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COLÉGIO MILITAR DE BELÉM

DISCIPLINA GEOGRAFIA
PROFESSOR: 2º Ten Karen

RESENHA

A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E O TERRITÓRIO: REALIDADES E


PERSPECTIVAS
Eduarda Gomes, 2º ano, 203
SANTOS, Milton. A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E O TERRITÓRIO:
REALIDADES E PERSPECTIVAS. Presidente Prudente, São Paulo, vol. 1, nº13 p. (83-93),
1991.

O espaço pode ser caracterizado como um dos principais objetos de estudo da


geografia, defini-lo pode ser uma tarefa complicada ou complexa, uma vez que pode ser
analisado por diversas perspectivas, mas, de uma maneira geral, o espaço geográfico pode ser
entendido como um produto social e histórico, ou seja, é construído pelas ações humanas e é
influenciado pelos processos históricos que moldam as sociedades. Nesta perspectiva, fica
claro que assim como qualquer coisa, ele não é isento de mudanças ou transformações, sendo
justamente essa característica que torna a Geografia uma disciplina dinâmica e atual, capaz de
analisar as mudanças ocorridas no espaço ao longo do tempo e suas implicações para a
sociedade.
Em “A revolução tecnológica e o território: realidades e perspectivas”, Milton Santos,
retrata e disserta de uma forma profunda e completa sobre tal fato, afirmando a importância de
um modelo analítico dinâmico e interdisciplinar, para compreender a interdependência dos
fatores que constroem o mundo, e analisando sob uma ótica crítica à globalização e a suas
consequências sobre o mesmo. É válido ressaltar que o autor não entende o espaço apenas
como uma área delimitada, mas, como um ponto de encontro entre o passado, presente e futuro
não o determinando apenas por sua morfologia em questão, e sim, por sua história e relações
sociais.

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1 - A revolução científico-técnica e suas consequências
A palavra "revolução" é geralmente definida como uma mudança abrupta ou uma
transformação radical em uma esfera particular da sociedade ou em toda a mesma. Ao se falar
sobre Revolução Técnico-Científica, pode-se inferir como um período histórico de mudanças
significativas na ciência e na tecnologia que ocorreu principalmente durante os séculos XIX,
XX, se estendendo até os dias atuais.
Nesse contexto, o autor faz questão de evidenciar os contrastes entre os períodos
antigos com os atuais, ressaltando a transição de uma fase em que o homem era dependente da
natureza, técnica e ciências, para uma nova etapa, na qual esse homem presencia uma
interdependência entre a técnica e a ciência ou seja uma fusão, afetando não somente o campo
científico, como também econômico, político e social, além disso, tal fase pode se relacionar
com a terceira revolução industrial, marcada pelo alto desenvolvimento da tecnologia e, por
consequência, consolidando o processo de globalização, fenômeno caracterizado pela
integração econômica, cultural, política e social que ocorre em escala mundial. O autor
disserta sobre isso de forma nítida afirmando que neste momento o mundo é marcado por
novas técnicas e processos de transformação, como a “multinacionalização das firmas,
internacionalização da produção e do produto; a generalização do fenômeno do crédito, os
novos papéis do Estado em uma sociedade e uma economia mundializadas;” (SANTOS,
1991).
O geógrafo ainda descreve um dos principais eventos causados graças a esse avanço
tecnológico, a relativização do espaço e o tempo.Tal consequência disso seria o fenômeno da
simultaneidade, esse, é marcado pela interdependência dos acontecimentos, e a sua unicidade.
Milton Santos analisa que na sociedade moderna “A simultaneidade entre os lugares não é
mais apenas a do tempo físico, tempo do relógio, mas do tempo social, dos momentos da vida
social..” (SANTOS 1991). Para o autor esse processo é caracterizado como “novo e
revolucionário” e se torna primordial para o entendimento de diferentes fenômenos que
ocorrem em um mesmo local ou região durante um mesmo período de tempo.
O autor apresenta uma nova ótica sobre o espaço geográfico mundializado, a partir da
presença dos novos processos de transformação. Como exemplo, ele cita os espaços urbanos e
rurais que sofrem uma mutação com base nos ideais dessa nova era moderna.A geografia,
agora, se redefine completamente, todos estudos, pesquisas e conceitos precisam considerar

