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BR 1 © MARIO RUSSO
Bem-vindo ao guia de materiais de desenho. Aqui você
encontra o que você precisa pra começar os primeiros
passos no desenho.
Mario Russo
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
ACESSÓRIOS
CAPÍTULO 4
TÉCNICAS DE MEDIDAS
CAPÍTULO 5
CUIDADOS
CAPÍTULO 6
ANATOMIA DO DESENHO
COMO COMEÇAR
CAPÍTULO 8
MAIS CONTEÚDO
CAPÍTULO 9
SOBRE O AUTOR
Os grafites do lápis são uma combinação entre argila e partículas de grafite. A variação
na combinação entre eles confere algumas características diferentes pro lápis, que se refle-
Os mais comuns usados pra desenho artístico são a partir do 2B que são mais macios.
claro.
Os lápis até o H tendem a ser usados para desenhos mais técnicos, onde serão mais
fáceis de serem apagados sem deixar marca, e deixam um traço mais claro no papel. Esses
lápis são bons pra aquarela, pois quase não aparecem no resultado final.
Os lápis a partir do 2B, que são mais escuros e macios tendem a ser usados mais parar
desenhos artísticos
Além dos grafites e carvões, a técnica de desenho ela pode ser usada com praticamente
qualquer coisa que imprima uma marca em outra superfície. Dentro do escopo desse cur-
so, eu vou ficar entre o grafite e o carvão, embora tudo que for explicado aqui serve pra ser
usado com canetas, lapiseiras, marcadores, canetinhas, lápis de cor e tudo mais.
tem uma amplitude maior na escala de preto e branco. Se o objetivo final é alto contraste,
caran d’ache ou Faber Castell linha profissional também fazem lápis muito bons.
Os papéis pra desenho costumam ser mais acessíveis e ter menos requerimentos téc-
nicos do que papéis pra pintura. Eles vêm em diversos tamanhos, blocos, sketch books, e
As características que o desenhista deve ficar mais atento, é em relação ao à textura, gra-
Quanto mais granulado ou áspero, mais indicado pra técnicas secas que “soltam pó”
como carvão ou pastel. Quanto menos áspero, mais indicado pra técnicas que visam uma
Um papel mais liso, vai ser mais fácil de conseguir efeitos mais uniformes com grafite,
ou nanquim.
em vermelho. Em várias línguas o bloco nos informa que se trata de um bloco de esboço.
do preto pro amarelo ocre. Logo embaixo temos o número de folhas, (100), o formato (A3)
mam ter as pedidas em polegadas (inches). Temos ali também a gramatura do papel (90g/
m2) e informações de marca de fabricação (Fabriano, made in Italy). O bloco não traz
A gramatura corresponde à grossura do papel. Ela é medida em gramas por metro qua-
drado (g/m2). Os papéis de maior gramatura tendem a ser mais estáveis, ter menos pro-
blemas com borracha e até aceitam passadas leve de água. Eu gosto de recomendar papel
acima de 120g/m2, porém é perfeitamente possível fazer bons trabalhos com papéis de
90g/m2.
COR
Os papéis podem vir em diferentes cores, e os tonados podem dar efeitos bastante inte-
ressantes quando usados com giz pastel ou carvão preto com branco.
COMPOSIÇÃO.
O mais comum pra artista, é o papel de celulose com ph neutro que não amarela com o
tempo. Existem papéis próprios para desenho também, que tem conteúdo de algodão, de
O Nikolai Fechin diz a lenda que usava um papel chinês tão fino que tinha que usar um
• Se a finalidade for desenhos sem textura, procure por papel aquarela ho-
• Se a finalidade for esboço ou carvão, procure por papéis de com textura mais
ou Lana.
com o tempo.
ESFUMINHO (BLENDER)
Esfuminho é um pedaço de papel enrolado e colado, usado pra esfumar o grafite ou car-
CHAMOIS
Chamois é um paninho bastante macio, também usado pra esfumar grafite ou carvão,
Um pedaço de papel limpo é interessante manter por perto pra evitar que a mão borre o
desenho.
