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História A 12.

º ano

A viragem para uma nova era

1. Reponde à seguinte questão

Caracteriza Estado-Nação.

2. Considera a informação do documento e responde às seguintes questões.

“Tendências globalizantes parecem retirar maior capacidade de estruturação ao Estado-Nação,


impedindo-o de implementar as políticas que têm podido sustentado a sua legitimidade enquanto
soberano. […] Possuidoras de competências técnicas capazes de interpretar a nova realidade que as
rodeia, as elites produtivas, políticas e culturais de todo o mundo ligam-se numa rede global de
riqueza, poder e conhecimento. As suas atividades escapam em grande parte ao controlo de um
qualquer Estado-Nação. […] A outro nível, uma série de fatores internacionais ajuda a demonstrar a
reduzida eficiência do Estado-Nação como forma de representação política do interesse de uma
comunidade. Nas últimas décadas, a questão ambiental penetrou o mundo da política, gerando
problemas exigentes para as atuais estruturas do poder. Fruto da intensificação da exploração dos
recursos do planeta, levantou-se uma série de tensões internacionais de difícil resolução: aquecimento
global, diminuição das florestas tropicais, utilização de produtos químicos no desenvolvimento de
alimentos […]
Também ao nível do controlo da criminalidade globalmente organizada e da sua vertente
especialmente visível, o terrorismo internacional, o Estado-Nação se tem revelado uma plataforma de
poder em declínio. […]
Globalização e Estado-Nação”, em Caderno Democrático 11 – Democracia Electrónica, www.fmsoares.pt

a) Identifica, segundo o autor do documento, os fatores de desagregação do Estado-Nação.


b) Contextualiza as grandes preocupações relativas à segurança internacional.

3. Considera os motivos desencadeadores da explosão das rivalidades étnicas.


Seleciona as opções corretas.
a) Os antagonismos históricos entre identidades diversas constituem-se como elementos de
conflito.
b) A definição de fronteiras que ocorreu nos dois pós guerras, revelou o seu artificialismo
ao desencadear divergências profundas e conflitos, muitas vezes insolúveis.
c) A explosão das realidades étnicas surge como reação à diversificação cultural
proporcionada pela globalização.
d) As guerras intra-estatais constituem-se como indicadores da explosão étnica e da
prescrição do Estado Unitário.

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4. Identifica os principais conflitos e tensões em finais do século XX.

5. Considera a questão transnacional da migração e identifica as afirmações verdadeiras.

a) Os motivos económicos continuam a ser determinantes nos fluxos migratórios atuais.


b) Os motivos políticos exercem o seu peso devido aos múltiplos conflitos regionais, alguns
de dimensão internacional, ou a guerras civis que conduzem à mobilização de grupos de
refugiados.
c) O sul do Globo, mesmo sendo a região onde se encontram as populações mais
carenciadas, não se apresenta com valores de destaque nos fluxos migratórios globais.
d) Os países com um maior número de imigrantes encontram-se no Norte, já que os EUA, a
Europa Ocidental exercem um grande poder atrativo.
e) Nos fluxos migratórios mundiais dos inícios do século XX não se registam alterações
significativas na composição da população de emigrantes em relação ao século XX.

6. Expõe os motivos e condicionantes da segregação aos povos emigrantes nos países


desenvolvidos.

7. Descreve a escalada do terrorismo a partir dos anos 90 do século XX.

8. Define neoliberalismo.

9. Considera o neoliberalismo e seleciona a opção correta.

As principais medidas enquadradas na política do neoliberalismo referem-se:

a) à diminuição da despesa pública, através da privatização de empresas, restrição do


emprego por parte do Estado e cortes na segurança social;
b) ao incentivo das emissões monetárias, controlo dos salários que permitem a descida da
inflação.
c) aos entraves à iniciativa privada, à livre concorrência e à competitividade.
d) Ao investimento tecnológico e redução dos entraves alfandegários .

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10. Responde às seguintes questões:

a) Contextualiza a criação da OMC.


b) Infere as razões para as contestações às decisões e políticas veiculadas pela OMC.

