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DESENVOLVIMENTO DE
PROJETOS SOCIAIS: PLANEJAMENTO,
CAPTAÇÃO DE RECURSOS E REDES SOCIAIS
© 2018 POR EDITORA E DISTRIBUIDORA EDUCACIONAL S.A.
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Presidente
Rodrigo Galindo
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Carolina Yaly
Danielle Leite de Lemos Oliveira
Giani Vendramel de Oliveira
Juliana Caramigo Gennarini
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Giani Vendramel de Oliveira
Revisor
Kelly Vanessa Kirner
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Daniella Fernandes Haruze Manta
Flávia Mello Magrini
Hâmila Samai Franco dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-85-522-1341-3
CDD 370
Thamiris Mantovani CRB: 8/9491
2018
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS SOCIAIS:
PLANEJAMENTO, CAPTAÇÃO DE RECURSOS E REDES SOCIAIS
SUMÁRIO
TEMA 01.................................................................................................................................................... 5
Noções de orçamento
TEMA 02................................................................................................................................................. 27
Noções de Orçamento: Contabilidade
TEMA 03 ............................................................................................................................................... 44
Noções de sustentabilidade
TEMA 04................................................................................................................................................. 63
Estratégias para captação de recursos
TEMA 05................................................................................................................................................. 80
Gestão do relacionamento em projetos
TEMA 06 ............................................................................................................................................... 97
Redes sociais: desafios e possibilidades
Objetivos
1. Orçamento
Braga (1995) vai ainda mais além; para ele o orçamento precisa se valer
de um histórico anterior de atividades de projetos para que sejam men-
suradas as ações futuras. Nessa mesma linha de raciocínio, está Padoveze
(2000), para o qual, desenvolver um orçamento é elencar as informações
atuais com vistas a um exercício posterior. Quintana (2011) apresenta
três divisões do orçamento. A primeira é o operacional, onde estão con-
templados os custos de outros orçamentos, por exemplo, de vendas, de
produção, de consumo de matéria prima, mão de obra, custos indiretos
de fabricação e o de despesas. A segunda refere-se ao financeiro, que
compreende o orçamento do caixa, ou seja, quanto será necessário para
despesas rápidas e imprevisíveis. E a terceira divisão é o orçamento de
investimentos, com a discriminação de operações que terão retornos
sobre os valores investidos, como trabalhos artísticos, fotográficos, literá-
rios, os quais, de alguma forma, darão retorno aos investimentos. Nesse
caso, pode ser exposição maior do investidor, ganho social com a associa-
ção de seu nome com a atividade, entre outros.
EXEMPLIFICANDO
Modelos de orçamento
LINK
Caso você tenha interesse em conhecer melhor os concei-
tos de orçamento empresarial e gestão orçamentária, pode
baixar o e-book Guia – orçamento empresarial na prática. É
possível compreender melhor como é feita a composição do
orçamento empresarial, projeções, utilizações, gestão orça-
mentária, entre outros assuntos. As informações estão dispo-
níveis no link: <https://d335luupugsy2.cloudfront.net/cms/fi-
les/2197/1498499355Treasy_-_Guia_pratico_do_Orcamento_
Empresarial_-_Verso_04.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2019.
ASSIMILE
Accountability refere-se à prestação de contas por gestores
a grupos, comunidades ou à sociedade diretamente envol-
vidos em determinado patrimônio. É o caso do orçamento
público do Governo Federal, que deve ser apresentado à po-
pulação que contribui e também por se tratar de um recurso
de finalidade pública. Esses valores referenciados na pres-
tação de contas devem ser transparentes e ficarem disponí-
veis para consulta a qualquer momento que houver interes-
se. Accountatility é um termo de utilização recente no Brasil,
iniciado por conta da Lei da Transparência, originária da Lei
Complementar 131/2009, da então Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF). Sua origem é inglesa para designar transparên-
cia na prestação de contas e, portanto, na responsabilização.
