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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LEONARDO TAVARES BARROS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo,

protocolado em 26/11/2018 às 13:30 , sob o número 11203211420188260100.


Rebelo dos Santos fls. 1

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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA ... DO FORO CENTRAL


CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL

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DARE nº 180590072022811
nº 180590072022880
GR nº 2018102614471303

ANGELO MONTEIRO PINTO, brasileiro, casado, engenheiro,


identidade nº. 04150244-4, expedido pelo DETRAN, inscrito no CPF sob o nº.
678.354.067-72, residente e domiciliado na Av. Lucio Costa, nº3300, Bl. 05,
Apt.1806, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, CEP nº. 22630-010, através de
seus advogados que abaixo subscrevem, com endereço profissional situado na
Av. das Américas, 3333, sala 306, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, CEP 22631-
003, e-mail: rebelodossantos.adv@gmail.com, vem propor a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR


DANOS MORAIS

em face de TRANSPORTES AÉREOS PORTUGUESES S.A (TAP AIR


PORTUGAL), inscrita no CNPJ sob o nº 33.136.896/0009-47, com sede na
Avenida Paulista, nº 453, 14º andar, Bela Vista, CEP 01311-000, com base nas
razões de fato e de direito a seguir aduzidas.

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Tel. (21) 2135-1852 - Fax (21) 2135-1853 - Cel. (21) 99344-3326
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DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
Em atenção ao princípio da celeridade processual o Autor pede a dispensa
da realização da audiência de mediação/conciliação nos termos do art. 319 do

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Código de Processo Civil, considerando ter já terem esgotado todas as vias
administrativas para solucionar o episódio que originou a demanda.
Caso a companhia Ré tenha interesse em propor acordo, os patronos do
Autor estão à disposição nos telefones indicados no rodapé da petição, ou no e-
mail indicado na qualificação.

DOS FATOS
O Autor reside no Rio de Janeiro, porém precisou viajar a trabalho, devido
a isso, adquiriu passagens aéreas junto à empresa Ré para Portugal (DOC 01).
Insta informar que, o autor escolheu adquirir as passagens com a empresa
ré, pois era a única que tinha voo no dia 09/09/2018 com destino ao Rio de
Janeiro, já que o mesmo tinha uma reunião marcada para essa data, às 21:00
horas.
Além disso, a ré era a única empresa que oferecia passagem executiva para
o destino pretendido pelo autor, em virtude disso, o mesmo desembolsou EUR
2.000,00 para realização da viagem.
A viagem de ida transcorreu sem nenhum transtorno, no entanto o mesmo
não se pode dizer do voo de retorno, Lisboa/Porto/Rio de Janeiro, previsto para
as 11:00 horas do dia 09/09/18 (DOC 02).
Seguindo a indicação da empresa ré, o autor chegou ao aeroporto de
Lisboa cerca de 3 horas antes do embarque, por volta das 08:00 horas da manhã.
Ao chegar ao aeroporto, dirigiu-se para o guichê da ré, a fim de fazer o
check in e despachar as malas, nesse momento seu calvário começou. O autor foi
informado pela funcionária da ré que a perna da viagem Lisboa/Porto estava
cancelada (DOC 03), e que deveria aguardar até que a empresa o realocasse para

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outro voo.
Horas depois, o autor voltou ao guichê da empresa ré para cobrar uma
resposta definitiva, pois deveria estar no Rio de Janeiro antes das 21:00 horas,

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devido a uma reunião de trabalho.
Somente após longo tempo de conversa, a atendente da Empresa Ré
realocou o autor em um voo que sairia do aeroporto de Lisboa às 23:25 horas
com destino para o Rio de janeiro, sem escalas (DOC 04), alternativa que, a
principio, não foi aceita.
Isto porque, o voo supracitado não resolveria o problema do autor, que
perderia a reunião de trabalho marcada para a data original de retorno, além
disso, a atendente da ré informou que no voo reagendado o mesmo teria que
viajar na classe econômica, apesar de ter pago caro para voar na classe executiva.
No entanto, como não havia alternativa, o autor aceitou ser realocado no
voo em referência e chegou ao Rio de Janeiro às 05:18 horas do dia 10/09/2018
(DOC 05), ao invés de chegar as 19:51 horas do dia 09/09/2018 como era
previsto no voo original.
Ressalta-se que, em virtude do cancelamento, o autor teve que aguardar
mais de 13 horas abandonada no saguão do aeroporto de Lisboa para
embarcar para o Rio de Janeiro.
Em todo esse período, a ré não concedeu alimentação, nem
comunicação para que o mesmo pudesse avisar que não conseguiria chegar
ao Rio de Janeiro no horário da reunião de trabalho já mencionada.
Em resumo, o autor deveria chegar ao Rio de Janeiro às 19:51 horas do dia
09/09/2018 (DOC 06), mas em virtude do cancelamento do voo original,
chegou às 05:18 horas do dia 10/09/2018, com atraso de aproximadamente
10 horas (DOC 02, DOC 03 e DOC 04).
Diante da falha no serviço e dos danos sofridos em consequência do
cancelamento, o autor distribui a presente ação para que sejam aplicadas à ré as

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medidas judiciais cabíveis.

DOS FUNDAMENTOS

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Um contrato de prestação de serviços de transporte aéreo de passageiros
tem em contrapartida uma obrigação de resultado, ou seja, transportar o
passageiro consumidor até o seu destino na forma e condições estipuladas.
No caso em tela, o defeito na prestação de serviço é evidente, pois restaram
comprovados autoria, dano e nexo causal, sendo, com fulcro no art. 14, do
Código de Defesa do Consumidor, inconteste a responsabilidade objetiva da ré.
Estão claramente demonstrados a reprovabilidade na conduta da ré e o
sofrimento e prejuízo do autor, que não se confunde com os pequenos incidentes
e aborrecimentos registrados no cotidiano dos relacionamentos comerciais e
pessoais.
Uma empresa como a ré, das maiores do mundo, sabe que são frequentes
tais situações e, portanto, devia se cercar de cuidados e adotar providências que
evitassem o cancelamento do voo por motivos técnicos e ainda fazer com que o
autor ficasse abandonada no saguão aguardando o embarque.
Ademais, como prestadora de serviço, deve fornecer serviços adequados,
eficientes e seguros. No caso de descumprimento destas obrigações, deve ser
compelida a reparar os danos causados, assim como preceitua o art.22 caput e
parágrafo único da Lei nº 8.078/90.
Inadmissível, portanto, que empresa de renome internacional e acostumada
a realizar milhares de viagens por ano, como é o caso da ré, não tenha controle
efetivo sobre as aeronaves e os auxílios prestados aos passageiros.
Via de consequência, a ré deve ser responsabilizada de forma objetiva
quando da prática dos atos ilícitos descritos na narrativa dos fatos, assim como
preceitua o art.14 do Código de Defesa do Consumidor.

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DO DANO MORAL
No presente caso, o defeito na prestação de serviço é evidente, pois
restaram comprovados autoria, dano e nexo causal, sendo, com fulcro no art. 14,

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do Código de Defesa do Consumidor, inconteste a responsabilidade objetiva da
empresa ré.
Aplica-se à causa a teoria do risco do empreendimento, devendo a
fornecedora de serviços responder pelos danos decorrentes da falta de observação
do dever de cuidado, em adição a isso, não pode a ré deliciar-se com os bônus da
atividade que opera sem suportar os ônus, repassando estes ao consumidor
vulnerável.
Outrossim, é possível asseverar que não exsurgem da caracterização dos
danos morais no presente caso, nos moldes do disposto no verbete sumular de nº.
45 deste Tribunal de Justiça:
SUMULA TJ N. 45, DE 03/09/2003 (ESTADUAL) - DORJ-III, S-I 166 (3) -
03/09/2003- “É devida indenização por dano moral sofrido pelo
passageiro, em decorrência do extravio de bagagem, nos casos de
transporte aéreo”.

Portanto, o dano moral aqui é in re ipsa, isto é, decorre do próprio fato,


sendo evidente que a falta de zelo da empresa ré para com o autor gerou ofensa
aos direitos de sua personalidade.
Em observância a isso, seguem abaixo as circunstancias especificas que
devem ser consideradas pelo ilustre Juízo a quo na hora de arbitrar o quantum
indenizatório:
 O cancelamento do trecho Lisboa/Porto, aumentou a angústia e
incerteza do autor sobre quando iria conseguir retornar para casa;
 A negativa por porte da ré em fornecer alimentação ou
comunicação ao autor;
 O autor no voo reagendado teve que viajar na classe econômica,
apesar de ter pago caro para voar na classe executiva.

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 O autor teve que passar do dia 09/09/2018 ao dia 10/09/2018 com


a mesma roupa que estava no corpo, já que suas malas haviam sido
despachadas;

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 E principalmente, o atraso em mais de 10 horas para finalmente
conseguir chegar ao Rio de Janeiro;
 Sem se falar no dano causado a carreira do autor que não pode
comparecer a reunião de trabalho, devido ao cancelamento do voo.
Nesse sentido seguem ementas do Tribunal de Justiça de São Paulo que
corroboram com a tese defendida:
APELAÇÕES – INDENIZATÓRIA – TRANSPORTE AÉREO
INTERNACIONAL – CANCELAMENTO DE VOO E EMBARQUE NO
DIA SEGUINTE, COM ESCALA EM CIDADE DISTINTA – SENTENÇA
DE PARCIAL PROCEDÊNCIA – RECURSOS DE AMBAS AS PARTES. 1
– DANOS MORAIS – Cancelamento de voo e embarque no dia seguinte –
Danos morais caracterizados – Precedentes – Problemas técnicos -
Fortuito interno – Dever de indenizar caracterizado – Danos morais de
considerável gravidade – Autor que teve alterados os planos de viagem
internacional com a família e, ainda, teve que passar a noite de Natal
dentro do avião, em assento distante dos familiares, notadamente do filho
– Majoração da indenização fixada em primeiro grau que é de rigor,
considerando-se as particularidades do caso concreto – Quantum
indenizatório alterado para R$ 30.000 (trinta mil reais) , importe
que não destoa do que fixado por este E. Tribunal em casos nos quais os
danos morais decorrentes de problemas advindos de atraso em voos
internacionais são de considerável amplitude – Indenização fixada em
importe inferior ao pleiteado pelo autor (daí o só parcial provimento a
seu recurso), mas que bem atende aos fins a que se destina e mostra-se
compatível com as características do caso concreto. 2 – DANOS
MATERIAIS – Quantum indenizatório – Correta a sentença ao condenar
a ré ao pagamento do valor pleiteado pelo autor (R$ 790,97 -setecentos e
noventa reais e noventa e sete centavos) em razão do pagamento por este
de serviços que não pode usufruir, por força dos fatos tratados nos autos.
RECURSO DO AUTOR PROVIDO EM PARTE. RECURSO DA RÉ
DESPROVIDO. (1008245-44.2017.8.26.0565, Classe/Assunto: Apelação
/ Transporte Aéreo, Relator(a): Sergio Gomes, Comarca: São Caetano do
Sul, Órgão julgador: 37ª Câmara de Direito Privado, Data do
julgamento: 19/06/2018, Data de publicação: 20/06/2018, Data de
registro: 20/06/2018) (Grifamos)

REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS - CONTRATO DE TRANSPORTE


AÉREO - RELAÇÃO DE CONSUMO CARACTERIZADA -
DESCUMPRIMENTO - ATRASO DESMESURADO DE VÔOS -
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TRATAMENTO DEGRADANTE EM PAÍS ESTRANGEIRO -
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA EMPRESA DE TRANSPORTE,
QUE SEQUER DISPONIBILIZOU FUNCIONÁRIOS PARA
ACOMPANHAMENTO DOS PASSAGEIROS - PERMANÊNCIA EM
LOCALIDADE NÃO PREVISTA POR PERÍODO DESARRAZOADO -

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INDENIZAÇÃO DEVIDA NOS TERMOS DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR, QUE AFASTA A APLICAÇÃO DA CONVENÇÃO DE
VARSÔVIA - REPARAÇÃO MORAL REDUZIDA PARA R$ 60.000
(SESSENTA MIL REAIS) E R$ 30.000,00 (TRINTA MIL
REAIS), RESPECTIVAMENTE, PARA CADA AUTOR -
RAZOABILIDADE DO VALOR DA INDENIZAÇÃO - RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO, SOMENTE PARA ESTE FIM. (Apelação
9176655-97.2002.8.26.0000, 24ª Câmara de Direito Privado, relª Des.
Maria Lúcia Pizzotti, j. em 05/05/2011, g.n.) (Grifamos)

INDENIZAÇÃO. TRANSPORTE AÉREO. CANCELAMENTO DE VOO


INTERNACIONAL. Manutenção da aeronave. Fato previsível e que não
exclui a responsabilidade da transportadora. Má prestação do serviço
caracterizada. Indenização por dano moral devida. "Quantum" fixado
em R$ 20.000,00, que não comporta a redução pretendida, diante das
peculiaridades do caso concreto. Autora que após ter esperado por horas
no aeroporto, foi informada sobre o cancelamento do voo, o ônibus que a
ré disponibilizou para o transporte dos passageiros ao hotel colidiu na
estrada e, quando da chegada, os passageiros foram surpreendidos com a
notícia de que não havia quartos disponíveis, o que era de conhecimento
da ré. Sentença mantida. RECURSO DESPROVIDO. (1040491-
96.2018.8.26.0100, Classe/Assunto: Apelação / Transporte Aéreo,
Relator(a): Afonso Braz, Comarca: São Paulo, Órgão julgador: 17ª
Câmara de Direito Privado, Data do julgamento: 23/07/2018, Data de
publicação: 23/07/2018, Data de registro: 23/07/2018) (Grifamos)
RESPONSABILIDADE CIVIL - Voo adiado e posteriormente cancelado -
Apresentação em festejos comemorativos em cidade no Tocantins -
Alegação de reparos técnicos na aeronave - Atraso no primeiro voo que
motivo o do segundo, que só teve lugar após o horário previsto para a
apresentação - Passageiros completamente desassistidos pela companhia
aérea - Prova dos lucros cessantes manifesta, cabendo sua reparação no
valor de R$20.000,00 - Documentação suficiente a lastrear o pleito dos
autores, não havendo falar, assim, em cerceamento de defesa - Ação
indenizatória - Configurado o dano moral, é cabível sua preservação em
R$15.000,00 - Precedente desta Corte - Sentença mantida - Recurso
desprovido e, por ser a sentença publicada já na vigência do NCPC, são
majorados os honorários advocatícios de 10% para 15% do valor da
condenação (art. 85, § 11, do NCPC). (1016070-72.2017.8.26.0554,
Classe/Assunto: Apelação / Transporte Aéreo, Relator(a): Mendes
Pereira, Comarca: Santo André, Órgão julgador: 15ª Câmara de Direito
Privado, Data do julgamento: 02/07/2018, Data de
publicação: 02/07/2018, Data de registro: 02/07/2018) (Grifamos)

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INDENIZAÇÃO –Danos morais –Atraso de voo –24 horas de espera–Ré
que não forneceu a devida assistência à autora–Não providenciou
alimentação nem hospedagem –Defeito na prestação de serviços -Artigo
14, parágrafo 3º, do Código de Defesa do Consumidor –Mantida a r.
sentença –Recurso da ré desprovido. INDENIZAÇÃO –Quantum

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indenizatório –Sentença fixou a indenização em R$ 8.000,00 –Pedido de
majoração –Possibilidade –Quantum majorado para R$ 15.000,00–
Fixação que evita enriquecimento sem causa e direciona o fornecedor à
ordem de não agir de forma irresponsável com o consumidor –Recurso da
autora provido. (TJSP. 38ª Câm. Dir. Priv. Rel. Des. ACHILEALESINA.
Apelação 1021038-29.2014.8.26.0562. V.U. em 23/06/2016)

Ementa: RESPONSABILIDADE CIVIL – INDENIZAÇÃO POR DANOS


MATERIAIS E MORAIS -TRANSPORTE AÉREO –Voo internacional
–Atraso excessivo no embarque–Adolescente que viajava
desacompanhada do responsável -Assistência deficiente prestada pela
companhia aérea –Prestação de serviço inadequada -Responsabilidade
da requerida –Indenização por danos morais devida –Elevação do
montante indenizatório para R$ 15.000,00–Condenação da ré ao
pagamento dos ônus da sucumbência –Honorários advocatícios fixados
em 15% do valor da condenação –Recurso parcialmente provido.(TJSP.
19ªCâm. Dir. Privado. Apelação 1011128-45.2015.8.26.0011. Rel. Des.
Mario de Oliveira. J. 09/12/2016)

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. Danos morais e materiais. Transporte aéreo.


Viagem internacional. Atraso no voo de conexão. Remarcação do retorno
para o dia seguinte. Réu que prestou assistência parcial, custeando hotel
e parte da alimentação aos autores. Postulantes que foram privados de
suas bagagens e tiveram que adquirir roupas para suportar o frio.
Reparação por danos morais. Montante majorado de R$ 8.000,00 para
R$15.000,00.Sentença parcialmente reformada. Recurso parcialmente
provido. (TJSP. 38ª Câm. Dir. Priv. Rel. Des. SPENCER DE ALMEIDA
FERREIRA. Apelação 4013764-94.2013.8.26.0562. V.U. em 26/03/2015).

Tais fatos são demasiado graves, e, por isso mesmo, exigem veemente
reprimenda, já que, ao adquirir a passagem aérea, o consumidor passa a ter a
legítima expectativa de ser transportado, juntamente com toda a sua bagagem,
com segurança e qualidade.
O rompimento dessa legítima expectativa agride o princípio da confiança e
gera o dever de reparar os danos patrimoniais e morais causados, nos termos do
artigo 6º, VI, do CDC. Desta maneira, resta evidente a ocorrência de dano moral
passível de indenização.
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Portanto, no entendimento jurisprudencial deste E.Tribunal de Justiça,


conforme demonstrado em epígrafe, a média das indenizações por dano moral em
casos análogos é de R$ 15.000,00, valor que o autor entende suficiente e justo

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para o caso em tela.

DA INAPLICABILIDADE DO LIMITE INDENIZATÓRIO PREVISTO


NA CONVENÇÃO DE MONTREAL QUANTO AOS DANOS MORAIS
Em relação à condenação de dano moral, a jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça se orienta no sentido de prevalência das normas do Código de
Defesa do Consumidor em detrimento das disposições insertas em Convenções
Internacionais como a Convenção de Montreal, por verificar a existência da
relação de consumo entre as empresas aéreas e os passageiros.
O Supremo Tribunal Federal decidiu no julgamento conjunto do Recurso
Extraordinário (RE) 636331 e no Agravo em Recurso Extraordinário (ARE)
766618, que a convenção deve prevalecer sobre o Código de Defesa do
Consumidor.

