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Prefeitura Municipal de Itaperuna- Estado do Rio de Janeiro

Secretaria Municipal do Ambiente


End.: BR 356, Km 2 - Antigo Mercado do Produto
CEP: 28.300-000 - Itaperuna - RJ Tel.: (22) 3824-6247E-mail:
meioambientedeitaperuna@gmail.com

APRESENTAÇÃO DE LAUDO E ANÁLISE DE ÁGUA DO VALÃO


JABUTICABA PARA AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONTAMINAÇÃO
PELO CHORUME E PROPOSTA PARA A PRESENTE SITUAÇÃO EM
QUE SE ENCONTRA O MANEJO E DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS DE ITAPERUNA

ITAPERUNA, 21 DE JUNHO DE 2018.

Maria Inês Tederiche Micichelli


Subsecretária do Ambiente de Itaperuna
Bióloga
Apresentação De Laudo E Análise De Água Do Valão Jabuticaba Para Avaliação Do Nível De Contaminação Pelo Chorume E Proposta
Para A Presente Situação Em Que Se Encontra O Manejo E Disposição Dos Resíduos Sólidos Urbanos De Itaperuna. Maria Inês Tederiche
Micichelli
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Sumário
1- Conceitos: .......................................................................................................................... 4

1.1- Lixão ............................................................................................................................ 4

1.2- Aterro Controlado ..................................................................................................... 5

1.3- Aterro Sanitário ......................................................................................................... 5

1.4- Fontes de Poluição Pontual e Difusa ........................................................................ 6

1.4.1- As cargas pontuais.................................................................................................. 6

1.4.2- As cargas difusas .................................................................................................... 6

2- Composição dos componentes dos Resíduos Sólidos Urbanos domiciliares: .............. 6

2.1- Composição do Chorume: ............................................................................................... 7

2.2- Comportamento da Composição da água do Valão Jabuticaba em relação ao aterro


controlado de Itaperuna .......................................................................................................... 8

2.2.1- Imagem dos Pontos de Coleta .................................................................................. 9

2.3- Parâmetros analisados ................................................................................................... 10

2.3.1- pH ........................................................................................................................... 10

2.3.2-Condutividade elétrica (CE) .................................................................................... 10

2.3.3- Cor .......................................................................................................................... 10

2.4.4- Turbidez ................................................................................................................. 10

2.4.5- OD (Oxigênio dissolvido) ...................................................................................... 11

2.4.6- DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) ............................................................ 11

2.4.7- SS (Sólidos Suspensos/em suspensão) ................................................................... 12

2.4.8- ST (Sólidos Totais)................................................................................................. 12


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2.4.9- SD (Sólidos Dissolvidos) ....................................................................................... 12

2.5- Resultados das análises das amostras de água .............................................................. 13

2.6- Características gerais do Valão Jabuticaba ................................................................... 13

2.7- Analisando o Resultado ................................................................................................. 15

2.7.1- pH ........................................................................................................................... 15

2.7.2- Condutividade elétrica ........................................................................................... 15

2.7.3- Cor .......................................................................................................................... 15

2.7.4- Turbidez ................................................................................................................. 15

2.7.5- OD .......................................................................................................................... 15

2.7.6- DBO- ...................................................................................................................... 15

2.7.7- Sólidos (SS, SD e ST) ............................................................................................ 16

2.8- Conclusão ...................................................................................................................... 16

3- Propostas para o manejo atual dos Resíduos Sólidos do Município de Itaperuna a


ser acordado com o Ministério Público ................................................................................ 16

3.1- Sistema de Recirculação de chorume: ........................................................................... 16

3.1.1- Objetivo: ................................................................................................................. 16

3.1.2- Justificativa: ........................................................................................................... 17

3.1.2.1- Proposta de Recuperação do atual aterro controlado (lixão)............................... 17

3.1.3- Em anexo um esboço do Projeto de Recirculação do Chorume ............................ 18

3.1.4- Prazo de Execução ................................................................................................. 18

3.2- Isolamento da área e implantação de sistema de guarita ............................................... 18

3.2.1- Objetivo: ................................................................................................................. 18

3.2.1- Prazo de Execução ................................................................................................. 18

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4- Elaboração do Plano Municipal de Resíduos Sólidos Urbanos do Município de


