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PERÍODO DE APLICAÇÃO E FORMAÇÃO II.

UD. I – GARANTIA DA LEI E DA ORDEM.


ASSUNTO: 1. Posto de Segurança Estático (PSE).
OBJETIVOS
b. Descrever a ocupação de um PSE.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
- Conceito de Ponto Sensível (PS).
2. DESENVOLVIMENTO
- Conceito de Posto de Segurança Estático (PSE).
- Exemplos de PSE.
- Organização de um PSE.
- Planejamento.
- Material.
3. CONCLUSÃO
- Retirada de duvidas.
1. INTRODUÇÃO.
Ponto Sensível (P Sen).

É o ponto cuja destruição ou neutralização pode


afetar negativamente, de modo significativo, as
operações militares, a prestação de serviços
essenciais, a circulação de pessoas e bens ou, até
mesmo, o moral e bem-estar da população.
2. DESENVOLVIMENTO.
Posto de Segurança Estático (PSE).

É qualquer sistema organizado para a


proteção de um ponto sensível, guarnecido
por tropas militares, preferencialmente, de
forma integrada com a estrutura vigente ou
em um contexto de operações em ambiente
interagências.
EXEMPLOS DE PONTOS SENSÍVEIS

No Campo Político:
- sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário, nas diferentes esferas do
poder (federal, estadual e municipal); e
- prédios públicos que abriguem Ministérios, Secretarias ou Fóruns.

No Campo Econômico:
- a infraestrutura de transportes: portos, aeroportos, trechos de
rodovias e ferrovias, além de terminais multimodais;
- o parque energético, compreendendo os setores da geração
(hidrelétrica, termelétrica, nuclear ou eólica), transmissão (“linhões”)
e distribuição (subestações);
- no Setor de Combustíveis: refinarias, polos petroquímicos e
terminais de tancagem;
- no Setor de Serviços: água (postos de captação, estações de
Tratamento e reservatórios), energia (geração e transmissão); e
- no Setor de Telecomunicações: agências dos correios e centrais das
operadoras de telefonia.

No Campo Militar:

- instalações militares (quartéis, hospitais e bases);


- estrutura de controle do tráfego aéreo;
- depósitos de suprimento das diferentes classes; e
- polos da Indústria Nacional de Defesa.
No Campo Científico-Tecnológico:
- centros de pesquisa (incluindo os de interesse da Defesa);
- sítios de antenas; e
- centrais automatizadas de controle de sistemas.

No Campo Psicossocial:
- sistema de serviços essenciais – distribuição de água tratada, gás e
energia;
- sítios arquitetônicos tombados pelo patrimônio histórico e cultural;
- hospitais e outras unidades de saúde; e
- grandes centros de distribuição de alimentos e produtos.
Organização de um PSE.
Para cumprir uma missão de operação de um ponto de segurança
estático, o comandante poderá organizar a sua tropa da seguinte
maneira.
O Grupo de Comando (Gp Cmdo) será variável, de acordo com a
missão e dos meios empregados, com base nos princípios da
flexibilidade e da modularidade. Assim sendo, um PSE operado pela
pequena fração tenderá a ser bastante simples em sua composição,
limitando-se ao próprio organograma do pelotão/seção, podendo
incluir um núcleo de destacamento logístico.
Por outro lado, em P Sen de maior complexidade ou envergadura,
tenderá a surgir como integrante do Gp Cmdo elementos
especialistas que irão assessorar o processo decisório e contribuir
para a efetividade das ações. Considerando que é possível ter uma
Brigada (Bda) empregada para guarnecer e operar um PSE em um
complexo hidrelétrico, por exemplo, o Gp Cmdo poderá ser o próprio
Estado-Maior (EM) da Bda, acrescido das Seções EM necessárias ao
cumprimento da missão ou especialista, inclusive para um possível
acionamento de um Gabinete de Crise.
Funcionários e servidores da empresa ou instituição, conhecedores
da rotina das instalações também poderão assessorar o comandante
da tropa no planejamento e controle das atividades, conforme sua
área de conhecimento.
Ao longo da missão, a critério do comandante, poderá ser realizado
o rodízio de funções entre as tropas que constituem os diferentes
grupos.
Durante o planejamento, o comandante deverá definir claramente
as missões dos grupos, com base na doutrina e considerando as
especificidades do P Sen. Este fato não exclui, quando se fizer
necessário, o cumprimento de “missões deduzidas” ou a iniciativa para
atingir o Estado Final Desejado (EFD) para a missão. Por esta razão, a
intenção do comandante e o EFD devem ser de conhecimento de todos
e, em especial, dos comandantes nos diversos níveis, a quem
competirá a adoção dessas medidas e a comunicação ao escalão de
comando enquadrante.
Missões do Grupo de Sentinela.