Todavia, recente julgado do STF, ao apreciar o tema 210 de repercussão


geral, entendeu que os Tratados Internacionais limitadores da responsabilidade
das transportadoras aéreas de passageiros tem prevalência ao CDC na fixação do
valor da condenação por danos materiais (RE 636331).
Nesta seara, o informativo nº 866 do STF, esclarece o julgado, deixando
patente que a prevalência das Convenções Internacionais, em especial, o art. 22
da Conversão de Varsóvia, limita-se apenas à indenização por dano material.
Colaciono trecho do informativo:
“No RE 636.331/RJ, ao apreciar o Tema 210 da Repercussão Geral, o
Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, deu provimento ao recurso
extraordinário, para reduzir o valor da condenação por danos materiais,
limitando-o ao patamar estabelecido no art. 22 da Convenção de Varsóvia
(1), com as modificações efetuadas pelos acordos internacionais
posteriores. (...) Realçou que, no tocante à aparente antinomia entre o
disposto no CDC e na Convenção de Varsóvia – e demais normas
internacionais sobre transporte aéreo –, não há diferença de hierarquia
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entre os diplomas normativos. Todos têm estatura de lei ordinária e, por
isso, a solução do conflito envolve a análise dos critérios cronológico e da
especialidade. (...) Ademais, frisou que as disposições previstas nos
aludidos acordos internacionais incidem exclusivamente nos contratos de
transporte aéreo internacional de pessoas, bagagens ou carga. Assim, não

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 60210AF.
alcançam o transporte nacional de pessoas, que está excluído da
abrangência do art. 22 da Convenção de Varsóvia. Por fim, esclareceu
que a limitação indenizatória abarca apenas a reparação por danos
materiais, e não morais. (Grifo nosso) ”(...)

Ou seja, a limitação da Convenção de Montreal não se aplica ao presente


caso, tendo em vista que versa sobre a existência de danos extrapatrimoniais
passíveis de indenização, pelos transtornos suportados.
Salienta-se que, as normas de proteção ao consumidor e a defesa da
integridade de seus direitos, estão presentes na Constituição Federal, em posição
de direito fundamental, previsto no art. 5º, inciso XXXII, e ainda como
fundamento da ordem econômica, inscrito no art. 170, V, in verbis:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes. (...)XXXII - o Estado
promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; ” “Art. 170. A
ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os
ditames da justiça social, observados os seguintes princípios (...)V -
defesa do consumidor”

Neste diapasão, seguem as recentíssimas jurisprudências do Tribunal de


Justiça de São Paulo, julgadas em 18/07/2018 e 25/07/2018, que corroboram com
o de entendimento de que, quando o caso tratar de danos extrapatrimoniais
aplica-se o CDC em detrimento da Convenção de Montreal:
Apelação. Transporte Aéreo. Ação de indenização por danos morais.
Cancelamento de voo nacional. Remarcação. Prevalência do CDC em
detrimento da Convenção de Montreal. Sentença de procedência.
Responsabilidade da ré é objetiva, conforme disposto no artigo 14, do
CDC e artigos 734 e 737, do CC. Danos morais caracterizados. Verba
indenizatória majorada. Correção monetária a partir da data da sentença
(Súm. 362, STJ), e os juros legais desde a citação (art. 405, do CC).
Sentença parcialmente modificada. Recurso das autoras provido; e o
recurso adesivo da ré desprovido. (TJSP; Apelação 1002023-
10
Av. das Américas, 3333, sala 306, Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22631-003
Tel. (21) 2135-1852 - Fax (21) 2135-1853 - Cel. (21) 99344-3326
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LEONARDO TAVARES BARROS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 26/11/2018 às 13:30 , sob o número 11203211420188260100.
Rebelo dos Santos fls. 11

Advocacia
57.2017.8.26.0566; Relator (a): Elói Estevão Troly; Órgão Julgador: 15ª
Câmara de Direito Privado; Foro de São Carlos - 5ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 18/07/2018; Data de Registro: 18/07/2018)

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 60210AF.
RESPONSABILIDADE CIVIL. Extravio de bagagens. Transporte
nacional de passageiros. Inaplicabilidade dos tratados e convenções
internacionais. Precedentes do STF. Aplicação do art. 14 do Código de
Defesa do Consumidor. Responsabilidade contratual e objetiva da
companhia aérea pelos danos sofridos pela consumidora. DANOS
MATERIAIS. Autora que listou os itens perdidos de modo genérico, sem
indicar o modelo do equipamento eletrônico ou o valor individualmente
atribuído a cada um dos objetos. Fixação da indenização a partir de
estimativa do prejuízo, sem demonstração dos critérios adotados.
Impossibilidade. Sentença parcialmente reformada. DANO MORAL.
Reconhecimento. Dano in re ipsa. Transtornos e aflições decorrentes do
fato. Quantum. Majoração. Cabimento. Fixação que deve ser compatível
com o dano e atender aos princípios da proporcionalidade e
razoabilidade. Sentença parcialmente reformada. RECURSO DA
AUTORA PROVIDO E RECURSO DA RÉ PARCIALMENTE PROVIDO.
(TJSP – Apelação nº1015737-90.2018.8.26.0100; Relator (a): Fernando
Sastre Redondo; Órgão Julgador: 38ª Câmara de Direito Privado; Foro
Central Cível - 16ª Vara Cível; Data do Julgamento: 25/07/2018; Data de
Registro: 27/07/2018)

Afastada a incidência do precedente, verifica-se que o caso em análise


envolve empresa de transporte aéreo internacional de passageiros, que realiza
atividade qualificada como prestação de serviços. Dessa forma, por se tratar de
relação jurídica de consumo, deve ser aplicado o CDC.

DA CONVENÇÃO DE MONTREAL

Ainda que V.Exa. entenda que o limite indenizatório estabelecido na


Convenção de Montreal se aplica à indenizações por danos morais, o que é
admitido apenas face ao princípio da eventualidade, é importante mensurar qual é
esse limite.

A Convenção de Montreal, recepcionada no ordenamento jurídico pátrio


através do Decreto 5910/2006, estabelece em seu art. 22 o valor limite de 4.150
Direitos Especiais de Saque para indenizações nos casos de atraso de vôo. In

11
Av. das Américas, 3333, sala 306, Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22631-003
Tel. (21) 2135-1852 - Fax (21) 2135-1853 - Cel. (21) 99344-3326
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LEONARDO TAVARES BARROS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 26/11/2018 às 13:30 , sob o número 11203211420188260100.
Rebelo dos Santos fls. 12

Advocacia

verbis:

“Artigo 22 – Limites de Responsabilidade Relativos ao Atraso da


Bagagem e da Carga

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 60210AF.
1. Em caso de dano causado por atraso no transporte de pessoas, como
se especifica no Artigo 19, a responsabilidade do transportador se
limita a 4.150 Direitos Especiais de Saque por passageiro.”

Neste sentido, é importante consignar que os 4.150 Direitos Especiais de


Saque convertidos para o Real na data do evento danoso, resultam na
importância de R$ 24.067,51 para o passageiro, conforme cotação fornecida
pelo Banco Central do Brasil (DOC. 07).
Sendo assim, considerando as graves e variadas consequências do atraso
do voo do autor, listadas em pormenores na seção “DOS DANOS MORAIS”
desta exordial, bem como a impressionante extensão do atraso de 10 horas,
nada mais justo do que o arbitramento de indenização por danos morais
próximo ao teto de R$ 24.067,51.
Afinal Exa., o que seria necessário para atingir o teto previsto pelo art. 22
da Convenção de Montreal? O que seria mais grave do que um atraso 10 horas e
todos os infortúnios e humilhação sofridos pelo autor?
Sendo assim, não seria justo que fosse arbitrada indenização inferior ao
patamar perseguido na presente ação, de R$ 15.000,00 para o autor, valor abaixo
do teto previsto pelo art. 22 da Convenção de Montreal.

DO PEDIDO
Diante do exposto, o autor requer a V.Exa.:
1) a inversão do ônus da prova com fulcro no art. 6º VIII do CDC;
2) que determine a citação da empresa ré por correio, através de AR,
para que responda aos termos da presente demanda sob pena de revelia;
3) que seja condenada a ré a pagar a quantia de R$ 15.000,00 (quinze
mil reais), a título de indenização pelos danos morais sofridos;

12
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Tel. (21) 2135-1852 - Fax (21) 2135-1853 - Cel. (21) 99344-3326
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Rebelo dos Santos fls. 13

Advocacia

4) a condenação da ré ao pagamento de custas e honorários


advocatícios na proporção de 10% (dez por cento) sobre o valor atribuído à
causa.

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DAS PROVAS
Requer a produção de todos os meios de provas permitidos em juízo,
notadamente, prova documental.

DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).

Nestes termos,
pede deferimento.

Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2018.

EDSON REBELO DOS SANTOS JUNIOR


OAB/RJ 147680

LEONARDO TAVARES BARROS


OAB/RJ 173198

13
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24/10/2018 Transportes Aereos Portugueses (TP) #1934 ✈ 9 de Set de 2018 ✈ LIS / LPPT - OPO / LPPR ✈ FlightAware fls. 18
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TAP1934 / TP1934
Transportes Aereos Portugueses 1934

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CANCELADO
Operado por White 1934

LIS OPO
LISBON, PORTUGAL FRANCISCO SA CARNEIRO INT., PT

partindo do TERMINAL 1 aterrissando em

Portela - LIS Francisco Sá Carneiro - OPO

DOM 9 DE SET DE 2018 DOM 9 DE SET DE 2018

11:00AM WEST 12:00PM WEST


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1 hr total travel time

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Todos os voos entre LIS e OPO

HORÁRIOS DE PARTIDA

Portão de embarque Decolagem

11:00AM WEST 11:10AM WEST

Programado 11:00AM WEST Programado 11:10AM WEST

Tempo de rolagem: 10 minutos

Atraso médio: 10 a 20 minutos

HORÁRIOS DE CHEGADA

Aterrizagem Chegada à Porta

11:50AM WEST 12:00PM WEST

Programado 11:50AM WEST Programado 12:00PM WEST

Tempo de rolagem: 10 minutos

Atraso médio: 10 a 20 minutos

INFORMAÇÕES DA AERONAVE

Tipo de Aeronave Fotos


ATR ATR-72 (turbopropulsor bimotor) (AT72)

INFORMAÇÕES DA COMPANHIA AÉREA

Linha Aérea todos os vôos


White "WHITEJET"

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DADOS DO VOO 
Velocidade graph
Preenchido: 415 km/h

Altitude —
Distância Distância em linha reta: 173 mi

Rota —
FOTOS ATR ATR-7 TURBOPROPULSOR BIMOTOR EM DESTAQUE

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TAP75 / TP75
Transportes Aereos Portugueses 75

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POUSOU MAIS DE UM MÊS ATRÁS

LIS GIG
LISBON, PORTUGAL RIO DE JANEIRO, BRAZIL

decolou de aterrissou em

Portela - LIS Int'l do Rio de Janeiro-Galeão - GIG

DOM 9 DE SET DE 2018 SEG 10 DE SET DE 2018

11:24PM WEST (11 minutos mais cedo) (15 minutos atrasado) 05:18AM -03
I I

 

9h 55m total travel time

NÃO É O SEU VOO? Plano de voo de TAP75

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Informações sobre o voo

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Todos os voos entre LIS e GIG

HORÁRIOS DE PARTIDA

Portão de embarque Decolagem

11:24PM WEST 11:43PM WEST

Programado -- Programado 11:35PM WEST

Tempo de rolagem: 19 minutos

Atraso médio: Menos de 10 minutos

HORÁRIOS DE CHEGADA

Aterrizagem Chegada à Porta

05:18AM -03 (+1) --

Programado 05:04AM -03 (+1) Programado --

Tempo de rolagem: --

Atraso médio: 10 a 20 minutos

INFORMAÇÕES DA AERONAVE

Tipo de Aeronave Fotos


Airbus A330-200 (bimotor a jato) (A332)

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INFORMAÇÕES DA COMPANHIA AÉREA

Linha Aérea todos os vôos


Transportes Aereos Portugueses "Air Portugal"

DADOS DO VOO 
Velocidade graph
Preenchido: 807 km/h

Altitude —
Distância Real: 4.984 mi (Distância em linha reta: 4.799 mi)

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Rota

FOTOS AIRBUS A - BIMOTOR A JATO EM DESTAQUE

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24/10/2018 Transportes Aereos Portugueses (TP) #79 ✈ 9 de Set de 2018 ✈ OPO / LPPR - GIG / SBGL ✈ FlightAware fls. 23
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TAP79 / TP79
Transportes Aereos Portugueses 79

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CHEGOU HÁ MAIS DE UM MÊS


Terminal 2

OPO GIG
FRANCISCO SA CARNEIRO INT., PT RIO DE JANEIRO, BRAZIL

decolou de chegou às  TERMINAL 2

Francisco Sá Carneiro - OPO Int'l do Rio de Janeiro-Galeão - GIG

DOM 9 DE SET DE 2018 DOM 9 DE SET DE 2018

01:29PM WEST (sem atraso) (sem atraso) 07:51PM -03


I I

 

10h 22m total travel time

NÃO É O SEU VOO? Plano de voo de TAP79

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Todos os voos entre OPO e GIG

HORÁRIOS DE PARTIDA

Portão de embarque Decolagem

01:29PM WEST 01:44PM WEST

Programado 01:20PM WEST Programado 01:30PM WEST

Tempo de rolagem: 15 minutos

Atraso médio: 10 a 20 minutos

HORÁRIOS DE CHEGADA

Aterrizagem Chegada à Porta

07:37PM -03 07:51PM -03

Programado 07:30PM -03 Programado 07:40PM -03

Tempo de rolagem: 14 minutos

Atraso médio: 10 a 20 minutos

INFORMAÇÕES DA AERONAVE

Tipo de Aeronave Fotos


Airbus A330-200 (bimotor a jato) (A332)

Registro Faça upgrade da conta para ver o número de série

https://pt.flightaware.com/live/flight/TAP79/history/20180909/1230Z/LPPR/SBGL 1/2
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24/10/2018 Transportes Aereos Portugueses (TP) #79 ✈ 9 de Set de 2018 ✈ OPO / LPPR - GIG / SBGL ✈ FlightAware fls. 24
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INFORMAÇÕES DA COMPANHIA AÉREA

Linha Aérea todos os vôos


Transportes Aereos Portugueses "Air Portugal"

DADOS DO VOO 
Velocidade graph
Preenchido: 798 km/h

Altitude —
Distância Real: 5.130 mi (Distância em linha reta: 4.955 mi)

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Rota

FOTOS AIRBUS A - BIMOTOR A JATO EM DESTAQUE

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© 8 FlightAware | Termos de Uso | Privacidade | FAQ

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24/10/2018 Conversão de Moedas
fls. 25

Resultado da Conversão

Conversão de: DIREITO ESPECIAL/SDR (138) Para: REAL BRASIL/BRL (790)


Valor a converter: 4.150,00 Resultado da conversão: 24.067,51
Data cotação utilizada: 06/09/2018
Taxa:

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 60210D4.
1 DIREITO ESPECIAL/SDR (138) = 5,7994 REAL BRASIL/BRL (790)
1 REAL BRASIL/BRL (790) = 0,1724316 DIREITO ESPECIAL/SDR (138)

Fonte: Thomson Reuters.

O Banco Central não assume qualquer responsabilidade pela não simultaneidade ou falta das informações prestadas, assim como por eventuais erros de paridades das
moedas, ou qualquer outro, salvo a paridade relativa ao dólar dos Estados Unidos da América em relação ao Real. Igualmente, não se responsabiliza pelos atrasos ou
indisponibilidade de serviços de telecomunicação, interrupção, falha ou pelas imprecisões no fornecimento dos serviços ou informações. Não assume, também,
responsabilidade por qualquer perda ou dano oriundo de tais interrupções, atrasos, falhas ou imperfeições, bem como pelo uso inadequado das informações contidas na
transação.

O cálculo efetuado tem caráter informativo e não substitui as disposições da norma cambial brasileira para casos específicos de conversão.

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https://www4.bcb.gov.br/pec/conversao/conversao.asp 1/1
fls. 26

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 60210D7.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 60210D7.
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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 60210DE.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LEONARDO TAVARES BARROS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 26/11/2018 às 13:30 , sob o número 11203211420188260100.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 60210DE.
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO -FORO CENTRAL CÍVEL
11ª VARA CÍVEL

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 60239A7.
Praça João Mendes s/nº, 13º andar - salas nº 1322/1324, Centro - CEP
01501-900, Fone: 2171-6116/6578-, São Paulo-SP - E-mail:
sp11cv@tjsp.jus.br

CONCLUSÃO

Em 26 de novembro de 2018 faço estes autos conclusos ao(à) MM(a). Juiz(a) de Direito
Dr(a). Luiz Fernando Pinto Arcuri. Eu ___________ (Renato Carris Seno), Assistente
Judiciário, subscrevi.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ FERNANDO PINTO ARCURI, liberado nos autos em 26/11/2018 às 15:16 .
DECISÃO
Processo nº: 1120321-14.2018.8.26.0100
Classe – Assunto: Procedimento Comum - Transporte Aéreo
Requerente: Ângelo Monteiro Pinto
Requerido: Tap Air Portugal

Vistos,
Cite-se a parte ré para oferecer resposta no prazo de 15
(quinze) dias (art. 335, CPC), contados nos termos do artigo 231 do Código de Processo
Civil, respeitado o disposto no artigo 180 e artigo 229, ambos do Código de Processo
Civil, sob pena de, não sendo contestada a ação, presumirem-se aceitos pela parte ré,
como verdadeiros, os fatos articulados pela parte autora (art. 344, CPC).

Por não vislumbrar na espécie, diante da natureza da


controvérsia posta em debate, a possibilidade de composição, deixo de designar a
audiência a que alude o disposto no art. 334 do CPC.

Intimem-se.

São Paulo, 26 de novembro de 2018.


