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Luiz Gabriel Costa Passos

Perito em Documentos

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VERIFICAÇÃO RÁPIDA DE DOCUMENTOS

I - ) VERIFICAÇÃO RÁPIDA DE ASSINATURAS

II-) VERIFICAÇÃO DA CÉDULA DE IDENTIDADE

III-)VERIFICAÇÃO DA NOVA CARTEIRA


NACIONAL DE HABILITAÇÃO

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TRANSFERÊNCIA DIGITAL DE ASSINATURAS

Com os modernos mecanismos de reprodução (fotocópias), de impressão e


de tratamento de imagem (“scanner” e impressoras de computador), assinaturas
autênticas são transferidas ou transplantadas para documentos forjados e montados.
Para prevenir-se quanto a esse tipo de fraudes, às vezes difíceis de serem
detectadas a olho nu ou à vista desarmada, faz-se necessário conhecer as
características que permitem distinguir o traçado das assinaturas digitalizadas das
lançadas por canetas de uso mais comum, tais como as esferográficas e as de tinta
líquida.

Na verdade, será a observação constante e aplicada do traçado produzido


por cada tipo de caneta (esferográfica de tinta pastosa, de tinta líquida, e caneta
tinteiro), e dos traços produzidos pelos mecanismos de cópia e reprodução (xerox e
impressoras de computador) que possibilitará diferenciá-los, pois que cada tem
suas características próprias. Evidentemente, essas observações deverão contar
com a utilização obrigatória de uma lupa, de médio aumento que seja (conta-fios
de 10x e 5x), e mesmo do uso treinado e apurado do sentido do tato.

Na seqüência, algumas características dos traçados produzidos por


canetas e por mecanismos de cópia.

1) - SULCOS (baixo relevo): - Todos os instrumentos escritores, em geral, podem


produzir, no contato com a superfície do papel, sulcos, que, no verso da folha, têm
a forma de ressaltos ou saliências. Obviamente, a profundidade do sulco dependerá
da pressão exercida, do suporte (rijo ou macio, grosso ou fino) e da própria caneta.
As canetas esferográficas, mais as de tinta pastosa que as de tinta líquida, tendem a
sulcar mais o papel, em razão da necessidade de a esfera girar para colher a tinta de

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massa pastosa ou seca do depósito. De outro modo, outros tipos de caneta (tinteiro,
ponta porosa) podem, muitas vezes, nem sempre é claro, sulcar o papel, mesmo
que mais suavemente.

Importante tatear o anverso na procura de sulcos, com relativa força, de


modo a poder sentir os sulcos mais ralos produzidos por punho leve ou que exerce
pouca pressão sobre o papel. Desnecessário tatear o verso do papel, em busca dos
correspondentes ressaltos ou saliências, visto que em muitos casos não existirão,
quer em razão da pouca pressão, quer em razão da espessura do papel.

Quanto às canetas esferográficas comuns (massa ou tinta pastosa ou tinta


seca), é de se notar que seu traçado é, em geral, bastante defeituoso, já que não há
uniformidade na deposição da massa, em razão da pastosidade ou falta de fluidez
da tinta. Outros defeitos consistem de falhas longitudinais (linhas brancas) e
perpendiculares (saliências e reentrâncias das bordas do traço), borraduras e
sujidades (deposição do excesso de massa ressecada na esfera). Defeito ainda
característico da caneta esferográfica é a denominada esquírola, que consiste numa
mais intensa deposição de tinta (acúmulo de tinta nas bordas da esfera) seguida de
uma falha no traço, que ocorre sempre que houver mudança brusca no sentido e
direção do traço (teste: procure fazer várias letras “l” minúsculas articuladas, as
esquírolas aparecerão logo após a reversão rápida do sentido do traço). O
conhecimento desses defeitos do traçado esferográfico é muito importante, visto
que um observador menos avisado poderá confundi-los com paradas e retomadas
da caneta, normalmente indícios de falsidades gráficas.

2) – SALIÊNCIAS (alto relevo): - As reproduções em xerox e as realizadas


através de impressoras a laser, quando tateadas, muitas vezes dão a sensação de
alto relevo ou saliências, graças ao seu sistema de impressão, que consiste na
deposição de toner sobre a superfície do papel, quer se trate de impressão em preto

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e branco, quer em cores. A fotocópia colorida, além disso, apresenta excessivo


brilho, quando vista com iluminação incidente.

3) – IMPRESSÃO PLANA: - As impressoras a jato de tinta, por outra parte, não


apresentam ao tato, nem sulcos nem saliências. Oportuno ressaltar que, nas
impressões a jato de tinta de regular para péssima qualidade resolutiva, o traçado
aparecerá quase sempre interrompido. Nas impressões de boa qualidade de
resolução, o traço, embora contínuo, ostentará bordas serrilhadas ou dentilhadas.
As impressões a laser também causam interrupções e cortes nos traços, além de no
mais das vezes ostentarem um colorido (pigmentos das cores básicas:
magenta/ciano/amarelo/preto).

4) – COLORAÇÃO: - Nas impressões em cores, em especial as resultantes de


impressoras a jato de tinta e a laser, e freqüentemente nas fotocópias, em meio à
cor principal obtida surgem pigmentos da cores básicas de combinação (magenta,
ciano, amarelo e preto). Nos traçados produzidos por canetas, todavia, existe
apenas uma cor.

5) – IMPRESSÃO EM LINHAS: - deve-se notar também que as impressões em


cores de xerox e de impressora a laser mostram linhas horizontais ou verticais.

RESUMINDO: - características de traçados de:

1) – Canetas: - sulcos mais ou menos profundos.


- traçados em uma cor só.

2) – Canetas esferográficas de massa:


- sulcos mais profundos (tato).
- traçados em uma só cor.
- defeitos: falhas, borraduras, sujidades e esquírolas.

3) – Xerox e Impressora a laser em preto e branco:


- leve alto relevo (tato).
- brilho (lupa e luz com incidência de 80 a 90º)
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4) – Xerox colorido:
- leve alto relevo (tato).
- brilho excessivo (iluminação incidente).
- impressão em linhas horizontais ou verticais com
interrupção dos traços.
- pigmentos das outras cores.

5) – Impressora a laser em cores:


- leve alto relevo (tato)
- impressão em linhas horizontais ou verticais com interrupção
dos traços.
- pigmentos das outras cores.

6) – Impressora a jato de tinta:

- impressão mais plana.


- pigmentos de outras cores (pontos coloridos)
- traços interrompidos em impressões de baixa qualidade
resolutiva, ou contínuos mas com bordas
dentilhadas/serrilhadas em impressões de boa resolução.

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ROTEIRO PARA EXAMES RÁPIDOS DE


ASSINATURAS

Se FORMA:

DIFERENTE RECUSAR!
= falsificação sem imitação
ou
= imitação de memória

SEMELHANTES NÃO ACEITAR AINDA!


= imitação por cópia
ou
= decalque

Se DINAMISMO:

DIFERENTE RECUSAR!

SEMELHANTE RECONHECER
A FIRMA!!!

FORMAS E DINAMISMO SEMELHANTES: ACEITAR!


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II- VERIFICAÇÃO DE CÉDULAS DE IDENTIDADE

1-) INTRODUÇÃO
2-) SÍNTESE HISTÓRICA

3-) TIPOS DE FALSIDADE

4-) ESPÉCIES DE FALSIFICAÇÕES MATERIAIS

5-) FALSIFICAÇÕES GROSSEIRAS E DE BOA QUALIDADE


6-) MODELO NACIONAL PLASTIFICADO – desde maio de 1984 –
Lei 7.116/83
7-)MODELO ESTADUAL da Casa da Moeda do Brasil
(PLASTIFICADO)
8-)MODELO ESTADUAL DO PARANÁ de 1979 a 1984
(PLASTIFICADO
9-) MODELO ESTADUAL DE SÃO PAULO (PLASTIFICADO)

10-) MODELO NACIONAL DIGITALIZADO

11-) MONTAGEM DE CÉDULAS DE IDENTIDADE

III–CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO


INTRODUÇÃO

1-) CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO


2-) FALSIFICAÇÕES

IV–ROTEIROS PARA EXAMES – Identidades


Plastificadas, e Identidades Digitalizadas/CNH

V– ANÁLISE COMPLEMENTARES

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II- VERIFICAÇÃO DE CÉDULAS DE IDENTIDADE

1-) INTRODUÇÃO:

O Curso sobre Verificação de Cédulas de Identidade Oficiais não visa à


formação de Peritos, estando primordialmente direcionado à verificação rápida de
Cédulas de Identidade, e busca apresentar conhecimentos práticos na identificação
de pessoas para os profissionais incumbidos de fazê-lo, a exemplo de funcionários
de estabelecimentos notariais e registrais, de bancos e do comércio em geral.

Não se trata de tarefa fácil, pois, como se verá, a identificação de pessoas


através da Cédula de Identidade implica em observações múltiplas, e que nem
sempre podem ser completamente sistematizadas, haja vista que o universo das
Cédulas de Identidades é, no Brasil, complexo, para não dizer caótico.

Com efeito, as noções trazidas, de cunho essencialmente prático, referem-


se às Cédulas de Identidade expedidas pelos Institutos de Identificação dos Estados
da Federação. Na verdade, em razão do Estado de origem do autor, o Estado do
Paraná, e de seu universo de atuação profissional, esse trabalho pode parecer mais
completo sobre as Cédulas de Identidade do Paraná. No entanto, os conceitos
fundamentais de segurança poderão ser aplicados aos modelos utilizados em outros
Estados, às vezes diretamente, e outras, analogicamente.

2-) SÍNTESE HISTÓRICA:

Deve-se esclarecer primeiramente que Identidade é o conjunto de


qualidades próprias e exclusivas de uma pessoa. Assim, a chamada Carteira ou
Cédula de Identidade, que é fornecida pelos Institutos de Identificação dos
Estados e do Distrito Federal, é um documento em que constam essas qualidades

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ou dados próprios e exclusivos da pessoa identificada ou portadora. Tais dados


podem ser biográficos (nome, filiação, local de nascimento, data de nascimento,
documento de origem, data de expedição, etc...), registrais (nº de Registro Geral) e
biométricos (fotografia, impressão digital e assinatura).