Itaperuna ................................................................................................................................. 18

4.1- Objetivos: ...................................................................................................................... 18

4.2- Prazo ............................................................................................................................. 20

5- Proposta de utilização da área atual ............................................................................. 20

5.1- Prazo final para encerramento do atual aterro controlado (lixão) ........................ 20

5.2- Método para a subutilização do atual aterro controlado: ....................................... 20

6- Programa de Coleta Seletiva ......................................................................................... 21

7- Apresentação de Proposta/Projeto para Destinação Final Ambientalmente correta


dos Resíduos Sólidos Urbanos do Município de Itaperuna. (Transbordo ou Aterro
Próprio) ................................................................................................................................... 21

7.1- Prazo ................................................................................................................................. 21

8- Conclusão: ....................................................................................................................... 21

9- Anexos: ............................................................................................................................ 22

1- Conceitos:

1.1- Lixão
Consiste num depósito de lixo desprovido de qualquer preparo para exercer tal função,
onde os resíduos ficam a céu aberto e não há sistema de contenção e tratamento de percolado.
Isso significa que o chorume – líquido de cor escura e odor nauseante, oriundo da
decomposição de resíduos orgânicos e dotado de inúmeras substancias tóxicas – se mistura à
água da chuva e penetra livremente pela terra, colocando em risco tanto o próprio solo como o
lençol freático. Da mesma forma, não há sistema de captação e tratamento do biogás –
também gerado pelo processo de decomposição e composto principalmente por metano e

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dióxido de carbono – o qual, além de provocar o efeito estufa, ainda acarreta risco de
explosões e incêndios.
1.2- Aterro Controlado
O aterro controlado – também conhecido como lixão controlado – é uma categoria
intermediária entre o lixão e o aterro sanitário, sendo preferível ao primeiro, mas ainda
bastante inferior ao segundo. Geralmente, é um lixão que recebeu adaptações para que os
danos ao meio ambiente e à sociedade fossem reduzidos. Trata-se de uma solução
relativamente rápida e barata que, embora incompleta e paliativa, é muito empregada por
pequenos municípios que não têm condições de construir um aterro adequado.
Um dos principais diferenciais do aterro controlado em relação ao lixão é que ele é
monitorado a fim de impedir a entrada de materiais perigosos que sejam inflamáveis,
corrosivos, reativos, tóxicos e/ou patogênicos. Além disso, o lixo é compactado e revestido de
material inerte – geralmente argila ou saibro – na conclusão de cada jornada de descarte.
Quando a capacidade do aterro chega ao limite o local é coberto por uma camada de terra para
o plantio de gramíneas. Esse sistema reduz o mau cheiro e a poluição visual, além de evitar o
acesso de catadores e a proliferação de insetos e animais.

1.3- Aterro Sanitário


É o modelo que menos impacta no meio ambiente e na saúde pública. No aterro
sanitário, é feito o selamento tanto da base quanto das laterais com argila e mantas de PVC, de
modo que ele fica completamente impermeabilizado. Além disso, é construído um sistema
para fazer a coleta e o manejo responsável do percolado. Não há contato entre a água da
chuva e o chorume, que, por sua vez, é drenado e tratado para que possa ser descartado sem
causar danos ao meio ambiente. Para completar, poços de monitoramento são abertos
próximos ao aterro para avaliar constantemente a qualidade da água. O resultado é que o
lençol freático e o solo ficam protegidos de contaminação. Quanto ao biogás, o aterro
sanitário também conta com um sistema elaborado de tubulações para que esse seja captado,
armazenado e tratado.

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O Município de Itaperuna, desde o início desta nova gestão, em 2017, vem executando
o monitoramento, a cobertura e a compactação dos resíduos, o que caracterizaria a área como
sendo de um “aterro controlado”.

1.4- Fontes de Poluição Pontual e Difusa


1.4.1- As cargas pontuais
São introduzidas através de lançamentos individualizados como o que ocorre no
lançamento de esgotos sanitários ou de efluentes industriais. Cargas pontuais são facilmente
identificados e, portanto, seu controle é mais eficiente e mais rápido.