EXEMPLIFICANDO
Um exemplo de accountability é o Portal da Transparência do
Governo Federal. Trata-se de um canal na internet criado em
novembro de 2004 pela Controladoria Geral da União (CGU)
para disponibilizar informações sobre a destinação dos re-
cursos financeiros, sejam eles relacionados a saúde, habita-
ção, educação, transportes, entre outros, além de repasses
Esta é outra técnica orçamentária que serve para reajustar os itens de re-
ceita e despesa, como forma de atualizar os valores aplicados conforme
o reajuste da moeda. Possui vertente oposta ao orçamento base zero, já
que o orçamento não começa pelo zero, mas por um princípio de reajuste
em relação aos aplicados no exercício anterior, daí o fato de considerar
uma técnica incremental. Segundo o economista Marcos Cintra, em artigo
apresentado ao jornal Folha de S. Paulo (2016), intitulado Avanços e recuos
da PEC 241, o processo orçamentário incremental possui propostas para
exercícios futuros de ações que estão em curso, com a prerrogativa de
que, somente por existirem já são auto justificáveis. Ele encara com críti-
cas esse fato, já que, nesses casos, o orçamento não incide sobre decisões
centrais de acréscimos ou reduções de recursos. Para ele, “os orçamentos
tornam-se rígidos, inflexíveis e com frequentes vinculações obrigatórias”.
Ele considera que com essa técnica orçamental novos programas vão sen-
do acrescentados no orçamento sem que os anteriores passem por ava-
liação de seus custos e benefícios.
ASSIMILE
Orçamento base zero: cada exercício analisado considera
entrada e saída de recursos daquele período orçado.
Orçamento participativo: prevê a participação do cidadão
e de instituições representativas na destinação de verbas do
exercício posterior.
Orçamento incremental: considera como incremento um
reajuste dos valores aplicados no exercício anterior, seu pon-
to de partida para montar o orçamento.
5. Considerações Finais
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 1
1. No Brasil, o orçamento reveste-se de diversas formalidades
legais. Sua existência está prevista constitucionalmente, ma-
terializada anualmente numa lei específica que “estima a
receita e fixa despesa” para um determinado exercício. Por
causa dessa característica, as despesas só poderão ser re-
alizadas se forem previstas ou incorporadas ao orçamento.
(ENAP, 2014, p. 5). O orçamento refere-se a receitas e despe-
sas durante um determinado período. No caso das adminis-
trações públicas, qual o tempo relativo a exercício fiscal?
a) Refere-se ao período de gestão do presidente, gover-
nador ou prefeito.
b) Corresponde aos primeiros três meses de gestão
pública.
c) Trata do período bianual, ou seja, de dois anos.
d) d) O exercício fiscal corresponde a 12 meses, ou seja,
ao ano posterior.
e) O exercício fiscal compreende ao período estabelecido
pelo gestor público e pode variar.
Referências Bibliográficas
Questão 1- Alternativa D
Questão 2 - Alternativa B
Questão 3 - Alternativa C
Objetivos
• Conceituar contabilidade.
2. Evolução da Contabilidade
2.1 Contismo
2.4 Patrimonialismo
2.5 Neopatrimonialismo
Patri mon ia Iismo conse rvação e renovação do capita l patri mon ial.
Fonte: <https://pixabay.com/pt/livro-raz%C3%A3o-contabilidade-
neg%C3%B3cios-1428230/>. Acesso em: 21 jan. 2019.
EXEMPLIFICANDO
O regime de caixa pode ser exemplificado pelo dinheiro deixado
para despesas extras simples, como taxi, refeições ou cafés com
clientes ou produtos e materiais não previstos no orçamento. Já
o regime de competência exemplifica-se pela discriminação no
orçamento de material de escritório (canetas, papel, lápis, entre
outros), pois são gastos previsíveis e que podem corresponder
a período competente ao orçamento.
ASSIMILE
O registro contábil está previsto na Resolução CFC 1.330/11 e
deve estar em consonância com os princípios da contabilida-
de, os quais precisam atender às necessidades de informa-
ções dos usuários. Segundo Quintana, “a escrituração contá-
bil deriva de atos e fatos praticados no processo de gestão”
(2014, p. 28). Por meio do registro contábil são identificados
os atos administrativos (ações que influenciam no patrimô-
nio) e fatos contábeis (de natureza econômica, que contri-
buem para as alterações nos valores patrimoniais).
LINK
Informações completas sobre o plano de contas aplicado ao
setor público podem ser obtidas no documento de 2012, com
o detalhamento do plano, disponível no link: <http://www.
tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/113505/Parte_IV_
PCASP2012.pdf>. Acesso em: 21 jan. 2019.
