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Universidade Federal do Pará

Instituto de Tecnologia
Faculdade de Engenharia Civil

Estruturas de Concreto I

Professor Maurício P. Ferreira


Engenheiro Civil, M.Sc., D.Sc.
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Normas Necessárias ao Projeto


Introdução:
• O objetivo das normas é uniformizar, em uma dada região ou país, os
procedimentos para: Projeto; Controle do Materiais; e Execução;

• Busca estabelecer padrões aceitáveis de segurança, funcionalidade e


durabilidade para as estruturas de concreto armado;

• No caso do projeto e execução de estruturas de concreto, a ABNT


regulamentam estas atividades, e são divididas nas seguintes categorias:
Classificação (CB); Especificação (EB); Método de Ensaio (MB);
Procedimento (NB); Padronização (PB); Simbologia (SB) e
Terminologia (TB).
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Normas Necessárias ao Projeto


Normas de Procedimento:
• NBR 6118 (NB-1), Projeto de estruturas de concreto – Procedimento, 2014;

• NBR 6120 (NB-5), Cargas para o cálculo de estruturas de edificações, 1980;

• NBR 6122, Projeto e execução de fundações, 2010;

• NBR 6123, Forças devidas ao vento em edificações, 1988;

• NBR 7191 (NB-16), Execução de desenhos para obras de concreto simples ou


armado, 1982;

• NBR 8681 (NB-862), Ações e segurança nas estruturas, 2004;

• NBR 12655 (NB-1418), Concreto de cimento Portland - Preparo, controle,


recebimento e aceitação – Procedimento, 2015.

• NBR 14931, Execução de estruturas de concreto – Procedimento, 2004.


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Normas Necessárias ao Projeto


Normas de Classificação:
• NBR 8953 (CB-130), Concreto para fins estruturais - Classificação pela massa
específica, por grupos de resistência e consistência, 2015;

Normas de Especificações:
• NBR 5732 (EB-1), Cimento Portland comum, 1991;

• NBR 5733 (EB-2), Cimento Portland de alta resistência inicial, 1991;

• NBR 7480 (EB-3), Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto


armado – Especificação, 2008;

• NBR 7211 (EB-4), Agregados para concreto – Especificação, 2009.


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Normas Necessárias ao Projeto


Normas de Métodos de Ensaio:
• NBR 5739 (MB-3), Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos de
concreto, 2007;

• NBR 7222 (MB-212), Argamassa e concreto – determinação da resistência à


tração por compressão diametral de corpos de prova cilíndricos, 2011;

• NBR 8522 (MB-1924), Concreto - Determinação do módulo estático de


elasticidade à compressão, 2008;

• NBR 9607, Prova de carga em estruturas de concreto armado e protendido —


Procedimento, 2013;

• NBR 12142 (MB-3483), Concreto — Determinação da resistência à tração na


flexão de corpos de prova prismáticos, 2010.
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Análise Estrutural
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Análise Estrutural
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Análise Estrutural
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Análise Estrutural
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Análise Estrutural
ANÁLISE DOS
ESFORÇOS

DIMENSIONAMENTO
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Análise Estrutural
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Análise Estrutural
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Análise Estrutural
Modelo Geométrico (Autocad) Modelo Numérico (SAP)
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Análise Estrutural
Modelos de Viga Contínua
• Esforços e Deslocamentos das lajes
calculados por métodos aproximados
(Marcus, Czerny, etc);

• Cargas nas lajes transmitidas às vigas


por área de influência;

• Esforços e Deslocamentos nas vigas


determinados por modelo de viga
contínua (pilares como apoios simples);

• Reações nas vigas transferidas para os


pilares como carga concentrada.
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Análise Estrutural
Modelos de Viga Contínua (Desvantagens)
• Lajes e vigas calculadas de modo independente fazendo com que a rigidez do
modelo seja inferior a real;

• Ligações entre vigas e pilares admitidas como articuladas (sem transferência de


momento fletor entre eles);

• Os Métodos Aproximados permitem o cálculo apenas de lajes com geometria


regular e condições de apoio bem definidas, bem diferentes dos que ocorrem na
prática dos projetos atuais;

• A distribuição de cargas por área de influência também só é válida para lajes de


geometria regular e condições de apoio bem definidas;

