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PC-BA

Noções de Direito
Processual Penal
Crimes de Responsabilidade De
Servidores Públicos

Livro Eletrônico
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL
Crimes de Responsabilidade de Servidores Públicos
Prof. Douglas Vargas

SUMÁRIO
Introdução.................................................................................................3
Processo de Crimes de Responsabilidade de Funcionários Públicos......................4
Relações Jurisdicionais com Autoridades Estrangeiras..................................... 12
Resumo.................................................................................................... 21
Questões de Concurso................................................................................ 28
Gabarito................................................................................................... 41
Gabarito Comentado.................................................................................. 42

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Crimes de Responsabilidade de Servidores Públicos
Prof. Douglas Vargas

DOUGLAS DE ARAÚJO VARGAS

Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no con-


curso realizado em 2013. Aprovado em vários concursos, como Polícia
Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e
Oficial – 2017).

Introdução

Fala, guerreiro(a)!

Hoje nossa aula estará focada em dois tópicos distintos, mas igualmente impor-

tantes:

São tópicos sem uma relação direta, mas IGUALMENTE RELEVANTES quando

incluídos em nosso conteúdo programático. Vamos esmiuçar cada detalhe, envol-

vendo cada um desses assuntos, da maneira mais didática possível, pois realmente

acredito que tópicos assim são desprezados pela maioria dos candidatos, e podem

trazer pontos que serão o diferencial para a sua classificação!

Vamos nessa!

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Processo de Crimes de Responsabilidade de Funcionários Pú-


blicos
O Código de Processo Penal apresenta, entre os artigos 513 e 518, as normas

aplicáveis aos chamados crimes de responsabilidade dos funcionários públicos.

E antes de começar a estudar tal assunto, precisamos responder a seguinte

pergunta:

Sobre quais crimes o CPP se refere, nesse caso?

Ao dizer “crimes de responsabilidade de funcionários públicos”, na ver-

dade, o legislador quis tratar dos crimes praticados por funcionários públicos NO

EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES.

Veja, portanto, que, apesar da nomenclatura parecida, esse tópico do Direito

Processual Penal não guarda relação direta com os crimes de responsabilidade

praticados pelo Presidente da República e outras autoridades listadas na CF/1988

(os quais, inclusive, são infrações de natureza administrativa, e não penal).

São, portanto, crimes de responsabilidade dos funcionários públicos,

sob o prisma do CPP, os seguintes delitos, listados entre os artigos 312 a

326 do Código Penal:

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Ou seja, aplicam-se as regras dos arts. 513 a 518 do CPP para os delitos tipifi-

cados no Capítulo I do Título XI do Código Penal, os crimes praticados por funcio-

nários públicos contra a Administração em Geral.

Entretanto, essa regra não é absoluta, de modo que devemos desde logo apre-

sentar uma observação:

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O procedimento especial para processo de crimes de responsabilidade de funcioná-

rios públicos só se aplica aos crimes AFIANÇÁVEIS.

É o que se aduz da inteligência do art. 514 do CPP:

Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o


juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito,
dentro do prazo de quinze dias.

Uma vez que sabemos disso, naturalmente surge a seguinte pergunta:

E como devem ser processados os crimes funcionais inafiançáveis?

Segundo a doutrina, para os crimes funcionais inafiançáveis, deve ser aplica-

do o procedimento comum ordinário, e não o procedimento especial previsto

no Título II, Capítulo II do CPP.

Prerrogativa de Função

Outra exceção importante está nos funcionários públicos com prerrogativa de

função. Caso um determinado servidor pratique um crime funcional e desfrute de

prerrogativa de função, não deverá ser processado através do procedimento

previsto no CPP, e sim com base na Lei n. 8.038/1990.

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Resumindo, temos o seguinte:

Pronto. Uma vez que já entendemos o contexto da aplicação dessa modalidade

de procedimento especial, podemos começar nossa leitura esquematizada do CPP.

Art. 513 – Denúncia

Art. 513. Os crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, cujo processo e


julgamento competirão aos juízes de direito, a queixa ou a denúncia será instruída com
documentos ou justificação que façam presumir a existência do delito ou com declara-
ção fundamentada da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas.

O teor do art. 513 é bastante simples: é ressaltada a competência dos juízes

de direito para o caso de crimes de responsabilidade de funcionários públicos, e

especificado que a queixa (no caso de delitos de ação penal privada) e a denúncia

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(em crimes de ação penal pública) devem ser instruídas com documentos ou justi-
ficativas que façam presumir a existência do delito ou com declaração funda-
mentada da impossibilidade da apresentação de qualquer dessas provas.
Esse artigo merece especial atenção, pois seu texto pode levar à elaboração de
questões que induzem o aluno a ficar inseguro quanto à resposta, ao apresentar a
possibilidade da instrução do procedimento apenas com declaração fundamentada
da impossibilidade de apresentação de provas – mesmo que excepcionalmente.
Mas é isso que está escrito no CPP!

Art. 514

Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o


juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito,
dentro do prazo de quinze dias.
Parágrafo único. Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da
jurisdição do juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a resposta
preliminar.

O ponto chave do art. 514 é a chamada defesa preliminar, que deve ser apre-
sentada uma vez que o funcionário público é notificado da acusação.
Entretanto, é importante notar que, caso a acusação esteja embasada
em inquérito policial, a defesa preliminar passa a ser considerada desne-
cessária, por força da Súmula 330/STJ:

É desnecessária a resposta preliminar de que trata o art. 514 do Código de Processo


Penal – CPP, na ação penal instruída por inquérito policial.

Se a denúncia não estiver embasada no IP, no entanto, o fluxo procedimental


que se seguirá é o seguinte:

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Observe que o CPP fala em NOTIFICAÇÃO, e não em CITAÇÃO, nesse caso.

Defesa Preliminar

A defesa preliminar aqui apresentada é verdadeiro direito do funcionário públi-

co, que se aplica ao caso concreto com o objetivo de evitar que a denúncia seja

recebida, motivo pelo qual tal defesa ocorre antes da avaliação do recebimento da

denúncia.

É interessante notar que, como se trata de direito do funcionário público, se

um PARTICULAR praticar um delito funcional em concurso com um funcionário

público, aquele não terá o direito à defesa preliminar. Esse direito não se estende

aos particulares!

E se o funcionário público praticar, em concurso, dois delitos: um fun-

cional e um comum?

Nesse caso, tanto o STF quanto o STJ entendem que o funcionário público não

terá direito de apresentar a defesa preliminar em ambos os crimes.

Art. 515

Art. 515. No caso previsto no artigo anterior, durante o prazo concedido para a respos-
ta, os autos permanecerão em cartório, onde poderão ser examinados pelo acusado ou
por seu defensor.
Parágrafo único. A resposta poderá ser instruída com documentos e justificações.

Uma vez concedido o prazo para a defesa preliminar, o CPP determina a manu-

tenção dos autos no cartório da vara, para que possam ser analisados tanto pelo

funcionário público acusado quanto por seu defensor.

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O parágrafo único é autoexplicativo: a resposta (que irá caracterizar a defesa

preliminar) pode ser instruída com documentos e justificações.

Nulidade & Defesa Preliminar

Antes de continuar a leitura do CPP, é importante observar que o entendimento

doutrinário se mantém atualmente no sentido de que a nulidade gerada pela

falta de defesa preliminar é apenas RELATIVA.

Além disso, se o funcionário público opta por não exercer a defesa preliminar,

também não há nulidade do feito, haja vista que estamos diante de um ato facul-

tativo: o funcionário só exerce esse direito se quiser.

Art. 516

Art. 516. O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado, se con-


vencido, pela resposta do acusado ou do seu defensor, da inexistência do crime ou da
improcedência da ação.

Este é um artigo simples, cuja leitura é essencial e cujo conteúdo é bastante

simples. A rejeição da denúncia ou queixa, nos crimes funcionais, deve ser reali-

zada sempre de forma fundamentada, em casos nos quais o juiz se convencer de

que não houve crime ou que a ação intentada improcede.

Perceba, portanto, que a principal diferença entre o rito comum e o rito espe-

cífico de apuração de delitos praticados por funcionários públicos está na defesa

preliminar. Não tem muito segredo!

Art. 517 & 518

Art. 517. Recebida a denúncia ou a queixa, será o acusado citado, na forma estabele-


cida no Capítulo I do Título X do Livro I.