7. Considerações Finais
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 2
1. A Contabilidade surgiu no momento em que iniciou o in-
ventário e que o homem primitivo passou a contar seu re-
banho. “O homem, cuja natureza é ambiciosa, não se pre-
ocupa apenas com a contagem do seu rebanho, mas [...]
com o crescimento, com a evolução do rebanho e, conse-
quentemente, com a evolução de sua riqueza” (MARION,
1998, p. 21). Como definir o valor da Contabilidade?
Referências Bibliográficas
OLIVEIRA, L. Que tipo de registros as ONGs devem ter? Capital Social, Contabilidade
e Gestão. 6 de fev. 2014. Disponível em: <http://www.rosapenido.com.br/que-tipos-
-de-registros-ongs-devem-ter/>. Acesso em: 29 jan.2019.
Questão 1 - Alternativa B
Questão 2 - Alternativa D
1. Contismo 5. Desempenho das contas.
Questão 3 - Alternativa C
Objetivos
1. Sustentabilidade
LINK
O site Brasil Escola avança na definição de sustentabilidade,
apresentando alguns pontos como base para ideias susten-
táveis. Os quais encontram-se no link: <https://brasilescola.
uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-sustentabilidade.htm>.
Acesso em: 22 jan. 2019.
EXEMPLIFICANDO
Existem várias ações que você pode ter tanto no trabalho
quanto em casa ou orientando outras pessoas, e que tam-
bém pode acompanhar. Uma delas é o reaproveitamento
de produtos, equipamentos obsoletos ou mesmo alimentos.
Com garrafas pet, por exemplo, além de produtos artesanais,
como cortinas, utensílios domésticos, etc., é possível se cons-
truir casas, como mostra o site SustentArqui em texto intitu-
lado 10 construções com reutilização de garrafas, publicado
em 15 de maio de 2017. Outro exemplo é de um empreende-
dor de Taubaté (SP), apresentado em vídeo produzido pelo
Sindicato dos Contadores e Técnicos em Contabilidade do
Vale do Taquari (RS) (Sincovat), que trabalha a compostagem
de lixo orgânico em casa. Com uma bicicleta, ele recolhe,
duas vezes por semana, o material orgânico dos moradores
de sua cidade para transformar em adubo que ele mesmo
vende para favorecer outras plantações. Foi assim que criou
sua empresa, a BioCiclo. Você pode conhecer melhor esse
trabalho, acessando o link: <https://www.youtube.com/wat-
ch?v=k_tbclMzHuE>. Acesso em: 22 jan. 2019.
2. Os pilares da sustentabilidade
ASSIMILE
A acumulação de capital depende do nível de produtividade do
país, da conformidade de suas instituições políticas econômi-
cas, assim como da capacidade de sua população de enxergar
suas ações como estratégicas do ponto de vista internacional.
ASSIMILE
Teoria Estruturalista
Ao final da Segunda Guerra Mundial, era preciso estabelecer
um processo de desenvolvimento econômico, baseado no
path-dependent (dependência da trajetória), ou seja, havia a
necessidade de se analisar o caráter heterogêneo das estru-
turas econômicas para promover a endogeneização de suas
capacidades técnicas específicas. Daí surgiu a teoria estru-
turalista, criada pelos pensadores da Comissão Econômica
para a América Latina (Cepal) e da escola cepalina, os econo-
mistas Celso Furtado (Brasil) e Raúl Prebisch (Argentina).
Este pilar da sustentabilidade tem uma relação bastante forte com o de-
senvolvimento humano. Isso porque ambos estão ligados a questões
como renda, emprego, gênero, raça, etnia, idade, território, deficiências,
orientação sexual, ou seja, de inclusão social e desenvolvimento com equi-
dade. “Em primeiro lugar, exige a superação da dicotomia entre desenvol-
vimento econômico e desenvolvimento social; em consequência, a busca
de uma nova articulação entre políticas econômicas e políticas sociais”
(LAMPREIA, 1995, p. 17).