Até Maio de 1984, existiam os Modelos Estaduais de Identidade. Até


então, as diversas Unidades da Federação tinham completa autonomia para
escolher seu modelo, emitindo suas Cédulas de Identidade com diferenças de
tamanho, cores e layout, tornando mais difícil sua verificação.

É importante enfatizar que um grande número de Cédulas de Identidades


deste período anterior a 1984 ainda se encontra em circulação no País, em razão de
que os Modelos Estaduais continuam em vigor, por exigência de lei.

A partir de Maio de 1984 entrou em vigor o Modelo Nacional de Cédula


de Identidade, padronizado para todo o território brasileiro. Tal modelo foi
introduzido pela Lei n 7.116, de 29 de agosto de 1983, tendo sido regulamentado
pelo Decreto nº 89.250, de 27 de dezembro de 1983, o qual, além de regular sua
expedição, requisitos e características, fixou o dia 1º de maio de 1984 como data a
partir da qual os Estados da Federação deveriam iniciar a emissão no Modelo
Nacional. O Decreto nº 89.721, de 30 de maio de 1984, prorrogou essa data para o
dia 1º de julho de 1984.

O modelo nacional de cédulas de identidade é facilmente identificável na


medida em que, na face que contém os dados qualificadores do portador (verso ou
Face B), menciona, na região inferior, a “LEI Nº 7.116 DE 29/08/83”.

É importante ainda fixar que, à exceção dos demais Estados, o Rio Grande
do Sul iniciou a expedição do modelo nacional em setembro de 1984. O Rio de
Janeiro teria iniciado sua emissão nos meados de 1985.

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Frise-se, entretanto, que é nacional apenas o modelo. A expedição


continua a ser local ou estadual. E, inclusive, o nome do Órgão que emite em cada
Estado aparece impresso na Cédula. Além do mais, cada Estado ainda mantém o
seu Registro e Cadastro de Identificação Civil, o que permite que qualquer cidadão
brasileiro tenha, em tese, tantas Cédulas de Identidades quantos os Estados
Federados, com RG’s diferentes! Na atual situação da divisão territorial e política
do País, é possível alguém ter então 27 (vinte e sete) Carteiras de Identidade,
correspondentes aos 26 Estados da Federação e ao Distrito Federal. Mais um fator
a dificultar a identificação de pessoas no País, e a facilitar a fraude. O fato de cada
Estado ter seu próprio Cadastro de Identificados, que por sua vez não tem qualquer
comunicação com os dos demais Estados, permite um fraudador, do Paraná, por
exemplo, obter no Estado de Pernambuco uma identidade em nome de outra
pessoa não identificada neste Estado, bastando levar requerê-la com um documento
dessa pessoa ou mesmo de pessoa fictícia/fantasma. É o que se denomina de
Falsidade Ideológica. Evidentemente, uma identidade assim obtida é
materialmente verdadeira (impresso e preenchimento afinal originaram-se de um
Instituto de Identificação Oficial), mas ideologicamente falsa.

3-) TIPOS DE FALSIDADE:


A falsidade de uma Cédula de Identidade ou de um documento de
identidade qualquer (CNH, etc...) pode ser ideológica, como acima referida,
quando o documento é materialmente verdadeiro quanto à sua origem (impresso e
preenchimento são oriundos de órgão oficial), material, quando atinge os aspectos
materiais que compõem o documento, como o impresso e preenchimento
(impresso falso), ou o preenchimento (identidade verdadeira furtada, por exemplo,
em que se mudou a foto – adulteração). A falsidade ideológica é de impossível
descoberta nos exames rápidos ou mais minuciosos, efetuados nos Tabelionatos e
Cartórios. As falsidades que podem ser aí descobertas são as do tipo material.
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4-) ESPÉCIES DE FALSIFICAÇÕES MATERIAIS.


Importa fazer algumas considerações preliminares que servirão para a
abordagem de todos os modelos de Cédulas de Identidade, tanto nacional quanto
estaduais, do Estado do Paraná e de outras Unidades da Federação.

As falsificações materiais de Cédulas de Identidade ocorrem basicamente


de quatro maneiras, não apenas com referência ao Modelo Nacional, como
também com relação a todos os modelos estaduais de cada Estado.

4.1 – A primeira modalidade de fraude atinge o próprio impresso da


Cédula, e é conhecido como contrafação, já que se falsifica o impresso mesmo,
reproduzindo-se impressos falsos a partir de um modelo verdadeiro em branco
ilicitamente adquirido (espelho), por meio de cópia xerox, de impressoras de
computador ou de impressão gráfica em off-set. Têm-se, então, uma Cédula
falsificada em seu impresso. Evidentemente, quando o impresso é falso, também o
preenchimento poderá apresentar falhas, não seguindo os parâmetros dos
Institutos de Identificação do país.

4.2 – A segunda modalidade de falsificação afeta o preenchimento da


Cédula de Identidade, ou seja, produz-se qualquer adulteração dos dados que
preenchem o documento. Normalmente, uma Identidade roubada ou furtada tem a
fotografia do portador substituída.

4.3 – Uma terceira modalidade de fraude consiste em usar o falsário um


impresso verdadeiro, obtido ilicitamente dos órgãos policiais de identificação.
Naturalmente, o preenchimento, nesses casos, poderá apresentar falhas, que,
detectadas, proporcionarão a recusa do documento.

Nestas condições, um verificador de Cédulas de Identidade deverá ter bons


conhecimentos sobre as características de segurança do impresso autêntico, bem

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como dos defeitos típicos das falsificações de impresso, em geral deixados pelas
cópias coloridas em xerox, impressoras de computador e off-set, para poder
detectar impressos falsos. Do mesmo modo, deverá ter noções dos elementos de
segurança introduzidos pelos diversos Institutos de Identificação do País no
preenchimento das Cédulas, a fim de saber levantar as adulterações causadas nos
documentos.

Por essas razões, os estudos e análises de todos os modelos de Cédulas de


Identidade, que seguem, serão sempre divididos em duas partes, a saber, a) –
impresso autêntico e b) – preenchimento autêntico.

4.4 – Existe ainda uma quarta modalidade de falsificação material que


afeta as Cédulas de Identidade, a qual consiste na montagem de uma Cédula de
Identidade, com impressos autênticos e preenchimento autêntico. Os falsificadores
montam uma terceira Cédula de Identidade a partir de uma identidade furtada ou
roubada e uma identidade pertencente ao aplicador do golpe. Cria-se uma Cédula
de Identidade montando a Face B do documento furtado com a Face A da
identidade do próprio fraudador. Tal espécie de fraude em muitos casos será de
difícil descoberta, pois tem-se uma identidade materialmente falsa, formada a
partir de duas identidades verdadeiras. A verificação comparativa do nome do
portador desta Cédula (Face B) com a assinatura na Face A permite às vezes
suspeitar de uma montagem.

Na atualidade, muitos fraudadores montam cédulas de identidade com a


Face A verdadeira da sua com uma Face B falsa, esta produzida em impressora de
computador ou em off-set, preenchida em nome de terceiros. Nesse caso, a
descoberta da fraude será facilitada pelo exame da Face B, pois esta se constituirá
de impresso falso, sendo possível a descoberta da falsidade do impresso.

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5-) FALSIFICAÇÕES GROSSEIRAS E FALSIFICAÇÕES DE


BOA QUALIDADE.

A jurisprudência dos Tribunais de Justiça nos Estados e da União tem


na maior parte entendido que a responsabilidade administrativa e jurídica dos
Tabelionatos de Notas e dos Cartórios do Registro Civil e outros extrajudiciais
restringe-se, no que se refere à descoberta de fraudes, tanto de documentos em
geral, quanto de assinaturas, à obrigatoriedade de se descobrirem as falsificações
grosseiras, já que as falsificações de boa qualidade só podem ser descobertas por
Peritos especializados. Evidentemente, as fraudes bem elaboradas são da alçada
dos Peritos, pois que estes têm conhecimentos periciais especiais sobre
falsificações, dispondo também de instrumental ótico de médio e grande aumento
(lupas monoculares e binoculares de grande alcance e aumentos), e também do
tempo necessário para os exames minuciosos e detalhados. Ora, é por demais
sabido que nos balcões dos cartórios e tabelionatos, as verificações devem ser
rápidas, sendo que os funcionários não detêm conhecimentos periciais nem
equipamentos para exames mais apurados. Nessas condições, o Poder Judiciário
tem entendido e compreendido, de maneira prudente e sábia, que os verificadores
de documentos e assinaturas de estabelecimentos notariais e registrais tem sua ação
e responsabilidade limitada à descoberta de fraudes grosseiras.

Nosso Curso, no entanto, tem por objetivo transmitir, além dos


conhecimentos básicos necessários a evitarem-se as fraudes mais grosseiras,
muitas técnicas e roteiros de rápida aplicação, que permitirão a constatação de
várias fraudes perpetradas com maior qualidade.

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6-) MODELO NACIONAL PLASTIFICADO DE IDENTIDADES –


desde maio de 1984 (Lei 7.116/83 de 29/08/83).

As Carteiras de identidade plastificadas, tanto as do modelo


nacional, quanto as dos modelos estaduais, são as que oferecem maiores
dificuldades para sua verificação, pois o plástico impede a visualização e
percepção rápida de fatores de segurança fundamentais das identidades
verdadeiras, a exemplo, principalmente, das impressões em alto relevo das tarjas
marginais do impresso, em sua frente e verso. Em razão então dos obstáculos
criados pelo plástico para a percepção do alto relevo das bordas do impresso,
teremos que encontrar outros elementos que nos permitam uma avaliação rápida,
pelo menos tão rápida quanto possível.

De todo modo, a ordem dos exames das Carteiras de Identidade


plastificadas seguirá uma metodologia que partirá sempre do que é mais fácil de
observar para o que é mais difícil, de modo a tornar-se prática e funcional nos
exames rápidos dos balcões dos estabelecimentos notariais e registrais.

Há que se distinguirem exames mais rápidos de outros que, por força da


responsabilidade maior do ato notarial, poderão levar um tempo a mais.