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Art. 518. Na instrução criminal e nos demais termos do processo, observar-se-á o dis-


posto nos Capítulos I e III, Título I, deste Livro.

Os dois artigos acima são realmente muito simples: o legislador determina que,

após o recebimento da denúncia/queixa, deve-se seguir o procedimento co-

mum ordinário para os passos seguintes do processo. É só isso!

Logo, chegamos ao seguinte fluxo final para apuração de delitos funcionais:

A citação do réu só irá ocorrer após o recebimento da denúncia!

Muito embora o funcionário público já saiba que está sendo acusado de algo

(haja vista ter sido notificado para que possa apresentar sua defesa preliminar), a

citação é essencial ao devido processo legal, motivo pelo qual o magistrado de-

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verá citar o funcionário público, mesmo que esse já tenha sido notificado,

de modo que se evite a nulidade do feito!

E, é isso! Apresentamos todas as peculiaridades do procedimento especial para

apuração de delitos funcionais! Vamos em frente!

Relações Jurisdicionais com Autoridades Estrangeiras

Suprema Corte dos Estados Unidos da América

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Ao estudar as comunicações processuais, aprendemos que, quando um juiz

de uma determinada comarca precisa citar ou intimar alguém fora de sua área de

competência, utiliza-se da carta precatória, que nada mais é do que um pedido

realizado por uma autoridade judiciária à outra, para o cumprimento de algum ato

necessário para o andamento do processo.

Nesse sentido, algumas vezes os atos jurisdicionais irão extrapolar até mes-

mo as fronteiras de nosso país, resultado na necessidade de disciplinar a cola-

boração entre dois Estados soberanos para a aplicação do Direito Processual Penal.

É sobre tal assunto que trata o LIVRO V, Título ÚNICO do CPP, iniciado do art.

780 em diante: as regras processuais penais aplicáveis na relação entre o governo

brasileiro e os governos estrangeiros

Nesse trecho da aula, você irá conhecer o instituto da carta rogatória e alguns

outros regramentos importantes sobre a aplicação do Direito Penal quando há a ne-

cessidade de interação entre mais de um Estado soberano, tudo sob o prisma do CPP.

Homologação de Sentenças Estrangeiras

Antes mesmo de adentrar as disposições gerais, é interessante iniciar nosso

estudo com o tópico homologação de sentenças estrangeiras, o qual permite com-

preender de uma forma bastante prática o assunto deste trecho da aula.

O Brasil, obviamente, goza de SOBERANIA, de modo que não se submete hie-

rarquicamente a nenhum outro país.

Como consequência dessa soberania, para que uma sentença emanada por uma

autoridade estrangeira tenha efeito em nosso território soberano, é necessário que

uma autoridade com jurisdição em nosso país faça a homologação da sentença

estrangeira, o que irá conceder a eficácia necessária sem desrespeitar o nosso sis-

tema jurídico.

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Nesse sentido, vejamos o que diz a Constituição Federal:

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:


i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas ro-
gatórias.

Ponto chave!

A homologação de sentenças estrangeiras, por expressa previsão constitucional,

compete ao STJ.

Essa competência já pertenceu ao STF, entretanto, em Emenda Constitucional de

2004, houve mudança transferindo tal prerrogativa ao STJ, de modo a reduzir um

pouco a notória sobrecarga de competências acumuladas por nossa Suprema Corte.

Seguindo em frente!

É essencial notar o seguinte: o órgão que irá efetivamente atuar no cum-

primento da decisão homologada pelo STJ é a Justiça Federal, e não o pró-

prio STJ!

Ainda sobre este assunto, é importante tratar dos casos em que se admite a

homologação de sentença estrangeira para fins penais:

Note, portanto, que não se homologa sentença estrangeira para fins de

IMPOSIÇÃO DE PENA A SER CUMPRIDA EM NOSSO PAÍS, pois tal tipo de

homologação de sentença ofenderia a soberania nacional se realizada pelo nosso

poder judiciário.

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Ainda sobre o assunto em tela, temos o art. 781 do CPP, que merece ser lido:

Art. 781. As sentenças estrangeiras não serão homologadas, nem as cartas rogatórias


cumpridas, se contrárias à ordem pública e aos bons costumes.

Uma vez apresentado o tópico de homologação das sentenças estrangeiras, va-

mos voltar um pouco e adentrar as disposições gerais do título em estudo.

Disposições Gerais

Art. 780. Sem prejuízo de convenções ou tratados, aplicar-se-á o disposto neste Título


à homologação de sentenças penais estrangeiras e à expedição e ao cumprimento de
cartas rogatórias para citações, inquirições e outras diligências necessárias à instrução
de processo penal.

Voltando um pouco em nossa leitura do CPP, o art. 780 nos permite perceber

o seguinte: via de regra, se houver a necessidade de cooperação de autoridades

estrangeiras, as convenções e tratados internacionais assinados pelo Brasil serão

consideradas como normas especiais, que terão o fito de prevalecer sobre a lei

penal e a lei processual penal.

É necessário, obviamente, que os documentos relacionados com a colaboração

da autoridade estrangeira sejam autênticos, para subsidiar de forma adequada a

tomada de decisões pelo nosso judiciário. Sob esse prisma, o CPP nos apresenta a

seguinte previsão:

Art. 782. O trânsito, por via diplomática, dos documentos apresentados constituirá


prova bastante de sua autenticidade.

O art. 782 é praticamente autoexplicativo, e sua literalidade pode ser objeto

de prova, motivo pelo qual merece ser lido. O legislador quis apenas privilegiar a

praticidade e eliminar burocracias inúteis, dispensando a exigência de outros tipos

de autenticação que não aquela realizada pelos órgãos diplomáticos.

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Procedimentos (Art. 780)

O art. 780 trata basicamente de dois procedimentos:

A homologação de sentenças estrangeiras você já conhece. Falta agora tratar

das chamadas cartas rogatórias, que são um instituto fundamental para que a

comunicação entre os Estados soberanos possa acontecer.

Carta Rogatória

Art. 783. As cartas rogatórias serão, pelo respectivo juiz, remetidas ao Ministro da


Justiça, a fim de ser pedido o seu cumprimento, por via diplomática, às autoridades
estrangeiras competentes.

Como você já sabe, se um magistrado de uma determinada comarca (dentro de

nosso país) precisa solicitar a outro magistrado, de outra comarca, o cumprimento

de algum ato necessário ao andamento do processo, irá utilizar o instituto da carta

precatória.

Entretanto, a carta precatória não pode ser utilizada no âmbito inter-

nacional. Em seu lugar, temos a utilização de um outro meio, a chamada carta

rogatória!

Então, muito cuidado para não confundir ambos os institutos:

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Certo. Uma vez que você já sabe para que serve uma carta rogatória (e não vai

mais confundir a carta rogatória com a carta precatória), podemos tratar das dis-

posições do CPP sobre o assunto.

Atuação do Ministério da Justiça

O art. 783 determina que as cartas rogatórias sejam remetidas ao Ministério

da Justiça. Entretanto, é importante observar que a atuação do MJ é de triagem,

analisando aquilo que será efetivamente transmitido aos órgãos diplomáticos.

A responsabilidade de encaminhar a carta rogatória ao exterior não é do Ministério

da Justiça, e sim do MRE (Ministério das Relações Exteriores).

Inquirição de Testemunhas e Vítimas

Um dos procedimentos que pode ser realizado através de carta rogatória é a

inquirição de testemunhas e vítimas. No entanto, a doutrina estabelece que deve

ser especificado exatamente o alcance e a forma da inquirição, haja vista

que tais peculiaridades podem variar de um país para o outro.

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Outras Diligências

Não é apenas a citação e a inquirição que podem ser realizadas através de car-

ta rogatória. Outras diligências, como a intimação de um determinado indivíduo

para comparecimento em audiência em nosso país, podem ser realizadas através

de carta rogatória.

Pronto. Já compreendemos de forma simples o trâmite das cartas rogatórias

emanadas pelo nosso poder Judiciário solicitando os préstimos de governos estran-

geiros. Precisamos agora tratar do procedimento inverso: das cartas rogatórias

emanadas por governos estrangeiros para o Brasil, disciplinado no art. 784

do CPP.

