Você está na página 1de 85

RADIOFREQUÊNCIA

1
NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

2
Sumário

RADIOFREQUÊNCIA .............................................................................. 1

NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2

INTRODUÇÃO ........................................................................................ 6

A PELE .................................................................................................... 7

RUGAS E FLACIDEZ ............................................................................ 13

ENVELHECIMENTO / REJUVENESCIMENTO .................................... 14

RADIOFREQUÊNCIA ............................................................................ 17

EFEITO JOULE ..................................................................................... 17

CONCEITO DE RADIOFREQUÊNCIA .................................................. 18

MECANISMO DE AÇÃO E EFEITOS DA RADIOFREQUÊNCIA NA PELE


......................................................................................................................... 18

ALTERAÇÕES FISIOPATOLÓGICAS PROVOCADAS PELA


RADIOFREQUÊNCIA ...................................................................................... 20

APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA ................................................ 21

ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO ...................................................... 27

EFEITOS BIOLÓGICOS ........................................................................ 28

EFEITO TÉRMICO............................................................................. 28

EFEITOS FISIOLÓGICOS..................................................................... 30

NEOCOLAGÊNESE E NEOELASTOGÊNESE ..................................... 31

TÉCNICA DE RADIOFREQUÊNCIA ..................................................... 33

BENEFÍCIOS DA RADIOFREQUÊNCIA ............................................... 33

CONTRAINDICAÇÕES DA RADIOFREQUÊNCIA ............................... 34

PERIODICIDADE .................................................................................. 35

PROCESSO DE APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA ..................... 36

AVALIAÇÃO PRÉVIA......................................................................... 36

PREPARAÇÃO .................................................................................. 36

3
PROCEDIMENTO .............................................................................. 37

TÉCNICA DE APLICAÇÃO ................................................................ 37

SENSAÇÕES DO PACIENTE ........................................................... 37

SOBREDOSIFICAÇÃO ...................................................................... 38

PARÂMETROS ..................................................................................... 38

FREQUÊNCIA ................................................................................... 38

SELEÇÃO DE APLICADOR/PONTEIRAS ......................................... 38

POTÊNCIA/INTENSIDADE: ............................................................... 39

TEMPERATURA TERAPÊUTICA: ..................................................... 39

PERIODICIDADE: .............................................................................. 40

ATUAÇÕES DA RADIOFREQUÊNCIA NO COLÁGENO...................... 40

RADIOFREQUÊNCIA NO REJUVENESCIMENTO FASCIAL ............... 41

EFEITOS FISIOLÓGICOS DA RADIOFREQUÊNCIA NO COMBATE À


FLACIDEZ TISSULAR ..................................................................................... 50

APLICACÃO NA FLACIDEZ TISSULAR (FACIAL E CORPORAL) E


RUGAS ......................................................................................................... 54

RADIOFREQUÊNCIA PARA TRATAR A CELULITE ............................ 55

APLICAÇÃO NA CELULITE .............................................................. 58

RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DA ADIPOSIDADE


LOCALIZADA (GORDURA LOCALIZADA) ...................................................... 59

APLICAÇÃO NA ADIPOSIDADE LOCALIZADA ................................ 60

RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS ESTRIAS ................... 61

APLICAÇÃO NAS ESTRIAS .............................................................. 61

RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS CICATRIZES E


ADERÊNCIAS/ FIBROSES RECENTES E TARDIAS/ SEQUELA DE ACNE .. 62

APLICAÇÃO NAS CICATRIZES E ADERÊNCIAS/ FIBROSES


RECENTES E TARDIAS/ SEQUELA DE ACNE........................................... 63

4
RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS CONTRATURAS
MUSCULARES/ FIBROMIALGIA ..................................................................... 64

APLICAÇÃO NAS CONTRATURAS MUSCULARES/ FIBROMIALGIA


...................................................................................................................... 64

RADIOFREQUÊNCIA NA GORDURA LOCALIZADA ABDOMINAL ..... 65

RADIOFREQUÊNCIA PARA O TRATAMENTO DAS RUGAS.............. 78

REFERÊNCIAS ..................................................................................... 82

5
INTRODUÇÃO

A busca pelo corpo perfeito está cada vez em


alta, homens e mulheres, estão cada vez mais
exigentes procurando técnica de tratamento que

Imagem: Freepik
possam dar resultados seguros e rápidos sem alterar
sua rotina.
À medida em que a expectativa de vida da
população aumenta, cresce também o interesse por
retardar os sinais do envelhecimento. O padrão de
beleza buscado pelas pessoas é uma pele jovial, sem
manchas e sem rugas.
E a fisioterapia dermato funcional vem
mostrando resultados satisfatórios com aparelhos de tecnologia avançada como
a Radiofrequência.
Guirro & Guirro (1996) afirmam que a fisioterapia aplicada à estética, tem
por objetivo tratar eficazmente os distúrbios estéticos, o que leva o
Fisioterapeuta dermato funcional avaliar profundamente o problema além de
escolher o tratamento adequado.
As disfunções estéticas são desencadeadas por diversos fatores, uma
alimentação inadequada, o sedentarismo, hereditariedade, fatores hormonais,
dentre outros, favorecem o surgimento destas patologias na maior parte das
mulheres.
Com o passar do tempo a produção das proteínas de sustentação da pele,
como o colágeno e a elastina, vão sendo reduzidas gradativamente, levando a
desestruturação das fibras elásticas e colágenas, perda da elasticidade e
consequentemente ao aparecimento da flacidez tissular (KISNER, 2012).
A radiofrequência é uma modalidade não invasiva capaz de estimular
mudanças na conformação do colágeno e induzir a neocolagenese através da
geração de energia térmica de forma controlada em camadas profundas de
tecido cutâneo e subcutâneo (AGNE Et al. 2009).

6
A PELE

Imagem: stock.adobe.com

A pele é o tecido que reveste o organismo, representando 12% do peso


seco total humano, sendo o maior sistema de órgãos expostos ao meio
ambiente. Composta por duas principais camadas: a epiderme, camada
superficial que tem a função de proteção contra agentes externos, e a derme,
porção mais densa da pele, local de sustentação para a epiderme, composta por
substância fundamental amorfa, colágeno e elastina (GUIRRO et al 2004).
É formada por tecidos de origem ectodérmica e mesodérmica que se
arranjam em três camadas distintas: epiderme, derme e hipoderme. A pele
possui diversas funções tais como: proteção contra agentes físicos, químicos e
biológicos do ambiente (relativamente impermeável), regulação da temperatura,
excreção sensibilidade tátil e produção de vitamina D (GUIRRO & GUIRRO
2004).
Único órgão externo que pode ser observado em toda a sua extensão, a
pele é também, o principal órgão relacionado com a estética do ser humano. Por
estar em contato com o meio ambiente é a primeira linha de defesa do corpo
contra danos físicos (PANDOLFO, 2011)

EPIDERME
É constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinado. Na
porção mais profunda é constituída de células epiteliais que se proliferam
continuamente para que mantenha o seu número (GUIRRO & GUIRRO 2004).
A epiderme é constituída por sistema ceratinocítico, responsável pelo
corpo da epiderme e de seus anexos (pelos, unhas e glândulas), sistema
melânico, com função imunológica, células de Merkel integrada ao sistema
nervoso e células dendriticas indeterminadas, com função mal definida.

7
A epiderme é a camada mais superficial da pele, atuando como barreira
protetora as agressões dos fatores externos.
A epiderme é a camada mais externa e é formada por um revestimento
de camadas de células sobrepostas, sendo que as células superficiais são
achatadas e compõem uma camada córnea rica em queratina.
A epiderme possui espessura variando entre 1,3 mm (palma das mãos)
e 0,06 mm (face). Não possui suprimento sanguíneo, recebendo nutrientes da
derme através de capilaridade. Sua função é atuar como uma barreira protetora,
impedindo a entrada de substâncias estranhas ao organismo e ao mesmo
tempo, mantendo a água, nutrientes e eletrólitos em seu interior.
Ela é subdividida em cinco camadas ou estratos: estrato germinativo
ou basal, espinhoso, granuloso, lúcido e córneo. Também é constituída pelos
queratinócitos (produzem a queratina, responsável pela constante renovação da
pele), os melanócitos (responsáveis pela produção da melanina, pigmento que
garante a pigmentação da pele), células de Merkel (envolvidas na parte sensorial
cutânea atuando como identificadoras do tato, da pressão e do estiramento da
pele) e células de Langerhans (desempenham função imunológica adicional a
pele). (BORGES et al 2016), (HARRIS, 2016).

DERME
É uma camada espessa do tecido conjuntivo que se apoia a epiderme e
se comunica com hipoderme. A derme está conectada com a fáscia muscular
subjacente por uma camada do tecido frouxo, a hipoderme.
Abaixo da epiderme a principal massa de pele a derme, um tecido forte,
maleável, com propriedades viscoelasticas, e que se consiste em um tecido
conjuntivo frouxo composto de proteínas fibrosas (colágeno e elastina).
A derme é localizada abaixo da epiderme, formada por tecido conjuntivo
que lhe proporciona rica vascularização.
A derme é a camada mais profunda, que se apoia a epiderme, de
espessura variável atingindo o máximo de 3mm nas plantas dos pés, sendo
formada por muitas estruturas com características elásticas, grandes
quantidades de vasos sanguíneos e fibras nervosas.

8
A derme é a parte estrutural do tegumento, com espessura variando entre
0,5 mm a 3 mm. Esta camada encontra – se apêndices da epiderme, pelos e
glândulas sudoríparas e sebáceas, nervos e vasos sanguíneos. É composta por
células denominadas fibroblastos (responsáveis pela síntese de colágeno e
elastina), por enzimas como colagenase e estromelisina, bem como de matriz
extracelular. Composta também por macrófagos, linfócitos, mastócitos que
desempenham função imunológica associado com as células de Langerhans na
epiderme (BORGES et al 2016; HARRIS, 2016).
A derme é classificada em suas camadas: a derme papilar e derme
reticular. A derme papilar é formada por tecido conjuntivo propriamente dito do
tipo frouxo e localizada imediatamente abaixo da epiderme cuja função é fixar a
membrana basal à rede de fibras elásticas da derme; e a camada reticular, ou
profunda, composta de tecido conjuntivo propriamente dito do tipo denso não
modelado e situada profundamente em relação à camada papilar, contendo
muitas fibras elásticas, responsáveis pela característica de elasticidade da pele.

HIPODERME
A hipoderme é o tecido sobre o qual a pele repousa, formado por tecido
conjuntivo que varia do tipo frouxo ou adiposo ao denso nas várias localizações
e nos diferentes indivíduos (GUIRRO & GUIRRO, 2004).
A distribuição de gordura não é uniforme em todas as regiões do corpo,
nos indivíduos normais, algumas regiões nunca acumulam gordura, como
pálpebra, a cicatriz umbilical, a região esternal e as dobras articulares. Em outras
regiões pelo contrário há maior acumulo de tecido adiposo a porção proximal
dos membros e a parede abdominal (GUIRRO & GUIRRO, 2004).
A hipoderme é uma camada de gordura que, embora tenha a mesma
origem e morfologia da derme, não faz parte da pele, apenas lhe serve de
suporte e união com os órgãos subjacentes.
A hipoderme é a camada mais profunda, há tecido adiposo cujas células
armazenam a gordura subcutânea (panículo adiposo). É formado por um tecido
conjuntivo frouxo que serve para unir, de maneira pouco firme a derme aos
outros órgãos do corpo, permitindo que a pele tenha certo grau de deslizamento,
variável com a região do corpo.

9
Imagem: Composição da Epiderme, Derme e Hipoderme - Sou Enfermagem.
www.souenfermagem.com.br

Estrutura da pele. Fonte: http://www.blogger-index.com/20946895-bar-a-relationship-101.

10
COLÁGENO E ELASTINA

O colágeno e a elastina são proteínas fundamentais na constituição da


matriz extracelular do tecido conjuntivo, são responsáveis por conferir resistência
e elasticidade aos tecidos (BATISTA, 2015 apud SILVA et al 2017)
O colágeno representa 30% do total de proteínas do corpo e 70% do
peso da pele seca. Tem como função fornecer resistência e integridade
estrutural a alguns tecidos e órgão. São distribuídos na pele em colágeno do tipo
I, III, IV e VII, sendo em maior quantidade dos tipos I e II. (BORGES et al 2016;
HARRIS, 2016).
O colágeno é a proteína a estrutural mais importante nos humanos e tem
como função primária o suporte dentro da matriz extracelular. As fibras
colágenas são as principais e mais abundantes fibras do tecido conjuntivo denso,
constituinte da derme (AGNE et al. 2009).
De acordo com Carvalho et al. (2011), as fibras de colágeno são
predominantes do tecido conjuntivo, sendo constituídas por uma
escleroproteína denominada colágeno. O colágeno é uma proteína abundante
no corpo do ser humano, representando 30% do total de proteínas destes, e tem
como função fornecer resistência e integridade estrutural a diversos tecidos.
A elastina é responsável pelas propriedades retráteis da pele,
constituindo de 2% a 4% da derme. A elastina também é produzida pelos
fibroblastos, e sua função é a elasticidade e a resistência ao desgaste cutâneo.
São formadas por diferentes estruturas, a elastina, proteína principal de aspecto
amorfo, e microfibrilas, estruturas fibrilares proteicas. (BORGES et al 2016;
HARRIS, 2016).
A elastina é uma fibra de sustentação da pele que trabalha em conjunto
com o colágeno e compõe a mesoderme, camada intermediária da pele. A
elastina é uma proteína helicoidal, na forma de uma mola, que liga a pele aos
tecidos musculares e é muito elástica, permitindo que a pele retorne ao seu
estado original após ser submetida a um estiramento forçado. Portanto, ela está
diretamente ligada ao aparecimento das estrias.

11
O máximo de produção espontânea de elastina ocorre na adolescência e
durante a gravidez, permitindo que a pele da barriga se expanda, acompanhando
o aumento do útero decorrente do crescimento do feto. Quando a produção de
elastina não é suficiente, temos a formação de rachaduras no interior da
mesoderme, que são nada menos do que as já conhecidas estrias. Na fase de
envelhecimento, o organismo tem muito menor aptidão para produzir nova
elastina, mas isso se deve principalmente a fatores externos, como a poluição.
O ideal é proteger a fibras já existentes para evitar a sua degradação, usando
produtos cosméticos que tenham ação antipoluente e antioxidante, mas vale
destacar que essa produção pode ser reativada a qualquer momento por sinais
bioquímicos, provenientes de cosméticos.
Assim como outros órgãos, a pele sofre as alterações provocadas pelo
declínio de suas funções, causando o envelhecimento. Não apenas por
fatores intrínsecos, causados pelo desgaste natural do organismo e genética
provocam mudanças na aparência da pele, mas também fatores extrínsecos,
causados por exposição excessiva as influências danosas do meio ambiente
como radiação solar, estresse, tabagismo entre outros (OLIVEIRA et al, 2014).

12
A flacidez é um problema estético muito comum pela consequência do
envelhecimento biológico, caracteriza- se pela perda do tônus e elasticidade
tecidual.
As alterações que causam a flacidez podem ser desencadeadas por
alguns fatores, dentre eles, mudanças repentinas de peso, processo fisiológico
do envelhecimento da pele, idade, hábitos alimentares, exposição excessiva ao
sol, entre outras. A flacidez facial ocorre devido a alteração e diminuição das
estruturas profundas trazendo um reflexo à superfície. Na derme, as fibras
colágenas se tornam mais espessas e as fibras elásticas perdem parte de sua
elasticidade devido a diminuição do número de fibroblastos. Na hipoderme,
ocorre a diminuição de gordura. Também ocorre a diminuição do trofismo e tônus
muscular e em fase mais tardia, a massa muscular esquelética começa a ser
perdida e substituída por gordura, como exemplo na região submentoniana
(pescoço). (GUIRRO et al 2004; ELMAN, 2010).

RUGAS E FLACIDEZ

Imagem: Combater a flacidez facial as vezes é bastante difícil, isso porque ela é uma alteração
natural da pele. Fonte: clinicaeduardocolacio.com.br

FLACIDEZ FACIAL
A flacidez facial faz com que a pele perca sua firmeza, provocada pela
frouxidão tecidual. Aparecem as rugas superficiais e profundas onde as
bochechas e as pálpebras são as primeiras a decair. Logo depois surgem as
marcas de expressão, rugas, depressões e sulcos na pele, principalmente na
região dos olhos, bochechas, pálpebras, pescoço, queixo e ao redor da boca.

