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EXÉRCITO BRASILEIRO
CENTRO DE INSTRUÇÃO DE BLINDADOS
GEN WALTER PIRES DE ALBUQUERQUE
Projeto de Pesquisa
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VIATURA BLINDADA DE TRANSPORTE DE PESSOAL:
PROPOSTA DE UMA VBTP SOBRE RODAS PARA DOTAR OS BATALHÕES DE INFANTARIA MECANIZADA DO EXÉRCITO BRASILEIRO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
3. CONCLUSÃO
4. BIBLIOGRAFIA
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1. INTRODUÇÃO
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A vantagem dos veículos sobre rodas é que eles possuem uma maior flexibilidade e
mobilidade, permitindo atuar sobre amplas frentes, a grandes distâncias, penetrar nos
dispositivos de segurança do inimigo e explorar a fundo o efeito surpresa, a um custo mais
baixo que os de lagartas.
Esta decisão está conjugada com um questionamento que deverá ser analisado e
estudado a fim de obter a melhor solução: qual a VBTP sobre rodas ideal para dotar a
infantaria mecanizada do Exército Brasileiro?
Esta pesquisa tem por objetivo apresentar uma proposta para a solução do
questionamento acima, analisando algumas das VBTP sobre rodas disponíveis e verificando
qual estaria mais apropriada para ser empregada por nosso Exército.
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2. DESENVOLVIMENTO
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A fim de bem cumprir todas as missões atribuídas à infantaria mecanizada, essa deve
estar equipada com uma viatura blindada de transporte de pessoal com características que
permitirão o êxito nas operações.
A mobilidade e proteção são características imprescindíveis para o sucesso da tropa
mecanizada.
Mobilidade para intervir rapidamente em vários níveis de ameaças. Os meios deverão
ter dimensões reduzidas para facilitar o seu transporte e permitir um maior número de
unidades deslocadas sem, no entanto, prejudicar a capacidade de combate.
A proteção é de suma importância para garantir a proteção das tripulações e tropas que
operam os veículos, cada vez mais necessária em conflitos urbanos onde o maior perigo
provém de armas ligeiras, mas também contra ameaças QBN (Química, Biológica e Nuclear).
Para a análise completa com o objetivo de obter o resultado final da questão proposta,
deverão ser levados em conta, para efeitos de avaliações, fatores importantes como:
peso
valor de aquisição
possibilidade de fabricação dentro do território nacional
definir missões
inimigos
tipo de terreno
meios de transportes (rodoviário, ferroviário e aéreo)
manutenção
mecânica
blindagem (moderada, com possibilidade de utilização de blindagens ativas
e/ou reativas)
armamento (principal e autoproteção)
comunicação (voz e/ou dados)
observação (sistemas, direção e controle de tiro do tipo passivo, para o
motorista, comandante do carro e atirador e telêmetro laser)
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A terceira geração do Piranha se baseia em uma novo design que combina uma
estrutura extremamente leve com uma proteção balística aperfeiçoada, alta performance em
termos de carga paga versus peso bruto do veículo e aumento do volume interno. São
características comuns a todas as versões: motor instalado na parte frontal à direita, suspensão
independente, capacidade anfíbia, grande área útil para acomodar sistemas de armas,
equipamentos e tropas, e transportabilidade por via aérea em aeronaves C-130 Hércules ou
similar. Dois propulsores a jato d'água permitem ao Piranha atingir velocidades de 10 km/h,
operando em rios ou no mar. Possui um aparelho de ar-condicionado de 10kW e um
aquecedor para operações a temperaturas abaixo de -40° C. Seu sistema de autoproteção
balística é proporcionado pela aplicação de módulos blindados de rápida colocação ou
substituição em caso de danos, sistema automático de supressão de incêndio e explosões,
oferecendo aos usuários kits de proteção contra minas e NBC. O desenho modular permite a
escolha de uma série de motores de grande potência e transmissão automática de torque, que
inclui: o alemão MTU 6V 183TE22, de 400 hp a 2.300 rpm; o sueco Scania DSJ9-48A, de
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400 hp a 2.300 rpm; os americanos Caterpillar 3126 (350 hp a 2.500 rpm) e Detroit Diesel
6V53TA (350 hp a 2.800 rpm); o britânico Cummins 6CTAA8.3, de 350 hp a 2.200 rpm.
O Piranha III, em suas mais diferentes versões, foi adquirido por vários países como a
Suécia (13 unidades), Dinamarca (22), Irlanda (65) e Espanha (18). Atualmente a Mowag está
trabalhando na mais recente versão de seu excelente veículo: o Piranha IV 8x8. O primeiro
protótipo já foi completado, com estudo de novos sistemas para proteção balística, incluindo a
blindagem do piso contra minas, um novo motor MTU com 544 hp de potência que
aumentará sua capacidade de carga, velocidade e alcance. O peso de combate subirá para 24 t,
com carga de 10 t. Poderá usar armas de 12,7mm, 25mm, 30mm ou canhões de pequeno
recuo de 90mm ou 105 mm. O Exército Brasileiro avaliou recentemente um modelo do
Piranha III, que poderá ser um dos concorrentes em licitação futura para aquisição de novos
veículos sobre rodas.
