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ITO-047

CBUQ – Concreto Betuminoso Usinado a Quente


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Elaboração: Análise Crítica: Aprovação:

Giordano B. Fonseca Bruna Vilela Eduardo M. Ferreira


Coordenador Técnico Gerência de RHE/QSMS Diretor de Obras
Este documento quando impresso só é válido para uso se possuir identificação de Cópia Controlada.

QUADRO DE CONTROLE DE REVISÕES


Data Revisão Descrição Motivo
20/09/2016 00 Emissão inicial. -
Motivo: 1- Atendimento a NC / 2- Incorporação de nova atividade / 3- Alteração de metodologia / 4- Melhoria no processo

1. OBJETIVO

Esta Especificação estabelece a sistemática a ser empregada na fabricação e aplicação de Concreto


Asfáltico para execução de camadas de enchimento, revestimento ou reperfilagem em pavimentos
flexíveis em obras rodoviárias.
Estão estabelecidos também os requisitos de saúde, segurança do trabalho, meio ambiente e de
controle da qualidade relacionados com a atividade que devem ser observados e cumpridos.

2. REQUISITOS DE SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE

2.1 Segurança e Saúde

 Realizar a inspeção dos equipamentos antes de iniciar as atividades conforme definido na


ITA-061 – Inspeção de Segurança.

 Verificar as condições do ambiente da operação quanto aos aspectos de interferência com


pessoas, veículos e outros equipamentos.
Essas verificações básicas e outras inerentes à atividade devem ser registradas no RGE-002-034
- APR - Análise Preliminar de Risco.

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 Operar os equipamentos com atenção especial aos “pontos cegos” e seguir as diretrizes
definidas na ITA-059 - Equipamentos Móveis e Semi Móveis.

 Respeitar a sinalizações e as recomendações específicas da atividade.


Para obras rodoviárias obedecer rigorosamente as definições da ITA-062 - Sinalização
Rodoviária.

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2.2 Meio Ambiente

 Antes de iniciar as atividades é imprescindível a confirmação dos licenciamentos ambientais


aplicáveis conforme definido no item 5.1.2 do PR-GE-003 - Gestão de Meio Ambiente.

 Durante as atividades poderão ser gerados resíduos e efluentes que, se não implementadas as
medidas de controle, poderão contaminar o solo e corpos hídricos do entorno. Dessa forma, cada
unidade deverá atender as orientações descritas na ITA 045 – Gestão de Resíduos e
Efluentes.

 O gerenciamento dos produtos químicos deverá ocorrer de acordo com a ITA-047 - Produtos
Químicos da Ápia e a ITA–058 – Abastecimento com caminhão comboio.

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 Os cenários que possam levar a ocorrência de impactos ambientais serão gerenciados


conforme o procedimento PR-GE-011 – Preparação ao Atendimento às Situações de
Emergências.

PROIBIÇÕES PARA A ATIVIDADE

 Fumar durante a operação e abastecimento dos


equipamentos;

 Operar equipamentos para os quais não tenha sido


treinado;

 Realizar atividades sob o efeito de álcool ou drogas;

 Utilizar o celular durante a realização da atividade;

 Dar carona nos equipamentos.

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3 REFERÊNCIAS TÉCNICAS

ABNT-NBR 6560 - Materiais Asfálticos - Determinação do ponto de amolecimento

ABNT-NBR 6576 - Materiais Asfálticos – Determinação da Penetração

ABNT-NBR 6465 - Agregados – Determinação da Abrasão Los Angeles

DNIT-PRO 277 - Metodologias para controle estatístico de obras e serviços

ASTM 965 - Determinação da Rugosidade Superficial pela Altura de Areia

4 EXECUÇÃO

4.1 Superfície a Pavimentar

A superfície a ser pavimentada deve obedecer aos seguintes requisitos:


 Deve estar seca e limpa, sem presença de pó ou materiais soltos.
 Imediatamente antes de pavimentar deve ser feita uma pintura de ligação com emulsão.

Devem ser coletadas amostras da emulsão no caminhão espargidor e feita uma determinação expedita do
resíduo antes da aplicação. A taxa deve ser ajustada em função da porcentagem de resíduo encontrada.

A pintura de ligação deve ser feita com a barra espargidora. A caneta só deve ser usada para correção de
pontos falhos ou de difícil acesso.

O tráfego sobre a pintura só é permitido após o rompimento e cura da emulsão.