1.4.2- As cargas difusas


São assim chamadas por não terem um ponto de lançamento específico ou por não
advirem de um ponto preciso de geração, tornando-se assim de difícil controle e identificação.
Exemplos de cargas difusas: a infiltração de agrotóxicos no solo provenientes de campos
agrícolas, o aporte de nutrientes em córregos e rios através da drenagem urbana.

Conforme o exposto acima, os lixões e aterros controlados são fontes de poluição e


contaminação pontuais, ou seja localizadas, restringindo-se á sua área de localização

2- Composição dos componentes dos Resíduos Sólidos Urbanos domiciliares:

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Tabela 1: Dados típicos da composição de componentes de resíduos sólidos domiciliares.


Fonte: Iwai, 2005.

2.1- Composição do Chorume:


Chorume é um líquido escuro gerado pela degradação dos resíduos em aterros
sanitários. Ele é originário de três diferentes fontes:
• Da umidade natural do lixo, aumentando no período chuvoso;
• Da água de constituição da matéria orgânica, que escorre durante o processo de
decomposição;
• Das bactérias existentes no lixo, que expelem enzimas, enzimas essas que dissolvem a
matéria orgânica com formação de líquido;

O impacto produzido pelo chorume sobre o meio ambiente está diretamente


relacionado com sua fase de decomposição. O chorume de aterro novo, quando recebe boa
quantidade de águas pluviais é caracterizado por pH ácido, alta Demanda Bioquímica de
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Oxigênio (DBO), alto valor de Demanda Química de Oxigênio (DQO) e diversos compostos
potencialmente tóxicos. Com o passar dos anos há uma redução significativa da
biodegradabilidade devido a conversão, em gás metano e CO2, de parte dos componentes
biodegradáveis.

2.2- Comportamento da Composição da água do Valão Jabuticaba em relação ao aterro


controlado de Itaperuna
Foram realizadas no dia 15 de junho de 2018, 04 campanhas de coleta de água no
valão Jabuticaba, nos seguintes pontos georreferenciados:
Ponto 01, à montante do aterro controlado:
Zone 24K
Longitude UTM: 204212.32 m E
Latitude UTM: 7657071.01 m S
Ponto 02, no ponto central do aterro controlado
Zone 24K
Longitude UTM: 203764.01 m E
Latitude UTM: 7656797.77 m S
Ponto 03, à jusante do aterro controlado:
Zone 24K
Longitude UTM: 203726.45 m E
Latitude UTM: 7656680.09 m S
Ponto 04 à jusante do aterro controlado, no bairro Aeroporto de Itaperuna:
Zone 24K
Longitude UTM: 202407.23 m E
Latitude UTM: 7651455.85 m S

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2.2.1- Imagem dos Pontos de Coleta

Figure 1: Imagem do Programa de Satélite Google Earth localizando os pontos de coleta

As amostras foram coletadas por uma equipe da Secretaria Municipal do Ambiente de


Itaperuna, Pedro Moisés Resende Nogueira, Engenheiro Ambiental e Sanitarista,
Engenheiro de Segurança do Trabalho, CREA MG163192D e o Fiscal da Prefeitura
Frankilane Tavares Arcanjo, com formação técnica em Gestão Ambiental e Pedro Prado.
As amostras foram acondicionadas em garrafas do tipo “pet”, lavadas no local com
água do próprio corpo hídrico e levadas ao Laboratório de Solo do Instituto Federal
Fluminense de Bom Jesus do Itabapoana, para análise. (Fotos em anexo)

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2.3- Parâmetros analisados

2.3.1- pH
pH significa "potencial Hidrogeniônico", uma escala logarítmica que mede o grau de
acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma determinada solução. Este conceito foi
introduzido em 1909 pelo químico dinamarquês Søren Peter Lauritz Sørensen.

2.3.2-Condutividade elétrica (CE)


A condutividade elétrica, representada por σ, é a medida da facilidade com a qual a água
permite a passagem de corrente elétrica, sendo medida em S/m (siemens por metro), é o
inverso da resistividade elétrica, medida em Ω m (ohms metro). A medição da condutividade
de um líquido é uma maneira indireta e simples de inferir a presença de íons provenientes de
substâncias polares, geralmente sais inorgânicos, dissolvidos na água, como cloretos, sulfetos,
carbonatos, fosfatos. A presença dessas substâncias aumenta a condutividade da água, pois os
mesmos são eletrólitos, ou seja, se dissolvem em íons na água e contribuem para a condução
de eletricidade. Por outro lado a presença de substâncias apolares, que não se ionizam, como
álcool, óleo e açúcar acarreta na diminuição da condutividade elétrica.

