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A FORJA

Informativo do CIBLd - Criado em 20 de Julho de 1999 - Ano X- Nr 37 -Junho de 2008

MODERNIZAÇÃO DA VBTP M113-B


PROJETO VBTP M113-BR
Com a chegada das VBC CC (Leopard 1 A1), sentiu-se a necessidade
de modernizar as nossas VBTP, para que estas possam acompanhar os Carros de
Combate por ocasião da formação das Forças Tarefas Blindadas.
Com isso, no início do corrente ano, o EME expediu as diretrizes de
implantação do projeto e os ROB(REQUISITOS OPERACIONAIS BÁSICOS) que,
juntamente com os RTB(REQUISITOS TÉCNICOS BÁSICOS), expedidos pelo
Departamento de Ciência e Tecnologia, são os documentos que servem como base para a execução do
projeto.
Com a abertura da concorrência pública para a execução da modernização da viatura, em
fevereiro do corrente ano, demonstraram interesse em concorrer 19 (dezenove) empresas, nacionais e
estrangeiras.
Dentre os principais requisitos para a modernização da VBTP, destacam-se os seguintes
aspectos:
- O motor original da VBTP M113 B deverá ser
substituído por um motor de ciclo diesel, com características
técnicas que atendam aos requisitos exigidos para a VBTP M113
BR (ROB) e, preferencialmente, atender à Norma Euro III ou
superior;
- Possuir lagartas com patins e almofadas de borracha
substituíveis;
- O posto do motorista deverá dispor de configuração de
estilo automotivo convencional, com volante de direção (ou
dispositivo assemelhado), no lugar dos manches de direção
atuais;
Lagarta e patim de borracha
- A VBTP M113 BR deverá ser preparada para
receber o Transceptor TRC VHF 1193- Mallet, fabricado
pela Fábrica de Material de Comunicações e Eletrônica
da Indústria de Material Bélico (IMBEL);
- A viatura deverá dispor de um alternador
compatível com a instalação de equipamentos elétricos
futuros.
- O sistema original de abertura e fechamento
da rampa deverá ser substituído por outro com
desempenho superior, de forma a reduzir os tempos de
operação e proporcionar maior confiabilidade e
durabilidade.

O projeto de modernização seguirá o


cronograma apresentado pela DMnt e será executado
Compartimento do motorista em 2 (duas) fases;
- 1ª Fase: abrange a modernização de 1 (um) protótipo e a sua avaliação; a
modernização de um lote-piloto, composto de 9 (nove) unidades e a sua avaliação; e o fornecimento de
um Pacote de Dados Técnicos sobre o projeto aplicado;
- 2ª Fase: abrange a modernização de 340 (trezentos e quarenta) VBTP M113 B e terá a duração
de 4 (quatro) a 6 (seis) anos, de acordo com a disponibilidade de recursos para o projeto.
Maiores informações sobre o assunto poderão ser obtidas no site da Diretoria de Manutenção
(www.dmnt.eb.mil.br).

Cap Inf Gláucio F. P. Costa


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VISITA À ESCOLA DE CAVALARIA BLINDADA


DO EXÉRCITO DO CHILE

No período de 12 a 16 de maio do corrente ano, uma comitiva do CIBld, composta por 04 oficiais e
um sargento, visitou a Escola de Cavalaria Blindada do Exército do Chile, na cidade de Quillota. O
objetivo da visita foi verificar a formação dos combatentes blindados chilenos, bem como a utilização de
simuladores por aquela nação amiga.
O referido estabelecimento de ensino está sendo transferido para a cidade de Iquique, ao Norte do
país, com previsão de que a transferência esteja consolidada até o final do 1º semestre de 2009. As
atividades contam com o translado da parte administrativa e dos meios de instrução referentes aos
cursos ministrados atualmente naquela Escola. Todo o aparato necessário à formação de recursos
humanos habilitados a operar a VBC Leopard 2A4 já foi instalado em sua nova sede, incluindo um núcleo
formado de instrutores/monitores.
O sistema de ensino adotado pelo Exército do Chile prevê a formação, extensão e especialização
dos militares nas respectivas escolas de cada uma das armas. Dessa forma, os combatentes blindados
são formados na Escola de Cavalaria Blindada.
No tocante ao uso de dispositivos de simulação na formação de recursos humanos, todos os
componentes de uma guarnição blindada são obrigados a passar pelo treinamento na Seção de
Simuladores da Escola de Cavalaria Blindada. Somente aqueles que obtiverem bom desempenho serão
efetivados nas suas funções em seus regimentos de origem. Para o desenvolvimento das atividades de
simulação, a escola é dotada dos seguintes meios:
a) Simulador para motorista de VBC, onde o instruendo realiza todas as operações que
executaria no carro, como ligar a ignição, verificar níveis de fluídos, etc. Pode-se também adestrar o
militar na solução de panes que possam acontecer no compartimento do motor. O tempo de utilização
desse simulador é de 04 (quatro) semanas.

Simulador para motorista da Empresa BMW Painel de Controle do Instrutor e Monitor

b) Simulador para atirador/ Comandante de VBC: para o adestramento do atirador e/ou do


comandante da VBC. Em cada cabine pode-se realizar exercícios com um militar como atirador ou
mesmo fazer a integração At / Cmt VBC. O tempo de utilização desse simulador é de 04 (quatro) semanas.

Painel de Controle da Cabine Cabine de Simulação da Empresa BVR

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c) Torre Didática: utilizada para o treinamento dos procedimentos na torre. Pode-se simular
as operações dos diversos sistemas existentes, como sistema hidráulico, sistema automático de
controle de tiro (SACT), sistema rádio e, ainda, realizar a interação do atirador com o auxiliar do atirador,
por meio de simulacros de munição, no qual este pode realizar o carregamento do canhão. O tempo de
utilização desse simulador é de 01 (uma) semana.

