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Boletim do Trabalho e Emprego, n.

º 39, 22/10/2021

Conselho Económico e Social ...


Regulamentação do trabalho 3430
Organizações do trabalho 3485
Informação sobre trabalho e emprego ...

Propriedade
Ministério do Trabalho, Solidariedade
e Segurança Social

Edição
N.º Vol. Pág. 2021 Gabinete de Estratégia
e Planeamento
39 88 3426-3504 22 out
Direção de Serviços de Apoio Técnico
e Documentação

ÍNDICE

Conselho Económico e Social:

Arbitragem para definição de serviços mínimos:


...

Regulamentação do trabalho:

Despachos/portarias:
...

Portarias de condições de trabalho:


...

Portarias de extensão:
...

Convenções coletivas:

- Contrato coletivo entre a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade - CNIS e a FEPCES - Federação Portu-
guesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços e outros - Alteração salarial e outras .............................................. 3430
- Acordo de empresa entre a Imprensa Nacional - Casa da Moeda, SA - INCM, SA e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores
das Telecomunicações e Audiovisual - SINTTAV ........................................................................................................................ 3435
- Acordo de empresa entre a GNB - Companhia de Seguros, SA e o Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora
(STAS) e outro ............................................................................................................................................................................... 3439
- Acordo de empresa entre a EMARP - Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão, EM, SA e o STAL - Sindicato
Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins - Alteração sa-
larial ................................................................................................................................................................................................ 3456
- Acordo de empresa entre a Portugália - Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, SA e o SIPLA - Sindicato Inde-
pendente de Pilotos de Linhas Aéreas - Suspensão ...................................................................................................................... 3458
- Acordo de empresa entre a 321 Crédito - Instituição Financeira de Crédito, SA e o Sindicato dos Bancários do Centro e
outro - Alteração salarial e outras e texto consolidado ................................................................................................................. 3460
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- Contrato coletivo entre a Associação Portuguesa de Facility Services - APFS e o Sindicato dos Trabalhadores de Servi-
ços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas - STAD e outra - Deliberação da comissão pari-
tária ................................................................................................................................................................................................. 3481
- Acordo de empresa entre a Companhia Carris de Ferro de Lisboa, EM, SA e a Associação Sindical dos Trabalhadores da
Carris e Participadas (ASPTC) - Deliberação da comissão paritária ........................................................................................... 3482
- Acordo de empresa entre a Companhia Carris de Ferro de Lisboa, EM, SA e a Federação dos Sindicatos de Transportes e
Comunicações - FECTRANS - Deliberação da comissão paritária ............................................................................................. 3483
- Acordo de empresa entre a Companhia Carris de Ferro de Lisboa, EM, SA e o Sindicato dos Trabalhadores dos Transpor-
tes - SITRA - Deliberação da comissão paritária .......................................................................................................................... 3483

Decisões arbitrais:
...

Avisos de cessação da vigência de convenções coletivas:


...

Acordos de revogação de convenções coletivas:


...

Jurisprudência:
...

Organizações do trabalho:

Associações sindicais:

I – Estatutos:

- Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Alimentar do Centro, Sul e Ilhas que passa a denominar-se Sindicato Nacional
dos Trabalhadores da Indústria Alimentar - Alteração ................................................................................................................. 3485
- Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins - SINAFE - Alteração ................................................................ 3485

II – Direção:

- Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins - SINAFE - Eleição ....................................................................... 3498
- Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da Polícia de Segurança Pública - SNCC/PSP - Eleição ........................................... 3499

Associações de empregadores:

I – Estatutos:
...

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II – Direção:

- Associação das Termas de Portugal - Eleição ............................................................................................................................ 3500


- Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor - ARAC - Eleição .......................................................... 3500

Comissões de trabalhadores:

I – Estatutos:
...

II – Eleições:

- RSTJ - Gestão e Tratamento de Resíduos, EIM, SA - Eleição ..................................................................................................... 3501

Representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho:

I – Convocatórias:

- Leca Portugal, SA - Convocatória ................................................................................................................................................ 3501


- Câmara Municipal de Carregal do Sal - Convocatória ................................................................................................................. 3502
- Mitsubishi Fuso Truck Europe - Sociedade Europeia de Automóveis, SA - Convocatória ......................................................... 3502
- Águas do Norte, SA - Convocatória ............................................................................................................................................. 3502

II – Eleições:

- Câmara Municipal da Póvoa de Varzim - Eleição ........................................................................................................................ 3503


- Turipenha - Cooperativa de Turismo de Interesse Publico, CRL - Eleição ................................................................................. 3503
- SCC - Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, SA - Eleição ................................................................................................... 3503
- Gres Panaria Portugal, SA - Eleição ............................................................................................................................................. 3503
- EPAL - Empresa Portuguesa das Águas Livres, SA - Eleição ..................................................................................................... 3504

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Aviso: Alteração do endereço eletrónico para entrega de documentos a publicar no Boletim do Trabalho e Emprego
O endereço eletrónico da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho para entrega de documentos a publicar
no Boletim do Trabalho e Emprego passou a ser o seguinte: dsrcot@dgert.mtsss.pt
De acordo com o Código do Trabalho e a Portaria n.º 1172/2009, de 6 de outubro, a entrega em documento electrónico
respeita aos seguintes documentos:
a) Estatutos de comissões de trabalhadores, de comissões coordenadoras, de associações sindicais e de associações de
empregadores;
b) Identidade dos membros das direcções de associações sindicais e de associações de empregadores;
c) Convenções colectivas e correspondentes textos consolidados, acordos de adesão e decisões arbitrais;
d) Deliberações de comissões paritárias tomadas por unanimidade;
e) Acordos sobre prorrogação da vigência de convenções coletivas, sobre os efeitos decorrentes das mesmas em caso de
caducidade, e de revogação de convenções.

Nota:
- A data de edição transita para o 1.º dia útil seguinte quando coincida com sábados, domingos e feriados.
- O texto do cabeçalho, a ficha técnica e o índice estão escritos conforme o Acordo Ortográfico. O conteúdo dos textos é
da inteira responsabilidade das entidades autoras.

SIGLAS

CC - Contrato coletivo.
AC - Acordo coletivo.
PCT - Portaria de condições de trabalho.
PE - Portaria de extensão.
CT - Comissão técnica.
DA - Decisão arbitral.
AE - Acordo de empresa.

Execução gráfica: Gabinete de Estratégia e Planeamento/Direção de Serviços de Apoio Técnico e Documentação - Depósito legal n.º 8820/85.

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CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL

ARBITRAGEM PARA DEFINIÇÃO DE SERVIÇOS MÍNIMOS

...

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

DESPACHOS/PORTARIAS

...

PORTARIAS DE CONDIÇÕES DE TRABALHO

...

PORTARIAS DE EXTENSÃO

...

CONVENÇÕES COLETIVAS

Contrato coletivo entre a Confederação Nacio- CAPÍTULO I


nal das Instituições de Solidariedade - CNIS e a
FEPCES - Federação Portuguesa dos Sindicatos do Âmbito pessoal, geográfico, sectorial e vigência
Comércio, Escritórios e Serviços e outros -
Cláusula 1.ª
Alteração salarial e outras
Âmbito e área de aplicação
O presente acordo altera o CCT publicado no Boletim 1- (...)
do Trabalho e Emprego, n.º 41, de 8 de novembro de 2019, 2- Para cumprimento do disposto na alínea g) do artigo
alterado pela revisão publicada no Boletim do Trabalho e 496.º, conjugado com o artigo 496.º do Código do Trabalho,
Emprego, n.º 2, de 15 de janeiro de 2021, com retificação ao refere-se que serão abrangidos por esta convenção 3000 em-
texto publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 19, pregadores e 63 000 trabalhadores.
de 22 de maio de 2021. (...)

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CAPÍTULO III remuneração previstas no anexo V, conta-se como tempo de


serviço não apenas o tempo de serviço, efectivo e classifica-
Direitos, deveres e garantia das partes do de bom, prestado na mesma instituição/entidade empre-
gadora, no exercício de funções docentes ou educativas, mas
Cláusula 10.ª também o tempo de serviço prestado noutros estabelecimen-
tos de ensino particular ou público, desde que devidamente
Deveres da instituição comprovado e classificado de bom e que tal não se oponham
São deveres da instituição: quaisquer disposições legais, sem prejuízo do previsto nas
(...) notas 1 a 4 do anexo V.
l) Passar ao trabalhador, a pedido deste e em 10 dias, cer-
tificado de tempo de serviço conforme a legislação em vigor. ANEXO III
(...)
Enquadramento das profissões em níveis de
CAPÍTULO VII qualificação

Direitos, deveres e garantia das part(es (...)


6- Profissionais qualificados:
(...) 6.3- Administrativos, comércio e outros;
Cláusula 72.ª Auxiliares em estruturas de acolhimento residencial para
crianças e jovens.
Refeição (...)
1- Os trabalhadores têm direito ao fornecimento de uma
refeição principal completa por cada dia completo de traba- ANEXO IV
lho.
(...) Enquadramento das profissões e categorias
profissionais em níveis de remuneração
CAPÍTULO XIV (...)

Disposições transitórias e finais Nível X


Ajudante de acção directa principal.
(...)
Nível XII
Cláusula 99.ª
Ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com de-
Cláusula de salvaguarda ficiência de 1.ª
Mantêm-se em vigor todas as disposições, incluindo ane- Nível XIII
xos e notas, que, entretanto, não foram objecto de alteração,
Ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com de-
constantes do CCT, cuja publicação está inserta no Boletim
ficiência de 2.ª
do Trabalho e Emprego, n.º 41, de 8 de novembro de 2019,
com as alterações constantes do acordo de revisão publicado Nível XIV
no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, de 15 de janeiro de Ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com de-
2021, com a rectificação publicada no Boletim do Trabalho e ficiência de 3.ª
Emprego, n.º 19, de 22 de maio de 2021. Auxiliares em estruturas de acolhimento residencial para
(...) crianças e jovens.
Nota: Com a entrada em vigor da presente alteração, os trabalhadores
ANEXO II que detenham as categorias das carreiras de ajudante de acção directa e de
ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com deficiência, acima indi-
cadas, manterão a categoria mas serão enquadradas no nível remuneratório
Condições específicas agora previsto. Mantendo a contagem do tempo de serviço para efeitos da
(...) próxima promoção.

Trabalhadores com funções pedagógicas Os trabalhadores que à data da entrada em vigor da pre-
«(...)» sente alteração estavam classificados em prefeitos serão
Contagem do tempo de serviço: reclassificados em auxiliares de estruturas de acolhimento
Para efeitos quer de ingresso quer de progressão dos edu- residencial para crianças e jovens, mantendo o nível remu-
cadores de infância e dos professores nos vários níveis de neratório do nível XIV da tabela A.

