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FACULDADE IGUAÇU

MARCELO APARECIDO DE MELO

A FARRA DA TRANSPOSIÇÃO DE SERVIDORES PARA O CARGO DE GUARDA


MUNICIPAL

CIDADE OCIDENTAL - GO

2023
FACULDADE IGUAÇU

MARCELO APARECIDO DE MELO

A FARRA DA TRANSPOSIÇÃO DE SERVIDORES PARA O CARGO DE GUARDA


MUNICIPAL

Artigo Científico apresentado à FACULDADE


IGUAÇU, como parte das exigências para a
obtenção do título de Pós-graduação
Segurança Pública, Atividade de Investigação
e Inteligência.

CIDADE OCIDENTAL - GO

2023
A FARRA DA TRANSPOSIÇÃO DE SERVIDORES PARA O CARGO DE GUARDA
MUNICIPAL

Marcelo Aparecido de Melo

RESUMO

O cargo de guarda muncipal está previsto na constituição federal de 1998, onde o


constituinte abre a possibilidade dos municípios criarem e organizarem a guarda
municipal, no entanto, as atribuições dos ocupantes do cargo de guarda muncipal
são bem distintas das atribuições dos ocupantes do cargo de policial, não devendo
se confundir com esta, também o provimento destes cargos devem se dar por meio
de concurso público e não de forma derivada por transposição, o que gera a
inconstitucionalidade no provimento.

Palavras-chave: Guarda Municipal. Transposição. Provimento Derivado.


Inconstitucionalidade.

ABSTRACT

The position of municipal guard is provided for in the federal constitution of 1998,
where the constituent opens up the possibility for municipalities to create and
organize the municipal guard, however, the attributions of the occupants of the
position of municipal guard are quite different from the attributions of the occupants
of the position of police officer, and should not be confused with this, also the
provision of these positions must be given through a public tender and not derived by
transposition, which generates unconstitutionality in the provision.

Keywords: Municipal guard. Transposition. Derived Provision. Unconstitutionality.


INTRODUÇÃO

Recentemente foi criado o cargo de guarda municipal, conforme autoriza o


artigo 144 da Constituição Federal de 1988, a Constituição Cidadã, acontece que
alguns municípios em nosso país têm entendido que a constituição além da criação
do cargo de guarda municipal, tem como desdobramento legal e a consequente
autorização para que se faça a transposição de cargo de servidores que
anteriormente ocupavam cargos de vigilante, vigia ou qualquer outro cargo.

Esta transposição dos servidores municipais para o cargo de guarda


municipal teria como condição a realização com aproveitamento um curso oferecido
pela própria prefeitura muitas vezes em convênio com a polícia militar outras vezes a
realização deste curso se dava através da contratação de uma empresa para o
treinamento e a instrução dos servidores municipais.

Esta manobra realizada pela prefeitura com a finalidade de agradar e


beneficiar alguns servidores, massageando os egos destes, vai de encontro aos
princípios básicos da administração pública previsto no artigo 37 da constituição
federal, quais sejam: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência.

Não bastasse que a descarada manobra tivesse como o único objetivo inflar o
ego de servidores que não teriam competência para passar em concurso público, há
outro grave problema que é o nível de escolaridade dos servidores transpostos, que
em geral são ocupantes de cargos de nível fundamental incompleto e quando muito
nível fundamental completo.

O que não traz nenhum benefício para a prefeitura e muito menos para a
comunidade em geral, haja vista que o objetivo da administração pública é fornecer
um serviço e atendimento de excelência à sociedade e para isto busca incentivar o
aperfeiçoamento e a especialização dos servidores, neste caso, os municipais, não
havendo nenhum benefício para a sociedade que servidores de baixo nível
escolaridade ou sem especialização venham a serem promovidos sem mérito a
cargos de segurança pública.
Atualmente os concursos para a área de segurança pública exigem formação
superior, mesmo para os cargos mais baixos da escala de comando, no entanto, os
municípios nas figuras do prefeito e da câmara de vereadores agem na contramão
desta ideia, com o intuito de conseguirem uma reeleição, sem se preocupar com a
qualidade ou melhor com a falta de qualidade destes servidores, que deveriam se
preparar muito mais para ocupar um cargo de tamanha responsabilidade.

Acontece que o jeitinho brasileiro e a lei do se colar colou, imperam no Brasil,


um país em que cada um pensa em se dar bem, não se importando com a
coletividade, com a moral e muito menos com a legalidade, tal comportamento é
indigno a qualquer pessoa, mais ainda para aquelas que devem fazer as leis, as que
devem obedecê-las e principalmente a aqueles que almejam ocupar um cargo de
grande magnitude e responsabilidade como um cargo de segurança pública.

O SURGIMENTO DA GUARDA MUNICIPAL

A constituição federal no que tange à segurança pública deixou explícito em


rol taxativo em seu artigo 144, quais órgãos são os responsáveis pela segurança
pública no Brasil, e a guarda municipal não se encontra neste rol, ou seja, a guarda
municipal não faz parte da segurança pública nacional.

