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PROGRAMAS
SOCIOEDUCACIONAIS
COMO ENFOCAR E
PÔR EM PRÁTICA
Uma alternativa naturalística
APRESENTAÇÃO:
A PALAVRA DOS AUTORES
APRESENTAÇÃO:
A PALAVRA DOS AUTORES
Obra em 8 v.
ISBN 978-65-86771-06-0
Realização Apoio
FUNDAÇÃO ITAÚ ITAÚ SOCIAL
Conselheiros
CRÉDITOS DA PUBLICAÇÃO
Claudia Politanski
Danilo Santos Miranda
Autoria
Eduardo Queiroz Tracanella
Thereza Penna Firme
Heitor Sant’anna Martins
Vathsala Iyengar Stone
Osvaldo do Nascimento
Juan Antonio Tijiboy
Priscila Fonseca da Cruz
Ricardo Manuel dos Santos Henriques
Coordenação do projeto
Rodolfo Villela Marino
Rodrigo Souza Silva
Diretoria
Colaboração técnica
Diretor-presidente Paula Rafaela Ferreira Barbosa
Fábio Colletti Barbosa
Revisão de texto
Diretor vice-presidente de programas sociais Bianca Lopes
Fábio Colletti Barbosa Daniel Gonçalves Barbosa
Gustavo Elias Siqueira
Diretor vice-presidente de projetos culturais Patricia Logullo
Alfredo Egydio Setubal
Projeto gráfico e diagramação
Diretor vice-presidente Marcelo Batista
administrativo e financeiro Ricardo Donato
Eduardo Mazzili de Vassimon
llustrações
Diretores João Henrique Belo Evangelista
Álvaro Felipe Rizzi Rodrigues
Paulo Sergio Miron Produção gráfica
Reginaldo José Camilo Adesign
Valéria Aparecida Marreto
→ Apresentação: a palavra dos autores ←
Prefácio
Em 1986, o UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) demandou dos au-
tores desta obra um estudo avaliativo sobre o impacto que os programas de aten-
dimento estavam gerando na vida dos meninos de rua. Os resultados compartilha-
dos foram significativos e esperançosos. As lideranças desses programas também
lançaram uma nova demanda para esta organização: os autores reapresentarem
sua proposta avaliativa em forma didática, gerando um alinhamento conceitual e
metodológico para que as equipes de trabalho "andassem com as próprias pernas",
avaliando, decidindo, aprimorando e evoluindo com o desenvolvimento dos proje-
tos sociais e educativos.
Caro(a) leitor(a), tenha a certeza de que você, assim como eu, vai se apaixonar com os con-
teúdos apresentados em "Avaliação de programas socioeducacionais: como enfocar e pôr
em prática — uma alternativa naturalística". Pensamento e ação, criatividade e inovação,
sensibilidade e razão, paixão e intuição são alguns componentes que se entrelaçam harmo-
nicamente ao longo da obra.
Destaco, apenas a título de ilustração, três aspectos que despertaram a minha enorme ad-
miração pela presente obra:
2) A metáfora genial pela qual a avaliação é representada por um espelho, oferecendo feed-
backs, pistas e recomendações para as equipes de trabalho. Assim, torna-se uma fiel amiga,
sensível, flexível, cúmplice, sábia, empática, altruísta e solidária.
3) O papel responsivo assumido pela avaliação, oferecendo respostas de acordo com as preo-
cupações de cada interessado, estimulando e favorecendo a construção do "…caminho de um
novo mundo com um homem novo".
Os cadernos avaliativos que você tem em mãos são verdadeiras "pérolas": integram uma ri-
quíssima obra que se antecipou ao futuro, porque mesmo antes de publicada, encantou e
tocou milhares de corações e mentes espalhados pelo mundo; influenciou inúmeros textos,
modificando múltiplos contextos; alterou estruturas e criou novas culturas nos mais diversos
ambientes de aprendizagem: programas sociais e educativos, escolas públicas e privadas,
universidades, empresas, organizações governamentais, organizações não governamentais
(ONGs) e por aí afora.
O apoio institucional e técnico do Itaú Social para a publicação desta obra é de vital relevân-
cia. A essência da proposta remete, também, à certeza de que avaliar é "espelhar" o poten-
cial criativo, inventivo e transformador dos educandos e educadores; estudantes e professo-
res; aprendizes e mestres; líderes e liderados, fomentando a construção de um mundo mais
ético, justo, fraterno, democrático, diversificado, inclusivo e sustentável.
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Agradecimento
Damos graças a Deus em primeiro lugar, para que ele abençoe a gratidão que aqui
expressamos por todos aqueles que inspiraram, guiaram e incentivaram esta obra,
desde a sua concepção até a sua conclusão, a qual jamais teríamos alcançado sem
sua significativa presença. É uma longa procissão iluminada, de estudiosos, pro-
fissionais, colegas, mestres, discípulos, crianças, jovens e amigos que passaram
por essa jornada de alegrias, lutas e vitórias sem fim e que agora, numa pausa
eloquente, convidamos a participar de uma celebração que vai da terra ao céu.