4.2 Confecção da mistura

A mistura asfáltica deve ser confeccionada em uma usina de asfalto conforme a especificação e obedecer
aos seguintes critérios:
 Os agregados, principalmente finos, devem ser homogeneizados com a carregadeira antes de
serem colocados nos silos frios,
 As aberturas dos silos frios devem ser ajustadas de acordo com a granulometria do traço e dos
agregados para evitar sobras nos silos quentes,
 Estar de acordo com o projeto de mistura aprovado, tanto na granulometria quanto teor de
ligante,
 Obedecer aos parâmetros definidos para a temperatura da mistura,
 A cal hidratada ou cimento Portland deve estar dispersa no meio dos agregados, principalmente
graúdo, antes de entrar em contato com o ligante,
 Não apresentar deficiências de mistura, apresentando agregados não misturados (carijó),
 Não apresentar variações bruscas de temperatura de mistura, demonstrando falta de controle de
alimentação ou secador desregulado,
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 A carga dos caminhões deve ser feita de maneira a evitar segregação da mistura dentro da
caçamba (1º à frente, 2º a traseira e depois o meio),
 A mistura só pode ser estocada ou mantida de um dia para outro se houver silos apropriados na
usina ou se as caçambas tiverem proteção contra o resfriamento da massa. Para isto deve ser
feita a correção do teor de asfalto devido à absorção do agregado, dado o tempo de estocagem.

4.3 Transporte do concreto asfáltico

O concreto asfáltico deve ser transportado em caminhões basculantes e devem ser observados os
seguintes critérios:
 O Caminhão carregado deve estar coberto com lona ou outro material aceitável, com tamanho
suficiente para proteger a mistura, sobrepassando a caçamba nas laterais e na traseira. Deve
estar bem fixada na dianteira para não permitir a entrada de ar entre a cobertura e a mistura
asfáltica.
 A troca de caminhões deve ser rápida, de maneira a evitar paralisação da Acabadora.

4.4 Distribuição da mistura

A distribuição da mistura deve ser feita por vibroacabadora automotriz que atendam às especificações do
projeto.
Devem ser seguidos os seguintes requisitos:

 A temperatura ambiente deve estar acima de 10° C.


 Na partida da acabadora, devem ser colocadas 2 a 3 réguas com a espessura da camada, mais o
empolamento previsto, onde a mesa deve ser apoiada.
 A mistura deve apresentar uma textura uniforme, sem pontos segregados. Qualquer falha
constatada na superfície deve ser sanada antes do início da compactação, devendo essas serem
consideradas como exceção. Caso a correção seja frequente, a vibroacabadora deve ser ajustada
ou substituída por outra.
 A mesa da vibroacabadora deve ter uma superfície lisa, sem riscos que deixem marcas de
arraste de material. Caso se constate este arraste, os serviços devem ser paralisados e o defeito
sanado imediatamente.
 Na descarga, o caminhão deve ser empurrado pela vibroacabadora, não se permitindo choques
ou travamento dos pneus durante a operação.
 A espessura da camada será de acordo com o projeto de mistura aprovado. A espessura da
camada compactada deve ser maior que 2,5 vezes e menor que 5 vezes o diâmetro nominal
máximo do agregado,
 A velocidade da acabadora deve ser definida em função da capacidade de produção da usina, de
maneira que a mesma esteja continuamente em movimento, sem paralisações para esperar
caminhões. A velocidade da acabadora deve estar sempre, entre 2,5 e 10,0 m/minuto. A
velocidade de trabalho deve ser determinada em função da espessura e largura a espalhar e
produção da usina acrescida de 20%, para evitar paralisações prolongadas, acima de 30
minutos,
 Se a acabadora parar mais de 30 minutos, deve ser removida da pista, e dar um novo início na
chegada do caminhão.

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4.5 Compressão da mistura

A compressão da mistura deve ser iniciada imediatamente após o espalhamento (menos de 1 minuto).

A rolagem deve ser iniciada com uma passada de rolo tandem sem vibrar (Breakdown) logo após o
espalhamento.

 A seguir se utiliza o rolo pneumático com a pressão nos pneus máxima (120 libras), que dará o
número de passadas necessário a garantir a compactação da mistura, podendo ser auxiliado por
um rolo vibratório.
 A rolagem para acabamento da pista e correção de possíveis marcas de pneus do rolo
pneumático deve ser com rolo tandem. A temperatura de rolagem deve ser aquela capaz de
corrigir todas as marcas da pista, deixando a pista com aspecto uniforme e sem depressões.
 A compressão deve ser iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo
da pista.
 Nas curvas, de acordo com a superelevação, a compressão deve começar sempre do ponto mais
baixo para o mais alto.
 Cada passada do rolo deve ser recoberta na seguinte, pelo menos, 30 cm.
 Durante a rolagem não serão permitidas mudanças de direção ou inversões bruscas de marcha,
nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém rolado, ainda quente.
 As rodas do rolo de pneus devem ser ligeiramente umedecidas com solução de óleo vegetal
(50%) e álcool hidratado (50%), para evitar a aderência da mistura.
 Se for utilizada água no rolo tandem, ela deve estar pulverizada, não se permitindo o
escorrimento da mesma por gravidade pelo tambor e empoçamento na superfície da camada.
 A abertura ao transito de veículos só é permitida após o completo resfriamento da camada
espalhada.