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novos fatores sejam a nível mundial, regional, ou nacional, consequentemente estudos
empíricos passam a se destacar, esses, são característicos de Milton Santos.
Na tentativa de compreender cada especificidade do espaço, o autor ressalta dois
processos que surgem a partir dessa transformação: a unicidade técnica e a divisão
internacional do trabalho, esses, se tornam a base de explicação histórica da nova realidade.
Ele afirma que com o período atual fica explícito uma unicidade técnica, em sua obra “A
natureza do espaço: técnica e tempo/razão e emoção.”, Milton Santos afirma que “as técnicas
são um conjunto de meios instrumentais e sociais, com os quais o homem realiza sua
vida,produz e, ao mesmo tempo, cria espaço”, ou seja a sua unicidade pode ser definida pela
similaridade ou interdependência da forma que o homem produz e cria em diferentes lugares.
De acordo com o autor, a causa desse fato pode ser atribuída à mais-valia, agora,
tornada mundializada. Na ótica marxista “O segredo da auto expansão ou valorização do
capital se reduz ao seu poder de dispor de uma quantidade determinada de trabalho alheio não
pago.” (MARX, O Capital, Livro 1, Vol. 2, p. 617), ou seja, a mais valia pode ser definida
como a diferença entre o valor que o trabalhador produz e o salário que recebe pelo seu
trabalho, sendo esse excedente apropriado pelo capitalista, gerando o lucro. Além disso,
deve-se entender a importância da divisão internacional do trabalho nesse processo, visto que
graças a exploração de matéria prima e mão de obra barata de países não industrializados,
ainda, o capitalismo conseguiu se estabelecer em nível global, fixando assim uma economia
baseada na desigualdade e exploração de menos desenvolvidos.
Dado o exposto, pode-se concluir que nesse tópico de sua escrita Milton Santos
apresenta uma análise introdutória, profunda e detalhada sobre a nova fase histórica mundial,
mostrando como a ciência e a tecnologia transformaram a vida social e redefiniram o espaço
geográfico. Além disso, desde já, deixa subentendido como tal fenômeno irá beneficiar apenas
uma parte dos envolvidos.
2 - Um período e uma crise
Com base nas ideias propostas anteriormente, o autor propõe um pensamento
reflexivo e crítico sobre a situação atual do mundo. Um dos principais conceitos criado pelo
sociólogo francês Durkheim é o de “anomia”, sendo definido como um estado em que as
normas e valores que governam a vida em sociedade se tornam ausentes, afetando a coerção
social. De maneira geral, tal fenômeno seria uma etapa temporária, uma transição. No

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entanto, ao analisar a sociedade moderna, o filósofo em sua obra “O Suícidio” afirma que “há
uma esfera da vida social em que ela [a anomia] está atualmente em estado crônico: é o
mundo do comércio e da indústria”, conclui-se que na esfera econômica tal evento não seria
temporário, mas continuo, sendo normalizado, “o estado de crise e de anomia é constante e,
por assim dizer, normal” (Durkheim 2000, p. 325)
O geógrafo Milton Santos, ressalta justamente tal ponto, dissertando sobre como
atualmente países classificados como subdesenvolvidos não estariam passando por uma crise
definida como uma transição de momentos, mas sim, por uma crise sendo definida como o
momento em questão.
Outra ideia discutida em seu texto é a questão da solidariedade atualmente. O autor
afirma que no mundo atual, contando com as diversas transformações que o interconectam, a
solidariedade agora, majoritariamente, é administrada como uma mediação entre países e
firmas. Em sua obra “Por uma outra globalização”, Milton Santos afirma que com o avanço da
globalização, e por consequência da universalização da mais-valia, a competitividade se torna
inerente às relações econômicas, visto que “torna exponencial a briga entre as empresas e as
conduz a alimentar uma demanda diuturna de mais ciência, de mais tecnologia, de melhor
organização, para manter-se à frente da corrida”.
Todo esse processo culmina na consolidação de uma solidariedade vertical, “cujo
epicentro é a empresa hegemônica, localmente obediente a interesses globais mais poderosos
e, desse modo, indiferente ao entorno.” (SANTOS,2001), ou seja, na sociedade atual a
solidariedade vertical se baseia na desigualdade e na subordinação, onde os interesses de um
grupo dominante ou hegemônico se sobrepõem aos interesses de outros grupos dominados.
Por isso a consciência de tal fenômeno se torna essencial para o entendimento das relações
sociais e do contexto histórico.
Concluindo as ideias anteriores o autor explicita como o avanço/desenvolvimento
tecnológico e dos meios de telecomunicação possibilitou o conhecimento geral de
acontecimentos e detalhes de todo o planeta. Mas em contrapartida, ressalta como a
acessibilização desses avanços ocorre de maneira desigual. De forma crítica, ele afirma que
por mais que agora se torne possível a empirização dos universais, vê-se isso sendo
desenvolvido de forma divergente entre nações, causado por um processo de totalização.

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Em suma, mesmo que de forma superficial, o autor apresenta uma reflexão crítica
sobre a era moderna que engloba o mundo atualmente. Além disso ressalta a necessidade de
utilizar as novas ferramentas, disponibilizadas e desenvolvidas por causa da modernização,
para a construção de um novo pensamento.