Assim, temos exames bem rápidos quando se trata de tirar, por exemplo,
uma cópia de documento e autenticá-la. Esses exames são feitos a olho nu,
sem a utilização de lupas de aumento, e no máximo usando-se uma luz ultravioleta.
Nesses casos, inicia-se pelo EXAME DO PREENCHIMENTO, com a
observação direta da impressão digital, do exame da fotografia, e do mecanismo
de impressão dos dados do portador, terminando-se pela verificação do
IMPRESSO submetido à radiação ultravioleta, com o aparelho estrategicamente
colocado para o exame rápido.
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De outra maneira, quando se tratar de abertura de Cartão de


Assinaturas e lavratura de Procuração ou Escritura ou outra espécie de
Ato Notarial, além dos exames anteriores de PREENCHIMENTO (impressão
digital, fotografia e mecanismo impressor), o exame do IMPRESSO,
inicialmente submetendo-se o documento à luz ultravioleta, culmina pela fase de
observação um pouco mais minuciosa através da lupa monocular (5x e 10x).
Na sequencia, apresenta-se o ROTEIRO a ser seguido nos exames das
Identidades Plastificadas, passando-se a uma abordagem explicativa de cada um
dos exames que compõe o Roteiro:

1- PREENCHIMENTO:

a) IMPRESSÃO DIGITAL: tinta preta, nítida e íntegra ou completa.


b) FOTOGRAFIA: papel - bordas - perfuração mecânica.
c)TÉCNICA DE IMPRESSÃO: datilografia, impressão matricial,
impressão a laser.

2- IMPRESSO:

a) PAPEL: opaco ao UV – fibras (2) e impressão luminescente. EXAME


AO UV.
b) OBRA IMPRESSA: Brasão do Estado – Fundo de Segurança e Tarjas
Marginais (alto relevo) – EXAME COM LUPA.

******************************
6.1 - ) PREENCHIMENTO AUTÊNTICO:

6.1.1-) QUALIDADES DA IMPRESSÃO DIGITAL. A impressão do


dedo polegar direito obedece a alguns requisitos técnicos quase sempre não
observados nas falsificações. Deve ser tomada em tinta preta de imprensa, ser
nítida e abranger núcleo e regiões laterais inferiores.
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= Tinta preta tipográfica: - impressão em tom grafite, cinza ou azulada são


mais comuns quando produzidas nas fraudes, em razão do emprego de tintas
líquidas de almofadas para carimbo.

= Nitidez: - a impressão digital deve apresentar nitidez com as linhas


pretas, que representam os desenhos das cristas papilares da polpa digital, sendo
bem distintas. Impressão borrada que não permita distinguir essas linhas indicam
falsificação. As tintas de carimbo, mais líquidas, usadas nas fraudes, produzem
mais facilmente os borrões na impressão.

= Configuração íntegra: - a impressão digital deve conter o núcleo do


desenho digital e suas partes laterais inferiores, imprescindíveis para sua
classificação (tipo fundamental) e subclassificação (subtipo). Impressão parcial,
apenas da parte superior ou inferior do desenho digital, é indício da falsificação.

6.1.2-) QUALIDADES DA FOTOGRAFIA

= Nas Carteiras de Identidade do Modelo Nacional deve aparecer


Fotografia 3x4 em papel fino, brilhante e liso.

Ao papel brilhante, fino e liso, empregado em fotos para Cédulas de


Identidade, contrapõe-se um outro tipo, grosso, fosco e ranhurado, o qual, se
presente em uma Cédula, deve despertar sérias suspeitas de falsificação ou
adulteração.

= O fundo branco é recomendado para produzir contraste. Não é raro,


porém, que apareçam Cédulas de Identidade, de vários Estados, com fundo um
pouco mais escuro. Observar que, no Estado de São Paulo, permite-se a foto com
fundo escuro: azul, cinza escuro, etc...

= Os retoques e adornos são vedados, uma vez que podem mascarar as


qualidades reais do portador.

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= Essas características do papel, acima arroladas, encontram-se presentes,


na verdade, em todos os documentos oficiais de identificação do mundo inteiro, na
medida em que retratam com maior fidelidade seu portador.

= Bordas da fotografia: as bordas ou contornos das fotografias devem ser


atentamente observadas, revelando muitas vezes preciosos vestígios de
substituição, como: assinatura sobre a foto, resíduos de cola além das bordas,
cortes visíveis da camada de plástico original, ou no impresso (a fotografia original
era maior que a atual).

6.1.3-) PERFURAÇÃO MECÂNICA ENTRE A FOTO E O IMPRESSO.

O objetivo da perfuração consiste obviamente em vincular materialmente a


fotografia do portador à sua Cédula de Identidade, dificultando sua substituição ou
deixando as marcas da substituição fraudulenta. As perfurações são produzidas
antes da montagem da Cédula, e atingem apenas a foto e a face sobre que a foto
está colada, a Face A, sem afetar a outra face, ou Face B.

A perfuração mecânica tornou-se obrigatória somente a partir do Modelo


Nacional de Identidade (Lei 7.116 de 29/08/83 e Decreto 89.250/83). A redação do
Decreto 89.250/83 a respeito foi equivocada, pois exigiu “perfuração mecânica da
sigla do órgão de identificação sobre a fotografia do titular” (letra “d” do § único
do Art. 3º), e não sobre a foto e o impresso, como deveria ter sido.

= Em cada Unidade da Federação usa-se uma sigla ou iniciais diferentes,


naturalmente relativas a esta Unidade. O falsário desconhece com freqüência este
fato, efetuando, por exemplo, perfurações mecânicas em Cédulas falsificadas do
Estado de Santa Catarina que reproduzem a sigla usada no Estado do Paraná.

Por isso, é necessário que o verificador tenha conhecimento das siglas


existentes nas perfurações mecânicas em Cédulas de outros Estados, como se pode
observar na seqüência:
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ATENÇÃO! Perfurações mecânicas em outros Estados:

ACRE : IIRHM - Inst. de Ident.Raimundo Hermínio de Mello


IIAC

ALAGOAS : IIAL - Inst. de Identificação de Alagoas,


II
IIMPS – Inst. de Id. Mario Pedro dos Santos
(06/8/2004?)

AMAPÁ : DIAP - Dep. de Identificação. do Amapá


IIAP
AMAZONAS : IIACM - Inst. de Ident. Anderson Conceição de Mello
IIAM e
RELEVO SECO (Marca d’água ou Chancela)

*BAHIA : IIPM - Inst.de Ident. Pedro Mello


CEARÁ : IICE - Inst. de Ident. do Ceará.

DISTRITO FEDERAL: IISEP - Inst.de Ident. da Secretaria de Seg. Pública


IIPCDF (desde 2006)

*ESPÍRITO SANTO : DEID - Dep. de Identificação.


SPTC mais recentemente (2008)

GOIÁS : SSPGO - Secretaria de Seg. Púb. de Goiás.


PC-GO - Polícia Civil de Goiás
DGPC

MARANHÃO : SJSP-Secretaria de Justiça e Seg Pública;


SSPMA – Secretaria de Seg. Pública do Maranhão
IIMA – GEJUSPC – SESEC – GESEP - SESEP

MATO GROSSO : IIMT - Inst. de Ident. do Mato Grosso


MATO GROSSO DO SUL: IIMS - Inst. de Ident. do Mato Grosso do Sul
MINAS GERAIS : IIMG - Inst. de Ident. de Minas Gerais
PARÁ : SEGUP - Secr. de Seg. Pública do Pará;
PCIVIL – Polícia Civil
IIPA
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PARAÍBA : IPC-DI - Inst. Pol. Científica - Dep. de Identificação


PARANÁ: SESP desde 1970 até 05 de novembro de 2002 e
IIPR a partir de 06 de novembro de 2002.
PERNAMBUCO : ITB - Instituto Tavares Buril
IITB – Instituto de Identificação Tavares Buril

PIAUÍ : IIPI - Instituto de Identificação do Piauí


IJDM - Instituto João de Deus Martins

*RIO DE JANEIRO : IFP - Instituto Félix Pacheco


IPF – Instituto Pereira Faustino (Estado do Rio)
DIC desde 21 de janeiro de 1997

RIO GRANDE DO NORTE : ITEP - Instituto Técnico de Polícia

RIO GRANDE DO SUL : IIRS – Instituto de Ident. do Rio Grande do Sul


DIRS a partir de setembro de 2006

RONDÔNIA : IICCRO - Inst. de Ident. Civil e Criminal de Rondônia


RORAIMA : IIRR - Instituto de Identificação de Roraima

SANTA CATARINA : SSPSC - Secret. de Seg. Pública de Santa Catarina e


SSP – Secretaria de Seg Pública (ambas as perfurações
para identidades expedidas no Interior do Estado)
IISC - Inst. de Identificação de Santa Catarina (para as
expedidas em Florianópolis)
SÃO PAULO : IIRGD - Inst. de Ident. Ricardo Gumbleton Daunt
SERGIPE : IISE - Inst. de Ident. de Sergipe
TOCANTINS SJTO - Secret. de Justiça e Seg. de Tocantins
SJSPTO e SSPTO

*BAHIA, ESP. SANTO e R. DE JANEIRO: sem perfurações nas digitalizadas!

OBSERVAR COM ATENÇÃO:


= Conferir a sigla perfurada
= Bordas das perfurações: semelhança/igualdade das perfurações.
=Alinhamentos das perfurações: alinhamentos verticais e horizontais.

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6.1.4-) TÉCNICAS DE IMPRESSÃO

Trata-se aqui de saber como são preenchidos, na Face B, os dados que


qualificam o portador da Carteira de Identidade. Ou seja, com qual espécie de
equipamento foram preenchidos esses dados, se com máquina de escrever, se com
impressora matricial ou se com impressora a laser.

Nas Carteiras de Identidade plastificadas os mecanismos de impressão


usados foram, de um modo geral, a máquina de escrever manual e a impressora
matricial. Raramente se tem visto o uso de impressora a laser ou de impressora a
jato de tinta.

= A máquina de escrever manual foi o equipamento utilizado para


preencher as Cédulas de Identidade plastificadas do modelo nacional (Lei 7.116)
enquanto os Institutos emissores não se tinham ainda informatizado.

