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Racismo Estrutural

O racismo é sempre estrutural, ou seja, está sempre aprofundado nos


alicerces que compõem a sociedade: tanto na política quanto na economia. O
iluminismo, iniciado na França a partir do Século XVIII, tinha como objetivo
mudar a forma de pensar a sociedade, pregando sempre a igualdade entre as
pessoas e a liberdade em relação às praticas absolutistas do governo da
época. O objetivo era tirar o poder abusivo do feudalismo e instaurar os
primórdios do capitalismo.

Porém, esse movimento ironicamente levou ao colonialismo, que devido


à sua brutalidade e agressividade em supostamente inserir os povos não
colonizados na modernidade, acabaram por gerar um nítido antiliberalismo, que
contrariava os princípios clássicos da revolução francesa. Um bom exemplo é a
revolução haitiana, que foi mal vista pelos franceses apesar dos mesmos terem
aplaudido a própria liberdade.

Para isso nasce o conceito de raça, para dar sentido a essas


contradições, uma vez que explica que raças diferentes têm direitos diferentes.
Mas como explica a antropologia, esse conceito é apenas político, pois não
existem características geográficas, biológicas ou culturais capazes de
hierarquizar a moral, cultura ou elementos políticos. Tanto a biologia quanto a
antropologia são claras em afirmar que não existem aspectos que justifiquem
discriminações raciais.

É possível compreender o racismo a partir de 3 definições: individual


(que o entende como sendo um fenômeno psicológico de caráter individual ou
coletivo), institucional (que entende como o resultado do comportamento de
instituições que atribuem direta ou indiretamente valores e privilégios a partir
das raças) e estrutural (que afirma que o racismo é proveniente da própria
construção da estrutura social).

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