2.3.3- Cor
Resulta da existência, na água, de substâncias em solução; pode ser causada pelo ferro ou
manganês, pela decomposição da matéria orgânica da água (principalmente vegetais), pelas
algas ou pela introdução de esgotos industriais e domésticos. Padrão de potabilidade:
intensidade de cor inferior a 5 unidades.

2.4.4- Turbidez
Turbidez é a grandeza que indica o grau de atenuação da luz ao atravessar a água e
está associada à presença de partículas em suspensão na água, que, por si só, não representa
um risco à saúde. A origem natural dessas partículas vai desde a argila sobre a qual o corpo de
água se localiza até plânctons. Sua origem por influência humana pode ser atribuída a

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atividades de mineração ou resíduos industriais e domésticos, que podem afetar


significativamente a turbidez. Então a turbidez não necessariamente indica um risco para a
saúde, mas os sólidos em suspensão podem carregar micro-organismos patogênicos ou
mesmo causar um desequilíbrio do ecossistema prejudicando a fotossíntese das plantas
aquáticas, diminuindo a quantidade de oxigênio e até aumentando a temperatura através de
uma maior absorção da radiação solar.

2.4.5- OD (Oxigênio dissolvido)


É a quantidade de oxigênio não-composto dissolvido na água, portanto é uma medida de
concentração, tendo como unidade mg/L, também podendo ser expresso em ppm (partes por
milhão). É influenciado por diversos fatores naturais como a altitude ou a temperatura, que ao
aumentar causa uma diminuição na solubilidade do oxigênio na água, e isso deve ser
considerado em uma medida de oxigênio dissolvido, dado que um corpo d'água pode variar
sua temperatura ao longo do ano, do dia e até mesmo no intervalo de uma hora. Quanto maior
for a velocidade e o volume de um fluxo de água em um corpo d'água, maior será quantidade
de oxigênio dissolvido, pois maior será a superfície de água em contato com a atmosfera ao
longo do tempo, portanto quedas de água também aumentam o oxigênio dissolvido. Sólidos
dissolvidos ou suspensos diminuem os níveis de dissolução de oxigênio na água.

2.4.6- DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio)

É a quantidade de oxigênio utilizada para oxidar a matéria orgânica presente na água


através da decomposição microbiana aeróbica. Essa medição é realizada em laboratório, pois
requer longo tempo e ambiente a temperatura constante para ser realizada. No Brasil,
normalmente é executada a medida DBO 5, 20. Esta notação significa uma medida de DBO
realizada com uma amostra isolada por 5 dias com ambiente mantido a 20 °C
controladamente3. Após este período é medida a concentração de oxigênio na amostra e
subtraída da concentração presente em uma amostra retirada ao mesmo tempo, mas antes que
tenha sofrido o processo de decomposição.

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Sendo a quantidade medida uma diferença de duas concentrações, então a unidade


medida de DBO é uma unidade de concentração: mg/L. Altas quantidades de DBO podem
provocar a eutrofização do ambiente, provocando um aumento da reprodução de algas
resultando em um consumo de oxigênio insustentável, o que redunda na morte de diversos
seres vivos. Quantidades muito elevadas de DBO podem inclusive provocar a decomposição
anaeróbia da matéria orgânica presente, sendo os produtos mais comuns dessa degradação o
gás carbônico, o metano, a amônia, os ácidos graxos, as mercaptanas, os fenóis e os
aminoácidos.

2.4.7- SS (Sólidos Suspensos/em suspensão)


Resíduo que permanece num filtro de asbesto após filtragem da amostra. Podem ser
divididos em:
 Sólidos sedimentáveis: sedimentam após um período t de repouso da amostra
 Sólidos não sedimentáveis: somente podem ser removidos por processos de
coagulação, floculação e decantação.