• Os efeitos de forças horizontais (ação do vento, empuxo) não podem ser


considerados neste tipo de modelo.
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Análise Estrutural
Modelos de Viga + Pilares (Pórtico H)
• Evolução direta do modelo de viga
contínua;

• Permite a análise da ligação entre vigas e


pilares, permitindo a consideração da
transferência de momentos;

• Possui as demais limitações do modelo de


viga contínua.
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Análise Estrutural
Analogia de Grelha
• Lajes e vigas tratadas como barras submetidas a
cargas verticais e apoiadas em pilares admitidos
como apoios simples;

• Painel de lajes discretizado em grelha de barras


normalmente espaçadas a cada 50 cm;

• A interação entre lajes e vigas é calculada de forma


bastante precisa, em função da rigidez de cada
barra;

• Em cada interseção das barras é criado um nó com


3 graus de liberdade (1 translação e 2 rotações).
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Análise Estrutural
Analogia de Grelha

• Não permite a análise dos efeitos gerados por ações horizontais;


• Permite a análise de pavimentos com praticamente todos os tipos de lajes
(maciças convencionais, nervuradas, lajes lisas e lajes cogumelo).
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Análise Estrutural
Pórtico Plano
• Permite a análise do
comportamento de diferentes
pavimentos com consideração
das ações horizontais;
• A análise é feita para um
conjunto de vigas e pilares
alinhados formando pórticos
planos sem a consideração
dos painéis de laje;
• Os nós possuem 3 graus de
liberdade (2 translações e 1
rotação).
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Análise Estrutural
Pórtico Espacial
• Permite a análise do
comportamento global da
estrutura;

• As lajes são admitidas como


diafragmas rígidos sendo
simuladas de diversas formas
(enrijecendo lateralmente as
vigas, criando elementos
especiais no modelo ou com
manipulações nos cálculos
matriciais) ;

• Os nós possuem 6 graus de


liberdade (3 translações e 3
rotações).
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Análise Estrutural
Elementos Finitos
• Os elementos estruturais são representados
por um conjunto de elementos de dimensões
finitas, organizados em uma ou mais malhas;

• Os programas apresentam bibliotecas com


diferentes tipos de elementos, cada um com
um comportamento particular;

• Estes elementos podem ser: adimensionais


(nó, mola, gap); lineares (treliça, barra, cabo),
bidimensionais (placa, casca, membrana, etc);
e tridimensionais (sólidos).
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Análise Estrutural
• Estruturas Civis Pequeno e Médio Porte

ANÁLISES MAIS
SIMPLES

Edifícios
Residenciais e
Comerciais

USO DE PROGRAMAS
COMERCIAIS
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Análise Estrutural
Custo de Programas Comerciais para Estruturas de
Concreto

• TQS (R$ 20.000,00)

• Altoqi Eberick (R$ 15.000,00)

• CYPECAD
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Análise Estrutural
• Grandes Edificações e Obras de Infra-Estrutura

ANÁLISES
COMPLEXAS

Grandes Obras
(Edifícios Altos,
Pontes, etc)

USO DE
PROGRAMAS MEF
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Análise Estrutural
Custo de Programas Comerciais para Análises via
Método dos Elementos Finitos

• CIVIL FEM + ANSYS (US$ 57.000,00)

• MIDAS FEA Full (US$ 34.000,00)

• SAP2000 Advanced (US$7.000,00)


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Segurança Estrutural
• Uma estrutura é segura desde que seja capaz de suportar todas as ações,
com intensidades e combinações mais desfavoráveis possíveis, ao longo de
sua vida útil, sem atingir a ruptura ou um estado que impeça sua utilização.
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Segurança Estrutural
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Segurança Estrutural
• Segurança assim definida é meramente qualitativa, ou seja, é boa ou ruim. No
intuito de quantificar a segurança das construções, foram desenvolvidos
diferentes métodos de cálculo ao longo dos tempos. Os primeiros métodos que
surgiram eram empíricos, baseados nas obras já executadas com sucesso.
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Segurança Estrutural
Métodos de Avaliação da Segurança

Os métodos de avaliação da segurança são os seguintes:

• Método das tensões admissíveis ou método do coeficiente de segurança


interno;

• Método da ruptura ou método do coeficiente de segurança externo;

• Métodos probabilísticos;

