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CENTRO DE INSTRUÇÃO DE

OPERAÇÕES URBANA

CONTROLE DE ÁREA
Centro de Instrução de
Operações Urbanas

POSTO DE BLOQUEIO E CONTROLE DE VIAS

2º Sgt BARIANI - INSTRUTOR


OBJETIVOS

• Conceituar PBCV;
• Iden23car a organização da tropa;
• Explicar a missão dos grupos do PBCV;
• Realizar a montagem/desmontagem de um PBCV;
• Iden23car o material a ser conduzido p/ cada 2po de
bloqueio;
• Iden23car as variações da con3guração de um PBCV;
• Iden23car os principais crimes que podem ocorrer no
PBCV;
• *Planejar um PBCV; e
• Operar um PBCV.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
a.Conceito de PBCV;
b.Conceito de Vias.
2. DESENVOLVIMENTO
a. Missão;
b. Finalidade;
c. Princípios básicos;
d. Organização da tropa;
e. Missões dos grupos;
SUMÁRIO

f. Con'gurações de um PBCV;
g. Materiais u9lizados no PBCV;
h. Crimes que podem ocorrer durante o PBCV;
i. Plnj da operação e montagem do disposi9vo;

3. CONCLUSÃO
a. Re9rada de dúvidas
b. Prá9ca
Centro de Instrução de Operações
Urbanas
CONCEITO DE PBCV

Os Postos de Bloqueio e Controle de Vias (PBCV) são estabelecidos para


controlar e/ou bloquear o movimento de entrada e saída de uma
população em determinada área, restringindo a liberdade de ação das
ameaças.

Os PBCV podem ser permanentes ou inopinados e seus efeCvos podem


ser variados, conforme o tempo de operação, Dnalidade, tamanho da
via e seu Fuxo. Normalmente, varia entre um grupo de combate a um
pelotão, podendo, em casos especíDcos, chegar a um batalhão. (EB70-
MC-10.242 – Operações GLO).
CONCEITO DE PBCV

 Os PBCV devem ser estabelecidos em locais onde os


movimentos sejam canalizados, de maneira a di8cultar o
desbordamento por parte dos usuários da via.

 Sempre que possível, devem contar com a presença de


vetores com competência de 8scalização de trânsito e
com jurisdição sobre a área (Polícia Rodoviária Federal,
Polícia Rodoviária Militar e outros).
CONCEITO DE VIAS

Art. 2º: São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as


avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as
estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado
pelo órgão ou en>dade com circunscrição sobre elas, de
acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias
especiais. (CTB)
A via de acordo com sua u>lização é classiHcada
em vias urbanas e vias rurais.
VIA URBANA: São ruas, avenidas, vielas ou caminhos e
similares abertos à circulação pública, situados na área
urbana, caracterizados principalmente por possuírem
imóveis ediJcados ao longo de sua extensão.

•14:02:33
1
4
:
0
Vias rurais: São as estradas e rodovias localizadas fora das
2
:
3
áreas urbanas.
3
a. Estradas: Via rural não pavimentada.
b. Rodovias: Via rural pavimentada.
MISSÃO

 Os PBCV são estabelecidos para controlar o


movimento da população e de veículos na A Op, com a
<nalidade de impedir o acesso do agente perturbador
da ordem publica (APOP) a determinadas áreas e
restringir a liberdade de seus movimentos, tornando-
se muita das vezes uma operação presença.
 O controle do movimento de pessoas e veículos pode
ser total ou parcial.
FINALIDADES
Realizar a identif ic ação, a abordagem e o controle de pessoas e
veículos em atitudes suspeitas ou não.
FINALIDADES

Bloquear a passagem de material ilícito.