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ANEXO V VI De 12 a 15 1 730
VII De 8 a 11 1 491
Tabela de retribuições mínimas VIII De 4 a 7 1 377
(A partir de 1 de julho de 2021)
IX De 0 a 3 1 006

Tabela A 3- Outros professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e


do ensino secundário:
Nível RM
1 1 244,00 € Valores
Níveis Grau académico/Anos serviço
euros
2 1 160,00 €
Professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e
3 1 093,00 € I ensino secundário, profissionalizado, sem grau su- 1 754
4 1 043,00 € perior e com 20 ou mais anos de serviço
5 1 000,00 € Professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e
II ensino secundário, profissionalizado, sem grau su- 1 495
6 935,00 €
perior e mais de 15 anos
7 884,00 €
Professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico
8 834,00 € e ensino secundário, não profissionalizado, com
III 1 405
9 785,00 € habilitação própria, de grau superior e mais de 10
anos
10 735,00 €
Professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e
11 717,00 € IV ensino secundário, profissionalizado, sem grau su- 1 366
12 711,00 € perior e mais de 10 anos
13 697,00 € Professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e
V ensino secundário, não profissionalizado, com ha- 1 224
14 687,00 €
bilitação própria, de grau superior mais 5 anos
15 677,00 €
Restantes professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino
VI 1 209
16 673,00 € básico e ensino secundário com mais de 25 anos
17 669,00 € Professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e
18 665,00 € VII ensino secundário, não profissionalizado, com ha- 1 170
bilitação própria, sem grau superior e mais 10 anos
Professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e
Tabela B ensino secundário, não profissionalizado, com ha-
(A partir de 1 de julho de 2021) bilitação própria, de grau superior
Professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e
1- Professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e secun- VIII 1 152
ensino secundário, profissionalizado, sem grau su-
dário profissionalizado, com licenciatura: perior e mais 5 anos
Restantes professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino
Níveis Anos de serviço Valores em euros básico e ensino secundário com mais de 20 anos
I-A 29 ou mais 3 067 Restantes professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino
IX 1 094
básico e ensino secundário com mais de 15 anos
I-B 28 2 752
Professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e
II 26/27 2 551
ensino secundário, profissionalizado, sem grau su-
III De 23 a 25 2 413 perior
IV De 20 a 22 2 061 Professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e
X ensino secundário, não profissionalizado, com ha- 973
V De 16 a 19 1 946 bilitação própria, sem grau superior e mais de 5
VI De 12 a 15 1 879 anos
Restantes professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino
VII De 8 a 11 1 730
básico e ensino secundário com mais de 10 anos
VIII De 4 a 7 1 491
Restantes professores do 2.º e 3.º ciclos ensino bá-
IX De 0 a 3 1 006 XI 851
sico e ensino secundário com mais de 5 anos

2- Professores dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e secun- Professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e
XII ensino secundário, não profissionalizado, com ha- 829
dário profissionalizado, com bacharelato: bilitação própria, sem grau superior
Níveis Anos de serviço Valores em euros Restantes professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino
XIII 776
básico e ensino secundário
I-A 29 ou mais 2 524
I-B 28 2 413 4- Educadores de infância e professores do 1.º ciclo do
II 26/27 2 369 ensino básico com licenciatura profissionalizados:
III De 23 a 25 2 322 Níveis Anos de serviço Valores em euros
IV De 20 a 22 1 946 I-A 29 ou mais 2580
V De 16 a 19 1 879 I-B 28 2 319

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II 26/27 2 118 Educadores de infância sem curso, com diploma e


III De 23 a 25 1 953 curso complementar e mais de 15 anos
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem
IV De 20 a 22 1 833 magistério, com diploma e curso complementar e
V De 16 a 19 1 670 mais de 15 anos
Professores com grau superior e mais de 15 anos
VI De 12 a 15 1 498 Educadores de estabelecimento com grau superior
VII De 8 a 11 1 418 V e mais de 20 anos 972
Educadores de infância sem curso, com diploma e
VIII De 4 a 7 1 161
mais de 20 anos
IX De 0 a 3 1 006 Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem ma-
gistério, com diploma e mais de 20 anos
5- Educadores de infância e professores do 1.º ciclo do Professores sem grau superior e mais de 25 anos
ensino básico com habilitação: Educadores de estabelecimento sem grau superior
e mais de 25 anos
Níveis Anos de serviço Valores em euros Educadores de infância sem curso, com diploma e
I-A 29 ou mais 2525 curso complementar e mais de 10 anos
I-B 28 2263 Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem
magistério, com diploma e curso complementar e
II 26/27 2061 mais de 10 anos
III De 23 a 25 1907 Professores com grau superior e mais de 10 anos
Educadores de estabelecimento com grau superior
IV De 20 a 22 1785 VI e mais de 15 anos 878
V De 16 a 19 1626 Educadores de infância sem curso, com diploma e
mais de 15 anos
VI De 12 a 15 1466
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem ma-
VII De 8 a 11 1363 gistério, com diploma e mais de 15 anos
VIII De 4 a 7 1112 Professores sem grau superior e mais de 20 anos
Educadores de estabelecimento sem grau superior
IX De 0 a 3 984 e mais de 20 anos
6- Restantes educadores e professores sem funções docen- Educadores de infância sem curso, com diploma e
tes, com funções educativas: curso complementar e mais de 5 anos
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem
Valores magistério, com diploma e curso complementar e
Níveis Grau académico/Anos serviço mais de 5 anos
euros
Professores com grau superior e mais de 5 anos
Educadores de infância sem curso, com diploma e Educadores de estabelecimento com grau superior
curso complementar e mais de 26 anos VII e mais de 10 anos 775
I Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem 1 224 Educadores de infância sem curso, com diploma e
magistério, com diploma e curso complementar e mais de 10 anos
mais de 26 anos Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem ma-
Educadores de infância sem curso, com diploma e gistério, com diploma e mais de 10 anos
mais de 26 anos Professores sem grau superior e mais de 15 anos
II 1 166 Educadores de estabelecimento sem grau superior
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem ma-
gistério, com diploma e mais de 26 anos e mais de 15 anos
Educadores de infância sem curso, com diploma e Educadores de estabelecimento com grau superior
curso complementar e mais de 25 anos Educadores de infância sem curso, com diploma e
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem mais de 5 anos
III 1 151 Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem ma-
magistério, com diploma e curso complementar e VIII 731
mais de 25 anos gistério, com diploma e mais de 5 anos
Professores com grau superior e mais de 25 anos Professores sem grau superior e mais de 10 anos
Educadores de estabelecimento sem grau superior
Educadores de infância sem curso, com diploma e e mais de 10 anos
curso complementar e mais de 20 anos
Professores com 1.º ciclo do ensino básico, sem Educadores de infância sem curso, com diploma e
magistério, com diploma e curso complementar e curso complementar
mais de 20 anos Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem ma-
Professores com grau superior e mais de 20 anos gistério, com diploma e curso complementar
IV 1 091 IX 705
Educadores de estabelecimento com grau superior Professores com grau superior
e mais de 25 anos Professores sem grau superior e mais de 5 anos
Educadores de infância sem curso, com diploma e Educadores de estabelecimento sem grau superior
mais de 25 anos e mais de 5 anos
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem ma-
gistério, com diploma e mais de 25 anos

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Educadores de infância sem curso, com diploma Pelo SIFAP - Sindicato Nacional dos Profissionais de
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, sem ma- Farmácia e Paramédicos:
gistério, com diploma
Professores sem grau superior José Carlos Dantas, na qualidade de mandatário.
Educadores de estabelecimento sem grau superior
X
Professores do 1.º ciclo do ensino básico, com di-
665 Pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidarieda-
ploma para as povoações rurais de e Segurança Social - STSSSS:
Professores autorizados do 1.º ciclo do ensino
básico Joaquim Manuel Monteiro do Espírito Santo, na qualida-
Educadores de infância autorizados de de presidente e mandatário.
Florentino Paulo Mota Silva, na qualidade de mandatá-
Porto, 30 de julho de 2021. rio.
Pedro Miguel Pereira Faria, na qualidade de mandatário.
Pela Confederação Nacional das Instituições de Solida-
riedade - CNIS: Pelo Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saú-
de das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica:
José Macário Correia, na qualidade de mandatário.
Roberto Rosmaninho Mariz, na qualidade de mandatário. Luís Alberto Pinho Dupont, na qualidade de presidente
Henrique Manuel de Queirós Pereira Rodrigues, na qua- e mandatário.
lidade de mandatário.
Declaração
Pela a FEPCES - Federação Portuguesa dos Sindicatos
do Comércio, Escritórios e Serviços: FEPCES - Federação Portuguesa dos Sindicatos do Co-
mércio, Escritórios e Serviços, representa as seguintes orga-
Maria José Carvalho Esgueira, na qualidade de manda-
nizações sindicais:
tária.
Ana Paula Quintela Rodrigues, na qualidade de manda- –– CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Es-
tária. critórios e Serviços de Portugal.
–– Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e
Pela Federação Nacional dos Professores - FENPROF:
Serviços do Minho.
Graça Maria Cabral de Sousa Morgado dos Santos, na –– Sindicato dos Trabalhadores Aduaneiros em Despa-
qualidade de mandatária. chantes e Empresas.
–– Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria,
Pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comuni- Vigilância, Limpeza, Domésticas, Profissões Similares e Ac-
cações - FECTRANS: tividades Diversas.
Maria José Carvalho Esgueira, na qualidade de manda- –– Sindicato dos Empregados de Escritório, Comércio e
tária. Serviços da Horta.
Ana Paula Quintela Rodrigues, na qualidade de manda- Informação da lista de representados pela Federação Na-
tária. cional dos Professores (FENPROF):
Pela FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricultura, –– Sindicato dos Professores do Norte (SPN);
Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal: –– Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC);
António Francisco Gonçalves Soares Baião, mandatário. –– Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL);
–– Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS);
Pela Federação Portuguesa dos Sindicatos da Constru- –– Sindicato dos Professores da Madeira (SPM).
ção, Cerâmica e Vidro - FEVICCOM:
A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunica-
Maria José Carvalho Esgueira, na qualidade de manda- ções - FECTRANS, representa os seguintes sindicatos:
tária.
Ana Paula Quintela Rodrigues, na qualidade de manda- –– STRUP - Sindicato dos Trabalhadores de Transportes
tária. Rodoviários e Urbanos de Portugal;
–– STRUN - Sindicato dos Trabalhadores de Transportes
Pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses - SEP: Rodoviários e Urbanos do Norte;
Jorge Manuel da Silva Rebelo, mandatário. –– SNTSF - Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sec-
tor Ferroviário;
Pelo Sindicato Nacional dos Psicólogos: –– SIMAMEVIP - Sindicato dos Trabalhadores da Mari-
Maria José Carvalho Esgueira, na qualidade de manda- nha Mercante, Agências de Viagens, Transitários e Pesca;
tária. –– OFICIAIS/MAR - Sindicato dos Capitães, Oficiais Pi-
Ana Paula Quintela Rodrigues, na qualidade de manda- lotos, Comissários e Engenheiros da Marinha Mercante;
tária. –– STFCMM - Sindicato dos Transportes Fluviais, Costei-
ros e da Marinha Mercante;

