Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CONTRAINCÊNDIO
Aptl 92-00
2020
OBJETIVOS
- Explicar a classificação dos CCI segundo a quantidade mínima de água para
produção de solução de espuma e PQ transportados, e regime de descarga
desses agentes extintores (Cn);
- Explicar a classificação dos veículos de apoio de acordo com a função desem-
penhada no SESCINC (Cn);
- Explicar a quantidade mínima de viaturas conforme o NPCR do aeródromo
(Cn);
- Descrever as principais características estruturais, operacionais e técnicas dos
CCI (Cp);
- Descrever as características estruturais, operacionais e técnicas dos veículos
de apoio (Cp); e
- Descrever os principais itens relacionados às rotinas de inspeção e manuten-
ção (preventiva, preditiva e corretiva) dos CCI e dos veículos de apoio (Cp).
Aptl 92-00/2020
SUMÁRIO
1 VEÍCULOS OPERACIONAIS ..........................................................................................7
1.1 CARRO CONTRAINCÊNDIO (CCI)...............................................................................7
1.1.1 CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS ESPECIAIS (CCI) ..........................................7
1.2 VEÍCULOS DE APOIO .....................................................................................................7
1.2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS DE APOIO .......................................................7
1.3 QUANTIDADE MÍNIMA DE VIATURAS POR CATEGORIA DE
AERÓDROMO ....................................................................................................................8
REFERÊNCIAS .................................................................................................................33
ANEXO A - GLOSSÁRIO ................................................................................................34
6/34 Aptl 92-00/2020
1 VEÍCULOS OPERACIONAIS
1.1 CARRO CONTRAINCÊNDIO (CCI)
1.1.1 CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS ESPECIAIS (CCI)
Todos os aeródromos categorizados deverão dispor de viaturas, em quanti-
dade e tipos adequados ao seu respectivo NPCR, conforme preconizado na presente Instrução.
As manutenções, modernizações e alterações das via turas deverão ser pre-
viamente aprovadas pelo OCSISCON.
Os CCI são classificados de acordo com a Tabela 1, segundo as quantidades
mínimas de agentes extintores transportados.
CLASSIFICAÇÃO DOS CCI
Tabela 2
Agentes Extintores
Agente Capacidade
Água 5700 l
LGE 800 l
PQS 200 kg
Agentes Extintores
Agente Capacidade
Água 5800 l
LGE 760 l
PQS 250 kg
Agentes Extintores
Agente Capacidade
Água 5700 l
LGE 800 l
PQS 200 kg
Agentes Extintores
Agente Capacidade
Água 6100 l
LGE 860 l
PQS 220 kg
Agentes Extintores
Agente Capacidade
Água 6100 l
LGE 780 l
PQS 200 kg
Agentes Extintores
Agente Capacidade
Água 2200 l
LGE 285 l
PQS 200 kg
Agentes Extintores
Agente Capacidade
Água 1500 l
LGE 192 l
PQS 100 kg
Agentes Extintores
Agente Capacidade
Água 1500 l
LGE 192 l
PQS 100 kg
Agentes Extintores
Agente Capacidade
Água 1200 l
LGE 150 l
PQS 100 kg
2.1.1.1.5 Tração
A tração é um recurso que permite as viaturas transpor obstáculos com maior
facilidade (buracos, planos inclinados, ondulações, etc.).
A tração normal das viaturas classificadas como pesadas (caminhões) e como
médio porte (pick-ups) utilizadas no Sistema Contraincêndio da Aeronáutica (SISCON) é 4 x 2
com tração no eixo traseiro. Essas configurações são utilizadas em situações normais de serviço
em vias pavimentadas.
Os carros de resgate e salvamento (CRS), os carros de apoio ao chefe de equipe
(CACE) e os carros contraincêndio (CCI) necessitam de um sistema que permita a tração em
todos os eixos (4x4, 6x6, 8x8,...), de modo que possibilite trafegar fora das vias pavimentadas.
A força de tração no eixo dianteiro é obtida mediante o suo de uma caixa de
transferência de força.
Caixa de transferência - Contém um conjunto de engrenagens que envia a ro-
tação do motor ao eixo traseiro (motriz). E quando é acionada, além de continuar enviando
rotação para o eixo traseiro, passa a enviar, também, para o eixo dianteiro.
Figura 10
TANQUE DE ÁGUA
ABASTECIMENTO LGE
Figura 11
O tanque de água deverá ser provido de suspiro, cuja finalidade é permitir que o
ar existente dentro do tanque possa sair durante o abastecimento por rede de hidrantes (pressão)
ou sucção, e também permitir a saída do excesso de água quando o tanque encher após estas
operações, evitando o estufamento ou rompimento das laterais do tanque. Para isso os suspiros
devem estar limpos e desobstruídos.
O suspiro serve também para que o ar possa entrar durante a operação de expe-
dição.
O tanque de água deverá possuir um dreno, com a finalidade de retirar o líquido
em casos de manutenção ou limpeza.
As características da construção do tanque de água de um CCI e ABT são prati-
camente idênticas diferindo apenas algumas peculiaridades de distribuição da carga líquida do
tanque sobre o chassi.
Figura 12 Figura 13
Aptl 92-00/2020 15/34
ABASTECIMENTO LGE
SUSPIRO E LADRÃO DO TANQUE LGE
TANQUE DE LGE
Figura 15
pressão da bomba quando uma válvula de descarga (expedição) ou um esguicho for fechado
durante a operação, sem que ocorra a redução da rotação do motor.
Quando a velocidade da água na tubulação é subitamente reduzida, como no caso
do fechamento rápido de um esguicho, ocorrem elevações perigosas de pressão. Caso a pressão
excessiva não seja controlada adequadamente, pode causar o rompimento da mangueira, sérias
avarias na bomba de incêndio ou acidentes à guarnição, principalmente se o bombeiro estiver
trabalhando em escada ou em outro lugar em que o manejo da mangueira se torne mais difícil.
