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Petrópolis sofre historicamente com desastres provocados pelas fortes chuvas, no ano de 2022

uma das mais fortes chuvas de sua história causou um desastre que teve cerca de 233 mortos,
sendo uma das regiões mais atingidas o Morro da Oficina, localizado no bairro do Alto da
Serra, onde ocorreu um dos maiores deslizamentos de terra, acabando com muitas moradias
do local (foto 1) (1)

Foto 1 - Morro da oficina depois da tragedia – Google imagens

Muitos são os tópicos de discussão para as causas dessas tragedias acontecerem e se


repetirem ao longo do tempo, uma delas é a tecnologia empregada na maneira de se
habitar e como construir e em como prevenir esses eventos, e em como podemos usar
dessas tecnologias aprimorando e inovando para assim eventos como este serem cada
vez mais raros.
O morro da oficina antes da tragedia (foto 2) apresenta características bem marcantes.
Uma comunidade bem densa com um crescimento desordenado, com predominância de
autoconstrução sem apoio técnico com um alto grau de modificações do terreno natural
– corte e aterro. (fotos 3 e 4)
Foto 2 - Morro da oficina antes da tragedia– Google imagens

Foto 3 - Google maps, morro da oficina – Petrópolis


Foto 4 - Google maps, morro da oficina – Petrópolis
Ao pensarmos nesses pontos, podemos definir técnicas a ser exploradas e estudadas
para a implementação para a reabilitação de locais atingidos e também de prevenção de
locais de riscos. Nesse sentido tópicos como: Técnicas construtivas, drenagem, sistemas
de prevenção (sirenes, sensores, etc) e sistemas de esgoto são os principais fatores
definidos como possíveis causadores e de intervenção tecnológica para o estudo.

Drenagem
Devido ao tipo de terreno e as intervenções presentes no morro da oficina, onde ocorreu
diversas modificações no solo natural (foto 4 – linhas de corte***) as encostas tendem a
ficar desestabilizadas, podendo ocorrer infiltração de água (chuva) provocando assim
deslizamentos. A tragedia de fevereiro de 2022, é uma consequência desses fenômenos
e atos.
Um meio de evitar problemas assim é a utilização de drenagem profunda, que de acordo
com a tese escrita por Izabel Gomes (USP, 2016) pode ser utilizada para a estabilização
de encostas com essa pretensão de deslizamentos.
Dentro da tese, diversas técnicas são exploradas e explicadas diferentes técnicas de
drenagem, que tem como função abaixar o lençol freático, reduzindo a pressão
provocada pela infiltração de água e consequentemente aumentando assim a resistência
ao cisalhamento das partículas do solo (o deslizamento de terra)
Os pontos onde localizar essas drenagens são geralmente em pontos onde há maior
tendencia a infiltração, ou seja, em locais onde há mais movimentações de terra. Que
hoje seria nos locais mais atingidos pelos deslizamentos, além daqueles que já tiveram o
solo alterado e pode apresentar riscos. (foto 1 – marcações)
Lembrando que praticamente todo lote de construção é interessante apresentar um
sistema de drenagem eficiente.
Os sistemas apresentados são: Ponteiras filtrantes
Ponteira filtrante – esquema

Poços de alivio

detalhes dos poços usados para a estabilização da encosta em Seattle, EUA (Cedergren,
1968 – Izabel Gomes, 2006 – USP)

Trincheira drenante
– Seção transversal mostrando o fluxo em direção a superfície, antes e depois da
colocação da trincheira drenante (Rico e Castilho, 1974 – Gomes, Izabel 2006 – USP)

Essas 3 técnicas são as indicadas devido as suas principais características e custos de


execução. Outras foram descartadas por apresentarem alto custo energético e
construtivo.
2 voluntários – ver com o kurt e/ou aline
24 de maio e meio da serra – achar contatos

1 - https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-03/sobe-para-233-numero-de-
mortos-pelas-chuvas-de-fevereiro-em-petropolis#:~:text=Com%20o%20encontro%20de
%20mais,e%2044%2C%20menores%20de%20idade.
2 - https://teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3145/tde-08122006-171920/publico/
EstabilizacaoEncostasDrenagemProfunda.pdf

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