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24.fev.2020 às 2h00
81.shtml)uma
doença menor, que o alarme inicial teria sido injustificado,
que “a mídia exagerou” etc. Talvez seja uma manifestação de
insensibilidade perante o drama na China, onde se concentram 99,5%
(2.348) das 2.359 mortes registradas até sábado (22)
(https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2020/01/numero-de-mortos-por-coronavirus-chines-chega-a-
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28/02/2020 Ciência atravessa uma crise de reprodutibilidade - 24/02/2020 - Marcelo Leite - Folha
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Metade deles (21) retirou a submissão, indicação provável de que os
dados ou não existem ou não sustentariam as alegações. Outra
hipótese: a negativa pode significar que o pesquisador pretende
resguardá-los para aproveitamento em futuras publicações (a “tática do
salame”, fatiar um estudo para emplacar mais de um artigo e, assim,
embelezar indicadores de produtividade).
Dos 20 que acataram o pedido do editor, 19 tiveram o manuscrito
recusado por uma de duas razões: os dados oferecidos não eram
suficientes ou estavam em desacordo com as conclusões. Resumindo:
de 41 artigos que levantaram suspeitas, só 1 terminou publicado em
Molecular Brain.
Miyakawa verificou depois que 14 dos 40 artigos descartados por ele
acabaram editados em outros periódicos. Voltou a fazer contato com 12
desses autores e pediu os dados brutos por correio eletrônico. Ficou
sem resposta de 10, teve negativa de 1, e o outro só lhe enviou dados
parciais.
Não faltam levantamentos como esse a sugerir que os alicerces do
edifício da ciência contemporânea têm lá suas fissuras. Incomoda não
saber o quanto de fato se encontram comprometidos, mas já há quem
se proponha a sondá-los.
Aqui mesmo apareceu uma proposta nessa direção, a
(https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2019/01/projeto-quer-responder-a-pergunta-quao-confiavel-e-a-ciencia-
(https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2020/02/pesquisas-com-dobras-de-cerebros-e-informacoes-quanticas-
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Mais importante que os achados individuais, a iniciativa servirá para
dar ideia da confiabilidade da ciência nacional e contribuirá, decerto,
para melhorar as práticas laboratoriais e editoriais, de modo a reduzir a
incidência de manipulações. Afinal, na comunidade científica,
diferentemente das redes sociais e do Planalto, evidências e fatos
concretos ainda produzem luz e consequências.
Marcelo Leite
Jornalista especializado em ciência e ambiente, autor de “Ciência - Use com Cuidado”.
tter.com/MarceloNLeite)
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atravessa-uma-crise-de-reprodutibilidade.shtml
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