13
O aparecimento das rugas ocorre devido ao enrijecimento das fibras
colágenas e perda da elasticidade natural em razão da diminuição das fibras
elásticas e outros componentes do tecido conjuntivo. A camada adiposa se torna
irregular, dando origem as rugas gravitacionais e ocorre também diminuição de
trocas metabólicas e oxigenação dos tecidos tornando a superfície da pele mais
desidratada (GUIRRO et al 2004).
As rugas podem ser classificadas de acordo com a profundidade como:
o superficiais (há diminuição ou perda das fibras elásticas na derme
papilar, desaparecem ao estiramento da pele) e
o profundas (são decorrentes principalmente da ação solar e não
desaparecem ao estiramento da pele).
Há também outras 3 categorias que podem ser divididas:
o Rugas dinâmicas (decorrentes do movimento muscular da
expressão facial),
o Rugas estáticas (aparecem mesmo na ausência do movimento) e
o Rugas gravitacionais (devido a flacidez tissular) (BORGES et al
2016).
Em meio a tantos tratamentos disponíveis no ramo da estética para
retardar os sinais do envelhecimento, a radiofrequência vem se mostrando uma
técnica com resultados rápidos e seguros postergando assim a necessidade de
uma cirurgia plástica (SILVA et al, 2014).

ENVELHECIMENTO / REJUVENESCIMENTO
Entende-se como envelhecimento uma série de alterações que vão
ocorrendo no organismo ao longo do tempo vivido.
Este processo provoca mudanças nas funções e estrutura do corpo e o
torna mais suscetível a uma série de fatores prejudiciais, estes podem ser tanto
internos (falha imunológica, renovação celular comprometida), como externos
(estresse ambiental).
As causas do envelhecimento podem ser entendidas a partir da
compreensão da renovação celular. Nosso corpo é composto por
aproximadamente 75 trilhões de células e estas, multiplicam-se constantemente.
À medida que as células se dividem (processo de reprodução - mitose), seus
telômeros (sequências de DNA) vão sendo encurtados. Após muitos ciclos de

14
divisão, eles desaparecem até que finalmente, as células perdem sua
capacidade de renovação. A partir do momento em que as células não se
dividem mais, elas envelhecem, perdem por completo suas funções e morrem.

Fonte: https://clinicachociai.com.br/procedimentos/rejuvenescimento-da-pele/

Há ainda outras teorias sobre as causas internas de envelhecimento,


entre elas estão a ação da glicose dentro do organismo, a nação dos radicais
livres, falhas imunológicas, entre outras.
Além disso, as causas podem ser genéticas, raciais ou mesmo as
pessoas que utilizam muito a expressão facial ao falar, tendem a apressar o
aparecimento das rugas.
Com relação aos fatores externos, os mais conhecidos por agredirem o
organismo e acelerarem o processo de envelhecimento são a poluição
ambiental, o fumo, o álcool e a exposição exagerado às radiações solares sem
proteção. O cigarro é um grande causador do envelhecimento precoce e ele não
agride só quem fuma ativamente, como também compromete a saúde e a beleza
dos chamados fumantes passivos, que são aqueles indivíduos que estão por
perto de quem fuma.
Os eventos que fazem parte do processo de envelhecimento cutâneo se
confundem com os que ocorrem nos demais tecidos corporais. Porém, a pele
apresenta algumas peculiaridades topográficas que coloca a cútis em uma
situação mais desfavorável.
A foto envelhecimento, uma área de estudo que ganhou muito destaque
nas últimas décadas na medida que os conhecimentos sobre os efeitos das
radiações ultravioleta na epiderme e derme ficaram melhor elucidados.

15
Boa parte das alterações cutâneas encontradas no envelhecimento tem
sua fisiopatologia bem definida e estão envolvidas com os fatores abaixo citados:

 Redução do Perfil Circulatório (Oxigenação e Nutrição)


Modificações circulatórias no envelhecimento ocorrem por mudanças no
sistema circulatório como um todo. Alterações no controle da pressão arterial,
modificações no endotélio vascular aumentando a presença de placas de
ateroma, comprometimento da permeabilidade dos vasos são situações que
levam a uma menor oxigenação e nutrição dos tecidos periféricos.

 Perda de Colágeno e Elastina


Comprometimento da circulação e ambiente hormonal da pele tendendo
ao catabolismo, favorece uma menor produção de fibras e de componentes da
substância fundamental amorfa (glicosaminoglicanas e proteoglicanas), pelos
fibroblastos. Estes componentes, que formam a matriz dérmica promovem
turgor, elasticidade, firmeza e tônus à pele, além de manterem a hidratação
deste tecido.

 Perda de água ou Desidratação da Derme


Menor presença dos componentes extracelulares da derme provoca
redução na fixação de água na derme uma vez que estas moléculas (fibras,
componentes da substância fundamental amorfa), as responsáveis pela boa
manutenção do teor hídrico dérmico. Quanto menos água na derme, menores
as trocas deste tecido com a epiderme. Esta última, por sua vez será acometida
por outros tipos de mudanças como podemos ver abaixo.

 Redução do Turn-over de Células Epidérmicas e espessura


epidérmica
As menores trocas entre derme e epiderme resultam em menor atividade
das células da camada basal da epiderme. A menor atividade mitótica por parte
destas células faz com que as trocas celulares epidérmicas fiquem
comprometidas e a renovação deste tecido tende a se tornar mais lenta. A pele
encontra uma saída para que suas células continuem sendo originadas na
camada basal e encontrem-se prontas para a descamação superficial após 28
dias.

16
RADIOFREQUÊNCIA
Denomina- se radiofrequência as radiações compreendidas no espectro
eletromagnético entre 30 KHz e 3 GHz, e as frequências mais utilizadas em
equipamentos estéticos estão entre 0,5 MHz e 1,5 MHz.
Utiliza-se ondas eletromagnéticas de alta frequência para produzir calor
em nível cutâneo e subcutâneo.
Seu mecanismo de ação (vibração das moléculas de água) transforma a
energia eletromagnética em energia térmica (BORGES et al 2010), (BORGES,
2014).
Com o recente desenvolvimento tecnológico no âmbito da estética, a
Radiofrequência, passou a ser utilizada no rejuvenescimento e flacidez agindo
na derme e na hipoderme.
A definição de Radiofrequência se explica a porção do espectro
eletromagnético onde ondas eletromagnéticas através de corrente alternada
gera calor profundo para tratamento de fibroedema gelóide, gordura localizada
e de colágeno (flacidez, estrias e rugas) (PIROLA, 2010).
É utilizada para geração de calor por conversão. Alega-se a passagem de
uma energia transmitida em forma de ondas, substituindo em outra radiação,
calor. As correntes abaixo de 3.000 Hertz (Hz) exercem função de
eletroestimulção e eltroanalgesia. Diatermia é o nome para este método,
empregado há anos como termoterapia profunda.

EFEITO JOULE
Estabelecida pela seguinte fórmula: energia (J) I = 2 × R × T (em que I =
corrente, R = impedância do tecido e T = tempo de aplicação), o efeito Joule é
o principal efeito térmico da radiofrequência ao atravessar os tecidos entre
os eletrodos e produzir calor. Quanto maior a frequência através de uma carga
resistente (tecido), maior a produção térmica. A radiofrequência destina sua
energia através de dois eletrodos: eletrodo ativo e o eletrodo passivo. A diferença
entre os eletrodos está no estímulo, uma vez que o eletrodo ativo estimula
grande consistência de corrente provocando efeitos térmicos localizados nos
tecidos e ocasionando a estimulação tecidual como exemplo a produção de
colágeno. Já o eletrodo passivo consiste em uma placa condutiva de grande

17
contato que conclui o circuito da corrente fazendo com que a energia regresse
ao paciente.

CONCEITO DE RADIOFREQUÊNCIA
Latronico et al.. (2010), cita que a Radiofrequência conceitua-se na
emissão de correntes elétricas de alta frequência, formando um campo
eletromagnético que gera calor, quando em contato com os tecidos
corporais humanos. Trata-se de uma terapia em que se programa e modula as
frequências projetadas ao tecido corporal, a fim de se atingir a camada
subdérmica. Sendo uma terapia segura e aplicável a todos os fototipos cutâneos.
A Radiofrequência é uma radiação no espectro eletromagnético que gera
calor compreendido entre 30 kHz e 300 MHz. Esse tipo de calor alcança os
tecidos mais profundos gerando energia e forte calor sobre as camadas mais
profundas da pele, mantendo a superfície resfriada e protegida, ocasionando a
contração das fibras colágenas existentes e estimulando a formação de novas
fibras, tornando-as mais eficientes na sustentação da pele (CARVALHO et al.
2011).

MECANISMO DE AÇÃO E EFEITOS DA


RADIOFREQUÊNCIA NA PELE
A Radiofrequência (RF) é uma técnica que utiliza radiações do espectro
eletromagnético na ordem de kilohertz (kHz) a Megahertz (MHz). Estas ondas
eletromagnéticas apresentam energias que se diferem pela capacidade de
induzir movimento de partículas ionizadas. Essa característica é utilizada em
transmissão de sinais (como rádio) e daí vem o nome radiofrequência.
O método de Radiofrequência é baseado na conversão da energia
eletromagnética em efeito térmico, quando utilizada na faixa de frequência de
kHz não ocorre aquecimento nos tecidos pelo campo eletromagnético gerado e
sim pela resistência à passagem da corrente. Na faixa de MHz, o campo
eletromagnético causa a polarização e oscilação das moléculas de água, a
fricção entre as moléculas transforma a energia eletromagnética em calor (calor
endógeno).
A técnica de Radiofrequência induz a retração nas fibras colágenas sem
destruí-las. No seu funcionamento, as ponteiras passam correntes alternadas

18
para o tecido. Os íons desse tecido seguem na direção da corrente, gerando a
elevação de temperatura, resultando em um encurtamento do tecido sem ruptura
da integridade da epiderme.
O contato do tecido com a radiofrequência pode originar uma ordem de
fatores devido ao aumento da temperatura. A energia gerada pela
radiofrequência tem o poder de adentrar na epiderme, derme e hipoderme, e
também nas células musculares. Ocorre então a indução da vasodilatação, os
líquidos intercelulares que estão em alta quantidade são reabsorvidos pelos
vasos linfáticos, provocando também o aumento da circulação sanguínea. Estes
eventos favorecem a drenagem linfática dos restos celulares, de radicais livres
e metabólitos teciduais tóxicos, devido à melhora no fluxo sanguíneo local,
ganho de oligoelementos tissulares, nutrientes e oxigênio. Esta série de
acontecimentos favorecem a quebra de lipídios nos adipócitos, provocando a
mobilização e eliminação de gorduras para o líquido intersticial, sua drenagem
para o sistema linfático ocasionando o processo de homeostase do organismo.
O estímulo dos tecidos com as ondas eletromagnéticas exerce ação sobre os
fibroblastos levando a produção de fibras elásticas e colágenas.
A estimulação eletromagnética dos fibroblastos induz o processo de
neocolagênese. O efeito térmico da radiofrequência provoca desnaturação
parcial de fibras colágenas antigas e induz a síntese de novas moléculas de
colágeno pelos fibroblastos estimulados, processo denominado neocolagênese.
Este confere mais firmeza e elasticidade à pele.
O procedimento da radiofrequência é utilizado de forma eficaz para o
tratamento estético da flacidez cutânea, melhorando a sua aparência e
conferindo mais resistência e elasticidade cutânea.
O surgimento de ondulações desarmônicas em partes do corpo, como
coxas, abdômen e nádegas, é uma aparência característica da celulite, também
chamada de fibroedema geloide. Esta inflamação do tecido celular acontece por
diversos fatores, podendo ser genéticos ou endócrinos. Este aspecto aparece
quando há o aumento de tecidos adiposos, e diminuição da microcirculação
local, juntamente com a debilitação dos tecidos. É relacionado o uso da
radiofrequência com o fortalecimento dos tecidos, tratando assim a celulite de
forma satisfatória. A radiofrequência gera uma energia de calor homogênea e
penetrável, que esquenta as camadas íntimas da pele. A corrente que é

19
transmitida com potência, chega na superfície a ser tratada, oferecendo
resultados clínicos, por muito tempo, conseguindo diminuir medidas e o aspecto
da celulite.

ALTERAÇÕES FISIOPATOLÓGICAS PROVOCADAS


PELA RADIOFREQUÊNCIA
A vibração iônica, a rotação das moléculas dipolares e a distorção
molecular são fenômenos que ocorrem quando há passagem de uma
radiofrequência pelo tecido, decorrente do aumento da temperatura. A vibração
iônica é a forma mais efetiva de alterar a energia elétrica em calor, pois os íons
presentes nos tecidos cedem a vibrações a mesma frequência da
radiofrequência, ocasionando no aumento da temperatura. A Rotação das
moléculas dipolares tem pouca competência de conversão térmica em relação a
vibração iônica, e já a distorção molecular causa uma conversão menor de
energia elétrica em calor.
O aquecimento tecidual e enrijecimento das fibras protéicas no estrato
subcutâneo cooperam para modificações rápidas de contorno na pele após o
procedimento. Existe um sistema no aparelho da radiofrequência que provoca o
aquecimento dos tecidos cutâneos profundos e arrefecimento superficial,
chamado de gradiente térmico inverso, onde é produzido um calor mais agudo
atingindo maiores profundidades, penetrando o calor a nível da derme e camada
subcutânea, onde o calor não penetra ativamente nas camadas superficiais da
pele não induzindo queimaduras térmicas.

Fonte: https://clinicaideal.med.br/espaco-estetica/radiofrequencia/

20
APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA
Sabe-se que a energia gerada pelo aparelho de Radiofrequência pode ser
de três formas: Capacitiva, Resistiva e Indutiva.
O eletrodo considerado capacitivo ou resistivo, cuja função básica é gerar
e armazenar energia, quando aplicado em contato direto com a pele, faz com
que esta energia será liberada promovendo a elevação da temperatura; já o
sistema indutivo é aplicado por uma manopla especial de vidro que separa o
eletrodo gerador de energia da pele, sendo esse pouco utilizado.
O modo de emissão da energia pode ser monopolar, bipolar, tripolar e
multipolar (possui 3 ou mais eletrodos). A manopla monopolar possui potência e
densidade elevada superior às demais manoplas. A técnica é aplicada,
geralmente, por dois ou três eletrodos; o eletrodo ativo o qual provoca grande
densidade de corrente, o circuito da corrente é fechado pelo eletrodo passivo
que consiste em uma placa condutiva de grande contato fazendo com que a
energia retorne ao paciente.
A Radiofrequência pode ser de alta ou baixa frequência, utilizando
aplicador monopolar, bipolar e tripollar.
A tecnologia inovadora do sistema radiofrequência tripollar combina, num
só dispositivo, os sistemas radiofrequência monopolar e bipolar, produzindo uma
energia calorífica homogênea e profunda. Os fluxos de corrente de RF que
circulam entre três polos (elétrodos) aquecem em simultâneo as camadas
superficiais e profundas da pele. A intensidade da corrente que circula entre os
três polos transmite uma densidade de alta potência sobre a área a tratar logo,
de baixo consumo, proporcionando resultados clínicos de longo prazo após
várias sessões de tratamento, sem causar desconforto (MANUSKIATTI et al.
2009).
A Radiofrequência é indicada para tratamentos da pele na flacidez e
remodelador corporal. Também atua no fibroedema geloide e têm-se
demonstrado sua eficácia na redução da pele tipo “casca de laranja”, é
recomendado também nos tratamentos pós-lipoaspiração, rugas, cicatrizes,
alopecia (queda excessiva de cabelo), olheiras, adiposidades, estrias, manchas
e fibroses.

21
É contraindicado o uso da Radiofrequência em indivíduos com transtorno
de sensibilidade, marca passo, grávidas, sobre glândulas que provoquem o
aumento de hormônio, em focos infecciosos, pacientes que estejam ingerindo
vasodilatadores ou anticoagulante, hemofílicos e em estado febril.

A radiofrequência é feita a partir de um aparelho e no mercado atual


existem aparelhos com três mecanismos de ação: monopolar ou unipolar,
bipolar e tripolar.

 UNIPOLAR OU MONOPOLAR
O aparelho unipolar ou monopolar, funciona através do aquecimento
profundo e controlado (penetração profunda até 20 mm). A radiofrequência
unipolar promove a liberação de ácidos graxos e triglicérides dos adipócitos,
diminuindo seu volume e compactando o panículo adiposo. Segundo Goldberg
DJ et al., (2008) esse aquecimento controlado também estimula a remodelação
e a formação de novas fibras de colágeno, tratando assim a flacidez e a celulite,
além de promover o remodelamento corporal.