3. Meio ambiente
Para entender o que se passa com a natureza, Angelo (2007) monta uma
cronologia dos efeitos do crescimento populacional e do aumento do
consumo de energia sobre o meio ambiente, que começa em 1892, com o
início de uma pesquisa sobre a era do gelo, o efeito estufa e do gás carbô-
nico. Em 1957, dois oceanógrafos, Roger Revelle e Hans Suess (citados por
Silva (2012)), divulgam que apenas 10% de gás carbônico é consumidor
pelo mar. Em 1962 surge o primeiro alerta contra a poluição química. Em
1971 nasceram os movimentos ambientalistas como o Greenpeace, em
protesto contra usinas nucleares. Em 1985 é divulgado o buraco da cama-
da de ozônio. O ano de 1987 destacou-se nesse cenário de preservação
do meio ambiente pelo surgimento do Relatório Brundtland, denominado
Fonte: <https://tede2.pucsp.br/bitstream/handle/4483/1/Valeria%20Rossi%20
Rodrigues%20da%20Silva.pdf>. Acesso em: 26 set. 2018.
4. Considerações finais
• Fechamento do tema.
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 3
1. Sustentabilidade surgiu do termo desenvolvimento susten-
tável, cujo propósito é pensar o desenvolvimento humano,
a) 1 – V; 2 – V; 3 – F; 4 – V; 5 – F.
b) 1 – V; 2 – F; 3 – V; 4 – F; 5 – V.
c) 1 – F; 2 – F; 3 – V; 4 – V; 5 – F.
d) 1 – F; 2 – V; 3 – F; 4 – V; 5 – F.
e) 1 – V; 2 – F; 3 – F; 4 – V; 5 – V.
Referências bibliográficas
Gabarito - Tema 3
Questão 1 - Resposta C
Questão 3 - Resposta B
Objetivos
1. Captação de recursos
Explica Ferrari (2014) que hoje essa atividade já está bem menos com-
plexa, tanto fora quanto dentro do Brasil, e desde a década de 2000, já
existem cursos sobre captação de recursos oferecidos por instituições pú-
blicas e privadas. Em 2010, na edição do International Fundraising Congress
(Congresso Internacional de Captação de Recursos) na Holanda, o Brasil
foi, pela primeira vez, representado entre os conferencistas. Os captado-
res fazem parte de organizações que buscam investimentos para seus
projetos sociais ou de empresas privadas. E, por meio de apoiadores ou
parcerias conseguem viabilizar projetos comerciais ou sociais.
EXEMPLIFICANDO
Um exemplo de instituição que se beneficiou da publicidade e
do marketing na captação de recursos foi a inglesa YMCA (Young
Men´s Christian Association) ou, como é conhecida no Brasil,
Associação Cristã de Moços, que foi fundada em 1844, com
o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas, por
meio do trabalho de jovens. Com isso, seu fundador, Charles
Summer Ward, acabou sendo reconhecido como o pai da cap-
tação de recursos. Como estratégia, ele usava uma propaganda
simples, informal, como se estivesse conversando com o possí-
vel doador, mostrando um sentido de igualdade, de forma que
as pessoas, pobres ou ricas, se sentiam parte da causa.
C TA
DE
cu so.s
LINK
A ONU recebe por ano milhares de pessoas em todo o plane-
ta para trabalharem como voluntários. Como se observa no
link a seguir (programa de voluntariados da ONU), o sistema
de voluntariado traz benefícios para quem recebe, mas tam-
bém para que faz tarefas, ele contribui no campo econômi-
co, no social, para sociedades mais justas e que prezam pela
confiança e reciprocidade entre os indivíduos. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?time_continue=111&v=Js-
FiAgQmssA>Acesso em: 22 jan. 2019.
Foundation Center
FUNDAÇÕES
INTERNACIONAIS International Partnership for Human Development
European Foundation Center
Fonte: <https://biominas.org.br/blog/2017/04/27/formas-de-captacao-de-recursos-para-
sua-empresa/>. Acesso em: 3 out. 2018.
1.3.2. Instituição
1.3.3. Justificativa
1.3.6. Atividades
1.3.7. Indicadores
Trata-se de uma medida para que se possa ter um padrão necessário, esta-
belecido pelo próprio projeto. Os indicadores podem ser de efetividade, de
Identificação do que pode causar riscos para o projeto. A partir aí, é pos-
sível encontrar as soluções para eliminação, redução do risco ou sua
administração.
