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UTILIZAÇÃO DO TERRENO PARA PROGREDIR E OBSERVAR À

NOITE

ACUIDADE VISUAL E AUDITIVA

SEGURANÇA NA INSTRUÇÃO

MÚSICA PARA INTRODUÇÃO

I - INTRODUÇÃO:
A equipe de instrutores da 7ª Cia Com, através desta Sessão de Acuidade Visual e Auditiva,
da matéria Observação e Orientação, mostrará a importância do adestramento do homem para o
combate noturno. Nosso objetivo é descrever às técnicas de observação e vigilância noturna. Para
tal seguiremos o seguinte sumário: Introdução, desenvolvimento onde abordaremos o histórico, o
combate noturno, o medo, e os processos de observação à noite. Por fim, uma breve conclusão.

GRAVAÇÃO (VOZ FEMININA) A NOITE - PARTE 1

“ Soldado, tu certamente me conheces. Não?


Sou aquela que te acalenta e acolhe após cada jornada. Sou quem te dá todo o refrigério após
um dia de trabalho.
Sou sempre jovem e bela, e no entanto, tem mais 1000 séculos minha existência. Antes do
surgimento da luz eu já reinava, tenho mágicos poderes, trago no seio os filtros milenares do
amor e da ternura, amo toda humanidade e criatura. Sob meu véu diáfano, abrigo e acolho todos
os amantes e beijo as flores com orvalho leve.
Sou boa e má.
Dou tudo a quem me ama e odeio a quem me despreza. Se o meu amor é infinito, meu ódio é
implacável. No ribombar das batalhas é para mim que todos correm. Quero ser tua aliada. Para
isto é necessário que me conquiste pois do contrário serei tua inimiga mortal e responsável pelo
teu fracasso no combate.
Eu sou a noite. Posso ser sua amiga, ou sua inimiga, porém se violares minha escuridão com
luzes e ruídos estranhos, serei tua mortalha! ”

Mortalha - palavra chave para entrada da patrulha com tiro de festim


(Sgt Arnaldo, Sgt Ronie, Cb Vicente e Cb Gadelha)

II) DESENVOLVIMENTO

1) HISTÓRICO
Há trinta anos atrás, os mais avançados dispositivos para visão noturna eram os aparelhos
infravermelhos. Tendo seu raio de ação limitado, necessitavam de luz para iluminar a área do
alvo. Além dessa, tinham como desvantagem o fato de que o inimigo, equipado com detetores
infravermelhos, podia ver a luz utilizada pela tropa de ataque.
Em meados dos anos sessenta, surgiram os intensificadores de imagem, operando com a luz
existente das estrelas, da lua, do clarão das cidades ou do fogo do campo de batalha, e com
alcances de até 2000 metros.
(Plano de Sessão da Instrução de Acuidade Visual e Auditiva..... Fl 2)

Na década de 70, a tecnologia aí aplicada desenvolveu a tal ponto os equipamentos para


visão noturna, que passaram estes a equipar os carros de combate, blindados e helicópteros,
colocando-os em condições de manobrar e engajar-se em combate mais facilmente à noite.
O Brasil, acompanhando o desenvolvimento dos equipamentos de visão noturna já fabrica
intensificadores de imagem, através da iniciativa privada da empresa D. F. Vasconcelos. As
Forças Armadas Brasileiras, a partir de 1983, passaram a adquirir pequena quantidade deste
equipamento, a fim de estudar e realizar testes com os mesmos. Hoje, eles já são utilizados
amplamente na Marinha e Aeronáutica. As Guarnições dos Carros de Combates e as Frações de
Reconhecimento da Força Terrestre, estão dotadas de equipamento de visão noturna.