Aparelho de radiofrequência Monopolar com 500kHz de frequência e 98W de potência, permitindo ao terapeuta dispor
de maior potência durante os tratamentos. Fonte: https://www.hsmed.com.br/tecatherm-aparelho-de-radiofrequencia-
monopolar-cecbra

22
Tabela 1. Síntese dos aspectos fundamentais no tratamento com RF
utilizando-se equipamento com aplicador monopolar

(VIEIRA, 2016)

23
 BIPOLAR
A radiofrequência bipolar foi estudada por
Waniphakdeedecha R & Manuskiatti (2006), com
base em achados científicos constataram que a RF
bipolar promove um aquecimento superficial e
controlado da derme (camada mais superficial da
pele), estimulando a reorganização e a formação de
novas fibras de colágeno superficial e médio.
Equipamento Radiofrequência Bipolar. Fonte:
https://www.hsmed.com.br/tecatherm-aparelho-de-
radiofrequencia-monopolar-cecbra

Tabela 2. Síntese dos aspectos fundamentais no tratamento com RF


utilizando-se equipamento com aplicador bipolar.

(VIEIRA, 2016)

24
 TRIPOLLAR OU MULTIPOLAR
Segundo Manuskiatti et al. (2009) a tecnologia
do sistema Radiofrequência TriPollar combina, num
só dispositivo, os sistemas Radiofrequência unipolar e
bipolar, produzindo uma energia calorífica homogênea
e profunda. Os fluxos de corrente de Radiofrequência
que circulam entre três polos (eletrodos), aquecem em
simultâneo as camadas superficiais e profundas da
pele.
Aparelho de Radiofrequência Tripolar Fonte:
A intensidade da corrente que circula entre os https://www.fisiofernandes.com.br/triatherm-
slim-aparelho-de-radiofrequencia-tripolar-
três polos transmite uma densidade de alta potência cecbra/p
sobre a área a tratar, logo, de baixo consumo, proporcionando resultados
clínicos de longo prazo após várias sessões de tratamento, sem causar
desconforto.
Tabela 3. Síntese dos aspectos fundamentais no tratamento com RF
utilizando-se equipamento com aplicador multipolar.

(VIEIRA, 2016)

25
No que diz respeito ao modo de aplicação, Borges (2010) relata que por
haver variedade de equipamentos, o modo de aplicação é estipulado por cada
fabricante, o que deve ser seguido rigorosamente.

HISTÓRIA DA RADIOFREQUÊNCIA
A radiofrequência vem sendo utilizada desde 1891, quando seu inventor
o fisiologista francês Jaques Arsène D’ Arsonval descobriu que frequência
superior a 10.000 Hz no corpo humano era suportável, em 1911, o objetivo da
radiofrequência foi para uso de corte e cauterização dos tecidos vivo, mas foi em
1976 que entrou para a medicina, no combate das células cancerígenas,
utilizando potência mais elevada (AGNE, 2013).
No século XIX D`Arsonval, médico e físico, realizou um experimento
forçando uma corrente elétrica através de seu corpo e de um de seus
assistentes, relatando sensação de aquecimento sem promover contrações
musculares. Trabalhos subsequentes levaram ao desenvolvimento de métodos
indutivos e capacitivos de aplicação de correntes de alta frequência ao corpo
humano para produzir o que se propunha ser um aquecimento não superficial
(SCOTT ET AL., 2003).

Jacques-Arsène d'Arsonval (La Porcherie, 8 de junho de 1851 - 13 de


dezembro de 1940) foi um médico, físico e inventor francês. Foi o inventor do galvanômetro,
da bobina móvel e do amperímetro termopar. Junto com Nikola Tesla, d'Arsonval foi um
colaborador importante no campo da eletrofisiologia, o estudo dos efeitos
da eletricidade nos organismos biológicos, no século XIX. Fonte: Wikipédia

26
ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO

Fonte: HTM Eletrônica

O espectro eletromagnético é o intervalo completo da radiação


eletromagnética, que vai de ondas longas (rádio) até ondas muito curtas (raios
gama). A imagem acima, representa o espectro eletromagnético com suas
diferentes frequências e comprimentos de ondas. Denomina-se radiofrequência
(RF), as radiações compreendidas no espectro eletromagnético entre 30 KHz e
3 GHz.
Um campo elétrico é um campo de força resultante da ação de um sistema
de cargas elétricas e a região invisível formada pela energia da movimentação
dessas cargas é chamada de campo magnético. O campo eletromagnético
aparece quando ambos existem simultaneamente e a movimentação de cargas
é consequência da passagem de corrente elétrica.
O equipamento de Radiofrequência, utiliza-se de uma corrente elétrica
alternada sinusoidal bifásica, de alta frequência e média intensidade, que irá se
compor em um campo elétrico e um magnético, oscilando perpendicularmente
um ao outro em direção à propagação de energia.

27
Fonte: HTM Eletrônica

EFEITOS BIOLÓGICOS

EFEITO TÉRMICO
Segundo AGNES (2013), a Radiofrequência tem a finalidade de elevar a
temperatura tecidual a níveis que possam favorecer respostas fisiológicas
perfeitamente controláveis, desde que sua frequência esteja compreendida
dentro de um range de 0,30 MHz a 5 MHz.
A Radiofrequência age por conversão, ou seja, converte uma energia
eletromagnética em efeito térmico, a medida em que a energia está sendo
absorvida.
As camadas da pele agem como resistores em série à passagem da
corrente e dependendo da sua resistência, pode se aquecer em variados graus,
parecido com uma lâmpada que se aquece quando a eletricidade passa através
da mesma.
O nível de penetração, bem como a absorção da energia eletromagnética
gerada pela Radiofrequência nos tecidos, depende tanto do aspecto físico do
equipamento, como de algumas propriedades teciduais. Esta dependência é
determinada pela seguinte equação:

28
A partir da equação acima, pode ser entendido que a profundidade de
penetração em milímetros é inversamente proporcional à raiz quadrada da
frequência. Por isso, baixas frequências possuem uma taxa de penetração mais
elevada. Desta forma, quanto maior for a frequência, menor o poder de
penetração.
A quantidade de calor gerado também dependerá de outras variáveis
relacionadas às propriedades do tecido, tais quais, as características para a
condução térmica, a sua capacidade para dissipação do calor e da taxa de
absorção da radiação eletromagnética.
Abaixo temos uma equação que se refere à Lei de Joule, que também é
conhecida como efeito Joule. Resumidamente, diz respeito a uma lei física que
expressa a relação entre o calor gerado e a corrente elétrica que percorre um
condutor em determinado tempo.

A energia de RF é conduzida eletricamente no tecido e o seu o


aquecimento é produzido quando a resistência inerente do tecido, isto é, a
impedância, converte a energia elétrica em térmica.

DIFERENCIAÇÃO DE CALOR E TEMPERATURA


Fisicamente, calor e temperatura são distintos e no meio celular, as
respostas também são diferentes. Por exemplo, podemos dizer que o calor
gerado por um agente térmico como por exemplo, a compressa quente, promove
relaxamento tecidual, enquanto que a Radiofrequência incidente, ao contrário,
reafirma esse tecido.

29
Um bom exemplo é expor uma das mamas a uma compressa ou mesmo
frente a uma lâmpada de infravermelho. Em alguns minutos essa mama estará
relaxada e assim ficará flácida e consequentemente mais baixa quando
comparada a mama oposta, não submetida ao calor. Quando se submete a
mama à Radiofrequência, essa se comportará de modo contrário ao calor, ou
seja, a pele responderá com moderada retração promovendo seu levantamento.
Assim, diferenciamos com facilidade calor e temperatura.

COMPORTAMENTO DIELÉTRICO DOS TECIDOS


A passagem da Radiofrequência pelo tecido pode produzir uma série de
fenômenos que derivam do aumento de temperatura e subsequente
aquecimento volumétrico. Estes são:
- Rotação dos dipolos: as moléculas de água quando exposta à
Radiofrequência, giram em torno do seu próprio eixo acompanhando a mesma
frequência do campo eletromagnético aplicado. Causam uma colisão entre os
tecidos adjacentes, produzindo calor. As moléculas de água aquecidas,
estendem seu calor no tecido circundante, devido a sua condutividade térmica.
- Oscilação das cargas livres ou íons: os íons encontrados em fluídos
corporais, possuem cargas elétricas que são atraídas e repelidas ao se alternar
a polaridade da corrente durante a sua emissão, gerando um importante atrito
iônico que irá resultar em calor por conversão.

Fonte: HTM Eletrônica

EFEITOS FISIOLÓGICOS
A energia penetra em nível celular, na epiderme, derme e hipoderme e
alcança inclusive as células musculares. Sua atividade biológica, se manifesta
através de duas modalidades:

30
- Efeito energético: após ser estimulado pela Radiofrequência, o tecido
cutâneo tem suas reações químicas facilitadas, permitindo uma maior
movimentação entre os íons através da membrana lipoprotéica e facilitando,
portanto, a transformação de ADP em ATP.
- Efeito térmico: como a movimentação dos íons e seus atritos e choques
entre si, é gerada uma hipertermia local, que determina um aumento no fluxo
sanguíneo, com aumento da demanda de oxigênio e nutriente, com também,
aumento da saída dos catabólitos e subprodutos celulares.

NEOCOLAGÊNESE E NEOELASTOGÊNESE
O colágeno é uma família de proteínas estruturais, que promovem
sustentação e resistência da pele e de outros tecidos. As fibras de colágeno são
compostas de cadeias de proteínas, dispostas numa tripla hélice, ligando-se
através de pontes de hidrogênio.
A elasticidade e, portanto, a complacência dos tecidos é dada pelo
sistema de fibras elásticas, que está constituído por arcabouço microfibrilar que
contém elastina, as fibras maduras e as elaunínicas são mais espessas,
responsáveis pela elasticidade, e as fibras oxitalânicas são mais finas, e contêm
apenas microfibrilas, sendo responsáveis pela resistência. Dependendo da
função do tecido, elasticidade ou resistência, varia a quantidade e o tipo de fibra
elástica.
O colágeno, quando aquecido pela Radiofrequência, perde as pontes de
hidrogênio e a estrutura helicoidal se transforma em uma estrutura amorfa e
enrolada ao acaso. Isso produz um encurtamento e engrossamento das fibras
de colágeno, de modo que as cadeias de proteínas se dobram e assumem uma
configuração mais estável. Tal contração do colágeno, pode ser traduzida na
pele pelo efeito “skin tightening”.
O encurtamento do colágeno, não é mediado por lesão. Os efeitos
imediatos da contração do colágeno ocorrem por um fenômeno chamado de
hôrmese, onde, o corpo produz uma resposta adaptativa ao surgimento de um
agente estressor.
O corpo responde a hipertermia, pela estimulação de uma proteína
denominada de proteína de choque térmico (Heat Shock Proteins - HSP). A
elevação da temperatura estimula a formação de HSP-47, proteína residente no

31
reticulo endoplasmático, cuja função é proteger o colágeno tipo I durante a sua
síntese. Esse aquecimento gerado à nível de derme produz um estímulo da
síntese na célula dessas proteínas HSP, causando a expressão de TGF-beta-1
(fator transformador de crescimento beta-1), que é conhecido por ser um
elemento-chave na resposta inflamatória e no processo fibrogênico, fazendo
com que os fibroblastos reajam aumentando a produção de colágeno.
Kadunc et al (2013), afirma que a hipertermia causada pela
Radiofrequência, pode desnaturar o colágeno e gerar uma reação inflamatória
como mecanismo de resposta. O processo inflamatório é intenso e passageiro,
com presença de edema, aumento de vascularização e estímulo de fibroblastos,
necessário para a neocolagenização e reorganização das fibras colágenas e
subsequente remodelamento do tecido.
Segundo Hantash et al (2009), através dos efeitos térmicos produzidos
pela radiofrequência ocorre a contração das fibras elástica, levando a produção
de neoelastogênese.

QUANDO SE SUBMETE A PELE À EMISSÃO DA


RADIOFREQUÊNCIA
Quando se submete a pele à emissão da radiofrequência, essa responde
com o estreitamento do colágeno promovendo efeito benéfico para a flacidez.
Temperaturas teciduais entre 39º e 45º não causam nenhum dano significativo,
gerando apenas a retração do colágeno. Os danos começam a ser irreversíveis
a partir de 50º, gerando a desnaturação do colágeno, redução nas atividades
enzimáticas e até mesmo queimaduras (AGNE, 2013).
Equipamentos de radiofrequência permitem realizar contração de fibras
colágenas sem cortá-las. O aproveitamento da energia de radiofrequência para
fornecer elevação da temperatura tecidual para estruturas dérmicas resulta na
retração não cirúrgica e encurtamento do tecido sem ruptura da integridade da
epiderme respeitando os limites térmicos, através de uma microinflamação que
gera colágeno. A radiofrequência também utiliza do aquecimento para redução
de gordura, agindo em diversas partes do corpo incluindo, flacidez de papada,
abdômen, coxas e braços, mas também, na redução de rugas, melhora da
celulite e contorno corporal. (AGNE, 2013; VEJJABHINANTA et al., 2013).

32
TÉCNICA DE RADIOFREQUÊNCIA
A técnica de radiofrequência produz vasodilatação induzida, promovendo
o aumento da circulação sanguínea e linfática, com uma melhora dos aportes
nutricionais e oxigenativos, estimulando as atividades de respiração endocelular
e a expulsão de catabólitos tóxicos, entre eles os radicais livres, sendo esses os
maiores responsáveis pelo envelhecimento cutâneo e deles depende o aspecto
hipotônico da pele envelhecida. Tudo isso explica o poder de regeneração que
se consegue com a radiofrequência. (AGNE, 2013).
A Radiofrequência apresenta a necessidade do monitoramento constante
da temperatura da pele e movimentos repetitivos durante a aplicação do
aparelho sobre a pele.
Aplicação da Radiofrequência sobre a pele.

Fonte: http://saude.culturamix.com/estetica/radiofrequencia-estetica, acesso 22/01/13.

BENEFÍCIOS DA RADIOFREQUÊNCIA
Entre os benefícios que a radiofrequência traz, estão os efeitos
fisiológicos, nos quais incluem a vasodilatação local, incremento da circulação
sanguínea, maior aporte de nutrientes, maior atividade metabólica e enzimática,
diminuição da viscosidade, alteração do tecido colagenoso e estimulação
nervosa.
Há a diminuição de rugas, melhora a aparência da pele, melhora a
qualidade do colágeno e da elastina, reorganiza as fibras de colágeno e elastina,
melhora a microcirculação, melhora a hidratação da pele, aumenta a
oxigenação, acelera a eliminação de toxinas, reduz celulite, combate estrias e
fibroses, melhora o aspecto das cicatrizes, combate a gordura localizada na
barriga, culote, flancos, braços e papada, combate a flacidez em qualquer área
do corpo e combate a celulite por melhorar a firmeza da pele.

33
Mas além de todos esses benefícios, também existem as
contraindicações, nas quais se não forem seguidas, podem trazer riscos e
malefícios para a saúde.

CONTRAINDICAÇÕES DA RADIOFREQUÊNCIA
As contraindicações da radiofrequência podem ser subclassificadas em
absolutas, não se deve fazer o uso da radiofrequência em nenhuma parte do
corpo da paciente, e relativas, que ficará a critério do profissional fazer o uso ou
não.
As contraindicações absolutas são:
 Portadores de marca-passos cardíacos,
 Câncer ou metástase,
 Gravidez,
 Diabéticos,
 Infecções sistêmicas,
 Imunossupressão,
 Artrite,
 Tuberculose ativa,
 Aplicação nos testículos,
 Epilepsia,
 Pacientes que fazem uso de aparelho auditivo devem retirá-los
para serem submetidos ao tratamento
 Utilização de peeling químico agressivo e terapia com retinoides.
 Febre;
 Sobre tumores malignos;
 Sobre dermatoses;
 Sobre preenchimentos;
 Doenças infecciosas agudas e inflamações agudas;
 Sobre implantes metálicos;
 Sobre região próxima a graves problemas circulatórios;
 Patologias de base descompensadas;
 Sobre regiões com alterações de sensibilidade.