2.4.8- ST (Sólidos Totais)


Os sólidos totais abrangem os sólidos dissolvidos (TDS, Total Dissolved Solids, em
inglês) e os sólidos em suspensão, portanto envolvem condutividade elétrica e turbidez, sendo
a quantidade total residual a medida ao secar uma amostra de água. A quantidade de sólidos
dissolvidos pode ser medida a partir da filtragem da amostra de água e então de sua secagem e
pesagem dos resíduos, ou então pode ser inferida de maneira empírica a partir da
condutividade elétrica. A quantidade de sólidos em suspensão pode ser obtida a partir da
subtração da massa medida de sólidos dissolvidos da de sólidos totais, ou então inferida a
partir de medidas de turbidez.

2.4.9- SD (Sólidos Dissolvidos)


Material que passa através do filtro. Representam a matéria em solução ou em estado
coloidal presente na amostra de efluente.

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2.5- Resultados das análises das amostras de água


Tabela 2: Tabela de dados com os resultados das amostras de água. Fonte: Laboratório de águas e efluentes, IFF
Campus Bom Jesus do Itabapoana. Original em anexo

2.6- Características gerais do Valão Jabuticaba

Foram coletadas amostras de água do corpo hídrico à montante do aterro controlado,


no ponto do corpo hídrico onde se localiza o aterro controlado e duas amostras à jusante do
lixão.
O valão Jabuticaba faz parte da Microbacia Hidrográfica de mesmo nome,
componente da bacia do Rio Muriaé. Uma Microbacia Hidrográfica, do ponto de vista físico,
é uma unidade geográfica delimitada por uma rede de drenagem (córregos) que deságua em
um rio principal. Se ficarmos restritos somente ao aspecto geográfico, a microbacia não se
diferencia da definição de bacia hidrográfica, podendo até ser classificada como uma pequena
bacia. O diferencial é que a microbacia está associada à realização de programas de
desenvolvimento sustentável, tendo como beneficiários diretos as comunidades rurais (Fonte:
Planos Municipais de Mata Atlântica-PMMA, do Município de Itaperuna-SEA).

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Figure 2: Microbacias Hidrográfica do Município de Itaperuna, apontando o Valão jabuticaba. Fonte: PMMA-
Itaperuna.

O Rio Muriaé, pelas características de sua calha, principalmente no Município de


Itaperuna, e pelo alto grau de formação rochosa nele encontrado, possui uma razoável
capacidade em depurar parte da contaminação que nele é lançada (Fonte:
http://sigaceivap.org.br:8080/publicacoesArquivos/arq_pubMidia_Processo_009-2011_P04.3-
RMCSA-Muriae.pdf).

No período em que foram coletadas as amostras, a calha do Valão Jabuticaba encontrava-


se estrangulada por vegetação de margem, assoreamento e forte pisoteio de animais bovinos.
No ponto à montante do lixão foi encontrada uma pequena barragem. Além disso, pela pouca
declividade do valão e por se encontrar em um período de baixo volume hídrico da região, no
ponto do valão onde se localiza o aterro controlado e no ponto sequencial o sistema de vazão
encontrava-se quase que lêntico em sua totalidade (ecossistemas lênticos são definidos pela
presença de água parada ou com pouco movimento). Importante ressaltar esta característica
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pontual porque quanto mais lêntico o sistema hídrico, menor é a sua capacidade de depuração
da matéria orgânica.

2.7- Analisando o Resultado

2.7.1- pH
O pH à montante do lixão encontrado foi em valores muito próximos do ponto junto
ao lixão e no ponto seguinte, medidos em torno do pH 7,0, valor de pH neutro.

2.7.2- Condutividade elétrica


Da mesma forma que o padrão pH, a condutividade elétrica manteve uma constante
nos pontos à montante, do lixão e no subsequente, variando entre 179,8 e 183,3, mostrando
uma melhora também no ponto à jusante do lixão;.

2.7.3- Cor
Pelos valores observados na tabela, a cor antes do ponto do lixão é significativamente
mais alta do que a cor no ponto após o lixão.

2.7.4- Turbidez
À montante do lixão a turbidez encontrava-se 110 UNT (unidades nefelométricas de
turbidez) e no ponto do lixão o nível de turbidez encontrado foi 19 UNT, e no ponto após o
lixão, a turbidez diminuiu pra 12 UNT, percebendo-se nitidamente uma melhora e a
capacidade depurativa do corpo hídrico.