Luiz Fernando Pinto Arcuri
Juiz de Direito
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME
IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CÍVEL
11ª VARA CÍVEL
Praça João Mendes s/nº - São Paulo-SP - CEP 01501-900
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min

CARTA DE CITAÇÃO - RITO COMUM – PROCESSO DIGITAL

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 60243AB.
Processo Digital nº: 1120321-14.2018.8.26.0100
Classe – Assunto: Procedimento Comum - Transporte Aéreo
Requerente: Ângelo Monteiro Pinto
Requerido: Tap Air Portugal
Destinatário:
Tap Air Portugal
Avenida Paulista, 453, 14º Andar, Bela Vista
São Paulo-SP
CEP 01311-000

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ FERNANDO PINTO ARCURI, liberado nos autos em 26/11/2018 às 15:16 .
Pela presente, comunico que perante este Juízo tramita a ação em epígrafe, da qual fica Vossa Senhoria CITADO(A) de todo
o conteúdo da petição inicial e da decisão, disponibilizadas na internet.

ADVERTÊNCIA / PRAZO PARA DEFESA: Nos termos do artigo 344 do Código de Processo Civil, se o réu não contestar
a ação, no prazo de 15 dias úteis, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo
autor, ficando, ainda, ciente de que o recibo que acompanha esta carta valerá como comprovante que esta citação se efetivou.

OBSERVAÇÃO: 1- Este processo tramita eletronicamente. A visualização da petição inicial, dos documentos e da decisão
que determina a citação (art. 250, II e V, do CPC) poderá ocorrer mediante acesso ao sítio do Tribunal de Justiça de São
Paulo, na internet, no endereço abaixo indicado, sendo considerado vista pessoal (art. 9º, § 1º, da Lei Federal nº 11.419/2006)
que desobriga a anexação. Petições, procurações, contestação etc, devem ser trazidos ao Juízo por peticionamento eletrônico.
2- Tratando-se de processo eletrônico, em prestígio às regras fundamentais dos artigos 4º e 6º do CPC, fica vedado o exercício
da faculdade prevista no artigo 340 do CPC. São Paulo, 26 de novembro de 2018. Luiz Fernando Pinto Arcuri - Cargo do
Usuário << Informação indisponível >>.
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TJ/SP - COMARCA DE SÃO PAULO Emitido em: 27/11/2018 12:17


Certidão - Processo 1120321-14.2018.8.26.0100 Página: 1

CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 603E852.
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0233/2018, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
LEONARDO TAVARES BARROS (OAB 173198/RJ) D.J.E

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por TELMA REGINA CAMARGO CUNHA LIMA, liberado nos autos em 27/11/2018 às 12:17 .
Teor do ato: "Vistos, Cite-se a parte ré para oferecer resposta no prazo de 15 (quinze) dias (art. 335,
CPC), contados nos termos do artigo 231 do Código de Processo Civil, respeitado o disposto no artigo 180 e
artigo 229, ambos do Código de Processo Civil, sob pena de, não sendo contestada a ação, presumirem-se
aceitos pela parte ré, como verdadeiros, os fatos articulados pela parte autora (art. 344, CPC). Por não
vislumbrar na espécie, diante da natureza da controvérsia posta em debate, a possibilidade de composição,
deixo de designar a audiência a que alude o disposto no art. 334 do CPC. Intimem-se."

Do que dou fé.


São Paulo, 27 de novembro de 2018.

Telma Regina Camargo Cunha Lima


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TJ/SP - COMARCA DE SÃO PAULO Emitido em: 28/11/2018 09:27


Certidão - Processo 1120321-14.2018.8.26.0100 Página: 1

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 6057F24.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0233/2018, foi disponibilizado na página
167/194 do Diário da Justiça Eletrônico em 28/11/2018. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.

Advogado
LEONARDO TAVARES BARROS (OAB 173198/RJ)

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RICARDO SATOSHI YAMASSAKI, liberado nos autos em 28/11/2018 às 09:27 .
Teor do ato: "Vistos, Cite-se a parte ré para oferecer resposta no prazo de 15 (quinze) dias (art. 335,
CPC), contados nos termos do artigo 231 do Código de Processo Civil, respeitado o disposto no artigo 180 e
artigo 229, ambos do Código de Processo Civil, sob pena de, não sendo contestada a ação, presumirem-se
aceitos pela parte ré, como verdadeiros, os fatos articulados pela parte autora (art. 344, CPC). Por não
vislumbrar na espécie, diante da natureza da controvérsia posta em debate, a possibilidade de composição,
deixo de designar a audiência a que alude o disposto no art. 334 do CPC. Intimem-se."

SÃO PAULO, 28 de novembro de 2018.

Ricardo Satoshi Yamassaki


Chefe de Seção Judiciário
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por v-post.correios.com.br, liberado nos autos em 05/12/2018 às 10:44 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 6119C2D.
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA MARTINS BELMONTE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/12/2018 às 11:16 , sob o número WJMJ18417332910
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 11ª VARA CIVEL DO


FORO REGIONAL CENTRAL DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 62AECC2.
PROCESSO Nº 1120321-14.2018.8.26.0100

TAP – TRANSPORTES AÉREOS PORTUGUESES S/A, também designada por TAP


AIR PORTUGAL, sociedade anônima constituída segundo as leis portuguesas,
autorizada a funcionar no Brasil através do Decreto nº 38.817, de 05 de março de
1956, inscrita no CNPJ sob o nº 33.136.896/0001-90, com representação no Brasil na
Avenida Paulista, n.˚ 453, 14º andar, Bela Vista, São Paulo - SP, CEP 01311-000, por
sua advogada que a presente subscreve, com fundamento no artigo 335, do Código
de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015), vem à presença de Vossa Excelência
apresentar CONTESTAÇÃO à Ação Indenizatória promovida por ANGELO
MONTEIRO PINTO, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

I - DAS INTIMAÇÕES

1. Inicialmente, a Ré requer que as futuras intimações e publicações sejam feitas,


exclusivamente, em nome de sua advogada, JOÃO ROBERTO LEITÃO DE
ALBUQUERQUE MELO, inscrita na OAB/SP 245.790, e-mail:
contencioso@amelo.com.br, e com escritório na Rua Sete de Setembro, nº 54,
12º andar, Centro, Rio de Janeiro/RJ, sob pena de nulidade.

1
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA MARTINS BELMONTE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/12/2018 às 11:16 , sob o número WJMJ18417332910
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II – DOS FATOS (COMO NARRADOS PELO AUTOR)

2. O Autor relata, em síntese, que adquiriu passagens aéreas da Ré para realizar

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 62AECC2.
viagem nos trechos: Rio de Janeiro x Porto x Lisboa, iniciando a viagem em
09.09.2018.

3. No entanto, aduz que voo que realizaria o trajeto Lisboa x Porto (TP 0075) foi
cancelado, sendo providenciada a realocação do Autor em novo voo previsto
para decolar no dia seguinte ao anteriormente previsto.

4. O Autor afirma ter sido informado pela Ré de que não haviam lugares
disponíveis na classe executiva no voo em que foi procedida a sua realocação,
motivo pelo qual foi acomodado na classe econômica da aeronave, fato que
teria lhe causado danos.

5. Por essa razão, ajuizou a presente demanda, pleiteando: (i) indenização por
danos morais no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais); (iii) inversão do ônus
da prova e (iv) pagamento de custas e honorários advocatícios.

6. Todavia, as alegações autorais não merecem prosperar, como será


demonstrado a seguir.

III – NO MÉRITO
III. 1 – DA VERDADE DOS FATOS

7. Trata-se de ação indenizatória ajuizada em face da Requerida, sob a suposta


alegação de ocorrência de danos materiais e morais em virtude de alteração no
de voo e de categoria de classe sem aviso prévio.

2
.
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8. No caso em comento, verifica-se que o Autor se queixa do cancelamento do voo


que faria o trecho Lisboa x Porto, previsto para decolar no dia 09.09.2018

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 62AECC2.
9. A priori, quanto ao cancelamento do voo é necessário tecer alguns
apontamentos para aclarar o ocorrido.

10. É de conhecimento notório que o transporte aéreo, com o passar do tempo, tem
se consolidado como o meio de transporte mais seguro, rápido e prático para
viajar, o que facilita a conectividade entre as pessoas, de modo que em um
mundo globalizado, gerando grande produtividade.

11. Não restam dúvidas de que apenas o zelo prestado pela companhia área e toda
uma tecnologia que lhe permite alcançar uma altitude rigorosa não bastam.

12. Por óbvio, é essencial que haja plena segurança para que o transporte aéreo
possa permitir essa conectividade e transportar as pessoas de modo eficiente e
seguro.

13. Nesta toada, tendo em vista o crescimento e intensidade do tráfego aéreo é


extremamente necessário consolidar os comandos para garantir a
segurança e prestatividade dos serviços aéreos.

14. Importante esclarecer, portanto, que o controle do tráfego aéreo advém


das denominadas “Torre de Comando”, pertinente a cada aeroporto, que
gerencia todo o controle de voo daquele local, avaliando as condições
meteorológicas, a cartografia do espaço aéreo, rota, velocidade das aeronaves,
altitude, fluxo de aviões, o que decorre da autorização de voo ou negando sua
decolagem.

15. Isto tudo visando à plena segurança dos voos realizados, visando que não
ocorram colisões, entre outros acidentes. Fato este que mais do que
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demonstra sua grande importância, bem como a rigidez no cumprimento


de suas ordens.

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16. E, neste sentido, é que adentramos a realidade dos fatos discutidos nesta
demanda.

17. No presente caso, o voo fora cancelado, por determinação EXPRESSA dos
controladores de tráfego aéreo, devido à grande quantidade de voos
existentes naquela data e horário.

18. Não obstante, insta salientar que a Ré não tem qualquer ingerência na ação dos
controladores de voo e deve seguir expressamente as ordens dadas por
estes.

19. Sendo assim, é imperioso destacar que não houve qualquer dolo ou mesmo
responsabilidade da Ré pelo cancelamento do voo em questão.

20. Dessa forma, ao informar ao Autor sobre o empecilho (apesar da companhia


não ter qualquer responsabilidade sobre a alteração do voo) e em decorrência
do pequeno atraso, foi providenciada a realocação do Autor no próximo voo
disponível.

21. Contudo, por não haverem mais lugares disponíveis na classe executiva, o
Autor teria que realizar o trecho em classe econômica.

22. Portanto, a Ré, mesmo sem ter qualquer responsabilidade pelo ocorrido,
providenciou, novamente, acomodação e a realocação do Autor no próximo voo
disponível para seu destino, conforme solicitação deste, sem qualquer custo
adicional.

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23. No que se refere à alegação autoral quanto a alocação em classe diversa da


adquirida, cumpre ressaltar, novamente, que a Ré priorizou a realocação em
tempo exíguo, assim, no voo em que o Autor foi realocado todos os assentos da

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classe executiva já se encontravam devidamente ocupados, e os assentos
anteriormente selecionados pelo Autor não puderam ser mantidos, vale ressaltar
que o Autor tinha total ciência, como ele mesmo assume em sua Exordial.

24. Deste modo, percebemos que a TAP agiu de forma incontestavelmente correta
com o Autor, pois disponibilizou a realocação em voo que possibilitaria a
chegada ao destino final desejado de forma mais rápida.

25. Estando claramente comprovado que a TAP agiu de maneira


incontestavelmente correta com o Autor, uma vez que resolveu a questão
prontamente e no menor espaço de tempo possível, não há que se falar em
responsabilidade civil da TAP.

26. Excelência, vale ressaltar que o Autor aceitou o de IMEDIATO a alteração de


classe, diante da possibilidade de chegar com a maior brevidade possível no
destino pretendido.

27. Diante do exposto, tendo em vista que a Ré agiu de forma incontestavelmente


correta com o Autor, é certo que o pleito autoral deve ser julgado improcedente.

III. 2 – DA EVIDENTE EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE DA RÉ

28. Deve ser esclarecido, novamente, que a alteração voo foi proveniente de
determinação (impassível de descumprimento) dos controladores de tráfego
aéreo do aeroporto de Porto, cabendo a Ré somente acatar a ordem.

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29. Assim, a alteração em questão era absolutamente imprevisível e inevitável,


caracterizando o caso fortuito.

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30. Verifica-se que no caso em tela estão presentes as excludentes de
responsabilidade previstas no artigo 14, § 3, inciso II do CDC, a saber:

“Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência


de culpa, pela reparação dos danos causados ao consumidor por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos.
(...)
§ 3º O fornecer de serviços só não será responsabilizado quando provar:
(...)
II – a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.”
(g.n)

31. Por esta razão, os supostos danos relatados nesta demanda não derivam de
culpa da Ré, já que não houve a prática de qualquer ato ilícito.

32. Como se sabe pelo que consta do artigo 186 do atual Código Civil é
imprescindível a presença de ato ilícito para ensejar o dever de indenizar.

33. Douto magistrado, a Ré prestou toda a assistência devida ao Autor, forneceu


todas as informações necessárias ao longo da relação contratual, bem como o
realocou no próximo voo disponível para o destino pretendido, da maneira mais
confortável possível.

34. Neste sentido é o ensinamento de Luis de Camargo Pinto de Carvalho,


especialista em direito aeronáutico:

“Na verdade, embora, indiscutivelmente, o transporte aéreo ofereça na


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atualidade níveis de segurança inimagináveis há alguns anos, não somente em


decorrência do altíssimo padrão tecnológico alcançado tanto pelas aeronaves
como pela infra-estrutura aeronáutica, especialmente nos campos das
comunicações, não é menos verdadeiro que persistem os riscos próprios da

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 62AECC2.
navegação aérea, sujeita a fenômenos naturais, como variações
meteorológicas, condições da aeronave em si, controle de trafego aéreo,
condições dos aeroportos e, ainda, acontecimentos outros que atingem os
pilotos, que a própria natureza humana ainda não conseguiu identificar por
completo.” (in Observações em torno da Responsabilidade Civil no Transporte
Aéreo”, Revista do Advogado da AASP, vol. 44, pags. 43/49)
(grifos não constantes do original)

35. Ao enfrentar caso similar, o eminente Ministro Aldir Passarinho Junior, com
muita propriedade, elucidou:

"Entendo, contudo, que pelas características do transporte aéreo, notadamente


o de passageiros, que envolve regras rígidas de segurança envolvendo a
aeronave, condições climáticas, aeroportos e a operação como um todo,
depende de toda uma infra-estrutura que extrapola, visivelmente, o próprio
âmbito da atividade-fim prestada pela companhia, merece ele um tempero no
que concerne ao atraso.
Exigir-se pontualidade na aviação é desconhecer, por completo, essas
circunstâncias, muito próprias, do transporte aéreo, que detém, de outro
lado, desempenho bastante satisfatório no que tange à segurança e ao
tratamento dispensado aos passageiros, no geral.
A própria substituição de aeronave, em caso de defeito, não é simples nem
imediata, pela inexistência de equipamento reserva, já que a imobilidade de um
avião, dado o seu alto custo, não comporta tal procedimento.
De outra parte, quando se verifica o atraso, o passageiro dispõe de instalações
cômodas para aguardar o vôo, tanto no aeroporto, como em hotéis próximos,
disponibilizados pelas empresas aéreas, se assim o desejar o cliente, e
transporte por taxi.
Assim, tenho que um atraso, ainda que por algumas horas - aqui foram
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menos de oito horas - não gera direito a indenização por dano moral, sob
pena de sua banalização, já que impossível considerar-se como dor,
sofrimento, desespero ou grave angústia o sentimento por que passa o
passageiro em tal situação, minimizada pelas atenuantes acima descritas e

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 62AECC2.
em favor da segurança, inclusive da população em terra.
No caso dos autos, essa é exatamente a situação, porquanto a espera se deu
no aeroporto Internacional de Guarulhos, inquestionavelmente o maior e um dos
mais confortáveis do país, dotado de todo um sistema de segurança, razoável
entretenimento, opções de alimentação e conforto, a afastar, data maxima venia,
a possibilidade de lesão moral pela espera, ainda que incômoda.
Não há que se confundir, absolutamente, percalços, dissabores e
contratempos, com dor, sofrimento ou angústia a abalar, seriamente, a
pessoa, a ponto de justificar indenização específica a respeito." (REsp nº
431.303/SP; julgamento: 06.03.2003).
(grifos não constantes do original)

36. Conforme já demonstrado a Ré fez tudo o que estava ao seu alcance para
impedir que o Autor sofresse qualquer tipo de dano.

37. O art. 19 da Convenção de Montreal, que é a legislação aplicável ao transporte


aéreo internacional, é claro ao prever que o transportador não responde pelo
dano proveniente do atraso de transporte aéreo se tomar todas as medidas
necessárias para que não se produzisse o dano ou mostrar que lhe não foi
possível tomá-las.

“Artigo 19. Atraso


O transportador é responsável pelo dano ocasionado por atrasos no transporte
aéreo de passageiros, bagagem ou carga. Não obstante, o transportador não
será responsável pelo dano ocasionado por atraso se prova que ele e seus
prepostos adotaram todas as medidas que eram razoavelmente
necessárias para evitar o dano ou que lhes foi impossível, a um e a outros,
adotar tais medidas.”
8
.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA MARTINS BELMONTE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/12/2018 às 11:16 , sob o número WJMJ18417332910
fls. 45

(grifos não constantes do original)

38. Desta forma, não há como se alegar a ocorrência de danos morais, pois a Ré

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 62AECC2.
não agiu com desrespeito ou descaso com o Autor ou com qualquer outro
passageiro.

39. Desta maneira, com base na doutrina, jurisprudência e legislação pátria deve
ser de plano reconhecido que a Ré tomou todas as medidas cabíveis para que o
Autor não sofresse qualquer dano, o que constitui excludente de
responsabilidade e implica na total improcedência desta demanda.

III. 3 - DA EVIDENTE AUSÊNCIA DE DANOS MORAIS

40. Como exaustivamente demonstrado, a Ré não pode ser condenada a indenizar


o Autor, ante a excludente de responsabilidade aqui presente, de modo que a
improcedência do pedido de indenização por danos morais é medida que se
impõe.

41. No entanto, apenas para fins de argumentação, e por extrema cautela, o pedido
de indenização por danos morais formulado pelo Autor deve ser totalmente
repudiado por este MM juízo.

42. Excelência, conforme amplamente demonstrado, o cancelamento do voo deu-se


em cumprimento as órdens emanadas do controle de tráfego aéreo, situação
completamente imprevisível sobre a qual até não tem qualquer
responsabilidade.

43. Contudo, o Autor demonstrou insatisfação com a solução oferecida, solicitando


a realocação com maior brevidade, o que foi prontamente atendido pela Ré, que
providenciou a realocação deste no dia seguinte, realizando o trecho em classe
9
.
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econômica.