34
Já as contraindicações relativas são:
 Aplicação nas glândulas exócrinas e endócrinas,
 Transtornos de sensibilidade,
 Osteossíntese,
 Menstruação,
 Próteses de solução fisiológica,
 Infecções locais,
 Pacientes que façam ingestão de vasodilatadores e
anticoagulantes,
 Sobre o globo ocular,
 Varizes,
 Terapia com esteroides tópicos nos últimos meses e esteroides
orais nos últimos doze meses,
 Terapia com colágeno ou toxina botulínica nos últimos seis meses
e
 Ter realizado microdermoabrasão na área nos últimos três meses.

Referentes ao operador
o Gestantes não deverão operar ou permanecerem próximas ao
equipamento;
o Portadores de Marca-passo ou outros dispositivos elétricos implantados
não deverão operar ou permanecerem próximos ao equipamento.

PERIODICIDADE
Não há um consenso na literatura sobre o intervalo entre as sessões,
podendo variar de acordo com o objetivo terapêutico e avaliação do paciente.
Há relatos da literatura indicando o intervalo de 07 a 21 dias entre as sessões.
Normalmente, o tratamento é efetuado uma vez por semana durante pelo menos
4 a 6 semanas sucessivas.
Alguns tratamentos de manutenção são recomendados a cada 4 e 8
semanas, de acordo com as necessidades individuais, para sustentar resultados
de longa duração. O tratamento deve ser concluído quando o terapeuta e o
paciente estão satisfeitos com os resultados.

35
PROCESSO DE APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA
AVALIAÇÃO PRÉVIA
Durante a avaliação, o profissional deverá realizar as seguintes ações:
- Verificar métodos de tratamento prévios;
- Determinar se o paciente está indicado para o tratamento – não tratar
pacientes com qualquer uma das contraindicações mencionadas;
- Verificar por que o paciente deseja o tratamento e quais são suas
expectativas;
- Informar ao paciente sobre a execução do tratamento, os resultados
típicos do tratamento, expectativas realistas, e efeitos colaterais possíveis e
incômodos;
- Instruir o paciente a respeito das advertências de segurança.

PREPARAÇÃO
- Remover todo e qualquer objeto de metal que estiver em contato direto
com a pele do paciente, além de qualquer dispositivo eletrônico;
- Colocar o paciente em uma posição confortável para o tratamento;
- Preparar a área de tratamento:
 Higienizar e secar
 Delimitar a área com lápis dermográfico, principalmente em regiões
corporais
 Lubrificar a área de tratamento usando gel glicerinado

Imagem: Youtube

36
- Antes do início da aplicação de radiofrequência, deve-se aferir a
temperatura da região a ser tratada com o termômetro infravermelho.
Obs: o monitoramento da temperatura deve ser constante durante todo o
tratamento para manter a temperatura nos valores desejados, devendo ser
repetida ao final da aplicação.

PROCEDIMENTO
Para o procedimento é necessário que o profissional observe os seguintes
critérios:
- Prestar assistência a no máximo um cliente/paciente/usuário por vez,
nunca se ausentando, em qualquer de sua etapa, do local onde o procedimento
é realizado.
- Informar ao cliente/paciente/usuário sobre a técnica e seu grau de risco,
colhendo dele a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido;
- Manter registro em prontuário de todas as etapas do tratamento.
- Aplicar os princípios da biossegurança;
- Aplicar a técnica em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene
e segurança estabelecidos em normas da ANVISA ou outras em vigor;

TÉCNICA DE APLICAÇÃO
- A técnica de aplicação baseia-se no movimento linear e constante do
aplicador para que a distribuição da energia seja uniforme por todo tempo de
tratamento. O aplicador nunca deve ficar estacionado no local, havendo risco de
queimadura.
- Os efeitos da radiofrequência serão determinados pelo acúmulo de
energia tecidual a qual produzirá elevação da temperatura.
- Controle a sensação térmica do paciente verbalmente e regularmente
durante o tratamento e também através do termômetro.

SENSAÇÕES DO PACIENTE
Trata-se de um método indolor, onde a percepção do paciente refere-se
a calor local intenso/suportável durante ou após o procedimento, que
desaparece em pouco tempo.

37
Eritema local também pode aparecer após o procedimento,
desaparecendo em até 24 horas. Alguns pacientes também referem sensação
de estiramento no tecido, condição que também se resolve em algumas horas.

SOBREDOSIFICAÇÃO
A utilização, sem controle, de doses muito elevadas, bem como a
exposição por tempo prolongado e a realização de inúmeras aplicações de RF
em curto intervalo de tempo podem ocasionar a sobredosificação.

PARÂMETROS

FREQUÊNCIA
Alguns modelos de equipamentos de radiofrequência apresentam a
tecnologia multifrequencial para que o profissional tenha liberdade de escolher
em que tecido alvo deseja concentrar a energia. Frequências como 0,6, 1,2 e 2,4
MHz costumam ser as mais utilizadas. Em relação à profundidade de ação, sabe-
se que quanto maior a frequência, maior a atenuação nos tecidos, sendo assim,
a frequência mais alta é considerada mais superficial. A frequência também está
relacionada à velocidade de aquecimento. Novos estudos têm mostrado que o
tempo para alcance da temperatura terapêutica é um fator relevante para os
resultados em cada patologia a ser tratada. Portanto, em tratamentos nos quais
é necessário o alcance rápido da temperatura para se obter o efeito terapêutico
desejado, deve-se trabalhar com a frequência mais alta da radiofrequência,
como por exemplo, no tratamento da flacidez tissular.
E em casos onde o alcance da temperatura terapêutica deve ser lento,
como no caso da celulite, deve-se utilizar frequências mais baixas.

SELEÇÃO DE APLICADOR/PONTEIRAS
Há uma grande diversidade de aplicadores que devem ser escolhidos
conforme a área e o tratamento desejado. Na radiofrequência resistiva o eletrodo
é um condutor metálico, formando assim uma resistência. Consegue-se o
aumento da temperatura com facilidade e a propagação de corrente eléctrica
está limitada pela área entre os eletrodos. A principal vantagem é o controle da
distribuição de corrente de Radiofrequência no interior do tecido, que é limitada
em volume entre os dois eletrodos.

38
Exemplos de aplicadores de radiofrequência. Fonte: Acervo do Conteudista

POTÊNCIA/INTENSIDADE:
O nível de energia a ser aplicado depende da indicação clínica e da área
de tratamento; baseia-se também na constante avaliação do tecido e percepção
do paciente em relação à temperatura local, devendo o terapeuta reajustar esse
parâmetro sempre que necessário para atingir a temperatura desejada. Alguns
fatores podem interferir, tais como: grau de hidratação da pele, temperatura
ambiente, sensibilidade do paciente, frequência e ponteira escolhida. Quando
atingir a temperatura terapêutica desejada, deve-se abaixar a potência para
haver somente manutenção da temperatura, não o aumento da mesma. Os
equipamentos costumam apresentar potência máxima de 100W.

TEMPERATURA TERAPÊUTICA:
A temperatura deve ser monitorada durante todo o tempo de tratamento
com o termômetro infravermelho, para que se mantenha uma temperatura
constante de acordo com o objetivo terapêutico. Exceder o limite crítico de calor
(muito quente/intolerável) provoca a desnaturação completa das fibras de
colágeno e inclusive, morte celular generalizada, conduzindo à cicatriz.
Utilizamos de 37° a 38° C para o tratamento de celulite e fibroses; 40° a 42° C
para patologias em que é necessária ativação do colágeno.

TEMPO DE MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA TERAPÊUTICA:


Relacionado com a temperatura pretendida e a patologia tratada.
Geralmente mantém-se a temperatura terapêutica em torno de 3 a 7 minutos.

39
PERIODICIDADE:
Pode variar de acordo com o objetivo terapêutico e avaliação do paciente.
Há relatos da literatura indicando o intervalo de 07 a 21 dias entre as sessões.
Normalmente, o tratamento é efetuado uma vez por semana durante pelo menos
4 a 6 semanas sucessivas nos tratamentos de gordura localizada, celulite,
fibroses recentes e tardias, contraturas musculares e fibromialgia. No tratamento
de flacidez de pele corporal e facial, estrias, cicatrizes e sequelas de acne,
recomendamos a cada 15-21 dias.

ATUAÇÕES DA RADIOFREQUÊNCIA NO COLÁGENO


A dermatologia utiliza a radiofrequência de forma não ablativa,
promovendo o aumento da elasticidade de tecidos ricos em colágeno, pois
aumentos leves de temperatura, a partir de 5º a 6ºC da temperatura da pele,
aumenta a extensibilidade e reduz a densidade do colágeno, melhorando
patologias como o fibroedema geloide e fibroses pós-cirurgia plástica, entretanto,
aumentos maiores de temperatura e manutenção em 40ºC durante todo o
período de aplicação diminuem a extensibilidade e aumenta a densidade do
colágeno, conseguindo assim melhorar a flacidez da pele, promovendo a
diminuição da elasticidade em tecidos ricos em colágeno. Este efeito é
denominado lifting pela Radiofrequência (CARVALHO et al.. 2011).
Segundo Latronico et al. (2010), o efeito da Radiofrequência sobre o
colágeno se dá pela contração imediata da fibra existente, que é uma reação
imediata a aplicação, e também, se dá pela remodelação e renovação em médio
prazo. É importante ressaltar que há uma necessidade de aplicações repetidas
para efeitos duradouros, pois o efeito da Radiofrequência em promover a
vasodilatação local melhora diretamente a circulação local, o que melhora a
capacidade da célula de transferência, como um efeito complementar biológico
que se propaga continuamente.
De acordo com Manuskiatti et al. (2009), as fibras de colágeno contraem-
se originando processos inflamatórios que induzem a proliferação de fibroblastos
e a reconstrução do colágeno. Este processo de reconstrução do colágeno é
permanentemente induzido durante os tratamentos de Radiofrequência.

40
Figura: Fases do colágeno. Fonte: http://mymagicacai.blogspot.com.br/2012/12/o-
colageno.html

RADIOFREQUÊNCIA NO REJUVENESCIMENTO
FASCIAL
O uso da radiofrequência tem obtido resultados satisfatórios através de
estudos realizados. É de suma importância atentar – se aos parâmetros do
aparelho, temperatura, tempo, quantidade de sessões e intervalos entre elas
para se obter o resultado desejado.
Agne (2013), cita que entre as duas ou três sessões primeiras sessões
devem ser repetidas com um intervalo de sete a dez dias uma da outra, evitando
realizar duas sessões na mesma semana. O efeito imediato obtido, geralmente
será mais bem visualizado no dia seguinte ao tratamento.
Nas primeiras sessões ocorrerá o efeito imediato, ou a simples retração
do colágeno, fato que explica que não há necessidade de repetição do
tratamento para esse objetivo. Este efeito é buscado por pacientes de pele
jovem, pois ainda estão em fase produtiva de colágeno. Com isso, não são
necessárias várias sessões, ao contrário, usam-se uma ou duas sessões, com
intervalo de 7 a 10 dias com a temperatura de 40°C. A manopla deve ser
escolhida de acordo com a presença ou não de edema e/ou tecido adiposo, pois
a manopla monopolar é indicada para casos com maior quantidade de gordura
e edema e a manopla bipolar é indicada quando há pobreza de gordura, pois
seu aquecimento estará restrito ao tecido cutâneo com menor resposta lipolítica.

41
Já pacientes idosas, que tem a produção de colágeno praticamente insuficiente,
o tratamento deve ser dividido em dois momentos, buscando o efeito imediato
(retração do colágeno) e tardio (produção de colágeno). Nessas pacientes a
repetição das aplicações será maior do que em pacientes jovens, que poderá
variar de quatro a seis aplicações. As duas primeiras, com temperatura de 40° e
intervalos de 7 a 10 dias. A partir da terceira aplicação, a temperatura já pode
variar entre 38°C e 40°C com intervalos de 15 dias.
Facchinetti et al (2017), em uma pesquisa realizada com oito indivíduos
do sexo feminino com idade superior a 40 anos com rugas glabelares e frontais.
Após higienização da pele foi aplicado um gel glicerinado na área de tratamento.
Foi utilizado para o tratamento um aparelho de Radiofrequência do modelo
EFFECT da empresa HTM, no modo bipolar com uma frequência de 2,4 MHz
adequada para o tratamento da derme e epiderme, uma intensidade inicial
(rampa de subida) de 40% até atingir uma média de 40ºC de temperatura, para
assim, reduzir a intensidade para 30% e manter a temperatura de 40ºC durante
5 minutos por área, respeitando a sensibilidade da paciente. Após as sessões o
gel foi removido e foi orientado o uso de protetor solar diariamente. Foram
realizadas 10 sessões, uma vez por semana. A Tabela 01 mostra as áreas das
rugas de todos os pacientes antes do tratamento com RF e as áreas depois de
concluída todas as sessões. Os resultados do tratamento foram mensurados
através da redução da área em mm². Após as dez sessões de Radiofrequência,
aplicadas a uma amostragem de oito pacientes, verificou-se uma redução média
das áreas afetadas de 52,25 (±41,38) mm² correspondente à 36% de melhora.
Os pacientes 06 (seis) e 07 (sete) apresentaram os melhores resultados, o
primeiro com uma redução de 42% e o segundo com 59% de redução.

Tabela 01: Área das rugas antes e após o tratamento

Fonte: (FACCHINETTI et al, 2017).

42
Com o estudo foi possível concluir que dez sessões com a
radiofrequência, proporcionou uma melhora na coloração da pele, minimização
na flacidez cutânea, textura, melhora significativa das rugas frontais e glabelares
observados através das médias das voluntárias após o tratamento, como
também uma diminuição das linhas de expressão e melhora no aspecto geral
em todas as participantes, constatando assim que a radiofrequência apresentou
- se eficaz para redução das rugas. (FACCHINETTI et al, 2017).

Figura 01: Resultados fotográficos antes e depois do tratamento

Fonte: (FACCHINETTI et al, 2017).

Um outro estudo de caso para o tratamento do rejuvenescimento cutâneo


com a radiofrequência, foi realizada cinco sessões, com intervalo de 30 dias para
a recuperação e regeneração tecidual com o tempo total de vinte minutos em
toda a face, o aparelho foi ajustado em 1MHz, temperatura externa foi mantida
em 39º C. O estudo mostrou que houve diminuição da flacidez tissular,
viscosidade da pele e lifting facial. (PONTE et al 2015)

43
Silva et al (2012) também avaliaram o uso da radiofrequência no
rejuvenescimento facial com cinco voluntárias, com idade entre 35 e 55 anos.
Foram realizadas durante cinco semanas, sessões semanalmente com duração
de 30 minutos, com temperatura de 37ºC a 40ºC com o aparelho Spectra. O
rosto das voluntárias foi higienizado no início de cada sessão, dividido em seis
zonas e finalizado com uso de protetor solar. A comparação entre os grupos A
(experimental) e grupo B (controle), observou-se melhora significativa no estado
de flacidez cutânea, rugas e linhas de expressão no rosto das voluntárias.
Nienkoetter et al (2012), concluiu que a radiofrequência proporciona
redução da flacidez facial, rugas, linha de expressão e melhora na coloração e
aspecto da pele. O estudo feito com a radiofrequência da marca CECBRA em
dez mulheres com idade entre 35 e 45 anos. As sessões de atendimento
começaram com assepsia de toda a face com sabonete líquido de limpeza
profunda, gel esfoliante facial e emulsão de limpeza facial, todos da marca
Extratos da Terra. Foram realizadas dez sessões de radiofrequência, sendo uma
sessão por semana durante 40 minutos em cada participante.
Para Agne (2009), Ronzio et al (2010), para flacidez cutânea a
temperatura utilizada deve ser em torno de 40ºC, pois com isso desenvolve - se
todos os processos fisiológicos da retração dos septos fibrosos e estimula a
neocolanogênese, diminuindo a ptose e aumentando a espessura da pele. Já
para rugas, a temperatura tecidual deve ser em torno de 36ºC a 38ºC, para
promover o relaxamento da musculatura e auxiliar na densidade das fibras de
colágeno.
Marchi et al (2016) realizaram um estudo oito voluntários do sexo
feminino, sendo quatro tabagistas e quatro não tabagistas com idade entre 47 e
53 anos para verificar os efeitos da radiofrequência na melhora do aspecto facial
geral da pele. No protocolo de tratamento foi utilizada a radiofrequência realizado
duas vezes por semana, com duração de 25 minutos e amplitude de 80% até
completar dez sessões, sendo executado da seguinte forma: higienização da
pele com sabonete, esfoliação, tonificação e aplicação da radiofrequência com
auxílio de gel de contato Galy Tec finalizando o procedimento com a utilização
de protetor solar. Com o resultado houve redução da extensão de rugas do canto
externo dos olhos, redução da flacidez do canto da boca, além da minimização
da profundidade das rugas, clareamento cutâneo e melhora como um todo do

44
aspecto, tanto do grupo tabagista e do não- tabagista. Porém eles ressaltam que
o estudo não deve ser conclusivo, sugerindo que novas pesquisas, com maior
número de sessões, com mais espaçamento entre a realização das sessões e
maiores investigações referentes ao tabagismo relacionado ao envelhecimento
cutâneo e a ação da radiofrequência.