Por esta razão as bombas de incêndio possuem um dispositivo automático de
segurança (válvula de retorno) que controla a elevação de pressão.
2.1.3.5.2 Sistema de controle de descarga (automático e manual).
O controle de rotação do motor da viatura permite controlar a rotação da bomba
de incêndio e, por conseguinte, a sua descarga.
O Controle de rotação do motor pode ser obtido através de um dispositivo auto-
mático ou manual.
➢ Controle automático (pré-regulado) – Com um único acionamento, permite
a elevação automática da rotação da bomba, obtendo a pressão e vazão ideal
de trabalho rapidamente.
➢ Controle manual – Permite que o operador eleve gradativamente a rotação
da bomba até obter a pressão e vazão ideal de trabalho ou a pressão que ele
deseja.
2.1.3.5.3 Sistema de acoplamento da bomba de incêndio
O sistema de acoplamento da bomba de incêndio pode ser efetuado através de
tomada de força mecânica ou hidráulica, ou através de divisor de potência, conforme modelo
da viatura.
Estes dispositivos possuem engrenagens sincronizadas que permitem transferir a
força do motor, por intermédio da caixa de marchas, para a bomba de incêndio.
➢ Tomada de força mecânica (Power Take Off – PTO mecânico) - Contém
um conjunto de engrenagens destinado a transferir a rotação do motor, vinda
da caixa de marchas, para bomba de incêndio (figura 19).
ABASTECIMENTO DE PQ
EXPEDIÇÃO DE PQ
Figura 22
Para que o sistema de pó possa ser utilizado, há a necessidade do uso de um
agente expelente (propelente) que atue com eficácia e que tenha baixo teor de umidade. Neste
caso o agente recomendado é o Nitrogênio (Azoto).
O cilindro de nitrogênio, responsável pela pressurização, possui 2 manômetros,
o maior registra a pressão de 220 kgf/cm2, enquanto que o menor registra a pressão reduzida
e que entra no reservatório de PQ (12 kgf/cm2). O acionamento do sistema em tela é realizado
somente manualmente e no próprio equipamento. Dispõe de um sistema manual ou elétrico
(enrolar/esticar).
Aptl 92-00/2020 23/34
PRESSÃO DO CILINDRO DE
NITROGÊNIO
VALVULA DE
PRESSURIZAÇÃO
VALVULA DE EXPEDIÇÃO
Figura 23
DESPRESSURIZAÇÃO LIMPEZA
Figura 24
movimentar uma alavanca que atua diretamente numa válvula. Nos casos em que a válvula está
instalada em locais de difícil acesso, é necessário instalar outra alavanca de acionamento, in-
terligada à primeira por uma haste, em local de fácil acesso. É um sistema simples, de resposta
eficiente e imediata, que proporciona menor incidência de panes. Um exemplo desse sistema é
o comando de abertura da expedição CCI TIPO-2 Cimasa (figura 25):
Atuador pneumático do
CCI TIPO-4 Rosenbauer
Búfalo. Ao receber o ar,
atua abrindo ou fechando
a válvula mecânica na qual
está montado.
Figura 31
Aptl 92-00/2020 29/34
Figura 41 - ABT
3 MANUTENÇÃO DE CCI E VEÍCULOS DE APOIO
O Chefe do SESCINC deve estabelecer rotinas de manutenção de CCI e veículos
de apoio como suporte às atividades do SESCINC, de forma a garantir a operacionalidade dos
CCI requeridos no atendimento às emergências.
As rotinas de manutenção devem contemplar ações preventivas, preditivas e cor-
-retivas.
3.1 CONCEITO - MANUTENÇÃO PREVENTIVA
É o conjunto de cuidados e operações necessárias para manter veículos e equi-
pamentos em boas condições de uso, prolongando o tempo de vida útil, e reduzindo ao mínimo
os períodos de paradas para os inevitáveis consertos.
3.2 CONCEITO - MANUTENÇÃO PREDITIVA
A manutenção preditiva é o acompanhamento periódico de equipamentos ou
máquinas, através de dados coletados por meio de monitoração ou inspeções.
As técnicas mais utilizadas para manutenção preditiva são:
• Análise de vibração;
• Ultrassom;
• Inspeção visual
• Técnicas de análise não destrutivas.
3.3 CONCEITO - MANUTENÇÃO CORRETIVA
Manutenção que consiste em substituir peças ou componentes que se desgasta-
ram ou falharam e que levaram a máquina ou o equipamento a uma parada, por falha ou pane
em um ou mais componentes. É o conjunto de serviços executados nos equipamento com falha.
32/34 Aptl 92-00/2020
Aptl 92-00/2020 33/34
REFERÊNCIAS
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Diretoria de Engenharia de Aeronáutica. Apostila de
Superestrutura e do CCI AP-2 Rosembauer Búfalo. São Paulo, 2001.
BRASIL. Ministério da Aeronáutica. Diretoria de Engenharia de Aeronáutica. Apostila do CCI
AC-3 CIMASA. São Paulo, 1992.
CIMASA: Manual do CCI AC-3 anos 80.
CIMASA: Manual do CCI AC-3 anos 90.
Apostila de características básicas de um CCI.
Triel – HT: Manual do ABT - 2008.
34/34 Aptl 92-00/2020
Anexo A - GLOSSÁRIO
SULCOS: São os frisos existentes na banda de rodagem dos pneus. Eles permitem que a água
existente na via seja escoada, mantendo o pneu em contato com permanente com a via, evitando
desta forma a aquaplanagem. ANTECÂMARA (Instrução Técnica nº 3 do CBESP).