Art. 784 CPP

Art. 784. As cartas rogatórias emanadas de autoridades estrangeiras competentes não


dependem de homologação e serão atendidas se encaminhadas por via diplomática e
desde que o crime, segundo a lei brasileira, não exclua a extradição.
§ 1º As rogatórias, acompanhadas de tradução em língua nacional, feita por tradutor
oficial ou juramentado, serão, após exequatur do presidente do Supremo Tribunal Fe-
deral, cumpridas pelo juiz criminal do lugar onde as diligências tenham de efetuar-se,
observadas as formalidades prescritas neste Código.
§ 2º A carta rogatória será pelo presidente do Supremo Tribunal Federal remetida ao
presidente do Tribunal de Apelação do Estado, do Distrito Federal, ou do Território, a fim
de ser encaminhada ao juiz competente.
§ 3º Versando sobre crime de ação privada, segundo a lei brasileira, o andamento, após
o exequatur, dependerá do interessado, a quem incumbirá o pagamento das despesas.
§ 4º Ficará sempre na secretaria do Supremo Tribunal Federal cópia da carta rogatória.

Em primeiro lugar, note que as cartas rogatórias, por força do art. 784 do CPP, IN-

DEPENDEM de homologação.

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Suponha, por exemplo, que uma autoridade estrangeira envie uma carta ro-

gatória ao judiciário brasileiro, solicitando a realização de uma citação. Tal carta

rogatória não irá depender de homologação, e será atendida e encaminhada pela

via diplomática, desde que o crime não exclua a extradição segundo a lei

brasileira. Simples assim!

Atuação dos Ministérios

Quando o Brasil deseja enviar uma carta rogatória a um governo estrangeiro,

você já sabe que tal carta irá passar pelo Ministério da Justiça e pelo Ministério das

Relações Exteriores.

No entanto, quando tratamos de cartas rogatórias enviadas ao Brasil por gover-

nos estrangeiros, há uma mudança nesse fluxo procedimental: não há atuação

do Ministério da Justiça. A carta rogatória simplesmente será encaminhada pelo

Ministério das Relações Exteriores ao presidente do STJ, para a concessão de exe-

quatur.

Tome nota!

De origem latina, a expressão exequatur significa “execute-se”, “cumpra-se”.

Quando tratamos de cartas rogatórias, exequatur é o termo utilizado para definir o

documento autorizador para o cumprimento de cartas rogatórias no Brasil, ela-

borado pelo presidente do STJ.

O exequatur, portanto, é indispensável para fins de atendimento a uma carta

rogatória emanada por autoridade estrangeira.

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Extradição & Carta Rogatória

É de fundamental importância a questão da extradição para fins de cumprimen-

to de cartas rogatórias estrangeiras. Isso porque, em nosso sistema jurídico, não

se admite o cumprimento de carta rogatória para delitos cuja extradição é

vedada em nosso país.

Se o crime que ensejou a expedição de carta rogatória por outro país não é passível

de extradição, não se cumpre a carta rogatória proveniente do estrangeiro.

Professor, e que crimes são esses?

Basicamente, são os seguintes:

Nos três casos acima, portanto, não se dá cumprimento à carta rogatória ema-

nada por outro país!

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RESUMO

Processo de Crimes de Responsabilidade de Funcionários Públicos

Normatização apresentada entre os artigos 513 e 518 do CPP.

–– Leitura da letra de lei é essencial!

Questões tratam sempre dos mesmos assuntos.

Aplicáveis aos seguintes delitos:

Ou seja, crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral.

O procedimento especial para processo de crimes de responsabilidade de fun-

cionários públicos só se aplica aos crimes AFIANÇÁVEIS.

Para os crimes funcionais inafiançáveis, deve ser aplicado o procedimento co-

mum ordinário, e não o procedimento especial previsto no Título II, Capítulo II do

CPP.

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Se o servidor possui prerrogativa de função, não deverá ser processado atra-

vés do procedimento previsto no CPP, e sim com base na Lei n. 8.038/1990.

Esquematizando:

Art. 514 CPP (Destaque)

Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o


juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito,
dentro do prazo de quinze dias.

O art. 514 DESPENCA em provas de concursos das mais diversas bancas.

O ponto chave do art. 514 é a chamada defesa preliminar, que deve ser apre-

sentada uma vez que o funcionário público é notificado da acusação.

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Súmula 330 – STJ

É desnecessária a resposta preliminar de que trata o art. 514 do Código de Processo


Penal – CPP, na ação penal instruída por inquérito policial.

É outra norma campeã em elaboração de questões.

Fluxo regular da defesa preliminar:

O CPP fala em NOTIFICAÇÃO, e não em CITAÇÃO, nesse caso. Essa diferença

cai em prova!

Defesa Preliminar

A defesa preliminar aqui apresentada é verdadeiro direito do funcionário públi-

co, que se aplica ao caso concreto com o objetivo de evitar que a denúncia seja

recebida

Se o funcionário público praticar, em concurso, dois delitos: um funcional e um

comum, não terá direito de apresentar a defesa preliminar em ambos os crimes,

segundo o STJ e o STF.

A nulidade gerada pela falta de defesa preliminar é apenas RELATIVA.

Após o recebimento da denúncia/queixa, deve-se seguir o procedimento comum

ordinário para os passos seguintes do processo.

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A citação do réu só irá ocorrer após o recebimento da denúncia!

Relações Jurisdicionais com Autoridades Estrangeiras

Regras processuais penais aplicáveis na relação entre o governo brasileiro e os

governos estrangeiros.

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Estão previstas no LIVRO V, Título ÚNICO do CPP

Aplicam-se em dois casos:

Homologação de Sentenças Estrangeiras

Autoridade com jurisdição em nosso país faz a homologação da sentença estran-

geira, para conceder eficácia necessária sem desrespeitar o nosso sistema jurídico.

Visa garantir o respeito à soberania de nossa nação.

A homologação de sentenças estrangeiras, por expressa previsão constitucio-

nal, compete ao STJ.

O órgão que irá efetivamente atuar no cumprimento da decisão homologada

pelo STJ é a Justiça Federal, e não o próprio STJ!

É admissível em três casos:

Não se homologa sentença estrangeira para fins de IMPOSIÇÃO DE PENA A SER

CUMPRIDA EM NOSSO PAÍS.

As sentenças estrangeiras não serão homologadas, nem as cartas rogatórias

cumpridas, se contrárias à ordem pública e aos bons costumes.

O trânsito, por via diplomática, dos documentos apresentados constituirá prova

bastante de sua autenticidade.

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Carta Rogatória x Carta Precatória

A responsabilidade de encaminhar a carta rogatória ao exterior não é do Minis-

tério da Justiça, e sim do MRE (Ministério das Relações Exteriores).

Pode ser utilizada a inquirição de testemunhas e vítimas.

Outras diligências, como a intimação de um determinado indivíduo para com-

parecimento em audiência em nosso país, podem ser realizadas através de carta

rogatória

Cartas rogatórias, por força do art. 784 do CPP, INDEPENDEM de homologa-

ção.

Cartas Rogatórias de Outros Governos ao Brasil

Quando tratamos de cartas rogatórias enviadas ao Brasil por governos estran-

geiros, há uma mudança nesse fluxo procedimental: Não há atuação do Ministério

da Justiça.

A carta rogatória simplesmente será encaminhada pelo Ministério das Relações

Exteriores ao presidente do STJ, para a concessão de exequatur.

Quando tratamos de cartas rogatórias, exequatur é o termo utilizado para de-

finir o documento autorizador para o cumprimento de cartas rogatórias no Brasil,

elaborado pelo presidente do STJ.

O exequatur, portanto, é indispensável para fins de atendimento a uma carta

rogatória emanada por autoridade estrangeira.

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Se o crime que ensejou a expedição de carta rogatória por outro país não é

passível de extradição, não se cumpre a carta rogatória proveniente do estrangeiro.

–– No caso, estamos falando dos seguintes crimes:

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (PC-SP/DELEGADO) Pode-se afirmar que é exemplo de extraterritorialidade de

lei processual penal

a) o cumprimento de carta rogatória em países com os quais o Brasil mantenha

relações.

b) a aplicação da lei brasileira para estrangeiro que praticou crime no Brasil.

c) a adequação de norma brasileira a tratado internacional sobre matéria processual.

d) a incidência de norma penal brasileira em vasos de guerra estrangeiros, em al-

to-mar

e) o exequatur expedido pelo Supremo Tribunal Federal a sentenças estrangeiras.