1.3.9. Metodologia
1.3.10. Cronograma
1.3.11. Orçamento
1.3.12. Anexos
Glossário
Questão 1 - Resposta D
Questão 2 - resposta C
Questão 3 - Resposta A
Objetivos
2. Projeto social
EXEMPLIFICANDO
Um exemplo de projeto social é o Memórias em Rede, do
Instituto Devir Educom de Santos, principal cidade do litoral
de São Paulo. Como explica reportagem do portal da prefei-
tura local, por meio do projeto, alunos de escolas públicas
1
Portal Educação. Conceitos de Projeto Social. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteu-
do/artigos/administracao/conceitos-de-projeto-social/63861>. Acesso em: 4 dez. 2018.
ASSIMILE
A comunicação se constitui de emissor (quem emite a men-
sagem), receptor (quem recebe a mensagem), mensagem (o
que se pretende comunicar), canal (recurso pelo qual a co-
municação é veiculada) e meio (a forma encontrada no ca-
nal para veicular a informação). Segundo McLuhan (1964), o
meio também é a mensagem, já que qualquer pessoa – por
sua vestimenta, seus olhos e demais membros do corpo,
seu andar, entre outros atributos físicos e de comporta-
mento – pode ser a mensagem. O canal, por onde veicula a
mensagem pode ser entendido como a tecnologia.
Meio
Revistas
TV Rádio Jornais
Internet Livros
Mensagem
Emissor Receptor
Canal
4. Gestão do relacionamento
5. Considerações Finais
• A comunicação e o relacionamento.
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 5
1. Projeto social é um composto de ações que reproduzem
uma visão de futuro. É entendido como um documento que
formaliza uma proposta que busca financiamento público
ou privado para viabilizar uma solução. Tem o propósito
de alterar uma situação, servindo de ponte entre desejo e
realidade. O que garante a concretização dos projetos?
a) Participações filantrópicas que podem ser
esporádicas.
b) Uma gestão eficiente dos atores envolvidos.
c) Uma avaliação com o devido controle das atividades
desempenhadas.
d) Colaborações, que podem ser em dinheiro, produ-
tos, serviços ou mão de obra.
e) Produtos que sejam singulares e concretos.
a) 1ª – III; 2ª – I; 3ª – II.
b) 1ª – I; 2ª – III; 3ª – II.
c) 1ª – II; 2ª – III; 3ª – I.
d) 1ª – III; 2ª – II; 3ª – I.
e) 1ª –II; 2ª – I; 3ª – III.
Referências Bibliográficas
Gabarito - Tema 5
Questão 1 - Resposta D
Questão 3 - Resposta C
Objetivos
ASSIMILE
Consideram-se atores o primeiro elemento de uma rede social.
Eles estão representados por nós, conforme Figura 5. Esses
atores dão a forma à estrutura das redes a partir do tipo de
interação e de laço social criado. Na internet, como os atores
mantém uma relação com certa distância, seu perfil pode não
ser de fácil identificação, podendo ser uma pessoa ou uma fer-
ramenta, como blog, Facebook, Instagram, Twitter, etc. Essas
ferramentas seriam a representação desses atores. São eles os
protagonistas do projeto. Podemos dizer que as conexões são
os rastros deixados pelos usuários das redes.
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Fonte: <https://pixabay.com/pt/conex%C3%B5es-comunica%C3%A7%C3%B5es-sociais-
rede-2099068/>. Acesso em: 25 out. 2018
Ugarte (2008) vai mais longe na contextualização das redes. Ele lem-
bra que em 1885, em Berlim, uma rede tecnológica já se apresenta-
va: o telégrafo. No Reino Unido e na França o telégrafo chegou em
1851. E a união, por rede, entre Estados Unidos e Europa data de 1858.
Foi por meio do telégrafo que as duas principais agências de notícias,
Associated Press e Reuters passaram veicular suas notícias. A inovação
tecnológica avança em 1944, com a criação do primeiro computador,
o Colossus, configurando o início da informática. E em 1969 o cenário
tecnológico avança mais com a criação da internet. Mas o telefone e
as cartas também possibilitaram o estabelecimento das redes, como
lembrou Castells (2003). Entretanto, ele vê as redes digitais como res-
ponsáveis pelo individualismo. “O individualismo em rede é um padrão
social, não um acúmulo de indifícuos isolados. O que ocorre é que in-
divíduos montam suas redes, online e off-line, com base em seus inte-
resses, valores, afinidades e projetos” (CASTELLS, 2003, p. 109). Se por
um lado as redes promovem o individualismo, por outro, considerando
as conexões e os dispositivos, entre os quais o celular, respondem por
interações colossais, que se constatam no volume de pessoas nas re-
des sociais digitais.