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2) COMBATE NOTURNO
Na complexidade da guerra moderna, tem-se verificado o maior emprego do combate
noturno sobre o diurno. Isto pode ser verificado, por exemplo, nas ações do Exército Britânico
contra o Argentino, durante a guerra das Malvinas, ocorrida em 1982 e nos famosos ataques
“cirúrgicos” realizados com armamentos guiados por raios laser pela força aérea dos Estados
Unidos, em seus bombardeios noturnos sobre as cidades Iraquianas, durante a Guerra do Golfo,
ocorrida em 1990.
Senhores, deveremos deixar este local ao final da instrução, sabendo que realmente é
importante para o combatente evitar produzir raios luminosos e ruídos durante à noite. No
decorrer da instrução, vamos apresentar alguns incidentes; os senhores tentarão identificá-los e
procurarão avaliar a distância em que eles ocorreram. Portanto, é preciso que todos fiquem bem
atentos para melhor proveito.
Já nos relatórios de combate da 2ª Guerra Mundial, lia-se:
“ Dêem mais instrução noturna ao combatente”.
A precisão do tiro noturno das armas de tiro tenso era prejudicada pelo descrédito do soldado
no combate noturno.
Atualmente, nos campos de batalha onde se desenvolvem os combates mais modernos, a
noite torna-se a amante dos combatentes mais bem treinados do mundo.
Bem, para começar, é difícil o trabalho de interpretar ruídos? É alguma coisa do outro
mundo descobrir pelo som de onde ele vem e o que está acontecendo? Certamente que não.
Temos feito isto durante toda a nossa vida.

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Eis uma outra situação em que o soldado deve estar em condições de a qualquer momento,
fazer face a um grande inimigo:

TEATRO DO NOIVO
Fundo musical TITANIC
( Cb Santos, Sd Ivanildo e Sgt Cristhian)
( Sgt Paz acende a luz da Vtr)
Durante um final de semana estava o soldado Eduardo no sofá, a namorada ao seu lado, ele
está quase, quase.....
Súbito ouve passos firmes e apressados vindos do corredor. É a sogra em patrulha de
reconhecimento noturno, deduz o jovem candidato a noivo.
(Plano de Sessão da Instrução de Acuidade Visual e Auditiva..... Fl 3)

Após sumário estudo de situação, decide executar um rápido retraimento para o lado oposto
do sofá, até que passe o perigo. Depois, então, se for o caso, retomará suas ações de combate
passando, se necessário, ao corpo a corpo.

APAGA A LUZ DO TEATRO


(Sgt Paz apaga a luz da Vtr)

Desse modo, com raríssimas exceções, (não é soldado Torres) todos já têm desenvolvidas
suas habilidades de interpretar sons. Resta agora, transferi-las para os fins de combate.

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Á noite é inseparável companheira dos melhores combates do mundo. A noite oferece a


imprescindível proteção para nossas ações, sendo de grande valia para a maioria de nossas
operações.
Nas operações noturnas, a noite será a grande aliada dos combatentes mais bem treinados e
adestrados, e a maior inimiga dos despreparados.
E lembrem-se: como profissionais militares veremos nossos erros e descuidos cobrados com
vidas humanas.
À noite nossa capacidade visual é muitas vezes menor, perdemos praticamente a capacidade
de perceber detalhes e passamos a confundir moitas, troncos de árvores caídas, pedras,
cupinzeiros, com homens ou animais. Isto, agravado pelo fato do homem estar com medo, devido
a escuridão. Então, começa a dar asas a imaginação, atirando a esmos, alarmando a tropa e
revelando-se para o inimigo. Se quisermos combater a noite, o medo terá que ser controlado.
Vamos, portanto, conhecê-lo um pouco melhor:

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3) O MEDO
O medo nada mais é que uma reação do corpo a uma atitude mental. Revela-se por uma
sensação de mal-estar. Sente-se a compressão das vísceras de baixo para cima, a necessidade de
urinar, o aumento da tensão muscular, provocando “tremores”, os vasos sanguíneos do rosto
contraem-se, causando a palidez facial. A adrenalina é injetada no sangue em quantidade anormal
e o homem apresenta um aspecto próprio e característico do medo.
Como dominar o medo?
Fundamentalmente o medo tem origem em duas causas:
O Condicionamento e o desconhecimento.
Muitas pessoas condicionaram em si, provavelmente na infância, o medo, como por
exemplo, medo do escuro, medo de cemitério, etc.
O medo manifesta-se também ante tudo aquilo que não se conhece, ou a que não se esteja
acostumado.
Visto desta forma, o medo pode ser dominado:
- Pelo entusiasmo
- Pelo adestramento
- Pela descontração muscular.
O entusiasmo facilita a tomada de decisões e age como mola propulsora da vontade e do
otimismo. Estimulamo-lo através do espírito militar e do sentimento do dever.
(Plano de Sessão da Instrução de Acuidade Visual e Auditiva..... Fl 4)

O adestramento capacita o homem ao combate. Somente a capacidade profissional pode


gerar a autoconfiança, imprescindível ao combatente, particularmente aos condutores de homens.
Um exercício de respiração pode ajudar a se obter a descontração muscular: Inspire e expire
lenta e profundamente, procurando relaxar, simultaneamente, os músculos tensos.
Lembrem-se sempre destes processos para dominar o medo, certamente eles lhes serão úteis
um dia.

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4) PROCESSOS DE OBSERVAÇÃO À NOITE


A observação durante a noite compreende: observação utilizando a vista e utilizando o
ouvido, sendo este último o mais importante já que a visualização à noite tem rendimento
limitado.
As operações realizadas à noite têm muita importância, pois, devido a obscuridade, podem
realizar-se sem que o inimigo perceba o deslocamento da tropa para que se obtenha a surpresa.
Assim, teremos que treinar a observação noturna, pois frequentemente agiremos a noite,
enquadrados numa fração ou em missões individuais, como por exemplo, mensageiro ou
sentinela.

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a. Observação utilizando o ouvido


À noite ouve-se melhor do que de dia, e por esta razão, devemos produzir o menor barulho
possível nos deslocamentos e trabalhos para não sermos pressentidos pelo inimigo.
Qualquer que seja a situação ou operação a noite, a disciplina e o silêncio são fatores
preponderantes do êxito, pois, todo o militar ou tropa que não seguir esses princípios, estará
fatalmente se revelando ao inimigo.

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a.1. Fatores que influem na percepção do som


A conformação do terreno dificulta ou auxilia a percepção dos sons. Em terrenos planos,
ouve-se menos que numa depressão ou vale. Os ruídos produzidos em um terreno baixo, ouvem-
se melhor para quem se acha no alto, do que os produzidos no alto para quem se acha no baixo.
No tempo frio ou depois de uma forte chuva os sons são percebidos melhor que em tempo
seco.
Naturalmente a direção do vento influirá na percepção dos sons.
Devemos ainda abstrair ruídos mais ou menos permanentes para que possamos perceber
ruídos produzidos pelo homem ou animais. Por exemplo: ruídos longínquos de trens ou
caminhões, barulho de chuvas, vento na folhagem, barulho de quedas d’água, etc. O capacete
deforma os sons, sendo necessário sua retirada quando quisermos ouvir melhor.

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a.2. Educação do ouvido


A educação do ouvido tem por finalidade acostumar o ouvido a interpretar os sons
produzidos a noite, de modo a desenvolver a acuidade auditiva, bem como perceber a presença
do inimigo pelos ruídos por ele produzidos.
(Plano de Sessão da Instrução de Acuidade Visual e Auditiva..... Fl 5)

Em consequência da pouca visibilidade a noite, o ouvido torna-se o mais valioso auxiliar das
operações noturnas, razão pela qual em todas as situações devemos usar o terreno da melhor
forma possível, para podermos melhor ouvir o inimigo.