= A impressora matricial é o equipamento normalmente empregado a


partir do momento em que um órgão emissor se informatizou.

A grande dificuldade, no caso, reside em se saber quando exatamente um


determinado instituto informatizou-se, deixando de lado a datilografia e passando a
usar a impressão matricial dos dados. Ocorre que essas datas variam de instituto
para instituto. Assim, vai-se procurar estabelecer algumas datas conhecidas e
algumas observações de ordem geral.

Primeira observação geral: - preenchimento de dados por impressora


a jato de tinta (tanto em identidades plastificadas quanto em digitalizadas) é
indício de preenchimento falso, já que não é equipamento empregado pelos
Institutos para lançar dados qualificativos do(a) portador(a). Como exceção, tem-
se percebido que algumas identidades plastificadas autênticas de Santa Catarina
são preenchidas por impressora a jato de tinta.

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Segunda observação geral: - preenchimento de dados por impressora a


laser em identidades plastificadas é indício de preenchimento falso, já que essa
espécie de impressora passa a ser utilizada apenas nas identidades digitalizadas.
Como exceção, tem-se visto algumas identidades plastificadas dos Estados do
Ceará e Piauí com todos os seus dados preenchidos por impressora a laser (dados
qualificativos, como a assinatura, foto e impressão digital).

Informatização nos Estados: - a seguir são apresentadas datas


aproximadas da informatização dos Institutos de Identificação de vários Estados.
A partir destas datas, portanto, é de se supor que as Identidades Plastificadas
tenham deixado de ser preenchidas por máquinas de datilografia, passando a ser
preenchidas por impressora matricial de agulhas, com predomínio de coloração
cinza. Há que se ter muito cuidado, pois em Estados de grande densidade
populacional, com expedição regionalizada, a informatização iniciou-se
normalmente pela Capital, estendendo-se posteriormente para o Interior. Assim,
têm-se, nesses Estados, identidades preenchidas por impressora matricial ao lado
de outras datilografadas.

= ALAGOAS: - a partir de 1998, as identidades teriam iniciado o preenchimento


por impressora matricial em Maceió, e no Interior a partir de 2003.

= AMAPÁ: - a partir de 1996.

= AMAZONAS: - a partir de 1989.

= BAHIA: - a partir de 1990.

= CEARÁ: - a partir de 2001 em todo o Estado.

= DISTRITO FEDERAL: - a partir de 1993.

= GOIÁS: - a partir de 1990.

= MARANHÃO: - a partir de 1992.

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= MATO GROSSO: - a partir de 1992.

= MINAS GERAIS: - a partir de 1986.

= PARÁ: - a partir de 1984.

= PARAÍBA: - a partir de 1996.

= PARANÁ: - a partir de maio de 1984 (modelo nacional) em impressora matricial


de agulhas.

= PERNAMBUCO: - a partir de 2000.

= PIAUÍ: - a partir de 2003.


= RIO DE JANEIRO: - a partir de 1986.

= RIO GRANDE DO NORTE: - a partir de 1996.

= RIO GRANDE DO SUL: - a partir de setembro de 1974 (Estado pioneiro na


informatização).

= RORAIMA: - a partir de 2001.

= SANTA CATARINA: - a partir de 1994 na Capital. No interior muitas


identidades preenchidas por datilografia.

= SERGIPE: - a partir de 1992¸ sendo comuns as datilografadas mesmo após essa


data.

= TOCANTINS: - a partir de 1993.

= SÃO PAULO: - a informatização inicia em 1987 pela Capital, começando desde


então a surgir as identidades preenchidas com impressora matricial, sendo normal
encontrarem-se ainda as datilografadas, senão por máquinas manuais, por
máquinas elétricas e eletrônicas.

Com relação ao preenchimento das Identidades paulistas, importante


referir que, a partir da informatização, desde 1987, quando são lançados os dados
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por impressora matricial, existe uma disposição constante e obrigatória, que se


revela nos seguintes aspectos:

= presença obrigatória do dígito verificador após a numeração do RG, separado


sempre por hífen. O dígito verificador vai de 0 a 10, sendo que o 10 é
representado pela letra maiúscula “X”;

= o mês, tanto o data de expedição quanto o da data de nascimento, é representado


pela abreviação da palavra relativa ao mês: JAN, FEV, ABR, MAI, JUN, JUL,
etc...;

= os nomes do portador, do pai e da mãe mantêm alinhamento à esquerda, com


espaço duplo entre eles, sendo esse espaço simples apenas quando um dos
nomes for mais longo e dever passar para a linha seguinte;

= o campo referente ao documento de origem é sempre preenchido em três (03)


linhas, alinhadas à esquerda, e sempre na seguinte ordem:
- 1ª linha: Cidade/Comarca e sigla do Estado;
- 2ª linha: Indicação do Cartório em que se fez o registro civil;
- 3ª linha: dados do registro: CN : LV. A16 / FLS.036 / N. 002122

= atentar sempre para a classificação dos Livros de Registro Civil: A para os de


Registro de Nascimento, B para os de Registro de Casamento e C para Registro
de Óbitos (não usado, obviamente).

Obs. – Essa disposição permanece a mesma nas Identidades Digitalizadas do


Estado, expedidas a partir de outubro/novembro de 1999 nos Poupatempo de
Itaquera e São Bernardo do Campo.

A alteração ocorre nas Identidades Digitalizadas emitidas a partir do


início do ano de 2014 (RG em cor vermelha). Exceto no que diz respeito ao
dígito verificador, que continua, o mês passa a ser representado por algarismos,
e os nomes e os dados do documento de origem não obedecem mais aos
alinhamentos e espaçamentos citados.

*******************************

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6.1.5-) NUMERAÇÃO DO RG

No PARANÁ, na Cédula de Identidade (desde maio de 1984), a numeração


obedece às separações centesimais, com o dígito de controle ao final, separado por
hífen. (Ex. 2.587.281-7).

Em SANTA CATARINA, as Identidades são expedidas em Florianópolis


e nas Delegacias Regionais. A numeração é registrada em casas centesimais
separadas por ponto ou espaço, e é antecedida pelo código da Regional expedidora.
(Exemplo: 12R/ 1.239.458, ou 13C/2.549.327, 1/R 456 897, com a letra “C”
significando Circunscrição). As identidades expedidas em Florianópolis não
contêm esse código. A partir da informatização do sistema, que não foi simultâneo
em todo o Estado, e que iniciou em 1994, deixou de se registrar o Código da
Regional emissora.

No RIO GRANDE DO SUL, a numeração apresenta dez dígitos, não há


separação das centesimais, e o segundo dígito é “0” (zero) ou “1”. A partir de
setembro de 1974, com a informatização do sistema, procedeu-se a um
recadastramento com nova numeração de RG, e à emissão de uma nova cédula de
identidade, perdendo validade as antigas cédulas e seus RG´s, conhecidas como
“amarelinhas”, em razão de sua cor, a partir de setembro de 1976.

No ESTADO DE SÃO PAULO, a numeração é separada pelas casas


centesimais, com dígito verificador após a informatização/1987 (de 0 a 10, sendo
que 10 é representado por “X”), desde as preenchidas por impressora matricial.

Em MINAS GERAIS a partir de 04/01/71 acrescentou-se a letra “M” no


início da numeração e a numeração reinicia de 01. Em 12/12/94 introduziram-se as
letras “MG” antecedendo a numeração, que começa com 10.000.000. As letras
fazem parte do RG.

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6.2 - ) IMPRESSO AUTÊNTICO:


6.2.1 -) PAPEL

a-) Impresso opaco quando exposto à luz ultravioleta ou luz negra. Os


papéis de segurança (safety paper), como os usados para a confecção da Cédula de
Identidade, quando submetidos à lâmpada ultravioleta, revelar-se-ão escuros e não
esbranquiçados ou fluorescentes, porque não são tratados com alvejantes.

b-) Fibras luminescentes, que se constituem de filamentos tratados com


alvejantes óticos e espalhados em papel opaco, tornando-se visíveis se expostos à
radiação ultravioleta (UV).

c-) Fibras Coloridas. Não se confundem com as luminescentes. Trata-se


de pequenas fibras sintéticas, nas cores vermelha, azul e verde que são espalhadas
na massa do papel por ocasião de sua fabricação, visíveis a olho nu.

d-) Impressão luminescente. Em Cédulas de Identidade, do Estado do


Paraná e de outros Estados, pode aparecer (não é obrigatória!) uma impressão feita
com tinta luminescente (não se trata de fibras). Normalmente, essa impressão
registra o Órgão emissor (Secretaria de Segurança Pública – Instituto de
Identificação) e o Brasão da República.
Na atualidade, esses quatro itens de segurança do papel têm sido
reproduzidos pelos falsários: após adquirirem no comércio papel opaco com fibras,
aplicam a impressão com tinta luminescente. Nessas condições, a única
conclusão confiável nos exames com equipamento ultravioleta é a de
falsidade do impresso quando o papel revela-se esbranquiçado ou
azulado, ou seja, não fica opaco ou escuro. Quando o exame revelar papel opaco
com fibras e impressão luminescente, nada se conclui: pode ser papel verdadeiro
ou papel similar adquirido pelos fraudadores! A solução será examinar a obra
impressa sobre o papel.
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6.2.2 -) OBRA IMPRESSA (exames com lupas de 5x e 10x)

a -) O Brasão do Estado, em verde escuro, localiza-se na região superior


esquerda da frente ou Face A. Este brasão, independentemente do Estado emissor,
notabiliza-se pela nitidez e fina resolução, a ponto de se poder ler (com auxílio de
lupa) lemas e expressões heráldicas impressas com microletras, bem como
algarismos componentes de datas, quando o brasão as contiver, é evidente. Para
exemplificar, o brasão do Estado de São Paulo contém a expressão latina “PRO
BRASILIA FIANT EXIMIA”, a qual em tese é legível nos impressos autênticos.
O brasão do Estado da Bahia ostenta a expressão latina “PER ARDUA SURGO”.
O de Santa Catarina, o topônimo “ESTADO DE S. CATARINA”, e assim por
diante. Nos impressos falsos, essas microletras e microalgarismos dificilmente são
reproduzidos.