2.7.5- OD
O nível de Oxigênio Dissolvido na água no ponto após o lixão apresenta-se melhor do
que no seu ponto à montante.

2.7.6- DBO-
Um dos padrões mais importantes na avaliação da capacidade de depuração de um
corpo hídrico e de suas condições ambientais, a DBO no ponto do aterro controlado, apesar de

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CEP: 28.300-000 - Itaperuna - RJ Tel.: (22) 3824-6247E-mail:
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apresentar uma piora em relação ao ponto montante, apresentou uma melhora no ponto
imediatamente à jusante.

2.7.7- Sólidos (SS, SD e ST)


A análise dos sólidos apresentou a mesma característica em relação aos outros
componentes, ou seja, no ponto do aterro controlado e no ponto jusante os sólidos presentes
são menores do que no ponto à montante. .

2.8- Conclusão
 O lixão existe neste local há trinta anos;
 Ainda que na maior parte de sua existência ele funcionasse realmente como
lixão, houve momentos e administrações que fizeram a cobertura do lixo com
solo (material mineral), evitando presença de animais e proliferação de vetores,
permitindo parcialmente o aprisionamento e contenção dos resíduos e
chorume, evitando, com isso a infiltração no solo e parte do escoamento
superficial para o corpo hídrico.
 De acordo com as colocações do parágrafo anterior e visita in loco é
perceptível que o chorume não escoa diretamente no corpo hídrico, esta
percepção também se dá pelo resultado da análise das amostras de água
apresentado acima e no anexo.
3- Propostas para o manejo atual dos Resíduos Sólidos do Município de Itaperuna a
ser acordado com o Ministério Público

3.1- Sistema de Recirculação de chorume:

3.1.1- Objetivo:
Reduzir a vazão efetivamente a tratar, porém garantindo a manutenção de um nível
admissível no interior das células que não iniba o processo de decomposição dos resíduos,
além de assegurar a estabilidade geotécnica do depósito;

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3.1.2- Justificativa:
A adoção de técnicas de tratamento de RSU que incluam a recirculação de chorume
pode representar uma aceleração do processo de estabilização dos resíduos em aterros
sanitários, otimização da produção do biogás, além de tornar-se bastante atrativa tendo em
vista os aspectos ambientais, operacionais e financeiros.
Acredita-se que a aplicação da técnica de recirculação, aliada à gestão adequada dos
RSU e a busca por fontes alternativas de geração de energia, pode contribuir para melhoria do
balanço ambiental.
A recirculação de chorume, segundo Cintra, 2003, pode representar uma aceleração do
processo de estabilização da matéria biodegradável dos resíduos e tornar-se bastante atrativa
tendo em vista os aspectos:
i. Ambiental: uma vez que poderá ser aplicada na melhoria do tratamento dos RSU,
revertendo-se em benefícios diretos para a proteção do solo e dos corpos de água
receptores dos efluentes gerados no processo de decomposição de resíduos;
ii. Operacional e financeiro: uma vez que poderá reduzir os custos das unidades de
destinação final de RSU, além de disponibilizar critérios e parâmetros de projeto,
obtidos para a realidade brasileira, possibilitando que as empresas de limpeza
pública desenvolvam projetos mais otimizados.

3.1.2.1- Proposta de Recuperação do atual aterro controlado (lixão)


 O Município de Itaperuna vem, desde o começo desta gestão na busca de soluções
para os seus resíduos sólidos urbanos do Município. Desta forma, em março de 2017,
foi solicitado à empresa EKO AMBIENTAL EMPREENDIMENTOS um orçamento
para um Projeto de Remediação do atual aterro controlado (e na época ainda um lixão)
de Itaperuna. O orçamento se encontra em anexo e como pode ser visto, este é um
projeto extremamente caro para um Município do interior ainda eu do porte de
Itaperuna.