Gratidão a Alfredo Carlos Gomes da Costa, irmão dileto de Antonio Carlos, peda-
gogo ilustre, palestrante eloquente, administrador de recursos humanos, compe-
tente autor de substancial bibliografia, integrando educação e vida na formação
da criança e do jovem. Ele acreditou em nosso trabalho, de modo a assegurar os
seus passos originais de grande impulso, vindo a ser o autor do nosso prefácio.
Gratidão especial aos membros da equipe do Itaú Social, que estiveram mais pró-
ximos de nós nas complexidades da edição destes cadernos, assegurando sua
plena realização com incansável vigilância. São eles: Patrícia Mota Guedes (ge-
rente da área de Pesquisa e Desenvolvimento), Paula Rafaela Ferreira Barbosa
(analista de Avaliação e Prospecção), Alan Albuquerque R. Correia (coordenador
de Comunicação), Rodrigo Souza Silva (analista de Comunicação), João Henrique
Belo Evangelista (ilustrador, Tropical Design Club), Bianca Lopes, Daniel Gonçalves
Barbosa e Gustavo Elias Siqueira (digitação e revisão ortográfica), Marcelo Batista
e Ricardo Donato (diagramação e projeto gráfico, Tropical Design Club), Patrícia
Logullo (revisão ortográfica), Tatiane Vicente Brites (analista de Comunicação) e
Vanessa Milani Sgreccia (advogada).
Gratidão ao UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), na pessoa admi-
rável de seu representante no Brasil, o norte-americano John Donohue. Em 1986,
ele solicitou aos autores desta obra a realização de um estudo avaliativo, em nível
nacional, para detectar o impacto dos programas alternativos para "Meninos de
Rua" então vigentes no país. Esse estudo, de resultados relevantes, foi a matriz
geradora da presente obra.
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Gratidão especial a alguns profissionais que se aliaram aos autores para contribuir
com sua competência acadêmica, generosidade e seu entusiasmo para o estudo
avaliativo original que precedeu esta obra. Foram eles: William E. Myers, na publica-
ção de um excelente artigo de apreciação crítica sobre a metodologia utilizada no
estudo (inserido em um livro editado por ele); John Henry Stone, por sua inspirada
consultoria na criação de um sistema nacional de capacitação a distância (SINCAD),
que visaria a utilização da presente obra, e pela versão inglesa do Relatório Final do
estudo avaliativo; Vilma Leticia Guerrero de Tijiboy, pela sua cuidadosa e responsável
pela versão em espanhol do referido relatório; Maria Regina de Paiva Penna Firme,
psicanalista, por sua sagacidade e sensibilidade nas situações críticas de interpre-
tação dos resultados; Miltes Santa Cruz, coordenadora do projeto "Alternativas de
atendimento a meninos de rua", que, com sua valiosa equipe, prestou incondicional
apoio durante o processo avaliativo; Willy Besold, oficial de programação e planeja-
mento do UNICEF, ao prestar relevante assistência à equipe de avaliação.
Gratidão a Rosa Maria de Oliveira Freitas, nossa fiel, competente e incansável se-
cretária, ao prestar contínuo e substancial apoio técnico e pessoal aos autores e à
obra. Também somos gratos a Márcia Thiry Penna Firme, jornalista, ao emprestar
generosamente sua capacidade crítica em vários momentos da leitura do texto.
Gratidão aos nossos familiares e amigos que, em toda a jornada, torceram por nós
e rezaram para que chegássemos à culminância da missão.
Finalmente e talvez a mais afetuosa e significativa gratidão aos que, sendo os me-
nores, são nesta obra, os maiores, ou seja, os meninos e meninas de rua, aqueles
em situação de risco, que nos deixaram ver de perto seus ideais, suas lutas, seus
erros, seus acertos, suas decepções, suas tristezas, suas alegrias e seus sonhos.
Assim, foi possível compreendê-los para criar métodos de avaliação que, com res-
peito, afeto e acolhimento, os estimulassem a pensarem como avaliadores. Tal
experiência se alinha com o proposto pelo universalmente consagrado avaliador
Michael Quinn Patton, em sintonia com a formação da consciência crítica defendi-
da pelo inigualável patrono da educação brasileira, Paulo Freire, o que fundamenta
a ação dos "educadores de rua".
Por fim, queremos demonstrar nossa gratidão a Deus – Pai, Filho e Espírito Santo,
em união com Nossa Senhora Mãe. Que, independente das crenças, haja sempre
fé e proteção para nossas crianças e nossos jovens.
Os autores
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A PALAVRA DOS
AUTORES
Apresentação dos cadernos
A quem se destinam
Embora nosso foco de atenção sejam os programas sociais voltados para tais gru-
pos de risco, o conhecimento aqui apresentado poderá ser utilizado por qualquer
programa socioeducacional preocupado com a formação de indivíduos e grupos
humanos, ou seja: as lições extraídas deste contexto terão significado para um
campo muito mais amplo do que aquele específico das crianças e dos jovens víti-
mas da exclusão.