• Métodos semi-probabilístico.
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Segurança Estrutural
Métodos das Tensões Admissíveis
• Historicamente, o método das tensões admissíveis foi a primeira tentativa
técnica de quantificação da segurança. A ideia básica desse método
consiste na aplicação de um coeficiente interno, (γi>1), na tensão de ruptura
do material (σr), obtendo-se assim a tensão admissível do mesmo (σadm):

r
 adm 
i
• Desse modo, a maior tensão de trabalho (σr), obtida com as cargas de serviço
(trabalho), não deverá ultrapassar a (σadm):

 t   adm
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Segurança Estrutural
Métodos de Cálculo na Ruptura
• Também é conhecido pelos nomes de "cálculo do concreto no estádio III",
"método dos estados limites", e "método do coeficiente de segurança externo“;

• A ideia básica desse método é aplicar um coeficiente externo, γe>1, na carga de


serviço, obtendo-se assim a carga admissível. Equaciona-se o problema
impondo que a carga admissível não seja maior do que a carga de ruptura da
peça.
 i   t   adm
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Segurança Estrutural
Métodos de Cálculo na Ruptura
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Segurança Estrutural
Métodos Atuais
• Atualmente trabalha-se com um novo horizonte: o conceito probabilístico
de segurança;

• A ideia básica desse novo método em relação aos conceitos antigos é


extremamente diferente: nenhuma estrutura possui segurança absoluta;

• Por maiores que sejam os cuidados tomados, sempre haverá uma


probabilidade de ruína. Assim, cabe ao projetista estrutural minimizar o risco
de ruptura, à luz de critérios e métodos racionais.
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Segurança Estrutural
Métodos Atuais
• A crítica fundamental que se faz aos métodos anteriores é em função de sua
característica determinista, quando na realidade a geometria da estrutura,
as resistências dos materiais e as ações atuantes são grandezas
aleatórias;

• Desse modo, os métodos probabilísticos substituem os coeficientes de


ponderação (valores deterministas) por uma probabilidade de ruína.
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Segurança Estrutural
Métodos Atuais
• Pela natureza aleatória de todos os parâmetros envolvidos na análise
estrutural;

• Por não se dispor de dados estatísticos a respeito do comportamento


das ações, solicitações e geometria;

• E por não se ter um conhecimento perfeito sobre o comportamento real


de estruturas de maior complexidade, permite-se usar métodos semi-
probabilísticos.
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Segurança Estrutural
Método Semi-Probabilístico
É um método empírico-estatístico onde permanecem alguns valores empíricos
tradicionais, mas são introduzidos conceitos estatísticos e probabilísticos, a saber:

• Majoram-se as ações (esforços solicitantes), de modo que a probabilidade delas


serem ultrapassados seja pequena;

• Minora-se a resistência dos materiais, de modo que seja pequena a


probabilidade dos valores reais serem inferiores;

• Equaciona-se a situação de ruína, supondo que os esforços solicitantes de


cálculo (ou ações) alcancem as resistências de cálculo.
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Segurança Estrutural
Método Semi-Probabilístico
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Estados Limites
Quando um elemento/estrutura atinge um estado inadequado para
sua utilização diz-se que ele atingiu um estado limite:

 Estado Limite Último (ELU);

 Estado Limite de Serviço (ELS).

O dimensionamento para ELs é um processo que envolve:

 Identificação de todas as potenciais formas de ruptura;

 Determinação de níveis de segurança adequados para cada EL;

 Dimensionamento Estrutural considerando os ELs relevantes.


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Estados Limites
Estado Limite Último (ELU)

 Envolve o colapso parcial ou total da estrutura;

 Pode levar a perda de vidas;

 Gera perdas financeiras elevadas;

 Deve ser tratado como de pequena probabilidade de


ocorrência na fase de projeto (coeficientes de segurança
elevados).
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Estados Limites
Estado Limite Último (ELU)

Uma estrutura pode atingir o ELU devido:

 Perda de Equilíbrio;

 Ruptura;

 Colapso Progressivo;

 Formação de Mecanismo Plástico;

 Instabilidade;

 Fadiga;

 Vibração.
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Estados Limites
Estado Limite Último (ELU)

 Perda de Equilíbrio  Ruptura;


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Estados Limites
Estado Limite Último (ELU)