Porém no parágrafo oitavo do artigo 144, a legislação prevê a possibilidade


de os municípios constituírem guardas municipais para a proteção de seus bens e
serviços na forma da lei, ipsis litteris:

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade


de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

I - Polícia federal;
II - Polícia rodoviária federal;
III - Polícia ferroviária federal;
IV - Polícias civis;
V - Polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - Polícias penais federal, estaduais e distrital.

... § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à


proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

Ao contrário do que muitos imaginam a guarda municipal não tem a mesma


atribuição da polícia militar, a sua atribuição é proteger os bens, serviços e
instalações do município, ou seja, mudou o nome do cargo. Mas, a função é a
mesma de um vigia ou vigilante ou guarda patrimonial.

O guarda municipal não tem competências policiais, suas competências são


unicamente de preservação do patrimônio municipal, eles não podem fazer
abordagens a pessoas nas vias públicas, não podem fazer abordagens a veículos
ou mesmo multar alguém, todas essas atitudes podem ser consideradas abuso de
autoridade e até mesmo usurpação de cargo ou função pública.

Neste sentido a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reforçou o


entendimento de que a guarda municipal, por não estar entre os órgãos de
segurança pública previstos pela Constituição Federal, não pode exercer atribuições
das polícias civis e militares.

Para o colegiado, a atuação da guarda militar deve se limitar à proteção de


bens, serviços e instalações do município Rogerio Schietti Cruz, e em seu voto no
REsp 1.977.119 o ministro também destacou a importância de se definir um
entendimento da corte sobre o tema, tendo em vista o quadro atual de expansão e
militarização dessas corporações, ” in verbis”:

A Constituição Federal de 1988 não atribui à guarda municipal atividades


ostensivas típicas de polícia militar ou investigativas de polícia civil, como se
fossem verdadeiras “polícias municipais”, mas tão somente de proteção do
patrimônio municipal, nele incluídos os seus bens, serviços e instalações. A
exclusão das guardas municipais do rol de órgãos encarregados de
promover a segurança pública (incisos do art. 144 da Constituição) decorreu
de opção expressa do legislador constituinte – apesar das investidas em
contrário – por não incluir no texto constitucional nenhuma forma de polícia
municipal.

A exemplificar o patente desvirtuamento das guardas municipais na


atualidade, cabe registrar que muitas delas estão alterando suas
denominações para “Polícia Municipal”. Ademais, inúmero município pelo
país afora – alguns até mesmo de porte bastante diminuto – estão
equipando as suas guardas com fuzis, equipamentos de uso bélico, de alto
poder letal e de uso exclusivo das Forças Armadas.

Nesta passagem o ministro reforça a função de guarda patrimonial:

Da mesma forma que os guardas municipais não são equiparáveis a


policiais, também não são cidadãos comuns. Trata-se de agentes públicos
com atribuição sui generis de segurança, pois, embora não elencados no rol
de incisos do art. 144, caput, da Constituição, estão inseridos § 8º de tal
dispositivo; dentro, portanto, do Título V, Capítulo III, da Constituição, que
trata da segurança pública em sentido lato. Assim, se por um lado não
podem realizar tudo o que é autorizado às polícias, por outro lado também
não estão plenamente reduzidos à mera condição de “qualquer do povo”;
são servidores públicos dotados do importante poder-dever de proteger o
patrimônio municipal, nele incluídos os seus bens, serviços e instalações.

É possível e recomendável, dessa forma, que exerçam a vigilância, por


exemplo, de creches, escolas e postos de saúde municipais, de modo a
garantir que não tenham sua estrutura física danificada ou subtraída por
vândalos ou furtadores e, assim, permitir a continuidade da prestação do
serviço público municipal correlato a tais instalações. Nessa esteira, podem
realizar patrulhamento preventivo na cidade, mas sempre vinculados à
finalidade específica de tutelar os bens, serviços e instalações municipais, e
não de reprimir a criminalidade urbana ordinária, função cabível apenas às
polícias, tal como ocorre, na maioria das vezes, com o tráfico de drogas.

Neste trecho o ministro volta a destacar que guarda municipal não tem
competência de polícia e sua função é preservar as instalações e serviços públicos
municipais e nada mais.
Não é das guardas municipais, mas sim das polícias, como regra, a
competência para patrulhar supostos pontos de tráfico de drogas, realizar
abordagens e revistas em indivíduos suspeitos da prática de tal crime ou
ainda investigar denúncias anônimas relacionadas ao tráfico e outros delitos
cuja prática não atinja de maneira clara, direta e imediata os bens, serviços
e instalações municipais. Poderão, todavia, realizar busca pessoal em
situações absolutamente excepcionais – e por isso interpretadas
restritivamente – nas quais se demonstre concretamente haver clara, direta
e imediata relação de pertinência com a finalidade da corporação, isto é,
quando se tratar de instrumento imprescindível para a tutela dos bens,
serviços e instalações municipais. Vale dizer, só é possível que as guardas
municipais realizem excepcionalmente busca pessoal se houver, além de
justa causa para a medida (fundada suspeita de posse de corpo de delito),
relação clara, direta e imediata com a necessidade de proteger a
integridade dos bens e instalações ou assegurar a adequada execução dos
serviços municipais, o que não se confunde com permissão para realizarem
atividades ostensivas ou investigativas típicas das polícias militar e civil para
combate da criminalidade urbana ordinária.