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2.4 PATRIA
A nova versão 6x6 do conhecido veículo blindado AMV do Patria foi apresentado na
exibição MSPO, Polônia. O Patria AMV (Armored Modular Vehicle) tem atraído
significativo interesse internacional, desde que foi lançado, em 2001.
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Recentemente o Patria AMV 8x8 realizou testes e com sucesso: na República Tcheca,
África do Sul, Brasil e Kuwait. A Patria também recebeu solicitações técnicas e comerciais da
República Tcheca, Croácia e Bélgica, os quais espera-se possam anunciar a decisão ainda
durante esse ano.
O Patria AMV oferece alta proteção, modularidade e transportabilidade, e atendendo
também aos mais estritos critérios de aquisição para as Forças Armadas, inclui também
compatibilidade com a OTAN. O AMV é uma solução européia com inquestionáveis
benefícios logísticos, devido ao uso de equipamentos e produtos já desenvolvidos e em uso no
mercado civil (COTS), e produtos de padrão militar.
Atualmente o Patria AMV é, além de ser um conceito totalmente novo, é o único
veículo blindado de quarta geração, já em produção, e no mercado. Possui a capacidade de
tripulação de 03 homens e poder de fogo do canhão 30 mm. Com o peso relativamente baixo
de 15 toneladas e seu motor Scania DI 12 480, atinge uma velocidade de 100 Km/h, além de
uma autonomia de 800 Km.
A Patria é um grupo internacional com operações nas áreas de Aeronáutica e Defesa.
Os principais campos de atividades da Patria são: veículos blindados de rodas, sistemas
morteiros, helicópteros e aviões. Patria provê internacionalmente soluções competitivas ao
mercado global baseadas no seu próprio know-how e parcerias.Os acionistas da Patria são o
Governo da Finlândia e a EADS, European Aeronautic Defence and Space Company.
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2.5 PANDUR II
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2.6 STRYKER
A VBTP Stryker fornece o transporte protegido para uma sustentação de uma tropa de
infantaria e apóia pelo fogo direto durante o assalto a pé. Transporta um grupo de 9 homens.
O projeto preliminar do veículo de transporte de pessoal, Stryker requer uma
tripulação de 2 homens, um motorista e um comandante do veículo. Há outras oito
configurações do Stryker que servem ao combate e aos apoios diversos.
O armamento de dotação é capaz de inutilizar veículos inimigos motorizados e a deter
a infantaria a pé. As armas das VBTP podem ser empregadas para aumentar a base do fogo do
pelotão. Estes fogos diretos apóiam a manobra da infantaria desembarcada. Podem ainda,
destruir a infantaria inimiga na luz do dia, na noite, ou durante condições de visibilidade
limitada (neblina e névoa).
A VBTP norte americana Stryker é dotada de um motor Detroit 6V53T 350, que
atinge uma velocidade de 100 Km/h. Seu peso de é de aproximadamente 18 toneladas e sua
autonomia é de 500 Km.
Tração 8x8, com suspensão hidramática e os freios ABS nos eixos da parte traseira,
particularizam essa viatura.
Possui lançador do granada 40mm, metralhadora calibre .50 e 7,62 mm, além de 4 lançadores
de granadas fumígenas. Pode armazenar 32 granadas fumígenas, 3200 cartuchos 7,62 mm e
2000 cartuchos .50.
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2.7 PROJETO EB
Após ter lançado um edital de concorrência (nº 001/2005), em 04 agosto 2005, para o
contrato de serviços técnicos de desenvolvimento do Projeto da Viatura Blindada de
Transporte de Pessoal, Média - de Rodas (VBTP-MR), 6 x 6, selecionado um vencedor e
qualificá-lo, o Alto Comando do Exército resolveu adiar o Projeto, que é chamado
informalmente de "VBTP-MR URUTU 3".
Ao dar o nome de Urutu 3 e especificar que o veículo deveria seguir as linhas gerais
do atual Urutu levou ao pensamento de que seria uma mera atualização desse veículo. A
leitura do ROB (Requisitos Operacionais Básicos) e as especificações propostas ao veículo
demonstram que deverá incorporar uma série de avanços da engenharia automotiva ocorridos
nas três últimas décadas. Além de novos requisitos operacionais a serem incorporados ao
veículo.
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Uma lista preliminar com algumas das diferenças propostas entre a versão do VBTP
Urutu padrão do Exército Brasileiro e a especificada para o Urutu 3.
Urutu Padrão
Características Urutu 3
Exército Brasileiro
Trem de
6x6 6x6
Rolamento
1 Comandante
1 Motorista
1 Motorista
quipagem 1 Comandante/Atirador
1 Atirador
12 Fuzileiros
7 Fuzileiros
DaimlerChrysler
Mercedes Benz
OM 926LA - 305 HP
Motor OM352A
Cummins ISBe 275
190 HP
250 HP
Automática Mecânica
Transmissão
Allinson Mercedes Benz
Autonomia
Indefinida + 600 km
Em estradas
(www.defesanet.com.br)
3. CONCLUSÃO
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O PANDUR tem a desvantagem de, na sua versão 8x8, não ter sido adotado em larga
quantidade por nenhuma força armada. No entanto, a situação não é muito diferente do
PATRIA, haja vista que não há um número significativo de unidades em operação que possa
gerar dados de referência, pois as unidades polonesas não foram entregues.
4. BIBLIOGRAFIA
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