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Tema: JESUS: Caminho, Verdade e Vida.

João 14:5 Disse-lhe Tomé: “Senhor, não sabemos para onde vais; como então podemos saber o caminho?”

João 14:6 Respondeu Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.”

Cristo é fonte inesgotável de vida. Seu Evangelho é alegria, é transformação, concitando-nos ao resgate de nossa essência divina. Ele nos
eleva à condição de filhos de Deus, merecedores da felicidade, razão por que as agruras da carne ganham contornos diferenciados. Não mais
castigo, mas oportunidade de elevação. Em lugar do pranto desesperado, surge a lágrima resignada que encontra motivo para silenciar a
revolta, enquanto aguarda laboriosa a tempestade passar.

Na manjedoura, ensina-nos o primeiro passo para iniciarmos a caminhada para o reino de Deus, demonstrando que a humildade e a
simplicidade são virtudes inarredáveis da trajetória que nos aguardava. Desapegado de toda estrutura material existente, não escolheu
palácio para nascer nem reis para serem seus pais. Por amigos, tomou os animais.

No liminar de suas pregações, reuniu, em sua maioria, pescadores simples para que, identificados com eles, também nós nos sentíssemos
pertencentes ao rebanho divino.

Sem laços com o poder ou a fortuna, mostrou-nos que é possível ganhar o mundo sem perder a si mesmo e que as alegrias verdadeiras não
se prendem às ilusões efêmeras, mas às conquistas imperecíveis da alma imortal.

Jesus foi a Verdade que se mostrou aos nossos olhos como luz deslumbrante, cegando a ignorância acostumada a discriminar, julgar e punir.

E, para que não houvesse dúvida, o Filho de Deus fez-se morto na carne e ressurgiu para demonstrar a imortalidade do ser. Assim, de
escravos agrilhoados às trevas, ganhamos a esperança de alçarmos a cimos celestiais. Não somos mais seres fadados ao nada, espera-nos o
futuro em vida abundante. (cabe comentar sobre vida após a morte, varias moradas, necessidade de mudança moral)

Jesus revelou-nos a verdade do amor para trilharmos o caminho da redenção, ganhando a vida eterna. 

LE Questão 625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo? “Jesus” 

A.K.: Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais
perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm
aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava.

Quanto aos que, pretendendo instruir o homem na lei de Deus, o têm transviado, ensinando-lhes falsos princípios, isso aconteceu por
haverem deixado que os dominassem sentimentos demasiado terrenos e por terem confundido as leis que regulam as condições da vida
da alma, com as que regem a vida do corpo. Muitos hão apresentado como leis divinas simples leis humanas estatuídas para servir às
paixões e dominar os homens.

918. Por que sinais se pode reconhecer em um homem o progresso real que deve elevar seu Espírito na hierarquia espírita?

“O Espírito prova a sua elevação quando todos os atos de sua vida corporal são a prática da lei de Deus, e quando ele compreende por
antecipação a vida espiritual."

O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga sua consciência
sobre os atos realizados, ele se perguntará se não violou essa lei; se não fez mal; se fez todo o bem que podia; se ninguém tem motivos para
dele se queixar, enfim se fez a outrem tudo o que desejara que fizessem por ele.

O homem penetrado pelo sentimento de caridade e de amor ao próximo faz o bem pelo bem, sem esperar nenhum retorno, e sacrifica seu
interesse à justiça.

Ele é bom, humano e benevolente para com todos, porque vê irmãos em todos os homens sem exceção de raças nem de crenças.

Se Deus lhe deu o poder e a riqueza, considera essas coisas como UM DEPÓSITO de que ele deve usar para o bem; deles não se envaidece,
pois sabe que Deus que lhas deu pode lhas retirar.

Se a ordem social colocou homens sob sua dependência, ele os trata com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa
da sua autoridade para lhes levantar o moral, e não para os esmagar com seu orgulho.

Ele é indulgente para com as fraquezas de outrem, porque sabe que ele mesmo precisa de indulgência e lembra-se destas palavras do
Cristo: Aquele que é sem pecado atire a primeira pedra.

Não é vingativo: a exemplo de Jesus ele perdoa as ofensas para só se lembrar dos benefícios, pois sabe que lhe será perdoado como ele
próprio houver perdoado.

Ele respeita, enfim, em seus semelhantes, todos os direitos dados pelas leis da Natureza, como quereria que os respeitassem para com ele.

Evangelho segundo o Espiritismo: CAPÍTULO XVII - Sede perfeitos

Caracteres da perfeição.

1. Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam. — Porque, se somente amardes os
que vos amam, que recompensa tereis disso? Não fazem assim também os publicanos? — Se unicamente saudardes os vossos irmãos, que
fazeis com isso mais do que outros? Não fazem o mesmo os pagãos? — Sede, pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai
celestial. (S. Mateus, 5:44, 46 a 48.)

2. Pois que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta proposição: “Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial”,
tomada ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de atingir-se a perfeição absoluta. Se à criatura fosse dado ser tão perfeita quanto o
Criador, tornar-se-ia ela igual a este, o que é inadmissível. Mas, os homens a quem Jesus falava não compreenderiam essa nuança, pelo que
ele se limitou a lhes apresentar um modelo e a dizer-lhes que se esforçassem pelo alcançar.

Aquelas palavras, portanto, devem entender-se no sentido da perfeição relativa, a de que a humanidade é suscetível e que mais a aproxima
da Divindade. Em que consiste essa perfeição? Jesus o diz: “Em amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em
orarmos pelos que nos perseguem.” Mostra ele desse modo que a essência da perfeição é a caridade na sua mais ampla acepção, porque
implica a prática de todas as outras virtudes.

Com efeito, se se observam os resultados de todos os vícios e, mesmo, dos simples defeitos, reconhecer-se-á nenhum haver que não altere
mais ou menos o sentimento da caridade, porque todos têm seu princípio no egoísmo e no orgulho, que lhes são a negação; e isso porque
tudo o que sobre-excita o sentimento da personalidade destrói, ou, pelo menos, enfraquece os elementos da verdadeira caridade, que são: a
benevolência, a indulgência, a abnegação e o devotamento. Não podendo o amor do próximo, levado até ao amor dos inimigos, aliar-se a
nenhum defeito contrário à caridade, aquele amor é sempre, portanto, indício de maior ou menor superioridade moral, donde decorre que o
grau da perfeição está na razão direta da sua extensão. Foi por isso que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras da caridade,
no que tem de mais sublime, lhes disse: “Sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai celestial.”

O homem de bem.
3. O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência
sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou
voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.

Deposita fé em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria. Sabe que sem a sua permissão nada acontece e se lhe submete à
vontade em todas as coisas.

Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.

Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.

Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma
a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.

Fontes: Evangelho de João, cap. 14, ESE cap. 17, LE questões 625 e 918.

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