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PROGRAMAS
SOCIOEDUCACIONAIS
COMO ENFOCAR E
PÔR EM PRÁTICA
Uma alternativa naturalística
RUMO AO CAMPO:
A TRAVESSIA
RUMO AO CAMPO:
A TRAVESSIA
Obra em 8 v.
ISBN 978-65-86771-06-0
Realização Apoio
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QUESTÕES
ORIENTADORAS
PARA A LEITURA
'' Para os programas socioeducacionais, qual a
concepção de avaliação mais apropriada?
Escreva, no espaço abaixo, o que especificamente você desejaria saber com rela-
ção ao "trabalho de campo" da avaliação do programa:
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AVALIAÇÃO DE
PROGRAMAS
SOCIOEDUCACIONAIS
COMO ENFOCAR E
PÔR EM PRÁTICA
Uma alternativa naturalística
ENXERGANDO O ALVO:
COMO QUESTIONAR?
NO CADERNO
ANTERIOR…
A equipe de avaliação identificou os vários interessados no projeto (na sua efici-
ência e resultados) e, dividindo tarefas, levantou as preocupações de cada um. Em
seguida, com a ajuda da Avaliação, a equipe analisou essas preocupações e, ex-
traindo o essencial, construiu as questões avaliativas. Nesse processo, o que ficou
de material de trabalho foi um elenco de questões bem formuladas e aprovadas
em consenso. Em questões de aprendizagem, foi a capacidade crítica de reconhe-
cer questões avaliativas de qualidade e a competência em elaborar essas questões.
A partir daí, o que tinha que ser feito era selecionar as questões prioritárias para
um processo avaliativo de curto prazo. Em consonância com a abordagem respon-
siva que a equipe tinha adotado, era preciso definir essas prioridades por meio da
negociação com os interessados.
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'' os educadores;
'' outros.
6. A
inda em relação à questão avaliativa referente ao programa (ou qualquer um
de seus aspectos, como foi dito anteriormente), o juízo de valor exigido pode ser
sobre seu mérito (seu valor em si, sua qualidade intrínseca) ou sua relevância
(seu valor externo ou validade para o contexto em que opera).
7. Como exceção à regra geral, algumas questões procuram apenas uma descrição
analítica como resposta, ao invés de um julgamento em relação ao mérito ou
relevância do programa (ou de seus aspectos). O caso de levantamentos que
auxiliem no planejamento de novas frentes de trabalho de um programa (análi-
se situacional/avaliação do contexto/análise de necessidades) é um exemplo. A
avaliação do processo que descreve os detalhes é um outro exemplo (que facilita
ou dificulta o funcionamento).
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NESTE CADERNO…
A equipe tinha dado uma pequena parada para descansar, depois daquela ma-
ratona de formulações de questões avaliativas a partir das preocupações dos
interessados.
Foi Ricardo quem marcou um novo encontro para retomar as atividades. Sentaram-
se em círculo, bem descontraídos e dispostos a uma conversa aberta, na qual cada
um tem o direito de dizer o que pensa e como acha que se deve proceder, num
clima de respeito e sensibilidade. E não é isso mesmo a "avaliação responsiva"?
E por falar em Avaliação… ela mesma, em pessoa, vai chegando suavemente, sem
interromper aquela discussão que já começa acalorada com as falas de cada um.
Em vez de falar junto, ela se senta ali e observa tudo: falas, gestos, atitudes, pos-
turas e posições. Tudo é importante na observação.
Entusiasmados com a tarefa anterior que deu tanto trabalho, todos já estavam
familiarizados com aquelas questões e, de certo modo, as tinham bem à mão.
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Neste momento, a Avaliação, que até então a tudo ouvia bem silenciosa, levantou-
-se, confiante, e disse:
Lógico que a equipe vibrou. Quem não gosta de ser reconhecido no momento cer-
to? E a Avaliação está aí para garantir essas colocações importantes e promover
um aperfeiçoamento constante.
Claro que a Avaliação foi convidada para a reunião com os interessados. Questões
deveriam ser trabalhadas logo, pela sua urgência. E o bonito foi que todos enten-
deram que não é preciso trabalhar todas as questões ao mesmo tempo.