O terceiro setor, que responde por parte dos projetos sociais, está reco-
nhecendo as redes como suas grandes aliadas. Elas possibilitam maior
visibilidade aos projetos, aumento do público e consequentemente de
voluntários e investidores, assim como permite a criação de campanhas
para financiamento coletivo, sem contar a capacitação a instituições do
terceiro setor. Em artigo no site Correio Web, Eduardo Gay (2016) comen-
ta que já ocorreram resultados de ações conjuntas entre várias organi-
zações de Brasília, entre elas, a Rede de Investidores do Distrito Federal
(RIS), formada por grupos de entidades que se tornaram conhecidas por
meio das redes e de ações em grupo.
EXEMPLIFICANDO
Foi do trabalho em rede por instituições do terceiro setor que
surgiu o Selo Social em Brasília. Trata-se de um programa
que une ações de ONGs, empresas privadas e setor público,
com o objetivo de implementar, até 2021, cerca de 6 mil pro-
jetos de impactos na sociedade. As empresas reconhecidas
pelo programa recebem o Selo Social, o que dá maior credi-
bilidade de suas ações sociais perante a sociedade em geral.
Em 2016, algumas cidades do Distrito Federal foram capa-
citadas para o desenvolvimento sustentável, contribuindo
para melhoria da qualidade de vida da população, são elas:
Águas Claras, Ceilândia, Gama, Samambaia e Taguatinga. O
programa Selo Social surgiu em 2011 na cidade de Itajaí, em
LINK
Para mais informações sobre o Selo Social, acesse o link: <https://
serit.itajai.sc.gov.br/c/o-que-e-selo-social#.W9S7TWhKjIU>.
Acesso em: 23 jan. 2019.
Fonte: <https://www.mlabs.com.br/blog/comunicacao-nas-midias-sociais-veja-co-
mo-agir-em-cada-midia/>. Acesso em: 23 out. 2018.
LINK
No link a seguir há um modelo de projeto que utiliza, além
de seu site, o YouTube, Facebook e o Instagram para disse-
minar o projeto. Trata-se do Sorriso para Todos da Colgate.
Disponível em: <http://www.projetosorrisoparatodos.com.
br/>. Acesso em: 24 jan. 2019.
Há muito tempo não se questiona mais se uma instituição deve ou não utili-
zar as redes sociais, o que é compreensível, por ser um assunto já ultrapassa-
do. A discussão agora tem outro nível, que é a qualidade da comunicação via
redes. Desde que foram descobertas como instrumentos de grande dissemi-
nação de informações, as redes sociais potencializam o conteúdo e sua co-
municação. Com elas é possível monitorar o público, mensurar os resultados
dessa utilização dessas ferramentas digitais e possibilitar estratégias mais
assertivas. Não é por acaso que as redes sociais digitais integram qualquer
planejamento corporativo e de projetos sociais.
4. Considerações Finais
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 6
1. As redes sociais são compostas de nós, que podem repre-
sentar os temas, sendo que em cada um há uma adesão
específica. Em outras palavras, projetos e redes sociais
atuam na mesma perspectiva, a de socializar um assunto
– que pode ser uma causa ou a solução de um problema
– que possa contribuir para uma determinada sociedade.
Dessa forma, as redes sociais digitais rechaçam esses ob-
jetivos, ampliando as vozes para além das fronteiras, unin-
do os interesses comuns. O que significam os nós das re-
des sociais?
a) Agentes.
b) Ferramentas digitais.
c) Tecnologia.
d) Conexões.
e) Pessoas.
a) 1 – III; 2 – II; 3 – I.
b) 1 – II; 2 – I; 3 – III.
c) 1 – II; 2 – III; 3 – I.
d) 1 – III; 2 – I; 3 – II.
e) 1 – I; 2 – III; 3 – II.