44. Mesmo assim o Autor vem agora, em demanda judicial, requerer

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indenização por danos morais? Completamente absurdo tal pleito!
Excelência, a Ré fez tudo o que estava ao seu alcance para impedir que o
Autor suportasse quaisquer danos, atendeu todas as suas solicitações e
prestou-lhe toda a assistência necessária!

45. ALÉM DISSO, DIGA-SE, QUE O AUTOR NÃO VIVEU NENHUM


CONSTRANGIMENTO, DOR INTENSA, HUMILHAÇÃO, VEXAME OU
DESONRA E NÃO HÁ NOS AUTOS QUALQUER PROVA DA EXISTÊNCIA
DO ALEGADO DANO.

46. Nada, absolutamente nada que justifique o dano moral pleiteado, já que
lhe foi oferecida reacomodação no próximo voo disponível para os
destinos pretendidos.

47. No presente caso não houve qualquer afronta a dignidade do Autor, muito pelo
contrário, a Ré adotou uma atitude proativa e resolveu a questão rapidamente.

48. Impõe-se dizer que o caso em questão se trata, no máximo, apenas de mero
descumprimento parcial do contrato no que diz respeito ao exato momento do
embarque, fato absolutamente normal da convivência urbana e que não é capaz
de ensejar dano moral. Aliás, esse entendimento é pacífico tanto na doutrina
como na jurisprudência.

49. Esse, inclusive, é o entendimento do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE RESOLUÇÃO DE CONTRATO


CUMULADA COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR perdas e danos E dano
10
.
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MORAL. CONSERTO DE VEÍCULO. INADIMPLEMENTO. SENTENÇA QUE


ATENDEU AO PLEITO DO AUTOR, EXCETO NO QUE CONCERNE AO DANO
MORAL.
Trata-se de mero inadimplemento contratual que, por si só, é incapaz de

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provocar danos extrapatrimoniais indenizáveis. Há situações sem
potencial lesivo suficiente a provocar lesão a direito da personalidade,
existindo casos em que se reconhece a ocorrência do que comumente
convencionou-se chamar de ‘meros dissabores’, hipótese na qual não se
verifica efetivo abalo à esfera jurídica da pessoa, não dando ensejo,
portanto, ao dever de indenização. Apelação desprovida.” (AC 70037951795
RS, Vigésima Câmara Cível, Relator Des. Glênio José Wasserstein Hekman,
julg. 08.08.2012, DJ 17.08.2012)
(grifos nossos)

50. Há ainda que se ilustrar o presente caso com decisão proferida pela Primeira
Turma Recursal Cível dos Juizados Especiais Cíveis do Estado do Rio Grande
do Sul, a saber:

“TRANSPORTE AÉREO. CANCELAMENTO DE VOO. DANOS MATERIAIS E


MORAIS. INOCORRÊNCIA DE DANO MORAL DIANTE DAS
PARTICULARIDADES DO CASO CONCRETO.
(...) - Dano moral não caracterizado. Caso de mero inadimplemento
contratual. E o descumprimento contratual em que incorreu não enseja a
reparação de danos morais. Nesse sentido, o enunciado nº 5 do Encontro dos
Juizados Especiais Cíveis do Estado de maio de 2005 em Gramado: “O
descumprimento ou a má execução dos contratos só gera danos morais de
forma excepcional, quando violarem direitos da personalidade”. Não
havendo, no caso, violação aos direitos de personalidade, não há
configuração do dano extrapatrimonial.
(...) DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO” (TJRS RC 71002651206
RS, Primeira Turma Recursal Cível, Relator Heleno Tregnago Saraiva, julg.
22.02.2011, DJ 28.02.2011)
11
.
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(grifos nossos)

51. Instados a se manifestar em caso semelhante ao presente os Tribunais de

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Justiça deste país decidiram expressamente no sentido de inexistir dano moral:

"INDENIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL.


INOCORRÊNCIA - AÇÃO QUE VERSA SOBRE AUSÊNCIA DE
CUMPRIMENTO DE PACOTE TURÍSTICO, COM ATRASO DE VIAGEM.
CASO, TODAVIA, DE MERO INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. HIPÓTESE
QUE AUTORIZARIA A REPARAÇÃO MATERIAL E NÃO DANO MORAL.
ALEGADO SOFRIMENTO DAS AUTORAS QUE NÃO RESTOU
COMPROVADO. VERBA INDEVIDA. AÇÃO JULGADA IMPROCEDENTE -
RECURSO PROVIDO."
(Apelação Cível n.º 371.751-4/3-00; TJSP; 6ª Câmara de Direito Privado; Rel.
Des. Vito Guglie Mi; julgamento: 11.5.2006). (grifos não constantes dos
originais).

52. Há de se convir que no instituto da responsabilidade civil, a obrigação de


indenizar está diretamente vinculada à comprovação real do dano, como regra
mínima de convivência, o que não se verifica no caso em concreto.

53. Repita-se. Meros e fugazes inconvenientes facilmente contornáveis, não


causam mau irreversível a ninguém.

54. Logo, não há qualquer dano moral a ser indenizado.

55. Ademais, a Convenção de Montreal, que rege a presente demanda, não faz
previsão de pagamento de indenização por danos morais. Logo, inadmissível o
pleito autoral.

56. Cumpre transcrever parte do voto da lavra do Ministro Carlos Alberto Menezes
Direito proferido nos autos do Recurso Especial nº 170.449/SP:
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“(...) Sem sombra de dúvida, está correta a sentença ao compreender a regra


internacional como incidente diante da existência de dano. Se dano não foi

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comprovado e se a empresa transportadora comprovou as providências
tomadas, aos seu alcance, para que o dano não se produzisse não me
parece razoável amesquinhar o conceito de responsabilidade para admitir
que o só atraso do vôo gera o pagamento de indenização,
independentemente da existência do dano. A responsabilidade pressupõe
dano. (...)”
(STJ; 3ª Turma; publicação 25.10.99)

57. Caso se repute ilícita a conduta da Ré, o que não se acredita e se admite
apenas para fins de argumentação, deve-se observar que a extensão do
significado dano moral exige acuidade, inteligência e preparo, conforme
ensinamento doutrinário.

58. É certo que ao se pleitear uma reparação deve-se carrear aos autos com todas
as provas necessárias à aferição pelo Juízo do suposto dano e sua extensão, e
não de forma aleatória e indistinta que sequer autoriza tal pleito indenizatório.

59. Cumpre dizer que nos termos do art. 373, I do CPC, cabe à parte autora provar
o dano suportado:

“Indenização – Responsabilidade civil – Dano moral – Prova de sua repercussão


– Falta – Verba não devida – recurso provido para esse fim – “No plano moral
não basta o fato em si do acontecimento, mas, sim, a prova de sua
repercussão, prejudicialmente moral”
(TJESP; 7ª Câmara Cível; relator Des. Benini Cabral; JTJ-Lex 143/89).

60. No caso em tela, o Autor não se desincumbiu desse ônus. Não é apresentada
uma prova sequer de tal dano. Aguiar Dias assim define o dano moral:
13
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“... consiste na penosa sensação da ofensa, na humilhação perante terceiros, na


dor sofrida, enfim, nos efeitos puramente psíquicos e sensoriais experimentados

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pela vítima do dano, em conseqüência deste, seja provocada pela recordação
do defeito ou da lesão, quando não tenha deixado resíduo mais concreto, seja
pela atitude de repugnância ou de reação a ridículo tomada pelas pessoas que o
defrontam.”
(Da Responsabilidade Civil - Forense - vol. II - pág.: 375).

61. Assim, para que configure o dano moral é essencial que as consequências do
ato ilícito sejam fortes o suficiente para atingir a intimidade da pessoa, a sua
honra, a sua imagem, ou então, o psiquismo, evitando-se a banalização do
dano moral.

62. Ressalte-se que a falta de critérios objetivos que caracterizem o dano moral, faz
com que se corra o risco de ingressar na fase de industrialização de tal dano,
onde o aborrecimento banal ou a mera sensibilidade são apresentados como
dano moral, em busca de indenizações, o que na verdade não são, pois não
fogem aos contratempos e dissabores do cotidiano da vida moderna.

63. Outrossim, a título de argumentação, cumpre ressaltar que muito embora a


valoração do dano moral não seja contemplada com regras explícitas pela
legislação, deve ter relação com o evento, não constituindo enriquecimento
ilícito (vedado pelo nosso ordenamento jurídico).

64. Impõe-se transcrever os ensinamentos do I. Des. Sérgio Cavalieri Filho:

“Não me parece, data vênia, haver a menor parcela de bom senso, a menor
parcela de razoabilidade, na fixação de uma indenização pelo dano moral em
valor muito superior à indenização pelo dano material a que faria jus a vítima,

14
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durante toda a sua sobrevida, caso lhe resultasse a morte ou a incapacidade


total. Não vejo como uma indenização pelo dano moral possa ser superior àquilo
que a vítima ganharia durante toda a sua vida”
(in Programa de Responsabilidade Civil, Ed. Malheiros, pág. 109).

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65. O entendimento da doutrina e jurisprudência é no sentido de que o dano moral
deve ser arbitrado em consonância com o bom senso, a razoabilidade e
proporcionalidade, repudiando-se toda e qualquer indenização milionária.

66. Ainda em referência as lições do Des. Sérgio Cavalieri Filho:

“Razoável é aquilo que é sensato, comedido, moderado; que guarda uma certa
proporcionalidade. A razoabilidade é o critério que permite cotejar meios e fins,
causas e conseqüências, de modo a aferir a lógica da decisão. Para que a
decisão seja razoável é necessário que a conclusão nela estabelecida seja
adequada aos motivos que a determinaram; que os meios escolhidos sejam
compatíveis com os fins visados; que a sanção seja proporcional ao dano.
Importa dizer que o juiz, ao valorar o dano moral, deve arbitrar uma quantia que,
de acordo com o seu prudente arbítrio, seja compatível com a reprovabilidade da
conduta ilícita, a intensidade e a duração do sofrimento experimentado pela
vítima, a capacidade econômica do causador do dano, as condições sociais do
ofendido, e outras circunstâncias mais que se fizerem presentes.”
(in Programa de Responsabilidade Civil, Ed. Malheiros, pág. 108).

67. Não obstante, caso Vossa Excelência considere que a parte Autora seja
merecedora de indenização por danos morais, o que se admite somente em
respeito ao princípio da eventualidade, espera-se que eventual reparação seja
arbitrada observando-se os princípios da proporcionalidade e razoabilidade.

68. O arbitramento de danos morais exige parcimônia e moderação, sob pena de


acarretar o enriquecimento ilícito de uma das partes, conforme já defendido,

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fls. 52

violando o art. 884 do CC: “aquele que, sem justa causa, se enriquecer a custa de
outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores”.

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69. O Poder Judiciário não pode aceitar a industrialização do dano moral “onde o
aborrecimento banal ou mera sensibilidade são apresentados como dano moral, em busca de
indenização milionárias” (Des. Sérgio Cavallieri Filho in Apelação Cível 8.218/95).

Esta ação é um claro exemplo desta indústria que cresce a cada dia.

70. Ressaltando ainda, que o Autor tinha total ciência do downgrade tanto que
aceitou os termos.

71. Veja Excelência, a Ré fora totalmente prudente, agiu da melhor forma, arcou
com todos os custos do Autor, cumpriu com o que determina a ANAC, de todas
as formas.

72. Portanto, outra solução não pode ser dada a este pedido, senão a sua total
improcedência.

III. 5 – DA IMPOSSIBILIDADE DE INVERSÃO AO ÔNUS DA PROVA

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73. O Autor pretende a concessão da inversão do ônus da prova, o que não deve
ser admitido, pois conforme acima mencionado, o artigo 373, inciso I do CPC diz
que “o ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu

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direito”.

74. Pois bem. É certo que o art. 6º, VIII do CDC não revogou o dispositivo do CPC
acima suscitado, sendo aquele uma exceção, e que deverá ser analisado
conforme o caso, como o próprio dispositivo reza e que revela a inaplicabilidade
ao caso concreto.

75. No caso em exame, não há que falar em inversão do ônus da prova, pois não
está presente qualquer circunstância que dificultasse a demonstração do direito
autoral. Muito pelo contrário.

76. Neste sentido, veja a lição de Luiz Paulo da Silva de Araújo Filho:

“A inversão do ônus a prova, entretanto, há de ser relativa a fatos específicos e


pertinentes ao produto ou ao serviço, não alcançando todos e quaisquer fatos
cujas prova incumba genericamente ao consumidor, mas apenas aqueles fatos
cuja prova se mostre ingrata para ele, não abrangendo, ademais, fatos
estranhos ao produto fornecido ou ao contratado.” (in Comentários ao Código de
Defesa do Consumidor – Direito Processual, Ed. Saraiva, 2002, pág. 19)

77. Cumpre dizer que não se pode requerer a inversão do ônus da prova em
relação ao dano moral, eis que se trata de fato constitutivo de seu direito e por
isso é exclusivamente do Autor o ônus de provar a sua ocorrência. Portanto, a
inversão do ônus da prova não abrange comprovação dos fatos constitutivos do
pedido indenizatório por danos morais.

78. Assim, impõe-se o não acolhimento do pedido de inversão do ônus da prova.


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III. 6 - DA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AO CASO – DECRETO N.º 5.910/2006


(CONVENÇÃO DE MONTREAL)

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79. Ressalte-se que em razão de a presente ação ter como objeto a relação jurídica
decorrente do transporte aéreo internacional de passageiro, aplica-se à espécie
a Convenção de Montreal, norma especial específica para o julgamento da
questão em comento, pois celebrada em 28.05.1999, aprovada no Brasil através
do Decreto n.º 59/2006 e promulgada através do Decreto n.º 5.910/2006.

80. Destaca-se que em recente decisão do Supremo Tribunal Federal, com status
de repercussão geral foi admitido que as Convenções de Varsóvia e Montreal
prevalecem sobre o Código de Defesa do Consumidor:

“Nos termos do art. 178 da Constituição da República, as normas e os tratados


internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de
passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm
prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor.” (ARE 766618,
Relator Min. ROBERTO BARROSO, julgado em 25/05/2017 – Acórdão
publicado em 13.11.2017)

81. Fundamentou, o Ministro Relator Dr. Gilmar Mendes, com fulcro nos
argumentos abaixo transcritos:

Eu também fico deveras impressionado com o argumento que Vossa Excelência


traz, só que aqui nós estamos a lidar com um tema assaz complexo neste
mundo globalizado. Antes mesmo da globalização de que hoje se fala com tanta
destreza e intensidade, as companhias aéreas já compunham esse mundo, que
exige uma cooperação e um critério minimamente homogêneo, sob pena de, na
verdade, estabelecer-se uma certa anarquia, anomia, perplexidade.

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Então, aqui me parece que a defesa do consumidor há de ser feita sob a


tutela internacional. Tanto é que, como Vossa Excelência inclusive destacou, a
partir do modelo de Varsóvia, tivemos uma série de atualizações – o que se faz
necessário –, mas no concerto das nações, sob pena de se colocar um país

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como o nosso, que tem companhias internacionais, como um pária no sistema
internacional.
Eu mesmo dizia privativamente a Vossa Excelência que hoje, e já há muito
tempo, esse tema ganha uma primazia enorme: a questão do controle dos
tratados no plano internacional.
Inclusive, Ministra Cármen, Vossa Excelência está a presidir, nos próximos dias,
uma sessão importante de Cortes internacionais. Há países que repudiam o
controle preventivo de normas e instauram, aceitam o controle preventivo
de normas para os tratados internacionais para evitar exatamente a pecha
de não se respeitar o tratado no plano internacional. Então, parece-me que
esses valores têm que ser levados em conta quando nós colocamos essa
temática.
Vejam que as repercussões das decisões hoje são incríveis, e levam países e
empresas a tomarem decisões de ruptura até de relações a partir da não
observância desses pactos.
Portugal mesmo, nós lembrávamos, colocou na sua Carta aquilo que a Corte
Constitucional alemã considera implícito: a ideia do controle preventivo em
relação aos tratados. Antes que eles sejam definitivamente aprovados, é
possível ao Presidente da República fazer esse controle para evitar
exatamente a pecha de não se honrar o 'pacta sunt servanda' no plano
internacional, que também é importante. É um valor constitucional; quer dizer,
se nós olharmos já o prólogo do Texto Constitucional, veremos a ênfase que se
dá ao respeito às relações internacionais em, especialmente, esse ambiente de
paz. (grifos não constantes do original)

82. O Superior Tribunal de Justiça também assentou entendimento neste sentido,


com espeque na decisão supra mencionada, do STF. Abaixo, colaciona-se
ementa do julgamento do Recurso Especial 1.615.981 – SP (2014/0247524-7),
de relatoria do Ilustríssimo Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, inclusive,
19
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demostra preocupação pela falta de cumprimento do tratado do qual o Brasil é


signatário. Vejamos:

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RECURSO ESPECIAL. CIVIL. TRANSPORTE AÉREO INTERNACIONAL DE
CARGA. TRATAMENTO ADUANEIRO. DESPESAS DE ARMAZENAGEM.
INDENIZAÇÃO. CONVENÇÃO DE MONTREAL. APLICABILIDADE.
PRESCRIÇÃO BIENAL. OCORRÊNCIA.
1. Controvérsia acerca da aplicabilidade da Convenção de Montreal a
pretensão indenizatória decorrente de despesas adicionais de armazenagem
causadas por ilícito contratual praticado pela transportadora durante as
formalidades aduaneiras.
2. Extensão do contrato de transporte aéreo internacional para além do
momento do desembarque da carga, mantendo-se o vínculo jurídico enquanto a
carga permanecer sob custódia da transportadora, nos termos do art. 18, item
3, da Convenção de Montreal.
3. Existência de norma na Convenção de Montreal acerca da responsabilidade
subjetiva das Transportadora pelas formalidades aduaneiras (art. 16, item 1).
4. Prevalência da norma internacional em detrimento da legislação interna,
na esteira do precedente do Supremo Tribunal Federal (Tema 210/STF),
enunciando o seguinte entendimento: "Nos termos do art. 178 da Constituição
da República, as normas e os tratados internacionais limitadores da
responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as
Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de
Defesa do Consumidor".
5. Aplicação da Convenção de Montreal ao caso dos autos.
6. Ocorrência da prescrição bienal prevista no art. 35 da Convenção de
Montreal, com a improcedência do pedido.
7. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.