11. Considera os principais traços da economia mundial no mundo atual e seleciona as opções
corretas.

a) A economia é dominada pelo sistema financeiro e pelo investimento à escala global.


b) Os processos de produção são flexíveis e localizados.
c) Os custos de transporte são baixos, quando comparados com o passado.
d) A utilização das tecnologias de informação e comunicação é reduzida.
e) Existe regulação das economias nacionais.

12. Seleciona as opções que completam corretamente as frases.

O crescimento excecional do comércio internacional deve-se:

a) aos progressos técnicos nos transportes.


b) à criação de mercados comuns como a EU, NAFTA, MERCOSUL, ASEAN e COMESA – que
configuram verdadeiros mecanismos de globalização.
c) às dificuldades de integração das economias dos países da colapsada URSS e da China.
d) às estratégias planetárias adotadas pelas empresas.

13. Analisa o texto e caracteriza o papel das multinacionais na economia global.

“No quartel-general da Nike, no Oregon, decide-se cada nova coleção. Os novos modelos são transmitidos,
de seguida a Taiwan via satélite, onde se fabricam os protótipos que serão utilizados na produção. É assim
que a Nike organiza a sua cadeia de produção a nível mundial, conservando nos EUA o cerne da sua
competência – a conceção e o controlo dos circuitos de distribuição; o fabrico é subempreitado em países
em que o custo da mão-de-obra é barato, mas com controlo de estrita qualidade”.
IFRI, Ramsés 95, Dunod

14. Explicita o teu posicionamento crítico sobre o fenómeno da globalização como gerador de
desemprego e exclusão social.

15. Salienta o papel do Fórum Social Mundial na possível minimização das desigualdades
mundiais.

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16. Analisa o documento e responde às seguintes questões.

“Estamos hoje perante um novo modelo laboral e social, caracterizado pelo aumento da individualização
das relações sociais, da insegurança, da precarização e do risco em diferentes níveis da vida social,
nomeadamente na esfera laboral (…). A constante mobilidade do capital e o consequente aumento da
fragmentação, a descentralização do processo produtivo, traduzem-se cada vez mais em fenómenos como
a deslocalização de empresas, subcontratação, flexibilidade de horários, desemprego e emprego precário,
etc., cujas consequências, apesar da larga margem de imprevisibilidade, já se fazem sentir de forma
drástica sobre a atividade sindical.”
Elísio Estanque e António Casimiro Ferreira, “ Transformações no mundo laboral e novos desafios do sindicalismo
português”, Revista Crítica de Ciências Sociais, n.º 62, junho de 2002

a) Identifica os fatores de declínio do sindicalismo e da rarefação da classe operária.


b) Enuncia em que medida o recuo do sindicalismo se pode considerar um reflexo da crise
no exercício da cidadania.

17. Justifica o crescente investimento no progresso científico e tecnológico.

18. Enuncia o contributo das Tecnologias da Informação e Comunicação para o progresso da


humanidade.

19. Define biotecnologia.

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A viragem para uma nova era Soluções

1.
Estado mononacional que resulta do princípio das nacionalidades, segundo o qual a cada nação
deve corresponder um Estado, significando unidade nacional; regista uma grande expansão no
século XX, tornando-se elemento fundamental da ordem política internacional; junta o conceito
jurídico de Estado com a dimensão étnica, cultural e moral de um conjunto humano, a Nação;
pode associar-se ao conceito de globalização.

2.
a) As tendências globalizantes, ligação das elites produtivas, políticas e culturais numa rede
global que escapa ao controlo do Estado-Nação (o impacto da globalização – das principais
atividades económicas, a relevância dos media e a uniformização dos gostos culturais, a livre
circulação de capitais, bens, serviços e pessoas; e os contactos multiculturais); as questões
transnacionais como as questões ambientais, a criminalidade e segurança, o terrorismo
internacional, que se revelam como indicadores da eficácia reduzida do Estado-Nação.
b) Mudanças sucessivas e radicais no panorama estratégico mundial pressionam a criação de
novas estruturas de segurança e defesa; a formação do Conselho NATO – Rússia; as crises nos
balcãs e a necessidade de definição de uma nova estratégia e de uma nova estrutura diferente
da que serviu na Guerra Fria; os acontecimentos do 11 de setembro e a ameaça do terrorismo;
a proliferação de riscos multidirecionais, difíceis de prever e de enfrentar, capazes de causar
graves danos ao Ocidente; a “nossa” segurança passa a estar ligada ao mundo inteiro.