3 - O meio técnico-científico

A partir dessas ideias, o autor, Milton Santos, se aprofunda mais ainda no estudo sobre
esse novo período, no qual se constitui o meio técnico-científico. Agora nesse momento,
pode-se perceber a necessidade e importância da tecnologia e da ciência para construção do
espaço, sendo essa, cada vez mais vasta e abrangente.
Tal fato, como afirma o geógrafo, teve várias implicações para a organização do
espaço. Isso inclui o surgimento de uma nova concepção orgânica do mesmo, que altera tanto
a forma como as atividades econômicas são planejadas quanto a maneira como a sociedade se
relaciona com o território. Essas mudanças acabam por resultar em uma instrumentalização do
mesmo. Ademais, percebe-se a diminuição de empregos ligados à produção material e mais
empregos assalariados em diferentes formas. Esse investimento em mais capital adiantado
culmina na expansão do sistema bancário, e como consequência torna possível o processo de
creditização do território, o qual pode ser definido como a ampliação do acesso ao crédito por
parte de uma grande parcela da população. Isso tudo afeta a qualidade do espaço.
Para o autor, esse processo se torna cada vez mais perceptível através da maneira que
as formas de produção se transformaram. Sua principal ideia é demonstrar como o
desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação tornou possível a
flexibilização da produção a partir de diferentes lugares, ou seja, graças às TICs, a
coordenação de atividades econômicas e produtivas em âmbito local, nacional e internacional
tornou-se mais fácil e eficiente, possibilitando processos como a terceirização e a
internacionalização. No entanto, é válido mencionar como Milton Santos analisa a
simultaneidade desses eventos, isso é, sua interconexão, motivada principalmente pela lógica
da acumulação de capital em escala global.
É nesse contexto que o geógrafo traz uma visão negativa sobre esse fenômeno e insere
a necessidade da criação de um novo espaço. Para ele no momento atual, o que era para ser a
formação de um mercado único e homogêneo se torna único e segmentado, ou seja percebe-se

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que “a globalização não é uma homogeneização, mas, ao contrário, é a extensão de um
pequeno grupo de nações dominantes sobre o conjunto das praças financeiras
nacionais.”Bourdieu (1998).
Pelo fato de ser um processo desigual, Milton Santos, afirma que com o
desenvolvimento da tecnologia e de uma sociedade informatizada, houve a formação de
metrópoles onipresentes. Isso acontece, pois as metrópoles são os principais centros de
informação e comunicação, onde as principais empresas, instituições governamentais e
organizações internacionais estão sediadas, e atualmente, independentemente de onde alguém
esteja, essa pessoa pode se conectar com outras pessoas e informações em qualquer outro
lugar.
Assim por ter uma papel essencial na transmissão de conhecimento, metrópoles passam
a estar presente em todo tempo e em todo lugar, isso causa o surgimento de uma nova
hierarquização de informações, baseada na subordinação de outras cidades à metrópole, essa,
deixa de ser apenas um fator a parte e passa a ter um papel essencial no desenvolvimento
político e econômico em sua região.
O autor, para reafirmar seu ponto de vista, usa como exemplo São Paulo, enunciando a
sua influência sobre diversas cidades e regiões do Brasil, também traz algumas consequências,
como a segmentação vertical do mercado enquanto território e a segmentação vertical do
território enquanto mercado, em ambos os processos percebe-se a sobreposição de interesses
corporativos sobre os interesses públicos. Tal fator gera uma dificuldade para a organização de
um espaço igual para todos, visto que por causa da hierarquização de informações, citada
anteriormente, apenas as firmas podem proporcionar esse equilíbrio.
Assim, Milton Santos afirma que nessa situação, é essencial encontrar maneiras de
tornar as relações sociais e econômicas mais horizontais, a fim de que a mudança no espaço
geográfico beneficie não somente o mercado como também a sociedade.
Com o intuito de tornar isso possível, o autor apresenta duas possibilidades, uma por
meio da intervenção no cotidiano das pessoas ou na produção ou através do poder. Para Milton
Santos, quando um território se especializa na produção, as relações territoriais se tornam mais
horizontais, visto que há uma maior proximidade entre os atores envolvidos na produção e no
comércio e uma distribuição mais equilibrada das atividades no território. No entanto, de

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acordo com o geógrafo, essa horizontalidade tende a beneficiar principalmente aqueles que
têm mais poder e influência nesse processo produtivo.
Outra forma seria através de uma política territorial que leve em consideração tanto os
aspectos econômicos quanto os aspectos sociais. Segundo o autor, o avanço da tecnologia em
países da América Latina beneficia uma pequena minoria rica, dando enfoque para
interconexões entre lugares distantes e negligenciando as conexões locais. Esse acontecimento
é responsável por uma desigualdade social e com o intuito de reverter tal situação, Milton
Santos, propõe políticas que beneficiem tanto a economia quanto a sociedade. Assim, todos se
beneficiam do progresso tecnológico e do desenvolvimento econômico.
Em resumo, Milton Santos apresenta e disserta de forma complexa e extensa o período
científico, suas consequências e entraves, oferecendo uma visão onde esse momento, além de
passar por um desenvolvimento tecnológico é marcado pela desigualdade e exclusão social.
Ademais, sinaliza com urgência a necessidade da criação de um novo espaço e oferece
possibilidades para que tal realidade possa se consumar.