83. É incontroverso, pois, que a referida Convenção Internacional regula toda


matéria atinente ao transporte aéreo internacional, conforme prevê o seu
artigo 1º, item 1, vejamos:

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“Artigo 1. Âmbito de Aplicação - A presente Convenção se aplica a todo


transporte internacional de pessoas, bagagem ou carga, efetuado em

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aeronaves, mediante remuneração. Aplica-se igualmente ao transporte gratuito
efetuado em aeronaves, por uma empresa de transporte aéreo.”

84. Deve-se observar que a especialidade com que o transporte internacional aéreo
deve ser tratado decorre da própria Constituição Federal (CF/88), que dispõe
expressamente no seu artigo 178 (com redação conferida Emenda
Constitucional n.º 07/95), ao regular especificamente o tema, que a lei deve
observar os acordos firmados pela União, atendido o princípio da reciprocidade.

85. Assim, resta demonstrado que qualquer decisão tendente a negar vigência à
Convenção de Montreal, viola frontalmente o mencionado dispositivo
constitucional, que abaixo se transcreve:

“Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e
terrestre, devendo, quanto à ordenação do transporte internacional, observar os
acordos firmados pela União, atendido o princípio da reciprocidade.”

86. De mais a mais, a supremacia da Convenção de Montreal para os casos de


transporte aéreo internacional também encontra guarida no disposto no
parágrafo 2º do artigo 5º da CF/88, que eleva os direitos e garantias conferidos
em tratados internacionais à categoria de direitos fundamentais
assegurados constitucionalmente e que, por tal razão, não podem ser
revogados ou restringidos por norma de hierarquia inferior, como reconhecido
desde a vigência da Convenção de Varsóvia.

87. A Convenção de Montreal veio a unificar as regras relativas ao transporte aéreo


e consequentemente substituir a Convenção de Varsóvia, norma especial e
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.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA MARTINS BELMONTE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/12/2018 às 11:16 , sob o número WJMJ18417332910
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específica para a relação em questão, aprovada no Brasil por meio do Decreto


n.º 20.784/65, bem como pelos Protocolos Adicionais de Montreal n.º 1, 2 e 4,
promulgados no Brasil por meio do Decreto legislativo n.º 22/79 e pelos

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 62AECC2.
Decretos 2.860 e 2.861, ambos de 07.12.1998.

88. Repita-se, a supremacia de Convenção decorrente de Tratado Internacional


não pode ser superada por norma de hierarquia inferior, como reconhecido
na recentemente pelo Supremo Tribunal Federal!

89. Assim, em razão da Convenção de Montreal ser norma recente, especial e que
trata exclusivamente transporte aéreo internacional, bem como das relações
entre as empresas aéreas e seus passageiros, não se pode admitir seu
afastamento para aplicação de norma anterior e de caráter geral, como é o caso
da legislação consumerista.

90. Outrossim, destaca-se que o próprio Código de Defesa do Consumidor no seu


artigo 7º, dispõe que os direitos nele previstos não poderá exclui outros
decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja
signatário. Vejamos:

“Art. 7º. Os direitos previstos neste Código não excluem outros decorrentes de
tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da
legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades
administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais
do direito, analogia, costumes e equidade.”

91. O dispositivo legal acima transcrito reforça a tese da Ré de que, em se tratando


de transporte aéreo internacional, há de prevalecer a Convenção Internacional,
principalmente quando levada em consideração que a Convenção de Montreal é
posterior ao CDC.
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.
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92. Assim, restou demonstrado a aplicação da Convenção de Montreal no caso em


exame, impondo-se a inaplicabilidade de legislação comum, especificamente o

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Código de Defesa do Consumidor.

IV - CONCLUSÃO

93. Ante o exposto, a Ré requer confia e espera que a presente demanda seja
julgada totalmente improcedente, condenando o Autor ao pagamento de
honorários sucumbenciais, nos termos do artigo 85 do Código de Processo Civil.

94. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito disponíveis.

São Paulo (SP), 20 de dezembro de 2018.

RENATA MARTINS BELMONTE


OAB/SP 324.467

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QUINTA-FEIRA, 26 MAR 1992 DIÁRIO OFICIAL SEÇÃO I 3937

CAPITULO /II
Orgãos Sociais

Ministério da Aeronáutica Art. 5 a - São órgãos da sociedade a assembléia geral, o conselho de


administração e o conselho fiscal
Art. . 6 2 - 1 - Os membros dos orgãos sociais são eleitos por três
anos, sendo permitida a sua reeleição por uma ou mais vezes.
2 - Os membros dos órgãos sociais consideram-se empossados logo que
tenham sido eleitos e permanecem co exercício das suas funções até
GABINETE DO MINISTRO designação de quem deva substitui-los, estando dispensadoS de prestar
caução, relativamente ao desempenho dos seus cargos.
PORTARIA 59 273/0M5, DE 24 DE MARÇO DE 1992 secçAo I
Assembléia Geral
Concede autorização à empresa de
transpOrte aéreo TAP - TRANSPORTES
'AÉREOS PORTUGUESES E.P. - para Art. 7s - 1 - A assembléia geral é composta pelos accionistas com
continuar a funcionar no Brasil. direito de voto.
2 - A cada 100 acções corresponde um voto, podendo os accionistàs
possuidores de um número inferior de acções agrupar-se de forma a, em
O MINISTRO DE ESTADO DA AERONÁUTICA, no conjunto e fazendo-se representar por um dos agrupados, reunirem as
uso da competéncia delegada pel,o Decrete n4 69.278, de 23 de setembro condições necessárias ao exercício do direito de vote.
, do 1971 e considerando o que consta no Processo M Aer n4 07- 3 - Para conferir direito a voto, as acções deverão estar averbadas
01/17029/91, resolve; em nome dos respectivos titulares no livro de registro da sociedade.
pelo menos 15 dias antes da data marcada para a reunião da assembléia
Art 14 éonceder à TAP - TRANSPORTES AÉREOS PORTUGUESES gera/.
E.P., empresa de transporte aéreo com sede em Lisboa, Portugal, 4 - Os accionistas que sejam pessoas coletivas indicarão, por carta
autorizada á funcionar no Brasil pelo Decreto n4 38.817, de 05 de dirigida ao presidente da mesa, quem os representará na assembléia ge
março de 1956 e por último a prosseguir em suas atividades pelo ral.
Decreto 54 86.390, de 18 de setembro de 1981, autorização para O- Nenhum accionista se pode fazer representar por mais de uma pes
continuar a funcionar no Brasil, agora com a denominação "TRANSPORTES soa na mesma sessão da assembléia geral.
AÉREOS PORTUGUESES S.A., que pode designar-se abreviadamente por TAP Art. ga - 1 - A assembléia geral será convocada e dirigida pelo pre
S.A., TAP - AIR PORTUGAL, AIR PORTUGAL, ou apenas TAP, do conformidade sidente da reapectiva mesa, que incluirá ainda um vice-presidente J
com as modificações estatutárias que apresentou. um secretário, podendo qualquer deles ser ou não accionista, sendo as
Art 24 Fica entendido que o °xereteio efetivo de quaisquer respectivas faltas supridas nos termos da lei comercial.
de suas atividades no Brasil, relacionadas com ' os serviços de 2 - As deliberações são tomadas por meios ia de votos dos accionis-
transporte aéreo, ficará sujeito às leis e aos regulamentos em vigor, tas presentes ou representados na assembléia geral sempre que a lei
ou que venham a vigorar sobre o objeto da presente autorização. ou os estatutos não exijam maior número.
Art 34 Acompanham esta Portaria, em sua publicação, 3 - A assembleia geral para eleição dos membros don orgâos soci-
Estatuto Social e o último balanço da TAP - TRANSPORTES AÉREOS ais não poderá deliberar sem que estejam presentes ou representadoa
PORTUGUESES S.A., devidamente legalizados. accionistas sojas acções representem, pelo menos, 51% do capital so-
Art 44- Esta Portaria mitra em ivigor na data de sua cial.
publicação. A Art. 9 5 - Compete à assembléia geral:
a) Deliberar sobre o relatório do conselho de administração, as
contas do exercício e o parecer do conselho fiscal e sobre a
SCCRATES DA COSTA MONTEIRO aplicação dos resultados do wiercício;
b) Eleger e exonerar os membros dos °roídos sociais, designando
Estatutos de Transportes Aéreos Portugueses, S. A. os respectivos presidentes;
c) Deliberar sobre quaisquer alterações dos estatutos e aumen-
• CAPITULO 1 tos de capital; •
Denominação, sede, duração e objeto d) Deliberar sobre as remunerações dos membros dos orgãos so-
ciais, podendo, ,para o efeito, designar uma comissão de ven-
Artigo la - 1 - A sociedade anônima que, por força do Decreto - Lei - cimentos;
n. 312/91, de 17 dè agosto, tontinua a personalidade jurídica da em- e) Autorizar a aquisição ou alienação de bens imóveis ou de par
presa pública Transportes Aéreos Portugueses, E.P., adopta a denomina ticipações sociais, bem como a realização de investimentos
ção social de Transportes Aéreos Portugueses, S.A., podendo abreviada quando, em cada caso, o valor exceda o correspondente a 20%
mente ser designada por TAP, S.A., TAP - Air Portugal, Air Portugal; do capital social da TAP;
ou apenas TAP. f) Deliberar sobre a emissão de obrigações.
2 - A sociedade rege-se pelo Decreto-Lei n a 312/91, de 17 de agos- Art. 10 5 - A assembleia geral reunirá, pelonmnos, uma vez por ano
to, 'pelas normas reguladoras das sociedades anonimas, pelas normas es e sempre que os conselhos de administração ou fiscal o julguem neces-
peciars cuja aplicaçao decorra do objeto da sociedade e pelos presen- sário, ou ainda quando a sua convocação seja requerida ao presidente
tes estatutos. da respectiva mesa por accionistas que representem pelo menos-5% . do
Art. 22 1 - . A sociedade tem a sede no edifício n a 25 do Aeroporto capital social.
de Lisboa.
2 - Por deliberação do conpelho de administração, a sociedade pode SECÇÃO II
criar e encerrar agências, delegações ou quaisquer outras formas de
representação ele território nacional ou estrangeiro. Conselho de Administração
Art. 3e - 1 - Constitui objeto da sociedade a exploração dos servi- Art. ll a - 1 - O conselho de administração é composto por um presi
ços públicos de transporte acres de passageiros, carga e correio, bem dente e por quatro ou seis vogais.
como a prestação dos serviços e a realização das operações comerci- 2 - As vagas ou impedimentos que ocorram ao conselho de administra
ais, industriais e financeiras relacionadas directa ou indirectamente ção serão preenchidos por cooptação dos administradores em exercício,
com a referida exploração e, ainda, exercer quaisquer outras activida desde que estes sejam co número suficiente para o conselho poder fun-
aes consideradas convenientes aos interesses empreàariais cionar e a sua maioria tenha sido eleita pelos titulares do capital
2 - A sociedade pode participar em sociedades de qualquer ,natureza pertencente ao setor público.
e objecto, em associações, agrupamentos Complementares de empresas, Art. 12 2 - 1 - Compete ao conselho de administração:
agrupamentos europeus de interesse aconomico, ou outras formas de co- a) Gerir os negocies sociais e praticar os actos relativos ao
laboração com terceiros. objeto social que não caibam na competência atribuída a ou-
tros orgãos da sociedade;
CAPITULO II A) Adquirir, alienar ou onerar direitos ou bens móveis e imó-
Capital, Acções e Obrigações veis e participações sociais, sem prejuízo do disposto na a-
linea e) do artigo 92;
Art, 45 - 1 - O capital da sociedade é de 12.006.036,000$, está to- c) Representar a sociedade em Juízo e fora dele, activa e passi
' talmente realizado pelos valores integrantes do patrimônio da socieda vamente, podendo desistir, transigir e confessar em quais-
de e é representado por 12.006.036 acções com o valor nominal quer pleitos e, bem assim, celebrar convenções de arbitra-
1000$ cada uma. . gera:
2 - Serão obrigatoriamente da titularidade do Estado ou de outras d) Estabelecer a organização técnico-administrativa da socieda-
entidades pertencentes ao sector público as acções representativas" de e as normas do seu funcionamento interne;
pelo menos, 51% do capital social em cada momento existente. e) Constituir mandatários com os poderes considerados convenien
3 - As acções pertencentes a entidades do sector público serão soai tes;
nativas, podendo ser nominativas ou ao portador em regime de registro E) Exercer as demais competências que lhe seiam atribuidas pela
as tituladas por entidades privadas.
4 - A transmissibilidade das acções pertencentes a entidades do seo Lei ou pela assembléia geral.
tor público fica sempre dependente da prévia autorilação do Ministro
das Finanças.
5 - Haverá títulos de 1, 5, 50, 100, 1000 e 10.000 acções, podendo 2 - O conselho de administração poderá, dentro dos limites legais,
o conselho de administração emitir certificados provisórios ou defini delegar algumas das suas competencias em um ou mais dos seus membros
tinos representativos de qualquer número de acções. ou numa comissão executiva:
6 - Fica desde já autorizada a emissão ou conversão de acções co ou Art. 13 2 - 1 - Compete especialmente ao presidente do conselho de
tros títulos em forma meramente escritural, nos termos da legislação administração:
aplicável,. desde que . haja prévia deliberação favorável da assem- a) Convocar e dirigir a actividade do conselho, presidindo as
bléia geral, ficando as despesas inerentes por conta dos accionistas respectivas reuniões;
que. requererem. b) Zelar pela correta execução das deliberações do conselho.
7 - A sociedade pode emitir, nos mercados interno ou externo de ca- 2 - Nas suas faltas ou iMpedimentos, o presidente será substituído
pitais, obrigações ou cetros títulos de dívida, nos termos da legisla pelo vogal do conselho de administração por si designado para o efei-
çao aplicável. to.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 62AECC7
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3938 SEÇÃO I
DIÁRIO OFICIAL QUINTA-FEIRA, 26 MAR 1992
art. 145 -1 .. 0. conselho de administração deverá fixar as datas ou pe- Ferramentas e u-
riodicidade das suas reuniões e reunirá sempre que seja convocado pe- tensílios 2,061,824 1,027,932 1,033,892 555,528
lo presidente, por sua iniciativa ou a requerimento de dois adminis- Equipamento Admi
tradores ou do conselho fiscal. nistrativo 9,830,447 5,539,167 4,291,280
Outras imobiliza 2,632,926
2 - O conselho de administração não poderá deliberar sem a presença
da maioria dos seus membros, salvo por motivo de urgencia, como tal ções corpóreas 1,114,158 927,255 186,903
/mobilizações co 207,828
reconhecida pelo presidente, caso em que os votos podem ser expressos
por correspondência ou com base em documento conferindo poderes a ou- Curso 1.654,397 1,654,397
tro administrador. Adiant. p/ conta 1,171,119
3 - As deliberações do conselho de administração constarão sempre de Imob,,floip&eas 2,103,218 2,103,218 3,644,172
de acta, que consignará os votos de vencido, e serão tomadas por maio
ria de votos expressos, tendo o presidente, ou quem o substitua, voto 11 047 229 48,303,226' 62,744 003 43 707,300
de qualidade.
Art. 15 . - 1 - A sociedade obriga-se: I nvestimentos fi-
a) Pela assinatura de dois membros do conselho de administra- nandeiros
ção, que devem integrar a comissão executiva, quando exista; Partes de capi-
b) Pela assinatura de um administrador, quando haja delegação tal em Emp Inter'
expressa do cOnselho para a prática de determinado acto; ligadas 1,418,186
c) Pela assinatura de mandatário constituído, no ámbito do cor- Partes de capi- 1,418,186 .587,436
respondente mandato. tal de Emp Parti
2 - Em assuntos de mero expediente testará a assinatura de um admi- cipadas 10,096
. nistrador. Títulos e outras 10,096 10,096
• aplicações finan
3 - O conselho de administração pode deliberar, nos termos legais, ceiras 128,656
que certos documentos da sociedade sejam assinados por processos me- 5,558 ,123,098. 146,784
cànicos ou 'por chancela, designadamente os títulos representativos do 1.556,938
capital social. 5,558 . 1,551,280 744 316
Art. 16 5 - Os membros do conselho de administração têm direito 5 re CIRCULANTE
forma por velhice ou invalidez, ou a complementos de pensão de refor-
ma, ,nos termos que Vierem a ' constar de regulamentés a aprovar pela as Existências
sembléia geral. Materiais em se-
depção e em via-
SECçãO III gem 459451
Mat primas sub 459,451 598,007
Conselho Fiscal
e de cons. (Mat.,/
Art. 172 - 1 - A fiscalização da actividade social compete a um com Téc.) 1,006,495
colhe' fiscal, comOosto por um presidente, dois vogais efectivos e um Mat, primas sub 1,006,495 916,139
suplente, todos eleitos em assembléia geral, e. devendo um dos vogais o de cons. (Mat
efectives e o suplente ser revisores oficiais de contas. Téc.) 15,883,900 .321,410
Art. 18 0 - 1 -. Para além das atribuições constantes da lei, compete Produtos á traba 15,562,490
espeCialmente ao conselho fiscal: lhos em curso
a) Emitir parecer acerca do orçamento, do balanço, do inventá- M ercadorias
319,448
1,423,449
319,448 1'W
rio odes contas anuais; 68,500 1,354,949 :4g
7
b) Chamar a atenção do conselho de administração para qualquer 19.092 743
assunto que deva ser ponderado e pronunciar-se sobre qual- 389,910 18 702 833 9 266 510
quer matéria que lhe seja submetida por aquele órgão.
2 - O conselho fiscal poderá se coadjuvado por técnicos especialmen Dividas de tercei-
ros-Méd, e longo
te designados ou contratados para esse efeito e ainda por empresas e.g prazo
pecializadas em trabalhos de auditoria.
3 - AS deliberações do conselho fiscal são tomadas por maioria dos Trust 7,244,365
Depósitos a pra- 7,244,365 12,671,292
-Veios expresses, estando presente a maioria dos membros em exercício, zo
tendo o presidente Voto de qualidade. 4,606,653 4,606,653 - 2,688,813'