Figura 2: Avaliação da extensão das rugas, de uma voluntária não


tabagista, em região orbicular do olho direito no início (figura A) e após as 10
sessões utilizando a radiofrequência (figura B).

Fonte: Marchi et al (2016).

Figura 3: Demonstração da melhora obtida em flacidez no canto externo


da boca ao trago em face esquerda (figura A) e após 10 sessões de
radiofrequência (figura B).

Fonte: Marchi et al (2016).

Vicente (2017), tratou cinco voluntárias do sexo feminino, com idade


superior a 40 anos, com sinais de envelhecimento que apresentavam flacidez e
rugas faciais. Com os resultados, concluiu-se que a radiofrequência é eficaz para
flacidez facial e atenuação dos sinais do envelhecimento.

45
As voluntárias foram tratadas com equipamento de radiofrequência
Tonederm Spectra® G2, com sessões semanais, totalizando dez sessões.
Também fizeram o uso de vitamina C (ácido ascórbico) um grama por via oral
para uso home care associado ao tratamento estético para auxiliar na síntese do
colágeno.
O procedimento de radiofrequência facial foi realizado com manopla
facial, com uma temperatura de 37ºC – 40ºC, com permanência de cinco minutos
por quadrante facial com movimentos de deslizamento com potência de 8,5 W,
até completar toda a face (trinta minutos) focando nas regiões mais acometidas
com sinais de envelhecimento.
Na voluntaria 1 (figura 4), observou-se melhora na flacidez facial
principalmente na região da papada, local de maior insatisfação da paciente.
Também observou-se melhora nas rugas e contorno facial, sendo este, o local
que foi enfatizada a aplicação, o qual a voluntária mais se queixava. Há uma
melhora geral nas rugas e contorno da face.

Figura 4: Voluntaria 1, antes e depois do tratamento.

Fonte: Vicente (2017)

46
Na voluntária 2 (figura 5), houve uma melhora nas rugas na região do
bigode chinês, área dos olhos e testa. Também percebe - se um
preenchimento geral por toda a face.

Figura 5: Voluntaria 2, antes e depois do tratamento.

Fonte: Vicente (2017)

Na voluntária 3 (figura 6), foi analisado uma melhora no clareamento


da pele, a diminuição das linhas de expressão e enrijecimento facial.

Figura 6: Voluntaria 3, antes e depois do tratamento.

Fonte: Vicente (2017)

47
Na voluntaria 4 (figura 7), notou –se melhora no preenchimento da
face e diminuição da papada e rugas da testa.

Figura 7: Voluntaria 4, antes e depois do tratamento.

Fonte: Vicente (2017)

Na voluntária 5 (figura 8), foi observado uma melhora nas linhas de


expressão, aspecto e firmeza da pele.
Figura 8: Voluntaria 5, antes e depois do tratamento.

Fonte: Vicente (2017)

48
Possamai (2012), em uma amostra composta por um grupo de cinco
voluntárias, do sexo feminino, com faixa etária entre 50 e 60 anos a fim de
diminuir do ângulo cérvico facial (papada).
O aparelho de radiofrequência utilizado foi o New Shape® da empresa
Bioset, sendo realizadas oito sessões com intervalos de no mínimo dez a quinze
dias, com duração de quinze minutos por sessão. Foi medido utilizando um
plicômetro manual da marca Pró Fisiomed® e fita métrica para demarcação dos
pontos de referência à 3cm abaixo do ângulo do mento com as pinças do
plicômetro posicionadas a 2cm para cada lado do angulo cérvico facial. Utilizou-
se o AUTOCAD, programa de investigação de imagens usado pela informática,
a fim de analisar o traço cérvico facial das amostras
Por meio deste estudo foi possível observar melhora tanto no aspecto
quanto na diminuição do ângulo cérvico facial. Também notou-se aumento da
tonificação da musculatura e diminuição da flacidez.

Figura 9: Análise fotográfica antes e após a intervenção.

Fonte: Possamai (2012)

Enfim, depois dos estudos citados fica a conclusão de que


radiofrequência sendo utilizada na temperatura correta de acordo com o objetivo
a ser alcançado, apresenta resultados satisfatórios no rejuvenescimento
cutâneo.

49
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA RADIOFREQUÊNCIA NO
COMBATE À FLACIDEZ TISSULAR
A flacidez refere-se à diminuição do tônus muscular estando o músculo
pouco consistente. Esta situação pode apresentar-se de duas formas distintas:
a flacidez muscular e a de pele (tissular). É muito comum que os dois tipos
apareçam associados, dando aspecto ainda pior às partes do corpo afetadas
pelo problema. Os músculos ficam flácidos, principalmente por causa da falta de
exercícios físicos. Se eles não são solicitados as fibras musculares ficam
hipoatrofiadas e flácidos (MENDONÇA E RODRIGUES, 2010).

De acordo com Lopes e Brongholi (2004), a flacidez é uma patologia


comumente encontrada em mulheres, sendo considerada uma grande inimiga
feminina, que compromete a beleza de pernas, braços, seios e abdômen.
Já Milani et al. (2006), entendem que a flacidez é decorrente de atrofia de
tecido, ficando este com aspecto de frouxo, afetando em separado pele e
músculos. Pode ser consequência do envelhecimento fisiológico, onde há perda
gradativa de massa muscular esquelética, substituída por tecido adiposo, e
atrofia do tecido adiposo subcutâneo, dentre outras alterações.

OS EFEITOS FISIOLÓGICOS DA RADIOFREQUÊNCIA NO


COMBATE À FLACIDEZ SÃO DESCRITOS ABAIXO:

I. Vasodilatação e aumento da circulação sanguínea: além da


elevação da temperatura que produz vasodilatação local, há também estímulo
do aporte de nutrientes e oxigênio, acelerando a eliminação dos catabólitos. O
incremento da circulação aparece a partir dos 40°C e alcança o limite máximo
aos 45°C. A partir de então, inicia-se uma reação de defesa do organismo,
manifestando vasoconstrição e consequente diminuição da circulação;

50
II. Atividade metabólica e enzimática: com o aumento da
temperatura toda atividade celular aumenta, incluindo a motilidade celular,
síntese e liberação de mediadores químicos, por exemplo. A taxa metabólica é
afetada com o aquecimento tecidual. Esse aumento é de cerca de 13% para
cada 1°C de elevação;
III. Viscosidade: o aumento da temperatura causa diminuição da
viscosidade dos líquidos, como sangue, linfa e também dos líquidos dentro e
através dos espaços intersticiais; Alteração no tecido colagenoso: com
temperaturas em uma faixa terapeuticamente aplicável tem-se mostrado
alteração na extensibilidade do tecido colagenoso. Isso ocorre somente se o
tecido for simultaneamente alongado e requer temperaturas próximas do limite
terapêutico;
IV. Estimulação nervosa: os nervos aferentes estimulados pelo calor
podem causar um efeito analgésico, agindo sobre os mecanismos de controle
da comporta do mesmo modo que os mecanorreceptores.
V. Quando a RF penetra nos tecidos e promove uma intensa
agitação molecular, principalmente das moléculas de água o que gera aumento
da temperatura tecidual local, ou seja, há um aquecimento seletivo do tecido.
Por isso que, quanto mais rico em água e eletrólitos for o tecido, mais rápido
sente-se o calor e maior será a temperatura atingida. Com resultado, as fibras,
de colágeno contraem, consequentemente aumenta à síntese de novo colágeno,
que é progressivo a aplicação repetitiva da Radiofrequência.

NÚMERO DE SESSÕES
As literaturas pesquisadas demonstraram que o uso da Radiofrequência
para o tratamento da flacidez gera alterações nas fibras de colágeno sendo
visível através da melhora da tonicidade da pele reduzindo rugas e flacidez.
Diferentes estudos mostraram que são necessários no mínimo oito
sessões uma vez na semana para obter um resultado satisfatório. Durante e
após o tratamento com a Radiofrequência são necessárias rotinas de práticas
esportivas e uma dieta saudável.
Carvalho et al. (2011) que fez uma análise em ratos sugere-se uma
frequência de tratamento de no mínimo sete dias e que a permanência de efeitos
da radiofrequência no tecido colágeno é de até 15 dias, entretanto temperaturas

51
moderadas de 37º a 39º melhora a condição dos tecidos, sugestivo a
neoformação colágena e surgimento de alta quantidade de vasos subepiteliais.
Agne et al.. (2009) citam em seu trabalho que o procedimento usando
Radiofrequência gera alterações nas fibras de colágeno, o que irá refletir
positivamente na qualidade da pele, essas alterações são visíveis na pele
através da redução de rugas e flacidez o que não foi verificado em quatro
repetições de Radiofrequência.
Em seu estudo Manuskiatti et al. (2009), observaram 37 sujeitos que
concluíram o protocolo de tratamento com a RF, imediatamente após o
tratamento, a pele tratada tornou-se quente ao toque e foram observados
eritemas. Comparou o antes e o depois da sessão, não foram observados
redução significativas do diâmetro. Observou-se então a severidade inicial de
flacidez da pele e do grau de celulite, afetou os níveis de melhora. Quando a
superfície da pele não se apresentava muito irregular, o corpo reagia melhor ao
tratamento. O resultado do tratamento se prolonga até 4 semanas após o
tratamento ser interrompido.
Latronico et al.(2010), descrevem em seu estudo que a Radiofrequência
apresenta a necessidade do monitoramento constante da temperatura e
movimentos repetitivos e de desgaste físico do profissional. Porem permite
melhor traçado da silhueta corporal.
Portanto, nos artigos pesquisados a Radiofrequência tem seus benefícios
comprovados para o combate a flacidez, melhorando a tonicidade da pele em
poucas sessões não alterando a rotina do indivíduo submetido à técnica. Tratar
a flacidez é possível e os resultados são satisfatórios.

Resultado do antes e depois do uso da Radiofrequência.


Fonte:http://www.befter.net/user/vidjinski/beft/tratamento-estetico-com-radiofrequencia

52
Mostra a melhora da tonicidade da pele. Fonte http://clinicawulkan.com.br/radiofrequencia-para-
flacidez-pel/

A flacidez é um problema frequente em vários indivíduos e a fisioterapia


dermato funcional tem se mostrado em evidencia no mercado, trazendo
tecnologias inovadoras, com resultados positivos proporcionando a melhora na
autoestima de quem se submete a técnica.
Com o tempo, a produção de colágeno e elastina vai sendo reduzidas,
levando a desestruturação das fibras elásticas e colágenas, resultando em uma
pele sem firmeza e elasticidade.
A Radiofrequência com a temperatura elevada (40ºC), durante a
aplicação aumenta a densidade do colágeno, conseguindo assim melhorar a
flacidez da pele. Sua principal indicação se dá para tratamentos da pele flacidez
e remodelador corporal, têm-se demonstrado sua eficácia na redução da pele
tipo casca de laranja.
Com este artigo, foi possível constatar que a Radiofrequência tem seu
efeito comprovado no combate a flacidez e é uma técnica segura e bem tolerável,
tanto para o profissional quanto ao cliente que se submete a técnica.
Atualmente no mercado da estética é possível encontrar vários
fabricantes da Radiofrequência com tecnologias diferenciadas, aplicadores
monopolar, bipolar e tripolar é necessário que o profissional se certifique de que
o aparelho tenha uma potência adequada e a calibragem correta para um melhor
resultado.

53
Portanto, é sempre importante uma boa anamnese seguindo sempre o
critério de indicação e contra indicação, dosimetria, intervalos entre cada sessão,
indicação do fabricante de como utilizar a Radiofrequência e monitoramento da
temperatura.
Assim, se faz necessária a utilização de recursos estéticos com
comprovação cientifica e seguros para melhorar a qualidade da pele e do tecido,
na tentativa de minimizar a aparência destas disfunções corporais.
A fisioterapia dermato funcional dispõe de vários recursos mecânicos e
manuais que podem ser associados ao uso da Radiofrequência, como também
escolher um cosmético com o princípio ativo indicado a diversos tipos de
tratamentos.
A prevenção também é um fator positivo para manter uma pele bonita e
saudável, evitando o fumo, sedentarismo, obesidade e o emagrecimento
excessivo em curto espaço de tempo que levam aos diversos graus de flacidez
da pele.
Porém, após o tratamento o indivíduo precisa manter uma dieta saudável
e praticar alguma atividade física para um resultado prolongado.
A realização de mais pesquisas é indispensável para contribuir com o
crescimento do conhecimento acerca do uso da Radiofrequência no combate a
flacidez e o seu efeito em longo prazo, o que virá auxiliar os profissionais no uso
desta técnica e consequentemente atingindo resultados satisfatórios.

APLICACÃO NA FLACIDEZ TISSULAR (FACIAL E


CORPORAL) E RUGAS

 Área de aplicação
- Face e pescoço: dividir a região a ser trabalhada em quadrantes: região
frontal, face lado direito, face lado esquerdo e pescoço.
** Quando tratar da área dos olhos, não aplique em nenhuma superfície
que não seja embaixo e acima dos olhos na área do osso da sobrancelha, nunca
sobre a pele da cavidade do olho. Certifique-se de sempre esticar a pálpebra e
de posicionar o aplicador cuidadosamente sobre os ossos.
- Corporal: dividir a região a ser trabalhada em quadrantes conforme
necessidade

54
 Frequência a ser utilizada
- Frequências mais altas para rápido alcance de temperatura

 Temperatura a ser alcançada


- Flacidez tissular: 40º/ 41ºC

 Tempo de manutenção da temperatura


- Em torno de 5 minutos/área

 Potência (Intensidade) a ser ajustada


- Alguns fatores podem interferir, tais como: grau de hidratação da pele,
temperatura ambiente, sensibilidade do paciente; frequência e ponteira
escolhida.
- Quando atingir a temperatura terapêutica desejada, deve-se abaixar a
intensidade para haver somente manutenção da temperatura, não o aumento da
mesma.

Imagem: Internet

RADIOFREQUÊNCIA PARA TRATAR A CELULITE


A celulite é um distúrbio metabólico localizado do tecido subcutâneo que
provoca uma alteração no contorno corporal feminino, repercutindo em
alterações no aspecto exterior da pele, como aspereza e irregularidade.
A celulite é "um termo popular para referir um depósito de gordura e
tecido fibroso causando irregularidades na pele que está por cima", seu nome
científico é Lipodistrofia Ginoide. Este termo também se refere à infecção

55
bacteriana do subcutâneo, caracterizada por uma área eritematosa de bordos
mal definidos, dolorosa, levemente inchada.
As mulheres brancas estão mais suscetíveis à celulite do que as negras
e que embora não tenha nada comprovado, há uma relação clara com o tipo de
alimentação de cada indivíduo, pois uma alimentação equilibrada e prática de
atividades físicas regulares, a influência é muito grande no resultado dos
tratamentos.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), as celulites afetam cerca


de 95% das mulheres após a puberdade — Foto: iStock

São várias as causas da celulite. Geralmente o que causa a celulite é uma


alteração com características hereditárias ou predisposição genética associada
ao próprio hormônio feminino somado a um problema de alteração circulatória
local relacionado a uma diminuição da drenagem linfática natural. A soma destes
fatores resulta no aparecimento da celulite.
A Lipodistrofia Ginóide se desenvolve na parte mais superficial das três
camadas de gordura existentes, abaixo da epiderme e derme, conhecida como
hipoderme ou camada subcutânea de gordura.
Existem quatro principais hipóteses da origem da celulite, sendo a
primeira delas a arquitetura sexualmente dismórfica da pele, com base em
diferenças relacionadas ao gênero.
De acordo com essa teoria, o aspecto de depressões da celulite é
causado por herniação de gordura. A gordura penetra a partir do tecido
subcutâneo, através da superfície inferior de uma derme enfraquecida na
interface dermo epidérmica, sendo uma característica da anatomia feminina. As
depressões permanentes da celulite são resultado de um contínuo e progressivo

56
estiramento de orientação vertical dessas fibras de colágeno na hipoderme, o
que enfraquece o tecido conjuntivo e permite a herniação de gordura, dando
origem à teoria de alteração dos septos do tecido conjuntivo.