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–– STRAMM - Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Depositado em 7 de outubro de 2021, a fl. 170 do livro
Actividades Metalúrgicas da Região Autónoma da Madeira; n.º 12, com o n.º 194/2021, nos termos do artigo 494.º do
–– SPTTOSH - Sindicato dos Profissionais dos Transpor- Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
tes, Turismo e Outros Serviços da Horta; fevereiro.
–– SPTTOSSMSM - Sindicato dos Profissionais de Trans-
porte, Turismo e Outros Serviços de São Miguel e Santa Ma-
ria.
A FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricultura, Acordo de empresa entre a Imprensa Nacional
Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal re- - Casa da Moeda, SA - INCM, SA e o Sindicato
presenta as seguintes organizações sindicais: Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações
–– Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, e Audiovisual - SINTTAV
Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve;
–– Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria,
Turismo, Restaurantes e Similares do Centro; Cláusula 1.ª
–– Sindicato dos Trabalhadores na Hotelaria, Turismo, Ali- Área e âmbito
mentação, Serviços e Similares da Região da Madeira;
–– Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, 1- O presente acordo de empresa obriga, por um lado, a
Turismo, Restaurantes e Similares do Norte; Imprensa Nacional - Casa da Moeda, SA - INCM, SA (CAE
–– Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, 18120 - Outra impressão), e, por outro, todos os trabalha-
Turismo, Restaurantes e Similares do Sul; dores ao seu serviço representados pela associação sindical
–– SINTAB - Sindicato dos Trabalhadores de Agricultura outorgante, em todo o território nacional, qualquer que seja
e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Por- o local onde se encontrem a prestar atividade.
tugal; 2- O anexo ao presente AE constitui parte integrante do
–– Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Indústrias de mesmo, ficando as partes obrigadas ao seu cumprimento.
Alimentação e Bebidas (STIANOR); 3- Para efeitos do disposto na lei, estima-se que sejam
–– STIAC - Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de abrangidos por este AE cerca de 90 (noventa) trabalhadores.
Alimentar do Centro, Sul e Ilhas; Cláusula 2.ª
–– SITACEHT - Sindicato dos Trabalhadores das Indús-
trias Transformadoras, Alimentação, Bebidas e Similares, Regime subsidiário
Comércio, Escritórios e Serviços, Hotelaria e Turismo dos A todas as matérias não expressamente reguladas no pre-
Açores. sente AE, aplica-se o disposto nas normas regulamentares e
A Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, convencionais aplicáveis aos trabalhadores da Imprensa Na-
Cerâmica e Vidro - FEVICCOM, representa os seguintes cional - Casa da Moeda, SA - INCM, SA.
sindicatos: Cláusula 3.ª
–– STCCMCS - Sindicato dos Trabalhadores das Indús- Denúncia
trias de Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Ma-
deiras, Mármores e Cortiças do Sul e Regiões Autónomas; O processo de denúncia e de revisão do presente AE
–– Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmi- seguem o regime previsto na lei.
ca, Cimentos e Similares da Região Norte; Cláusula 4.ª
–– Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmi-
ca, Cimentos, Construção, Madeiras, Mármores e Similares Produção de efeitos
da Região Centro; 1- O presente acordo entra em vigor após a publicação do
–– Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira; mesmo no Boletim do Trabalho e Emprego, a efetuar me-
–– Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Madeiras, diante o cumprimento do disposto na alínea b) do número 5
Pedreiras, Cerâmica e Afins da Região a Norte do Rio Douro; do artigo 25.º do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro.
–– Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Madeiras, 2- Os aumentos constantes da tabela salarial a que se refere
Mármores, Pedreiras, Cerâmica e Materiais de Construção o artigo 2.º produzem efeitos a 1 de janeiro de 2019.
de Portugal;
Cláusula 5.ª
–– Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Constru-
ção, Cerâmica, Cimentos e Similares, Madeiras, Mármores e Categorias, carreiras e tabela salarial
Pedreiras de Viana do Castelo e Norte - SCMPVCN;
1- Aos trabalhadores abrangidos pelo presente AE são atri-
–– SICOMA-Sindicato dos Trabalhadores da Construção,
buídas as categorias, carreiras e retribuições base aplicáveis
Madeiras, Olarias e Afins da Região da Madeira;
na INCM a todos os trabalhadores mediante regulamentação
–– SOCN -Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte.
interna em vigor nesta data.

3435
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

2- A revisão global das matérias referidas no número ante- período igual ou inferior a 3h30 e à marcação de um dia de
rior será objeto de negociação com o sindicato outorgante no falta injustificada por cada período superior aquele até ao li-
âmbito do presente AE. mite do período normal de trabalho diário, podendo as faltas
3- A retribuição mínima mensal devida é a constante do ser justificadas nos termos da legislação em vigor.
anexo I que em cada momento seja igual ou imediatamente 12- As faltas a que se refere o número anterior são repor-
superior à remuneração mínima mensal garantida vigente. tadas ao último dia ou dias do período de aferição a que o
débito respeita.
Cláusula 6.ª
13- A modalidade de horário flexível pode ser praticada
Horário flexível por todos os trabalhadores que o solicitem, mediante acordo
da empresa de modo a assegurar que tal não prejudica a efi-
1- O horário flexível é aquele que permite ao trabalha-
cácia, eficiência e produtividade da empresa.
dor gerir os seus tempos de trabalho, escolhendo as horas
de entrada e de saída, observados que sejam os períodos de Cláusula 7.ª
presença obrigatória, designados por plataformas fixas, sem
prejuízo do disposto nos números seguintes. Regime de prevenção
2- A prestação de trabalho pode ser efetuada entre as 8h00 1- O trabalhadores podem exercer a sua atividade pro-
e as 20h00, com os seguintes períodos de presença obrigató- fissional em regime de prevenção, considerando-se como
ria, designadas plataformas fixas: tal o período em que o trabalhador, embora em período de
a) Período da manhã: Das 10h00 às 12h00; descanso, se encontre disponível para eventual execução de
b) Período da tarde: Das 14h00 às 16h00. serviços exclusivamente no âmbito da intervenção inadiável,
3- A interrupção obrigatória de trabalho diário não pode de ocorrências ou avarias notificadas durante esse período e
ser inferior a uma hora nem superior a duas, devendo ocorrer que, por natureza, não possam aguardar por resolução dentro
no período compreendido entre as 12h00 e as 14h00. do período normal de trabalho.
4- A falta de registo de saída e de entrada, para o intervalo 2- O trabalho prestado em regime de prevenção pode re-
de descanso, determina o desconto do período de descanso vestir as seguintes modalidades:
de duas horas. a) Prevenção com intervenção local - Quando a interven-
5- É permitida a compensação dos tempos de trabalho não ção não puder ser resolvida de forma remota e implique des-
abrangidos pelas plataformas fixas, sendo a compensação de locação ao local da ocorrência/avaria;
tempo de trabalho feita por alargamento, respetivamente, do b) Prevenção com intervenção remota - Quando a inter-
período de trabalho diário, fora das plataformas fixas, mas venção puder ser resolvida de forma remota e não implique
dentro do período de prestação de trabalho indicado no nú- deslocação ao local da ocorrência/avaria;
mero 2. 3- O regime de prevenção abrange os trabalhadores a exer-
6- O saldo diário dos débitos e créditos individuais é trans- cer funções na direção de sistemas de informação e na di-
portado para o dia seguinte, até ao termo de cada período reção de manutenção engenharia, sem prejuízo da respetiva
mensal. aplicação esporádica a trabalhadores de diferentes áreas da
7- Quando forem prestadas mais horas do que as previstas empresa, nos serviços e pelos períodos que venham a ser jul-
no acordo de empresa, o saldo positivo apurado no termo de gados como indispensáveis.
cada mês e que não seja considerado como trabalho suple- 4- A atribuição do regime de prevenção reveste sempre
mentar, pode transitar, até ao limite máximo de 4 horas, para natureza transitória, enquanto a necessidade de prestação da
o mês seguinte, como crédito de horas. atividade naquelas condições se mantiver, sendo previamen-
8- O crédito de horas a que se refere o número 7, permite te autorizada pela entidade empregadora, mediante proposta
a ausência do trabalhador por um período de tempo corres- do responsável devidamente fundamentada, designadamente
pondente e só pode ser gozado no mês seguinte àquele a que quanto à modalidade de prevenção proposta.
reporta. 5- A instituição do regime de prevenção é efetuada por
9- O não cumprimento das plataformas fixas não é com- acordo com o trabalhador e pode cessar a qualquer momento
pensável, sendo aplicável o mesmo regime de ausências pre- por iniciativa da entidade empregadora, mediante o cumpri-
visto para o horário rígido. mento de um pré-aviso de 30 dias, tão logo a necessidade
10- O regime de horário flexível não pode prejudicar as deixe de verificar-se, e sem direito a qualquer compensação
atividades da empresa devendo os trabalhadores, em contra- ao trabalhador.
partida do direito de gestão individual do horário de traba- 6- O acordo previsto no número anterior poderá igualmen-
lho assegurar, designadamente, a realização e a continuidade te cessar por iniciativa do trabalhador, a qualquer momento,
de tarefas urgentes, bem como o cumprimento pontual das mediante o cumprimento de um pré-aviso de 30 dias e sem
mesmas, devendo, também, os respetivos superiores hierár- direito a qualquer compensação por parte do trabalhador.
quicos, certificar que a flexibilidade dos horários não origi- 7- Sempre que a dimensão da equipa o permita, as escalas
na, em caso algum, a inexistência de pessoal que assegure o de prevenção devem ser elaboradas e afixadas com antece-
normal funcionamento dos serviços. dência, em obediência aos seguintes princípios:
11- O saldo de tempo negativo apurado no final do mês dá a) Cada trabalhador não é escalado mais do que uma se-
lugar à marcação de meio-dia de falta injustificada, por cada mana em cada mês;

3436
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

b) As escalas de prevenção são autónomas e não coinci- res serão dispensados, sem perda de remuneração, da presta-
dentes para os trabalhadores que prestem trabalho em regime ção de trabalho durante a primeira parte do período normal
de prevenção com intervenção local ou intervenção remota; de trabalho diário seguinte, e se inferior a 4 horas, dispensa-
c) As equipas integram, de preferência, trabalhadores da dos durante todo o período normal de trabalho.
área em que o serviço será prestado; 16- Aos trabalhadores em regime de prevenção, para efei-
d) Quando por circunstâncias excecionais um trabalhador tos de abono de intervenção e de intervenção local, será sem-
esteja escalado para prevenção durante mais do que uma se- pre considerado o período normal de trabalho diário em cada
mana no mês, o abono referido no número 11 terá um au- momento praticado.
mento de 50 % nos dias que a excedam.
Cláusula 8.ª
8- O trabalhador em situação de prevenção deve manter-se
permanentemente contactável e, dependendo da modalidade Regime de chamada acidental
de prevenção em causa, em local e com os meios que asse-
1- Os trabalhadores podem ser chamados acidentalmente
gurem qualquer intervenção necessária com facilidade e ce-
para prestar trabalho, por urgente necessidade de serviço,
leridade possível em função do meio de transporte utilizável.
mediante proposta fundamentada do responsável máximo da
9- A entidade empregadora assegura os meios para que a
área quanto às circunstâncias anómalas ou de emergência.
intervenção em prevenção possa ser efetuada de forma re-
2- Nas situações em que ocorra a chamada acidental, os
mota.
trabalhadores têm direito a um abono no valor de 16 €, por
10- Nas situações de prevenção com intervenção local, a
cada chamada acidental, desde que essa chamada se verifi-
empresa assegura os encargos com o transporte do trabalha-
que findo o trabalho diário e após o abandono do local de
dor, devendo ser utilizado o meio de transporte indicado pela
trabalho.
empresa, em função do que for considerado mais adequado,
3- Adicionalmente ao abono por cada chamada acidental,
face à urgência que o caso requeira.
o trabalhador tem direito à remuneração pelo trabalho pres-
11- Os trabalhadores em situação de prevenção têm direito
tado, em obediência às regras gerais da remuneração para o
a um abono (abono de prevenção) no valor de 1,50 € (um
período normal de trabalho ou para o trabalho suplementar
euro e cinquenta cêntimos), por cada hora de prevenção, não
ou noturno, consoante a situação, nos termos previstos na lei
se considerando para tal:
e no acordo de empresa,
a) O período normal de trabalho diário;
4- Sem prejuízo do disposto nos pontos anteriores, sempre
b) Os períodos de tempo correspondentes à intervenção.
que a chamada acidental ocorra fora do período normal de
12- Adicionalmente, os efetivos períodos de intervenção
trabalho, o trabalhador tem direito aos descansos compen-
dos trabalhadores em regime de prevenção conferem ao tra-
satórios definidos na lei, que deverá gozar num dos três dias
balhador direito ao pagamento do trabalho suplementar e
úteis seguintes. Excecionalmente, quando razões imperiosas
noturno nos termos definidos na lei e no acordo de empresa,
do serviço não o permitirem, e havendo acordo do trabalha-
ainda, aos descansos compensatórios definidos na lei, que o
dor, poderá o descanso compensatório ser gozado dentro dos
trabalhador deverá gozar num dos três dias úteis seguintes,
30 dias seguintes.
exceto quando razões imperiosas do serviço não o permiti-
5- Sempre que por motivo de prestação de trabalho na se-
rem, caso em que, havendo acordo do trabalhador, poderá o
quência de chamada acidental, o descanso diário for inferior
descanso compensatório ser gozado dentro dos 30 dias se-
a 9 horas consecutivas, mas igual ou superior a 4 horas, os
guintes.
trabalhadores serão dispensados, sem perda de remuneração,
13- Para efeitos do disposto no número anterior, no regime
da prestação de trabalho durante a primeira parte do período
de prevenção, na modalidade de prevenção com intervenção
normal de trabalho diário seguinte, e se inferior a 4 horas,
local, é considerado como período de intervenção o tempo
dispensados durante todo o período normal de trabalho.
decorrido desde que o trabalhador inicia a deslocação, até ao
6- Nas situações de chamada acidental, a empresa asse-
seu regresso ao local de partida.
gura os encargos com o transporte do trabalhador, devendo
14- A prevenção com intervenção local, sempre que não
ser utilizado o meio de transporte indicado pela empresa, em
seja passível de ser efetuada remotamente, terá uma remu-
função do que for considerado mais adequado, face à urgên-
neração mínima para a primeira intervenção nas seguintes
cia que o caso requeira, sendo considerado como período de
situações:
trabalho o tempo decorrido desde que o trabalhador inicia a
a) Equivalente a uma fração mínima de 3 horas, quando
deslocação, até ao seu regresso ao local de partida.
prestada em dias de descanso semanal e feriados;
7- A chamada acidental, terá uma remuneração mínima
b) Equivalente a uma fração mínima de 2 horas, quando
nas seguintes situações:
prestada nos restantes dias sempre que o trabalhador já se
a) Equivalente a uma fração mínima de 3 horas, quando
tenha ausentado do local de trabalho há mais de 30 minutos
prestada em dias de descanso semanal e feriados;
após o termo do seu horário de trabalho.
b) Equivalente a uma fração mínima de 2 horas, quando
15- Sempre que por motivo de prestação de trabalho em
prestada nos restantes dias sempre que o trabalhador já se
regime de prevenção, o descanso diário for inferior a 9 horas
tenha ausentado do local de trabalho há mais de 30 minutos
consecutivas, mas igual ou superior a 4 horas, os trabalhado-
após o termo do seu horário de trabalho.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