FINALIDADES

RESTRINGIR A A ÇÃ O DOS A POP


FINALIDADES
Efetuar a prisão de A gente Perturbador da Ordem Publica
(A POP) e criminoso.
FINALIDADES
Rogério Greco entende que a blitz pode e deve ser realizada, como aAvidade de
prevenção, não obstante, observando-se a suspeição fundada, tendo como
intolerável qualquer abuso, e aGrma a prerrogaAva de função de magistrados e
promotores, entre outras autoridades com prerrogaAvas de função (PR,
Ministros, LegislaAvos, Consul, Diplomata, membros do MP...) como fator de
dispensa em abordagens:

em carro parAcular não pode ser feita em pessoa que goza de foro com
prerrogaAva de função. Ou seja, um magistrado ou um membro do
ministério publico não pode ser revistado por agentes policiais, desde
que se idenAGque; e, caso haja duvidas sobre a sua idenAdade, o fato
deverá ser encaminhado à unidade policial mais próxima, para que o
respecAvo chefe da insAtuição compareça e proceda a revista, ou da
forma que entender cabível.
GREGO, Rogério. AAvidade Policial: aspectos penais, processuais penais, administraAvos e
consAtucionais – 2 ed.. Rio de Janeiro: Ed. Ímpetos, 2009.
PRINCÍPIOS BÁSICOS

SEGURANÇA
São estabelecidos em locais onde, sob vigilância, haja
espaço su@ciente para os indivíduos, para o
estacionamento de viaturas e para a revista e
averiguação de suspeitos.
 O mínimo de militares na via. (Gp Via).
 Em caso de mau tempo (chuva forte, muita neblina)
suspende-se temporariamente ou encerra-se a operação,
a @m de evitar acidentes e danos a população.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
RAPIDEZ
Agilidade na montagem, desmontagem do
disposi6vo e na veri9cação dos veículos e pessoas
abordadas.
Muita demora nestes procedimentos acarretam
conges6onamentos no trânsito e desconforto
para as pessoas que passam pelo local, resultando
num ponto nega6vo a presença da tropa no local.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
EFICIÊNCIA
O alto grau de adestramento da tropa;
O perfeito conhecimento e cumprimento das regras de
engajamento;
Caso a operação dure algumas horas, veriAcar a
possibilidade de mudanças de ponto do bloqueio, pois
quanto maior a duração, menor a sua eAciência no local.
A conquista e a manutenção do apoio da população.
PRINCÍPIOS BÁSICOS

MOBILIDADE
- O pelotão deve dispor de material leve e de
fácil remoção, viaturas próprias para ter mobilidade
para mudança de posição e variações nos diferentes
lugares, no menor espaço de tempo.
(Mobilidade X EFciência).
ORGANIZAÇÃO DA TROPA
PELOTÃO

Grupo Cmdo
e Ap

Grupo de Via Grupo de Grupo de


Reação Patrulha
Equipe de Controle
de Tráfego

Equipe de
Segurança Equipe de
Equipe de
Aproximada Guarda de
Reação Presos
Equipe de
Revista
ORGANIZAÇÃO DA TROPA
CMT GC

Grupo de Via Grupo de Patrulha /


Reação
Equipe de Controle
de Tráfego

Segurança Equipe de Equipe de


Aproximada Patrulha Reação

Selecionador /
Revistador
MISSÕES DOS GRUPOS E EQUIPES

•Grupo de Comando: Mantém o contato com Escalão


Superior e providencia o material necessário para operação
do PBCV.

•Grupo de Apoio de Fogo (SFC):


- Tem como missão prover o apoio de fogo afastado do
PBCV, realizar fogos Def e bater trechos de estradas onde
existem obstáculos naturais, arMNciais ou lançados pela
tropa.
MISSÕES DOS GRUPOS E EQUIPES

GRUPO DE VIA
Responsável pelo controle do tráfego dentro da via, são os
responsáveis pela montagem dos obstáculos na via.

Está dividido em equipes:

1. Equipe de controle de tráfego:


-Controla o Guxo de veículos da via;
-Seleciona os veículos e pessoas para serem revistados.
MISSÕES DOS GRUPOS E EQUIPES

2. Equipe de segurança aproximada


- Realiza a segurança dos elementos da equipe de
revista;
- Conduz preso para equipe de Guarda de Presos.