Torre Didática Interior da Torre Didática

d)Software de simulação “Steel Beasts”: é utilizado na simulação de operações táticas e de


exercícios de dupla ação. Foram projetadas, pela própria escola, cabines de madeira e fibra que
possuem compartimentos de cada componente da guarnição (Cmt/ At / Mot).

Interior da Cabine de Simulação Pel CC formado por cabines simuladas

O Exército chileno ressaltou a importância da simulação na preparação e adestramento da


tropa, o que pode ser percebido na quantidade de horas aplicadas a esse tipo de instrução, contemplada
com cerca de 60% da carga horária. Somente os melhores atiradores e motoristas têm acesso à VBC. Os
atiradores só realizam o tiro real se forem aprovados em todas as fases da simulação.
Fruto da experiência do Exercito do Chile quanto ao uso de simuladores para a
qualificação e adestramento da tropa, foram levantados os seguintes fatores a serem considerados
na aquisição de sistemas de simulação:
Quantidade de cabines para o treinamento da guarnição;
Fidelidade do simulador ao equipamento da VBC;
Fácil manuseio do simulador por parte do instrutor;
Exercícios que condizem com o teatro de operações da tropa;
Possibilidade de importação de cartas, exercícios e veículos militares para
customizar ainda mais a simulação;
Infra-estrutura necessária para a instalação dos dispositivos de simulação;
Período de garantia (equipamento, treinamento) e garantia estendida.
Cabe ressaltar a importância da recente visita, pois serviu para captar as experiências do
Exército chileno sobre as atividades relacionadas ao adestramento, doutrina e emprego de Blindados.

Maj Cav Juarez Guina Fachina Júnior


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Organização e Emprego de uma
Bateria de Obuseiros M 109 A 6
A bateria de obuseiros Paladin reúne agilidade, iniciativa e a
flexibilidade de fornecer fogos oportunos e exatos na sustentação de
forças de manobra. A organização da bateria e das táticas empregadas
por ela reforça os princípios de guerra. Comparado aos obuseiros mais
adiantados da série M109, o Paladin opera sobre áreas extensas e
dispersas, demonstrando a agilidade de disparar e rapidamente sair de
posição.
A bateria de obuseiros Paladin golpeia toda a profundidade das
formações inimigas para suprimir, neutralizar e destruir as forças em
terra, as armas de fogo direto, os sistemas de fogos indiretos, além
da defesa antiaérea.
A Bateria de tiro dos obuseiros M109 Paladin é composta por dois
pelotões de tiro.
Destacamos a seguir alguns dos
elementos constituintes de um pelotão
Sec Ap Adj Pel Paladin:
- Comandante de pelotão: comanda e
COP controla o pelotão de obuseiros Paladin. É
Sec Paladin responsável por todas as ações da fração,
Sec Paladin inclusive o movimento tático, operações
degradadas, defesa, comunicações, o
treinamento individual, e o
aperfeiçoamento dos padrões da bateria.
Cmt Pel Durante as operações táticas, posiciona-se
para facilitar o comando e o controle do
Sec Paladin pelotão. O comandante do pelotão é
auxiliado pelo adjunto do comandante de
Composição de um pelotão de obuseiros Paladin pelotão para supervisionar os elementos
de tiro e também pelo sargento de reconhecimento para conduzir o reconhecimento, a seleção, e a
ocupação da posição (REOP).
- Centro de operações(COP): possui a gerência da base de dados e a habilidade de computar seus
próprios dados técnicos do tiro. Possui as seguintes responsabilidades: executar o gerenciamento da
base de dados, fornecer critérios do movimento dos obuseiros dentro da área da bateria e para
movimentos táticos de uma posição a outra, executar o sentido tático do fogo para assegurar-se de que os
dados do tiro sejam seguros e não ultrapasse os limites da manobra, executar o sentido técnico do fogo
para as missões especiais do fogo atribuídas pelo grupo ao pelotão. Durante algumas operações
degradadas, a central de tiro possui o controle direto do fogo e emite dados do tiro aos obuseiros podendo
ainda ter o controle de todas as seis peças.
- Seção de Apoio: é responsável pela logística e manutenção.
- Seção de obuseiro paladin: é a seção responsável pelo trabalho direto do obuseiro. Possui uma
viatura remuniciadora responsável pelo ressuprimento e transporte da munição.
As operações da bateria são definidas pelo centro de operações que controla todos os seis
obuseiros em uma área de aproximadamente 3.000 x 3.000 metros.
A bateria de tiro do Paladin opera normalmente com os dois pelotões atirando. Entretanto, pode
ser designado um centro de operações de um dos pelotões para controlar todos os seis. Um exemplo
típico onde este pudesse ocorrer seria as operações em movimentos rápidos onde o comandante da
bateria designa uma central de tiro controlando e posiciona a outra em um ponto para facilitar as operações
contínuas. Esta situação é usada também quando um centro de operações é avariado e não é capaz de
direcionar o sentido do fogo.
Quando estiver no controle, o centro de operações pode empregar todos os obuseiros como um
elemento da bateria, dois pelotões, em pares, ou com um único obuseiro. O emprego é baseado na
avaliação do comandante da bateria.
Usando computadores, o Paladin pode determinar sua própria posição na terra e computar seus
próprios dados de tiro. Assim, constitui-se em exemplo de equipamento que constrói uma ponte sobre a
abertura entre os sistemas atuais e aqueles de planejamento para o futuro, aumentando dramaticamente o
poder de fogo, a sobrevivência e a flexibilidade da artilharia autopropulsada.
2 Sgt Lerande Getúlio do N. Filho
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