Cláusula 9.ª Declaração para efeitos de depósito

Condições de progressão Imprensa Nacional - Casa da Moeda, SA - INCM, SA


e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomu-
As progressões para as categorias a que corresponda no-
nicações e Audiovisual - SINTTAV, subscritores de um
meação são obrigatoriamente efetuadas caso o trabalhador,
processo acordo de empresa que foi objeto de depósito n.º
no decurso do tempo estabelecido no AE para o acesso a tal
111.1184.2021.4 vêm declarar para efeitos de instrução do
nível, obtenha avaliações do desempenho com média de ava-
mesmo que reconhecem a aplicação, mediante regulamento
liação quantitativa igual ou superior a 4.
interno, das carreiras e categorias que decorrem dos acordos
de empresa publicados no Boletim do Trabalho e Emprego,
Lisboa, 14 de julho de 2021. n.º 31, de 22 de agosto de 1999 em vigor na INCM.
Imprensa Nacional - Casa da Moeda, SA - INCM, SA: A presente declaração tem efeito meramente declarativo
e não reveste a forma de convenção coletiva para efeitos do
Gonçalo Nuno Mendes de Almeida Caseiro, presidente disposto no Código do Trabalho.
do conselho de administração.
Dora Maria dos Santos Ferreira Brites Moita, vogal do
Lisboa 30 de setembro de 2021.
conselho de administração.
Imprensa Nacional - Casa da Moeda, SA - INCM, SA:
Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomuni-
cações e Audiovisual - SINTTAV. Gonçalo Nuno Mendes de Almeida Caseiro.
Alcides Gama.
Manuel Francisco Anselmo Coelho Gonçalves, manda-
tário. Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomuni-
Paulo Jorge Gomes de Sousa, mandatário. cações e Audiovisual - SINTTAV:
Manuel Francisco Anselmo Coelho Gonçalves.
Paulo Jorge Gomes de Sousa.

ANEXO

Tabela salarial em vigor a partir de 1 de janeiro de 2019


(Unidade: Euros)

Depositado em 7 de outubro de 2021, a fl. 170 do livro n.º 12, com o n.º 198/2021, nos termos do artigo 494.º do Código
do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

Acordo de empresa entre a GNB - Companhia de b) Duração do tempo de trabalho - Cláusula 18.ª e cláusula
Seguros, SA e o Sindicato dos Trabalhadores da 19.ª;
Actividade Seguradora (STAS) e outro c) Duração das férias - Cláusula 26.ª;
d) Dispensas - Cláusula 29.ª e cláusula 30.ª;
e) Subsídio de refeição - Cláusula 34.ª;
Cláusula 1.ª f) Prémio de permanência - Cláusula 39.ª;
g) Complemento ao subsídio por doença - Cláusula 41.ª;
Âmbito
h) Seguro de saúde e de vida - Cláusula 42.ª e cláusula
1- O presente acordo de empresa (AE) obriga, por um 43.ª;
lado, a empresa subscritora e, por outro lado, os trabalhado- i) Plano individual de reforma - Cláusula 49.ª
res a ela vinculados por contrato de trabalho, representados
pelos sindicatos subscritores. CAPÍTULO II
2- É empresa subscritora do presente AE, a GNB - Com-
panhia de Seguros, SA, futuramente e adiante designada por Enquadramento profissional e modalidades de
empresa ou «Mudum Seguros», com um universo de 72 tra-
contrato
balhadores, que desenvolve atividade no setor segurador.
3- O presente AE aplica-se aos estabelecimentos da em- Cláusula 4.ª
presa subscritora sitos em território nacional e em todas as
áreas em que exerça a atividade seguradora. Classificação profissional
4- Os trabalhadores não filiados em qualquer dos sindica- 1- Os grupos e categorias profissionais bem como as res-
tos outorgantes poderão beneficiar do presente AE, nos ter- petivas funções, eventuais graus de senioridade ou comple-
mos da lei, desde que expressem formalmente essa opção xidade e remunerações, são definidos pela empresa que de-
nos três meses seguintes à entrada em vigor do mesmo, ou verá classificar os trabalhadores abrangidos pelo AE tendo
após a entrada em vigor do contrato de trabalho, se posterior. em conta as funções que cada um efetivamente exerce, e de
Cláusula 2.ª acordo com o enquadramento no organograma em vigor na
empresa, devendo existir a devida correspondência com as
Vigência e produção de efeitos categorias definidas no presente AE.
1- Este AE entra em vigor na data da sua publicação no 2- A retribuição base mensal é fixada pela empresa, tendo
Boletim do Trabalho e Emprego. em conta o valor mínimo obrigatório previsto no anexo II
2- Este AE vigorará por um período inicial de 3 anos, re- (Tabela salarial) para o nível salarial em que se enquadra a
novando-se automaticamente por sucessivos períodos de 3 categoria profissional do trabalhador.
anos, enquanto não cessar por algumas das formas legalmen- 3- As remunerações, para além das obrigatoriamente de-
te previstas. correntes deste AE, nomeadamente as margens livres, pode-
3- Sem prejuízo do disposto no número anterior, as tabelas rão ser absorvidas por efeito de aumentos salariais futuros.
salariais, subsídio de refeição e demais cláusulas de expres- 4- Sempre que a tabela salarial do anexo II seja revista, a
são pecuniária indicadas no anexo II do presente AE, serão retribuição base mensal dos trabalhadores admitidos antes de
revistas preferencialmente todos os anos, e produzem efeitos 1 de janeiro de 2012 que não tenha sido atualizada nos 6 me-
a partir de 1 de janeiro de cada ano, exceto se outra data for ses anteriores à data de entrada em vigor da última revisão
expressamente acordada entre as partes. da tabela salarial, será atualizada em percentagem idêntica
à que for acordada para a categoria profissional ou, se for
Cláusula 3.ª
caso disso, ao nível salarial que lhe corresponda, devendo
Denúncia, revisão e caducidade em qualquer dos casos ser sempre assegurado esse aumento
percentual mínimo a tais trabalhadores.
1- Qualquer das partes pode denunciar o AE mediante co-
municação escrita dirigida à outra parte, acompanhada de Cláusula 5.ª
proposta global de negociação.
2- Qualquer das partes pode propor a revisão, global ou Mobilidade funcional
parcial, do AE, devendo para o efeito dirigir uma comunica- 1- A Mudum Seguros pode, quando o interesse da empresa
ção escrita à outra parte, com a antecedência mínima de 60 o exija, encarregar temporária ou definitivamente o traba-
dias relativamente ao termo de vigência inicial ou da renova- lhador de exercer funções não compreendidas na atividade
ção, salvo se se tratar exclusivamente de alterações a tabelas contratada ou inerentes ao grupo profissional a que pertence,
salariais e cláusulas de expressão pecuniária, caso em que a desde que tal não implique uma modificação substancial da
antecedência mínima é de 30 dias. posição do trabalhador.
3- Após a caducidade, e até à entrada em vigor de outra 2- A ordem de alteração de funções deve ser devidamente
convenção ou decisão arbitral, manter-se-ão em vigor os justificada e, quando tiver caráter temporário, indicar a dura-
efeitos previstos neste AE sobre: ção previsível da mesma, que não deve ultrapassar o período
a) Promoções e progressões salariais - Cláusula 12.ª; de 1 ano, mas que poderá ser mantida até ao limite de 2 anos,