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a.3. Incidentes sonoros:


Prestem atenção agora. Façam o máximo de silêncio e não acendam luzes.
À nossa frente está a noite.
Escura.
Misteriosa.
Povoada de lendas, de fantasias, de animais, de insetos,...
Aterrorizante para os que trazem um condicionamento negativo em relação a ela.
Desconhecida para os que nunca a sentiram de perto.
Para os que a conhecem bem, apenas uma noite.

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Diversos ruídos serão produzidos a partir de agora. Façam o máximo de silêncio. Cada um
procurará identificar e avaliar a distância a que foram produzidos.
Procurem, inicialmente, neutralizar os ruídos naturais conforme já foi ensinado
acostumando-se com os sons próprios da noite, como os que se fazem ouvir no momento, neste
local. Ouçamos o silêncio.....

SILÊNCIO ABSOLUTO

Aprendamos agora, a perceber e identificar sons que poderiam ocorrer numa situação de
combate.
1) Um vigia, de seu posto de escuta, ouviria um homem tossindo a 50 metros, da seguinte
forma: (CB Nelson)

2) Se o posto de escuta estivesse a 100 metros, ele seria ouvido da seguinte maneira: (Sgt
Barbosa)

3) Já a 200 metros, o vigia, de seu posto de escuta, ouviria assim: (Sgt Olésio)

4) Deslocando-se à noite, sem seguir os princípios aqui ensinados um homem ao pisar em


galhos secos, produziria para nós o seguinte ruído, a 50 metros de nossa posição: (Cb Nelson)

5) A 100 metros esse ruído já seria mais difícil de ser percebido. Mesmo assim procuremos
identifica-lo: (Sgt Otegildo)

6) Um Homem cavando uma toca a 50 metros, produz o seguinte ruído: (Cb Nelson)

7) Perceberíamos facilmente o engatilhamento de um FAL, por um atirador imprudente que


se encontra a 100 metros à nossa direita: ( Sgt Dinomar)

8) Ouçamos este mesmo engatilhamento a 200 metros de nós: ( Sgt Cordeiro)


(Plano de Sessão da Instrução de Acuidade Visual e Auditiva..... Fl 6)

9) E a 300 metros, ouviríamos assim: (Sgt Márcio)

10) Se ao prepararmos nosso equipamento, não tivermos o devido cuidado, poderíamos ser
facilmente identificados, como este militar que se desloca com seu equipamento mal ajustado, a
100 metros: (Sgt Otegildo)

11) A baioneta é uma arma branca utilizada no combate corpo-a-corpo; num combate
noturno devemos sempre antes do assalto armar nossa baioneta; caso não o façamos, poderemos
comprometer o sigilo de toda a operação. Ouçam o ruído de uma baioneta sendo armada a 100
metros: (Sgt Dinomar)

12) Ouçamos agora a 200 metros: (Sgt Cordeiro)

13) Já sabemos que à noite melhora a propagação do som. Assim, podemos ouvir facilmente
a conversa de dois militares completamente despreocupados, a 100 metros de nós: (Sgt Barbosa
e Sgt Otegildo)

14) A 200 metros, uma conversa animada seria facilmente perceptível. Vejamos: ( Sgt
Olésio e Cb De Amorin)

15) Apesar de ser uma arma menor, o manejo de uma pistola também pode quebrar o sigilo
de uma posição. A 100 metros esse manejo ouve-se assim: ( Sgt Barbosa)

16) E a 300 metros ainda perceberíamos o ruído de manejo de uma pistola, assim: ( Sgt
Adriano)

17) Vejamos a trocar de um carregador a 100 metros: (Sgt Dinomar)

18) Vejam o ruído que o abrir e fechar de uma porta de viatura produziria a 100 metros: (sgt
Otegildo)