LIXA:
Existem diversos tipos de lixas que podem ser usados pra afinar e dar forma à ponta do
lápis. Você pode ou comprar uma lixa com suporte pronta na loja de materiais de arte, não
costuma ser caro, ou fazer a sua. No caso de você fazer a sua, é interessante porque você
pode escolher o tipo e a gramatura da lixa. Existem lixas desde as mais grossas pra carvão
até lixas d’agua mais finas pra realmente dar um toque na ponta sem precisar usar um
estilete.
Quando o lápis chega perto do final, vai ficando um cotoco que é difícil de segurar pra
desenhar. Nesse caso tem uma ferramenta, um extensor próprio pra lápis que segura o
lápis pra desenhar. Se o lápis ficar muito frouxo e não entrar direito no extensor, uma so-
lução é usar uma ou mais fitas crepe pra ficar mais justo e ficar preso.
FIXADOR
de carvão, pastel ou mesmo em grafite quando usado em grande quantidade. Existe tam-
bém fixador que dá pra trabalhar enquanto está molhado, os “workable fixative”.
Fita crepe é um bom aliado do desenhista, seja pra prender o papel a uma superfície
PINCEL
Pincel também pode ser usado pra esfumar carvão ou grafite. Um pincel sintético com
as cerdas mais duras e curtas (tipo bright) é o meu preferido mas recomendo testar dife-
A maior parte do tempo eu prefiro apontar com estilete, com a pratica vai ficando quase
tão rápido quanto apontador, e a ponta no estilete pode ser mais versátil. Dessa forma, dá
pra apontar vários lápis de uma vez e ir usando conforme vai perdendo a ponta. Eu tenho
um apontador que eu gosto muito, que é o Alvin Bullet Sharpener, mas qualquer apon-
tador mais voltado pra desenho artístico de uma marca boa tende a dar conta do recado,
Existem outros tipos de apontadores também, como o mecânico que você coloca a ponta
do lápis, ele trava e vai girando essa manivela aqui e um mecanismo de lâminas vai des-
cascando o lápis. Eu particularmente não gosto muito, e acho um custo benefício ruim.
Mas como todo material, recomendo que você teste e tire a sua própria opinião se puder.
linhas e não quero parar pra apontar. Outra vantagem da lapiseira é que dá escolher o tipo
do grafite, 2B, 4B e assim por diante. Se você acha confortável desenhar com uma lapisei-
ra, pode ser conveniente você trocar a mina dele e usar outra graduação sem precisar se
A minha borracha preferida, é o limpa tipos ou mata borrão (kneaded eraser). Ele con-
segue apagar sem muito esforço e ainda pode ser moldada e recondicionada conforme for
ficando suja um lado e não deixa farelo no papel. A marca que eu uso é da Prismacolor.
nho, que ajudam a encurtar os caminhos na medição e economizar tempo no desenho por
O lápis é uma forma bem comum de mensuração de objeto. A essência aqui, é que você
vai pegar uma unidade básica de medida no lápis, e vai usar a mesma unidade pra com-
parar partes do desenho e transpor para o papel. É uma forma bem simples e tranquila de
fazer, especialmente pra objetos, temas mais simples. Porém, pra usar a medida do lápis
você não pode sair do lugar, pois isso vai afetar a medição, mantenha o braço totalmen-
te reto, sem dobrar procure encostar a maçã do rosto no seu ombro. Isso evita eventuais
distorções de medição quando o braço mexe de lugar. Assim, você trava partes do que você
O Line sight é uma forma de medição, onde ocorre uma transposição direta do objeto
pro papel. Assim, a medida do lápis, ou pincel ou outra unidade de medida, é transferida
Formas negativas são formas em volta do objeto a ser medido. Como nossa mente tem
mais facilidade de perceber ‘vazias’ ou abstratas, nós usamos pra corrigir a mensuração de
Ângulos são usados pra travar formas e simplificar relação entre as formas. Por exemplo
deste triangulo.