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desde que se mantenham os motivos invocados pela Mudum poderá ficar dependente de um período de estágio, o qual
Seguros e que deram origem à mobilidade. não poderá exceder 12 (doze) meses de trabalho efetivo na
3- Havendo alteração definitiva de funções nos termos empresa.
desta cláusula, será assegurada ao trabalhador, formação 2- O nível mínimo remuneratório dos trabalhadores em pe-
profissional adequada e reclassificação de acordo com as no- ríodo de estágio será o correspondente a 75 % da retribuição
vas funções a desempenhar, sem prejuízo do disposto nos mínima da categoria profissional para a qual estagiam, nos
números seguintes. termos do anexo II (Tabela salarial).
4- A alteração definitiva de funções poderá ser precedida 3- O disposto nesta cláusula e no AE não se aplica aos
de um tirocínio de duração não superior a 6 meses, durante estágios curriculares e aos estágios profissionais não curri-
o qual o trabalhador terá direito a receber um complemento culares ao abrigo de protocolos celebrados entre a Mudum
de vencimento igual à diferença, se a houver, entre a sua re- Seguros e entidades de ensino públicas ou privados nem aos
tribuição base mensal e aquela que seja devida pelas funções estágios integrados em programas regulados por legislação
que passa a exercer. própria, cuja remuneração será definida nos termos da lei.
5- O direito ao complemento referido no número anterior, 4- Os trabalhadores que, cumulativamente, já tenham pres-
bem como eventuais suplementos inerentes às novas fun- tado serviço na mesma categoria profissional e no setor se-
ções, cessam se, durante ou no fim do tirocínio, a Mudum gurador por um período, seguido ou interpolado, igual ou
Seguros decidir reconduzir o trabalhador à situação anterior. superior a 5 (cinco) anos, não serão abrangidos pelo regime
6- As alterações definitivas de funções não compreendidas constante dos números anteriores.
no número 1 dependerão de acordo escrito do trabalhador
Cláusula 8.ª
e não poderão implicar a redução da respetiva retribuição
mensal, salvo nos casos expressamente previstos e autoriza- Comissão de serviço
dos por lei.
1- Sem prejuízo do disposto na lei, podem ser exercidas
Cláusula 6.ª em regime de comissão de serviço as funções de dirigen-
te e de gestor, mesmo que os trabalhadores não estejam na
Interinidade de funções dependência hierárquica direta dos titulares do órgão de ad-
1- Entende-se por interinidade a substituição de funções ministração da empresa, diretor-geral ou equivalente, desde
que se verifica enquanto o trabalhador substituído mantém que a natureza das funções a desempenhar suponha especial
o direito ao lugar e quando o substituto seja trabalhador da relação de confiança em relação a titular destes cargos e fun-
Mudum Seguros. ções de chefia.
2- O início da interinidade deve ser comunicado por escri- 2- Podem ainda ser exercidas em regime de comissão de
to ao trabalhador, devendo ser justificada, indicando a du- serviço as funções de técnico, desde que estejam na depen-
ração previsível da mesma, que não poderá ser superior a 1 dência hierárquica direta dos titulares do órgão de adminis-
ano, com possibilidade de renovação até ao limite de 2 anos, tração da Mudum Seguros, diretor-geral ou equivalente e
salvo se o trabalhador substituído se encontrar em regime de que a natureza das funções a desempenhar suponha especial
prisão preventiva ou no caso de doença, acidente, requisição relação de confiança em relação a titular destes cargos.
por parte do governo, entidades públicas ou sindicatos outor-
Cláusula 9.ª
gantes, caso em que durará enquanto perdurar o motivo da
interinidade. Cedência ocasional de trabalhadores
3- O trabalhador interino receberá um suplemento de retri-
1- A Mudum Seguros pode ceder temporariamente os seus
buição igual à diferença, se a houver, entre a sua retribuição
trabalhadores a empresas jurídica ou economicamente asso-
base mensal e a retribuição base mensal do nível de remune-
ciadas ou dependentes, a agrupamentos complementares de
ração correspondente às funções que estiver a desempenhar,
empresas de que faça parte, ou a entidades que, independen-
enquanto perdurar a situação de interinidade e sempre que tal
temente da natureza societária, mantenham estruturas orga-
situação ultrapassar 30 dias seguidos, excluído o período de
nizativas comuns, desde que os trabalhadores manifestem
férias do trabalhador substituído.
por escrito o seu acordo à cedência.
4- Em qualquer hipótese, se o interino permanecer no
2- A cedência temporária do trabalhador deve ser titula-
exercício das funções do substituído para além de 60 dias
da por contrato escrito assinado pelas empresas cedente e
após o regresso deste ao serviço ou para além de 90 dias
cessionária, onde se indique a data do início da cedência e
seguidos após a cessação do contrato de trabalho do traba-
respetiva duração.
lhador substituído, considerar-se-á que o trabalhador interino
3- O trabalhador cedido fica sujeito ao poder de direção do
foi definitivamente promovido à categoria do substituído.
cessionário, mas mantém o vínculo contratual inicial com a
Cláusula 7.ª Mudum Seguros, a quem compete, em exclusivo, o exercício
do poder disciplinar.
Estágios de ingresso 4- A cedência vigorará pelo período indicado no acordo
1- O ingresso nas categorias profissionais de auxiliar ge- que a titula, podendo a sua duração inicial ou renovada ir
ral, assistente operacional, especialista operacional e técnico até 6 anos.

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Cláusula 10.ª remunerações que excedam os mínimos obrigatórios, bem


como na atribuição de eventuais prémios facultativos.
Pluralidade de empregadores
Cláusula 12.ª
1- Os trabalhadores poderão, nos termos legalmente pre-
vistos, obrigar-se a prestar trabalho a vários empregadores Promoções e progressões salariais
entre os quais exista uma relação societária de participações
1- As promoções e progressões salariais correspondentes
recíprocas, de domínio ou de grupo, ou que tenham estrutu-
às categorias profissionais devem pautar-se por critérios ob-
ras organizativas comuns.
jetivos e transparentes que tenham em conta, entre outros, os
2- A pluralidade de empregadores deverá ser titulada por
seguintes fatores:
contrato escrito, que deverá conter os seguintes elementos:
a) Avaliação de desempenho;
a) Identificação, assinaturas e domicílio ou sede das par-
b) Formação profissional da iniciativa da empresa e respe-
tes;
tivo grau de aproveitamento;
b) Identificação do trabalhador, da atividade a desenvol-
c) Anos de experiência na categoria e na empresa;
ver, do local ou locais de prestação de trabalho e do período
d) Situação económica e financeira da empresa devida-
normal de trabalho diário; e
mente comprovada.
c) Identificação do empregador que representa os demais
2- Sem prejuízo de a Mudum Seguros definir o seu próprio
no cumprimento dos deveres e no exercício dos direitos
sistema de promoções e progressões salariais, os trabalha-
emergentes do contrato de trabalho.
dores com as categorias profissionais de especialista opera-
3- Cessando a situação de pluralidade, nos termos da pre-
cional ou de assistente operacional que, decorridos sete anos
sente cláusula, o trabalhador fica vinculado ao empregador
após a respetiva admissão na empresa, não tenham sido pro-
referido na alínea c) do número anterior, exceto acordo ex-
movidos a categoria de nível salarial superior, têm direito,
presso em sentido contrário.
cabendo a escolha à Mudum Seguros, a promoção na carrei-
4- Para o trabalhador, durante a vigência ou após a situa-
ra ou a um acréscimo mensal da retribuição base de valor
ção de pluralidade de empregadores, não pode resultar qual-
equivalente a 10 % do valor mínimo obrigatório do nível
quer prejuízo ou discriminação em relação aos demais traba-
salarial da respetiva categoria à data da admissão, verificadas
lhadores da empresa.
cumulativamente as condições seguintes:
5- Em tudo o mais, a pluralidade de empregadores será re-
a) Terem obtido em quatro anos daqueles sete um valor
gulada nos termos da lei.
médio igual ou superior a 70 % do máximo possível nas ava-
liações de desempenho efetuadas pela Mudum Seguros;
CAPÍTULO III b) Terem obtido um valor não inferior a 75 % do máximo
possível na avaliação de desempenho nos dois anos imedia-
Desempenho, evolução na carreira e formação tamente anteriores ao que precede a evolução na carreira ou
profissional no nível salarial.
3- A Mudum Seguros não é obrigada a efetuar novos acrés-
Cláusula 11.ª cimos salariais por efeito do disposto no número anterior:
a) Quando o valor acumulado das progressões salariais do
Avaliação de desempenho
trabalhador for igual ou superior ao acréscimo ali referido,
1- A Mudum Seguros deverá instituir e implementar um sendo que nos casos em que seja inferior o trabalhador terá
sistema de avaliação de desempenho profissional a definir direito à respetiva diferença;
em normativo interno. b) Quando a situação económica e financeira da empresa
2- O sistema de avaliação de desempenho deverá assentar naquele ano não o permita, caso em que o direito previsto no
em critérios de avaliação claros, objetivos e quantificáveis, número 2 ocorrerá no ano imediatamente subsequente.
ser obrigatoriamente do conhecimento do trabalhador e con- 4- Caso o trabalhador registe em dois anos consecutivos
templar a existência de mecanismos de recurso do resultado avaliações de desempenho inferiores a 60 % do máximo pos-
da avaliação. sível da avaliação efetuada pela Mudum Seguros esta fica
3- O recurso do resultado da avaliação deverá ser inter- desonerada do cumprimento das obrigações previstas nos
posto no prazo de 30 dias contados da data de conhecimento números anteriores e os acréscimos salariais por mérito que
da avaliação, sendo nesse caso constituída uma comissão de tenham sido atribuídos ao trabalhador podem ser absorvidos
recurso definida pela Mudum Seguros e constituída por 3 por aumentos futuros do nível salarial em que o trabalhador
elementos, podendo o trabalhador designar um representante esteja enquadrado.
para integrar essa comissão, desde que este pertença aos qua-
dros da Mudum Seguros. Cláusula 13.ª
4- A comissão de recurso decidirá, em definitivo, sobre o
Princípios gerais de formação profissional
recurso no prazo de 90 dias, sob pena de o mesmo ser consi-
derado deferido tacitamente. 1- Com o objetivo de favorecer a profissionalização e in-
5- O resultado da avaliação deverá ser tido em conta, entre tegração dos trabalhadores na empresa, as partes consideram
outros critérios, nas promoções facultativas, na atribuição de que a formação contínua é um instrumento fundamental para

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

a sua prossecução e deve orientar-se pelos seguintes princí- Cláusula 15.ª


pios gerais:
a) Promover o desenvolvimento pessoal e profissional dos Mobilidade geográfica
trabalhadores; 1- A empresa pode transferir o trabalhador para outro local
b) Contribuir para a carreira profissional do trabalhador de trabalho situado dentro do mesmo município, município
e respetiva estrutura retributiva, bem como para a eficácia, contíguo ou dentro da mesma área metropolitana quando es-
produtividade e competitividade da empresa; teja constituída.
c) Adaptar-se às mudanças provocadas quer pelos proces- 2- Fora das zonas geográficas referidas no número ante-
sos de inovação tecnológica, quer pelas novas formas de or- rior, a empresa não pode deslocar o trabalhador para local
ganizar o trabalho; que o obrigue a percorrer distância superior a 50 km à que
d) Contribuir, através da formação profissional contínua, já percorre no trajeto de ida e volta entre a sua residência
para o desenvolvimento e inovação da atividade da empresa permanente e o local de trabalho.
e, de forma global, da atividade seguradora; 3- A empresa pode ainda transferir o trabalhador para ou-
e) Reconhecer e valorizar a qualificação adquirida pelos tro local de trabalho se a alteração resultar da mudança ou da
trabalhadores. extinção total ou parcial do estabelecimento onde o trabalha-
2- A política formativa deverá ter presente os seguintes dor presta serviço.
princípios e critérios: 4- Fora das situações referidas no número 1, a empresa
a) Profissionalização e desenvolvimento dos recursos hu- custeará o acréscimo das despesas impostas pelas desloca-
manos satisfazendo as necessidades de formação profissional ções diárias de e para o local de trabalho, no valor correspon-
dos trabalhadores no seio da empresa, facilitando, ao mesmo dente ao custo em transportes coletivos, dentro de horários
tempo, o acesso dos trabalhadores a melhores qualificações; compatíveis e condições de conforto e tempo aceitáveis.
b) Plena universalização da ação formativa, que deverá
Cláusula 16.ª
abarcar todos os trabalhadores da empresa;
c) Conceção da formação profissional como uma respon- Teletrabalho
sabilidade da empresa e do trabalhador;
1- A atividade contratada pode ser exercida fora da em-
d) Entendimento recíproco de dupla dimensão da forma-
presa através de recurso a tecnologias de informação e de
ção profissional como direito e como dever;
comunicação, mediante a celebração de contrato escrito para
e) Conexão entre os programas das ações formativas e as
a prestação subordinada de teletrabalho e tendo em conta o
necessidades de qualificação profissional;
normativo interno da empresa sobre o assunto, com todos os
f) Valorização como fator estratégico para a competitivi-
direitos e garantias que lhe são assegurados por lei.
dade da empresa e como variável estrutural indispensável a
2- No caso de trabalhador anteriormente vinculado à em-
qualquer estratégia de desenvolvimento;
presa, a duração inicial para a prestação de teletrabalho é no
g) Assunção da política formativa como aspeto fundamen-
máximo de 3 anos, considerando-se o contrato automática e
tal da flexibilidade interna da empresa que possibilita a adap-
sucessivamente renovado por períodos de 1 ano, se não for
tabilidade dos recursos humanos a novos processos produti-
denunciado por qualquer das partes com a antecedência mí-
vos, tornando operativa a mobilidade funcional;
nima de 3 meses em relação ao termo inicial ou de qualquer
h) Impulsionar o desenvolvimento das qualificações pro-
renovação.
fissionais.
3- Cessando o contrato para prestação de teletrabalho, e
3- É da responsabilidade da empresa assegurar a formação
mantendo-se o vínculo contratual à empresa, o trabalhador
profissional, contínua ou específica a qualquer função.
retomará as funções anteriormente exercidas ou outras com-
4- A empresa elaborará planos de formação, anuais ou
patíveis com a atividade contratada, salvo acordo escrito em
plurianuais, que, tendencialmente, abranjam todos os tra-
contrário.
balhadores, devendo da sua elaboração ser informados os
4- Os trabalhadores vinculados à empresa poderão solici-
trabalhadores e os delegados sindicais, ou na sua falta, os
tar a adesão ao regime de «teletrabalho flexível» nos termos
sindicatos.
do disposto na cláusula seguinte.

CAPÍTULO IV Cláusula 17.ª

Regime de «teletrabalho flexível»


Local de trabalho
1- Entende-se por teletrabalho flexível o teletrabalho pres-
Cláusula 14.ª tado pontualmente em apenas algum ou alguns dias da sema-
na ou alguma ou algumas semanas por mês, acompanhado
Local de trabalho da prestação de trabalho presencial nas instalações da em-
O trabalhador deve exercer a sua atividade no local con- presa nos restantes dias.
tratualmente definido, sem prejuízo das deslocações ineren- 2- Para aderir a este regime, o trabalhador terá de o soli-
tes às suas funções ou indispensáveis à sua formação profis- citar por escrito ao seu superior hierárquico, que emitirá um
sional. parecer para decisão ao nível da direção.

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3- A análise e decisão da direção obedecerão a critérios tal ou parcialmente, entre as 22h00 de um dia e as 7h00 do
equitativos e não discriminatórios, podendo em particular ser dia seguinte.
ponderadas as características particulares das funções con- 3- Os tipos de horários praticáveis pela empresa são os se-
tratadas, a equipa e área em que está inserido e a participação guintes:
de outros membros da equipa no mesmo regime de teletra- a) Horário fixo de referência - Aquele que é compreendido
balho flexível. entre as 8h45 e as 12h45 e entre as 13h45 e as 16h45, de 2.ª
4- Após a sua adesão, mediante autorização do seu supe- a 6.ª feira;
rior hierárquico e nos termos do normativo interno da em- b) Horário fixo - Aquele em que as horas de início e de
presa sobre o assunto, o trabalhador poderá trabalhar fora termo da prestação do trabalho, bem como o intervalo de
das instalações da empresa, desde que em local apropriado descanso diário, são fixos mas diferem das previstas no ho-
ao exercício das funções, através de recurso a tecnologias de rário de referência;
informação e de comunicação. c) Horário flexível - Aquele em que existem períodos fixos
5- O(s) dia(s) em que o trabalhador poderá trabalhar fora obrigatórios, mas as horas de início e de termo do trabalho,
das instalações da empresa através de recurso a tecnologias bem como o intervalo de descanso diário, são móveis e ficam
de informação e de comunicação é definido por acordo entre na disponibilidade do trabalhador;
o trabalhador e o seu superior hierárquico. d) Horário por turnos - Aquele em que o trabalho é pres-
6- Na falta de acordo, compete ao superior hierárquico de- tado em rotação por grupos diferentes de trabalhadores no
finir o(s) dias(s) por semana que o trabalhador é autorizado a mesmo posto de trabalho e que, parcial ou totalmente, pode
trabalhar fora das instalações da empresa através de recurso coincidir com o período de trabalho noturno.
a tecnologias de informação e de comunicação. 4- O tempo de intervalo de descanso do período de traba-
7- A empresa poderá suspender a aplicação do regime de lho diário não será inferior a uma hora nem superior a duas,
teletrabalho flexível para todos ou alguns dos trabalhadores salvo o disposto no número seguinte.
caso se justifique a presença do(s) trabalhador(es) nas insta- 5- Os limites do número anterior poderão ser aumentados
lações da empresa. ou reduzidos em trinta minutos, mediante acordo escrito com
8- O trabalhador que preste trabalho em regime de teletra- o trabalhador e nas situações previstas neste AE.
balho flexível mantém o direito ao subsídio de alimentação e 6- Entre a hora de encerramento da empresa ao público e
demais benefícios contratuais e extracontratuais, aplicando- a hora de saída dos trabalhadores deverá mediar um período
-se as mesmas condições que ao trabalho em regime presen- não inferior a trinta minutos.
cial. 7- A alteração do horário de trabalho que tenha caráter ge-
9- A Mudum Seguros poderá também decretar a aplicação ral, quando não existam delegados sindicais, será comuni-
do regime de teletrabalho flexível para todos ou alguns dos cada pela empresa, por escrito, aos sindicatos outorgantes.
trabalhadores em situações extraordinárias, sem necessidade
Cláusula 19.ª
de cumprimento dos trâmites previstos nos números 2 a 6 da
presente cláusula, nomeadamente, nos casos em que aces- Outros regimes de duração de trabalho
so ao local de trabalho esteja impossibilitado, dificultado ou
1- A empresa poderá instituir outros tipos de horário ou
seja desaconselhável, bem como, a pedido do trabalhador,
regimes de tempo de trabalho não previstos no presente AE,
por motivos imprevistos e devidamente justificados de ne-
nos seguintes termos:
cessidade de apoio a membros do agregado familiar ou ou-
a) O período normal de trabalho pode ser aumentado até
tros motivos de força maior devidamente justificados.
um limite de uma hora diária e 5 horas semanais, tendo o
acréscimo por limite 100 horas semestrais;
CAPÍTULO V b) A compensação do trabalho prestado em acréscimo
pode ser feita por uma das seguintes modalidades: (i) redução
Duração e organização do tempo de trabalho equivalente do tempo de trabalho diário; e/ou (ii) concessão
de um dia ou meio-dia descanso semanal; e/ou (iii) aumento
Cláusula 18.ª do período de férias; e/ou (iv) pagamento em dinheiro;
c) A necessidade de prestação de trabalho em acréscimo
Período normal de trabalho
deverá ser comunicada pela empresa com uma antecedência
1- A duração do trabalho semanal é de 7 (sete) horas por mínima de 3 dias úteis;
dia e 35 (trinta e cinco) horas por semana, prestado todos d) As compensações da prestação do trabalho em acrésci-
os dias úteis de segunda a sexta-feira, ressalvado o disposto mo, em qualquer uma das modalidades previstas na alínea b)
no presente AE, designadamente o previsto relativamente a supra, deverão ser definidas por acordo entre a empresa e o
trabalho por turnos e, no omisso, o previsto na lei. trabalhador e, na sua falta, serão comunicadas por iniciativa
2- Os horários diários de trabalho serão organizados de da empresa ou do trabalhador, com uma antecedência míni-
modo a que não tenham início antes das 8h00 nem termo ma de 7 dias, desde que, neste último caso, não seja posto em
após as 20h00, nem que excedam mais de 7 horas diárias, causa o normal funcionamento do serviço em que o trabalha-
exceto, quanto às horas de início e termo para a realização dor está integrado;
de trabalho por turnos e horários flexíveis, considerando-se e) O período de referência no decurso do qual o período
como trabalho noturno, nesses casos, o que for cumprido to-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

normal de trabalho semanal deverá, em média, corresponder 2- As interrupções no período de trabalho diário inferiores
a 35 horas semanais, será de seis meses; a 30 minutos, seguidos ou interpolados, determinadas pela
f) As horas de acréscimo não compensadas por qualquer Mudum Seguros, são consideradas incluídas no tempo de
uma das modalidades previstas na alínea b), no período de trabalho.
referência indicado na alínea anterior, serão remuneradas 3- Os trabalhadores por turnos terão direito a dois dias de
com um acréscimo de 20 %. descanso semanal em cada período de 7 dias e o trabalhador
2- Outros regimes de duração de trabalho, distintos dos só poderá mudar de turno após o dia de descanso semanal.
previstos no presente AE, apenas poderão ser instituídos pela 4- A empresa assegurará que os trabalhadores em regime
Mudum Seguros, com o acordo prévio dos sindicatos. de turnos tenham um descanso semanal ao sábado e ao do-
mingo pelo menos uma vez em cada trimestre.
Cláusula 20.ª
5- Os trabalhadores em regime de turnos, com dias de des-
Isenção de horário de trabalho canso rotativos, beneficiarão, enquanto se mantiverem nesse
regime, de um subsídio de turno de 25 % da retribuição base
1- Para além das situações legalmente previstas, poderão
mensal, salvo se já tiver sido acordada uma remuneração
estar isentos de horário de trabalho os trabalhadores cujas
cujo valor integre esse subsídio.
funções regularmente desempenhadas o justifiquem, inde-
6- O subsídio de turno já inclui eventuais acréscimos devi-
pendentemente do grupo profissional onde estejam integra-
dos pela prestação de trabalho noturno.
dos.
7- Os restantes trabalhadores em regime de turnos que
2- Os trabalhadores isentos de horário de trabalho terão di-
prestem trabalho em período noturno têm direito ao acrés-
reito a retribuição específica nos termos previstos na cláusula
cimo de vencimento legalmente previsto pela prestação de
37.ª
trabalho noturno.
3- Sempre que a isenção de horário de trabalho revista a
modalidade de não sujeição aos limites máximos do período Cláusula 24.ª
normal de trabalho, os trabalhadores têm direito a um perío-
do de descanso entre dois períodos de trabalho consecutivos Jornada intensiva
de, no mínimo, 11 horas, mas preferencialmente de 12 horas, 1- O trabalhador poderá, de acordo com os termos do nor-
ressalvadas as exceções previstas na lei. mativo interno sobre o assunto, e após autorização do seu su-
perior hierárquico, praticar uma jornada intensiva de 7 (sete)
Cláusula 21.ª
horas com uma pausa de 15 (quinze) minutos destinada a
Tolerância de ponto refeição que será incluída no tempo de trabalho:
a) Entre as 8h00 e as 15h00, todas as 6.as feiras do ano; e
1- A título de tolerância, o trabalhador pode entrar ao ser-
b) Entre as 11h00 e as 18h00, todas as 2.as feiras do ano.
viço com um atraso até 15 minutos diários, que compensará,
2- A empresa poderá suspender a aplicação do regime de
obrigatoriamente, no próprio dia ou, no caso de impossibili-
jornada intensiva caso se justifique a presença do trabalhador
dade justificada, no primeiro dia útil seguinte.
no horário de trabalho habitual.
2- A faculdade conferida no número anterior só poderá ser
3- O disposto no número 1 da presente cláusula não pre-
utilizada até 75 minutos por mês.
judica a aplicação dos regimes especiais de organização de
3- O regime de tolerância não se aplica aos trabalhadores
tempos de trabalho, nomeadamente os previstos neste AE.
sujeitos ao regime de horário flexível e aos trabalhadores
isentos de horário de trabalho. Cláusula 25.ª
Cláusula 22.ª Utilização de ferramenta digital no âmbito da relação laboral

Trabalho suplementar 1- A utilização de ferramenta digital cedida pela empresa


não deve impedir o direito ao descanso consignado neste AE
1- É admitida a prestação de trabalho suplementar nos ter-
e na lei, nomeadamente os períodos de descanso entre jorna-
mos legais.
das de trabalho, descanso semanal obrigatório, férias e dias
2- A prestação de trabalho suplementar é paga nos termos
feriados.
previstos na lei com o acréscimo de 25 %.
2- Somente por exigência imperiosa referente ao funcio-
3- A retribuição resultante do disposto no número anterior
namento da empresa, resultante de ocorrências externas im-
a pagar pela prestação de trabalho suplementar pode ser efe-
previstas ou de anomalias inesperadas ao normal funciona-
tuada mediante redução equivalente do tempo de trabalho,
mento da empresa, é permitida a interrupção dos períodos
pagamento em dinheiro ou ambas as modalidades.
referidos no número anterior.
Cláusula 23.ª 3- A empresa deverá desenvolver ações de formação e sen-
sibilização dos trabalhadores para um uso razoável das ferra-
Trabalho por turnos mentas tecnológicas que evite o risco da fadiga e do excesso
1- A prestação de trabalho por turnos rege-se pelo disposto de horário de trabalho.
na lei e nos números seguintes. 4- A presente cláusula aplica-se a todos os tipos de presta-
ção de trabalho.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

CAPÍTULO VI vistos na presente cláusula, o gozo das férias é iniciado ou


retomado automaticamente até ao termo do período que esta-
Férias, faltas e interrupção do trabalho va previamente marcado, devendo o período correspondente
aos dias não gozados ser remarcado por acordo ou, na falta
Cláusula 26.ª deste, pela empresa, nos termos da lei.