VERIFICAÇÃ0 01
Vamos verificar agora se vocês assimilaram bem os ensinamentos vistos até agora. Prestem
bem atenção:
Repita por favor o incidente Nr 01 (pisar em galhos - 50 metros - Cb Nelson)
Soldado.................. o que foi que você ouviu?
- Incidente Nr 02............ (equipamento mal ajustado - 100 metros - Sgt Otegildo)
- Incidente Nr 03............ (Manejo Pst - 100 metros - Sgt Barbosa)
- Incidente Nr 04............ (armar baioneta - 200 metros - Sgt Cordeiro )
- Incidente Nr 05............ (engatilhamento do FAL a 300 metros- Sgt Márcio )
- Incidente Nr 06............ (troca do carregador do FAL - 100 metros - Sgt Dinomar)
- Incidente Nr 07............ (trabalho de sapa - 50 metros - Cb Nelson)

Como vimos até aqui, um ruído, por mais insignificante que possa parecer pode ser
identificado. Vejamos agora se os instruendos já conseguem identificar um ruído de uma situação
(Plano de Sessão da Instrução de Acuidade Visual e Auditiva..... Fl 7)

de combate. Prestem atenção, apurem seus ouvidos e procurem identificar esta gota de orvalho
caindo no chão próxima de nós...

PETARDO
(Sgt Arnaldo)

Espero que tenham identificado a queda da gota de orvalho antes da detonação do petardo de
50 gramas de TNT.
Assim, acabaram de ouvir e interpretar alguns sons característicos de situações de combate.
Muitos outros produzidos pelo inimigo poderão ser, da mesma forma, identificados.

b. Utilizando a vista
A visão à noite, conforme já vimos, fica sensivelmente prejudicada. É portanto, de grande
importância e necessidade, um constante adestramento da visão noturna.

b.1. Educação da vista


O uso eficaz dos olhos durante à noite, requer aplicação dos seguintes princípios:
- Adaptação à escuridão
- Visão fora do centro
- Esquadrinhamento

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1) Adaptação à escuridão
Todos sabemos, que se saímos de um local ensolarado para outro pouco iluminado, não
conseguimos perceber os objetos até que um certo tempo tenha se passado: os olhos têm que se
adaptar à quantidade de luz existente.
Será necessário permanecermos cerca de 30 minutos em local escuro para que tenhamos
nossas vistas adaptadas.

2) Visão fora do centro


Não faz diferença a direção em que olhamos fora do objeto: acima, abaixo, para cada um
dos lados, desde que não olhemos diretamente sob o que queremos ver.
3) Esquadrinhamento
No processo de esquadrinhamento, devemos desviar um pouco os olhos do objeto, com
movimentos irregulares, curtos e rápidos, concentrando-se no objeto sem, contudo, olhá-lo
diretamente.

b.2. Incidentes visuais


Produziremos agora, alguns incidentes visuais que poderiam ocorrer numa situação de
combate.
Prestem muita atenção!
Empregando os princípios da visão noturna, aliados a nossa já apurada acuidade auditiva,
identifiquemos os incidentes a seguir.
Não façam qualquer comentário com o companheiro do lado para não prejudicarem a
instrução.
(Plano de Sessão da Instrução de Acuidade Visual e Auditiva..... Fl 8)

1) À noite sob quaisquer condições de luminosidade, dificilmente deixaremos de perceber


um sinal como este, produzido quando um homem, a 100 metros e a nossa direita, acende seu
cigarro: (Sgt Otegildo)

2) As chamas produzidas por um fósforo e uma vela, são facilmente identificadas no terreno,
como veremos agora, a 200 metros ainda à direita: (Sgt Olésio)

3) Um facho de luz, também pode chamar atenção. Podemos constatá-lo nestes militares que
se deslocam, a 300 metros de nós, com as lanternas acesas: (Sgt Adriano)

4) Paralelamente, observemos ainda três combatentes que se deslocam com as lanternas


veladas corretamente. Comparem a diferença: (Ten Cordeiro)