A INSCONSTITUCIONAL DA TRANSPOSIÇÃO DE SERVIDORES PARA O


CARGO DE GUARDA MUNICIPAL

Face à implementação das normas gerais para as guardas municipais pela


Lei nº 13.022, de 8 de agosto de 2014, houve no Brasil uma explosão na criação de
guardas municipais, no entanto, criou-se um problema de inconstitucionalidade
devido ao fato de que alguns municípios com a intenção não realizar concurso
público promoveram o aproveitamento de servidores investidos em outros cargos,
realizando assim transposição de cargos que é ilegal.

A transposição de cargo público é vedada pela Súmula Vinculante 43 do STF


diz em seu texto que: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie
ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu
provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

Estes atos de transposição não são casos isolados, grande parte dos
municípios estão se utilizando deste artifício para agradar servidores a fim de tentar
uma reeleição ao mesmo tempo que evitam aumentar a folha de pagamento
municipal.

Em Goiás a prefeitura municipal de Luziânia foi alvo de representação no


Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás por promover a transposição
de servidores para o cargo de guarda municipal, em decisão liminar é do juiz da 2ª
Vara Cível da comarca, Henrique Santos, determinou que o Município de Luziânia
deve se abster de nomear novos cargos para guarda civil sem realização de
concurso sob pena de multa de R$ 100 mil para cada nova transposição, também
determinou que os vigilantes retornem aos cargos de origem.

O juiz ainda ressaltou a perpetuação do ato de transposição haja vista que


desde 2016, com advento de uma Lei Municipal que criou a corporação, a prefeitura
estava realocando servidores que antes tinham a função de vigilantes como agentes
auxiliares da segurança pública e estes cargos tinham como exigência apenas o
nível fundamental incompleto para a sua investidura, nível de escolaridade muito
aquém do exigido para o cargo de guarda municipal.

Outro ponto levantado na decisão, é o de que a transposição de cargos pode


ser denominada de progressão vertical e ocorre quando o servidor progride para
outro cargo, geralmente de nível superior e sempre diverso do anterior, sem prévia
aprovação em novo concurso público. Tal prática é vedada na Constituição Federal.

O magistrado também ponderou que as atribuições dos cargos de vigilante e


de guarda civil são “completamente diferentes”, o que impede de serem
considerados como de mesma carreira. “Por carreira, deve-se entender o conjunto
de classes, do mesmo cargo, escalonado segundo as atribuições e remuneração.

A decisão do magistrado vai ao encontro da jurisprudência e legislação pátria,


e levanta pontos essenciais, pois destaca que além das atribuições do cargo serem
totalmente diferente e da necessidade do concurso público para provimento dos
cargos criados, o fator da disparidade de grau de escolaridade entre os cargos
também é fundamental, haja vista, que na realidade atual busca-se cada vez mais
contratar servidores mais preparados e especializados e que tenham um maior grau
de escolaridade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por ser um cargo que traz em si a responsabilidade de cuidar e proteger o


cidadão, os bens e o patrimônio público, que deriva do Estado de Direito e que
impõe a justiça como princípio básico, as pessoas que ocupam estes cargos devem
ter capacidade moral, ética e legal para serem investidos neles.

O que não ocorre com aqueles que buscam simplesmente serem lançados a
tais cargos sem o devido merecimento, que querem ocupar os cargos de guardas
municipais com o intuito espúrio de inflar ego, e de ostentar um cargo que não tem a
mínima dignidade para ser investido, manchando no âmago a segurança pública de
nosso país.

O Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça, têm feito a sua


parte para proteger a legislação nacional e paralelamente a dignidade das forças
que compõem a segurança pública em nosso país, cargo público tem que ser
ocupado via concurso público, a transposição não pode ser entendida como meio
provimento derivado de cargo público.

Desta feita torna-se claro e evidente que as prefeituras que desejem criar as
suas guardas municipais, têm a obrigação de realizar concurso público para este
cargo dando oportunidade a todos de poder ocupá-lo, desta forma tanto os
servidores do município quanto a população em geral terão oportunidade de
concorrer a estes cargos, ganhando assim a administração pública que contratará
para seus quadros de servidores os mais bem preparados quanto a comunidade que
terão um serviço de qualidade, e principalmente os servidores que terão orgulho de
estarem investidos em um cargo que mereceram ocupar.

Sendo provado que o guarda municipal não é polícia, devendo manter-se na


execução de sua função, que é preservar o patrimônio e os serviços do município,
fazer abordagens, multar, realizar busca pessoal não é de sua competência, o único
modo de um guarda municipal vir a ter atribuição de polícia é realizando concurso
público, uma vez que nem a mudança do nome de guarda municipal para polícia
municipal não irá mudar suas atribuições, embora possa inflar o ego.
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