Questão 1 - Resposta D
Questão 2 - Resposta E
Questão 3 - Resposta C
Objetivos
EXEMPLIFICANDO
Entre os exemplos de utilização bem-sucedida de re-
des sociais citados por Gohn (2011) estão os movimen-
tos pela moradia, que se articulam em redes socio-
políticas de intelectuais e de movimentos populares.
Participam de redes com o apoio de instituições como
as pastorais da Igreja Católica. Nas redes, os indivíduos
que compõem esses movimentos participam de fóruns
desde os anos 1970 e 1980, “e têm possibilitado aos
grupos organizados olhar para além da dimensão lo-
cal. [...] São fontes de referência e comparação para os
próprios participantes” (idem, p. 356).
1.1 Complexidade
EXEMPLIFICANDO
Um exemplo apresentado pelo jornal O Globo, em repor-
tagem de Marina Cohen (2014), intitulada “Projetos sociais
ganham força em plataformas de financiamento coletivo na
internet”, foi a ONG Soluções Urbanas, que utilizou o crow-
dfunding em 2010 para obter recursos para a reforma da
casa de uma aposentada. Nesse caso, a doação seria de cai-
xas de bebidas longa vida, que a ONG utiliza como moeda de
troca em uma feira de materiais para construção. Como os
LINK
Conheça outros projetos que utilizaram a internet para serem
viabilizados e serem bem-sucedidos. Disponível em: <https://
dlscomunicacao.com.br/2236-2/>. Acesso em: 24 jan. 2019.
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 7
1. As redes sociais nas ciências exatas servem de suporte para
definir conceitos em áreas como a Física. Na Administração
e nos Recursos Humanos, são importantes para fluxogra-
mas e análise de desempenho. Complete o trecho a seguir
e aponte a alternativa correta.
Referências Bibliográficas
ARMANI, Domingos. Como elaborar projetos? Guia prático para elaboração e ges-
tão de projetos sociais. Porto Alegre, Tomo/AMENCAR, 2000.
AUGUSTO, C. A importância das mídias digitais para projetos sociais. DLs/
Comunicação. Disponível em: <https://dlscomunicacao.com.br/2236-2/>. Acesso
em: 3 nov. 2018.
CASTELLS, M. Redes de Indignação e Esperança. Movimentos sociais na era da
internet. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
______. A Galáxia da Internet. Reflexões sobre a internet, os negócios e a socieda-
de. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
______. A sociedade em Rede. 6. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
COHEN, M. Projetos sociais ganham força em plataformas de financiamento coleti-
vo na internet. O Globo, 30 de jul. 2014. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/
economia/projetos-sociais-ganham-forca-em-plataformas-de-financiamento-coleti-
vo-na-internet-13426281>. Acesso em: 3 nov. 2018.
Gabarito -Tema 7
Questão 1 - Resposta B
Questão 2 - Resposta D
Questão 3 - Resposta C
Objetivos
Gohn (2013) entende que é preciso ter cuidado com a utilização de ter-
mos modernos que podem dar significados e entendimentos diferentes
podendo colocar em risco objetivos que podem ser relevantes em arti-
culações, processos, relações, além de outras que estejam relacionadas
ao projeto. Isso pode desconfigurar o projeto no tocante aos seus propó-
sitos, o que impacta tanto na captação de recursos, quanto na constru-
ção da rede.
Para nós, a questão é complexa e diz respeito à luta político-cultural de di-
ferentes grupos sociais, na busca de ressignificação dos conceitos e criação
de novas representações e imagens sobre a sociedade. (GOHN, 2013, p. 35).
ASSIMILE
Como constituir uma rede para o projeto? Participando de
ações de outros grupos, contribuindo, relacionando-se, com-
partilhando. “O trabalho em rede cria relações que se ante-
põem à cultura baseada nos vínculos de dependência e na
tradição hierárquica e clientelista ainda fortemente presen-
tes no trato dos assuntos públicos no Brasil” (RIBAS, 2015,
[s.p.])1. Pelas redes abertas pode haver compartilhamentos
dos mais variados, além de se criar uma cultura de colabora-
ção e cooperação.
