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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1034953-37.2018.8.26.0100 e código 60B52A5.
SENTENÇA
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por EDUARDO PALMA PELLEGRINELLI, liberado nos autos em 30/11/2018 às 20:17 .
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Eduardo Palma Pellegrinelli
Vistos.
1. Relatório
1034953-37.2018.8.26.0100 - lauda 1
fls. 775
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alega que a BRACENTER "celebrou Contrato de Prestação de Serviços com a Bandeirantes"; e
que "era de solar clareza que: (i) por força de lei, o Grupo Bandeirantes não poderia fazer
qualquer concorrência" à sociedade em comum, sendo que "(ii) contratualmente, uma exceção a
tal regra geral foi estabelecida, abrindo-se a possibilidade de uma atuação residual e limitada do
Grupo Bandeirantes no mesmo ramo". Entretanto, as rés-reconvintes teriam passado a violar seus
deveres como sócias, pois, a partir de 2013, teriam promovido "(i) a apropriação de estratégias
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comerciais [da BRACENTER]; (ii) o desvio dos clientes CAF, Overseas e MSL que a Bandeirantes
continuou faturando de maneira ilegal em detrimento da BRACENTER; e (iii) a apropriação pelo
Grupo Bandeirantes, a partir de abril de 2015, das receitas pertencentes à BRACENTER com
relação a todos os seus clientes". Alega que, ante a situação, de 2013 a meados de 2015, "as
partes negociaram a compra, pela Bandeirantes, da participação detida pela CLD", que, porém,
"não foi concretizada". Alega, ainda, que, em "fase adiantada" das negociações para dissolução da
Bracenter e "na justa expectativa de que o negócio seria concretizado (...) aceitou que a
Bandeirantes passasse a faturar diretamente contra todos os clientes então faturados pela
BRACENTER"; mas que, "após frustrado o negócio, a Bandeirantes não restituiu a BRACENTER
as receitas que cabiam a ela e continuou prestando serviços e faturando contra todos os clientes
cujas receitas deveriam ser revertidas para a BRACENTER"; e que, nesse contexto, "não teve
alternativa a não ser negociar com outro terminal para o direcionamento de carga de seus
clientes". Alega, por fim, que as rés-reconvintes teriam passado a sonegar informações "com
relação aos números e aos atos de gestão da BRACENTER, sem qualquer motivação para tanto";
que a reunião de sócios que convocou para a discussão de tais problemas "foi frustrada pelos
procuradores do Grupo Bandeirantes, que continuaram se furtando a mostrar e discutir os
números da BRACENTER, além de tentar impedir que a BRACENTER adotasse as medidas
cabíveis para recomposição das receitas que cabem à BRACENTER (ação de indenização contra
o Grupo Bandeirantes proposta pela BRACENTER)"; e que, ao agir de tal forma, as rés-
reconvintes teriam violado seus deveres de lealdade perante a sociedade, bem como abusado de
seus poderes como co-controladoras, razão porque se viu obrigada a agir como substituta
processual.
1034953-37.2018.8.26.0100 - lauda 2
fls. 776
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Houve nova manifestação (fls. 152) para a juntada de novos documentos (fls.
153/166).
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Houve as citações (fls. 237 e 238).
1034953-37.2018.8.26.0100 - lauda 3
fls. 777
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pactuaram que a BANDEIRANTES passaria a operar todos os clientes da BRACENTER, e, no
mesmo ano, o contrato foi extinto por vontade das partes"; de modo que "inexiste qualquer
violação de deveres por parte da BANDEIRANTES". Nesses termos, alegam ser necessária a
declaração de encerramento do contrato de serviços mantido com a BRACENTER, a partir de abril
de 2015; e, subsidiariamente, que, caso se "entenda pela vigência do Contrato de Prestação de
Serviços, e, ainda, pela legitimidade da CLD em pleitear em juízo valores em nome da
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BRACENTER, certo é que a CLD deverá recompor valores ao caixa da BRACENTER (...), por
violar sua parte do contrato, consistente direcionamento de clientes para outro local de
armazenamento, que não a BRACENTER". Nesse sentido, alega que "[o] que houve na prática foi
que, diante da ruptura injustificada das tratativas, a CLD, do dia para a noite, tirou todos os seus
negócios da BRACENTER", ocasionando "prejuízo à joint venture"; de modo que "a CLD deve
pagar indenização por todas as cargas dos clientes que tirou da BRACENTER, nos últimos 3
(três) anos e ainda ser condenada a trazer de volta à BRACENTER todos os clientes que tirou da
companhia, dentre eles a Eculine".
1034953-37.2018.8.26.0100 - lauda 4
fls. 778
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Houve réplica à contestação da reconvenção (fls. 725/735).
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768/770).
2. Fundamentação
1034953-37.2018.8.26.0100 - lauda 5
fls. 779
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pode entender que o acionista controlador seja sujeito ativo do poder de controle; ele o detém
enquanto for titular de direitos de voto em número suficiente para assegurar a maioria nas
deliberações da assembleia geral".
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administradores, o que implica dizer que a sociedade não possui sócio controlador definido.
Tal situação obsta a pretensão das partes às suas respectivas atuações como
substitutas processuais da BRACENTER, nos termos do art. 246, §1º, da Lei nº 6.404/76, havendo
assim ilegitimidade ativa de ambas para pleitear em nome próprio o direito alheio (art. 18 do
CPC), qual seja, o direito da sociedade em comum à reparação de quaisquer atos ilícitos de
concorrência desleal contra ela cometidos pelas suas sócias.
3. Dispositivo
1034953-37.2018.8.26.0100 - lauda 6
fls. 780
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Publique-se. Registra-se. Intime-se. Cumpra-se.
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1034953-37.2018.8.26.0100 - lauda 7