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Guião Oral Português

Slide 1 e IndiceàCatarina

Introdução

Este trabalho foi proposto pela professora Teresa Moura Pereira da


disciplina de Português. Executamos uma pesquisa exaustiva e detalhada do
tema, através de livros e sites da Internet, selecionando a informação mais
adequada. (Foram verificadas as fontes, direitos de autor e propriedade
intelectual).

Dentro deste tema vamos tentar abordar os conteúdos de forma clara e


objetiva, esperamos que este trabalho seja apelativo e principalmente
informativo.

Contextualização:

Biografia

Vasco Navarro da Graça Moura nasceu na Foz do Douro (Porto), Portugal,


em 1942.

Formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, em 1966.


Depois de ter exercido advocacia, Vasco Graça Moura desempenhou vários
cargos públicos:

Foi membro de dois Governos Provisórios em 1975, diretor do Primeiro


Canal da RTP (1978), administrador da Imprensa Nacional-Casa da Moeda
(1979-1989), comissário-geral para as comemorações dos Descobrimentos
Portugueses (1989-1995). A partir de 1996, dirigiu o Serviço de Bibliotecas e
Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian. Vasco Graça Moura foi
colaborador de jornais, revistas e de canais de televisão. Tem muitas das
suas obras traduzidas para italiano, francês, alemão, sueco e espanhol. É
autor de numerosos ensaios, alguns deles premiados, e de excelentes
traduções literárias.
Vasco Graça Moura foi distinguido com vários prêmios, entre os quais o
Prêmio Pessoa (1995), o Prêmio de Poesia do PEN Clube (1997) e o Grande
Prêmio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores.(1999). Em 1997
foi-lhe atribuída a Medalha de Ouro da Cidade de Florença pelas suas
traduções de Dante. Em 2004, ganha a Coroa de Ouro do Festival de Poesia
de Struga (Macedônia), sendo o primeiro poeta português a ser distinguido
com este galardão. Em 2007, recebeu o Prémio Max Jacob para Poesia
Estrangeira. Em 2008, o Prémio Tradução do Ministério da Cultura italiano
pelas traduções de Dante e de Petrarca.

Vasco Graça Moura foi membro efetivo da Académie Européenne de Poésie


(Luxemburgo). Em 2012 foi nomeado presidente do conselho de
administração da Fundação Centro Cultural de Belém (FCCB).

Obras publicadas:

 “A Sombra das Figuras”

 “Sonetos Familiares”

 “Uma Carta no Inverno”

 “Testamento de Vasco Graça Moura”

 “Antologia dos 60 anos”

 “Os Nossos Tristes Assuntos”

Premios:

 Premio Poesía (1995)

 Gran Premio de Traducción Literaria (1996)

 Gran Premio de Poesía (1997)

 Gran Premio de Romance e Novela (2004)

 Premio Literario Municipio de Lisboa (1984 y 1987)


Vasco Graça Moura

Poesia de pendor humanista, ora mais melancólica, ora mais satírica.


Dimensão autobiográfica, a partir de situações quotidianas, por vezes
observadas de forma irónica.

Forte diálogo intertextual com os poemas nacionais, como Camões,


especialmente, e Pessoa, mas também Dante, Petrarca e Shakespeare.

Perceção subjetiva da realidade. Atenção às grandes questões que


atormentam o ser humano, desprezando o sentimentalismo barroco.

Apurado processo de criação intelectual com metáforas e jogos de palavras


desafiantes. Poeta enquanto artífice que modela a palavra, a rima, a
métrica. Poesia finalmente trabalha e sustenta num vasto conhecimento
teórico.