= O Brasão da República é visto ainda impresso em verde claro no centro


do verso do impresso.

Deve-se estar atento ao fato de que há empresas fabricantes de impressos,


credenciadas, que produzem impressos em que o Brasão do Estado apresenta-se
menos nítido, mas nunca borrado. De outro lado, há que se lembrar de que
impressos falsificados na técnica offset de boa qualidade também ostentam nitidez
e resolução. De todo modo, o exame do Brasão é apenas o início dos exames, e
nunca o definitivo e decisivo. Afinal, os exames continuam...

b -) Fundo de Segurança: o fundo numismático de segurança é formado


por linhas, em verde-claro, retas ou onduladas ou anguladas. Estão em toda a frente
do impresso (Face A), exceto no espaço ocupado pela impressão digital do polegar
direito, e em todo o verso (Face B).

Nos impressos verdadeiros essas linhas assumem caráter importante nos


exames, em vista de que o conjunto de suas qualidades dificilmente encontra-se
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reproduzido nos impressos falsificados por meios eletrônicos (xerox colorido,


impressão a jato de tinta e impressão a laser).

Devem apresentar as seguintes qualidades:

= primeiramente, devem existir. Sua inexistência é indício de falsidade do


impresso.
= devem ser finas e delicadas.
= devem ser contínuas. As interrupções são indícios de falsidade.
Interrupções nas linhas são comuns nos impressos falsos obtidos mediante xerox
colorido, impressão a laser e impressão a jato de tinta de regular para péssima
qualidade resolutiva.
= devem apresentar bordas regulares. Nas impressões a jato de tinta de boa
resolução as linhas, embora contínuas, mostrarão bordas irregulares, dentilhadas ou
serrilhadas.
= devem manter, em todo o seu percurso, o mesmo tom verde-claro: a
presença de pigmentos em verde mais escuro atestará falsidade do impresso.

*****************************

OBS. – Tendo-se constatado que o Brasão do Estado apresenta razoáveis


condições de nitidez, e que as linhas do fundo de segurança apresentam
as cinco qualidades, pode-se já concluir que o impresso não foi
falsificado por meio eletrônico (xerox colorido, impressão a jato de tinta
ou impressora a laser). Nessas condições ou será verdadeiro, ou terá
sido falsificado por impressão em offset de boa qualidade.

Será o exame seguinte, das tarjas marginais, que permitirá quase


sempre distinguir se o impresso é verdadeiro ou falso.

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c -) Tarjas Marginais em Alto Relevo: são as vinhetas e inscrições em alto


relevo nas tarjas marginais do impresso, em impressão nítida e definida, compondo
a moldura das duas faces do impresso. Muito embora essas impressões em alto
relevo das tarjas sejam mais adequadamente sentidas pelo tato, essa sensação tátil
não pode ocorrer nas identidades plastificadas em virtude da plastificação.

No entanto, frequentemente a impressão em alto relevo, indicativo seguro


de autenticidade do impresso, poderá ser visualizada, desde que possam ser
percebidas, com o auxílio de uma lupa, algumas características dessa impressão em
alto relevo. As características são as seguintes:

= distribuição desigual de tinta (falhas de tinta);


= borrões pontuais (não se trata de borradura generalizada); e
= percepção do alto relevo.

Uma das ocorrências será suficiente para atestar em alto relevo.

⇒ Não havendo impressão em alto relevo, o impresso não será

autêntico, caracterizando desse modo a falsidade do impresso e da própria


identidade.

⇒ Tendo-se detectado, entretanto, a presença do alto relevo, o

impresso será autêntico.

⇒ Sendo o impresso autêntico e, não se tendo observado, no exame

anterior do PREENCHIMENTO nenhuma irregularidade sob os aspectos


examinados (impressão digital, fotografia, perfuração mecânica sobre foto, e
técnica de impressão), pode-se concluir que não há vestígios de falsificação, ao
menos aparente e grosseira. Pode-se assim aceitar o documento.

**************************
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7-) MODELOS ESTADUAIS PLASTIFICADOS – Modelo da Casa


da Moeda do Brasil

Antes de 1984, os Estados, em face de não existir nenhuma legislação


padronizando os documentos oficiais de identidade, tinham liberdade para escolher
o modelo que julgassem o mais apropriado.

No entanto, um modelo que acabou sendo expedido por vários Estados foi
o fabricado pela Casa da Moeda do Brasil, um dos poucos fabricantes da época.
Para o Estado que o adquiria, mudava-se apenas a impressão que identificava o
Estado e Órgão emissor, e a do brasão.

Assim ocorreu com Santa Catarina, Brasília/DF, Minas Gerais, Rio de


Janeiro, Pará, Piauí, Maranhão, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul (a partir
de 1979 quando o Estado foi instalado), Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do
Norte, Paraná (até 1979, quando teve que mudar o modelo em razão da
informatização), Ceará, Espírito Santo, Território de Guaporé (depois Território de
Rondônia) e Rondônia.

A maior parte destes Estados o utilizou de 1970 até Maio de 1984, antes do
modelo nacional. O Paraná, até 1979, pois de 1979 a 1984 expediu modelo
exclusivo. O Mato Grosso do Sul o expediu de janeiro 1979 a maio de 1984.

A ordem dos exames é exatamente a mesma utilizada para as Identidades


Plastificadas do Modelo Nacional, anteriormente estudada, já que os elementos de
segurança são, com poucas exceções, os mesmos. Aplica-se assim a ordem prevista
no Resumo apresentado na página 21 desta Apostila.

7.1- ) Preenchimento Autêntico. As características de segurança a


serem observadas são praticamente as mesmas contidas no modelo nacional, com
algumas particularidades:

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7.1.1-) Qualidades da impressão digital: - as mesmas seguidas pelo


modelo nacional: tinta preta tipográfica, nitidez da impressão e integridade
(núcleo e partes laterais inferiores).

7.1.2-) Fotografia 5x7 em papel brilhante, fino e liso, com fundo branco,
sem retoques e adornos.
No exame da fotografia aplicam-se todas as observações feitas à ocasião da
explanação a respeito do modelo nacional.

7.1.3-) Perfuração mecânica entre a foto e o impresso. Aqui também


devem-se seguir todos os parâmetros ditados para o modelo nacional, lembrando
que a perfuração mecânica de Cédulas de Identidade é efetuada no Paraná desde
1970, ou seja desde a implantação deste modelo de 1970-1979. Vários outros
Estados que adotaram o modelo não perfuravam mecanicamente a foto e o
impresso, passando a fazê-lo apenas a partir de maio de 1984, no modelo nacional,
segundo exigência expressa no Decreto 89.250/83.

7.1.4-) Técnica de Impressão: - Com esse modelo de impresso, os dados


qualificadores do portador foram sempre datilografados, qualquer que fosse o
Estado emissor. Qualquer outro tipo de impressão que apareça, que não seja a
datilografia, indica falsificação. É que esses formulários impressos pela Casa da
Moeda do Brasil são planos e não formulários contínuos e, como tais, não podiam
ser preenchidos por impressoras de computador, mas só preenchidos manualmente
mediante o uso de máquinas de escrever. Daí, serem todos datilografados.

7.2 - ) Impresso Autêntico:

7.2.1-) Impresso opaco quando exposto à luz ultravioleta ou luz negra.


Do mesmo modo que os impressos utilizados para a confecção da Cédula de

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Identidade do modelo nacional expedida a partir de maio de 1984. Trata-se de


papel de segurança (safety paper).

Na verdade, esse elemento de segurança pouco representa para se aferir se


o impresso é autêntico ou falso. Mesmo que ele contivesse fibras coloridas – as
fibras luminescentes são curtas e pouco visíveis – de pouco adiantaria, na medida
em que papéis com essas características (opacidade, fibras coloridas e
luminescentes) podem ser facilmente adquiridos por falsários, conforme já
assinalado. Com a exposição aos raios ultravioleta, a única conclusão válida é a de
falsidade do impresso quando mostrar reação de intensa fluorescência ou reflexo
esbranquiçado.

No entanto, caso a radiação ultravioleta revele opacidade, nada se poderá


concluir, devendo os exames voltar-se para as qualidades da Obra Impressa:

7.2.2-) Fundo de Segurança: Linhas registrando uma figuração parecida


com um algarismo “8” ou com uma ampulheta (frente e verso), Brasão do
Estado (verso, canto superior esquerdo), e Brasão da República (verso, centro),
com nitidez de resolução e definição de cores e de desenhos.

6.1.3-) Linhas marginais impressas em alto relevo ou “talho-doce”, com


definição e nitidez de cores e desenhos.
= Sendo o impresso falso, a Identidade será falsa. Impresso autêntico, ao
lado de nenhuma irregularidade observada quanto ao preenchimento (impressão
digital, fotografia, perfuração quando houver, e técnica de impressão/sempre
datilografia) levará à aceitação do documento.

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8-) MODELO ESTADUAL DO PARANÁ de 1979-1984 –


Plastificado.
Em Fevereiro de 1979 ocorreu a informatização do Instituto de
Identificação do Paraná, e a Face B tinha que ser necessariamente formulário
contínuo, para ser preenchida em impressora de computador. Por essa razão o
Estado do Paraná teve que abandonar o modelo estadual da Casa da Moeda, e
adotou um impresso de Cédula de Identidade exclusivamente para si. Foi usado de
fevereiro de 1979 até maio de 1984.

Embora muitas características de segurança, tanto do impresso, quanto do


preenchimento, sejam coincidentes com as encontradas no modelo nacional
implantado desde 1984, há peculiaridades que merecem ser conhecidas:

8.1 - ) Preenchimento Autêntico. As características de segurança a


serem observadas são praticamente as mesmas contidas no modelo nacional, com
algumas particularidades:

8.1.1-) Qualidades da impressão digital: - as mesmas seguidas pelo


modelo nacional: tinta preta, nítida e íntegra.

8.1.2-) Fotografia 5x7 em papel brilhante, fino e liso, com fundo branco,
sem retoques e adornos.
No exame da fotografia aplicam-se todas as observações feitas à ocasião da
explanação a respeito do modelo nacional.