Fonte: HTM Eletrônica

Posteriormente, foi aventada a hipótese de que a origem da celulite


poderia estar relacionada a mudanças vasculares. Acredita-se que o processo
seja originado a partir do dano na vasculatura dérmica, em resposta à alteração
dos esfíncteres das arteríolas pré-capilares nas áreas afetadas, associado ao
depósito de glucosaminoglicanos (GAGs) nas paredes dos capilares dérmicos e
dentro da substância fundamental entre as redes de colágeno e elastina. Essas
alterações levariam ao aumento da permeabilidade capilovenular e à retenção
excessiva de líquidos no interior da derme, entre os adipócitos e entre os septos
lobulares. Isso ocorreria pela propriedade hidrofílica dos GAGs, aumentando a
pressão intersticial. O edema produzido gera mudanças celulares e acaba numa
compressão vascular e ectasia de vasos, além de diminuição do retorno venoso
com hipóxia do tecido, levando a espessamento dos septos fibrosos no tecido
adiposo superficial e derme profunda, causando o aspecto acolchoado da
celulite. Finalmente, alguns autores citam os fatores inflamatórios como
principais agentes fisiopatogênicos da celulite e o aparecimento difuso de células

57
inflamatórias crônicas no septo fibroso de pacientes com celulite. Essa
inflamação leva à adipólise e atrofia dérmica.
Os septos fibrosos devido à ação térmica da RF, sofrem desnaturação, e
por sua vez, dão início a uma cascata de eventos inflamatórios, incluindo
proliferação de fibroblastos e aparente aumento da regulação de expressão
colágeno (neocolagênese e remodelamento).
As oscilações das cargas livres ou íons geradas pela RF, exercem efeitos
de bioestimulação tecidual como incremento da vasculatura local por
vasodilatação venosa, arterial e linfática. Além do efeito da bioestimulação,
teremos um aumento local e reflexo da circulação arterial e uma importante ação
de drenagem venosa e linfática.
Em achados científicos, a radiofrequência induziu a uma cascata
inflamatória necessária para a lise adipocitária e estímulo à neocolagênese,
traduzindo-se em resultados na melhora da aparência da superfície da pele com
amenização do aspecto visual da celulite.

APLICAÇÃO NA CELULITE
 Área de aplicação
- Dividir a região a ser trabalhada em quadrantes conforme necessidade
 Frequência a ser utilizada
- Frequências mais baixas para alcance lento de temperatura
 Temperatura a ser alcançada
- Celulite: 38ºC (temperaturas elevadas no início, podem piorar o estado
fibrótico e a estase)

 Tempo de manutenção da temperatura


- FEG: manter por pelo menos 3 minutos.

 Potência (Intensidade) a ser ajustada


- Alguns fatores podem interferir, tais como: grau de hidratação da pele,
temperatura ambiente, sensibilidade do paciente; frequência e ponteira
escolhida.
- Quando atingir a temperatura terapêutica desejada, deve-se abaixar a
potência para haver somente manutenção da temperatura, não o aumento da
mesma.

58
RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DA
ADIPOSIDADE LOCALIZADA (GORDURA LOCALIZADA)
A adiposidade localizada é uma condição caracterizada pelo aumento da
espessura e da consistência do tecido adiposo subcutâneo em determinadas
regiões do corpo. Ela ocorre por mudanças na distribuição do tecido adiposo
e/ou anormalidades metabólicas.
A etiologia é multifatorial, tais quais, hereditariedade, etnia, constituição
física, uso de vestimentas femininas inadequadas e localização de receptores
adrenérgicos.

Fonte: HTM Eletrônica

A adiposidade localizada deve ser entendida como um aumento regional


do tecido subcutâneo encontrada apenas em indivíduos que possuem o Índice
de Massa Corporal (IMC) dentro de valores considerados normais, isto é,
indivíduos eutróficos.
Segundo a lei de Van Hoff, o incremento de temperatura de 4ºC é
suficiente para produzir o aumento do metabolismo na ordem de 20 a 300%
comparado ao metabolismo normal.
A energia da Radiofrequência provoca um aumento térmico localizado e
profundo. A atividade metabólica é iniciada e o processo lipólise no tecido
adiposo é acelerado.

59
A condutividade da energia Radiofrequência pelos adipócitos é muito
menor do que por exemplo, a condutividade dos vasos sanguíneos, devido ao
baixo teor de água, que aumenta a sua impedância. Assim, nos adipócitos a RF
se converte em calor ao invés de conduzir a eletricidade aos arredores. Esta
situação levaria a mudanças na estabilidade da membrana fosfolipídica, que são
normalmente seguidas por lise.
Simultaneamente, o processo de apoptose diminui o número de
adipócitos. Ao mesmo tempo o volume dos adipócitos diminui e a camada
subcutânea é reduzida. A utilização da Radiofrequência em tecidos com
adiposidade acumulada pode induzir a ruptura dos adipócitos por aumento de
sua temperatura. A causa mais provável é a desnaturação das estruturas
protéicas da membrana celular.
Trelles e Lugt (2009), em achados histológicos observados em biópsias
feitas após um único tratamento Radiofrequência, os adipócitos mostraram
alterações na forma, tamanho e teor de lipídios, bem como na morfologia
citoplasmática e nuclear. Após o tratamento de Radiofrequência, os adipócitos
ficam mais poliédricos, irregulares, com membranas degeneradas, menor ou
nenhum conteúdo lipídico e alterações apoptóticas.
Levenber (2010), apesar de relatar resultados satisfatórios para a redução
da gordura localizada, não encontrou diferenças significativas em nenhuma das
análises realizadas sobre sobrecarga da função hepática ou alguma indesejável
alteração de marcadores lipídicos, afirmando desta forma, se tratar de uma
técnica segura.

APLICAÇÃO NA ADIPOSIDADE LOCALIZADA


 Área de aplicação
- Dividir a região a ser trabalhada em quadrantes conforme necessidade
 Frequência a ser utilizada
- Frequências mais baixas para alcance lento de temperatura
 Temperatura a ser alcançada
- Adiposidade localizada: 40ºC
 Tempo de manutenção da temperatura
- Adiposidade localizada: de 3 a 5 minutos/área

60
 Potência (Intensidade) a ser ajustada
- Alguns fatores podem interferir, tais como: grau de hidratação da pele,
temperatura ambiente, sensibilidade do paciente; frequência e ponteira
escolhida.
- Quando atingir a temperatura terapêutica desejada, deve-se abaixar a
potência para haver somente manutenção da temperatura, não o aumento da
mesma.

RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS ESTRIAS


Outra possibilidade de uso da Radiofrequência é na tentativa de correção
das estrias atróficas. Se considerarmos os fatores desencadeantes das estrias
como os efeitos gerados pela Radiofrequência, fica clara sua indicação. O
tratamento é simples e os resultados podem ser observados no transcorrer das
sessões.

APLICAÇÃO NAS ESTRIAS


 Área de aplicação
- Dividir a região a ser trabalhada em quadrantes conforme necessidade.
 Frequência a ser utilizada
- Frequências mais altas para alcance rápido de temperatura
 Temperatura a ser alcançada
- Estrias: 40ºC
 Tempo de manutenção da temperatura
- Estrias: mantida por 5 minutos/área

61
 Potência (Intensidade) a ser ajustada
- Alguns fatores podem interferir, tais como: grau de hidratação da pele,
temperatura ambiente, sensibilidade do paciente; frequência e ponteira
escolhida.
- Quando atingir a temperatura terapêutica desejada, deve-se abaixar a
potência para haver somente manutenção da temperatura, não o aumento da
mesma.

RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS


CICATRIZES E ADERÊNCIAS/ FIBROSES RECENTES E
TARDIAS/ SEQUELA DE ACNE
No período de pós trauma da cirurgia plástica, é possível encontrar o
processo de fibrose e há diferentes possibilidades de tratamento desde a sua
prevenção. A Radiofrequência é um recurso que vem sendo utilizado em
procedimentos de pós-operatório das cirurgias plásticas.
A Radiofrequência pode ser aplicada precocemente em fibroses, desde
que a sensibilidade térmica do paciente seja mensurável e que o edema não seja
acentuado. A temperatura atingida, medida pelo termômetro, não deve
ultrapassar 37ºC para qualquer tipo de fibrose. Durante o aquecimento da
Radiofrequência, o formato de tríplice hélice do colágeno é destruído, uma vez
que suas ligações intermoleculares são sensíveis a temperatura, ocorrendo a
separação de suas pontes de hidrogênio e surgindo um aspecto de colágeno
mais flexível, fácil de ser reabsorvido por fagocitose.
Seja em fibroses, cicatrizes, aderências ou sequelas de acne, possui
como objetivos: reparação, com restabelecimento total ou parcial da função dos
tecidos alterados.

62
APLICAÇÃO NAS CICATRIZES E ADERÊNCIAS/
FIBROSES RECENTES E TARDIAS/ SEQUELA DE ACNE

 Área de aplicação
- Dividir a região a ser trabalhada em quadrantes conforme necessidade
** Quando tratar da área dos olhos, não aplique em nenhuma superfície
que não seja embaixo e acima dos olhos na área do osso da sobrancelha, nunca
sobre a pele da cavidade do olho. Certifique-se de sempre de esticar a pálpebra
e de posicionar o aplicador cuidadosamente sobre os ossos.

 Frequência a ser utilizada


- Frequências mais baixas para alcance lento de temperatura

 Temperatura s ser alcançada


- Cicatrizes e aderências/ fibroses recentes e tardias/ sequela de acne:
38ºC
 Tempo de manutenção da temperatura
- Cicatrizes e aderências/ fibroses recentes e tardias/ sequela de acne:
em torno de 3 min/área.

 Intensidade (Potência) a ser ajustada


- Alguns fatores podem interferir, tais como: grau de hidratação da pele,
temperatura ambiente, sensibilidade do paciente; frequência e ponteira
escolhida.
- Quando atingir a temperatura terapêutica desejada, deve-se abaixar a
potência para haver somente manutenção da temperatura, não o aumento da
mesma.
* Observações
- O tratamento de fibroses decorrentes de procedimentos cirúrgicos
poderá ser precoce com a radiofrequência, entretanto o uso só é feito quando a
sensibilidade térmica do paciente estiver perfeitamente mensurável.
Geralmente, a fibrose dita recente pode ser palpável com poucas semanas da
cirurgia e pode ser tratada com RF, levando-se em consideração também o
estágio inflamatório.

63
RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DAS
CONTRATURAS MUSCULARES/ FIBROMIALGIA
O tratamento com radiofrequência busca liberar pontos álgicos, aumentar
nutrição tecidual e relaxamento, causado pelo incremento de temperatura.
** CUIDADOS: Para cada indicação, se faz necessário obedecer aos
parâmetros que permitem elevar a temperatura tecidual nos limites seguros,
evitando respostas excessivas, as quais podem agravar o quadro, ou seja,
somente utilizar o recurso quando o aumento da temperatura tecidual é permitido
e quando se faz necessário. Todos os tipos de pele podem ser tratados.

APLICAÇÃO NAS CONTRATURAS MUSCULARES/


FIBROMIALGIA
 Área de aplicação
- Dividir a região a ser trabalhada em quadrantes conforme necessidade
 Frequência a ser utilizada
- Frequências mais baixas para alcance lento de temperatura
 Temperatura a ser alcançada
- Contraturas musculares/fibromialgia: 38 a 40ºC
 Tempo de manutenção da temperatura
- Contraturas musculares/fibromialgia: mantida por 5 min/área.
 Potência (Intensidade) a ser ajustada
- Alguns fatores podem interferir, tais como: grau de hidratação da pele,
temperatura ambiente, sensibilidade do paciente; frequência e ponteira
escolhida.
- Quando atingir a temperatura terapêutica desejada, deve-se abaixar a
potência para haver somente manutenção da temperatura, não o aumento da
mesma.
Observações
- O aplicador deve ser aplicado nos pontos fazendo pequena
movimentação e moderada pressão, até atingir a temperatura desejada. Quando
o paciente estiver em crise, a pressão inicial deverá ser menos intensa, sendo
gradativamente aumentada, mesmo que seja manifestada dor à pressão, o que

64
fatalmente ocorrerá. É interessante ficar atento que em breve momento a dor
cederá e assim a pressão do aplicador sobre o local deverá ser aumentada.

RADIOFREQUÊNCIA NA GORDURA LOCALIZADA


ABDOMINAL

GORDURA LOCALIZADA ABDOMINAL


O tecido adiposo é um órgão com várias funções: isolamento térmico,
barreira física ao trauma, armazenamento energético e secreção de proteínas e
peptídeos bioativos com ação local e à distância.

O tecido adiposo é uma forma de tecido conjuntivo, formado por células


chamadas adipócitos. “Elas podem ser encontradas de forma isolada ou em
pequenos grupos, nas malhas de muitos tecidos conjuntivos, ou ainda
agrupadas em grandes áreas do corpo, como no tecido subcutâneo” O
desenvolvimento irregular do tecido conjuntivo adiposo subcutâneo é
popularmente conhecido como gordura localizada, podendo ser de origem
genética ou produzida por alterações posturais ou circulatórias. Em pessoas de
peso normal pode concentrar-se em aproximadamente de 15-20% do peso
corporal em homens e em mulheres de 20-25%.
De acordo com (FERREIRA, 2006) o tecido adiposo tem como função
principal o armazenamento de energia em forma de triglicerídeos, suas células,
os adipócitos, apresentam seu desenvolvimento a partir de células semelhantes
aos fibroblastos, multiplicam-se durante a infância e adolescência,
permanecendo um número constante durante a vida adulta. Sendo que no adulto
pode variar a quantidade de lipídio depositado em seu interior.

65
De acordo com (GUIRRO, 2004), a má formação das células adiposas na
infância é o principal motivo para a formação da adiposidade, mais entre esses
fatores, destaca-se entre os principais predisponentes: genética, idade, sexo e
desequilíbrio hormonal. Entre os fatores determinantes, os quais podem agravar
os predisponentes, pode citar o estresse, o fumo, sedentarismo, maus hábitos
alimentares e disfunções no organismo geral.
A gordura localizada apresenta-se como um desenvolvimento irregular do
tecido conjuntivo subcutâneo. Neste caso, os adipócitos apresentam-se
aumentados em regiões específicas com irregularidade do tecido e aparência
ondulada. O processo de desenvolvimento de gordura corporal ocorre em razão
do aumento no número de células adiposas, a hiperplasia celular; do aumento
no volume de células já existentes, a hipertrofia celular; bem como da
combinação destes dois fenômenos (GUIRRO & GUIRRO, 2002).
Segundo (BORGES, 2006; GUIRRO e GUIRRO, 2002) o corpo humano
possui capacidade limitada para armazenar carboidratos e proteínas, e a gordura
contida no interior dos adipócitos representa o armazenamento de calorias
nutricionais que excedem a utilização. Dessa forma, o tecido adiposo representa
um reservatório de energia, principalmente em períodos de jejum prolongado,
proteção contra frio ou quando o organismo está sujeito à atividade intensa.
Sendo assim, a gordura localizada possui suas funções até certa
quantidade no corpo depois passa a ser prejudicial e incômoda quando
questionada no ponto de vista estético. (BORGES, 2006; GARCIA et. al., 2006)
Conclui que: O excesso de tecido adiposo pode desencadear sérios
problemas de saúde, pois reduz a expectativa de vida pelo aumento do risco de
desenvolvimento de doenças cardíacas coronarianas, hipertensão, diabetes,
osteoartrite e certos tipos de câncer. Este excesso de gordura pode existir
mesmo em pessoas que não possuem um peso elevado.