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Neste momento, diante do olhar esperançoso de todos, Ricardo admitiu que esse
dado tão importante ele não tinha…
Daí por diante, foi rápido. Houve um consenso. O importante seria avaliar, como pri-
meira indagação: "o programa está provocando mudanças nos meninos? Quais?".
Com essas duas questões que emergiram das negociações, todos os interesses
pareciam próximos de uma resposta.
— À praça!
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— Não faz mal; cada um pode ir pra onde quiser, contanto que
busque informação!
— Basta um caderno!
— Oi! Para onde é que estão indo com essa pressa toda?
Eles não gostaram da ideia, mas aceitaram a proposta. Afinal de contas, o que
todos queriam era aprender a fazer o melhor possível. Assim, sem tirar o ânimo da
turma, mas com bastante compreensão e segurança, a Avaliação foi trazendo mais
algumas lições imprescindíveis para o sucesso dessa equipe.
— Tudo bem — disse Regina —, o que mais temos que saber sobre
nossa tarefa?
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Enquanto a equipe continuou falando, Claudina levantou e, no seu estilo bem ca-
racterístico, foi anotando no quadro tudo que foi apontado pela equipe:
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Neste ponto, a Avaliação concluiu que as outras pistas eram insuficientes para
construir mais indicadores com segurança.
Apesar disso, o processo estava entendido. Agora era uma questão de exercitar
mais e, para isso, melhor seria um exercício de campo mais tarde, no qual as pistas
reais apareceriam com maior riqueza e naturalidade.
E Paulo acrescentou:
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E Paulo concluiu:
EM OUTRAS
PALAVRAS…
'' Quem fornece esses dados são as fontes de informação. São pes-
soas, arquivos, documentação, locais onde acontecimentos se
realizam, incluindo pessoas e objetos.
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'' Com o auxílio de indicadores, fica mais fácil buscar dados ade-
quados, pois procurando-se evidências concretas que melhor ex-
pressem os indicadores pode-se verificar a presença ou ausência
do mérito ou da relevância procurados.
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EXERCÍCIOS
Para autoavaliação da aprendizagem
Responda os seguintes itens com base no que você estudou neste caderno, mas
também aproveitando sua própria experiência. Se você não entender bem alguns
dos termos aqui utilizados, não se preocupe. Mais adiante, nos próximos cadernos,
eles vão ser discutidos.
Exercício 1
(C) (D)
(C) (D)
(C) (D)
4. F
ontes de informação são as técnicas de coleta de dados utilizados.
(C) (D)
5. U
m dado adequado é aquele que facilita o julgamento de valor.
(C) (D)
6. U
m indicador aponta para o sentido em que mérito, relevância ou outro
aspecto de um programa pode ser reconhecido na prática.
(C) (D)
7. O
s indicadores são o mesmo que evidências.
(C) (D)
8. O
raciocínio dedutivo permite a definição empírica de indicadores.
(C) (D)
9. A
observação direta no campo permite a definição empírica de indicadores.
(C) (D)
(C) (D)
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Exercício 2
R.: _____________________________________________________________________
R.: _____________________________________________________________________
R.: _____________________________________________________________________
4. Das opções indicadas a seguir, qual a fonte de informação que pode ser excluída?
b) a criança
c) o coordenador do programa
d) educadores
e) nenhuma
R.: _____________________________________________________________________
5. L
evando-se em consideração a abordagem naturalística, qual das técnicas de
coleta de dados abaixo indicadas é a menos adequada?
a) conversas informais
b) questionário estruturado
c) entrevista
d) observação do participante
R.: _____________________________________________________________________
6. S
eguem abaixo alguns dos indicadores da qualidade das práticas educativas.
Escreva, em cada espaço, se o indicador é qualitativo ou quantitativo.
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EXERCÍCIO 3
Marque com um "X" as manifestações que podem ser "pistas" que
levem ao indicador "valorização do trabalho", pelos meninos:
h) Daniel, 12 anos, há seis meses no programa, diz: "eu acho que pedir
esmola não é bom para nós. O melhor é aprender a trabalhar".
Folha de respostas
Exercício 4
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Gabarito
}}
Estas são as respostas que os autores consideram as mais adequadas.
Se você discorda de algumas delas, justifique.