2. (FGV/ALERJ/PROCURADOR) Determinado funcionário público, sem foro por

prerrogativa de função, foi denunciado pelo cometimento de crime praticado por

funcionário contra a Administração Pública, após longa investigação realizada em

inquérito policial.

De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar que:

a) a apresentação de resposta preliminar, na hipótese, antes do recebimento da

denúncia, é dispensável;

b) o procedimento especial dos crimes praticados por funcionários públicos não

admite absolvição sumária;

c) o interrogatório será realizado como primeiro ato da instrução;

d) a sentença condenatória penal, independentemente do crime, não poderá impor

a perda do cargo;

e) a punição do funcionário público, no âmbito administrativo, vincula a instância

criminal;

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3. (IESES/TJ-MA/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS) No que diz respeito ao pro-


cesso e ao julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos,
responda corretamente o que entende a Jurisprudência pátria acerca da resposta
preliminar de que trata o art. 514, do CPP:
a) O rito previsto para apuração de crimes de responsabilidade dos funcionários
públicos é aplicável a todos os crimes contra a administração pública previstos tan-
to no Código Penal, bem como na legislação penal extravagante.
b) É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de
Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial.
c) O rito especial dos crimes de responsabilidade praticados por funcionários pú-
blicos se aplica a acusados que deixam de ocupar o cargo público antes do ofereci-
mento da denúncia, tornando necessária a notificação para apresentação da defesa
prévia regulada no artigo 514 do CPP.
d) A fase processual prevista no art. 514, do CPP, aplica-se ao acusado servidor
público, bem como ao particular que concorre com a infração penal, e tem como
finalidade resguardar os interesses da Administração Pública, no que diz respeito,
especialmente, à segurança e ao decoro do serviço público.

4. (FEPESE/SJC/AGENTE) Em relação ao processo dos crimes de responsabilidade


dos funcionários públicos afiançáveis, assinale a alternativa que indica corretamen-
te o prazo para o acusado responder, por escrito, à notificação emitida pelo juiz
após devidamente autuada a denúncia ou queixa.
a) 5 dias
b) 10 dias
c) 15 dias
d) 30 dias
e) 48 horas

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5. (FUNIVERSA/SAPJUS/AGENTE) Sebastião, funcionário público legalmente inves-

tido, exerce funções em órgão de fiscalização e arrecadação de tributos estaduais.

Na realização de um trabalho de rotina, Sebastião apresentou-se como fiscal em

determinado estabelecimento comercial. Na ocasião, solicitou a apresentação de

notas fiscais e livros de entrada e saída de mercadorias. O funcionário público per-

cebeu que os documentos apresentados continham diversas fraudes, mas aceitou

a quantia de R$ 1.500,00 para não tomar nenhum tipo de providência. Sebastião

foi preso em flagrante por policiais que estavam realizando compras no estabeleci-

mento. Concluso o inquérito policial, fora remetido ao Ministério Público, que ofe-

receu denúncia em desfavor de Sebastião, acusando-o da prática de ilícito penal. A

denúncia foi autuada pelo juiz.

Considerando esse caso hipotético, em obediência ao procedimento legalmente

previsto, Sebastião deverá ser

a) citado para oferecer resposta à acusação em 10 dias.

b) citado para ser interrogado no processo criminal.

c) notificado para oferecer defesa preliminar em 15 dias.

d) notificado para ser interrogado no processo criminal.

e) citado para responder por escrito em 15 dias.

6. (TRF2/JUIZ) Assinale a alternativa correta:

a) Na resposta preliminar à acusação, se a defesa não nega os fatos, e apenas

controverte a sua qualificação, fica impedido o julgador de absolver sumariamente

o acusado, antes da fase probatória.

b) De acordo com a jurisprudência sólida do Superior Tribunal de Justiça, nos cri-

mes praticados por funcionário público, ainda que a ação penal esteja lastreada

em inquérito policial, não se dispensa a resposta escrita preliminar de que cuida o

artigo 514 do Código de Processo Penal (CPP).

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c) Na esteira da jurisprudência dominante, o procedimento de que cuidam os ar-

tigos 513 e seguintes do CPP, ao prever a prévia resposta do funcionário, é obser-

vável para todos os crimes praticados por funcionário público, e não só quando se

trate de crime funcional típico.

d) É exclusiva do Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, a

legitimidade para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em

razão do exercício de suas funções.

e) Recebida a resposta do funcionário público, de que cuida o artigo 514 do CPP,

o juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado e independen-

temente da oitiva do Ministério Público, se convencido, pela resposta apresentada,

da inexistência do crime.

7. (FEPESE/SCJ/AGENTE) Assinale a alternativa correta, de acordo com o Código

de Processo Penal, acerca dos crimes de responsabilidade praticados por funcioná-

rios públicos.

a) Após recebida a denúncia ou queixa, será o acusado citado seguindo-se o rito

ordinário

b) Se não for conhecida a residência do acusado, a autoridade judiciária determi-

nará o seu processamento à revelia.

c) Antes do recebimento da denúncia ou queixa, o acusado tem o direito de apre-

sentar defesa prévia no prazo de cinco dias.

d) O Tribunal do Júri é órgão competente para o processamento dos crimes de res-

ponsabilidade praticados por funcionários públicos

e) Emprega-se o rito sumário no processamento dos crimes de responsabilidade

praticados por funcionários públicos.

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8. (FGV/TJ-AM/JUIZ) O Código de Processo Penal prevê nos Arts. 513/518 um pro-

cedimento especial para os crimes de responsabilidade praticados por funcionários

públicos.

Com relação a esse procedimento é correto afirmar que;

a) a primeira manifestação do acusado no processo é feita após o recebimento da

denúncia ou queixa.

b) o procedimento especial será aplicável aos crimes praticados por funcionário

público contra a Administração, desde que estes sejam inafiançáveis;

c) de acordo com entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, é

desnecessária a resposta preliminar quando a ação penal for instruída por inquérito

policial.

d) se o crime praticado por funcionário público for de peculato doloso, o procedi-

mento especial não será aplicável;

e) se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição

do Juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá acompanhar o processo, mas

não terá atribuição para apresentar resposta preliminar.

9. (CESPE/DPE-ES/DEFENSOR)Em relação às normas previstas no CPP a respeito

dos processos dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, assinale a

opção correta.

a) O acusado cuja residência não seja conhecida que se encontre fora da jurisdição

do juiz perderá a oportunidade de apresentar resposta preliminar.

b) O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado, se, pela res-

posta do acusado ou do seu defensor, houver dúvida a respeito da autoria delitiva.

c) Recebida a denúncia ou a queixa, o juiz designará audiência de apresentação

para o interrogatório do réu.

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d) Para o recebimento da queixa ou da denúncia, é indispensável a apresentação

de documentos ou de justificação que façam presumir a existência do delito.

e) Estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e or-

denará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de

quinze dias.

10. (UFMT/TJ-MT/AGENTE) A persecução penal dos crimes de responsabilidade

praticados por funcionários públicos no exercício da função obedece rito especial

previsto no Código de Processo Penal, nos termos dos artigos 513/518 do referido

Codex, no qual vige a imposição para que o juiz determine a notificação do acusado

para apresentação de resposta preliminar após o oferecimento da denúncia e antes

do recebimento da peça acusatória. Em relação a essa defesa preliminar, é correto

afirmar:

a) Não é exigível quando o acusado responder por crimes comuns juntamente com

o crime funcional.

b) É ato obrigatório nos crimes funcionais inafiançáveis, não podendo o acusado

deixar de apresentá-la

c) Pode ser dispensada pelo juiz sempre que a acusação estiver desacompanhada

de inquérito

d) Deve ser facultada não só ao funcionário público, mas também ao seu eventual

particular que seja coautor ou partícipe do crime.

11. (CESPE/TJ-RO/ANALISTA JUDICIÁRIO) Considerando o que dispõe o CPP, assi-

nale a opção correta acerca do processo dos crimes de responsabilidade dos servi-

dores públicos.