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Nesse processo de reeducação, a imagem do que "tudo sabe e tudo pode" desapa-
rece para dar lugar ao surgimento de uma nova postura, na qual desaprendemos
modos tradicionais de opressão e desenvolvemos estratégias flexíveis e sensíveis,
que possam nutrir o processo de crescimento individual e social. A reeducação
que propomos é uma nova descoberta, uma autoaprendizagem de uma nova re-
lação de poder. Nela, tanto informações como decisões são compartilhadas. É o
poder que se estende até o outro, facilitando a travessia de margem a margem. É
o poder-ponte, visando o poder social maior, que é o poder integrativo (May, 1981).
A avaliação, por ser a expressão do juízo de valor por excelência — e por isso, fun-
damentalmente, um elemento de poder — terá que, consoante com essa reeduca-
ção de que falamos, imbuir-se de um novo papel. Isso significa socializar o poder
entre todos os interessados, levando em consideração as preocupações de cada
um, respeitando critérios diversos ao julgar e buscando respostas às diversas in-
dagações emergentes. A avaliação, então, assume um papel responsivo, compro-
metida com a construção de uma justa sociedade.
}}
(*) nestes cadernos utilizaremos, alternadamente, os termos "menino", "menina",
"criança", "adolescente" e "jovem". Qualquer um deles inclui os demais.
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Neste sentido, os cadernos não são neutros. Eles estão comprometidos com trans-
formações que dignifiquem tanto a criança e o adolescente quanto os adultos com
eles envolvidos, como seres humanos participantes de um processo permanente
de aperfeiçoamento da construção de seu ideal de mundo e de homem. Com esse
quadro de referência extraído dos próprios participantes dos programas, os ca-
dernos podem ser utilizados um a um, no ritmo dos leitores e dos grupos. Isso
é importante para dar oportunidade de reflexão sobre o conteúdo, em relação à
prática de cada um. É um processo que não pode ser apressado nem cobrado com
inflexibilidade, sob o risco de ser mutilado.
Sobre os cadernos
Assim, estes cadernos sobre avaliação não devem ser tomados como receituário,
como um modelo acabado ou como normas que devem ser seguidas à risca. É por
isso mesmo que eles são chamados cadernos, pois, além das ideias e propostas
que aqui estão registradas, sabemos que outras páginas poderão ainda ser escri-
tas na construção de uma estratégia de avaliação para os programas socioeduca-
cionais. Como "caderno", cada um deles convida os participantes dos programas
a rabiscarem suas próprias ideias, adaptando-as à sua própria realidade e, mais
ainda, criando sua própria estratégia de avaliação. Se isso acontecer de verdade,
nós, autores desta versão, nos sentiremos gratificados.
O formato do caderno, por sua vez, procura ser coerente com essa situação de des-
coberta e, assim, abre a leitura com questões orientadoras que, além de sugerirem
o conteúdo, buscam estimular a procura de respostas no texto. A última dessas
questões é destacada para que cada leitor se posicione frente ao tema, em relação
a sua própria experiência. Acreditamos que, ao formular sua própria expectativa,
surja para o leitor um compromisso pessoal com sua aprendizagem.
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AVALIAÇÃO DE AVALIAÇÃO DE
PROGRAMAS PROGRAMAS
SOCIOEDUCACIONAIS SOCIOEDUCACIONAIS
COMO ENFOCAR E COMO ENFOCAR E
PÔR EM PRÁTICA PÔR EM PRÁTICA
Uma alternativa naturalística Uma alternativa naturalística
AVALIAÇÃO DE AVALIAÇÃO DE
PROGRAMAS PROGRAMAS
SOCIOEDUCACIONAIS SOCIOEDUCACIONAIS
COMO ENFOCAR E COMO ENFOCAR E
PÔR EM PRÁTICA PÔR EM PRÁTICA
Uma alternativa naturalística Uma alternativa naturalística
AVALIAÇÃO DE AVALIAÇÃO DE
PROGRAMAS PROGRAMAS
SOCIOEDUCACIONAIS SOCIOEDUCACIONAIS
COMO ENFOCAR E COMO ENFOCAR E
PÔR EM PRÁTICA PÔR EM PRÁTICA
Uma alternativa naturalística Uma alternativa naturalística
NO CAMPO:
RUMO AO CAMPO:
COLETANDO AS INFORMAÇÕES
A TRAVESSIA
AVALIAÇÃO DE AVALIAÇÃO DE
PROGRAMAS PROGRAMAS
SOCIOEDUCACIONAIS SOCIOEDUCACIONAIS
COMO ENFOCAR E COMO ENFOCAR E
PÔR EM PRÁTICA PÔR EM PRÁTICA
Uma alternativa naturalística Uma alternativa naturalística
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Os autores
Thereza Penna Firme, Juan Antonio Tijiboy e Vathsala lyengar Stone, autores des-
te conjunto de cadernos e na qualidade de consultores do UNICEF, realizaram o
estudo avaliativo sobre o impacto de programas sociais em crianças e jovens em
situação de risco no Brasil, o qual deu origem à elaboração dos referidos cadernos.
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Referências bibliográficas: