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Partícula Livre

❑ Momento bem determinado: E


posição desconhecida

❑ Qualquer energia positiva é permitida


(E varia de forma contínua)
Partícula na Caixa: Poço de potencial infinito
V
∞ ∞

proibida
proibida

Região
Região

0 L x
A figura compara as energias do elétron confinado com aquelas que
ele teria se fosse livre.
Enquanto o elétron livre possuí um espectro contínuo de energia,
quando confinado, apresenta um espectro discreto.
Portanto, é o movimento restrito que gera essa condição de:
n : número quântico
Poço de potencial infinito n=4

n=3

n=2

n=1

V∞ ∞
E3

proibida
proibida

Região
Região
E2
E1

0 L x
Partícula na Caixa: Poço de potencial infinito
❑ Condições de contorno: Ψ=0 para x = 0 e x = L.
❑ Soluções válidas para kL = nπ onde n=inteiro.

❑ Função de onda:

❑ Normalizando:

❑ Idênticas à corda vibrante com extremos fixos.


Partícula na Caixa: Poço de potencial infinito
❑ Número de onda quantizado:

❑ Resolvendo para a Energia:


▪ Energia depende dos valores de n;
▪ Energias quantizadas e não nulas
▪ Energia do estado fundamental:n = 1

❑ Probabilidade de
observar a partícula
entre x e x+δx em
cada estado :
Exercício de fixação:
❑ Repita esse exercício anterior para os seguintes casos:

1. Um próton em uma caixa de largura a =1,0 x 10-15 m.


2. Uma partícula alfa em uma caixa de largura a = 1,0 x 10-15 m
3. Um elétron em uma caixa de largura a = 1,0 x 10-15 m
4. Um próton em uma caixa de largura a =1,0 x 10-8 m.
5. Uma partícula alfa em uma caixa de largura a = 1,0 x 10-8 m
6. Um elétron em uma caixa de largura a = 1,0 x 10-8 m
❑ Usando o programa EXCEL® construa as funções de onda e suas
respectivas densidades de probabilidade nos primeiros cinco
auto-estados de energia.
Partícula na Caixa: Poço de potencial infinito
❑ Número de onda quantizado:

❑ Resolvendo para a Energia:


▪ Energia depende dos valores de n;
▪ Energias quantizadas e não nulas
▪ Energia do estado fundamental:n = 1

❑ Probabilidade de
observar a partícula
entre x e x+δx em
cada estado :
Partícula na Caixa: Poço de potencial infinito
Partícula na Caixa: Poço de potencial infinito
A Figura 14.19 mostra os níveis de energia p para o butadieno. De
acordo com o princípio de exclusão de Pauli, os elétrons em cada
nível de energia têm spins opostos.
Partícula na Caixa: Poço de potencial infinito
• A transição eletrônica que nos interessa é a do nível ocupado mais alto
para o nível desocupado mais baixo (porque, em geral, é medido
experimentalmente), isto é, a transição n = 2 → 3.
• Podemos derivar uma expressão geral para o comprimento de onda
dessa transição como se segue.
• O número de níveis de energia ocupados é N/2, em que N é o número
de átomos de carbono.
• Esse número (N/2) é também igual ao número quântico do nível ocupado
mais alto. A transição, então, é do nível N/2 para o nível (N/2) + 1, e a
diferença de energia é Usando as relações abaixo, chegamos à
seguinte expressão para o comprimento de
onda
Partícula na Caixa: Poço de potencial infinito

O comprimento de onda medido experimentalmente é 217 nm.


Considerando a simplicidade do modelo, a concordância é
excepcionalmente boa.

Ex.: Repita o mesmo cálculo para outros polienos conjugados e veja


como o comprimento de onda muda para o visível com o tamanho.
Barreira de Potencial
V∞ ∞

proibida
proibida

Região
Região

0 L x
P = 100 %
Barreira
V0
proibida
Região

100% - P
0 L x P < 100 %
Barreira de Potencial
• Estudaremos a interação de uma partícula quântica com um potencial do
tipo degrau retangular.
• A onda de matéria é espalhada: uma parte é transmitida e outra é refletida
pelo degrau.
• Com base nos conceitos da mecânica newtoniana, uma partícula não é
refletida se sua energia for maior que o degrau e, também, não é
transmitida se sua energia for menor que o degrau.
• Mas uma partícula quântica é! Estamos diante de um fenômeno que
extrapola o senso comum da física clássica.
Figura: O potencial degrau.
O potencial degrau é caracte-
rizado por ser descontinuo
em um ponto do espaço.
Ajustando a descontinuidade
na origem, podemos escrever:

V (x) = 0, se x < 0,
V (x) = V0 , se x ⩾ 0.
Barreira de Potencial: O regime de baixa energia
Barreira de Potencial: O regime de baixa energia
Barreira de Potencial: O regime de baixa energia
Barreira de Potencial: O regime de baixa energia
Barreira de Potencial: O regime de baixa energia

• O que viola a percepção clássica é que,


mesmo o elétron tendo energia menor
que o degrau, há possibilidade de
encontrá-lo dentro do degrau, conforme
lado x > 0 da figura.
• O grau de penetração da densidade de
probabilidade depende da energia do
elétron.
• Um elétron com pouca energia,
corresponde a uma pequena penetração,
a exponencial cai rapidamente a zero
quando se aprofunda no degrau.

• Por outro lado, um elétron com energia compatível com o degrau, corresponde a
uma grande penetração, a exponencial cai suavemente à medida que se entra no
degrau.
• Ademais, incidindo com a energia no máximo, a densidade de probabilidade
permanece constante para qualquer posição dentro do degrau.
Barreira de Potencial: O regime de alta energia
Chegamos ao caso da partícula que incide com energia maior que a altura do degrau,
E ⩾ V0, que chamaremos de regime de alta energia. Fora (F) do degrau, a situação não
muda, há superposição da onda incidente com a onda refletida pelo degrau:
Barreira de Potencial: O regime de alta energia
Barreira de Potencial: O regime de alta energia
Barreira de Potencial: O regime de alta energia
Barreira de Potencial: O regime de alta energia

• Antes de começarmos a análise da figura,


sempre é bom destacar que estamos fazendo
uma interpretação probabilística da função de
onda.

• O contorno da densidade de probabilidade


não representa o traçado da partícula
“andando” pelo degrau.

• Ele nos informa qual a probabilidade por


unidade de comprimento de essa partícula
ser encontrada ao longo do degrau.

Figura: Degrau retangular no regime de alta


energia.

• A densidade de probabilidade dentro do degrau é constante, de valor 1, sendo mais


preciso, de valor |C|2.
• Por ser constante, não há concentrações de resultados dentro do degrau, todos são
igualmente prováveis. O elétron transmitido se comporta como uma partícula totalmente
deslocalizada que “viaja” para o infinito.
Barreira de Potencial: O regime de alta energia
• Fora do degrau, a densidade de probabilidade oscila. A oscilação
diminui com o aumento da energia.
• A menor oscilação ocorre para E = 10V0 .

• Pensando no limite E → ∞ , podemos imaginar que a densidade de


probabilidade deixa de oscilar e se torna constante, também de valor
|C|2 .

• Nesse limite energético, o degrau para de atuar como centro reflexivo.


A onda refletida se torna desprezível diante da incidente. A onda
incidente “paira”, em um “voo” solitário, pelo segmento fora do
degrau.

• Não havendo condições satisfatórias para ocorrer a interferência entre


a incidente e a refletida, o efeito da superposição deixa de existir, e as
oscilações da densidade de probabilidade são interrompidas.
Barreira Retangular de Potencial
• A barreira retangular de potencial é caracterizada por ser descontinua
em 2 pontos do espaço. Escolhemos a descontinuidade na origem e
em x = a: V0 é uma grandeza positiva.

• Comparando com o degrau, que se se estende por todo semi-eixo positivo, a barreira atua
somente em certa região do espaço.
• Os efeitos quânticos por ela manifestados, dependem da energia da partícula incidente.
estudaremos o caso da energia da partícula ser menor que a altura da barreira.
Barreira Retangular: O regime de baixa energia
Barreira Retangular: O regime de baixa energia
Barreira Retangular: O regime de baixa energia
Barreira Retangular: O regime de baixa energia
Barreira Retangular: O regime de baixa energia
Barreira Retangular: O regime de baixa energia
Potencial degrau
V
V0
E E < V0
1 2
0 x
Encontrar B, C e D em termos de A
❑ Função de onda e suas derivadas:
▪ Finitas
▪ Contínuas
Barreira de potencial e Efeito Túnel

V
ψ (x) V0 Existe uma probabilidade
de encontrar o elétron na
região classicamente
proibida
0 x
Se a barreira for
incidente suficientemente pequena
V (largura a) o elétron
refletido poderá ser transmitido
ψ (x) transmitido
(tunelar) com uma certa
probabilidade:
EFEITO TÚNEL
0 a x

Simulações:
http://www.neti.no/java/sgi_java/WaveSim.html
Barreira e Tunelamento:
❑ Partícula com energia E incide sobre uma barreira de potencial Vo
❑ E > V0
❑ Regiões I e III: ❑ Região II:
Barreira e Tunelamento:
❑ Onda incidente, refletida e transmitida:
❑ Eq. Schrödinger nas 3 regiões:

❑ Soluções: ❑ Onda se move para a direita:


Probabilidades de Reflexão e Transmissão

❑ Probabilidade de reflexão R ou transmissão T :

❑ R + T = 1.
❑ Aplicando condições de contorno: x → ±∞, x = 0 e x = L

❑ T pode ser = 1.
Tunelamento

❑ E < V0

❑ Classicamente a partícula não


possui energia para vence a
barreira

❑ Existe probabilidade finita da partícula penetrar na


barreira e aparecer do outro lado!