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a) O direito de apresentar resposta preliminar por escrito antes do recebimento

de denúncia ou queixa é assegurado ao servidor público acusado de praticar crime

afiançável.

b) Tratando-se de crime de responsabilidade, o direito a procedimento especial é

assegurado ao coautor do crime ou partícipe que não seja servidor público, em ra-

zão do princípio da unidade de processo.

c) A queixa ou denúncia sem a apresentação de documentos e justificações ou

sem a abertura de inquérito policial deve ser liminarmente rejeitada no procedi-

mento especial.

d) O procedimento especial previsto no CPP deve ser adotado para todos os crimes

praticados por servidor público.

e) Garante-se ao servidor público o procedimento especial, mesmo que, durante

o oferecimento da denúncia ou no curso do processo, o servidor tenha deixado o

cargo, a função ou o emprego público.

12. (FEC/PC-RJ/INSPETOR) De acordo com o Código de Processo Penal, nos crimes

de responsabilidade de funcionários públicos, quando afiançáveis, o prazo de res-

posta do acusado, antes do recebimento da denúncia ou queixa, é de:

a) trinta dias.

b) cinco dias.

c) dez dias.

d) vinte dias.

e) quinze dias.

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13. (COPEVE/MPE-AL/ANALISTA) Quanto ao procedimento especial para os crimes

afiançáveis imputados a funcionário público, assinale a opção correta.

a) Ainda que o funcionário tenha perdido a função ou o cargo público, o rito es-

pecial deve ser observado, tendo ele direito à notificação para apresentar a defesa

preliminar anterior ao recebimento da denúncia.

b) O prazo para apresentar a defesa preliminar é de 10 (dez) dias.

c) O STJ entende indispensável a defesa preliminar anterior ao recebimento da

denúncia mesmo que a ação penal seja baseada em inquérito policial que contenha

as declarações do indiciado.

d) Oferecida a denúncia, o denunciado é notificado para apresentar defesa prelimi-

nar antes do recebimento daquela peça acusatória. Para esse fim, não se exige que

a defesa preliminar esteja subscrita por advogado, podendo o próprio funcionário

assiná-la.

e) É entendimento corrente que a defesa preliminar a ser apresentada antes do re-

cebimento da denúncia é peça obrigatória, cuja falta enseja nulidade do processo.

14. (FCC/TRE-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO) Nos crimes afiançáveis de responsabi-

lidade dos funcionários públicos, estando a denúncia ou queixa em devida forma,

o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por

escrito, dentro do prazo de

a) cinco dias.

b) dez dias.

c) quinze dias.

d) trinta dias.

e) vinte dias

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15. (CONSULTEC/TJ-BA/JUIZ) Um servidor público está sendo acusado de prática

de crime de responsabilidade de funcionário público, delito apenado com reclusão

e inafiançável. Instaurado o competente inquérito policial, foi relatado pela auto-

ridade policial e encaminhado ao Ministério Público, que ofereceu a denúncia. A

peça acusatória foi recebida pelo juiz, que determinou a citação do servidor para

responder à acusação, por escrito, no prazo de dez dias. O defensor do acusado

arguiu nulidade do processo, porque não foi determinada a notificação do servidor

para, que antes do recebimento da denúncia, oferecesse sua resposta, por escrito,

no prazo de quinze dias.

Face ao exposto, pode-se concluir:

a) O defensor do réu tem razão, pois a notificação do acusado para oferecer res-

posta preliminar, antes do recebimento da denúncia, é procedimento obrigatório

nos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, e sua ausência é caso de

nulidade absoluta.

b) O defensor do réu não tem razão por apenas um único fundamento, é desneces-

sária a resposta preliminar de que trata o Art. 514 do Código de Processo Penal, na

ação penal instruída por inquérito policial.

c) O defensor do réu não tem razão, porque é desnecessária a resposta preliminar

de que trata o Art. 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por

inquérito policial, e, além disso, a resposta preliminar de que trata o Art. 514 do

Código de Processo Penal somente é prevista para os crimes afiançáveis.

d) O defensor do réu não tem razão por apenas um único fundamento, a resposta

preliminar de que trata o Art. 514 do Código de Processo Penal somente é prevista

para os crimes afiançáveis.

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e) Tem razão o defensor do réu, pois a notificação do acusado para oferecer res-

posta preliminar, antes do recebimento da denúncia, é procedimento obrigatório

nos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, e sua ausência é caso de

nulidade relativa.

16. (FCC/TCE-AL/PROCURADOR) O Código de Processo Penal prevê rito especial

para o processo e o julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários

públicos. Esse rito especial

a) impede que o acusado possa ser preso antes de recebida a denúncia, ainda que

o crime seja inafiançável.

b) permite ao acusado se defender antes de ser recebida a denúncia, se o crime

for afiançável.

c) permite ao acusado se defender antes de ser recebida a denúncia, se o crime

for inafiançável.

d) permite ao acusado a efetivação de acordo para evitar o recebimento da denún-

cia, se o crime for afiançável.

e) permite ao acusado a efetivação de acordo para evitar o recebimento da denún-

cia, se o crime for inafiançável.

17. (FCC/TRE-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO) O artigo 514, do Código de Processo Pe-

nal, determina que, nos processos por crime de responsabilidade de funcionário pú-

blico, o juiz mandará autuar a denúncia e ordenará a notificação do acusado, para

responder por escrito, no prazo de 15 dias. Essa fase do procedimento é obrigatória

apenas nos crimes

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a) inafiançáveis.

b) afiançáveis.

c) apenados com prisão simples e multa.

d) apenados com detenção.

e) apenados com reclusão.

18. (FCC/TJ-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO) O Ministério Público, com base em peças

de informação e sem prévia instauração de inquérito policial, ofereceu denúncia

contra funcionário público pela prática de crime afiançável contra a administração

pública. Nesse caso,

a) o acusado será citado para apresentar defesa prévia no prazo de 3 dias, seguin-

do-se a designação de data para interrogatório.

b) se a denúncia for recebida, o acusado será notificado para responder por escrito

dentro do prazo de 10 dias.

c) se a denúncia for recebida, o acusado será intimado para apresentar defesa

prévia no prazo de 3 dias, seguindo-se o seu interrogatório.

d) o acusado será citado para interrogatório e, se a denúncia for recebida, será

notificado para responder por escrito em 10 dias.

e) o juiz mandará notificar o acusado para responder por escrito, dentro do prazo

de 15 dias.

19. (CESPE/TJ-RR/ANALISTA JUDICIÁRIO) No que tange aos processos dos crimes

de responsabilidade dos funcionários públicos, assinale a opção correta.

a) O procedimento especial previsto na lei processual penal para os crimes de res-

ponsabilidade de funcionário público alcançam, conforme o caso, o presidente da

República e seus ministros de Estado, quando acusados de crimes praticados no

exercício da função ou mandato.

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b) Oferecida a denúncia ou a queixa, deverá o juiz, antes de recebê-la, ordenar a

notificação do acusado para, dentro de 15 dias, contestar a acusação. Essa é uma

das particularidades do procedimento especial para o processo e o julgamento dos

delitos funcionais.

c) Em processos dessa natureza, é vedada a instauração de inquérito policial, pois,

conforme determina a lei processual, a queixa ou a denúncia será instruída com

documentos ou justificação que façam presumir a existência do delito ou com de-

claração fundamentada da impossibilidade de apresentação dessas peças.

d) O procedimento especial é voltado para todos os crimes de natureza funcional,

alcançando os delitos tipificados como excesso de exação e facilitação de contra-

bando ou descaminho, que são inafiançáveis.

20. (FCC/PGE-RR/PROCURADOR) No processo e julgamento dos crimes de respon-

sabilidade dos funcionários públicos,

a) nos crimes afiançáveis e inafiançáveis, após a denúncia, o juiz ordenará a notifi-

cação do acusado para responder por escrito, dentro do prazo de 15 (quinze) dias.

b) nos crimes inafiançáveis, após a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acu-

sado para responder por escrito, dentro do prazo de 15 (quinze) dias.

c) nos crimes afiançáveis e inafiançáveis, o eventual recebimento da denúncia é

feito depois da notificação do acusado e, caso existente, de sua resposta.

d) nos crimes afiançáveis, o eventual recebimento da denúncia é feito depois da

notificação do acusado e, caso existente, de sua resposta.

e) a falta de notificação do acusado para, se quiser, responder à acusação causa

nulidade absoluta, conforme súmulas do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo

Tribunal Federal.

