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DESFIBRILADORES / CARDIOVERSORES

Curso de Especialização em Engenharia Clínica


Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein

Eng. Benedito Fernandes de Lima


PROCEDIMENTO DE RESCUSSITAÇÃO
CARDIO-RESPIRATÓRIA

 Reversão de quadros de arritmias cardíacas, incluíndo


paradas cardio-respiratórias
 Dois tipos de ação:
 Ação médica: Ventilação, Drogas, Avaliação,...
 Ação de suporte tecnológico: Desfibrilação e
Monitoração
ATIVIDADE ELÉTRICA
ATIVIDADE ELÉTRICA
FIBRILAÇAO VENTRICULAR
FIBRILAÇÃO ATRIAL
DESFIBRILADOR / CARDIOVERSOR

 Destinado ao suporte tecnológico aplicado à


reversão de arritmias cardíacas chocáveis:
 Fibrilação Ventricular e Taquicardíacas
 Fibrilação Atrial
DESFIBRILAÇÃO E CARDIOVERSÃO

 Desfibrilação: Descargas, ASSÍNCRONAS, de alta


energia, destinadas a reverter quadros de Fibrilação
Ventricular e outras arritmias chocáveis.
 CARDIOVERSÃO: Descargas, SINCRONIZADAS COM
A ONDA “R”, de baixa energia destinadas a reverter
quadros de Fibrilação Atrial.
SINCRONISMO NA
CARDIOVERSÃO
HISTÓRICO DA DESFIBRILAÇÃO

 1850 - Carl Ludiwig ( 1816 - 1895 ), relata a fibrilação ventricular


após indução elétrica.
 1874 - A. Vulpian, descreve a irregular contração miocárdica gerando
alterações anormais de impulsos propagados como causa da FV.
 1899 - Prevost e Batelli demonstram na Universidade de Genebra,
Suíça, a corrente elétrica fibrilando e revertendo o quadro em cães.
 1947 - Claude Beck Schaeffer inventa desfibrilador e efetua a
primeira desfibrilação com sucesso em humano.
 1956 – Paul Zoll publica importantes estudos sobre eletrofisiologia e
cardiologia descrevendo a desfibrilação com corrente alternada de
110 V.
 1959 – Bernard Lown identifica falhas no modelo e Zoll propõe a
aplicação de um pulso de 1000 V x 5 ms, ficando conhecida como
“onda de Lown”.
 1990 – Desfibriladores bifásicos
FATORES DE EFICÁCIA DA DESFIBRILAÇÃO

 A energia realmente entregue x Valor indicado/ajustado

 A forma de onda (duração, tempo de subida e amplitude máxima do pulso)

 O tipo de descarga

 A massa crítica miocárdica desfibrilada

 A resistência transtoráxica

 O tamanho dos eletrodos

 A concentração iônica

 Os danos cardíacos anteriores

 A temperatura

 O tempo de início do processo de RCP


(Nohana e Farias, 1989)
ÍNDICE SUCESSO

 Cada minuto passado reduz em 10 % a chance de


reverter o quadro
TECNOLOGIAS
DESFIBRILADORES

 TIPOS
 Desfibriladores externos
 Desfibriladores Cardioversores
 Desfibriladores Externos Automáticos – DEA
 Desfibriladores internos implantáveis
 TECNOLOGIAS
 Monofásicos
 Bifásicos
DESFIBRILADORES MONOFÁSICOS

 Protocolo: 200 J - 200 [300] J - 360 J [ AHA ]

A. Hermini - UNICAMP
CIRCUITO INTERNO DESFIBRILADOR
DESFIBRILADORES BIFÁSICOS

 Protocolo SMART: 150 J – 150 J – 150 J [ AHA]


 Ou 200 – 200 - 200 J
ÍNDICE SUCESSO CARDIOVERSÃO

“Transthoracic Cardioversion of Atrial Fibrillation: Comparison of Rectilinear Biphasic Versus