Imagem: Istock

66
EFEITOS DA RADIOFREQUÊNCIA NA GORDURA LOCALIZADA
NO ABDÔMEN
Para (HASSUN K.M et. al., 2008) a radiofrequência é um tratamento não
invasivo, que leva ao melhor aporte circulatório e de nutrientes, hidratação
tecidual, aumento da oxigenação, aceleração da eliminação de catabólitos,
lipólise, contração do tecido conectivo promovendo a reorientação de fibras de
colágeno e incremento na contagem destas fibras, aumento da espessura e na
densidade do tecido epitelial bem como a regeneração de tecidos moles, sendo
indicada para pacientes com flacidez cutânea leve a moderada, para a melhora
do contorno facial e corporal, atenuação de sulcos e rítides, retração moderada
da área sub mentoniana e pescoço e tratamento da lipodistrofia ginóide, como
todo equipamento de termo terapia profunda, causa uma excitação celular
grande, levando a um gasto calórico acentuado, ao tempo que estaremos
promovendo uma melhora expressiva da gordura localizada ou celulite na parte
circulatória promovendo uma vasodilatação importante, porém quando há uma
fibrose muito acentuada, recomenda-se inicialmente um pré-aquecimento rápido
com a radiofrequência.
(BORGES, 2010) Ainda cita: “Para isso a radiofrequência, que é um
aparelho que promove calor profundo, gera aquecimento no interior dos tecidos
sendo responsável pela lipólise dos adipócitos, que possivelmente implicam em
redução de medidas e reorganização das fibras de colágeno. Após o
aquecimento observa-se a hiperemia da pele como consequência da
vasodilatação e aumento do fluxo de sangue, que como efeito aumenta a
circulação periférica e assim melhora a oxigenação do tecido por meio da
corrente sanguínea”.
(BORGES, 2010), Conclui que no combate a gordura localizada, o
tratamento por radiofrequência permite o aumento da microcirculação
sanguínea, a atividade enzimática, metabólica e térmica, ativando a “queima” da
gordura, além de aumentar o consumo de energia em nível celular (ATP). As
ondas de calor profundo produzidas pela radiofrequência possuem a capacidade
de gerar energia e forte calor sobre a camada mais profunda da pele, enquanto
a superfície se mantém resfriada e protegida, o que causa a contração do

67
colágeno, além de ativar a produção de neocolágeno que desenvolve uma
melhora ainda maior no aspecto da pele.
Após o aquecimento observa-se a hiperemia da pele como consequência
da vasodilatação e aumento do fluxo de sangue, que como efeito aumenta a
circulação periférica e assim melhora a oxigenação do tecido por meio da
corrente sanguínea.
Na década passada questionou-se a via metabólica da gordura
hidrolisada. Hoje essa via já está bem estudada.
Para (ENJOJI, M. et. al., 2012) o adipócito é composto basicamente de
colesterol e triglicérides na proporção de 20% de colesterol e 80% de
triglicérides. Os triglicérides são compostos de ácidos graxos e glicerol.
Após a cavitação, parte do conteúdo do adipócito entra em contato com
as enzimas do liquido intersticial, sendo metabolizada. O ácido graxo que surge
após a lipólise se liga a albumina, ganha a circulação sanguínea e caminha até
o fígado, onde é eliminado pela bile. Já o glicerol, que é hidrossolúvel, se dissolve
no plasma sendo posteriormente eliminado pelo fígado. O colesterol presente no
organismo pode ter destinos diferentes.
Para ser transportado no sangue e esterificado a uma molécula de ácidos
graxos para aumentar sua hidrofobicidade e depois envoltos por uma
lipoproteína. Explicando assim como é feita a eliminação do conteúdo da célula
adiposa após o tratamento.

Imagem: clinicaattento.com.br

68
APLICAÇÃO DA RADIOFREQUÊNCIA NA GORDURA
LOCALIZADA ABDOMINAL
Para (AGNE, 2009) e (MEYER, P. F. RONZIO, 2010) O efeito Joule é
o principal efeito térmico da radiofrequência ao atravessar o organismo
efetuando a produção de calor. Do efeito térmico ocorre outro efeito que é a
vasodilatação periférica local. Devido ao calor gerado, consegue-se um aumento
do fluxo sanguíneo e, portanto, se produz uma melhora do trofismo, da
oxigenação e do metabolismo celular. O aquecimento gerado por este
equipamento promove a quebra dos tecidos adiposo e fibroso, além de melhorar
a circulação sanguínea no local, que por sua vez, ajuda na drenagem de fluidos
e toxinas. Outro benefício do aumento da temperatura é promove a restauração
de colágeno, atenuando rugas (linhas de expressão) e flacidez tissular
(BORELLI, 2008).
A energia gerada pela radiofrequência penetra em nível celular na
epiderme, derme e hipoderme e alcança inclusive as células musculares.
Quando passa pelos tecidos, a corrente gera uma ligeira fricção ou resistência
dos tecidos, produzindo uma elevação térmica da temperatura tissular. No
momento em que o organismo detecta uma maior temperatura que o fisiológico,
aumenta a vasodilatação com abertura dos capilares, o que melhora o trofismo
tissular, a reabsorção dos líquidos intercelulares excessivos e o aumento da
circulação. Com isso, há um ganho nutricional de oxigênio, nutrientes e
oligoelementos para o tecido, e também ocorre uma melhora no sistema de
drenagem dos resíduos celulares (toxinas e radicais livres). Esses efeitos
proporcionam a possibilidade de fortalecer a qualidade dos adipócitos,
provocando lipólise homeostática e produção de fibras elásticas de melhor
qualidade, atuando nos fibroblastos e em outras células. Logo, o tratamento por
radiofrequência permite a elevação da temperatura interna do tecido promove
aumento da circulação sanguínea em direção ao tecido conectivo, estimula a
drenagem linfática, diminuindo a concentração de toxinas no adipócito,
reduzindo assim seu tamanho, melhorando inclusive a gordura localizada, sendo
um forte aliado em pós-operatório por agir diretamente nas fibroses.
De acordo com as recomendações e funcionalidade do manual, os
efeitos do aparelho vendido pela empresa IBRAMED com registro da ANVISA

69
Hooke cita: A radiofrequência e sua atuação na pele, na celulite e na gordura
localizada a médio e longo prazo são: Inicialmente promove a contração imediata
do colágeno; logo em seguida, ocorre a ativação de uma cascata de sinalização
envolvendo mediadores do processo inflamatório e de reparação/regeneração
tecidual, em resposta à leve lesão térmica promovida. Esse efeito promove a
reestruturação da pele e do tecido subcutâneo, proporcionando uma aparência
mais lisa e firme da mesma, através da deposição e remodelação do colágeno
(neocolagênese) e da elastina (neoelastogenese), tendendo a perdurar e a
incrementar o resultado ao longo dos meses.
Durante o procedimento o início é simples e indolor, um óleo de
vegetal é aplicado para que a ponteira do aparelho deslize com facilidade ao
longo da pele, aquecendo-a e massageando-a. O tratamento não é doloroso,
dando apenas uma sensação de queimação da pele, e é interrompido quando a
mesma chega a 40 graus, evitando, assim, a ocorrência de queimaduras. Para
(GUIRRO & GUIRRO, 2004), a radiofrequência consiste em ondas
eletromagnéticas que provocam oscilação das moléculas de água,
transformando energia eletromagnética em energia térmica e é o calor atuando
na camada mais profunda da pele que causa a contração do colágeno. No caso
de celulite e gordura localizada, o calor gerado pela radiofrequência aumenta a
circulação e drenagem de fluidos, quebra o tecido adiposo e a fibrose.

INDICAÇÕES, CONTRA INDICAÇÕES E RISCOS.


Existem algumas contra indicações para o uso da radiofrequência que
são: alterações na sensibilidade do paciente, utilização de metais no corpo,
implantes elétricos, gestantes, pacientes em tratamentos com medicamentos
para a circulação sanguínea, utilização sobre glândulas hormonais, hemofílicos,
focos de infecções e indivíduos com febre. Qualquer aparelho eletrônico ou
metais devem ser retirados próximo do aparelho de radiofrequência durante a
aplicação da técnica (CARVALHO et al. 2011).
É contra indicado o uso da radiofrequência em indivíduos com transtorno
de sensibilidade, com o uso de metais intraorgânicos, osteossínteses, implantes
elétricos, marca-passo, sobre glândulas que provoquem aumento de hormônio,
grávidas, em focos infecciosos, pacientes que estejam ingerindo vasodilatadores
ou anticoagulante, hemofílicos e em indivíduos com processos febris.

70
É recomendado não aplicar simultaneamente com outros aparelhos de
eletroterapia e também retirar correntes, aparelhos eletrônicos e elementos
metálicos de perto do aparelho.
Na aplicação dos transdutores, temos que tomar algumas precauções
iniciais como verificar a integridade da pele no local a ser tratado (se houverem
lesões não devemos aplicar), com o aplicador sempre em movimento em uma
das mãos e na outra o termômetro digital para aferir qual o aumento de calor na
região aplicada.
Em média, na medição da temperatura superficial, atingimos 36 a 38
graus Celsius,2,4 o que corresponderá internamente na região tratada, uma
temperatura 3 a 4 graus Celsius acima da temperatura superficial. (BORGES,
2010) e (ALVAREZ, 2008).
Porém, jamais devemos nos esquecer que o parâmetro absoluto é a
tolerância do paciente e toda e qualquer referência dolorosa deverá ser seguida
por diminuição da intensidade aplicada ou até a cessação da aplicação.

RESULTADOS
O principal benefício pode ser concluído que além de melhorar o contorno
corporal irregular causado pela gordura localizada, ele beneficia melhorando o
colágeno no local, evitando a flacidez da pele com a redução de medidas,
tornando o tratamento completo e moderno na área estética. (GOMÉZ, 2007), a
energia penetra em nível celular em epiderme, derme e hipoderme e alcança
inclusive as células musculares.
Quando passa pelos tecidos, a corrente gera uma ligeira fricção ou
resistência dos tecidos com passagem da radiofrequência, produzindo uma
elevação térmica da temperatura tissular.
No momento que o organismo detecta uma maior temperatura que
o fisiológico, aumenta a vasodilatação com abertura dos capilares, o que
melhora o trofismo tissular, a reabsorção dos líquidos intercelulares
excessivos e o aumento da circulação.
Com isso, ocorre um ganho nutricional de oxigênio, nutrientes e
oligoelementos para o tecido, influenciado pela radiofrequência, com uma
melhora no sistema de drenagem dos resíduos celulares (toxinas e radicais
livres).

71
Estes efeitos proporcionam a possibilidade de fortalecer a qualidade dos
adipócitos, provocando lipólise homeostática e produção de fibras elásticas de
melhor qualidade, atuando nos fibroblastos e em outras células.

PROTOCOLO
O protocolo realizado por (COSTA et. al. 2009) mostra que a utilização da
radiofrequência foi aplicada em humanos por 12 sessões, três vezes por
semana, visando à redução da adiposidade abdominal. O tempo utilizado foi de
três minutos por área e a quantidade de áreas de acordo com a superfície
abdominal a ser tratada, determinado de acordo com estudo de (LOW e REED,
2001), correspondendo a duas áreas do eletrodo ativo, tempo necessário para
chegar a valores com aumento de 5º a 6ºC (que teve como média inicial 33,7ºC
e média final 40,5ºC avaliadas com termômetro de superfície), totalizando uma
média de 20 minutos.
O procedimento é muito seguro.
A ocorrência de pequenos danos à pele é raríssima. O tratamento foi
estudado cuidadosamente em centenas de pacientes nos EUA e Canadá
gerando relatórios que mostram mínimos efeitos adversos. A radiofrequência é
utilizada no tratamento de diferentes alterações estéticas que dependem da
reestruturação do colágeno, como no rejuvenescimento cutâneo e no
remodelamento corporal, pois, além de atuar nas rugas e flacidez facial, também
atua na fibroedema gelóide, além de obter o efeito reafirmante no corpo
(CARVALHO et al. 2011). Levando a conclusão do tratamento completo e
inovador no mercado estético.
(CARVALHO et al. 2011). Ainda conclui que: O tempo da realização de
análise de dados referente à radiofrequência não se deve limitar apenas à dados
colhidos imediatamente após o tratamento, isso se deve ao fato de que o
colágeno continua o processo de reestruturação até mesmo 6 meses após o
estimulo térmico na temperatura adequada.
Também conclui que: A produção de
neocolágeno irá ocorrer durante semanas
após a aplicação da radiofrequência,
gerando uma melhora no aspecto e
qualidade da pele.

72
EFEITOS BIOLÓGICOS
Os efeitos biológicos da radiofrequência constituem no aumento da
circulação arterial, vasodilatação, melhorando assim a oxigenação e a acidez
dos tecidos aumento da drenagem venosa, aumentando a reabsorção de
catabólitos e diminuindo edemas nas áreas com processos inflamatórios
aumento da permeabilidade da membrana celular, permitindo uma melhor
transferência de metabólitos através desta estimulação do sistema imunológico
e diminuição dos radicais livres (CARVALHO, 2011).
A associação de terapias foi um fator em comum entre os estudos de
revisão bibliográfica utilizados neste trabalho, foi citado nos estudos de
(MONTESI et al., 2007) a associação da radiofrequência e da massagem
mecânica no mesmo aparelho. Essa técnica de radiofrequência com massagem
mecânica consiste em aumentar a circulação tecidual para que o efeito da
radiofrequência tenha uma melhor penetração no tecido sendo utilizada de forma
isolada ou associada a outro recurso como massagem modeladora, aparelhos
como cellutec e vacuoterapia.
Os resultados encontrados mostram que a técnica é segura, efetiva e bem
tolerada na questão de dor, tratando-se de procedimentos corporais não
invasivos. O retorno às atividades normais do dia a dia é momentâneo e a técnica
não invasiva atrai ainda mais a procura pelo tratamento.
Essa técnica também seria bem empregada para pacientes não
recomendados para o tratamento cirúrgico. Sempre bom reiterar que uma boa
anamnese com histórico de doenças prévias acompanhada de exame físico
detalhado e análise do nível de expectativa dos pacientes e fundamentais para
o sucesso e também para evitar os transtornos resultantes da insatisfação dos
pacientes.
Complicações do
aquecimento podem ocorrer,
mas são raras. Não há
cuidado especial que seja
necessário após o tratamento
é recomendado apenas o uso
de protetor solar.

73
RESULTADOS COMPROVADOS POR PESQUISAS CIENTÍFICAS

O estudo de Cepeda e Erzinger (2015) ocorreu com 17 mulheres em 10


sessões, 2 vezes por semana, em tratamento com Radiofrequência na região
abdominal por 5 minutos a cada 10 cm². Evidenciaram diferença significativa na
diminuição da média de perimetria de cintura de 76,47 para 75,66; abdominal
(na linha umbilical) de 86,69 para 85,16 e barriga (2 cm abaixo da linha umbilical)
de 92,59 para 91,33; e adipometria nas dobras cutâneas de supra ilíaca de 21,01
para 19,36, e abdominal de 27,12 para 24,46. A ação da Radiofrequência na
gordura abdominal resultou em uma redução da adiposidade localizada por meio
das medidas em perimetrais e adipometria.
Kaplan e Gat (2009) pesquisou uma amostra de doze participantes que
receberam tratamentos semanais em diferentes locais corporais usando a
tecnologia de Radiofrequência Tripolar. As áreas de tratamento foram
fotografadas e a satisfação das participantes foi observada.
Uma análise de histopatologia controlada foi realizada em amostras de
pele a partir do procedimento de abdominoplastia de um paciente com gordura
abdominal que consentiu uma série de tratamentos com a Radiofrequência antes
de realizar a cirurgia. O exame histopatológico revelou diferenças marcantes de
pele entre as áreas abdominais tratadas e não tratadas.
Constatou-se retração focal de células de gordura após o tratamento com
a Radiofrequência, o encolhimento das células de gordura pode ser devido ao
metabolismo acelerado da gordura natural pela liberação de ácidos graxos livres
das células de gordura.
Manuskiatti et al. (2009) realizaram um estudo em 39 mulheres, onde
aplicaram a Radiofrequência Tripolar na região abdominal, com o objetivo de
redução de circunferência.
Foram realizadas oito sessões semanais, e avaliadas as medidas de
circunferência abdominal após o término das sessões, e após quatro semanas
das intervenções. Comparando os valores iniciais e os valores registados quatro
semanas após o fim do tratamento, foi observada uma redução significativa do
diâmetro do abdômen de 3.50 ± 4.61cm (P = 0.002).

74
Imagem 1. Fotos Participante 1 (P1).

Imagem: (SILVA; COSTA; CARON, 2017)

Imagem 2. Fotos Participante 2 (P2).

Imagem: (SILVA; COSTA; CARON, 2017)

Imagem 3. Fotos Participante 3 (P3).

Imagem: (SILVA; COSTA; CARON, 2017)

75
Imagem 4. Fotos Participante 4 (P4).

Imagem: (SILVA; COSTA; CARON, 2017)

Imagem 5. Fotos Participante 5 (P5).

