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***FICHA DE TRABALHO COM QUESTÕES DE GRAMÁTICA***

(25 questões de escolha múltipla)

Lê o excerto com atenção e responde às questões, selecionando as alíneas corretas.

O caçador que falou demais

(Pela boca morre o peixe, diz-se entre nós. Esta fábula do Benim vai um pouco mais longe: quem
fala sem pensar bem no que diz pode causar muito dano a si e aos outros.)
 
Era tempo de escassez, como muitas vezes acontece em Á frica, onde a fome e a sede visitam com
frequência as aldeias. Um dia, de manhã cedo, apenas o galo cantou pela primeira vez, Koumba, o
5 caçador, juntou as suas flechas e o seu arco e embrenhou-se pela floresta à procura de caça. Andou
durante muito tempo, até o sol nascer, mas de caça nem o rasto…
Koumba nã o se deixou vencer e continuou a sua busca durante o dia, até ao pô r do sol. Estava a
ficar desanimado por ter de regressar à aldeia de mã os a abanar quando, de repente, deparou com o
sapo Ponta, que tecia algodã o enquanto guardava o seu campo de milho. Uma coisa nunca vista: um sapo
10 tecedor que cultivava um campo de milho!
O caçador aproximou-se devagar, com prudência, para cumprimentar o sapo. Ponta mostrou-se
muito cordial e convidou-o a sentar-se e a comer uma espiga de milho, que entretanto ele mesmo
acabara de assar nas brasas. O caçador comeu com gosto. Era tempo de escassez e há muito que nã o
comia milho tã o saboroso.
15 Quando Koumba se levantou, para regressar a sua casa, Ponta recomendou-lhe:
– Do que viste, nã o deves contar nada a ninguém. Recorda-te: «A boca de um homem pode dar-lhe
a vida ou causar-lhe a morte!»
Koumba tranquilizou-o:
– Nã o te preocupes, nã o sou uma pessoa que dá com a língua nos dentes! E pô s-se a caminho para
20 regressar à aldeia.

[…] Por: PAOLO VALENTE

http://www.alem-mar.org/cgi-bin/quickregister/scripts/redirect.cgi?
redirect=EEZpEVFlyliYvLYdrH (cons. dia 16/09/2014)

1. A oraçã o subordinada adjetiva relativa restritiva constante do título


deste conto desempenha a funçã o sintá tica de
a) complemento direto.
b) modificador do grupo verbal.
c) modificador do nome.
d) complemento oblíquo.

2. Indica qual a funçã o sintá tica desempenhada pela oraçã o subordinada substantiva relativa
sublinhada no enunciado “quem fala sem pensar bem no que diz pode causar muito dano a si e aos
outros” (linhas 1 e 2):
a) sujeito.
b) complemento direto.
c) modificador do grupo verbal.
d) modificador de frase.

3. O complexo verbal “pode causar” (linha 2) é composto por um verbo principal no Infinitivo
(“causar”) antecedido por um verbo (“pode”) auxiliar
a) da passiva.
b) dos tempos compostos.
c) aspetual.
d) modal.

4. Se substituíssemos o complemento direto presente no enunciado “pode causar muito dano a si e


aos outros” (linha 2), reescrevê-lo-íamos como?
a) “pode causar-lo a si e aos outros”.
b) “pode causá-lo a si e aos outros”.
c) “pode causar-lhes muito dano”.
d) “pode causar o dano a si e a eles”.

5. Como classificas o sujeito da forma verbal “visitam” (linha 3)?


a) Sujeito simples.
b) Sujeito composto.
c) Sujeito nulo indeterminado.
d) Sujeito nulo subentendido.

6. O verbo “juntar” no enunciado “juntou as suas flechas e o seu arco e embrenhou-se pela floresta à
procura de caça” (linha 5) pertence à subclasse dos verbos
a) auxiliares.
b) copulativos.
c) principais transitivos diretos.
d) principais transitivos indiretos.

7. O grupo nominal “o caçador” (linhas 4 e 5), que se encontra isolado por vírgulas, desempenha a
funçã o sintá tica de
a) vocativo.
b) sujeito.
c) modificador de frase.
d) modificador apositivo do nome.

8. A forma verbal “embrenhou-se” (linha 5) está a selecionar


a) um complemento oblíquo (“pela floresta”).
b) um complemento oblíquo (“pela floresta”) e um modificador do nome (“à procura de caça”).
c) um complemento direto (“pela floresta”) e um modificador do grupo verbal (“à procura de
caça”).
d) um complemento oblíquo (“pela floresta”) e um modificador do grupo verbal (“à procura de
caça”).

9. O processo de formaçã o da palavra “caça” (linha 6) designa-se por


a) truncaçã o.
b) sigla.
c) derivaçã o nã o afixal.
d) composiçã o morfoló gica.

10. Quanto ao processo de formaçã o, a palavra “pôr do sol” (linha 7) formou-se por
a) parassíntese.
b) derivaçã o nã o afixal.
c) composiçã o morfoló gica.
d) composiçã o morfossintá tica.