8.1.3-) Perfuração mecânica entre a foto e o impresso. Aqui também


devem-se seguir todos os parâmetros ditados para o modelo nacional, lembrando
que a perfuração mecânica de Cédulas de Identidade é efetuada no Paraná desde
1970. Portanto, todas desse modelo deverão apresentá-la.

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8.1.4-) Técnica de Impressão: - Com esse modelo de impresso, os dados


qualificadores do portador foram impressos mediante impressora de computador de
cilindro com tipos sólidos, com impressão por retro-impacto.

8.1.5-) Numeração: - com esse modelo de impresso ocorre a inclusão do


dígito de controle na numeração do RG, dentro de um quadrilátero localizado à
direita do número.

8.2- ) Impresso Autêntico:

8.2.1-) Impresso opaco quando exposto à luz ultravioleta ou luz negra.


Do mesmo modo que os impressos utilizados para a confecção da Cédula de
Identidade do modelo nacional, expedida a partir de maio de 1984. Trata-se de
papel de segurança (safety paper).

8.2.2-) Impressão luminescente: - nesse modelo existe obrigatoriamente


uma impressão em tinta luminescente que registra fileiras de pinheiros-do-paraná
(araucária), visíveis se expostos à radiação ultravioleta.

Em impressos mais próximos de maio de 1984 (1983 até maio de 1984),


entre os troncos dos pinheiros pode ser vista também a impressão luminescente da
sigla do órgão emissor – IIPR (Instituto de Identificação do Paraná).

Por se tratar de impressão obrigatória nessa modalidade de impresso, a dos


pinheiros, sua autenticidade pode ser assegurada pelo simples exame com a luz
ultravioleta. Presente a impressão luminescente, o impresso é autêntico. Ausente,
falso. Evidentemente, se não se dispuser desta fonte de luz, o exame deverá
continuar com a apreciação da nitidez e definição do fundo de segurança e das
linhas marginais.

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8.2.3-) Fundo de Segurança : Brasão do Estado (verso, canto superior


esquerdo), e Brasão da República (verso, centro). As tarjas marginais são
impressas em off-set e não em alto relevo, como nos modelos anteriores.

Neste modelo de impresso não existem fibras coloridas, nem fibras


luminescentes.
= Se for constatado que o impresso é falso, a Identidade será, ipso facto,
falsa. Se for, no entanto, autêntico o impresso, a aceitação do documento poderá
ocorrer desde que não se tenha observado nenhuma irregularidade quanto ao
preenchimento (impressão digital, fotografia, perfurações, e técnica de impressão).

*****************************

9-) MODELO ESTADUAL DE SÃO PAULO - Plastificado

De 1970 (julho) até maio de 1984 o Estado de São Paulo expediu um


modelo próprio de Cédula de Identidade, fabricado ora pela Casa da Moeda do
Brasil, ora pela Thomas de La Rue.

Embora houvesse algumas variações, conforme o fornecedor do impresso


fosse a Casa da Moeda ou a Thomas de la Rue, apresentam todos os modelos
características similares.

Com relação a todos os demais modelos, ostenta uma diferença com respeito
à localização da foto e da impressão digital, estando invertidas: a foto na região
inferior da Face A, e impressão na parte superior.

9.1) – O preenchimento autêntico caracteriza-se, em primeiro lugar,


por ser sempre datilografado, haja vista que se tratava de formulários planos e
não contínuos. Normalmente utilizada a máquina de escrever manual mecânica,
mas muitas encontram-se preenchidas com máquinas de escrever elétricas ou
eletrônicas.
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A fotografia (não perfurada) obedece às dimensões de 2,5 x 3,5 cm,


achando-se em posição invertida com relação à impressão digital.

A impressão digital, em tinta tipográfica preta (tinta de imprensa) é pousada,


e não rolada como na maior parte dos Estados da Federação. De todo modo, deve
mostrar o núcleo e as partes laterais.

O número de série e número da Cédula, quando estão visíveis (apenas a


partir de 1976), localizam-se acima da fotografia. Enfatize-se que cada série
comporta 100.000 Cédulas: assim o maior número de série possível é 100.000.
Número maior indicará falsidade da Cédula, naturalmente.
A numeração do RG, separada por casas centesimais, não tem dígito de
verificação ou controle.

9.2) – Os impressos autênticos, de papel opaco, caracterizam-se pela


extrema nitidez dos desenhos e das tintas aplicadas.

Vale ressaltar que o Brasão do Estado, localizado no canto superior


esquerdo do verso (face dos dados qualificadores do portador), ostenta notável
nitidez e resolução, podendo-se, inclusive, com o auxílio de uma lupa, ler a
inscrição heráldica que é o lema do Estado: PRO BRASILIA FIANT EXIMIA. O
que dificilmente se faz possível nos impressos falsos.

No centro do verso, vê-se ainda, com boa definição, e em dimensões


maiores, o brasão do Estado.

As linhas marginais ou tarjas (molduras), impressas em alto relevo,


ostentam também admirável definição e clareza, o que não ocorre nos impressos
falsos.
Interessante observar que os falsários continuaram a derramar essa espécie
de Cédulas mesmo após maio de 1984, quando o Estado de São Paulo já emitia o
modelo nacional de acordo com a Lei 7.116.
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RECAPITULANDO!!!

ROTEIRO PARA O EXAME DE IDENTIDADES


PLASTIFICADAS – Modelo Nacional e Modelos Estaduais.

1- PREENCHIMENTO:

a) IMPRESSÃO DIGITAL: tinta preta, nítida e íntegra ou completa.


b) FOTOGRAFIA: - papel: fino brilhante e liso
- bordas: intactas, sem excesso de cola e sem vestígios
de cortes do plástico e do impresso
- perfurações mecânicas: conferir a sigla, bordas
semelhantes no aspecto e tamanho, e alinhamentos
verticais e horizontais.
c) TÉCNICA DE IMPRESSÃO: datilografia (antes da informatização),
impressão matricial (plastificadas informatizadas),
impressão a laser (exceções).

2- IMPRESSO:

a) PAPEL: opaco ao UV – fibras luminescentes e fibras coloridas e


impressão luminescente (não obrigatória. EXAME
AO UV.

b) OBRA IMPRESSA: Brasão do Estado (nitidez) – Fundo de Segurança


(linhas com as 5 qualidades) e Tarjas Marginais
(alto relevo: falhas no entintamento, borrões
pontuais e alto relevo) – EXAME COM LUPA.

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10-) MODELO NACIONAL DIGITALIZADO


Seguindo sempre o modelo nacional de cédula de identidade, alguns
Estados começaram, já há alguns anos, a expedir os documentos oficiais de
identidade de forma digitalizada, ou seja, com todos os seus dados variáveis
(biográficos e biométricos) impressos a impressão a laser. Trata-se de uma cédula
de identidade não plastificada, em que as duas faces são unidas, sendo revestidas
por uma camada fina de plástico (laminado de segurança) a proteger os dados
variáveis. O laminado deixa a descoberto apenas as molduras impressas em alto
relevo. Essas cédulas vêm acondicionadas em um invólucro plástico.
Esse tipo de Cédulas de Identidades repetem a concepção das atuais
Carteiras de Habilitação (CNH).
Os Estados que o implantaram são os seguintes:

= Maranhão: a partir de dezembro de 2002. A imagem digitalizada do


portador continua a ser perfurada mecanicamente.
= Rio de Janeiro: desde outubro de 2001. A imagem digitalizada do
portador não é perfurada. Traz no verso códigos de barras em que são
criptografados os dados biométricos do portador (assinatura, fotografia e impressão
digital).
= São Paulo: a partir de novembro de 1999, nos Poupa-Tempos de Itaquera
e São Bernardo do Campo. O Estado de São Paulo continuou a emitir, nos Postos
da Polícia Civil, as identidades tradicionais plastificadas até 2011. Roubo dos
impressos B-514/078001 até 086000 (22 de maio 2009).
= Rio Grande do Sul: desde setembro de 2006. A partir de então a
perfuração mecânica passou a ser DIRS no lugar de IIRS.
= Paraná: desde 26 de fevereiro de 2007.
= Mato Grosso do Sul: 12 de agosto de 2003.
= Alagoas: 21 de julho de 2003.
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= Piauí: 12 de janeiro de 2004. Muitas do Piauí aparecem digitalizadas,


mas plastificadas.
= Distrito Federal: agosto de 2009.
= Bahia: 2008.
=Espírito Santo: 2008. Há várias totalmente digitalizadas, mas
plastificadas.

= Acre: 2011.
= Santa Catarina; início de 2014.
FALSIFICAÇÕES:

Nas Cédulas digitalizadas, a verificação da autenticidade do impresso


poderá ser facilmente verificável através da sensação tátil do alto relevo das tarjas
marginais ou molduras, que não são protegidas ou recobertas pelo laminado de
segurança. A falsificação deste tipo de impresso tem sido evitada pelos falsários,
em face da impossibilidade de reproduzir o alto relevo das tarjas marginais e da
dificuldade de simulá-lo.
As fraudes mais comuns consistem na adulteração de dados: após a
retirada cuidadosa do laminado de segurança, os dados (imagem, assinatura, dados
de qualificação) são rasurados ou retirados pelo calor de um forno de micro-ondas,
sendo substituídos por outros, geralmente impressos por impressora a jato de tinta.
Com lupas de aumentos de no mínimo 5x ou 10x, examina-se
primeiramente a imagem digitalizada: se impressa a jato de tinta, evidenciada a
adulteração. Os exames seguintes, dos campos da assinatura e demais dados, caso
tenha havido rasuras, revelarão desaparecimento das linhas do fundo, a presença de
remanescentes de pigmentos pretos da assinatura original rasurada, irregularidades
no traçado da assinatura posta em substituição (traçado trincado, em razão do
eriçamento das fibras provocado pelas rasuras). Caso tenha ocorrido retirada de
qualquer desses dados por calor, o conteúdo anterior se revelará através de
sombreados sob o conteúdo acrescido.
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11-) MONTAGEM DE CÉDULAS DE IDENTIDADE


PLASTIFICADAS.
De acordo com o explanado no início da apostila (páginas 17 e 18), a
primeira modalidade de falsificação material consiste na falsificação ou
contrafação do próprio impresso da Cédula de Identidade. O preenchimento da
Face A (foto, assinatura criada e impressão digital) conterá dados do falsário ou
laranja, o da Face B, quase sempre, os dados de uma pessoa real, de bons
antecedentes (“ficha limpa”) ou de pessoa fictícia.
A segunda modalidade de falsificação material consiste na adulteração
de uma Cédula autêntica, mediante, por exemplo, a substituição da fotografia.
Naturalmente o estelionatário, para aplicar os golpes, precisará imitar a assinatura
da vítima.
Na terceira modalidade de fraude material, o fraudador preenche um
formulário verdadeiro de Cédula de Identidade, obtido fraudulentamente de órgãos
policiais.
A quarta modalidade de falsificação material consiste na
montagem de uma Cédula de Identidade. Várias possibilidades surgem.