Características específicas do autor:

Graça Moura sempre foi um autor que, sempre incluído numa dinâmica de
modernidade, desvalorizou o futuro e a projeção daquilo que escrevia,
concentrado naquilo que era a maximização do presente vivido.
Desta feita, descurava essa necessidade de preservar e renovar a sua
imagem literária. Na poesia, detetava uma série de limitações e
insuficiências, com uma visão meramente intelectual, despojada do lirismo
sentido para lá do escrito.
O seu apreço pela ordem e pela disciplina conduzia-o a isso, mesmo com
uma obra tão diversa e pluridimensional, à imagem de Jorge de Sena, com
um certo toque melancólico e reflexivo.
Mesmo assim, ampliou-se às demais expressões artísticas, com uma pitada
prosaica do quotidiano, e dialogando com uma tendência renascentista em
relação à História.
Tanto na poesia, como no ensaísmo, a sua argumentação sólida e
consistente consente um maneirismo rigoroso e formal, sem esquecer a
crítica pontual e conservadora.
Outra das inspirações foi a de checo Rainer Maria Rilke, numa derivativa de
grande comoção e de um trabalho rendilhado pelas estrofes e pelas linhas,
embora sem nunca discursar sobre o amor, por uma questão de bom senso,
mas sem se deixar de comover.

Temas característicos da poesia de Vasco Graça Moura:

A poesia de Vasco Graça Moura caracteriza-se por um vasto saber de


tradições literárias de várias línguas e culturas, uma navegação pela terra-
firme da poesia de tempos e espaços diferentes.

Navegação, porque é a experiência do piloto-autor que descobre e percorre


as rotas pelo mundo fora, ultrapassando limites e fronteiras, desafiando
aventuras, mitos, sentimentos e ideias.

Terra-firme, porque o solo desta viagem é a terra-mãe das palavras e


formas, onde "os vários graus possíveis e necessários de insinceridade,
encenação, simulação, ficcionalização" (Graça Moura, 1997b: 107)
constituem autenticidade e firmeza.

Representação do quotidiano

O poeta é alguém que ensina a ver.

Existe sempre uma saída, existe positivismo na sua poesia.

Ele é o virtuoso da palavra é através da palavra que ele mergulha na


realidade, não se conforma na negritude nem no medo.

Ele diz que a língua define o ser.

O passeio noturno e a deambulação do sujeito poético pela cidade


adormecida, e o sossego que sente traz-lhe à memória a sua amada.

Tradição Literária:

A produção lírica de Vasco Graça Moura, enquanto testemunho inequívoco


de um notável fenómeno de receção criativa, constitui pedra angular para a
análise do privilegiado diálogo que estabelece com Camões na sua obra
multímoda, quer seja poesia, ficção narrativa, tradução ou ensaio.

É justamente o modo como o autor aproveita e recria essa fecunda matriz,


em demanda de uma criação de discurso literário original, que se afigura a
finalidade primacialmente visada pelo presente trabalho.

(Cesário Verde, “O sentimento dum ocidental). O recurso à redondilha


maior.

A estrutura estrófica e métrica (redondilha maior) próxima das do vilancete


(mote e voltas).

A forma do soneto, que é também tema do poema.

O recurso à redondilha maior.

Reflexão sobre o próprio conceito de poesia e fazer poesia

A Poesia é um texto poético, geralmente em verso, que faz parte do gênero


literário denominado "lírico". Ela combina palavras, significados e
qualidades estéticas. Nela, prevalece a estética da língua sobre o conteúdo,
de forma que utiliza de diferentes dispositivos fonéticos, sintáticos e
semânticos.

Universalidade da poesia;

Tudo aparentemente muito simples;

Várias influências;

Temas que vem da tradição literária, da poesia;

Trovadoresca, até aos nossos dias…

O poeta é alguém que ensina a ver…

Existe sempre uma saída, existe positivismo na sua poesia;

Ele é o virtuoso da palavra é através da palavra que ele mergulha na


realidade, não se conforma na negritude nem no medo;

Ele diz que a língua define o ser;

Análise do poema: “Vou por ruas, vou por praças”

• Representação do contemporâneo: 1ª, 2ª, 3ª e 5ª estrofes;

• Figurações do poeta: 4ª e 6ª estrofes.

      O “eu” lírico deambula pela cidade de Lisboa, analisando o espaço


envolvente.

• Recursos expressivos:

o Enumeração: v. 3-5;

o Antítese: v. 9, 12-13.

• Sensações:

o Visão: v.3-4;

o Audição: v.5;

o Tato: v.7;

o Olfato: v.8.