3. Equipe de revista
- Realiza a abordagem e a revista de presos e veículos
suspeitos ou não. (SINESP CIDADÃO + CHASSI VIDRO).
MISSÕES DOS GRUPOS E EQUIPES

GRUPO DE REAÇÃO
• O grupo de reação é dividido em duas equipes:

1. Equipe de Reação:
- É a força de reação ECD intervir face a alguma
ameaça ao PBCV.
2. Equipe de Guarda de Presos:
- Realiza a guarda de presos e os conduz para o cartório
militar.
MISSÕES DOS GRUPOS E EQUIPES

GRUPO DE PATRULHA
- Realiza o patrulhamento do perímetro do PBCV;

- Realiza a proteção da entrada e saída do PBCV;

Obs: Cada grupo possui sua atribuição especíHca, e


atua em conjunto durante toda operação.
CONFIGURAÇÕES DO PBCV

As variações das con/gurações na montagem


dos obstáculos no PBCV irá depender:
 Material disponível (@po e quan@dade)
 Efe@vo disponível (SU, Pel, GC)
 Tipo de via (urbana ou rural)
 Missão (/nalidade da operação)
CONFIGURAÇÕES DO PBCV
CONFIGURAÇÕES DO PBCV

Fura pneu na posição errada


DISPOSITIVO PARA GRUPO DE COMBATE
MATERIAIS UTILIZADOS NO PBCV

1) Obstáculos: concer1nas, “super cones”, “fura pneus”, etc;


2) Sinalização: cones, coletes, placas alerta, setas luminosas,
lanternas;
3) Instalações: barracas ou construções existentes no local;
4) Revista: espelhos, detector de metais, câmeras Jlmadoras etc;
5) Comunicações: rádios, telefones;
6) Armamento: orgânico do pelotão (GLO);
7) Viaturas: blindadas (Urutu ou M113), VTNE 5 ton, VTNE ½ ou ¾
ton, motocicletas, etc.
Viga para Cone para
interligação de sinalização
Detector de
barreira plás+ca viária - 20
metal - 4
ver+cal - 6
Barreira 12 Sinalizador
plás+ca eletrônico - 12
ver+cal
(super-
cone) 12 Colete de
sinalização -
Seta
22
eletrônica - 4

Luvas
reJe+vas -
4

Placas de redução
de velocidade - 2
Bloqueador an+-fuga
Bastão de sinalização - 4 para via (fura-pneu) - 2
CRIMES QUE PODEM OCORRER NO PBCV

O CIDADÃO QUANDO PARADO NO PBCV ESTÁ EM TRÊS


SITUAÇÕES:

•(A) Normalidade – Urbanidade


•(B) Suspeito – Urbanidade + Busca Pessoal
•(C) Criminoso – Busca pessoal + PF
CRIMES QUE PODEM OCORRER NO PBCV

O CIDADÃO QUANDO PARADO NO PBCV ESTÁ EM TRÊS


SITUAÇÕES:

•(A) Normalidade pode passar p SUSPEITO.


•(B) Suspeito – pode passar para CRIMINOSO.
•(C) Criminoso – Busca pessoal + PF.
CRIMES QUE PODEM OCORRER NO PBCV

Lei nº 9.503 de 23 de setembro de 1997, ins7tuiu o CTB. (atualizado


pela Lei Lei 14071 de 2020).

• Art 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do


território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código.

§ 3º Os órgãos e en7dades componentes do Sistema Nacional de


Trânsito* respondem, no âmbito das respec7vas competências,
obje7vamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de
ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas,
projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito
seguro.
CRIMES QUE PODEM OCORRER NO PBCV

 Desacato (art. 299 CPM) Desacatar militar no exercício de sua


função de natureza militar ou em razão dela.
 Desobediência (art. 301 CPM) Desobedecer a ordem legal de
autoridade militar.
 Resistência (art. 329 CP) Opor-se à execução de ato legal,
mediante violência ou ameaça a funcionário competente para
executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.
 Uso da Força (art. 284 CPP) Não será permiTdo o emprego da
força, salvo a indispensável no caso de resistência ou tentaTva de
fuga.
CRIMES QUE PODEM OCORRER NO PBCV

. Lei 13060/14 , de 22 de dezembro de 2014.