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21. (PC-PA/INVESTIGADOR) Quanto ao processamento dos crimes de responsa-

bilidade dos funcionários públicos, analise as assertivas e assinale a alternativa

correta:

I – Nos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, cujo processo e

julgamento competirão aos juízes de direito, a queixa ou a denúncia será ins-

truída com documentos ou justificação que façam presumir a existência do

delito ou com declaração fundamentada da impossibilidade de apresentação

de qualquer dessas provas.

II – O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado, se con-

vencido, pela resposta do acusado ou do seu defensor, da inexistência do

crime ou da improcedência da ação.

III – Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da ju-

risdição do juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a

resposta preliminar.

IV – Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o

juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder

por escrito, dentro do prazo de 10 (dez) dias.

a) Somente as assertivas I e III estão incorretas.

b) Somente as assertivas II e III estão incorretas.

c) Somente a assertiva IV está incorreta.

d) Somente a assertiva I está incorreta.

e) Todas as assertivas estão incorretas

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GABARITO

1. a

2. a

3. b

4. c

5. c

6. e

7. a

8. c

9. e

10. a

11. a

12. e

13. d

14. c

15. c

16. b

17. b

18. e

19. b

20. d

21. c

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GABARITO COMENTADO

1. (PC-SP/DELEGADO) Pode-se afirmar que é exemplo de extraterritorialidade de

lei processual penal

a) o cumprimento de carta rogatória em países com os quais o Brasil mantenha

relações.

b) a aplicação da lei brasileira para estrangeiro que praticou crime no Brasil.

c) a adequação de norma brasileira a tratado internacional sobre matéria proces-

sual.

d) a incidência de norma penal brasileira em vasos de guerra estrangeiros, em al-

to-mar

e) o exequatur expedido pelo Supremo Tribunal Federal a sentenças estrangeiras.

Letra a.

Essa questão é fácil. Estamos diante de extraterritorialidade de lei PROCESSUAL

PENAL – e não de lei PENAL – motivo pelo qual devemos buscar um exemplo no

CPP, e não no Código Penal.

Conforme estudamos na aula de hoje, a cooperação entre o Brasil e autoridades

estrangeiras no cumprimento de algum ato processual penal pode se dar através

de carta rogatória, motivo pelo qual a letra a está certa.

2. (FGV/ALERJ/PROCURADOR) Determinado funcionário público, sem foro por

prerrogativa de função, foi denunciado pelo cometimento de crime praticado por

funcionário contra a Administração Pública, após longa investigação realizada em

inquérito policial.

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De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar

que:

a) a apresentação de resposta preliminar, na hipótese, antes do recebimento da

denúncia, é dispensável;

b) o procedimento especial dos crimes praticados por funcionários públicos não

admite absolvição sumária;

c) o interrogatório será realizado como primeiro ato da instrução;

d) a sentença condenatória penal, independentemente do crime, não poderá impor

a perda do cargo;

e) a punição do funcionário público, no âmbito administrativo, vincula a instância

criminal;

Letra a.

Conforme estudamos, no procedimento de apuração de crimes funcionais, a apre-

sentação de resposta preliminar é um DIREITO DISPONÍVEL do funcionário público,

de modo que seu exercício é facultativo. A defesa preliminar, portanto, é totalmente

dispensável e não gera nulidade absoluta!

3. (IESES/TJ-MA/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS) No que diz respeito ao pro-

cesso e ao julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos,

responda corretamente o que entende a Jurisprudência pátria acerca da resposta

preliminar de que trata o art. 514, do CPP:

a) O rito previsto para apuração de crimes de responsabilidade dos funcionários

públicos é aplicável a todos os crimes contra a administração pública previstos tan-

to no Código Penal, bem como na legislação penal extravagante.

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b) É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de

Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial.

c) O rito especial dos crimes de responsabilidade praticados por funcionários pú-

blicos se aplica a acusados que deixam de ocupar o cargo público antes do ofereci-

mento da denúncia, tornando necessária a notificação para apresentação da defesa

prévia regulada no artigo 514 do CPP.

d) A fase processual prevista no art. 514, do CPP, aplica-se ao acusado servidor

público, bem como ao particular que concorre com a infração penal, e tem como

finalidade resguardar os interesses da Administração Pública, no que diz respeito,

especialmente, à segurança e ao decoro do serviço público.

Letra b.

Mais uma vez, a questão trata da dispensabilidade da defesa preliminar – que é

um direito facultativo a ser exercido pelo funcionário público. Como você já sabe,

tal resposta preliminar é dispensável na ação penal instruída por inquérito policial.

4. (FEPESE/SJC/AGENTE) Em relação ao processo dos crimes de responsabilidade

dos funcionários públicos afiançáveis, assinale a alternativa que indica corretamen-

te o prazo para o acusado responder, por escrito, à notificação emitida pelo juiz

após devidamente autuada a denúncia ou queixa.

a) 5 dias

b) 10 dias

c) 15 dias

d) 30 dias

e) 48 horas

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Letra c.

Esta é uma questão simples, que trata apenas da literalidade do art. 514 do CPP. O

prazo é de 15 dias.

5. (FUNIVERSA/SAPJUS/AGENTE) Sebastião, funcionário público legalmente inves-

tido, exerce funções em órgão de fiscalização e arrecadação de tributos estaduais.

Na realização de um trabalho de rotina, Sebastião apresentou-se como fiscal em

determinado estabelecimento comercial. Na ocasião, solicitou a apresentação de

notas fiscais e livros de entrada e saída de mercadorias. O funcionário público per-


cebeu que os documentos apresentados continham diversas fraudes, mas aceitou

a quantia de R$ 1.500,00 para não tomar nenhum tipo de providência. Sebastião

foi preso em flagrante por policiais que estavam realizando compras no estabeleci-

mento. Concluso o inquérito policial, fora remetido ao Ministério Público, que ofe-

receu denúncia em desfavor de Sebastião, acusando-o da prática de ilícito penal. A

denúncia foi autuada pelo juiz.

Considerando esse caso hipotético, em obediência ao procedimento legalmente


previsto, Sebastião deverá ser

a) citado para oferecer resposta à acusação em 10 dias.

b) citado para ser interrogado no processo criminal.

c) notificado para oferecer defesa preliminar em 15 dias.

d) notificado para ser interrogado no processo criminal.

e) citado para responder por escrito em 15 dias.

Letra c.

Diferentemente do procedimento comum, o procedimento de apuração de crimes

funcionais começa com uma NOTIFICAÇÃO para apresentação de defesa prelimi-

nar, e não com a CITAÇÃO, que só ocorre APÓS o recebimento de denúncia.

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E o prazo para a apresentação da defesa preliminar, contido no art. 514 do CPP,

você já sabe: 15 dias.

6. (TRF2/JUIZ) Assinale a alternativa correta:

a) Na resposta preliminar à acusação, se a defesa não nega os fatos, e apenas

controverte a sua qualificação, fica impedido o julgador de absolver sumariamente

o acusado, antes da fase probatória.

b) De acordo com a jurisprudência sólida do Superior Tribunal de Justiça, nos cri-

mes praticados por funcionário público, ainda que a ação penal esteja lastreada

em inquérito policial, não se dispensa a resposta escrita preliminar de que cuida o

artigo 514 do Código de Processo Penal (CPP).

c) Na esteira da jurisprudência dominante, o procedimento de que cuidam os ar-

tigos 513 e seguintes do CPP, ao prever a prévia resposta do funcionário, é obser-

vável para todos os crimes praticados por funcionário público, e não só quando se

trate de crime funcional típico.

d) É exclusiva do Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, a

legitimidade para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em

razão do exercício de suas funções.

e) Recebida a resposta do funcionário público, de que cuida o artigo 514 do CPP,

o juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado e independen-

temente da oitiva do Ministério Público, se convencido, pela resposta apresentada,

da inexistência do crime.

Letra e.

Muito embora a questão seja para o cargo de Juiz, o examinador contentou-se apenas

com a literalidade da lei para a assertiva certa. Conforme prevê o art. 516 do CPP,

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Art. 516. O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado, se con-


vencido, pela resposta do acusado ou do seu defensor, da inexistência do crime ou da
improcedência da ação.