As linhas verticais e horizontais são bastante úteis como forma de checagem se a trans-
posição do desenho estão se desviando do objeto a ser desenhado. Então por exemplo,
quando a gente traça uma linha vertical aqui, percebe que o tanto que sobra dessa área é
menor do que o esboço feito. Então agente corrige aqui. As linhas verticais são ótimas pra
O grid e a mesa de luz são recursos de “tracing”. Cópia de uma imagem de referência fo-
tográfica exata, sem modificação de proporção. A mesa de luz consiste em colocar o papel
por cima da referência e tracejar as linhas nas formas principais do objeto a ser copiado.
sição de escala (ou não) para uma outra superfície. Com esse método, as formas ficam
presas nos quadriculados que são daí copiados pra nova superfície.
O divisor proporcional ele tem todas as vantagens da medição à lápis só que com a
vantagem que você não fica preso à uma unidade de medida. Como usar o divisor propor-
cional: Pra usar o divisor proporcional, é preciso que você não se mova de lugar, pois isso
objeto grande, como uma construção tende a ter uma escala diferente de um retrato de
uma pessoa próxima. Ou mesmo algum objeto mais próximo, com uma escala de 1:1 de
representação no papel.
O próximo passo é decidir qual ponta da escala você vai usar. Se você usar a ponta
menor nas extremidades do objeto, você vai ampliar. Se você usar a ponta maior, a escala
tende a ficar menor. Então é mais uma questão de posicionar o objeto a ser desenhado,
• Evite derrubar lápis pois mesmo que a ponta não quebre, as chances são
• Esfuminhos não devem ser limpos usando água. Use a lixa para limpar e re-
Proporção, corresponde à relação das partes de um todo entre si ou cada uma delas com
As linhas são muito frequentemente partes fundamentais do desenho. Elas podem ter
variadas espessuras e qualidades e geralmente são usadas para delimitar formas. Isto é,
forma dentro de uma forma. No exemplo da Sybil do Michelangelo temos um perfil de luz
Sombra é a ausência de luz. No desenho a sombra ocorre com o valor tonal mais baixo,
contrastando com a área de luz. A graduação tonal ocorre na transição destes planos de
acordo com a sua natureza da forma. Isto é, um cubo tem uma transição de valor tonal
Hachura é uma técnica muito comum no desenho de traços finos, com espaçamentos
jeto é preciso medir e conferir suas proporções. Comece com esboços soltos,
leves.
• Gaste um tempo observando o objeto, use algum método de medição pra en-
tender sua proporção, áreas de luz, de sombra. Confira sempre. Uma vez que
grandes e ir para menores. Não parta pra detalhe sem ter proporções e medi-
Além do conteúdo deste e-book eu tenho vários vídeos disponibilizados no meu canal do
You Tube sobre desenho e pintura! Segue abaixo alguns dos vídeos que sobre desenho. Há
mais vídeos do que os listados aqui então dê uma navegada pelos canal também!
https://www.youtube.com/watch?v=8vz7dN2FXUA&t=0s
https://www.youtube.com/watch?v=ZxHFabYl_4s&t=1s
https://www.youtube.com/watch?v=vVXyQ5MEz3Q
https://www.youtube.com/watch?v=OH1LB9T-kIc&t=1s
https://www.youtube.com/watch?v=Z_T_FOD0Tb0&t=1s
https://www.youtube.com/watch?v=aL04LXwSrDo&t=1s
https://www.youtube.com/watch?v=MiMZgmCHBrw
https://www.youtube.com/watch?v=aGVJU8GI-XQ
https://www.youtube.com/watch?v=25Vzibe0Nso&t=5s
https://www.youtube.com/watch?v=IsTRNc9Q65o&t=1s
https://www.youtube.com/watch?v=49Yn9bbUe00&t=8s
https://www.youtube.com/watch?v=JYp04zgzkmQ&t=1s
cação visual em mídias interativas. Tem trabalhos e artigos publicados em livros e revistas
do Brasil, China, Austrália e EUA em arte digital, onde trabalha com gráfico pra jogos há
mais de 15 anos. Gosta de voltar às origens da arte tradicional, e publica regularmente con-