 Colapso Progressivo
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Estados Limites
Estado Limite Último (ELU)

 Formação de Mecanismo
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Estados Limites
Estado Limite Último (ELU)

 Flambagem
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Estados Limites
Estado Limite Último (ELU)

 Vibração
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Estados Limites
Estado Limite de Serviço (ELS)

 Envolve interrupção do uso da estrutura;

 Mas não envolve colapso;

 Não envolve risco de perdas de vidas;

 Perdas financeiras são menores;

 No dimensionamento, trabalha-se com probabilidades de


ocorrência maiores (menores coeficientes de segurança).
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Estados Limites
Estado Limite de Serviço (ELS)

Uma estrutura pode atingir o ELS devido:

 Deslocamentos Excessivos;

 Fissuração Excessiva;

 Vibração Excessiva.
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Estados Limites
Estado Limite de Serviço (ELS)
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Estados Limites
Estado Limite de Serviço (ELS)
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Estados Limites
Estado Limite de Serviço (ELS)
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Estados Limites
Estado Limite de Serviço (ELS)
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Ações nas Estruturas


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Ações nas Estruturas


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Ações nas Estruturas


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Ações nas Estruturas


• Carregamento verticais em uma estrutura

► Peso Próprio
► Revestimentos
1. Superior:
► Regularização
► Impermeabilização
► Piso
2. Inferior:
► Revestimento
► Forro
► Paredes
► Sobrecargas de Utilização
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Ações nas Estruturas


• Distribuição dos carregamentos na estrutura
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Ações nas Estruturas


• Cargas das lajes para as vigas e das vigas para os pilares
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Ações nas Estruturas


• Cargas do pilares para as fundações
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Ações nas Estruturas


Ação do Vento

Ação do vento
Estrutura não deformada Estrutura deformada
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Ações nas Estruturas


Ação do Vento
A intensidade das forças geradas em uma estrutura pelo vento
depende fundamentalmente:

• Direção

• Velocidade
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Ações nas Estruturas


Ação do Vento
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Ações nas Estruturas


Ação do Vento

Fonte: ICEA (Instituto de Controle do Espaço Aéreo)


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Ações nas Estruturas


Imperfeição Geométrica Global
• Toda edificação está sujeita a desvios
geométricos durante a construção;

• Estas falhas podem ser grandes ou


pequenas;

• O engenheiro estrutural deve levar em


consideração este fato em projeto;

• Segundo a NBR 6118 (2007) o


desaprumo deve ser considerado
apenas quando for mais desfavorável
que a ação do vento (edificações
baixas).
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Ações nas Estruturas


Imperfeição Geométrica Local
• Refere-se a efeitos localizados devido a falta de retilinidade ou desaprumo de um
lance do pilar;

• Pode ser substituída pela consideração do momento mínimo.


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Ações nas Estruturas


Sismos ???????
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Ações nas Estruturas


Sismos ???????
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Ações nas Estruturas


Combinações de Ações

• A carga atuante em projeto é definida pela combinação das ações que


têm probabilidade não desprezível de atuarem simultaneamente sobre a
estrutura, durante um período pré-estabelecido;

• Essas combinações devem ser feitas de forma que possam ser


determinados os efeitos mais desfavoráveis para a estrutura;
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Ações nas Estruturas


Combinações de Ações
Segundo o item 11.8.2 da NBR-6118, a verificação da segurança aos
estados limites últimos é feita em função das combinações últimas, que
são classificadas conforme segue:

• Combinações últimas normais;

• Combinações últimas especiais ou de construção e

• Combinações últimas excepcionais.


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Ações e Segurança nas Estruturas


Resumo dos Critérios
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Durabilidade
Desempenho, Vida Útil e Durabilidade

• Vida Útil: período onde estrutura cumpre sua função


projetada sem custos significativos de manutenção.

• Desempenho: comportamento em serviço da estrutura


durante sua vida útil (deve atender à limites específicos).