7. (FEPESE/SCJ/AGENTE) Assinale a alternativa correta, de acordo com o Código

de Processo Penal, acerca dos crimes de responsabilidade praticados por funcioná-

rios públicos.

a) Após recebida a denúncia ou queixa, será o acusado citado seguindo-se o rito

ordinário

b) Se não for conhecida a residência do acusado, a autoridade judiciária determi-

nará o seu processamento à revelia.

c) Antes do recebimento da denúncia ou queixa, o acusado tem o direito de apre-

sentar defesa prévia no prazo de cinco dias.

d) O Tribunal do Júri é órgão competente para o processamento dos crimes de res-

ponsabilidade praticados por funcionários públicos

e) Emprega-se o rito sumário no processamento dos crimes de responsabilidade

praticados por funcionários públicos.

Letra a.

Outra questão que é bastante tranquila, mas é importante para fixar a matéria

que estudamos hoje. O procedimento de apuração de crimes funcionais tem suas

peculiaridades aplicáveis até o recebimento da denúncia. Uma vez que o processo

atinge esse estágio, deve-se seguir o rito comum ordinário!

8. (FGV/TJ-AM/JUIZ) O Código de Processo Penal prevê nos Arts. 513/518 um pro-

cedimento especial para os crimes de responsabilidade praticados por funcionários

públicos.

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Com relação a esse procedimento é correto afirmar que;

a) a primeira manifestação do acusado no processo é feita após o recebimento da

denúncia ou queixa.

b) o procedimento especial será aplicável aos crimes praticados por funcionário

público contra a Administração, desde que estes sejam inafiançáveis;

c) de acordo com entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça, é

desnecessária a resposta preliminar quando a ação penal for instruída por inquérito

policial.

d) se o crime praticado por funcionário público for de peculato doloso, o procedi-

mento especial não será aplicável;

e) se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da jurisdição

do Juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá acompanhar o processo, mas

não terá atribuição para apresentar resposta preliminar.

Letra c.

Mais uma vez o examinador foca simplesmente no teor da Súmula 330 do STJ:

É desnecessária a resposta preliminar de que trata o art.514, do Código de Processo


Penal, na ação penal instruída por inquérito policial.

9. (CESPE/DPE-ES/DEFENSOR) Em relação às normas previstas no CPP a respeito

dos processos dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, assinale a

opção correta.

a) O acusado cuja residência não seja conhecida que se encontre fora da jurisdição

do juiz perderá a oportunidade de apresentar resposta preliminar.

b) O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado, se, pela res-

posta do acusado ou do seu defensor, houver dúvida a respeito da autoria delitiva.

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c) Recebida a denúncia ou a queixa, o juiz designará audiência de apresentação

para o interrogatório do réu.

d) Para o recebimento da queixa ou da denúncia, é indispensável a apresentação

de documentos ou de justificação que façam presumir a existência do delito.

e) Estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e or-

denará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de

quinze dias.

Letra e.

Conforme preconiza o art. 514 do CPP,

Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o


juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito,
dentro do prazo de quinze dias.”

10. (UFMT/TJ-MT/AGENTE) A persecução penal dos crimes de responsabilidade

praticados por funcionários públicos no exercício da função obedece rito especial

previsto no Código de Processo Penal, nos termos dos artigos 513/518 do referido

Codex, no qual vige a imposição para que o juiz determine a notificação do acusado

para apresentação de resposta preliminar após o oferecimento da denúncia e antes

do recebimento da peça acusatória. Em relação a essa defesa preliminar, é correto

afirmar:

a) Não é exigível quando o acusado responder por crimes comuns juntamente com

o crime funcional.

b) É ato obrigatório nos crimes funcionais inafiançáveis, não podendo o acusado

deixar de apresentá-la

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c) Pode ser dispensada pelo juiz sempre que a acusação estiver desacompanhada

de inquérito

d) Deve ser facultada não só ao funcionário público, mas também ao seu eventual

particular que seja coautor ou partícipe do crime.

Letra a.

Conforme estudamos, a jurisprudência do STF e do STJ posiciona-se no sentido de

que não é exigível a defesa preliminar quando o funcionário público responder por

crimes comuns em concurso com os crimes funcionais praticados.

11. (CESPE/TJ-RO/ANALISTA JUDICIÁRIO) Considerando o que dispõe o CPP, assi-


nale a opção correta acerca do processo dos crimes de responsabilidade dos servi-
dores públicos.
a) O direito de apresentar resposta preliminar por escrito antes do recebimento
de denúncia ou queixa é assegurado ao servidor público acusado de praticar crime
afiançável.
b) Tratando-se de crime de responsabilidade, o direito a procedimento especial é
assegurado ao coautor do crime ou partícipe que não seja servidor público, em ra-
zão do princípio da unidade de processo.
c) A queixa ou denúncia sem a apresentação de documentos e justificações ou
sem a abertura de inquérito policial deve ser liminarmente rejeitada no procedi-
mento especial.
d) O procedimento especial previsto no CPP deve ser adotado para todos os crimes
praticados por servidor público.
e) Garante-se ao servidor público o procedimento especial, mesmo que, durante
o oferecimento da denúncia ou no curso do processo, o servidor tenha deixado o
cargo, a função ou o emprego público.

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Letra a.

Apresentar a defesa preliminar, antes do recebimento da denúncia, é um direito do

servidor público, previsto no art. 514 do CPP. Não tem segredo!

12. (FEC/PC-RJ/INSPETOR) De acordo com o Código de Processo Penal, nos crimes

de responsabilidade de funcionários públicos, quando afiançáveis, o prazo de res-

posta do acusado, antes do recebimento da denúncia ou queixa, é de:

a) trinta dias.

b) cinco dias.

c) dez dias.

d) vinte dias.

e) quinze dias.

Letra e.

O prazo, como você já percebeu, despenca em provas, está previsto no art. 514 do

CPP, e é de 15 dias.

13. (COPEVE/MPE-AL/ANALISTA) Quanto ao procedimento especial para os crimes

afiançáveis imputados a funcionário público, assinale a opção correta.

a) Ainda que o funcionário tenha perdido a função ou o cargo público, o rito es-

pecial deve ser observado, tendo ele direito à notificação para apresentar a defesa

preliminar anterior ao recebimento da denúncia.

b) O prazo para apresentar a defesa preliminar é de 10 (dez) dias.

c) O STJ entende indispensável a defesa preliminar anterior ao recebimento da

denúncia mesmo que a ação penal seja baseada em inquérito policial que contenha

as declarações do indiciado.

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d) Oferecida a denúncia, o denunciado é notificado para apresentar defesa prelimi-

nar antes do recebimento daquela peça acusatória. Para esse fim, não se exige que

a defesa preliminar esteja subscrita por advogado, podendo o próprio funcionário

assiná-la.

e) É entendimento corrente que a defesa preliminar a ser apresentada antes do re-

cebimento da denúncia é peça obrigatória, cuja falta enseja nulidade do processo.

Letra d.

O funcionário público realmente possui essa prerrogativa!

a) Errada. O rito especial se aplica aos funcionários públicos, que devem estar re-

gularmente ocupando seu cargo. Ex-servidor é ex-servidor, e pronto!

b) Errada. O prazo é de 15 dias.

c) Errada. O STJ entende que é DISPENSÁVEL (Súmula 330).

e) Errada. A defesa preliminar é peça facultativa, e não gera nulidade do processo.

14. (FCC/TRE-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO) Nos crimes afiançáveis de responsabi-

lidade dos funcionários públicos, estando a denúncia ou queixa em devida forma,

o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por

escrito, dentro do prazo de

a) cinco dias.

b) dez dias.

c) quinze dias.

d) trinta dias.

e) vinte dias

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Letra c.

Mais uma vez, o prazo do art. 514. Tenho certeza que este você nunca mais esque-

cerá!

15. (CONSULTEC/TJ-BA/JUIZ) Um servidor público está sendo acusado de prática

de crime de responsabilidade de funcionário público, delito apenado com reclusão

e inafiançável. Instaurado o competente inquérito policial, foi relatado pela auto-

ridade policial e encaminhado ao Ministério Público, que ofereceu a denúncia. A

peça acusatória foi recebida pelo juiz, que determinou a citação do servidor para

responder à acusação, por escrito, no prazo de dez dias. O defensor do acusado

arguiu nulidade do processo, porque não foi determinada a notificação do servidor

para, que antes do recebimento da denúncia, oferecesse sua resposta, por escrito,

no prazo de quinze dias.