1- Imediatamente, após a chegada à área do P Sen, realizar a


varredura das instalações, fazendo um minucioso vasculhamento dos
diversos locais e identificando no terreno as barreiras de acesso
levantadas durante o planejamento, a fim de retificar ou ratificar os
pontos de controle de acesso ao interior do ponto sensível (quando
for o caso, fazendo-se acompanhar por um técnico da empresa).

2- Estabelecer um dispositivo de barreiras e outras medidas de


proteção aproximada, em complemento ao sistema já existente na
estrutura a ser defendida/protegida, de forma a cobrir áreas passivas
e priorizar o emprego de pessoal nos acessos mais sensíveis e nos
pontos de convergência das vias.
Missões do Grupo de Sentinela.

3- Estabelecer a defesa/proteção aproximada e os postos de controle


de circulação, com base no estabelecimento de perímetros com
níveis de acesso diferenciados, sendo que o ponto vital do
funcionamento da estrutura deve ser franqueado somente às
pessoas cadastradas para operarem naquele local.

Perímetros com níveis de acesso diferenciados


Missões do Grupo de Sentinela.

4- Realizar a revista de pessoal e material que entrar e/ou sair do P


Sen, evitando a entrada de material não permitido e que apresente
potencial risco para eventuais ações de sabotagem.
INTERVALO
Missões do Grupo de Patrulha.

1- Estabelecer a defesa/proteção afastada, particularmente em


pontos dominantes que controlem o acesso ao local. Neste caso,
tendo sido identificada a possibilidade de uma ameaça decorrente do
emprego de vetor aéreo hostil (inclusive, os drones), deverá ser
visualizada a adoção de um dispositivo de defesa antiaérea, ainda
que seja estabelecido pelo emprego dos meios orgânicos da OM
destinados às medidas de autodefesa.
Missões do Grupo de Patrulha.

ealizar o patrulhamento - a pé, motorizadas ou fluviais - que


orrerão o perímetro de forma constante e sistemática nas áreas
imas ao ponto. Eventualmente, para esta atividade, poderão ser
adas as próprias viaturas que realizam a ronda patrimonial, de
ma a integrar e aperfeiçoar o emprego dos meios.

tabelecer postos de bloqueios e controle para pessoas e veículos


vias de acesso ao ponto sensível, podendo ser Posto de Bloqueio
ntrole de Estrada (PBCE), Posto de Bloqueio e Controle em Vias
anas (PBCVU) e/ou Posto de Bloqueio e Controle Fluvial (PBC Flu).
Missões do Grupo de Patrulha.
4- Deter elementos suspeitos que estejam adotando atitudes hostis nas
proximidades do ponto sensível ou, de forma preventiva, com base em
fundada suspeita, respeitadas as disposições legais.

5- Ficar em condições de (ECD) apoiar o lançamento de obstáculos nos


itinerários de acesso ao ponto sensível, em cooperação com a missão do
Grupo de Sentinela.

6- Limpar os campos de tiro e obstáculos, conforme as necessidades do


Grupo de Sentinela, evitando impactos ambientais excessivos ou
desnecessários e sem comprometer o funcionamento das estruturas.