❑ Probabilidade de transmissão descreve o


fenômeno de tunelamento
Função de onda no Tunelamento
Microscópio de Varredura por Tunelamento.

• STM é a sigla de Scanning Tunneling Microscopy, Microscópio de


Varredura por Tunelamento.

• O STM se alicerça no fenômeno quântico do tunelamento. Quando a


ponta metálica de um STM se aproxima de um material condutor (metal ou
semicondutor dopado), entre a ponta e o condutor se forma uma barreira
de potencia V0 , de largura a, igual à distância entre a ponta e o condutor.

• Pelo efeito de tunelamento, elétrons da ponta têm probabilidade de se


transferirem para o condutor.

• A topografia da superfície do condutor pode ser mapeada fazendo a


ponta do STM se movimentar sobre o condutor.

• Há dois modos de operação: o modo de altura constante e o modo de


corrente constante.
Microscópio de Varredura por Tunelamento.
Figura: Os modos de operação de um STM.
Microscópio de Varredura por Tunelamento.
Figura: Os modos de operação de um STM.
• No modo de altura constante, cada ponto
sobre o condutor, de posição x , forma uma
i
barreira de largura a , sendo i =1,2,3...
i

• Para cada a , há uma probabilidade de


i
tunelamento T . Conforme vimos antes,
i
T ≅ exp(−2qa ).
i i
• Se há N elétrons livres na ponta do
microscópio, a quantidade NT fará parte da
i
corrente de tunelamento I , ou seja, I ≅ NT .
i i i
• Portanto, o STM vai registrar uma corrente
de tunelamento diferente para cada ponto
investigado.

• Ao traçar a corrente I em função da posição


Microscópio de Varredura por Tunelamento.
Figura: Os modos de operação de um STM.
• No modo de corrente constante, o registro é
feito no deslocamento vertical da ponta do
microscópio, indicado por Δ na figura.
• No primeiro ponto em estudo, ajustamos a
corrente base do processo: I . Sabemos que a
1
próxima corrente I , depende de T , que por sua
i i
vez, depende de a .
i
• Ao fazer a varredura, podemos, então, ajustar I
i
para ter o mesmo valor da corrente base I .
1
• Como fazemos isso? Liberando a ponta do
microscópio para se movimentar na vertical.
• Portanto, o STM vai registrar um deslocamento
vertical para cada ponto investigado.

• Ao desenhar Δ em função de x , veremos a


i i
imagem da superfície do material.
Microscópio de Varredura por Tunelamento.

“Enxergando” átomos em cristais e planos

superfície de níquel

superfície de cobre
http://www.almaden.ibm.com/vis/stm/gallery.html
Microscópio de Força Atômica.

Segue o mesmo princípio do STM, mas ao invés de apenas medir a corrente,


fornece um potencial elétrico para mover átomos na superfície, atraindo ou
empurrando, para produzir estruturas definidas.
Microscópio de Força Atômica.

“curral” feito com 48 átomos de ferro sobre uma superfície de cobre

A imagem fornece a formação da estrutura de potencial formada pelos


átomos de Fe sobre a superfície cristalina de cobre.
O fluxo de probabilidade pela barreira

Interpretação da função de onda como fluxo de partículas:


• Antes de avançar, seria importante recordar a nomenclatura utilizada
para caracterizar a barreira retangular.
• Como dissemos, a onda de matéria incidente A pode aparecer do
outro lado da barreira, na forma da onda transmitida F, ou aparecer
na frente da barreira, na forma da onda refletida B.
2
• A densidade de probabilidade do estado incidente A, a grandeza |A| ,
significa probabilidade por unidade de comprimento. Ela pode ser
transformada em probabilidade por unidade de tempo, que
chamaremos de fluxo de probabilidade j .
A
• Para fazer a transformação, precisamos levar em conta a velocidade
com que o estado A avança em direção à barreira:

• A transformação ocorre se definirmos:


O fluxo de probabilidade pela barreira
O fluxo de probabilidade pela barreira
A normalização da função de onda plana
Algumas funções de onda da mecânica quântica trazem em si o conceito de ‘‘
aquilo que se não consegue normalizar". É o caso das ondas planas que
caminham fora da barreira, por exemplo, a onda incidente é representada por:
A normalização da função de onda plana
A normalização da função de onda plana
A normalização da função de onda plana
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Exercícios
Exercícios

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