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Otávio Marques
Manifesto
Que os deuses da guerra permitam
Que eu pereça no confronto
Abatido feito um monstro
Que em frenesi avança enquanto as
legiões inimigas sangram
Sangraremos
Para não haver nenhum escravizado
Morreremos
Para ninguém mais ser subjugado
Viveremos
Para contra a retaliação estar
preparado
Mas não se preocupe combatente
Não vigiaras só, estarei ao teu lado
Então, quando sentir no teu peito o
chamado
Me chame de aliado
Quando temer a morte
A vida já teremos abandonado
Quando vencermos
Dividirei o fardo
E de bom grado
Lutaremos
E de bom grado
Morreremos
E de bom grado
Vigiaremos
E de bom grado
Sorriremos
Quando, de longe, vermos
A aurora do mundo pelo qual nos
sacrificaremos
Almas em comunhão
Real conexão
A ternura que inflama em nosso coração
Condenados a estarmos sempre sozinhos
Mas ao mesmo tempo, não.
Cada vida é um ponto feito a caneta
Espirais de borrões de tinta
Possibilidades gêmeas
Dançando em folhas manchadas
11 9 7376-0774