7- Supervisionar o controle de pessoal que trabalha ou se destina às


“áreas de acesso restrito”, contribuindo para a fiscalização e controle da
Missões do Grupo de Choque.

1- Realizar o isolamento do P Sen e, se preciso for, o cerco inicial, até


que o Grupo de Sentinela esteja devidamente posicionado ao longo
do perímetro, assegurando a necessária articulação dos postos para a
defesa/proteção das instalações.

2- Ficar ECD reforçar o controle de pontos críticos ou vulneráveis no


interior do P Sem.

3- Ficar ECD reforçar o Grupo de Patrulha, aumentando o dinamismo


das ações e o poder dissuasório da presença da tropa durante a
ocupação do ponto sensível.
Missões do Grupo de Choque.

4- Constituir-se numa força de reação, em condições de deslocar-se,


rapidamente, para qualquer setor, em perseguição ao inimigo que
tentar evadir-se, após atentar contra o ponto sensível. Para isto,
deverá ter mobilidade tática assegurada e proteção adequada para
ampliar a capacidade de resposta por ocasião do seu emprego.
INTERVALO
Planejamento.

O P Sen a ser defendido muito provavelmente já deva constar das


Estruturas Estratégicas Terrestres (EETer) levantadas no contexto do
Projeto Estratégico PROTEGER, o ponto de partida para o
cumprimento da missão será a utilização das informações e do
planejamento inicial constante do Plano de Proteção Integrada da
OM.
Após o recebimento da missão, momento em que o comandante
irá retirar as dúvidas, terá início o exame de situação, reunindo as
informações disponíveis por meio de imagens (fotos, plantas baixas,
croquis e filmagens, por exemplo), assessores especiais (técnicos da
empresa, em segurança do trabalho ou gestão ambiental, conforme a
temática a ser abordada) e documentação relativa ao P Sen (Plano de
contingenciamento, cadastro de funcionários, controles de acesso,
escalas de turnos, Plano de Gerenciamento de Crise, legislação
pertinente etc). Sempre que possível, a interdição de um local, com a
instalação de um ou mais P sen, deverá ocorrer durante os horários
de menor movimento (madrugadas), procurando a surpresa, a fim de
evitar atritos da tropa que a realiza com civis em trânsito no local, ou
que procurem evitar o seu estabelecimento.
Também deverá ser levantada a possibilidade de realizar o
reconhecimento da área, principalmente para fazer uma atualização
da consciência situacional.
Aspectos a serem levantados no Exame de Situação:

- tipo, importância, finalidade e características gerais do ponto


sensível;
- necessidade de acesso de especialistas para o funcionamento dos
equipamentos guarnecidos;
- meios de transporte disponíveis para o local;
- itinerário de ida e de volta;
- locais seguros para estacionamento de viaturas no ponto sensível;
- locais de revista de viaturas, antes do acesso ao ponto;
- locais para revista de pessoal, tanto para o segmento masculino,
quanto para o feminino;
- necessidade de segmento feminino em apoio, para revista de
mulheres;
Aspectos a serem levantados no Exame de Situação:

- local de guarda de material apreendido, para posterior entrega ao


órgão ou pessoa responsável;
- locais adequados para colocação de obstáculos;
- sinalização do local, assim como divulgação, SFC;
- divisão dos grupos e dispositivos a serem adotados;
- localização e emprego do grupo de choque;
- previsão de ocupação dos locais ou postos com comandamento
sobre o ponto sensível;
- previsão de emprego das comunicações e ligações com o escalão
superior;
- estabelecimento de sistemas de alarme;
- estabelecimento de uma única entrada e saída do ponto sensível;
- prisão, interrogatório sumário e evacuação de elementos suspeitos;
Aspectos a serem levantados no Exame de Situação:

- combate a incêndio;
- apoio de saúde, evacuação de mortos e feridos;
- necessidade de Suprimentos Classe I, III e V;
- previsão de pernoite, com ênfase nas medidas de segurança;
- segurança dos postos de sentinela;
- alimentação e descanso da tropa; e
- variação das medidas de segurança.
Após terminado o seu estudo de situação, o comandante da fração
deverá desencadear as seguintes ações:

- transmissão da ordem de operação;


- realização da inspeção inicial;
- realização dos ensaios das ações prevista e teste do material a ser
utilizado;
- execução da inspeção final; e
- deslocamento para o ponto sensível.
Ao chegar ao ponto sensível:

- ligar-se com o responsável pelo ponto sensível;


- reconhecer o ponto sensível, acompanhado dos comandantes de
grupos; e
- determinar a ocupação do ponto sensível, nesta ordem: Grupo de
Choque, Grupo de Sentinela e Grupo de Patrulha.
Ao chegar ao ponto sensível:
- ligar-se com o responsável pelo ponto sensível;
- reconhecer o ponto sensível, acompanhado dos comandantes de
grupos; e
- determinar a ocupação do ponto sensível, nesta ordem: Grupo de
Choque, Grupo de Sentinela e Grupo de Patrulha.

Medidas a serem adotadas pelo comandante, após a ocupação do


ponto sencível.
- reajustar, SFC, o esquema de defesa do ponto sensível;
- adotar medidas de controle do pessoal civil que trabalha no ponto
sensível (cartão de Identificação, relação dos funcionários, etc),
devendo, para isso, instalar um posto de controle, que deverá ser o
único local de entrada e saída;
Medidas a serem adotadas pelo comandante, após a ocupação do
ponto sensível.
- empregar obstáculos e fortificações nos locais críticos e vias de
acesso ao ponto sensível para diminuir as vulnerabilidades;
- definir o emprego do Gp de Choque nos locais críticos ou
vulneráveis;
- estabelecer um eficaz sistema de alarme (sistema de câmeras, latas,
cordões, fios, tiros, artifícios pirotécnicos, etc), que deverá ser do
conhecimento de todos os integrantes do posto, bem como definir as
ações decorrentes do seu acionamento;
- verificar a conveniência de proteger os itinerários desenfiados de
acesso ao PSE;
- variar as medidas de segurança;
- executar a limpeza das áreas que favoreçam a execução de fogos a
curta distância sobre o PSE;
Medidas a serem adotadas pelo comandante, após a ocupação do
ponto sencível.

- acionar o sistema de alarme, com a finalidade de treinar os grupos e


deixá-los sempre em condições de emprego;
- simular incidentes nos diversos pontos vulneráveis ou críticos; e
- prever modificações frequentes dos itinerários de patrulhas, dos
postos móveis dos sentinelas, da localização de postos fixos, dos
horários de mudança de guarda, e da utilização de senha e
contrassenha (diárias), a fim de dificultar ao inimigo a obtenção de
informações sobre o dispositivo e ações no PSE.
MATERIAL, ARMAMENTO E EQUIPAMENTOS

Durante o planejamento o comandante define as ações que serão


desenvolvidas no PSE e, consequentemente, o material, armamento
e equipamento necessários para o cumprimento das diversas
missões, dentre eles:
- material para identificação e controle do pessoal que trabalha no
ponto sensível;
- material para confecção de alarme (fios, latas, etc);
- material de saúde;
- material de comunicações (rádio, fio e artifícios pirotécnicos);
- ferramenta de sapa;
- equipamento de combate a incêndio;
- conjunto gerador de eletricidade;
- binóculos;
MATERIAL, ARMAMENTO E EQUIPAMENTOS
- material para iluminação: liquinhos, lanternas, baterias;
- algemas;
- cavalos de frisa (material de fortificação);
- sacos de areia;
- carros de combate;
- óculos de visão noturna;
- máscara contra gases; e
- outros julgados necessários.
3. CONCLUSÃO.

Retirada de dúvidas

FIM
Avaliação formativa
1) O que é um PS ?

2) O que é um PSE ?

3) Desennhe o organograma com os grupos que compõe um PSE.

4) Escreva 3 tarefas de cada Grupo de um PSE .

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