11.1 -) Montagem com Identidades Autênticas: - Considerando-se Face


A a face da Cédula que traz a foto, a assinatura e a impressão digital, e Face B, a
que traz os dados variáveis ou dados do portador, monta-se uma terceira identidade
com a Face A da Cédula do falsário e a Face B da Cédula da vítima. Tem-se uma
identidade falsa feita a partir de duas faces legítimas de pessoas diferentes.

A verificação da falsificação tornar-se-á muito difícil. Freqüentemente, um


confronto do nome completo do portador com a assinatura revelará a fraude. Com
efeito, quando a assinatura resumir-se a uma rubrica, é preciso observar se existem
algumas letras maiúsculas iniciais na rubrica e compará-las com as iniciais dos
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nominais que compõem o nome do portador: havendo divergências, deve-se


suspeitar de montagem. Para dificultar mais as coisas, deve-se notar que muitos
falsários, premeditando esse golpe, fazem segunda via de sua Cédula autêntica com
uma assinatura com traços ilegíveis que servirá para todas as Cédulas que vier a
falsificar (assinatura universal), usando a Face B de identidades de outras pessoas.

11.2 -) Montagem com Face B falsa: A casuística da falsidade já


constatou Cédulas montadas com Face A autêntica do falsário + Face B falsa.
Nesse caso, desmontada a Cédula de Identidade do falsário ou do laranja, sua Face
A será montada com uma Face B falsa (contrafeita por xerox colorido, ou
impressão a jato de tinta, ou a laser, ou off-set), preenchida em nome de pessoa
real de bons antecedentes, ou de pessoa fictícia. Nesse caso, a falsidade será mais
facilmente detectada pelo exame acurado do impresso: obviamente o impresso da
Face B, por ser falso, poderá apresentar todos os defeitos observáveis nas
contrafações (falta de nitidez, pigmentação das cores básicas, defeitos típicos de
cada técnica de impressão).

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III – CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH), atualmente em uso no Brasil,


tem suas especificações e requisitos de segurança prescritos na Resolução nº 192
de 30 de março de 2006, do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN).
Sem dúvida, sua concepção como documento de segurança inovou sob
muitos aspectos. A substituição da fotografia pela imagem digitalizada da face do
portador, a digitalização dos dados variáveis e sua proteção por uma película
especial, a preservação das tarjas laterais permitindo facilmente a percepção táctil
da impressão em alto relevo, etc... constituem-se, entre outros, de elementos de
segurança documental que tornaram muito mais difícil a falsificação.
Seus principais elementos de segurança são os abaixo especificados:

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Ademais, sempre é bom lembrar que a atual Carteira de Habilitação, em


vista do contido no atual Código de Trânsito Brasileiro (CTB), art. 159, tem fé
pública, e eqüivale a documento de identidade em todo o território nacional.
Quanto a isso, contudo, há que serem mantidas as devidas cautelas, já que não se
pode afastar a possibilidade de sua obtenção com documento falso de identidade
civil, por exemplo. Na verificação da identidade de uma pessoa, é recomendável
verificar, além da CNH, se esta for apresentada, a própria Cédula de Identidade.

De todo modo, é importante que o verificador rápido de documentos


familiarize-se com as características de segurança da CNH, em vista da grande
ocorrência de falsificações.

As características de segurança da CNH podem ser encontradas tanto no


papel utilizado para sua confecção, quanto nas técnicas de impressão empregadas
para sua elaboração (obra impressa do documento), e também no seu
preenchimento.

Fundamentalmente as falsificações podem apresentar-se na forma


de impresso falso, quanto na forma de adulteração no preenchimento.

Visando prevenir as falsificações, na verificação rápida,


examinam-se primeiramente qualidades relevantes do impresso para
se certificar de sua falsidade ou autenticidade. Inexistindo tais
qualidades (impressões em alto relevo, marca d'água e imagem latente
ou fantasma), o impresso será falso. Em existindo, passa-se ao exame
do preenchimento, já que pode ter havido adulterações tanto na
imagem digitalizada do portador, na assinatura e nos demais dados de
qualificação.
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Abaixo o ROTEIRO a ser usado nos exames da Carteira


Nacional de Habilitação e Identidades Digitalizadas:

1- IMPRESSO (Exame com Tato e Vista)


a) IMPRESSÕES em ALTO RELEVO: tato. Trata-se de impressões em alto
relevo que emolduram todo o impresso. Deve-se ficar atento para simulações
de impressão de alto relevo, como se verá adiante.

b) MARCA D’ÁGUA: visível contra a luz. (SÓ CNH!)

c) IMAGEM FANTASMA: com luz incidente e documento na linha dos


olhos. Localiza-se na metade inferior, tarja larga à esquerda. Reproduz a
palavra ORIGINAL disposta no sentido vertical ou da altura do impresso.
(SÓ CNH!)

2- PREENCHIMENTO (Exame com Lupa)


a) FOTO: IMPRESSÃO A LASER. Constatada a presença de imagem
digitalizada a jato de tinta, evidencia-se a adulteração e substituição da
imagem original, obrigatoriamente impressa por impressora a laser.
b) CAMPOS DE PREENCHIMENTO. Os campos preenchido ocupados pela
assinatura e pelos demais dados qualificativos do portador podem apresentar
os seguintes SINAIS DE RASURA: linhas do fundo numismático ou
de segurança apagadas; remanescentes de pigmentos pretos da assinatura
original e impressão trincada da nova assinatura do portador (CNH).

= Nas Identidades Digitalizadas esses dados/assinatura são retirados pelo

calor de um forno de micro-ondas, sendo substituídos por outros, geralmente


impressos por impressora a jato de tinta. Nesses casos, o conteúdo anterior se
revelará, ao exame com lupa, através de sombreados sob o conteúdo acrescido.

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1-) FALSIFICAÇÕES DE IMPRESSO – CONTRAFAÇÃO


(EXAME COM O TATO E VISTA)
1.1-) Evidentemente a incidência de contrafação executada a partir de
copiagem ou reprodução de um impresso autêntico em branco, adquirido
ilicitamente de algum agente público, depende do controle mais ou menos rigoroso
que as autoridades de trânsito exercem, em cada Estado, sobre os impressos
estocados nas repartições competentes. Mas, tais desvios podem ocorrer, a
exemplo do que ocorre com os impressos de Cédulas de Identidade, e do que
ocorria com os impressos do modelo antigo de CNH.

De qualquer maneira, em acontecendo, a fraude não apresentará maiores


dificuldades. Essa contrafação, elaborada a partir de reprodução de um impresso
autêntico, além de não lograr registrar as qualidades de impressão do suporte
verdadeiro (nitidez, talho doce, imagem fantasma ou latente, pigmentos das 4 cores
básicas de seleção, etc...), denunciará os defeitos próprios da técnica de impressão
usada. O brilho excessivo do plástico de revestimento (laminado de segurança)
também apontará a fraude, visto que a película original é fosca.

1.2-) As contrafações mais comuns têm sua origem a partir de uma Carteira
Nacional de Habilitação autêntica, regularmente expedida pelo DETRAN, roubada
ou furtada. A partir dela, o falsário, na ordem, a transfere para o computador por
scanner, trata a imagem substituindo a foto, a assinatura e outros dados variáveis
que lhe convierem, imprime-a sobre papel comum ou opaco com fibras por meio
de impressora a jato de tinta ou a laser, e, por fim, plastifica-a com papel contact.
No comércio já existem à venda plásticos em camadas bem finas e foscos,
simulando o usado nos documentos verdadeiros.

O exame atento dos desenhos e imagens impressas revelará a fraude. Não


trarão a nitidez dos impressos autênticos, serão desprovidos da impressão em alto
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relevo, não terão imagem latente, e poderão ostentar pigmentos das 4 cores básicas
de seleção. E manifestarão as deficiências da técnica de impressão usada, em geral
a impressão a jato de tinta, por ser mais acessível.

1.3-) Simulação de alto relevo: - Nos dois processos de contrafação


descritos, freqüentemente o falsário nem se preocupa em simular a impressão em
talho doce.

No entanto, há casos em que se constata a simulação do talho doce, que pode


ser intentada de diversas maneiras:

= punção de vários pontos, com agulha ou alfinete, nas regiões que, no


verso, correspondem às tarjas laterais em talho doce do anverso, de modo a fazer
surgirem no anverso saliências ou relevos que iludam o tato, dando a sensação de
alto relevo.

= termografia: sobre uma impressão ainda úmida em off-set espalha-se


uma camada de pó de resina, a qual, submetida à ação do calor, entra em fusão
produzindo relevos em forma de pontos ou pingos. Sobre impressões falsas em off-
set ou mesmo em impressões a jato de tinta, pode haver também a aplicação de
plástico em pó, pó de breu, etc... sobre as molduras marginais, o qual, mediante
aquecimento até o ponto de fusão, pode apresentar a formação de bolhas
solidificadas após se submeter o documento a baixas temperaturas (choque
térmico).

= timbragem: feita a impressão plana (impressora, xerox ou off-set), o


papel é prensado contra uma placa gravada em baixo relevo, formando imagens ou
pontos em alto relevo.

Como detectar a simulação do talho doce?