      Na 3ª estrofe o sujeito de enunciação evidencia que a vida é curta e


fugaz, sendo a sua existência efémera. Porém, o momento em que vagueia
parece-lhe interminável.

      A partir da 4ª estrofe inicia-se um tema diferente marcado pelo conector


discursivo: “por isso”.

      O “eu” poético revela que vagueia pela cidade à procura de um ser – o


interlocutor – que por sua vez, o iluminará (“te procuro e me procuro” –
v.18).

      Declara que se encontra perdido fisicamente e psicologicamente,


contudo, com esperança de se definir a si mesmo, ao encontrar o seu
interlocutor (v. 23-25).

      Enquanto tal situação não ocorre, sente-se ansioso (v. 29-30).

• Estilo e linguagem

• Registo coloquial, próximo do quotidiano;

• Linguagem prosaica, trivial e banal.

• Estrutura externa

• Constituída por 6 quintilhas;

• Versos de redondilha maior;

• Esquema rimático: abaab/cdccd/efeef/ijiij/klkkl;

• Tipos de rima: cruzada, emparelhada e interpolada.

• Relação com outros autores

• Cesário Verde, “O Sentimento dum Ocidental”: ambos deambulam


pela cidade, captando sensações;

• Relação com a “cidade adormecida” – v.11.

Análise do poema “Soneto do Soneto”

Neste poema “Soneto de Soneto” o tema tratado é a arte poética e a


tradição literária. Já no desenvolvimento são apresentadas as diferenças
entre o soneto italiano (no qual se baseia) e o inglês (no qual descreve).

Quanto aos recursos expressivos e o seu respetivo valor, destaca-se a


metáfora no verso 12 que salienta a relevância do final do soneto sempre
de ouro. Lembrando que no passado o soneto deveria começar com Chave
de Prata e acabar em Chave D’Ouro (“Abrir com chave de prata e abrir com
chave de ouro”).

Há igualmente a existência de um estilo lúdico, enunciação das


características do soneto inglês.

Também está presente aqui o virtuosismo do exercício literário através do


talento da exploração literária evidenciada na técnica do soneto. E ainda, o
registo coloquial, prosaico próximo das falas banais do quotidiano.

Quanto à estrutura externa trata-se do soneto constituído por 2 quadras e 2


tercetos num total de 14 versos de 10 sílabas métricas cada, tal como é
mencionado no segundo verso. A rima é interpolada e emparelhada nas
quadras e interpolada nos tercetos, segundo o esquema rimático: abba
baab cde cde, que o próprio poeta refere nos versos 4, 7, e 14.

Relativamente à intertextualidade em relação com outros autores, o soneto


neste poema recorda na sua dimensão formal os poemas da vertente
renascentista da poesia de Luís de Camões e também, a produção poética
de Antero de Quental no realismo.

“Voltas à mote”:

Tema: Representação da poesia e processo da sua criação

Cantiga de cariz tradicional com roupagem contemporânea do século XX;

Redondilha maior (5 silabas métricas);

Quintilha (5 versos)

Desenvolve em cada volta o mote de Ivan Junqueira apresentado


inicialmente;

Quatro estrofes;

Todo o poema segue o esquema rimático (abaab)

Curiosidade: Os versos do mote são repetidos no final de cada volta

Temáticas: Passagem do tempo, fugacidade, finitude da existência e espetro


da morte
Frase de Vasco Graça Moura

“Não és mais do que as outras, mas és nossa, e crescemos em ti, nem se


imagina que alguma vez uma outra língua possa pôr-te incolor, ou inodora,
insossa”.

Conclusão

Entendemos que cumprimos com os objetivos que nos tínhamos proposto a


realizar. Concluímos que Vasco Graça Moura é sem dúvida um elemento
extremamente importante na literatura portuguesa, e que nos
proporcionou um grande enriquecimento na nossa cultura.

Trabalho realizado por:

 Catarina Vilela nº02;

 Francisca Carneiro nº04;

 Mariana Moura nº13;

 Mariana Barbosa nº14;

 Mariana Costa nº15;

 Mariana Semanas nº16;

 Marisa Nunes nº17;

 Bruna Coelho nº25;

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