CAP/TULO IV Clientes c/ g ,-
Aplicação doi resultados ráis • 222,040
Outros devedor 1, j1N:51: 1,022,336
Art. 19 5 - Os resultados positivos de cada exercício, devidamente a
provados, terão, pela ordem abaixo indicada, a seguinte aplicação: 13,095,394 13,095,394 15,360,105
a) Um mínimo de 10% para constituição ou reintegração da reser-
va legal, até atingir o montante legalmente exigível; Dívidas de Terce
b) Outras aplicações impostas por lei; ros - Curto praz
c) , Do remanescente será distribuida pelos accionistas, a títu- Trust • 4,053,467 4,053,467 4,546,241
Clientes, C/C • 15,987,697 15,987,697 16,462,090
Clientes Título
-lo de dividendos, a percentagem que vier a ser fixada, a a receber ... • 187,977
qual, salvo Voto favorável de trás quartos dos votos dos ac- 187,977 212,767
Clientes de .co -
cionistas presentes ou representados, não poderá ser inferi- brança duvidosa . 487,038 485,582 1,456
er a 50%; • 62
d) Uma percentagem a atribuir, como participação nos lucros, a. Estado c/ diver -
SOS 493 . 493 493
, Membros do conselho de administraçao e aos trabalhadores, Estado c/capita 1
segundo critérios a definir em assembléia geral; a realizar . 30,000
e) O restante conforme for deliberado pela assembléia gera/. 30,000 30,000
Estado c/ subsi -
dite a realizar 1,398,881 1,398,881 1,121,271
Estado e outro
CAPITULO V entes públicos . 644,309 103,815 540,494 .575,618
Disposições finais Outros devedores 3 8,051,309 171,579 7,879,730 8,990,683
Art. 202 - 1 - A sociedade dissolve-se nos casos e nos termos le- 30,841,171
gais. 760,976 30,080,195 31,939,225
2 - A liquidação da sociedade reger-se-á pelas disposições da lei Títulos Negociável
e pelas deliberações da.asseMbléia,geral.
Outros título .
BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 1990 negociáveis .. 765,000 765,000 400,000
Outras aplica
1990 INO"d's ções de tesour
ria

r;gtxs::
30,218 30,218,
Activo
ACTIVO
Bruto . '11.<ta, mIzo, 795,218 795,218 400,000
IMOBILIZADO Depósitos bancári-
os e caixa
'Mobilizações in- Depósitos bancá-
cOrpóreas rios 6,333,974 6,333,974 5,209,370
Trespasses 15.508 10,508 Caixa 445,577 445,577 160,731
Imobilizações cor- 6,779,551 6,779,551 5,370,101
porcas
.Terrenos e recuo ACRÉSCIMOS E DIFE-
aos naturais 6,546,685 6,546,685 4,024,771 RIMENTOS
Edifícios e ou-
tras construções 33,530,808 13,112,758 20,418,050 14,618,601 Acréscimos de pro-
Equ ipamento Saci veitos 615,569_ 615,569 79,466
co 52,378,869 26,230,146 26,148,723 16,545,543 Custos diferidos . 4,384,212 4,384,212 4,253,796
. Equipamento de
transporte 1,826,823 1,465,968 360,855 , 306,812 4 999 781 4,999,781 '4,333,262
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QUINTA-FEIRA, 26 MAR 1992 DIÁRIO OFICIAL SEÇÃO 1 3939


TOTAL DE AMORTIZA- PROVEITOS E EXERCICI O S
COES 48,303,226
GANHOS 1990 1989
TOTAL DE PROVISOES 1,156,444
Vendas:
TOTAL DO ACTIVO 188,216,533 49,459,670 138,758,863 121,121327 Mercadorias .... 3,671,167 3,057,021
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 1222 11 1222. Prestações de ser-
viços:
CAPITAL PRÓPRIO Tráfego regular:
Capital' Passagens .... 96,217,035 84,265,290
12,006,036 12,006,036 Excesso de ba-
Premies de emissao de Acções 461,175 461,175 gagem
Reservas de Reavalização 672,268 637,791
19,038,542 13,388,284 Carga 10.098,897
Reservas: 9,739,067
Correio 1,168,061 1,354,207
Reservas legais 38,165 38,165
Reservas livres Tráfego não rega
236,152 236,152 lar 318,958
Resultados transitados Outras 340,702
(30,598,731) (35,174,343) 21,266,667 19,357,537
Resultado liquido do Exercício (2,205,161) (7,581,118)
129 741 886 133,413,053 115 694 594 118 751 615
(1,023,822) (16,625,649)
PROVISOES PARA RISCOS E ENCARGOS' Variação da produ-
ção (800,280)
Outras provisões p/ riscos e encargos. 1,195,86. 2.131,103 Trabalhos para a, 835;436
D/VIDAS ATERCEIROS-M8D, E LONGO PRAZO própria empresa 685,979
Proveitos suplemen 642,306
Empréstimos por obrigações:
Mão.convertiveis tares 7,1/7,972
9;700,000 5,500,000 Subsídios à explo- 5,195,572
, Dívidas a instituições de crédito :45,420,058 43,277,471 ração 446,724 7,564,696 358,210 5,553,782
55,120,058 45 777471 (B) 146,863,448
Rendimentos de par 125,783;139
D/VIDAS A TERCEIROS - CURTO PRAZO ticipações de capo
Empréstimos por obrigações: tal:
Não convertíveis Relativos a em-
• 800,000 1,081,944 presas interli-
Dívidas a Instituições de crédito 30,748,049 gadas
F ornecedores,' C/C 34,112,271
,4,500,472 5,526,558 Relativos a ou-
Documentos pendentes de voo
Empresas Interligadas 12,132,319 11,818,022 tras empresas . 3,400
56;740 • ' 102,164 6,460
Outros empréstimos obtidos 1,500,000 R endimentos de Tist.
Estado e outros entes públicos 3,929,785
Outros credores 1,997,219 1,844,867 Negociáveis e de
6.961,750 5,992,000 out. aplic. finan-
ceiras:
58,696,549 64,407,611 Outros 89,494 13,470'
ACRESCIMOS.E DIFERIMENTOS
Acréscimos, de custos Outros juros e pro
P roveitos diferidos
1!;Z:: 14,902,/28
10,538,663
veitos similares:
Outros 7,697,951 7,790,845 3,309,484 3,379,414
24 770,217 25,440,791 (D)
148,654,293 129;162,553
Proveitos e ganhos
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E po PASSIVO 138,758,863 1.21,131,327 e xt raordinário. '..
7,851,392 6,165,7.7}
DEMONSTRAÇãO DOS RESULTADOS 156 505 685
DEZEMBRO/90 135 328 324
'EXER Escudos
CUSTOS E 'PERDAS
1990 1989 (89 7 8.695 - 25-3-92 - Cr$ 2.085.174,00)
Custo das mercadori-
as vendidas e das ma DESPACHOS
Lérias consumidas:
Mercadorias 1,588,420 , . 1,259,361 1) - ENQUADRAMENTO LEGAL: Incisa II Art.23 D.L. N a 2:300/86:
Matérias 2,644,760 4,233,180 2,693,100 3,952,461 2) - CONTRATADA: Newco do Brasil Equipamento. e Serviços Ltda;
3) - OBJETO RESUMIDO: Locação de Franqueadora Postal; .
Fornecimentos e Ser- 4) - VALOR: CR$ 2.930.808,00;
viços externos . ' 88,361,536 80,804,750 5) - MODALIDADE: Inexigibilidade de Licitação;
;Custos com °pessoal: 6) - VIGÊNCIA: 01 Atroz a 31 Mar 93;
Remunerações 33,639,672 28,446,617 7) - PARECER DA CONSULTORIA JUR/DICA. "De Acordo";.
Encargos sociais: 8) - JUSTIFICATIVA: Solicito a V.Ex . . ratificar oenquadramento ora ho
Pensões 518,796 ' 488,124 mologado por se tratar de equipamento produzido e alugado pela Empresa
Outros 12,229,718 45,388,186 10,113,545 39,048,286. em questão, a qual presta o serviço de manutenção, através dos seus tas
nicos especializados, fornecendo, também, as peças necessárias. Este CO
Amortizações do Imo- to permite inferir que o seu trabalho é o mais adequado à plena satis -
bilizado Corpóreo e fação do objeto a ser contratado.
Incorpóreo 2,747,609 2,722,972 .
Previsoes 392,011 3,139,620 ' 151,399 2,874,371
Impostos 45,780 Brasília, 24 de inrço de 1992.
22,397.
Outros custos opera-
cionais 155,405 201,185 205,844 228,241
FREPE UI2-8 .9 9PWA:te- .
g g cei A'
Ratifico de -acordo com o Art. 24 do D.L. Ns 2.300/86.
(A) . 141,323,707 126,908,109 Brasília, 24 de março de 1992.
Amortizações e Provi
,sóes de Ap/ic. e. In- Brig do Ar - NORMAND° ARA8J0 DE MEDEIROS
Chefe de Gabinete
vest. Financeiros 488
Juros e custos simi, (Of. n9 56/92)
lares:
Outros 15,322,612 15,322,612 13,384,816 13,384,816
(c)
Ministério da Saúde
156,646,807 140,292,925
Custos e Perdas "-
traordinírios 2,064,039 2,616,516'
(G) 158,710,846 ' 142,909,441
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
Resultado líquido do
Exercício (2,205,161)
. DESPACHOS
(7,581,117) HOSPITAL EVANDRO CHAGAS
Processo: 07216/91-56
156,505,685 135,328,324 Homologo a dispensa de licitação para aquisição de dispositivo de foto,
micrografia, tubo' porta ocular para oculares fotograficos de campovi-.
.
4o Oficiai de Registi"o cje -l-iir-tlos e) Docunrenios fls. 63

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA MARTINS BELMONTE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/12/2018 às 11:16 , sob o número WJMJ18417332910
e Civil de ees,*o¿ Jrir'ídruir c{a Capital - iìp
Robson de Alvarenga &/
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JUCESP PROTOCOLO
o.zlg.61 6/1 6-0
cartório notariaI
lisboa
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\ \lll\\ ll\\l \il\ illl \\\\l t\ll\ \\l\l l\\l\ \\l\l l\\\\

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 62AECCB.
PROCURAÇÃO
--- No dia quaho de Fevereiro de dois mil e dezasseis, perante mim,

Licenciada Teresa Isabel Dias de Rodrigues Vieira, Notaria em Lisboa com


Cartório sito no Parque das Nações -Zona Sul, Rua das Musas, lote 3.08.03
C, compareceram como outorgantes:
--- FERNANDO ABS DA CRUZ SOUZA PINTO, casado, natural de

Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Brasil, de nacionalidade Portugues4

residente na Rua da Lomba, no 14 - Quinta da Beloura, em Sintra e DAVID


HUMBERTO CANAS PEDROSA, casado, natural de Lisboa, residente na
Rua José Gomes Ferreira, nn 6, Fanqueiro, em Loures, na qualidade de
Vogais do Conselho de Administração, e em nome e representação com
poderes para o acto, da sociedade anónima denominada "TRANSPORTES

Agnpos PoRrucuns¡s, S.4.", abreviadamente designada por TAP, cop*


rã r*
sede no Edificio TAP no vinte e cinco, no Aeroporto de Lisboa' com o l'UpC1, -.f
Þr
fr(f,
e número único de matrícula na Conservatória do Registo Comercial de t
Ë1û il iì
Lisboa 500278725, com o capital social de quarenta e um milhões e r.T

quinhentos mil euros.


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--- Verifiquei, pelo meu conhecimento pessoal, a identidade dos c, --¡ (.'r
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l', coJ
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a invocada qualidade e os poderes de representação necessarios pâra


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ato, pela consulta da respetiva Certidão Permanente (código de
2II7-5113-5172) nos termos da Portaria 1416-A12006 de 19 de Dezembro.
--- E pelos outorgantes foi dito
--- Que a empresa TAP PORTUGAL que representam constitui seu
procurador o Sr. MÁruO AUCuSro MoNTBInO Crna CmvalUO,
português, casado, natural da freguesia de Cantanhede, concelho de

610 8! 3/ l$ lce i:: (l) qf rdlÌ,1ûttrìrlxllc f,oÍì ill


P¿r(lir) d?s Nlacô(ìs ' Zor a Sttl i rrs : íll ;02 : r 2{i 3,1

Muss, ùì t(li : 2l 93 iô?5 lrur 21 ¡{É l¡ :'l lerÊst v¡e rilll¡ìottr()a¡po '311 [):
Ht¡ii (Jôs :j o:JC
i)lár¡ler[lt)
Nll- :¿(.€ 2,i2 oi;J \(aV,¡ ¡ (;ai11r l]:
lil!))-lrl:; I i5ÌÐâ

Rua XV de itlovembro no 251, 5o andar, 0eniro Sác PaLrio - Sir - CEp 0i 01 3-00.j /\ /\ /a.
fls. 64

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 62AECCB.
.
4o Oficial de Registro de Títulos e Documentos fls. 65

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e Civil de Pessoa Jurídica da Capital - SP
Robson de Alvarenga &/

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 62AECCB.
coimbra, aeroviário, portador da cédula de Identidade RNE no
w600722-Y (CIMCRE/CGPMAF), inscriro no cpF sob o no
201.117.208-00, residente e domiciliado na Rua ltacema,
363, apto. gl,
Itaim Bibi, cEP.04530-051, são paulo, sp, Brasil, a quem confere todos
os
poderes de representação da Empresa mandante na Rnpúnucn
FBnnn¡trva uo BR¡sIL, na qualidade de seu Delegado e, nomeadamente,
de assinar a conespondência; sacar, endossar, depositar e levantar numerário

das instituições bancárias ou outras nas contas da mandante, para as quais

esta, separadamørte, dá aos bancos a autonzação necessária; ajustar e


liquidar contas com os devedores e credores; receber todas as quantias,
garantias, valores e documentos que pertençam à Empresa mandante ou
sejam a ela destinados, dando as competentes quitações; retirar das
alfändegas, das estações postais, de caminhos de ferro ou de oufas, todas"as
'*,¡
mercadorias, encomendas ou quaisquer valores destinados à Empredá s*
--} c
I} f*
mandante; promover todos os actos de registo predial ou comercial; ;Ë u*
mir
mü lrl.1
i.

promover nas secções de finanças quaisquer manifestos, alterá- T

ou
L., nlì
cancelá-los; assegurar os registos de nomes, siglas, marcas ou u't
t'*.
{"'
(4fl;
":" l\¡ E*
requerer e promover junto de todos os serviços públicos ou i. ..
(o .LlJ
au ¡Tñli
de quaisquer entidades tudo quanto disser respeito ou interessar à
i.-,

æ
(o oi
-t
ol
assinar e requerer tudo quanto for necessiírio para a prossecução dos f\} I

acima mencionados, gerindo e adminishando todos os negócios da mandante

na Rrpúsl,rca Fnrnn¿rrya DO Brusrl, sempre com as resfrições


seguintes: a) não poder adquirir, alienar, hipotecar ou por qualquer
outra forma obrigar bens imóveis da mandante, não se considerando
como tais os veículos automóveis; b) não poder contrair empréstimos; c)

Rua XV de Novenrbro no 251, 5o andar, Centrc São PaLrlo SP - CEp 0i013-001


fls. 66

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.
Oficial de Registrc de -f ituicls e Docr.lmen.los fls. 67

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e Civil de pesSN¡-t JLrr'íd,i;a cra Caoital - SP


Robson cie Alirarenga hl
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cartério notariat teresavieira


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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 62AECCB.
não poder em qualquer caso, relativamente à conta "LISBOA", sêcæ,

proceder a levantamentos ou a transferências, exceptuadas as transferências

pafa as contas da mandante localizadas em Lisboa, Portugal, ou

transferências enhe as vrárias contas Lisboa (caso exista mais que uma).-----

--- O mandatiírio não poderá substabelecer quaisquer dos poderes acima


referidos, com excepção dos poderes que respeitam à retirada das
Alfândegas de todas as mercadorias destinadas à Empresa mandante.---------

--- A Empresa mandante confere também ao mandatário poderes para


receber citações iniciais e ser demandado e plenos e gerais poderes forenses

e ainda poderes especiais para.confessar, desistir ou transigir em qualquø


processo judicial, podendono entanto substabelecer tais poderes a advogado

e/ou procurador legalmente habilitado, quando se hate de representar a

Empresa mandante em qualquer tribunal ou juízo; poderá também o


mandatário substabelecer, com reserva dos seus próprios poderes a favor de

procurador habilitado para representar a mandante junto de quaisquer


'l
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Þ
instâncias of,rciais ou repartições públicas, em matérias que requeiram AJ ü
U¡ v
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conhecimentos jurídicos e aduaneiros. ;.J
I
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--: A Ernpresa mandante confere igualmente poderes ao mandatário ;i' UT
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ri t\¡ Ç
atuar perante a ICP Brasil conforme resolução 79 do comitê Gestor :f.l
(o 5
t1'l
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Infraestrutura de Chaves públicas Brasileiras ¡;Ì
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()
--- Este mandato cessará imediatamente quando cessarem as suas funções tTÌ f\t .i
Delegado, que são fundamento deste mandato, podendo ser revogado pela
mandante a todo o tempo, tomando esta aS acções necessárias de acordo com

a lei local

-- Esta procuração foi lida e o seu conteúdo foi explicado em voz alfa na

tlìs :)l i0: 1 il, llj bl(J 1,0 8i' 9(ì lÍìll Íìa ilrfitl:¿rìJta rJcrrÐ iù¡l tìl
P¡ Lìue d¡s l'l,tc(Ðs - Zort.t Srll 1 Ot-l

,ìù¡ì cl¡s l,'ir:i¡i 3 o¡ì olìC tcl 21 Sa',: i{) /íì f¡x 21 8!lU ;t: .¡J lcrat¡ \lÈli¿â'noi;xl)tl(l-{) r¡lr ì llt
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ItÞû !0ô Li3llúâ NIF 2ijiì 2,:li t-ìíl!l r'^rrl rtrllJilÙcxllo (rnlì lf

RLra XV de l{orrembro nu 25'j, 5o andar, Ceniro São PaLrlo - Sp - CEp 01 0 I 3-00'1


fls. 68

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40 Oficial de Registro de Títulos e Documentos fls. 69

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e Civil de pessoa Juríd;ca da Capital - SP
Robson de Alvarenga &/

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presença simultânea dos outorgantes.