Imagem: (SILVA; COSTA; CARON, 2017)

Sugawara et al. (2017) descrevem intervenções na área facial em 14


mulheres para redução de gordura e flacidez da face inferior usando RF
monopolar de 1 MHz. A temperatura máxima alcançada foi entre 43,5 ~ 46ºC. O
tempo de aplicação por área foi definido em 4 minutos. Realizaram o tratamento
semanalmente durante 5 semanas consecutivas e compararam os efeitos antes,
durante e após 2 meses. Durante o estudo, mais de 90% dos pacientes
apresentaram alteração volumétrica em redução de gordura na área tratada. Em
60% dos casos, definiram-se como ‘satisfeitos’ ou ‘muito satisfeitos’ com os
efeitos. A eficácia foi mantida durante 2 meses após os tratamentos, e três
pacientes apresentaram maior efeito de redução de gordura nos 2 meses após
o tratamento.

76
Foi concluído que a Radiofrequência monopolar de 1MHz foi efetiva,
especialmente para a redução da gordura, com conforto e segurança.
No questionário de satisfação as participantes teriam que responder de
acordo com a percepção, em uma escala de 1 a 5, sendo: 1 muito ruim; 2 ruim;
3 razoável; 4 bom; 5 excelente. O gráfico 5 demonstra que 60% das participantes
relataram ‘boa satisfação’ quanto aos efeitos da Radiofrequência na adiposidade
localizada no abdômen, 20% referiram como ‘excelente’ e 20% como ‘razoável’.
Gráfico 5 – Satisfação com os efeitos da Radiofrequência na adiposidade
localizada no abdômen, percebida pelas participantes (P).

Imagem: (SILVA; COSTA; CARON, 2017)

Kennedy et al. (2015) relataram taxas de 71% e 97% na satisfação dos


participantes. Por meio de revisão bibliográfica evidenciou que a
Radiofrequência está entre as quatro técnicas não invasivas notórias para a
redução do tecido adiposo subcutâneo localizado, sendo um método seguro e
acessível de redução de gordura localizada e melhora da aparência da pele, sem
efeitos adversos graves.
Agne (2017 II), refere que há uma série de recursos que podem ser
utilizados antes e após a Radiofrequência, com o objetivo de reduzir camadas
de gordura. O profissional esteticista deve estar ciente dos resultados, para
assim associar à outras abordagens, como dieta alimentar e atividade física.
Os possíveis efeitos adversos com dispositivos de Radiofrequência,
geralmente incluem desconforto relacionado ao tratamento (principalmente com
modalidades monopolar) e eritema transitório. O edema pós-tratamento,
púrpura, hiperpigmentação pós-inflamatória, pápulas eritematosas subcutâneas,
bolhas e queimaduras superficiais são relativamente raras, mas ainda assim
possíveis. Nesta pesquisa as participantes não apresentaram quaisquer destas
reações adversas.

77
Neste estudo foi possível demostrar que a aplicação da Radiofrequência
na adiposidade localizada no abdômen resultou na redução de medidas de
perimetria avaliadas, assim como modelagem do contorno abdominal. Desta
forma, afirma-se que os efeitos terapêuticos produzidos pela Radiofrequência
foram positivos na redução da adiposidade abdominal, bem como as
participantes relataram ‘boa satisfação’ com o tratamento da Radiofrequência.

RADIOFREQUÊNCIA PARA O TRATAMENTO DAS


RUGAS

Rugas
Um dos principais sinais do envelhecimento são as
rugas, ocasionadas pela flacidez da pele. Este sinal é
consequência do processo fisiológico de declínio das
funções do tecido conjuntivo associada a uma retenção da
água, que por sua vez, diminui a adesão, migração,
desenvolvimento e diferenciação celular (SADICK, 2002).
Além disso, as camadas de gordura sob a pele não se conservam
uniformes e com a diminuição da troca gasosa e da oxigenação dos tecidos
associadas à degeneração das fibras elásticas e a desidratação da pele,
aparecem às rugas (PIAZZA; MIRANDA, 2007).
São caracterizadas pela perda gradual das proteínas das fibras de
colágeno e elastina que levam a uma pele flácida, desidratada e ao surgimento
de sulcos causados pela contração da pele que não tem elasticidade para voltar
ao estado liso ocasionando a redução das fibras tendo como consequência o
processo de envelhecimento humano (GUIRRO, 2002).
As rugas são classificadas como profundas e superficiais. As rugas
profundas não sofrem alterações quando a pele é distendida, são decorrentes
da exposição ao sol. Já as rugas superficiais são decorrentes do envelhecimento
cronológico, ocasionadas pela diminuição ou perda de fibras elásticas da pele,
estas por sua vez, se alteram quando a pele é distendida. As rugas são
consequências da contração repetida dos músculos, que são responsáveis pelas
expressões faciais (FABBROCINI; GABRIELLA et al. 2009).

78
As rugas recebem ainda, outra classificação: rugas estáticas, dinâmicas
e gravitacionais. A ruga facial estática é consequência da fadiga das estruturas
que constituem a pele, em decorrência da repetição dos movimentos e aparecem
mesmo na ausência deles. A ruga facial dinâmica é decorrente da consequência
de movimentos repetitivos da mímica facial e aparecem com o movimento. Já as
rugas gravitacionais são decorrentes da flacidez da pele culminando com a ptose
(queda) das estruturas da face (BORGES, 2006).
As rugas estão nas diferentes regiões: na região frontal, na glabela,
externa aos olhos, contorno dos lábios e raiz do nariz. Na região frontal resultam
na contração do músculo frontal, são horizontais, perpendiculares e as primeiras
a surgir. Na glabela, região nasogeniana: surgem devido à ação dos músculos
elevadores do lábio superior e dos zigomáticos. Externa dos olhos (famoso pé
de galinha) surge pela contração do músculo orbicular das pálpebras. Contorno
dos lábios são causadas pelas contrações da orbicular dos lábios. Raiz do nariz,
horizontais e verticais desenvolvem-se, respectivamente, sob a ação do músculo
superciliar (MAIA; RAUL, 2008).

Área das rugas na face. Fonte: (MARYANO, CAROLINA 2018).

79
BENEFÍCIOS DA RADIOFREQUÊNCIA NAS RUGAS

A radiofrequência é um tratamento estético que emite ondas


eletromagnéticas por meio de um aparelho não invasivo e simples, sem a
necessidade de recuperação da pele após o procedimento, é indolor e traz
sensação de massagem facial. Gera energia e calor sobre a camada mais
profunda da pele, porém durante a aplicação o paciente sente apenas uma
sensação de uma massagem com temperatura agradável e indolor (DE
CARVALHO; GORETTI, 2011).
Com uso da radiofrequência acontece a reabsorção dos líquidos
intercelulares excessivos estimulando ganho nutricional de oxigênio, nutrientes
e oligoelementos, melhora no sistema de drenagem dos resíduos celulares e
toxinas, (radicais livres), ocorre uma vascularização na derme, vasodilatação e
hiperemia melhorando a qualidade dos adipócitos provocando lipólise
homeostática, produção de fibras elásticas de melhor qualidade, atuando nos
fibroblastos e em demais células que estimulam a neocolagênogenese,
promovendo a turgência cutânea (PEREZ, 2014).
O colágeno é uma proteína fibrosa encontrada em todo reino animal, sua
principal função é contribuir com a integridade estrutural da matriz extracelular,
fixar células na matriz, pelo volume dérmico da pele e confere a resistência da
pele, correspondendo a cerca de 80% de seu peso seco (FRANZEN;
JAQUELINE, 2013).
A elastina é a proteína que se responsabiliza pela elasticidade e
suavidade da pele. É a principal proteína estrutural das fibras elásticas, tendões
e ligamentos. É hidrofóbica, ou seja, é insolúvel em água graças a extensivas
ligações cruzadas entre resíduos de lisina. Impede a passagem do sangue e
elementos do sangue através da parede da aorta (GIGLIOTI; APARECIDA DE
FATIMA, 2005).
Vasodilatação e aumento da circulação sanguínea: a elevação da
temperatura que produz vasodilatação local gera estímulo do aporte de
nutrientes e oxigênio, acelerando a eliminação dos catabólitos. (GONZAGA; DA
CUNHA; MARISA, 2015).

80
Atividade metabólica e enzimática: com o aumento da temperatura toda
atividade celular aumenta, incluindo a motilidade celular, síntese e liberação de
mediadores químicos (PARREIRA; RODRIGUES, 2004).
Viscosidade: o aumento da temperatura causa diminuição da viscosidade
dos líquidos, como sangue, linfa e também dos líquidos dentro e através dos
espaços intersticiais (SILVA; TATIANE, 2012).
Estimulação nervosa: os nervos aferentes estimulados pelo calor podem
causar um efeito analgésico agindo sobre os mecanismos de controle da
comporta do mesmo modo que os mecanorreceptores (receptor sensorial que
responde a pressão ou outro estímulo mecânico) (DE OLIVEIRA; GUIRRO,
2002).
Os benefícios da radiofrequência aperfeiçoam o aspecto e a textura geral
da pele e este procedimento tem sido utilizado como recurso de tratamento das
rugas na face. Trata-se de uma técnica não invasiva, rápida e segura.
Observou-se através da análise dos resultados encontrados nos estudos
recuperados, que a aplicação da técnica de radiofrequência é benéfica no
tratamento das disfunções estéticas decorrentes do processo de envelhecimento
facial, pois a radiofrequência age na camada mais profunda da pele gerando
aquecimento, desencadeando uma sequência de reações fisiológicas
importantes, que promovem a contração das fibras de colágeno e elastina
estimulando a formação de novas células.
O procedimento mostrou benefícios quando aplicado nas rugas, os
autores mostram que a radiofrequência obteve satisfação parcial nas rugas
faciais. Para obter o resultado esperado e manter a boa aparência da pele são
necessários cuidados diários com a pele desde higienização, fotoproteção até a
alimentação. Estes cuidados auxiliam para a redução do envelhecimento
extrínseco, já que o envelhecimento intrínseco é a reação da pele ao passar do
tempo por fatores genéticos.

81
REFERÊNCIAS

AGNE, J.E. Eletrotermofototerapia. 1. ed. Santa Maria, RS: O Autor,


2013.

BORGES, F. S. Ultra-som. In: Dermato-funcional. Modalidades


terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006.

CARVALHO, G. F.; SILVA, R. M.; FILHO, J. J. T. M.; MEYER, P. F.;


RONZO, O. A.; MEDEIROS, J. O.; NÓBREGA, M. M. Avaliação dos efeitos da
radiofrequência no tecido conjuntivo. Disponível em
http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4555

CAVALERI, Tainah et al. Benefícios da Radiofrequência na Esté-


tica. Revista Gestão em Foco, 2016. Acesso em: 25 ago. 2021.

COLÁCIO, DR. Eduardo. Como combater a flacidez facial sem cirur-


gia? | Clínica Coderm - Dr. Eduardo Colácio. Disponível em: <https://clinicaedu-
ardocolacio.com.br/como-combater-a-flacidez-facial-sem-cirurgia/>. Acesso em:
25 ago. 2021.

DUARTE, Andresa Brito; MEJIA, Dayana Priscila Maia. A utilização da


Radiofrequência como técnica de tratamento da flacidez corporal. [S.d.].
Pós-graduação em Fisioterapia Dermato- Funcional – Faculdade Ávila.

Elastina: quando e como produzimos? Disponível em: <https://blog.bu-


onavita.com.br/index.php/2016/01/12/elastina-quando-e-como-produzimos/>.
Acesso em: 25 ago. 2021.

FACCHINETTI, J. B.; SOUZA, J. S. de & SANTOS, K. T. P.


Radiofrequência no Rejuvenescimento Facial. Id on Line Revista
Multidisciplinar e de Psicologia, 2017, vol.11, n.38, p. 336-348. ISSN: 1981-
1179.

82
GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia em estética
fundamentos recursos e patologias. 2 ed rev e amp. São Paulo: Manole, 1996.

GUIRRO, E. C. O.; GUIRRO, R. R. J.; Fisioterapia Dermato- Funcional:


Fundamentos, recursos e patologias. 3ª Ed ver e amp. São Paulo, 2004.

HARTH, Y.; LISCHINSKY, D. A novel method for real-time skin


impedance measurement during radiofrequency skin tightening
treatments. Journal of Cosmetic Dermatology, New York, v. 10, p. 24–29, 2011.

HTM Eletrônica, Apostila De Treinamento. 2015.

KISNER, R. A utilização dos recursos naturais no combate a gordura


localizada, celulite flacidez. Bel Col. em revista. São Paulo, 2012.

LATRONICO, H.; GASPAROTTO, J. M.; KAWASAKI, M. C.; MARTINI, P.


V. Novas tecnologias para redução de adiposidade localizada: Cavitação, NARL
e Radiofrequência, ensaio clinico comparativo. Disponível em www.narl-
lipo.com/.../Publication_Abstract_Brazil

LOFEU, Gabriele Morais; BRITO, Larissa Raquel Agostinho De;


BARTOLOMEI, Karoline. Atuação da Radiofrequência na Gordura
Localizada no Abdômen: Revisão de Literatura. Revista da Universidade Vale
do Rio Verde, v. 13, n. 1, 2015.

MANUSKIATTI, W.; WACHIRAKAPHAN, C.; LEKTRAKUL, N.;


VAROTHAI, S. Tripollar- Aparelho de radiofrequência para redução do
volume abdominal e tratamento da cellulite: Estudo piloto. Disponível em
files.dermatofuncional.com.es

MARCHI, J. P.; ROCHA, K. G. P.; SEVERO, P. V. A.; BRUNING, M. C.


R.; LOVATO, E. C. W. Efetividade da radiofrequência no tratamento facial
de voluntárias tabagistas e não tabagistas. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR,
Umuarama, v. 20, n. 2, p, 123-129, 2016.

MEYER, P.F.; LISBOA F. L.; ALVES, M. C. R. & AVELINO, M.B.


Desenvolvimento e aplicação de um protocolo de avaliação fisioterapêutica

83
em pacientes com fibro edema gelóide. Fisioterapia em Movimento. 2005;
18:75-83.

NIENKOETTER, L.; HELLMANN, L.T.; GONÇALVES, V.P. Efeitos da


Radiofrequência no Tratamento de Flacidez Facial em Mulheres. Revistas
Eletrônicas de Estética e Cosmética, Florianópolis, v.3, p. 1-8, jul. 2012.

OLIVEIRA, A. S.; GUARATINI, M. I.; CASTRO, C. E. S. Iontoforese


aplicada a pratica. Ver. Bras. Fisioterapia, 2007.

PANDOLFO, M. L. M. O processo de envelhecimento. Personalite.


Disponível em
http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/paginas/2012/8/485_769_publip
g.pdf

PIROLA, F. M. Radiofrequência na flacidez tecidual e estrias.


Disponível em files.dermatofuncional.com.es/.../Bioset%20-%20R

PONTE, A. P; OLIVEIRA, S. P. A Utilização da Radiorequência no


Rejuvenescimento Cutâneo: Estudo de Caso. Universidade Tuiutu do Paraná-
PR, 2015.

POSSAMAI, Camila Goulart. Radiofrequência em mulheres sobre o


contorno do ângulo cérvico facial. 2012.

SILVA, Gabrielli Aparecida Da; COSTA, Larissa Lacerda Da; CARON,


Cíntia Vieira. Aplicação da radiofrequência na adiposidade localizada no
abdômen. 2017. Acesso em: 26 ago. 2021.

SILVA, R M V; MARTINS, A. L. M. S.; MACIEL, S. L. C. F.; RESENDE, R.


A. R. C.; MEYER, P. F. Protocolo fisioterapêutico para o pós-operatório de
abdominoplastia. Disponível em
http://www.patriciafroes.com.br/gestao/img/publicacoes/1b0837c4f4414f923110
c33db9c87ae9.pdf

84
SILVA, Suimey Alexia; PINTO, Liliane Pereira; BACELAR, Isabela De As-
sis. O uso da Radiofrequência no rejuvenescimento facial – revisão de lite-
ratura. Revista Saúde em Foco, v. 10, 2018. Acesso em: 25 ago. 2021.

TAGLIOLATTO, Sandra. Radiofrequência: método não invasivo para


tratamento da flacidez cutânea e contorno corporal. Surgical & Cosmetic
Dermatology [en linea]. 2015, 7(4), 332-338[Acesso em 21 de Agosto de 2021].
ISSN: 1984-5510. Disponível em: https://www.redalyc.org/arti-
culo.oa?id=265544156009.

VIEIRA, Giovanna De Simone Kaadi. Importância da radiofrequência


em tratamentos estéticos: Revisão da literatura. 2016. Especialista em
Dermato Funcional – Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento
de Fisioterapia, 2016.

85

Você também pode gostar