3.
a), b), d).

4.
África subsariana; região da Ex-Jugoslávia, Israel/Palestina; região do Cáucaso – Ex-URSS
(Tchetchénia, Geórgia, Ossétia do sul, Abecássia, Azerbeijão); Afeganistão; Índia (Cachemira,
etnia sikh); Sri Lanka; República popular da China – Tibete budista.

5.
a), b), d).

6.
Os movimentos migratórios originam problemas complexos para os países de acolhimento em
várias vertentes: demográfica e económica, racial, xenófoba (os imigrantes são vistos como
concorrentes aos postos de trabalho existentes), sanitária (são vistos como portadores de
doenças e responsáveis pela sua propagação), exacerbamento de tensões e conflitos étnicos.

7.
A escalada do terrorismo assume preocupantes proporções a partir das últimas décadas do
século XX, com o ressurgimento do fundamentalismo religioso e o recrudescimento dos conflitos
regionais, dos nacionalismos e separatismos – pela explosão de realidades étnicas. O fenómeno
do terrorismo beneficia da capacidade de comunicação proporcionada pelas novas tecnologias
de informação e comunicação, através da capacidade de divulgação de informações técnicas, de

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promoção de financiamentos e aquisição de armas e organização em células autónomas com


ligação às organizações internacionais de crime organizado.
Os EUA, como única superpotência pós Guerra Fria, assumiram o papel mais interventivo na
cena internacional em geral (ex: Guerra do Golfo, intervenção no Afeganistão; Iraque) e no
combate ao terrorismo, em particular, sendo assim um alvo preferencial para as organizações
terroristas; o ataque aos símbolos político-militares e financeiros dos EUA, Pentágono e World
Trade Center, refletem a dimensão internacional desta ameaça.

8.
a) Neoliberalismo consiste numa nova doutrina económica que propõe revitalizar o capitalismo,
posta em prática na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, reflete as tendências de globalização
da economia; defende o respeito pelo livre jogo da oferta e da procura, valoriza a iniciativa
privada, incentiva a livre concorrência e a competitividade; envereda por medidas de rigor,
diminuindo fortemente a intervenção estatal nas áreas económica e social.

9.
a), d).

10.
a) A OMC surge no contexto do neoliberalismo e tem como objetivos económicos a liberalização
das trocas, o crescimento do comércio incentivando a redução dos direitos alfandegários e
propõe-se arbitrar os diferendos comerciais entre os Estados-membros num quadro
multilateral; propõe ainda a eliminação de discriminações comerciais internacionais, na linha do
GATT.

b) As críticas à OMC centram-se particularmente na constatação de que o crescimento do


investimento se faz substancialmente dentro do eixo da Tríade (EUA, Europa Ocidental e
Japão); a estrutura institucional atual engloba as empresas multinacionais, os mercados
financeiros globais e os blocos comerciais transnacionais, contribuindo de forma decisiva para a
desigualdade entre ricos e pobres dentro dos Estados e entre o Norte e o Sul do Globo; esta
postura é entendida como incongruente com as diretrizes contidas na Carta fundadora da OMC.

11.
a), c).

12.
a), b), d).

13.
As multinacionais refletem o crescimento das empresas; o espaço de produção e de
comercialização alargou-se ao conjunto do mercado mundial: a conceção do produto, as fases
de fabrico, e a comercialização encontram-se dispersos à escala mundial; refletem de certa
forma, a homogeneização das necessidades dos consumidores sob a pressão das novas
tecnologias, dos mass media e da normalização de produtos, as multinacionais concebem-se
também de acordo com as vantagens específicas que cada região pode oferecer, numa lógica de
rendibilidade (preços das matérias-primas, da mão de obra, dos custos dos transportes, do
valor dos impostos), como é o caso da Nike. As grandes multinacionais são consideradas
responsáveis pelo fenómeno da deslocalização, gerador de desemprego; pertencem sobretudo

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ao Norte do Globo e desempenham um papel preponderante em todos os planos: capacidade de


investimento, domínio tecnológico em setores de ponta, sem obediência a tutelas comerciais
nacionais. São responsáveis pela fratura e desestruturação social.