Normalmente o disparo de uma arma revela sua posição durante à noite. Na sequência,
veremos uma série de tiros de diversas armas, em distâncias variadas. Procurem memorizar o
som e o tipo de clarão de cada armamento:

5) Vejamos agora um tiro de uma arma bastante familiar pelo soldado: o FAL a 100 metros
utilizando munição traçante: (Sgt Dinomar)

6) O mesmo fuzil 7,62mm a 200 metros: (Sgt Cordeiro)

7) Vejamos agora o FAL a 300 metros: (Sgt Marcio)

8) As rajadas de um FAP (Fuzil Automático Pesado), seriam observadas da seguinte forma,


a 100 metros, a nossa direita, também com munição traçante: (Sgt Otegildo)

9) O sentinela constitui um posto de escuta e , para tal, deve saber distinguir com precisão o
ruído de um disparo de arma, da explosão de fogos de artifício. vejamos tal situação a 300 m:
(Sgt Márcio)

10) Observemos agora, o tiro da Pistola 9mm a 100 metros: (Sgt Barbosa)

11) Observemos agora, o tiro da metralhadora de mão BERETTA de 9mm posicionada a


uma distância de 200 metros (02 rajadas de 4 tiros): (Sgt Olésio)

12) Vejamos agora o tiro da pistola 9 mm a 300 metros: (Sgt Adriano)

13) A metralhadora 7.62 “ MAG” executa o arrastamento lento e progressivo do corpo do


ferrolho, o qual permite um funcionamento particularmente suave e isento de ações bruscas,
causadoras de incidentes. observemos o tiro a 200 metros. (Cb De Amorim)

14) A metralhadora .50 M2 é uma arma automática, de origem americana, é dotada de


reparos para o tiro terrestre e o tiro antiaéreo. É também utilizada como armamento de
aeronaves. Apresenta ainda a vantagem de poder ser empregada também contra viaturas
blindadas utilizando munição perfurante. Observemos o seu tiro a 300 metros: (Ten Cordeiro)
(Plano de Sessão da Instrução de Acuidade Visual e Auditiva..... Fl 9)

VERIFICAÇÃO 02
Vejamos agora se a visão noturna dos senhores, aliada a acuidade auditiva, já consegue
distinguir os diversos incidentes do campo de batalha:
- Incidente Nr 01................ (lanternas não veladas a 300 metros ) ( Sgt Adriano)
Soldado.................. o que foi que você ouviu?
- Incidente Nr 02................ (tiro de pistola a 100 metros) (Sgt Barbosa)
- Incidente Nr 03................ (tiro de fuzil a 300 metros) ( Sgt Marcio)
- Incidente Nr 04................ (rajada de metralhadora 9mm a 200 metros) ( Sgt Olésio)
- Incidente Nr 05.................(tiro de Metralhadora .50 a 300 metros) ( Ten Cordeiro)
- Incidente Nr 06................ (metralhadora MAG a 200 metros) ( Cb De Amorim)
- Incidente Nr 07................ (tiro de FAP a 100 metros) (Sgt Otegildo)
- Incidente Nr 08................ (tiro de FAL a 200 metros) (Sgt Cordeiro)

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b.3 Progressão à noite


Veremos agora, como tomarmos algumas precauções a fim de evitar que o inimigo possa
ouvir e ver nosso corpo e equipamento.

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ACENDEM REFLETORES
(Sgt Santos)

DEMONSTRAÇÃO
Sgt Heliy, Cb Vicente e Cb Gadelha na demonstração

O gorro de instrução, faz menos barulho quando atrita-se com galhos, moitas ou arames,
além de não distorcer os sons como o capacete.
Deveremos escurecer as partes visíveis do corpo como o rosto, costas das mãos orelhas e
pescoço.
O botão superior da camisa do uniforme deverá ser abotoado, a fim de prevenir o contraste
da região clara do peito e garganta.
Devemos também tirar o brilho do coturno.
Tudo isso deve ser feito com a finalidade de evitar que o inimigo possa nos ver durante à
noite.
O equipamento do combatente como já vimos, deverá estar bem preso ao corpo. Assim, sua
mochila não poderá conter objetos soltos que façam barulho.
Será fácil verificarmos o ajustamento do equipamento. Basta determinarmos ao militar que
saltite no mesmo lugar.
Saltita o errado.
Saltita o certo.