Face ao exposto, pode-se concluir:

a) O defensor do réu tem razão, pois a notificação do acusado para oferecer res-

posta preliminar, antes do recebimento da denúncia, é procedimento obrigatório

nos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, e sua ausência é caso de

nulidade absoluta.

b) O defensor do réu não tem razão por apenas um único fundamento, é desneces-

sária a resposta preliminar de que trata o Art. 514 do Código de Processo Penal, na

ação penal instruída por inquérito policial.

c) O defensor do réu não tem razão, porque é desnecessária a resposta preliminar

de que trata o Art. 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por

inquérito policial, e, além disso, a resposta preliminar de que trata o Art. 514 do

Código de Processo Penal somente é prevista para os crimes afiançáveis.

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d) O defensor do réu não tem razão por apenas um único fundamento, a resposta
preliminar de que trata o Art. 514 do Código de Processo Penal somente é prevista
para os crimes afiançáveis.
e) Tem razão o defensor do réu, pois a notificação do acusado para oferecer res-
posta preliminar, antes do recebimento da denúncia, é procedimento obrigatório
nos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, e sua ausência é caso de
nulidade relativa.

Letra c.
Conforme rege a Súmula 330 do STJ, a resposta preliminar em ação penal instruída
com inquérito policial se torna desnecessária. Além disso, tal resposta preliminar,
por expressa previsão no CPP, só é aplicável a delitos afiançáveis, motivo pelo qual
o defensor está equivocado em sua argumentação!

16. (FCC/TCE-AL/PROCURADOR) O Código de Processo Penal prevê rito especial


para o processo e o julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários
públicos. Esse rito especial
a) impede que o acusado possa ser preso antes de recebida a denúncia, ainda que
o crime seja inafiançável.
b) permite ao acusado se defender antes de ser recebida a denúncia, se o crime
for afiançável.
c) permite ao acusado se defender antes de ser recebida a denúncia, se o crime
for inafiançável.
d) permite ao acusado a efetivação de acordo para evitar o recebimento da denún-
cia, se o crime for afiançável.
e) permite ao acusado a efetivação de acordo para evitar o recebimento da denún-
cia, se o crime for inafiançável.

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Letra b.

O CPP efetivamente permite ao funcionário público acusado de delito funcional que

se defensa antes do recebimento da denúncia, se o crime for afiançável, através da

defesa preliminar prevista no art. 514 do Código!

17. (FCC/TRE-SE/ANALISTA JUDICIÁRIO) O artigo 514, do Código de Processo Pe-

nal, determina que, nos processos por crime de responsabilidade de funcionário pú-

blico, o juiz mandará autuar a denúncia e ordenará a notificação do acusado, para

responder por escrito, no prazo de 15 dias. Essa fase do procedimento é obrigatória

apenas nos crimes

a) inafiançáveis.

b) afiançáveis.

c) apenados com prisão simples e multa.

d) apenados com detenção.

e) apenados com reclusão.

Letra b.

Essa questão é muito fácil. O art. 514 prevê expressamente que sua aplicabilidade

só se dará em caso de crimes afiançáveis.

18. (FCC/TJ-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO) O Ministério Público, com base em peças

de informação e sem prévia instauração de inquérito policial, ofereceu denúncia

contra funcionário público pela prática de crime afiançável contra a administração

pública. Nesse caso,

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a) o acusado será citado para apresentar defesa prévia no prazo de 3 dias, seguin-

do-se a designação de data para interrogatório.

b) se a denúncia for recebida, o acusado será notificado para responder por escrito

dentro do prazo de 10 dias.

c) se a denúncia for recebida, o acusado será intimado para apresentar defesa

prévia no prazo de 3 dias, seguindo-se o seu interrogatório.

d) o acusado será citado para interrogatório e, se a denúncia for recebida, será

notificado para responder por escrito em 10 dias.

e) o juiz mandará notificar o acusado para responder por escrito, dentro do prazo

de 15 dias.

Letra e.

Veja como as questões sempre giram em torno do mesmo assunto, quando trata-

mos dos tópicos da aula de hoje. A notificação do funcionário público para a apre-

sentação de defesa preliminar, antes do recebimento da denúncia, deve ocorrer em

15 dias!

19. (CESPE/TJ-RR/ANALISTA JUDICIÁRIO) No que tange aos processos dos crimes

de responsabilidade dos funcionários públicos, assinale a opção correta.

a) O procedimento especial previsto na lei processual penal para os crimes de res-

ponsabilidade de funcionário público alcançam, conforme o caso, o presidente da

República e seus ministros de Estado, quando acusados de crimes praticados no

exercício da função ou mandato.

b) Oferecida a denúncia ou a queixa, deverá o juiz, antes de recebê-la, ordenar a

notificação do acusado para, dentro de 15 dias, contestar a acusação. Essa é uma

das particularidades do procedimento especial para o processo e o julgamento dos

delitos funcionais.

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c) Em processos dessa natureza, é vedada a instauração de inquérito policial, pois,

conforme determina a lei processual, a queixa ou a denúncia será instruída com

documentos ou justificação que façam presumir a existência do delito ou com de-

claração fundamentada da impossibilidade de apresentação dessas peças.

d) O procedimento especial é voltado para todos os crimes de natureza funcional,

alcançando os delitos tipificados como excesso de exação e facilitação de contra-

bando ou descaminho, que são inafiançáveis.

Letra b.

Mais uma vez, o art. 514. Os examinadores sequer se dão ao trabalho de utilizar

um artigo diferente. Antes do recebimento da denúncia, o juiz deve respeitar o di-

reito do funcionário público de exercer a sua defesa preliminar.

20. (FCC/PGE-RR/PROCURADOR) No processo e julgamento dos crimes de respon-

sabilidade dos funcionários públicos,

a) nos crimes afiançáveis e inafiançáveis, após a denúncia, o juiz ordenará a notifi-

cação do acusado para responder por escrito, dentro do prazo de 15 (quinze) dias.

b) nos crimes inafiançáveis, após a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acu-

sado para responder por escrito, dentro do prazo de 15 (quinze) dias.

c) nos crimes afiançáveis e inafiançáveis, o eventual recebimento da denúncia é

feito depois da notificação do acusado e, caso existente, de sua resposta.

d) nos crimes afiançáveis, o eventual recebimento da denúncia é feito depois da

notificação do acusado e, caso existente, de sua resposta.

e) a falta de notificação do acusado para, se quiser, responder à acusação causa

nulidade absoluta, conforme súmulas do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo

Tribunal Federal.

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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL
Crimes de Responsabilidade de Servidores Públicos
Prof. Douglas Vargas

Letra d.

Esta é mais uma questão tranquila. Sabemos que, se o crime for AFIANÇÁVEL, o re-

cebimento da denúncia, se ocorrer, será feito apenas após a notificação do acusado

e da apresentação de sua defesa preliminar (caso este deseje fazê-lo).

21. (PC-PA/INVESTIGADOR) Quanto ao processamento dos crimes de responsa-

bilidade dos funcionários públicos, analise as assertivas e assinale a alternativa

correta:

I – Nos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, cujo processo e

julgamento competirão aos juízes de direito, a queixa ou a denúncia será ins-

truída com documentos ou justificação que façam presumir a existência do

delito ou com declaração fundamentada da impossibilidade de apresentação

de qualquer dessas provas.

II – O juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado, se con-

vencido, pela resposta do acusado ou do seu defensor, da inexistência do

crime ou da improcedência da ação.

III – Se não for conhecida a residência do acusado, ou este se achar fora da ju-

risdição do juiz, ser-lhe-á nomeado defensor, a quem caberá apresentar a

resposta preliminar.

IV – Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o

juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder

por escrito, dentro do prazo de 10 (dez) dias.

a) Somente as assertivas I e III estão incorretas.

b) Somente as assertivas II e III estão incorretas.

c) Somente a assertiva IV está incorreta.

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Crimes de Responsabilidade de Servidores Públicos
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d) Somente a assertiva I está incorreta.

e) Todas as assertivas estão incorretas

Letra c.

Todos os itens estão certos, com exceção do item IV, haja vista que o prazo de

resposta é de 15 dias, e não de 10, como afirma a questão.

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