11. O par de palavras “pôr” (linha 7) e “por” (linha 8) designam-se por palavras
a) homó nimas.
b) paró nimas.
c) homó fonas.
d) homó grafas.

12. Apesar de pertencer à classe das preposiçõ es, a palavra “por” (linha 8) está a introduzir uma
oraçã o
a) coordenada explicativa.
b) subordinada adverbial causal.
c) subordinada adverbial concessiva.
d) subordinada substantiva relativa.
13. Coloca na passiva o enunciado “o sapo Ponta […] tecia algodão “ (linhas 8 e 9).
a) Algodã o o sapo Ponta tecia.
b) O sapo Ponta tece algodã o.
c) Algodã o foi tecido pelo sapo Ponta.
d) Algodã o era tecido pelo sapo Ponta.

14. No enunciado “que entretanto ele mesmo acabara de assar “ (linhas 12 e 13) a palavra “que”,
quanto à classe de palavras, é
a) um pronome.
b) um advérbio.
c) uma conjunçã o.
d) uma preposiçã o.

15. Quanto à flexã o, a forma verbal “há ” (linha 13) classifica-se como verbo
a) auxiliar.
b) defetivo unipessoal.
c) defetivo impessoal.
d) defetivo expletivo.

16. Atenta nos verbos sublinhados no excerto “acabara de assar nas brasas. O caçador comeu com
gosto. Era tempo de escassez e há muito que não comia milho tão saboroso. “ (linhas 13 e 14) e
assinala a ú nica alínea correta.
a) As quatro formas verbais encontram-se nos três tempos do pretérito do modo Indicativo.
b) A primeira forma verbal sublinhada está conjugada no modo Condicional.
c) A forma verbal “comia” está conjugada no pretérito perfeito do modo Indicativo.
d) As formas verbais “acabara” e “era” encontram-se no mesmo tempo e modo.

17. Que funçã o sintá tica é desempenhada pela oraçã o subordinada adverbial final “para regressar a
sua casa “ (linha 15)?
a) Vocativo.
b) Modificador da frase.
c) Modificador do nome.
d) Modificador do grupo verbal.

18. “– Do que viste, não deves contar nada a ninguém.” (linha 17). Passa este enunciado em discurso
direto para o discurso indireto.
a) Ponta aconselhou a Koumba a, do que viu, nã o contar nada a ninguém.
b) Ponta alertou Koumba de que nã o devia contar nada a ninguém do que tinha visto.
c) Ponta disse a Koumba que, do que viu, nã o deve contar nada a ninguém.
d) O sapo proibiu Koumba de contar a alguém o que viu.

19. Atenta de novo no enunciado “–Do que viste, não deves contar nada a ninguém.” (linha 17) e
assinala a ú nica opçã o incorreta.
a) A forma verbal “viste” encontra-se conjugada no pretérito perfeito simples do modo
Indicativo.
b) A palavra “que” trata-se de um pronome relativo.
c) O complexo verbal “deves contar” é composto por um verbo auxiliar dos tempos compostos
seguido de um verbo principal.
d) A palavra “ninguém” é um pronome indefinido.

20. Em que modo se encontra a forma verbal “Recorda-te” (linha 17)?


a) Indicativo.
b) Conjuntivo.
c) Imperativo.
d) Infinitivo.

21. Que recursos expressivos distingues no enunciado «A boca de um homem pode dar-lhe a vida ou
causar-lhe a morte!» (linhas 17 e 18)?
a) Hipérbole e personificaçã o.
b) Adjetivaçã o e paralelismo.
c) Comparaçã o e enumeraçã o.
d) Metá fora e antítese.

22. Atenta na expressã o sublinhada no enunciado “não sou uma pessoa que dá com a língua nos
dentes” (linha 20). Além desta expressã o, a palavra “língua” surge em contextos como “língua
afiada” ou “língua morta”. Assim, podemos afirmar que estamos perante
a) a família de palavras de “língua”.
b) o campo semâ ntico de língua.
c) o campo lexical de “língua”.
d) a denotaçã o de “língua”.

23. Os pronomes “lhe” (linha 16) e “o” (linha 19), ao evitarem a repetiçã o dos nomes que os
antecedem, permitem assegurar
a) a coesã o textual.
b) a coerência textual.
c) a progressã o temá tica.
d) a continuidade de sentido.

24. Quanto à sua subclasse, a forma verbal “preocupes” (linha 20) no enunciado “Não te preocupes” é
um verbo
a) auxiliar.
b) principal intransitivo.
c) principal transitivo direto.
d) principal transitivo direto e indireto.

25. Com o recurso à expressã o “não sou uma pessoa que dá com a língua nos dentes!” (linha 20)
Koumba recorreu a um registo
a) popular da língua.
b) corrente da língua.
c) familiar da língua.
d) cuidado da língua.

BOM TRABALHO!!!
A DOCENTE: Lucinda Cunha

CORREÇÃO:

1-c 2-a 3-d 4-b 5-b 6-c 7-d 8-a 9-c 10-d
11-c 12-b 13-d 14-a 15-d 16-a 17-d 18-b 19-c 20-c
21-d 22-b 23-a 24-b 25-c

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