Damped Sine Wave Monophasic Shocks”
Suneet Mittal, MD et. all
PROCEDIMENTO

1. Selecionar Modo e Energia [ 150 J ]


PROCEDIMENTO

2. Carregar
PROCEDIMENTO

Posicionar as pás – Distribuir gel uniformemente


APLICAÇÃO
PROCEDIMENTO

3. Confirmar impedância e Disparar


MUITO IMPORTANTE

 Nunca ativar SYNC para proceder à uma


desfibrilação, o equipamento não realizará a
descarga (não existe onda “R”)
 Conhecer os protocolos aplicáveis a cada tipo de
equipamento. Desfibriladores bifásicos
normalmente não fornecem energias maiores que
200 J
 Distribuir o gel uniformemente e manter o maior
contato das pás com o paciente – Queimadura, não
disparar,...
 Manter o equipamento ligado à rede elétrica – BAT
Desfibrilador Externo Automático
DEA
PROCEDIMENTO DEA

1) Posicione o aparelho ao lado do paciente e ligue;

2) Conecte os eletrodos adesivos no tórax do paciente e no próprio


equipamento (muitos equipamentos já vem com os eletrodos pré-
conectados ao aparelho);

3) Aguarde as orientações que irão aparecer escritas ou sinalizadas


no DEA e inicie a análise do ritmo cardíaco;

4) Após a análise do ritmo cardíaco, o equipamento orienta o


socorrista a aplicar o choque;

5) Nos casos de arritmia cardíacas que não necessitam de choque


elétrico, o DEA não indica o choque e orienta o socorrista a
executar as manobras de RCP.
COMPULSORIEDADE

 Lei nº14.621 que institui a obrigatoriedade do


Desfibrilador Externo Automático (DEA) em locais
públicos na cidade de SP - 11 de dezembro de 2007.
PROBLEMAS MAIS COMUNS

 Aplicação inadequada dos eletrodos: posição / impedância


 Falta de energia: rede elétrica / bateria
 Mal contato nos cabos e eletrodos de desfibrilação
 Seleção inadequada de energia ou modo de operação
 Quadro clínico incompatível com a desfibrilação
 Queimadura no local de aplicação dos eletrodos (densidade
de corrente e pressão na aplicação dos eletrodos)
 Falha no desfibrilador
PROTOCOLO DE INSPEÇÃO

 Três níveis de inspeção


 Diária
 Trimestral
 Anual
INSPEÇÃO DIÁRIA

 Realizada pela equipe assistencial


 Inspeção de sujidade e danos visíveis nas pás
 Verificar se o equipamento está conectado à rede
elétrica
 Teste de carga na energia de teste (50 J, p.ex.)
 Registro do resultado, pode ser S/N ou imprimir
relatório
INSPEÇÃO TRIMESTRAL

 Inspeção de partes externas:


 Gabinete
 Plugue de rede / Conectores
 Cabo de força
 Proteção do circuito/Fusível
 Pás (reutilizáveis) externas adulto
 Pás (reutilizáveis) externas pediátrica
 Pás (reutilizáveis) internas –adulto/pediátrica
 Controle/chaves
E TAMBEM

 Indicadores/Display
 Impressora
 Papel de impressão
 Indicadores de contato com a pele do paciente
 Circuito de descarga interna automática
 Alarmes visuais e sonoros
 Sinais audíveis
 Existência e condição dos acessórios
 Limpeza externa
E TAMBEM

 Ensaios de energia
 Três níveis, p.ex.:50, 100 e 200 J
 Teste de descarga em bateria (“n ?” desgaste)
INSPEÇÃO ANUAL

 Todos os trimestrais, mais:


 Curva de descarga em toda a faixa de operação
 Sincronismo de cardioversão
 Ensaio de segurança elétrica de gabinete e parte
aplicada
 Ensaio de descarga de bateria a plena carga (20 x)
 Inspeção das partes internas do equipamento
Obrigado pela atenção
Benedito Fernandes de Lima

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