4 - O dilema latino-americano

Para finalizar as ideias expostas anteriormente o autor faz questão de trazer toda a
realidade descrita antes e correlacionar com a América Latina. Em primeira instância, Milton
Santos afirma a facilidade que o continente teve na aceitação da modernização, tendo esse
processo se estabelecendo de forma mais rápida do que no Velho Continente. Porém logo em
seguida menciona as consequências desse fenômeno.
Durante sua escrita ele questiona a possibilidade de reversão dos padrões históricos e
sociais implantados durante a consolidação de tal acontecimento. Milton Santos argumenta em
sua obra “Por uma outra globalização” que “A mesma materialidade, atualmente utilizada para
construir um mundo confuso e perverso, pode vir a ser uma condição da construção de um
mundo mais humano. Basta que se completem as duas grandes mutações ora em gestação: a
mutação tecnológica e a mutação filosófica da espécie humana.”(SANTOS,2001), ou seja em
um período onde a modernização se torna inelutável, não se deve apenas recorrer a fatores
diferentes de desenvolvimento histórico, mas entender e submeter a tecnologia em um papel
que beneficie a maioria, compreendendo-a como um meio para alcançar objetivos humanos
mais amplos e nobres.

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Conforme o expresso pode-se concluir que apesar da visão crítica sobre o processo de
modernização e globalização, Milton Santos rejeita na verdade o seu uso político dentro do
mundo atual, isso é perceptível ao analisar-se suas outras obras e estudos, nos quais
apresentam uma nova globalização mais humana,inclusiva e solidária.

5- Conclusão

Milton Santos mais uma vez escreveu outro estudo brilhante, por meio de sua
argumentação e opinião sobre o tema conseguiu deixar claro a importância de se compreender
o espaço e suas transformações.
Sua visão crítica sobre o desenvolvimento tecnológico e seu uso inteiramente com fins
econômicos, são evidenciados desde do início ajudando na construção de seus argumentos e
entendimento da obra. Um ponto forte de tal artigo é o forte uso de exemplos e metáforas,
como se foi apresentado no tópico “3.5. Entropia e neg-entropia no espaço”, onde através da
utilização de um conceito físico, disserta sobre o papel de agentes hegemônicos no
aprofundamento de desigualdades.
Por outro lado deve-se constatar o uso de uma linguagem e conceitos complexos, o que
dificulta o entendimento da grande maioria e torna o documento menos acessível.
Em suma, o artigo resenhado em questão pode ser classificado como um excelente
objeto de estudo sobre a Revolução tecnológica e científica, para pessoas com um certo
entendimento do tema, esse, apresenta uma visão lógica sobre o processo em questão e por
conseguinte suas respectivas consequências no mundo atual. Um fato a destacar é que o autor
não só problematiza o tema como também oferece soluções, tornando o texto mais coeso e
impactante.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência
universal. 6. ed. [S. l.]: Record, 2001.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo/razão e emoção. 4. ed. [S. l.]:
Edusp, 2006.
MARX, Karl. O capital. 1. ed. [S. l.: s. n.], 1867. v. 2.
DURKHEIM, Émile. O suicídio: Estudo da sociologia. 1. ed. [S. l.]: Martins Fontes, 2000.
RIBEIRO, W. C. Globalização e geografia em Milton Santos. In: El ciudadano, la
globalización y la geografía. Homenaje a Milton Santos. Scripta Nova. Revista electrónica de
geografía y ciencias sociales, Universidad de Barcelona, vol. VI
LAPYDA, Ilan. Durkheim e a crise financeira: reflexões sobre anomia e a relação entre
economia e sociedade. PLURAL, [S. l.], p. 42, 2010
SANTOS, Milton. O espaço da cidadania e outras reflexões. 2. ed. [S. l.]: Fundação Ulysses
Guimarães, 2011.
SANTOS, Milton. Técnica espaço tempo: Globalização e meio técnico
científico-informacional. 5. ed. [S. l.]: Edusp, 2013.
GERALDINO, Carlos F. G. O CONCEITO DE MEIO TÉCNICO EM MILTON SANTOS.
GEO AMBIENTE ON-LINE, [S. l.], p. 1, 17 jun. 2013.

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