Duração das férias Cláusula 28.ª


1- O período anual de férias tem a duração de 25 dias úteis, Feriados
incorporando já o aumento de número de dias eventualmente
1- Além dos feriados obrigatórios em vigor em cada mo-
determinado por lei, até ao limite de três dias.
mento, serão ainda observados:
2- No ano de cessação de impedimento prolongado, res-
a) A Terça-Feira de Carnaval;
peitante ao trabalhador, com início em ano civil anterior, o
b) O feriado municipal da localidade onde o trabalhador
trabalhador tem direito às férias nos termos legalmente pre-
presta trabalho ou, quando este não existir, o feriado distrital
vistos para o ano de admissão, bem como às férias corres-
ou das Regiões Autónomas.
pondentes ao tempo de serviço prestado no ano do início da
2- Sem prejuízo de eventuais alterações determinadas pela
suspensão, não podendo o seu somatório ser superior a 25
lei a cada momento, consideram-se feriados obrigatórios os
dias úteis.
seguintes dias:
3- No ano de admissão, o trabalhador tem direito a dois
a) 1 de janeiro;
dias úteis de férias por cada mês de duração do contrato, até
b) Sexta-Feira Santa;
o máximo de 24 dias úteis, cujo gozo pode ter lugar após seis
c) Domingo de Páscoa;
meses completos de execução do contrato.
d) 25 de abril;
4- Da aplicação do disposto no número anterior não pode-
e) 1 de maio;
rá resultar o gozo, no mesmo ano civil, de mais de 30 dias
f) Corpo de Deus;
úteis de férias.
g) 10 de junho;
Cláusula 27.ª h) 15 de agosto;
i) 5 de outubro;
Interrupção do período de férias j) 1 de novembro;
1- O gozo das férias não se inicia ou suspende-se quando k) 1, 8 e 25 de dezembro.
o trabalhador esteja temporariamente impedido por doença
Cláusula 29.ª
ou outro facto que não lhe seja imputável, desde que haja
comunicação do mesmo à empresa. Dispensas no Natal e na Páscoa
2- Para efeitos do número anterior, e desde que a empresa
1- Sem prejuízo do número 3, os trabalhadores estão dis-
seja informada das respetivas ocorrências, considera-se que
pensados do cumprimento do dever de assiduidade:
as férias não se iniciam ou serão interrompidas, pelos se-
a) Na tarde da quinta-feira anterior ao Domingo de Páscoa;
guintes períodos, nos seguintes casos:
b) Na véspera do dia de Natal.
a) Doença do trabalhador, por todo o período de duração
2- A empresa pode optar por encerrar os serviços nos perí-
desta;
odos referidos no número anterior.
b) Cinco dias consecutivos por morte do cônjuge, filhos,
3- Nos serviços que devam ser assegurados em permanên-
enteados, pais, sogros, padrastos ou madrastas, noras e gen-
cia ou em caso de necessidade por motivos extraordinários,
ros do trabalhador;
a dispensa referida no número 1 poderá ocorrer em outro dia
c) Dois dias consecutivos por falecimento de avós, bisa-
por decisão da empresa, sendo o dia de compensação mar-
vós, netos e bisnetos do trabalhador ou do cônjuge deste, ir-
cado por acordo.
mãos, cunhados, ou outras pessoas que vivam em comunhão
de mesa e habitação com o trabalhador; Cláusula 30.ª
d) Dois dias úteis seguidos em caso de interrupção da gra-
videz do cônjuge do trabalhador; Dispensas em dia de aniversário
e) Gozo de licença em situação de risco clínico durante a 1- Os trabalhadores estão dispensados do cumprimento do
gravidez, por interrupção da gravidez, por adoção e de licen- dever de assiduidade no dia do seu aniversário
ça parental em qualquer das modalidades previstas na lei, 2- A empresa confere ao trabalhador, no dia de aniversário
devendo os dias remanescentes ser gozados imediatamente de filho ou enteado até 12 anos de idade, o direito de praticar
após o seu termo, mesmo que tal se verifique no ano seguin- uma jornada diária reduzida de 4 horas, a prestar no período
te. da manhã ou da tarde, consoante a sua escolha, sem perda de
5- Para efeitos do disposto no número anterior, é equipa- retribuição ou subsídio de refeição.
rado a cônjuge a pessoa que viva em permanência com o Cláusula 31.ª
trabalhador em condições análogas às dos cônjuges.
6- Com exceção das situações previstas na alínea e) do Ausência por aplicação de medida de coação penal
número 2 da presente cláusula, terminados os períodos pre- 1- A ausência por motivo de prisão preventiva do traba-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

lhador, ou por lhe ter sido aplicada qualquer outra medida dor prestar 4 ou mais horas de trabalho diário, independente-
de coação impeditiva da prestação de trabalho, determina a mente da modalidade do contrato de trabalho em questão ou
suspensão do contrato de trabalho, salvo se a ausência tiver do regime de organização dos tempos de trabalho em vigor,
duração não superior a um mês, caso em que será considera- exceto se se tratar de trabalhador a tempo parcial, caso em
da autorizada pelo empregador e sujeita ao regime das faltas que receberá um montante proporcional ao número de horas
justificadas com perda de retribuição. trabalhadas nesse dia.
2- Se o trabalhador for judicialmente condenado, o tempo 4- O trabalhador não beneficiará do disposto nesta cláusula
de ausência referente ao período da suspensão do contrato de nos casos em que a empresa custeie ou proceda ao reembolso
trabalho, bem como as faltas ao trabalho que eventualmente das despesas do trabalhador com a refeição principal.
ocorram em cumprimento da sentença condenatória transita- 5- O subsídio de refeição é ainda devido sempre que o tra-
da em julgado, serão consideradas como injustificadas. balhador cumpra integralmente a duração do trabalho sema-
3- O disposto nos números anteriores desta cláusula não nal previsto na cláusula 18.ª (Período normal de trabalho),
prejudica o direito de a empresa proceder de imediato à ins- ainda que por referência a tempos médios.
tauração de procedimento disciplinar, se for caso disso.
Cláusula 35.ª

CAPÍTULO VII Subsídio de férias


1- O subsídio de férias será pago na data imediatamente
Retribuição, subsídios de refeição, férias e Natal anterior ao início do gozo das férias ou do seu maior período
quando estas forem repartidas, podendo a Mudum Seguros
Cláusula 32.ª optar por pagá-lo antecipadamente.
2- O subsídio é de montante igual ao valor da retribuição
Definições
efetiva mensal a que o trabalhador tiver direito em 31 de
Para efeitos deste AE, entende-se por: dezembro do ano em que se vencem as férias, procedendo-
a) «Retribuição base mensal»: a retribuição certa mensal -se nesse mês ao eventual acerto do subsídio já pago, se for
definida nos termos do anexo II (Tabela salarial), aplicável caso disso.
ao grupo profissional e categoria em que se enquadra o tra- 3- Quando o período de férias for inferior ao indicado na
balhador; cláusula 26.ª (Duração das férias), o subsídio de férias será
b) «Retribuição base anual»: o somatório das retribuições proporcional ao número dos dias de férias a que o trabalha-
base mensais auferidas pelo trabalhador no mesmo ano civil dor tiver direito, exceto quando se trate de redução do perío-
acrescido dos subsídios de férias e de Natal desse ano; do de férias por opção do trabalhador para evitar a perda de
c) «Retribuição efetiva mensal»: a retribuição base ilíqui- retribuição por motivo de faltas.
da mensal acrescida de outras prestações regulares e perió-
dicas, pagas em dinheiro, a que o trabalhador tenha direito Cláusula 36.ª
como contrapartida do seu trabalho, não se incluindo, no
Subsídio de Natal
entanto, o subsídio diário de refeição, o prémio pecuniário
de permanência na empresa, a retribuição por trabalho suple- 1- O trabalhador tem direito a um subsídio de Natal no va-
mentar, as contribuições para o plano individual de reforma, lor correspondente a um mês de retribuição efetiva mensal,
bem como as prestações que nos termos legais não são con- que será pago conjuntamente com a retribuição do mês de
sideradas retribuição; novembro do ano a que diz respeito.
d) «Retribuição efetiva anual» o somatório das retribui- 2- O subsídio é de montante igual ao valor da retribuição
ções efetivas mensais acrescido dos subsídios de férias e de efetiva mensal a que o trabalhador tiver direito em 31 de
Natal auferidos pelo trabalhador no ano civil. dezembro do ano em que se vencem as férias, procedendo-
-se nesse mês ao eventual acerto do subsídio já pago, se for
Cláusula 33.ª caso disso.
3- Nos anos de admissão, suspensão ou cessação do con-
Pagamento
trato de trabalho, o subsídio de Natal é proporcional ao tem-
O pagamento da retribuição efetiva mensal assim como po de serviço prestado nesse ano.
do subsídio de refeição será efetuado até ao último dia útil
do mês a que respeita. Cláusula 37.ª

Cláusula 34.ª Retribuição específica por isenção de horário de trabalho


1- As modalidades de isenção de horário de trabalho pre-
Subsídio de refeição
vistas na presente cláusula conferem direito a retribuição es-
1- A contribuição para o custo da refeição, por dia efetivo pecífica, a qual será calculada sobre a retribuição base men-
de trabalho, é a fixada no anexo II (Subsídio de refeição). sal do trabalhador, nos termos seguintes:
2- A quantia referente a este subsídio pode ser paga pela a) 25 %, no regime de isenção de horário de trabalho sem
empresa em numerário, vales de refeição ou outro meio de sujeição aos limites máximos do período normal de trabalho;
pagamento similar. b) 15 %, no regime de isenção de horário de trabalho com
3- O subsídio de refeição apenas será pago se o trabalha-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