As redes horizontais, multimodais, tanto na internet quanto
no espaço urbano, criam companheirismo. Essa é uma ques-
tão fundamental para o movimento, porque é pelo compa-
nheirismo que as pessoas superam o medo e descobrem a
esperança”. (CASTELLS, 2013, p. 167).
1
RIBAS, Fábio. Rede: uma ideia transformadora e uma estratégia para o desenvolvimento social. In: Parceiros
Voluntários. Porto Alegre, 7 de dez. 2015. Disponível em: <http://www.parceirosvoluntarios.org.br/rede-uma-i-
deia-transformadora-e-uma-estrategia-para-o-desenvolvimento-social/>. Acesso em: 7 dez. 2018.
Porém, para que haja efetividade nas ações de políticas públicas, é ne-
cessária a participação livre de indivíduos e sua inserção no que a SDH
denomina de microterritórios, assim como nas redes sociocomunitá-
rias relacionadas. Mas a participação está relacionada a um contexto, o
qual deve ter relação com quem poderá participar. Ou seja, as pessoas
participam de grupos cujos temas são de interesse.
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Fonte: <https://pixabay.com/pt/quadro-de-avisos-homem-apresenta%C3%A7%C3%A
3o-849811/>. Acesso em: 10 nov. 2018.
LINK
Entenda melhor o funcionamento das redes de proteção so-
cial em um trabalho desenvolvido em 2010 pela Secretaria
do Desenvolvimento Humano do Ministério da Justiça. Você
pode acessar esse trabalho no link: <https://www.neca.org.
br/wp-content/uploads/Livro4.pdf>. Acesso em: 24 jan. 2019.
Para que se possa definir bem os objetivos, é importante atentar para que
não sejam apenas ações pontuais, mas que venham efetivamente a pro-
mover os resultados que se deseja. Em um projeto social, o objetivo pre-
cisa considerar melhorias na situação social, sob o olhar do beneficiário.
Precisa ter clareza no propósito de construir ações que levem a uma nova
vida da comunidade em pelo menos um de seus aspectos, que podem ser
qualidade de vida, estrutura financeira, valores sociais ou outra ação que
permita uma transformação social positiva. Nessa perspectiva de que os
projetos precisam ser guiados por seus objetivos, primeiro devem-se con-
siderar como propósitos do projeto tempo, recursos, investimentos, qua-
lidade e escopo, e depois as questões mencionadas anteriormente. “Um
bom objetivo deve ser sucinto, porém abrangente, envolvendo tanto as-
pectos do negócio quanto o que se espera do produto ou serviço do pro-
jeto” (MEI, 2015, [s.p.])2.
SITUAÇÃO-PROBLEMA
4. Considerações Finais
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 8
1. Segundo Gohn (2013), em um projeto, é preciso entender
os tipos de redes que são mais adequadas, já que elas
contemplam subcategorias que podem ser relacionadas
ao papel que assume projeto. De onde podem se originar
as redes, na visão da autora?
a) De pessoas que fazem parte de comunidades
carentes.
b) De instituições ligadas a sistemas democráticos
horizontalizados.
c) De pessoas físicas, empresas públicas, privadas ou
de outras organizações.
d) De intercâmbios de informações provenientes de
pessoas jurídicas.
e) De projetos, cujos objetivos devem ser relacionados
às novas tecnologias.
Referências Bibliográficas
Foucault, M. Vigiar e punir: a história da violência nas prisões. Petrópolis: Vozes, 1999.
MEI, P. A importância de um objetivo bem definido para o projeto. FIXE. São Paulo, 10
de jun. 2015. Disponível em: <http://youwilldobetter.com/2015/06/a-importancia-de-
-um-objetivo-bem-definido-para-o-projeto/>. Acesso em: 10 nov. 2018.
SANTOS, M. Por uma Geografia Nova. São Paulo: Hucitec, Edusp, 1978.
SEBRAE NACIONAL. Entenda o que é capital social. 19 de abr. 2017. Disponível em:
<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-o-que-e-capital-so-
cial,1e5820fa9d237510VgnVCM1000004c00210aRCRD>. Acesso em 10 nov. 2018.
Questão 1 - Resposta C
Questão 2 - Resposta B
Questão 3 - Resposta D