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Rua XV de Novembro no 251, 5o andar, Centro. Sao Pairlo - SP - CEp 01013-001
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fls. 71

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 62AECCD.
fls. 72

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA MARTINS BELMONTE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 20/12/2018 às 11:16 , sob o número WJMJ18417332910 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 62AECCD.
fls. 73

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO -FORO CENTRAL CÍVEL
11ª VARA CÍVEL
Praça João Mendes s/nº, 13º andar - salas nº 1322/1324, Centro - CEP
01501-900, Fone: 2171-6116/6578-, São Paulo-SP - E-mail:
sp11cv@tjsp.jus.br

CONCLUSÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 63D9AB0.
Em 10 de janeiro de 2019 faço estes autos conclusos ao(à) MM(a). Juiz(a) de Direito Dr(a).
Luiz Fernando Pinto Arcuri. Eu _______ (Eduardo De Lima Dourado), Escrevente Técnico
Judiciário, subscrevi.
DESPACHO
Processo nº: 1120321-14.2018.8.26.0100
Classe – Assunto: Procedimento Comum - Transporte Aéreo
Requerente: Ângelo Monteiro Pinto

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ FERNANDO PINTO ARCURI, liberado nos autos em 10/01/2019 às 14:12 .
Requerido: Tap Air Portugal

Vistos.

Fls. 37/59: manifeste-se o autor, em quinze dias, sobre a


contestação (art. 350 ou art. 351 do CPC).

No mesmo prazo, recolha a requerida, as custas de mandato


sob pena de ser oficiado à OAB, para que sejam tomadas as medidas administrativas
necessárias.

Intimem-se.

São Paulo, 10 de janeiro de 2019.

Luiz Fernando Pinto Arcuri


Juiz de Direito
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME
IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Processo nº 1120321-14.2018.8.26.0100 - p. 1
fls. 74

TJ/SP - COMARCA DE SÃO PAULO Emitido em: 11/01/2019 12:42


Certidão - Processo 1120321-14.2018.8.26.0100 Página: 1

CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 63F6EC0.
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0006/2019, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
LEONARDO TAVARES BARROS (OAB 173198/RJ) D.J.E

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por TELMA REGINA CAMARGO CUNHA LIMA, liberado nos autos em 11/01/2019 às 12:42 .
João Roberto Leitão de Albuquerque Melo (OAB D.J.E
245790/SP)

Teor do ato: "Vistos. Fls. 37/59: manifeste-se o autor, em quinze dias, sobre a contestação (art. 350 ou
art. 351 do CPC). No mesmo prazo, recolha a requerida, as custas de mandato sob pena de ser oficiado à
OAB, para que sejam tomadas as medidas administrativas necessárias. Intimem-se."

Do que dou fé.


São Paulo, 11 de janeiro de 2019.

Telma Regina Camargo Cunha Lima


.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA MARTINS BELMONTE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 21/01/2019 às 10:45 , sob o número WJMJ19400407475
fls. 75

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 11ª VARA CIVEL


DO FORO REGIONAL CENTRAL DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 64C6FCF.
PROCESSO Nº 1120321-14.2018.8.26.0100

TAP - TRANSPORTES AÉREOS PORTUGUESES S/A, também designada por


TAP AIR PORTUGAL, por sua advogada que a presente subscreve, nos autos da
ação indenizatória promovida por ANGELO MONTEIRO PINTO, vem à presença de
Vossa Excelência, em cumprimento ao r. despacho de fls., requerer a juntada do
anexo comprovante de pagamento no valor de R$ 22,16 (vinte e dois reais e
dezesseis centavos), que comprova o pagamento integral das custas de
mandato.

São Paulo (SP), 21 de janeiro de 2019.

RENATA MARTINS BELMONTE


OAB/SP 324.467
fls. 76

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA MARTINS BELMONTE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 21/01/2019 às 10:45 , sob o número WJMJ19400407475 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 64C6FD3.
fls. 77

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATA MARTINS BELMONTE e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 21/01/2019 às 10:45 , sob o número WJMJ19400407475 .
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 64C6FD3.
fls. 78

TJ/SP - COMARCA DE SÃO PAULO Emitido em: 21/01/2019 10:59


Certidão - Processo 1120321-14.2018.8.26.0100 Página: 1

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 64C74E6.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0006/2019, foi disponibilizado na página
295/570 do Diário da Justiça Eletrônico em 21/01/2019. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por TELMA REGINA CAMARGO CUNHA LIMA, liberado nos autos em 21/01/2019 às 10:59 .
Advogado
LEONARDO TAVARES BARROS (OAB 173198/RJ)
João Roberto Leitão de Albuquerque Melo (OAB 245790/SP)

Teor do ato: "Vistos. Fls. 37/59: manifeste-se o autor, em quinze dias, sobre a contestação (art. 350 ou
art. 351 do CPC). No mesmo prazo, recolha a requerida, as custas de mandato sob pena de ser oficiado à
OAB, para que sejam tomadas as medidas administrativas necessárias. Intimem-se."

SÃO PAULO, 21 de janeiro de 2019.

Telma Regina Camargo Cunha Lima


Chefe de Seção Judiciário
.
Rebelo dos Santos

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LEONARDO TAVARES BARROS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 11/02/2019 às 16:00 , sob o número WJMJ19401611963
fls. 79

Advocacia
EXMO DR JUIZ DE DIREITO DA 11ª VARA CIVEL DO FORO REGIONAL
CENTRAL DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 672E3BF.
Processo nº 1120321-14.2018.8.26.0100

ANGELO MONTEIRO PINTO, já qualificado nos autos da presente AÇÃO


INDENIZATÓRIA, que promove neste Juízo em desfavor de TRANSPORTES
AÉREOS PORTUGUESES S.A (TAP), vem, em deferência à contestação acostada
às fls.37/59, através do advogado que esta subscreve, tempestivamente apresentar

RÉPLICA

na qual veementemente rebatem as alegações da empresa requerida, através dos


argumentos a seguir expostos.

I. DA SÍNTESE DA DEMANDA
A requerente reside no Rio de Janeiro, porém precisou viajar a trabalho, devido
a isso, adquiriu passagens aéreas junto à empresa requerida para Portugal.
Insta informar que, a requerente escolheu adquirir as passagens com a empresa
requerida, pois era a única que tinha voo no dia 09/09/2018 com destino ao Rio de
Janeiro, já que a mesma tinha uma reunião marcada para essa data, às 21:00 horas.
Além disso, a requerida era a única empresa que oferecia passagem executiva
para o destino pretendido pelo requerente, em virtude disso, o mesmo desembolsou
EUR 2.000,00 para realização da viagem.
A viagem de ida transcorreu sem nenhum transtorno, no entanto o mesmo não
se pode dizer do voo de retorno, Lisboa/Porto/Rio de Janeiro, previsto para as 11:00
horas do dia 09/09/18 (fls.18).
Seguindo a indicação da empresa requerida, o requerente chegou ao aeroporto
de Lisboa cerca de 3 horas antes do embarque, por volta das 08:00 horas da manhã.
1

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.
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fls. 80

Advocacia
Ao chegar ao aeroporto, dirigiu-se para o guichê da requerida, a fim de fazer o
check in e despachar as malas, nesse momento seu calvário começou. O requerente
foi informada pela funcionária da requerida que a perna da viagem Lisboa/Porto

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estava cancelada (fls.19/20), e que deveria aguardar até que a empresa o realocasse
para outro voo.
Horas depois, o requerente voltou ao guichê da empresa requerida para cobrar
uma resposta definitiva, pois deveria estar no Rio de Janeiro antes das 21:00 horas,
devido a uma reunião de trabalho.
Somente após longo tempo de conversa, a atendente da Empresa requerida
realocou o requerente em um voo que sairia do aeroporto de Lisboa às 23:25 horas
com destino para o Rio de janeiro, sem escalas (fls.21), alternativa que, a principio,
não foi aceita.
Isto porque, o voo supracitado não resolveria o problema do requerente, que
perderia a reunião de trabalho marcada para a data original de retorno, além disso, a
atendente da requerida informou que no voo reagendado o mesmo teria que viajar na
classe econômica, apesar de ter pago caro para voar na classe executiva.
No entanto, como não havia alternativa, o requerente aceitou ser realocada no
voo em referência e chegou ao Rio de Janeiro às 05:18 horas do dia 10/09/2018
(fls.22/23), ao invés de chegar as 19:51 horas do dia 09/09/2018 como era previsto no
voo original.
Ressalta-se que, em virtude do cancelamento, o requerente teve que
aguardar mais de 13 horas abandonada no saguão do aeroporto de Lisboa para
embarcar para o Rio de Janeiro.
Em todo esse período, a requerida não concedeu alimentação, nem
comunicação para que o mesmo pudesse avisar que não conseguiria chegar ao
Rio de Janeiro no horário da reunião de trabalho já mencionada.
Em resumo, o requerente deveria chegar ao Rio de Janeiro às 19:51 horas do
dia 09/09/2018 (fls.24/25), mas em virtude do cancelamento do voo original,
chegou às 05:18 horas do dia 10/09/2018, com atraso de aproximadamente 10
horas (fls.18/21).
2

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fls. 81

Advocacia
Diante dos transtornos e prejuízos sofridos pelo requerente em razão da falha e
da inaceitável displicência da empresa requerida, vem o mesmo para fazer valer seus
direitos.

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II. DAS INFUNDADAS ALEGAÇÕES DA REQUERIDA
Em sede de contestação, a empresa requerida reconhece que houve atraso no
voo do requerente, mas esclareceu que segue rigorosamente os padrões estipulados
nas normas internacionais.
Embora reconheça a falha na prestação do serviço, a empresa requerida utiliza
como argumento central que o atraso na decolagem decorreu de ordens dadas pelo
controle de trafego aéreo, que haveria lhe informado o suposto excesso na quantidade
de voos que decolariam naquele mesmo dia e horário.
Urge frisar que, a empresa requerida informa em sua contestação que o voo
cancelado foi o TP0075, no entanto, esse voo foi o que o requerente foi realocado,
já que o voo cancelado foi o TP1934.
Cumpre esclarecer que o requerente só tomou conhecimento do cancelamento
do voo quando foi despachar as malas, e não havia qualquer informação sobre a
situação do voo ou o motivo do cancelamento.
Ou seja, não restam dúvidas que a empresa requerida deu causa ao atraso de
voo e não merece prosperar o argumento de que “não houve autorização do controle
de tráfego aéreo para a decolagem do voo”, pois o requerente sequer embarcou:

“o atraso no voo TP1934 caracteriza fortuito interno ao passo que as


alterações devem-se a medida de reengenharia de tráfego aéreo, que visa
garantir a segurança dos voos, ou melhor, do espaço aéreo em razão do
grande número de voos naquela rota” fls.39/40.

Insta Salientar que, a requerida não trouxe nenhuma prova aos autos da
reengenharia do tráfego aéreo ou de qualquer ordem expressa que se abstivesse de
autorizar a decolagem do voo TP1934.
3

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fls. 82

Advocacia
Neste sentido, mesmo que a empresa requerida tivesse provado as alegações
trazidas aos autos, não haveria qualquer efeito prático, pois o mesma já reconheceu
que o atraso de voo é fruto de fortuito interno.

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A responsabilidade contratual do transportador é objetiva, salvo provando que
o evento danoso se verificou por caso fortuito, força maior ou culpa exclusiva da
vítima, que não são compatíveis com o presente caso.
Portanto, a alteração de horário em razão de reestruturação da malha aérea, da
qual não há comprovação, deve ser considerado fortuito interno, por estar ligado
ao risco da atividade do transportador, o que não o exonera do dever de
indenizar.
Assim, o requerente comprova nos autos que não foi informado sobre a
hipótese de atraso de voo TP1934 e tampouco recebeu o alegado suporte da empresa
requerida, pois passou o dia inteiro no aeroporto esperando o embarque e se
alimentou as suas próprias expensas.
A empresa requerida falta com a verdade ao informar às fls. 37 que procedeu
de forma correta, não havendo qualquer abuso ou ilegalidade:

“por não haverem mais lugares disponíveis na classe executiva, a


Autora teria que realizar o trecho em classe econômica. Portanto, Ré,
mesmo sem ter qualquer responsabilidade pelo ocorrido,
providenciou, novamente, acomodação e a realocação da Autora no
próximo voo disponível para seu destino, conforme solicitação deste,
sem qualquer custo adicional.”.

Salienta-se que, a empresa requerida não deu informações claras sobre a


situação do voo, bem como também não providenciou hospedagem, alimentação
ou até mesmo a realocação do requerente em voo em outro voo que partisse no
mesmo horário, o que evitaria que o mesma enfrentasse o constrangimento de ficar o
dia inteiro sentada no saguão do aeroporto e ainda perder um compromisso de
trabalho.

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fls. 83

Advocacia
Cumpre esclarecer que, a requerida não apresenta qualquer prova ou
documento fornecido pelo aeroporto ou entidade neutra que pudesse corroborar de
forma imparcial e segura a sua versão dos fatos, e ainda que o fizesse, não se

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eximiria do dever de indenizar o requerente por conta do atraso de voo de 10
horas.
Assim, seu dever de demonstrar a falta de verossimilhança dos fatos aduzidos
pelo requerente se faz carente de prova impoluta, não podendo, desta forma, ser
satisfeito.
No que pese a tentativa infantil da requerida em esquivar-se de sua
responsabilidade, não assiste razão à mesma, posto que, não trouxe aos autos
qualquer prova concreta do que ora alega.
Não se pode admitir, portanto, que a requerida seja escusada de uma falha
regularmente cometida pelas grandes empresas de aviação, que tem o dever de
transportar em segurança seus passageiros e bagagens.
Sendo assim, resta indene de dúvidas que a companhia aérea requerida é parte
legítima e responsável pelos danos que resultaram no atraso do voo da requerida,
conforme detalhado na petição inicial.

III. DA APLICABILIDADE DO CDC EM DETRIMENTO DA CONVENÇÃO


DE MONTREAL

A empresa requerida em sua contestação alega que, “No caso em exame, em se


tratando de transporte aéreo de passageiro, deve-se aplicar a Convenção de
Montreal e de Varsóvia e não o Código de Defesa do Consumidor”.

No entanto, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, em relação à


condenação de dano moral, se orienta no sentido de prevalência das normas do
Código de Defesa do Consumidor, em detrimento das disposições insertas em
Convenções Internacionais, como a Convenção de Montreal, por verificar a existência
da relação de consumo entre as empresas aéreas e os passageiros.

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fls. 84

Advocacia
Todavia, recente julgado do STF, ao apreciar o tema 210, de repercussão geral,
entendeu que os Tratados Internacionais limitadores da responsabilidade das
transportadoras aéreas de passageiros, tem prevalência ao CDC, na fixação do valor

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da condenação por danos materiais (RE 636331).

Nesta seara, o informativo nº 866 do STF, esclarece o julgado, deixando


patente que a prevalência das Convenções Internacionais, em especial, o art. 22 da
Conversão de Varsóvia, limita-se apenas à indenização por dano material. Colaciono
trecho do informativo:

“No RE 636.331/RJ, ao apreciar o Tema 210 da Repercussão Geral, o


Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, deu provimento ao recurso
extraordinário, para reduzir o valor da condenação por danos materiais,
limitando-o ao patamar estabelecido no art. 22 da Convenção de Varsóvia
(1), com as modificações efetuadas pelos acordos internacionais
posteriores. (...) Realçou que, no tocante à aparente antinomia entre o
disposto no CDC e na Convenção de Varsóvia – e demais normas
internacionais sobre transporte aéreo –, não há diferença de hierarquia
entre os diplomas normativos. Todos têm estatura de lei ordinária e, por
isso, a solução do conflito envolve a análise dos critérios cronológico e da
especialidade. (...) Ademais, frisou que as disposições previstas nos
aludidos acordos internacionais incidem exclusivamente nos contratos de
transporte aéreo internacional de pessoas, bagagens ou carga. Assim, não
alcançam o transporte nacional de pessoas, que está excluído da
abrangência do art. 22 da Convenção de Varsóvia. Por fim, esclareceu
que a limitação indenizatória abarca apenas a reparação por danos
materiais, e não morais. (Grifo nosso) ”(...)

Ou seja, a limitação da Convenção de Montreal não se aplica ao presente


caso, tendo em vista que versa sobre a existência de danos extrapatrimoniais
passíveis de indenização pelos transtornos suportados em decorrência do
cancelamento do voo que sairia de Lisboa com destino a cidade do Porto que fez
com que perdesse a escala para o Rio de Janeiro.

Salienta-se que, as normas de proteção ao consumidor e a defesa da integridade


de seus direitos, estão presentes na Constituição Federal, em posição de direito
fundamental, previsto no art. 5º, inciso XXXII, e ainda como fundamento da ordem
econômica, inscrito no art. 170, V, in verbis:

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fls. 85

Advocacia
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes. (...)XXXII - o Estado
promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; ” “Art. 170. A

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ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os
ditames da justiça social, observados os seguintes princípios (...)V - defesa
do consumidor”

Neste diapasão, seguem as recentíssimas jurisprudências do Tribunal de Justiça


de São Paulo, julgadas em 18/07/2018 e 25/07/2018, que corroboram com o de
entendimento de que, quando o caso tratar de danos extrapatrimoniais aplica-se o
CDC em detrimento da Convenção de Montreal:

Apelação. Transporte Aéreo. Ação de indenização por danos morais.


Cancelamento de voo nacional. Remarcação. Prevalência do CDC em
detrimento da Convenção de Montreal. Sentença de procedência.
Responsabilidade da ré é objetiva, conforme disposto no artigo 14, do
CDC e artigos 734 e 737, do CC. Danos morais caracterizados. Verba
indenizatória majorada. Correção monetária a partir da data da sentença
(Súm. 362, STJ), e os juros legais desde a citação (art. 405, do CC).
Sentença parcialmente modificada. Recurso das autoras provido; e o
recurso adesivo da ré desprovido. (TJSP; Apelação 1002023-
57.2017.8.26.0566; Relator (a): Elói Estevão Troly; Órgão Julgador: 15ª
Câmara de Direito Privado; Foro de São Carlos - 5ª Vara Cível; Data do
Julgamento: 18/07/2018; Data de Registro: 18/07/2018)

RESPONSABILIDADE CIVIL. Extravio de bagagens. Transporte nacional


de passageiros. Inaplicabilidade dos tratados e convenções
internacionais. Precedentes do STF. Aplicação do art. 14 do Código de
Defesa do Consumidor. Responsabilidade contratual e objetiva da
companhia aérea pelos danos sofridos pela consumidora. DANOS
MATERIAIS. Autora que listou os itens perdidos de modo genérico, sem
indicar o modelo do equipamento eletrônico ou o valor individualmente
atribuído a cada um dos objetos. Fixação da indenização a partir de
7

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fls. 86

Advocacia
estimativa do prejuízo, sem demonstração dos critérios adotados.
Impossibilidade. Sentença parcialmente reformada. DANO MORAL.
Reconhecimento. Dano in re ipsa. Transtornos e aflições decorrentes do
fato. Quantum. Majoração. Cabimento. Fixação que deve ser compatível

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com o dano e atender aos princípios da proporcionalidade e
razoabilidade. Sentença parcialmente reformada. RECURSO DA
AUTORA PROVIDO E RECURSO DA RÉ PARCIALMENTE PROVIDO.
(TJSP – Apelação nº1015737-90.2018.8.26.0100; Relator (a): Fernando
Sastre Redondo; Órgão Julgador: 38ª Câmara de Direito Privado; Foro
Central Cível - 16ª Vara Cível; Data do Julgamento: 25/07/2018; Data de
Registro: 27/07/2018).