14.
Falar do fenómeno da globalização é falar da sacralização do capitalismo forte e da distribuição
de riqueza - a realidade mostra-nos que há empresas mais ricas do que alguns Estados; O
património das 15 pessoas mais ricas do mundo excede o PIB do total do conjunto de países da
África subsariana; o volume de negócios de algumas empresas é superior ao PNB bruto de
alguns países desenvolvidos. Entretanto, o desemprego e a exclusão continuam a conquistar
espaço nas sociedades atuais. O crescimento é real mas não cria empregos. O neoliberalismo é
tido como o fenómeno promotor desta desigualdade: marca o fim da economia nacional em prol
do desenvolvimento do sistema do mercado global e dos seus fenómenos intrínsecos: a
produção a menor custo, com mais lucros, mediante salários mais baixos; as reestruturações
empresariais necessárias; as deslocalizações da produção, facilitadas pela revolução nas
tecnologias da informação e das telecomunicações; a revolução tecnológica geradora de novos
empregos mas que reduz a mão-de-obra; a automatização dos sistemas de distribuição e
burocráticos; a valorização da mobilidade de pessoal e sua disponibilidade. A nova exclusão é
causada pelas necessidades do mercado e o mecanismo essencial da produção de pobreza é o
acesso ao emprego.

15.
O Fórum Social Mundial, como um movimento alterglobalista , condena o desenvolvimento
liberal e a busca do lucro que despreza a diversidade cultural e nega o acesso e a
comparticipação da riqueza global. Prevê a premissa: “ Porque um outro mundo é possível”.

16.
a) Nos anos 80, período áureo do neoliberalismo, devido à prática da privatização e aos
incentivos à iniciativa privada, os empresários puderam desenvolver medidas no sentido da
rendibilidade das suas empresas incluindo os despedimentos em massa; o deslizamento dos
setores industriais tradicionais (têxtil, automóvel, siderúrgico) e a assunção de indústrias
modernas (a eletrónica e tecnologias de comunicação) e a industrialização dos serviços, são
promotores de desemprego e/ou emprego precário; Os países desenvolvidos continuam a
produzir cada vez mais bens industriais diminuindo a necessidade de mão-de-obra; o recuo no
sindicalismo prende-se com esta redução da classe operária e com a sua perda de interesse na
filiação sindical.

b) O declínio do sindicalismo pode, segundo alguns analistas, significar uma crise no exercício
da cidadania nas sociedades democráticas, traduzida na perda de militância nos partidos
políticos, dado que, nestes, a ideologia cede muitas vezes lugar ao utilitarismo e a militância
política se converte em carreira; contudo, atualmente outras formas de associativismo ou
militância que não a política ou a sindical, têm atraído a adesão dos cidadãos.

17.
O crescimento desse investimento deriva da economia globalizada que estimula a investigação
científica e inovação tecnológica; governos, entidades privadas investem na ciência e na
tecnologia com o objetivo de obter um melhor desempenho na educação, no exercício
profissional, na produção de bens e serviços; no sentido de rentabilizar os recursos humanos e

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materiais, gerir empresas, dominar mercados, controlar a informação, melhorar a qualidade de


vida das populações.

18.
As TIC revelam-se importantes no apoio a estratégias empresariais das multinacionais,
(câmbios, preços de matérias primas, mão de obra, cotações bolsistas, etc), no controlo da
informação, na difusão da cultura; consideram-se um instrumento de uniformização cultural;
promovem maior transparência e visibilidade; a internet ganha forma como memória coletiva
da humanidade, contudo a revolução tecnológica não atinge de forma igual as várias regiões do
mundo, nem toda a diversidade de grupos humanos e indivíduos; as TIC constituem-se ainda
como uma poderosa arma na manipulação da opinião pública e no desenvolvimento do que se
designa por democracia eletrónica.

19.
A biotecnologia refere-se à área científica de aplicação tecnológica a sistemas biológicos,
organismos vivos ou seus derivados para criar ou modificar produtos; é uma área científica
emergente que permite a interação entre a biologia e a tecnologia, agregando competências na
área da biologia molecular, da tecnologia de células e de tecidos com a sua aplicação na
indústria de produção de alimentos processados, de fármacos ou ainda no controlo de
qualidade.

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