1. (C) — (D) A. 1. ( ) 1. ( )
2. (C) — (D) 2. ( ) 2. ( )
3. (C) — (D) 3. ( ) 3. ( )
4. (C) — (D) 4. ( ) 4. ( )
5. (C) — (D) 5. ( )
6. (C) — (D) B. 1. ( )
7. (C) — (D) 2. ( )
8. (C) — (D) 3. ( )
9. (C) — (D) 4. ( )
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Gabarito
5. (C) 5. (a)
6. (C) B. 1. (b)
7. (D) 2. (d)
8. (C) 3. (c)
9. (C) 4. (a)
10. (D)
}}
Estas são as respostas que os autores consideram as mais adequadas.
Se você discorda de algumas delas, justifique.