SALTITA O ERRADO - BARULHO


SALTITA O CERTO - SILÊNCIO
(Plano de Sessão da Instrução de Acuidade Visual e Auditiva..... Fl 10)

As partes brilhantes do equipamento, deverão ser escurecidas. O fuzil deverá estar com os
zarelhos da bandoleira e o carregador presos por fita isolante, para que não façam barulho durante
os deslocamentos.
O combatente deverá conduzir armas silenciosas, como facas e garrotes, utilizados
principalmente para o silenciamento de sentinelas.
A granada de mão é um armamento excelente para o combate noturno ao identificar a
posição do seu lançador. É fácil de transportar e causa grande confusão nas linhas inimigas.
As lanternas deverão ser veladas, isto é, deveremos tampar o visor de forma a permitir a
passagem de uma réstia de luz por uma pequena abertura feita. Assim poderá ser utilizada para
consulta de cartas ou fotografias aéreas com o cuidado ainda de ocultar-se debaixo de um
poncho.

APAGA REFLETORES
(Sgt Santos)

Estando o combatente bem camuflado e com o equipamento bem ajustado, terá possibilidade
de retornar de uma missão noturna com vida. Veremos um combatente andando, engatinhando e
deitando-se à noite. Observem seus movimentos, como são cuidadosos e silenciosos.

ACENDE LUZ TEATRO


(Sgt Paz liga farol da Vtr)

TEATRO ANDAR, ENGATINHAR E DEITAR


(Sgt Heliy)

APAGA LUZ TEATRO


(Sgt Paz desliga farol da Vtr)
Em ações ofensivas noturnas, ou numa infiltração, uma atividade que poderá se tornar
necessária para não romper o sigilo antes do momento desejado, será a eliminação de sentinelas.
Para realizar essa tarefa a contento, o homem deverá utilizar todos os ensinamentos aqui
demonstrados, aliados ainda à agressividade e a vontade de vencer. Vejamos alguns exemplos:

ACENDE LUZ TEATRO


(Sgt Paz liga farol da Vtr)

TEATRO SENTINELA
(Sgt Heliy e Cb Vicente)

APAGA LUZ TEATRO


(Sgt Paz desliga farol da Vtr)

No entanto observemos o deslocamento de uma patrulha não preocupada com a disciplina de


luzes e ruídos.

PATRULHA DESPREOCUPADA COM DISCIPLINA LUZES E RUÍDOS


(Sgt Arnaldo, Sgt Ronie, Cb Gadelha e Cb vicente)

EMBOSCADA COM TIRO DE FESTIM


(Plano de Sessão da Instrução de Acuidade Visual e Auditiva..... Fl 11)

(Sgt Santos e Sgt Heliy)

PATRULHA MORRE - CRUZES ILUMINADAS COM LANTERNAS


(Sgt Arnaldo, Sgt Ronie, Cb Gadelha e Cb vicente)
TOQUE DE SILÊNCIO
(Cb Sabino)

III - CONCLUSÃO
Senhores, na guerra, as oportunidades não se repetem. Portanto, saibamos aproveitar o que a
natureza nos oferece: os obstáculos do terreno, luz do dia e a escuridão da noite.
Esperamos que a instrução tenha atingido seus objetivos e que os senhores tenham
assimilados os conhecimentos necessários.
Você, soldado do Brasil, deve entrar em combate com a confiança absoluta em sua
habilidade para lutar com o adestramento conquistado nas instruções e nos oficiais e sargentos
que os conduzem .
Você se sentirá melhor e sua passagem pelo Exército Brasileiro terá mais que uma razão,
uma finalidade verdadeira. E então você se dará conta que contribui para a melhor causa do
mundo: A PROTEÇÃO DE SUA PÁTRIA, DE SUA FAMÍLIA E DE SI MESMO.
Assim, damos por encerrada a instrução.