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5 VERIFICAÇÃO

5.1 Ligante Asfáltico

 Ensaio de Viscosidade Saybolt-Furol (ABNT-NBR 14950) a 135°C, 150°C e 175°C para todo
carregamento que chegar à obra.

 Relação Viscosidade x Temperatura:

Para o Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP), a faixa de temperatura para mistura é definida
como a faixa de temperatura onde o ligante não envelhecido tem uma Viscosidade Saybolt
Furol de 85±10 segundos (170+20 cP). A faixa de temperatura para compactação é
definida como a faixa de temperatura onde o ligante não envelhecido tem uma Viscosidade
Saybolt Furol de 140±15 segundos (280+30 cP).

Para o Cimento Asfáltico de Petróleo Modificado por Polímero SBS (CAP-SBS) e Cimento
Asfáltico de Petróleo Modificado por Borracha moída de Pneus (CAP-BORR) as
temperaturas de mistura e compactação devem ser indicadas pelo fornecedor do produto.

 Ensaio Recuperação Elástica de Materiais Asfálticos Modificados por Polímero, pelo Método
de Torção para todo carregamento de Asfalto Modificado que chegar à obra.

 Ensaio de Espuma para todo carregamento que chegar à obra.

 Ensaio de Ponto de Amolecimento (ABNT – NBR 6560) para todo carregamento que chegar
à obra.
 Ensaio de Penetração (ABNT- NBR 6576) para todo carregamento que chegar à obra.

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5.2 Agregados

Na aprovação do traço ou quando se perceber alteração da matriz do agregado na pedreira:

Agregado graúdo:

 Desgaste por Abrasão Los Angeles


 Índice de Forma
 Durabilidade ao Sulfato de Sódio

Agregado graúdo:

 Teor de vazio não compactado


 Adsorção de Azul de Metileno
 Equivalente de Areia, Mistura de Agregados
 Durabilidade ao Sulfato de Sódio
 Ensaio de Granulometria de cada agregado (coletado dos silos frios) por dia de trabalho
 Ensaios de Granulometria da mistura seca (coletada do silo quente) por dia de trabalho

5.3 Misturas asfálticas

 02 Ensaios (mínimo) de teor de asfalto pelo método Rotarex a cada jornada de 8 horas.
 01 Ensaio de teor de asfalto pelo método Soxhlet a cada jornada de 8 horas para ajuste do
desvio do ensaio no Rotarex.
 03 granulometrias com agregados resultantes do ensaio de teor de asfalto a cada jornada
de 8 horas (A quantidade mínima de material para cada ensaio deve ser de 1.500 g).
 Ensaio de Massa específica aparente de misturas asfálticas compactadas, usando amostras
saturadas – superfície seca .
 02 Ensaios de Massa Específica Máxima da Mistura a cada jornada de 8 horas.

Controles de temperaturas na usina:

Devem ser efetuadas medidas de temperatura, durante a jornada de 8 horas de trabalho,


em cada um dos itens abaixo discriminados:

 do agregado, no silo quente;


 do ligante;
 da mistura, no momento da saída do misturador.

Nota: As temperaturas podem apresentar variações de ± 5ºC das especificadas


no projeto da mistura.

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5.4 Pista

 Devem ser realizados ensaios de Densidade de corpos de prova extraídos via sonda
rotativa. Estes corpos de prova deverão ser enviados imediatamente ao Laboratório de
Controle. A frequência dos Ensaios de Densidade será sempre aumentada no início dos
serviços ou quando houver falhas e/ou variação nos ensaios anteriores. Este ensaio será
feito com o objetivo de se determinar o Índice de Vazios da Mistura Compactada. A
comparação será feita com a média dos 02 resultados de Massa Específica Máxima do dia
a aplicação da massa.

Controles de temperaturas na usina:

Devem ser efetuadas medidas de temperatura durante o espalhamento da massa


imediatamente antes de iniciada a compactação.

Nota: Estas temperaturas devem ser as indicadas, com uma tolerância de ± 5°C.

6 REGISTROS

CQO 079 - Grau de Compactação e Espessura do CBUQ


CQO 076 - Controle Diário de Usina
CQO 110 - Ensaio Marshall
CQO 048 - Controle de Recebimento na Pista
CQO 059 - Recebimento do CAP 50/70
CQO 051 - Controle de Agregado Graúdo
CQO 052 - Controle de Agregado Miúdo
CQO-055 - Determinação do Equivalente de Areia
CQO-062 - Determinação da Curva de Viscosidade X Temperatura
CQO-053 - Análise Granulometria Simples
CQO-064 - Resistência a Tração por compressão Diametral
CQO-116 - Ensaios de Materiais Asfálticos

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