 Disciplina o uso dos instrumentos de menor potencial


ofensivo pelos agentes de segurança pública, em todo o
território nacional :
CRIMES QUE PODEM OCORRER NO PBCV

Art. 2 Os órgãos de segurança pública deverão priorizar a u;lização dos


instrumentos de menor potencial ofensivo, desde que o seu uso não coloque em
risco a integridade @sica ou psíquica dos policiais, e deverão obedecer aos seguintes
princípios:
I.Legalidade.
II.Necessidade.
III.razoabilidade e proporcionalidade.
Parágrafo único. Não é legí;mo o uso de arma de fogo:
contra pessoa em fuga que esteja desarmada ou que não represente risco
imediato de morte ou de lesão aos agentes de segurança pública ou a terceiros;

contra veículo que desrespeite bloqueio policial em via pública,


exceto quando o ato represente risco de morte ou lesão aos agentes
de segurança pública ou a terceiros.
CRIMES QUE PODEM OCORRER NO PBCV

15:53:11
PLANEJAMENTO

 Reconhecimento
 Obje-vos principais da operação
 Programar o dia e horário
 Efe-vo dos grupos
 Prever meios de sinalização
 Solicitar apoios (PM, GM, Mil Fem, órgãos de
trânsito etc)
 Meteorologia
 Duração da operação
ASPECTOS DA VIA

 Via urbana ou rural;


 Existência de área para estacionamento de Vtr e
veículos apreendidos;
 Espaço su:ciente para montagem e operação com
segurança;
 Fluxo do trânsito (“Rush”);
 Evitar congesEonamento (opnião pública X
e:ciência)
ASPECTOS DA SEGURANÇA

 Local permite visibilidade da tropa;


 Oferece rota de fuga para possíveis evasões de
veículos;
 Existência de vias adjacentes que devem ser
interditadas ou canalizadas;
 Pontos com possibildiade de acidentes durante a
operação do PBCV;
COORDENAÇÕES
 Dividir o pelotão em grupos e equipes;
 Adequar o armamento de cada grupo a sua fração;
 Material do posto de bloqueio a ser conduzido;
 Material extra (sinalizadores);
 Apoio de Segmento Feminino; e
 Coordenação com outros Orgãos públicos (PM, PC, Guincho,
Orgãos de trânsito, e outros;
 Dividir corretamente o pelotão e conferir se todos sabem suas
atribuições (montagem e operação);
 Dar ênfase na Knalidade, caracterisLca de pessoas e veículos
suspeitos SFC;
MANUAL DE PREVENÇÃO DE
ACIDENTES
MONTAGEM DO DISPOSITIVO
 Vtr estacionada a margem da via.
 Todo o material desembarcado e próximo a sua posição.
 Montagem a cargo dos grupos de Via e Reação.
 Antes da montagem, Cmt Pel designa 2 militares do grupo de
patrulha para fechar as vias (1º apito).
 Iniciar a montagem (2º apito).
 Após montado, permanece o Grupo de Via na posição.
 Após veriIcação, liberação do trânsito (3º apito).
 Desmontagem processo inverso.
 Aconselhável que o Pel realize ensaio prévio da Montagem e
desmontagem, antes de deslocar para a missão.
MONTAGEM DO DISPOSITIVO
Grupos dispostos ao lado da via

GP P P GP

Pa
Gp Via Gp Reação Pa

Pa Pa
MONTAGEM DO DISPOSITIVO
1º silvo: 2 elementos do Gp Pa fecham o ;uxo da via

GP

GP

P P

Pa
Gp Via Gp Reação Pa

Pa Pa
MONTAGEM DO DISPOSITIVO
2º silvo: Integrantes iniciam a montagem do PBCV

Gpa Pa

Pa

GP

GP

Pa

Pa Pa
MONTAGEM DO DISPOSITIVO

3º silvo: Iniciar o funcionamento do posto

Pa
Pa Área de estacionamento de
Pa
Pa Veículos apreendidos

R
SA

CT
CTS C CTS CT

SA
R

Re Re Re Re Pa
Pa
Pa Área de estacionamento de Pa

Veículos apreendidos
Gd Presos
MONTAGEM DO DISPOSITIVO
CONCLUSÃO

PRÁTICA!!!

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