BRASIL ACIMA DE TUDO!!!

TIROS, 7ª CIA COM, CANÇÃO COM, FOGOS DE ARTIFÍCIO APÓS “TUDO”


(Sgt Barbosa, Cb Patriota, Cb Sabino, Cb Trajano - Mat Cmb Incêndio)
SOL PERMISSÃO PARA TÉRMINO AO OFICIAL MAIS ANTIGO PRESENTE, SFC

INSTRUÇÃO DE OBSERVAÇÃO NOTURNA

DISTÂNCIA PESSOAL MATERIAL INCID SONOROS INCID VISUAIS


HOMEM TOSSINDO, PISANDO EM
50 METROS CB NELSON PICARETA
GALHOS SECOS, CAVANDO TOCA
(Plano de Sessão da Instrução de Acuidade Visual e Auditiva..... Fl 12)

HOMEM TOSSINDO, CONVERSA


PISTOLA 9 MM E 10 TIRO DE PISTOLA, TIRO
SGT BARBOSA DESPREOCUPADA, MANEJO DA
MUNIÇÃO 9MM DE PISTOLA
PISTOLA
EQP (MAL AJUSTADO,
MARMITA E TALHER
PISANDO EM GALHOS SECOS, EQP ACENDER CIGARRO,
100 METROS SOLTOS PRESO AO
SGT MAL AJUSTADO, CONVERSA RAJADA FAP (2
CINTO),VTR RÉU,
OTEGILDO DESPREOCUPADA, ABRIR E RAJADAS DE 4 TIROS ),
CIGARRO E FÓSFORO,
FECHAR PORTA DE VTR. RAJADA FAP
FAP E 30 MUNIÇÃO
7,62MM
FAL COM BAIONETA E 10 MANEJO FAL, ARMAR BAIONETA,
SGT DINOMAR TIRO DE FAL
MUNIÇÃO 7,62 MM TROCAR O CARREGADOR
FÓSFORO E VELA,
FÓSFORO, VELA, MTR RAJADA DE MTR 9MM
HOMEM TOSSINDO, CONVERSA
SGT OLÉSIO 9MM E 20 MUNIÇÃO 9 (2 RAJADAS DE 4
DESPREOCUPADA
MM TIROS), RAJADA MTR
9MM
200 METROS
SGT FAL COM BAIONETA E
MANEJO FAL, ARMAR BAIONETA TIRO DE FAL, TIRO FAL
CORDEIRO 10 MUNIÇÃO 7,62 MM
RAJADA MAG (2
CB DE MTR MAG E 30
CONVERSA DESPREOCUPADA RAJADAS DE 4 TIROS),
AMORIM MUNIÇÃO 7,62 MM
RAJADA MAG
03 LANTERNAS LANTERNAS VELADAS,
TEN
VELADAS, MTR .50 E 10 RAJADA .50,
CORDEIRO
MUNIÇÃO .50 RAJADA .50
FAL E 10 MUNIÇÃO 7,62 TIRO DE FAL, FOGOS,
SGT MARCIO MANEJO DO FAL
MM TIRO DE FAL
300 METROS
LANTERNAS COM
03 LANTERNAS COM
LENTES NÃO VELADAS,
LENTES COLORIDAS, PST
SGT ADRIANO MANEJO DA PST 9 MM TIRO DE PST,
9MM E 10 MUNIÇÃO
LANTERNAS COM
9MM
LENTES NÃO VELADAS

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