Portanto, afastada a incidência do precedente, verifica-se que o caso em análise


envolve empresa de transporte aéreo internacional de passageiros, que realiza
atividade qualificada como prestação de serviços. Dessa forma, por se tratar de
relação jurídica de consumo, deve ser aplicado o CDC.

IV. DOS DANOS MORAIS


Em sua defesa a empresa requerida aduz enfrentou fortuito interno que gerou
o cancelamento do voo do requerente, sem, no entanto, especificar qual teria sido.
A argumentação é leviana e não possui qualquer prova fática capaz de lhe dar
sustentação, de forma que deverá ser afastada de plano por este MM Juízo.
A requerida não junta nenhum documento que justifique ou corrobore o
cancelamento do voo, ou seja, não foi capaz de comprovar que o fato foi apenas caso
fortuito que impossibilitou a aeronave de decolar na hora contratada.
No entanto, o requerente acostou aos autos varias provas documentais, e ainda
devem ser observadas as circunstancias especificas que devem ser consideradas pelo
ilustre Juízo a quo na hora de arbitrar o quantum indenizatório, são elas:
 O cancelamento do trecho Lisboa/Porto, aumentou a angústia e
incerteza do requerente sobre quando iria conseguir retornar para casa;
 A negativa por porte da requerida em fornecer alimentação ou
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comunicação ao requerente;
 O requerente no voo reagendado teve que viajar na classe
econômica, apesar de ter pago caro para voar na classe executiva.

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 O requerente teve que passar do dia 09/09/2018 ao dia 10/09/2018
com a mesma roupa que estava no corpo, já que suas malas haviam sido
despachadas;
 E principalmente, o atraso em mais de 12 horas para finalmente
conseguir chegar ao Rio de Janeiro;
 Sem se falar no dano causado a carreira do requerente que não pode
comparecer a reunião de trabalho, devido ao cancelamento do voo.
Outrossim, o entendimento doutrinário e jurisprudencial sobre a natureza do
caso fortuito é no sentido de considerar sua configuração em decorrência de acidentes
ou fatalidades causadas por fenômenos da natureza.
A este respeito, pertinente trazer decisões do E. Tribunal de Justiça de São
Paulo, nas a simples alegação de caso fortuito não é aceito como excludente de
responsabilidade:
APELAÇÃO - TRANSPORTE AÉREO NACIONAL - ATRASO E
CANCELAMENTO DE VOO – DANO MORAL – Pretensão de reforma da r.
sentença de parcial procedência – Descabimento – Hipótese em que a empresa
aérea limitou-se a alegar alto índice de tráfego na malha aeroviária, tendo
deixado de comprovar o alegado – Responsabilidade objetiva da empresa aérea
(CDC, art. 14, CDC), a qual não se desincumbiu do ônus da prova que lhe cabia
sobre a regularidade na prestação dos serviços por ela oferecidos – Má
prestação dos serviços - Dano moral configurado - Precedentes do STJ –
RECURSO DESPROVIDO. APELAÇÃO - DANO MORAL – FIXAÇÃO –
Pretensão de redução do valor indenizatório, arbitrado em R$9.370,00 –
Descabimento – Hipótese em que, diante das circunstâncias do caso concreto e
das partes nele envolvidas, o valor fixado mostra-se adequado para compensar o
sofrimento e o transtorno experimentados pela autora, não comportando redução
alguma – RECURSO DESPROVIDO. (TJSP; Apelação 1013924-
52.2017.8.26.0071; Relator (a): Ana de Lourdes Coutinho Silva da Fonseca;
Órgão Julgador: 13ª Câmara de Direito Privado; Foro de Bauru - 6ª Vara Cível;
Data do Julgamento: 02/08/2018; Data de Registro: 02/08/2018)

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS - Contrato de


transporte aéreo - Atraso em voo nacional em razão de problemas operacionais
(excesso e tráfego aéreo) – Sentença de parcial procedência - Responsabilidade
objetiva da ré - Problemas técnicos ligados à prestação dos serviços que
configuram fortuito interno, estando inseridos no risco da atividade
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.
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LEONARDO TAVARES BARROS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 11/02/2019 às 16:00 , sob o número WJMJ19401611963
fls. 88

Advocacia
desenvolvida pela companhia aérea - Danos materiais e morais configurados –
Autores sofreram transtornos que transbordam ao mero dissabor, bem assim
arcaram com prejuízos materiais decorrentes da mora atribuída à requerida –
Pretensão de exclusão ou redução das indenizações arbitradas – Descabimento -
Fixação do "quantum" indenizatório que se mostrou adequado às circunstâncias

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 672E3BF.
do caso – Manutenção da indenização a título de danos morais no valor de
R$ 12.000,00 – RECURSO NÃO PROVIDO NESTA PARTE. JUROS DE MORA –
Indenização de danos morais – Alegação de que o "dies a quo" deve computado
da data do respectivo arbitramento do quantum indenizatório – Ausência de
interesse recursal – Sentença que estabeleceu como marco inicial de incidência
dos juros de mora a data do próprio julgado – Sentença mantida - RECURSO
NÃO CONHECIDO NESTA PARTE. (TJSP; Apelação 1000834-
50.2018.8.26.0003; Relator (a): Renato Rangel Desinano; Órgão Julgador: 11ª
Câmara de Direito Privado; Foro Regional III - Jabaquara - 4ª Vara Cível; Data
do Julgamento: 03/07/2018; Data de Registro: 03/07/2018)

Além disso, ao adquirir a passagem aérea o passageiro, não firma contrato


com relação a uma aeronave específica. O objeto do contrato é a mera realização do
trajeto contratado, sendo mais importante a chegada ao local e hora estipulados.
Dessa forma, a requerida, que dispõe de grande frota de aeronaves, poderia
ter designado outra aeronave para realizar o voo contratado, fazendo com que o
requerente não passasse por toda angustia e frustração desencadeada pelo
cancelamento.
Insta salientar que, embora a empresa requerida tenha realocado o
requerente, o fez em voo com trajeto distinto do contratado, que fez com que
chegasse ao seu destino final com mais de 10 horas de atraso.
Ressalta-se que, a responsabilidade do fornecedor de serviço somente é
afastada mediante prova de culpa exclusiva do consumidor, de terceiro ou fortuito
externo, o que não ocorreu no caso em exame, não se desincumbindo a requerida do
ônus que lhe competia, na forma do art. 373, II, do CPC/2015.
Logo Exa., como já esclarecido através dos documentos acostados aos autos
em fls.17/26, o caso em exame é um fortuito interno, tendo em vista que a empresa
ré cancelou o voo com destino a Lisboa/Porto por falha na prestação do serviço,
fazendo com que o requerente, perdesse o seu lugar na classe executiva, já que o
voo para o qual foi realocado só tinha lugares na classe economica.

10

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fls. 89

Advocacia
É cediço que, ao monetizar o sofrimento da vítima o julgador deve levar em
consideração vários critérios, em um mister sistemático que passa pela aferição do da
média atual da jurisprudência e do sopesamento das peculiaridades do caso concreto.

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 672E3BF.
Resta caracterizado que, a requerida tenta de forma sórdida desvalorizando os
danos sofridos pelo requerente. É inaceitável que a requerida tente se esquivar de sua
responsabilidade sob a alegação de que os fatos não teriam condão de gerar prejuízos
o requerente, mas não e esse o entendimento jurisprudencial.
Tais fatos são demasiado graves, e, por isso mesmo, exigem veemente
reprimenda, já que, ao adquirir a passagem aérea, o consumidor passa a ter a legítima
expectativa de ser transportado, juntamente com toda a sua bagagem, com segurança
e qualidade.

Assim, conforme amplamente demonstrado na inicial, o requerente sofreu


diversas frustrações e sofrimento psicológico causado pela conduta desidiosa da
empresa requerida.

Neste diapasão, ao monetizar o quantum indenizatório o ilustre magistrado


deve levar em consideração o método bifásico, encampado pelo Colendo Superior
Tribunal de Justiça que bem ilustrou essa questão quando do julgamento do REsp
435119, assim:

“Indenização. Danos morais. Critérios para indenização. Não há critérios


determinados para a quantificação do dano moral. Recomendável que o
arbitramento seja feito com moderação e atendendo às peculiaridades do
caso concreto. A indenização como tenho enfatizado em precedentes,
deve ser arbitrada em termos razoáveis, não se justificando que a
reparação venha a constituir-se em enriquecimento indevido, com
manifestos abusos e exageros, devendo o arbitramento operar-se com
moderação, proporcionalmente ao grau de culpa e à gravidade da
lesão. A par destas considerações, tenho que a quantia encontrada
pelo acórdão impugnado não se mostra irrisória. (in RESP 435119 -
Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira - DJ 29/10/2002)”. Grifou-se.

O montante a ser fixado pelo juízo a quo deve considerar as peculiaridades


da demanda em análise como os entraves suportados pelo requerente, a ausência

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fls. 90

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da prestação de assistência, o porte econômico das partes e a repercussão do
dano.

Neste sentido, seguem jurisprudências que corroboram com o valor pleiteado

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na exordial:

INDENIZAÇÃO. TRANSPORTE AÉREO. CANCELAMENTO DE VOO


INTERNACIONAL. Manutenção da aeronave. Fato previsível e que não
exclui a responsabilidade da transportadora. Má prestação do serviço
caracterizada. Indenização por dano moral devida. "Quantum" fixado em
R$20.000,00, que não comporta a redução pretendida, diante das
peculiaridades do caso concreto. Autora que após ter esperado por horas no
aeroporto, foi informada sobre o cancelamento do voo, o ônibus que a ré
disponibilizou para o transporte dos passageiros ao hotel colidiu na estrada
e, quando da chegada, os passageiros foram surpreendidos com a notícia de
que não havia quartos disponíveis, o que era de conhecimento da ré.
Sentença mantida. RECURSO DESPROVIDO. (TJSP; Apelação
1040491-96.2018.8.26.0100; Relator (a): Afonso Bráz; Órgão Julgador:
17ª Câmara de Direito Privado; Foro Central Cível - 10ª Vara Cível; Data
do Julgamento: 23/07/2018; Data de Registro: 23/07/2018)

INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS - Atraso de vôo


que acarretou a perda de conexão internacional (Lisboa/Londres) e
extravio de bagagens. AGRAVO RETIDO Juntada de tradução
juramentada de documentos estrangeiros em réplica preclusão inexistente
Exegese do art. 396 do CPC Cerceamento de defesa não caracterizado
Contraditório preservado. Recurso desprovido. APELAÇÃO Alegação de
decadência da pretensão em relação ao ressarcimento de danos materiais
Pretensão sujeita ao prazo prescricional quinquenal do artigo 27 do CDC
Questão apreciada em decisão de saneamento sem insurgência recursal
oportuna Preclusão Incidência do art. 473 do CPC Danos morais
Caracterização incontroversa Quantum indenizatório arbitrado de forma
exacerbada (mais de R$ 20.000,00 por autor em 09.2009) Redução
equitativa necessária Valor arbitrado em R$ 15.000,00 per capita.
Danos materiais considerados suficientemente comprovados Redução do
quantum injustificada Caracterização de sucumbência recíproca. Recurso
provido em parte. RECURSO ADESIVO Pretendida majoração dos
valores arbitrados a título de danos morais, materiais e honorários
advocatícios incabível na espécie. Recurso desprovido. (0012024-
28.2008.8.26.0019 Apelação - Relator(a): Airton Pinheiro de Castro -
Comarca: Americana Órgão julgador: 15ª Câmara de Direito Privado -
Data do julgamento: 24/09/2013 - Data de registro: 26/09/2013 - Outros
números: 120242820088260019) (Grifamos)

Indenização de danos morais. Transporte aéreo nacional. Cancelamento


de voo. Sentença de procedência parcial. Decisão modificada. Majoração
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fls. 91

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da indenização arbitrada para R$10.000,00. Ausência de prestação das
medidas necessárias à mitigação da frustração dos passageiros. Recurso
provido. (TJSP; Apelação 1049627-18.2016.8.26.0576; Relator

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 672E3BF.
(a): Campos Mello; Órgão Julgador: 22ª Câmara de Direito Privado; Foro
de São José do Rio Preto - 4ª Vara Cível; Data do Julgamento: 10/08/2017;
Data de Registro: 23/08/2017)

Insta observar que, a jurisprudência do Tribunal de Justiça de São Paulo está


indenizando os consumidores entre R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00, ou seja, a
indenização a ser concedida o requerente não pode ser inferior a R$10.000,00, em
virtude dos danos causados e as jurisprudências análogas acostadas aos autos.

CONCLUSÃO
Em face do exposto, devem ser rechaçadas as alegações de inexistência de
dano moral aduzidas na contestação, e que sejam acolhidos os pedidos feitos na
inicial, de que a requerida seja condenada a pagar o valor de R$ 15.000,00 reais para
o requerente a título de condenação por danos morais.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2019.

EDSON REBELO DOS SANTOS JUNIOR


OAB/RJ 147680

LEONARDO TAVARES BARROS


OAB/RJ 173198

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO


COMARCA DE SÃO PAULO -FORO CENTRAL CÍVEL
11ª VARA CÍVEL
Praça João Mendes s/nº, 13º andar - salas nº 1322/1324, Centro - CEP
01501-900, Fone: 2171-6116/6578-, São Paulo-SP - E-mail:
sp11cv@tjsp.jus.br

CONCLUSÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 6796626.
Em 15 de fevereiro de 2019 faço estes autos conclusos ao(à) MM(a). Juiz(a) de Direito
Dr(a). Luiz Fernando Pinto Arcuri. Eu _______ (Eduardo De Lima Dourado), Escrevente
Técnico Judiciário, subscrevi.
DESPACHO
Processo nº: 1120321-14.2018.8.26.0100
Classe – Assunto: Procedimento Comum - Transporte Aéreo
Requerente: Ângelo Monteiro Pinto

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ FERNANDO PINTO ARCURI, liberado nos autos em 15/02/2019 às 14:20 .
Requerido: Tap Air Portugal

Vistos.
Esclareçam as partes, em dez dias, se possuem interesse na
designação de audiência de conciliação.

No mesmo prazo, especifiquem as provas que pretendem


produzir, justificando de forma concreta a pertinência e relevância.

Após, tornem os autos conclusos para o saneamento ou para a


prolação da sentença.

Intimem-se.

São Paulo, 15 de fevereiro de 2019.

Luiz Fernando Pinto Arcuri


Juiz de Direito
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME
IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA

Processo nº 1120321-14.2018.8.26.0100 - p. 1
fls. 93

TJ/SP - COMARCA DE SÃO PAULO Emitido em: 18/02/2019 12:36


Certidão - Processo 1120321-14.2018.8.26.0100 Página: 1

CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 67BEC10.
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0031/2019, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
LEONARDO TAVARES BARROS (OAB 173198/RJ) D.J.E

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por TELMA REGINA CAMARGO CUNHA LIMA, liberado nos autos em 18/02/2019 às 12:36 .
João Roberto Leitão de Albuquerque Melo (OAB D.J.E
245790/SP)

Teor do ato: "Vistos. Esclareçam as partes, em dez dias, se possuem interesse na designação de
audiência de conciliação. No mesmo prazo, especifiquem as provas que pretendem produzir, justificando de
forma concreta a pertinência e relevância. Após, tornem os autos conclusos para o saneamento ou para a
prolação da sentença. Intimem-se."

Do que dou fé.


São Paulo, 18 de fevereiro de 2019.

Telma Regina Camargo Cunha Lima


.
Rebelo dos Santos

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LEONARDO TAVARES BARROS e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 18/02/2019 às 15:53 , sob o número WJMJ19402045619
fls. 94

Advocacia
EXMO DR JUIZ DE DIREITO DA 11ª VARA CIVEL DO FORO REGIONAL
CENTRAL DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 67C78D0.
Processo nº 1120321-14.2018.8.26.0100

ANGELO MONTEIRO PINTO, já qualificado nos autos da presente AÇÃO


INDENIZATÓRIA, que promove neste Juízo em desfavor de TRANSPORTES
AÉREOS PORTUGUESES S.A (TAP), em resposta ao despacho de fls. 92, através
do advogado que esta subscreve, vem a presença de V. Exa., comunicar o
desinteresse na realização da audiência de conciliação e informar que não tem mais
provas a produzir.

Av. das Américas, 3333, sala 306, Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22631-003
Tel. (21) 2135-1852 - Fax (21) 2135-1853 - Cel. (21) 9344-3326
fls. 95

TJ/SP - COMARCA DE SÃO PAULO Emitido em: 19/02/2019 08:32


Certidão - Processo 1120321-14.2018.8.26.0100 Página: 1

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1120321-14.2018.8.26.0100 e código 67D36BB.
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0031/2019, foi disponibilizado na página
277/310 do Diário da Justiça Eletrônico em 19/02/2019. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.

Advogado
LEONARDO TAVARES BARROS (OAB 173198/RJ)
João Roberto Leitão de Albuquerque Melo (OAB 245790/SP)

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RICARDO SATOSHI YAMASSAKI, liberado nos autos em 19/02/2019 às 08:33 .
Teor do ato: "Vistos. Esclareçam as partes, em dez dias, se possuem interesse na designação de
audiência de conciliação. No mesmo prazo, especifiquem as provas que pretendem produzir, justificando de
forma concreta a pertinência e relevância. Após, tornem os autos conclusos para o saneamento ou para a
prolação da sentença. Intimem-se."

SÃO PAULO, 19 de fevereiro de 2019.

Ricardo Satoshi Yamassaki


Chefe de Seção Judiciário

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