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3.1.3- Em anexo um esboço do Projeto de Recirculação do Chorume

3.1.4- Prazo de Execução


 20 dias após

3.2- Isolamento da área e implantação de sistema de guarita

3.2.1- Objetivo:

 Impedir o acesso de pessoas não autorizadas e o depósito de outros resíduos por


terceiros
 Diminuir e controlar os índices de queimadas criminosas;

3.2.1- Prazo de Execução


 30 dias

4- Elaboração do Plano Municipal de Resíduos Sólidos Urbanos do Município de


Itaperuna

4.1- Objetivos:
 Buscar e apontar soluções ambientalmente adequadas e áreas passíveis de
licenciamento para aterro sanitário e/ou outras formas de disposição de resíduos.
 Identificar os principais geradores de resíduos sólidos urbanos do Município, tendo em
vista o Art. 3º, I, da Lei Federal 12305/10, que trata da responsabilidade compartilhada
pelo ciclo de vida do produto, visando a diminuição dos resíduos encaminhados aos
aterros sanitários.
 Atender ao disposto na Lei Federal 12305/10, em seu Art. 19, conforme abaixo, in
verbis

Art. 19. O plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos tem o seguinte conteúdo mínimo:

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I - diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no respectivo território, contendo a origem, o
volume, a caracterização dos resíduos e as formas de destinação e disposição final adotadas;

II - identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos,


observado o plano diretor de que trata o § 1o do art. 182 da Constituição Federal e o zoneamento
ambiental, se houver;

III - identificação das possibilidades de implantação de soluções consorciadas ou compartilhadas com


outros Municípios, considerando, nos critérios de economia de escala, a proximidade dos locais
estabelecidos e as formas de prevenção dos riscos ambientais;

IV - identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos a plano de gerenciamento específico nos
termos do art. 20 ou a sistema de logística reversa na forma do art. 33, observadas as disposições desta
Lei e de seu regulamento, bem como as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;

V - procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotados nos serviços públicos de


limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a disposição final ambientalmente adequada
dos rejeitos e observada a Lei nº 11.445, de 2007;

VI - indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de limpeza urbana e de


manejo de resíduos sólidos;

VII - regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o art. 20,
observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS e demais disposições
pertinentes da legislação federal e estadual;

VIII - definição das responsabilidades quanto à sua implementação e operacionalização, incluídas as


etapas do plano de gerenciamento de resíduos sólidos a que se refere o art. 20 a cargo do poder público;

IX - programas e ações de capacitação técnica voltados para sua implementação e operacionalização;

X - programas e ações de educação ambiental que promovam a não geração, a redução, a reutilização e
a reciclagem de resíduos sólidos;

XI - programas e ações para a participação dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou
outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas
físicas de baixa renda, se houver;

XII - mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda, mediante a valorização dos
resíduos sólidos;

XIII - sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo
de resíduos sólidos, bem como a forma de cobrança desses serviços, observada a Lei nº 11.445, de
2007;

XIV - metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir a
quantidade de rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada;
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XV - descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na coleta seletiva e na
logística reversa, respeitado o disposto no art. 33, e de outras ações relativas à responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;

XVI - meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito local, da implementação e
operacionalização dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o art. 20 e dos sistemas
de logística reversa previstos no art. 33;

XVII - ações preventivas e corretivas a serem praticadas, incluindo programa de monitoramento;

XVIII - identificação dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos, incluindo áreas
contaminadas, e respectivas medidas saneadoras;

XIX - periodicidade de sua revisão, observado prioritariamente o período de vigência do plano


plurianual municipal.

Observação: a disposição final ambientalmente adequada dos Resíduos Sólidos


Urbanos, conforme disposto no Art. 3º, X da Lei 12305/10, deve estar contemplada e
apontada no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos.
4.2- Prazo
 120 dias

5- Proposta de utilização da área atual


5.1- Prazo final para encerramento do atual aterro controlado (lixão)
 180 dias
5.2- Método para a subutilização do atual aterro controlado:
 Segundo a NBR 8849/1985 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), o
aterro controlado é uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo,
sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos
ambientais. Esse método utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos
sólidos, cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusão de cada jornada
de trabalho. Com essa técnica de disposição produz-se, em geral, poluição localizada.
 Cobertura e compactação diária dos resíduos depositados;

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6- Programa de Coleta Seletiva