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- Por primeiro, verificar-se-á se há imagem latente/fantasma


“ORIGINAL”. Mesmo que se procure simular a impressão em alto
relevo, essa imagem latente não aparecerá. Sua presença, portanto,
revelará que o impresso é autêntico.

- Na seqüência, aplicar-se-á o tato, mais precisamente as


extremidades das unhas levemente sobre as letras impressas em talho
doce na tarja lateral esquerda, do alto a baixo (“PROIBIDO
PLASTIFICAR” e “VÁLIDA EM TODO O TERRITÓRIO
NACIONAL”): as unhas deverão sentir os contornos das próprias
letras, e não pontos, pingos, etc...

- A polpa digital do dedo polegar aplicada sobre as tarjas superior


e tarjas laterais deverá revelar a aspereza característica do talho doce
das vinhetas.

- Um exame com o auxílio de lupa monocular de aumento de 5x


mostrará a falta de nitidez dos desenhos e imagens, em especial do
Brasão da República, e das impressões em alto relevo. De resto,
poderão ser evidenciados pigmentos das 4 cores básicas de seleção
(magenta, ciano, amarelo e preto).

******************************

2-) ADULTERAÇÕES NO PREENCHIMENTO (EXAME


COM LUPA)
2.1) - Alterações/Adulterações na CNH: - as alterações físicas produzidas
sobre Carteiras de Habilitação, caracterizando as adulterações, têm apresentado
uma casuística cada vez mais freqüente. Em geral, constituem-se de adulterações
(raspagens, emendas e acréscimos) efetuadas sobre os campos de preenchimento

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dos dados variáveis, inclusive os da foto e assinatura, etc... Normalmente, tais


alterações são produzidas após a retirada da película plástica de proteção dos dados
variáveis (laminado de segurança).

Nesses casos, os procedimentos recomendáveis são os seguintes:

= Exame atento da fotografia: nos documentos verdadeiros as imagens são


digitalizadas por meio de impressão a laser. Essa técnica de impressão agrupa os
pontos que compõem a imagem de maneira rigorosamente simétrica e organizada,
dando a impressão de dispô-los em linhas.

- Às vezes esses pontos/pigmentos encontram-se dispostos em linhas


verticais.
- Outras vezes, esses pontos podem ser vistos em uma disposição de linhas
na horizontal.

- Atualmente predomina a disposição dos pontos/pigmentos, em linhas


diagonais, ou multidirecionais, com aspecto de malhas.

- Nos documentos em que a foto original é eliminada, normalmente é


substituída por outra impressa por meio de impressora a jato de tinta. Nestas
impressoras os pontos se acham dispostos de maneira assimétrica, completamente
desorganizada. Podem até essas impressões aparentarem melhor qualidade
resolutiva, mas, quando vistas com uma lupa de 5x de aumento, revelam
pontos/pigmentos dispostos de modo irregular.

= Exame dos demais dados variáveis: - os demais dados variáveis, como o


nome do portador, datas, filiação, categoria de habilitação, prazo de validade,
documento de identidade, assinatura, etc... poderão ser retirados por rasura e
raspagem. A impressão original a laser é superficial, não penetrando nas fibras do
papel, tornando desse modo fácil sua eliminação. Como resultado dessa ação
subtrativa, poderão ocorrer no suporte os seguintes fenômenos:

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= aparecimento de zonas claras ou brancas no fundo de segurança dos campos


atingidos, resultado do desaparecimento das linhas do fundo de segurança;

= pontos pretos disseminados nos campos afetados, remanescentes da impressão a


laser original;

= impressão fragmentada ou trincada dos novos caracteres e da assinatura.

= bordas dentilhadas/serrilhadas dos caracteres componentes dos dados


acrescentados (assinatura e demais dados alterados), caso a impressão falsa
tenha sido a jato de tinta.

2.2) - Alterações/Adulterações nas Identidades Digitalizadas: - as


alterações físicas no campo da assinatura e dos demais dados são produzidas pela
ação destrutiva do calor de forno de micro-ondas, sendo os dados apagados
substituídos por outros, geralmente impressos por impressora a jato de tinta.
Nesses casos, o conteúdo anterior original impresso a laser se revelará ao exame
com lupa, através de sombreados sob o conteúdo acrescido. Os conteúdos originais
nunca se apagarão por completo, pois que na sua impressão a laser houve uma
carbonização do papel (fusão do toner por calor), daí que, mesmo retirados, podem
ser visíveis como imagens quase latentes sob a impressão falsa que foi acrescida.

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IV–ROTEIROS PARA EXAMES – Identidades


Plastificadas, e Identidades Digitalizadas/CNH

ROTEIRO PARA EXAMES DE IDENTIDADES


PLASTIFICADAS

1- PREENCHIMENTO (Exame Visual)


a) IMPRESSÃO DIGITAL: tinta preta, nítida e íntegra ou completa.
b) FOTOGRAFIA: - papel: fino brilhante e liso
- bordas: intactas, sem excesso de cola e sem vestígios
de cortes do plástico e do impresso
- perfurações mecânicas: conferir a sigla, bordas
semelhantes no aspecto e tamanho, e alinhamentos
verticais e horizontais.

c) TÉCNICA DE IMPRESSÃO: datilografia (antes da informatização),


impressão matricial (plastificadas informatizadas),
impressão a laser (exceções nas plastificadas –CE e
PI).

2- IMPRESSO (Exame com UV e Lupa)


a) PAPEL: opaco ao UV – fibras luminescentes e fibras coloridas e
impressão luminescente (não obrigatória). EXAME
AO UV.

b) OBRA IMPRESSA: Brasão do Estado (nitidez) – Fundo de Segurança


(linhas com as 5 qualidades) e Tarjas Marginais
(alto relevo: falhas no entintamento, borrões
pontuais e alto relevo) – EXAME COM LUPA.

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ROTEIRO PARA EXAMES DE IDENTIDADES


DIGITALIZADAS e CNH
1- IMPRESSO (Exame Táctil e Visual)
a) IMPRESSÕES em ALTO RELEVO: Tato! Trata-se de impressões em alto
relevo das tarjas marginais. Cuidado: simulações de alto relevo!

b) IMAGEM FANTASMA: com luz incidente e documento na linha dos


olhos. Localiza-se na metade inferior, tarja larga à esquerda. Reproduz a
palavra ORIGINAL disposta no sentido vertical ou da altura do impresso.
(SÓ CNH!) – Se presente: alto relevo verdadeiro!

c) MARCA D’ÁGUA: visível contra a luz. (SÓ CNH!)

2- PREENCHIMENTO (Exame com Lupa)


a) FOTO: IMPRESSÃO A LASER. Constatada a presença da foto digitalizada a
jato de tinta, evidencia-se a adulteração e substituição da imagem original,
obrigatoriamente impressa por impressora a laser.

b) CAMPOS DE PREENCHIMENTO. Os campos ocupados pela assinatura e


pelos demais dados qualificativos do portador podem apresentar os
seguintes SINAIS DE RASURA:

= linhas do fundo de segurança apagadas;


=remanescentes de pigmentos pretos da assinatura original; e
= impressão trincada da nova assinatura do portador.

= Nas Identidades Digitalizadas esses dados/assinatura são retirados pelo

calor de um forno de micro-ondas, sendo substituídos por outros, geralmente


impressos por impressora a jato de tinta. Nesses casos, o conteúdo anterior se
revelará, ao exame com lupa, através de sombreados por debaixo do conteúdo
acrescido.
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V– ANÁLISES COMPLEMENTARES
A realização dos exames técnicos, na verificação rápida das
Carteiras de Identidade Plastificadas e nas Identidades Digitalizadas,
assim como nas Carteiras de Habilitação, deve ser acompanhada pela
apreciação de alguns aspectos que também podem revelar a fraude.

A seguir listam-se algumas observações que devem ser feitas:

• Comparar a assinatura do portador com o nome do portador – se


diferentes: indício de montagem com duas faces de identidades
diferentes.
• Observar se a assinatura da pessoa é condizente com seu grau de
cultura e profissão.
• Observar se a assinatura tem algum traço ou traços lançados
sobre a fotografia, o que pode indicar preenchimento falso. A
assinatura, nas verdadeiras, estará normalmente sob a foto
quando apresentar traços amplos que invadam o espaço da foto.
• Observar se o portador do documento confere com a foto.
• Verificar a data de expedição para saber se o modelo de impresso
era o usado à época (modelo nacional a partir de maio de 84).
• Comparar a data de nascimento do portador com a fotografia.
• Comparar a data de nascimento com a data de expedição e a foto:
para se saber a idade do portador na data de expedição e
confrontá-la com a foto (Subtrair do ano da expedição o ano do
nascimento: o resultado será a idade do portador quando fez a
identidade, e então comparar com a idade aparentada pela foto).
• Documento de Origem: documento apresentado no ato de
requerimento da Carteira de Identidade:
= CN (Certidão de Nascimento), CC (Certidão de Casamento).
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= Livro A – Nascimento; Livro B – Casamento; Livro C (Óbito,


não constará em identidades, por óbvio).
= Numeração de Livro: Ex: A145, B12, etc...3
= Numeração de Folhas: FLS 120, etc...
= Número do assentamento: 2320, 5678, etc...
Obs. – frequentemente inconsistências desses dados mostram a
fraude, como nos exemplos abaixo:
= CN, Livro B (deveria ser A); CC, Livro A (deveria ser B)
= Cidades com população reduzida/pequenas com Livros com
numerações altas, incompatíveis com sua população.

• Documento replastificado não é aceito no Estado de São Paulo, já


que Código de Normas da Corregedoria veda. Nos demais Estados
não existe proibição. Muita atenção, pois as replastificações são
operações necessárias em várias fraudes, a exemplo das
montagens, das substituições de fotografias nas identidades
plastificadas.
• Conferência de outros dados: - ao se conferir uma Cédula de
Identidade, por vezes é importante fazer algumas perguntas a seu
portador, como, por exemplo, seu nome completo, o nome
completo do pai e da mãe, a data de seu nascimento, a cidade
onde nasceu, o Estado em que se localiza sua cidade natal, a
comarca em que foi registrado, o número do CPF. A familiaridade
ou não do portador com dados constantes de sua Cédula de
Identidade poderá revelar freqüentemente um falsário.

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