• Durabilidade: parâmetro que relaciona as características de


deterioração da estrutura com a agressividade do meio
ambiente e os limites de desempenho em serviço.
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Durabilidade
Desempenho, Vida Útil e Durabilidade
• Os materiais em geral apresentam curvas de deterioração
diferentes ao longo do tempo;

• Estas curvas variam em função da natureza do material e


das condições de exposição aos agentes de deterioração;

• O desempenho de um material é considerado satisfatório


quando houver relação positiva entre: Custo inicial; Curva
de deterioração; Vida útil; e Custo de Substituição ou
Recuperação.
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Durabilidade
Desempenho, Vida Útil e Durabilidade
O fim da vida útil de uma estrutura pode ser atingida por:

• Perda de Funcionalidade;

• Nível de Segurança Inadequado;

• Estética (deformações e deslocamentos perceptíveis);

• Custos de Manutenção/Reabilitação Incompatíveis;

• Causas ligadas a fenômenos naturais e ambientais.


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Durabilidade
O que é DESEMPENHO?

Custo Final: 380 milhões de reais Estimativa Reforma: 160 milhões


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Durabilidade
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Durabilidade
Desempenho, Vida Útil e Durabilidade

Responsabilidade
do Usuário
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Durabilidade
Desempenho, Vida Útil e Durabilidade

Período Período de
Inicial Propagação • Período Inicial: nenhum dano
ainda se desenvolveu;
Tempo / Idade

• Período de Propagação: ocorreu


dano e ele está se propagando
Limite de Aceitação pela estrutura;

• Vida Útil de Serviço: período em


Vida Útil que a estrutura atende limites de
funcionalidade e resistência
Nível de
Dano
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Durabilidade
Desempenho, Vida Útil e Durabilidade
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Entendimento de uma Construtora

Vida Útil

Período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam às atividades


para as quais foram projetados e construídos, com atendimento dos níveis de
desempenho previstos na NBR 15575.

Atrelado à realização das manutenções previstas no Manual de Uso, Ocupação

Vida Útil de Projeto

Período de tempo para o qual um edifício é projetado, a fim de atender aos


requisitos de desempenho estabelecidos nesta Norma (15575)

É um prazo teórico! A VUP pode ou não ser atingida em função da não


realização de manutenções ou modificações nas condicionantes de entorno
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Entendimento de uma Construtora


O Ciclo do Empreendimento AUMENTOU

≈ 5 anos 5 anos

Prosp. PRJ Obra Assistência Técnica


Vendas

VUP
PRJ
Venda ObraAssistência Técnica
Prosp.

Estrutura: 50 anos Pisos: 13 anos Hidrossanitário: 20 anos


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Entendimento de uma Construtora


E o CUSTO ?
98,5%

• Fornecedores quebraram;
• Sistemas sem históricos em outras praças;
• Problemas de Projeto;
• Problemas de Execução;
• Projetos e Obra realizados por parceiros;
1,5%

Prospecção AST
Projeto
Vendas
Obra VUP
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Entendimento de uma Construtora


Responsabilidade do Responsabilidade do
Fornecedor do Produto Usuário
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Durabilidade
• Critérios de Projeto Visando a Durabilidade
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Durabilidade
• Critérios de Projeto Visando a Durabilidade
Cobrimento mínimo e cobrimento nominal
cnom: cobrimnto nominal;
cmín: cobrimento mínimo;
c: tolerância de execução;
dmáx: diâmetro máximo do agregado.

cnom  øbarra;
cnom  øfeixe = øn = ø.(n)1/2;
cnom  0,5.øbainha;
dmáx  1,2.cnom.
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Durabilidade
• Critérios de Projeto Visando a Durabilidade
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Durabilidade
• Critérios de Projeto Visando a Durabilidade
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Durabilidade
• Critérios de Projeto Visando a Durabilidade
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NBR 15575 - Norma de Desempenho


“Os projetistas devem estabelecer a vida útil de projeto (VUP) de
cada sistema que compõe esta parte com base na Seção 14”

Quando
atendidos,
devem ser
registrados em
projeto/memorial
de cálculo e
comunicados ao
cliente
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Exercício Proposto – Determinar o diagrama de momentos fletores da viga de um


edifício comercial, apresentada abaixo, considerando a combinação normal última e
combinação quase-permanente , frequente e rara de serviço;
Obs: Considere que g1 e g2 são ações permanentes diretas enquanto q1 e q2 são ações variáveis diretas.

q2 = 100 kN

g2 = 80 kN
q1 = 8 kN/m
g1 = 20 kN/m

A B C
2m 3m 3m 3m

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