Este Programa já está sendo implementado pela Secretaria Municipal do Ambiente de
Itaperuna, em parceria com a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Itaperuna
e com o Conselho Municipal de Meio Ambiente, conforme Documentos em anexo.
7- Apresentação de Proposta/Projeto para Destinação Final Ambientalmente
correta dos Resíduos Sólidos Urbanos do Município de Itaperuna. (Transbordo
ou Aterro Próprio)
7.1- Prazo
 150 dias (30 dias após a finalização do Plano Municipal de Resíduos Sólidos
Urbanos do Município de Itaperuna)

8- Conclusão:

O Município possui, em seu território, uma área de disposição de seus resíduos sólidos
urbanos (lixo domiciliar). Até o ano de 2017, todo o resíduo sólido proveniente do
Município de Itaperuna era “despejado” na área sem controle, o que caracterizava a área
como um “vazadouro” ou lixão a céu aberto.
A partir do início do ano de 2017, esta área passou a receber cobertura e compactação
diária dos resíduos, com material inerte (argila), promovendo um dos resíduos
minimizando os impactos maiores e mais aparentes, que causam impacto visual, estético e
de saúde pública, como presença de animais e outros vetores, controle de fogo.
A área onde se encontra atualmente o aterro controlado de Itaperuna possui fontes de
poluição e contaminação pontuais, conforme já abordado acima, não estando a
contaminação do chorume em níveis mais intoleráveis do que o já presente ao longo do
corpo hídrico.
A área onde se encontra atualmente o aterro controlado não faz parte de nenhuma
Unidade de Conservação, não existindo no ocal espécies ameaçadas de extinção locais ou
migratórias.

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A área onde atualmente se encontra o aterro controlado do Município recebe resíduos


há aproximadamente 30 anos, numa média de 90 a 100 toneladas dias, ou seja, tomando-
se por base a média de 90 toneladas diárias, em 30 anos foram ali depositados 972 mil
toneladas de resíduos. A sobrevivência deste aterro controlado por mais 180 dias teria
como aporte de resíduos mais 18.000 mil toneladas, ou seja, 1,8% de todo resíduo que
está ali depositado, o que num percentual de 100% se torna insignificante.
Tramita na Câmara Federal o PROJETO DE LEI N o 2.289, DE 2015 (PROJETO DE
LEI DO SENADO Nº 425, DE 2014), que tem a seguinte redação, in verbis, conforme
anexo:
Art. 55. Art. 55. O disposto nos arts. 16 e 18 entra em vigor 2 (dois) anos após a data
de publicação desta Lei. Os arts. 16 e 18 da Lei nº 12.305, de 2010, condicionam o acesso
por Estados, Distrito Federal e Municípios a recursos da União, ou por ela controlados,
quando destinados a empreendimentos e serviços relacionados à gestão de resíduos
sólidos, à elaboração dos respectivos Planos Estaduais de Resíduos Sólidos e Planos
Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. O PL nº 2.289, de 2015, visando
cumprir seus objetivos, dá nova redação aos arts. 54 e 55 da Lei nº 12.305, de 2010. O art.
54 estabelece novos prazos para disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos,
da seguinte forma:
c) os Municípios com população entre 50 mil e 100 mil habitantes no Censo de 2010 terão
até 31 de julho de 2020 para cumprir a obrigação;

9- Anexos:

1- Fotos da coleta de material para análise (água) do valão Jabuticaba;


2- Cópia do resultado das análises da água coletada ao longo do valão Jabuticaba;
3- Cópia do Projeto de recirculação do chorume no lixão;
4- Cópia de Ata de Reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente;

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5- Cópia das planilhas de coleta de material reciclável realizadas no ano de 2017 em


Itaperuna pela Associação de Catadores de Materiais Recicláveis e informada ao
INEA pelo Município para fins de comprovação;
6- Cópia de orçamento apresentado à Prefeitura para remediação do lixão em
março de 2017.
7- Cópia do PROJETO DE LEI N o 2.289, DE 2015 (PROJETO DE LEI DO
SENADO Nº 425, DE 2014), em tramitação na Câmara de Deputados.

Referências
WAI, Cristiano Kenji. Tratamento de chorume através de percolação em solos empregados como
material de cobertura de aterros para resíduos sólidos urbanos. 2005. 205 f. Dissertação (mestrado) -
Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Engenharia, 2005. Disponível em:
<http://hdl.handle.net/11449/90805>.

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