possibilidade de alargamento da prestação até 5 (cinco) ho- por um prémio pecuniário de valor idêntico ao da retribuição
ras por semana. efetiva correspondente ao número de dias de licença a que o
2- O regime de isenção de horário de trabalho e o respetivo trabalhador tiver direito, entregue através de uma das seguin-
suplemento cessam nos termos acordados ou, se o acordo for tes alternativas:
omisso, por denúncia da Mudum Seguros comunicada com a a) Pago em conjunto com a retribuição do mês em que o
antecedência mínima de 3 meses. facto ocorrer;
3- Os regimes de isenção de horário de trabalho instituí- b) Por uma contribuição adicional de valor idêntico para
dos antes de 1 de janeiro de 2012 regem-se pelo disposto na apoio infantil e escolar; ou
cláusula 62.ª c) Por uma contribuição adicional de valor idêntico para o
plano individual de reforma.
CAPÍTULO VIII 6- A atribuição do prémio a que se refere o número 2 desta
cláusula está condicionada à verificação cumulativa, no res-
Benefícios e outros abonos petivo período de referência, dos seguintes requisitos:
a) Inexistência de faltas injustificadas; e
Cláusula 38.ª b) O trabalhador não ter sido punido disciplinarmente com
medida de suspensão do trabalho com perda de retribuição e
Âmbito de aplicação de antiguidade ou não seja reincidente.
Os benefícios e abonos previstos neste capítulo são apli- 7- Ao número de dias de licença com retribuição, previsto
cáveis nos termos definidos em cada cláusula deste AE, sal- no número 3 serão deduzidas as faltas dadas pelo trabalhador
vo se outras condições mais favoráveis forem definidas, por no ano civil anterior, com exceção das justificadas, até quatro
tempo determinado ou indeterminado, em normativo interno por ano.
pela empresa. 8- As faltas justificadas que decorram de acidente de tra-
balho ao serviço da empresa, licenças e faltas no âmbito da
Cláusula 39.ª parentalidade, as dadas por morte de pais, filhos, do cônjuge
Prémio de permanência
ou de pessoa que viva em permanência com o trabalhador
em condições análogas às dos cônjuges, as motivadas por in-
1- A permanência na empresa é premiada tendo em aten- ternamento hospitalar causado por doença ou acidente, bem
ção a idade e o número de anos de vínculo à empresa, nos como os 30 dias imediatamente seguintes à alta hospitalar,
termos previstos nos números seguintes. não são consideradas para efeitos do disposto no anterior nú-
2- Quando o trabalhador completar um ou mais múltiplos mero 2.
de cinco anos de efetivo exercício de funções na empresa, 9- No ano em que o trabalhador atinja a idade normal de
terá direito a um prémio pecuniário equivalente a 50 % da acesso à pensão por velhice e não a tiver requerido, perde o
sua retribuição efetiva mensal, que será pago em conjunto direito ao prémio pecuniário ou à concessão de dias de licen-
com a retribuição do mês em que o facto ocorrer, verificadas ça com retribuição previstos nos números anteriores.
as seguintes condições cumulativas: 10- A contagem dos múltiplos de cinco anos de permanên-
a) Não ter dado mais que 25 faltas justificadas no conjunto cia do trabalhador na empresa é feita tendo em conta a data
dos 5 anos a que respeita a contagem para atribuição do pré- de início do contrato de trabalho que estiver em vigor na data
mio pecuniário; e de vencimento do referido prémio, determinando aquela data
b) Tiver obtido média positiva nas avaliações de desempe- o ano de pagamento do prémio pecuniário, conforme exem-
nho profissional durante o referido período de 5 anos. plo da tabela seguinte:
3- No ano em que o trabalhador complete 50 anos de idade
e logo que verificados os períodos mínimos de permanência Ano de início do contrato de
Ano de pagamento do prémio
na empresa a seguir indicados em efetivo exercício de fun- trabalho
ções, o prémio pecuniário é substituído pela concessão de Terminado em 6 ou 1 2021
dias de licença com retribuição em cada ano, de acordo com Terminado em 7 ou 2 2022
o esquema seguinte: Terminado em 8 ou 3 2023
a) Três dias, quando perfizer 50 anos de idade e 15 anos de Terminado em 9 ou 4 2024
permanência na empresa;
Terminado em 0 ou 5 2025
b) Quatro dias, quando perfizer 52 anos de idade e 18 anos
de permanência na empresa; Cláusula 40.ª
c) Cinco dias, quando perfizer 54 anos de idade e 20 anos
de permanência na empresa. Majoração do prémio de permanência e dos dias de licença com
4- A atribuição do prémio pecuniário de permanência não retribuição
é acumulável com a concessão de dias de licença com re- 1- A empresa poderá, por sua livre decisão e como meca-
tribuição, tendo o trabalhador direito ao que se vencer em nismo de incentivo, majorar o valor do prémio de permanên-
primeiro lugar no ano de transição de regimes. cia, o número de dias de licença ou o valor da contribuição
5- Existindo acordo entre o trabalhador e a Mudum Se- adicional extraordinária para o plano individual de reforma
guros, a licença anual com retribuição pode ser substituída previstos na cláusula anterior, à escolha dos trabalhadores.

3447
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

2- A comunicação de eventual majoração deverá ser emiti- Cláusula 42.ª


da e divulgada até 30 de setembro de cada ano, com referên-
cia ao ano subsequente. Seguro de saúde
1- A empresa fica obrigada a contratar um seguro de saúde
Cláusula 41.ª
que garanta, em cada anuidade, aos trabalhadores em efe-
Complemento ao subsídio por doença tividade de funções, bem como àqueles cujos contratos de
trabalho estejam suspensos por motivo de doença, de aciden-
1- A Mudum Seguros obriga-se a pagar ao trabalhador,
te de trabalho, ou de pré-reforma, a cobertura dos riscos de
quando doente, com incapacidade temporária para o trabalho
internamento e ambulatório.
certificada pelo Serviço Nacional de Saúde, um complemen-
2- O seguro previsto no número 1 fica sujeito às condi-
to do subsídio por doença de montante igual à diferença de
ções estipuladas na apólice, nomeadamente no que respeita
valor entre a retribuição efetiva mensal correspondente aos
aos capitais seguros, à delimitação do âmbito de cobertura,
dias subsidiados pela Segurança Social e o subsídio de doen-
exclusões, franquias, copagamentos e períodos de carência,
ça que esta entidade lhe concede, de acordo com o disposto
tendo como referência o seguinte:
nos números seguintes.
2- O mesmo se aplicará aos casos de faltas para assistência Coberturas Capitais/Limites Co-pagamento
a filhos ou enteados a cargo, menores de 12 anos de idade, Hospitalização/
ou independentemente da idade, a filhos com deficiência ou 25 000 € a) 100 €/sinistro
internamento
doença crónica. Ambulatório 1 500 € 15 €
3- Nas quatro primeiras ocorrências de incapacidade tem- Estomatologia 400 €
porária para o trabalho verificadas em cada ano, ou até ao
Medicamentos 350 €
máximo de nove dias no mesmo ano, consoante o que ocor-
1 250 €/250 € para
rer primeiro, a Mudum Seguros pagará na íntegra ao traba- Próteses e ortóteses
óculos
lhador os três primeiros dias que antecedem os dias subsidia-
a) Sub cobertura - Parto 3 500 €.
dos pela Segurança Social.
4- A Mudum Seguros pagará diretamente ao trabalhador Cláusula 43.ª
a totalidade do que este tenha a receber em consequência
desta cláusula e do regime de subsídios dos citados serviços, Seguro de vida
competindo-lhe depois receber o subsídio de doença que for 1- Os trabalhadores em efetividade de funções, bem como
atribuído pela Segurança Social. aqueles cujos contratos de trabalho estejam suspensos por
5- Sempre que a incapacidade temporária para o trabalho motivo de doença, de acidente de trabalho, ou de pré-refor-
por motivo de doença determinar a perda total ou parcial do ma, têm direito a um seguro de vida que garanta o paga-
subsídio de Natal, a Mudum Seguros adiantará ao trabalha- mento de um capital em caso de morte ou de reforma por
dor o respetivo valor. invalidez nos termos a seguir indicados e de acordo com o
6- Da aplicação desta cláusula não pode resultar retribui- respetivo fator gerador:
ção efetiva mensal líquida superior à que o trabalhador au- a) 100 000 € se resultar de acidente de trabalho ocorrido ao
feriria se estivesse ao serviço, nem o valor do complemento serviço da empresa, incluindo in itinere;
poderá ser superior a 35 % da referida retribuição efetiva b) 75 000 € se resultar de outro tipo de acidente;
mensal líquida. c) 50 000,00 € nos restantes casos.
7- No caso de os serviços da Segurança Social pagarem 2- A indemnização a que se refere os números anteriores
diretamente ao trabalhador o subsídio de doença, deverá este será paga ao próprio trabalhador no caso de reforma por in-
entregar à Mudum Seguros o correspondente valor, no prazo validez ou, em caso de morte, às pessoas que por ele forem
de 8 dias após o seu recebimento, constituindo o incumpri- designadas como beneficiários. Na falta de beneficiários
mento desta obrigação infração disciplinar grave. designados, de pré-morte destes, ou de morte simultânea,
8- Adicionalmente, em caso de incumprimento do número a respetiva indemnização será paga aos herdeiros legais do
anterior pelo trabalhador, e para além da obrigação de entre- trabalhador.
ga por este dos montantes recebidos da Segurança Social,
a Mudum Seguros deixa de estar obrigada, em relação ao Cláusula 44.ª
mesmo trabalhador, a efetuar os adiantamentos e os paga- Indemnização por factos ocorridos em serviço
mentos do complemento do subsídio por doença previstos
1- Em caso de acidente de trabalho, incluindo o acidente in
nos números anteriores desta cláusula.
itinere, ou de doença profissional, a Mudum Seguros garan-
9- O pagamento pela empresa do subsídio de doença de-
tirá ao trabalhador a retribuição efetiva mensal e o subsídio
vido pela Segurança Social é considerado abono por conta
de refeição líquidos, devidamente atualizados e correspon-
da retribuição do trabalhador, podendo a Mudum Seguros
dentes à sua categoria profissional, enquanto se mantiver o
compensá-lo em pagamentos de retribuições futuras quando
contrato de trabalho.
o trabalhador não o restitua voluntariamente no prazo indi-
2- Ao pagamento a cargo da Mudum Seguros, por efeito
cado no número 7.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

do disposto no número anterior, serão deduzidos os valores 6- Sem prejuízo do disposto no número anterior, o apoio
das indemnizações recebidas pelo trabalhador a coberto de será pago até ao final do mês seguinte àquele em que foi so-
contrato de seguro de acidentes de trabalho ou, em caso de licitado, podendo a Mudum Seguros optar por desonerar-se
doença profissional, da Segurança Social. desta obrigação mediante a atribuição de «vale educação»,
ou «vale ensino» ou outra modalidade com fim idêntico, cujo
Cláusula 45.ª
valor não seja inferior ao apoio a que o trabalhador tem direi-
Condições nos seguros próprios to nos termos desta cláusula.
7- O disposto na presente cláusula é também aplicável,
Os trabalhadores abrangidos pelo presente AE, mesmo
com as necessárias adaptações, às situações de ensino es-
em situação de reforma e pré-reforma, beneficiam em todos
pecial.
os seguros em nome próprio de um desconto mínimo de
25 % do prémio total. Cláusula 47.ª
Cláusula 46.ª Prémio de natalidade ou de adoção

Apoio infantil e escolar 1- Pelo nascimento ou adoção de filhos, os trabalhadores


em efetividade de funções, bem como aqueles cujos contra-
1- Os trabalhadores em efetividade de funções, bem como
tos de trabalho estejam suspensos por motivo de doença ou
aqueles cujos contratos de trabalho estejam suspensos por
de acidente de trabalho, têm direito a um prémio no valor
motivo de doença ou de acidente de trabalho, com filhos,
do 450 € a ser pago pela Mudum Seguros em dinheiro ou
enteados ou afilhados civis a seu cargo, matriculados/ins-
através de vale.
critos em creches ou infantários, estabelecimentos de ensi-
2- No caso de ambos os progenitores serem trabalhadores
no pré-escolar, básico ou secundário, superior, politécnico
da Mudum Seguros, o benefício será pago em valor corres-
ou universitário, da rede escolar autorizada pelo ministério
pondente a 50 % a cada um deles, salvo se ambos requere-
competente, têm direito a receber da Mudum Seguros uma
rem, conjuntamente, o pagamento da totalidade a um deles.
comparticipação anual nas despesas do educando.
2- A comparticipação referida no número anterior tem o Cláusula 48.ª
valor anual a seguir indicado, atribuído em função do esta-
belecimento ou ano escolar em que o educando está matri- Apoio às deslocações - Passe social
culado/inscrito: 1- A título de incentivo e apoio à utilização de transpor-
a) Até ao 2.º ciclo do ensino básico (6.º ano): 100 €; tes públicos, a Mudum Seguros obriga-se a comparticipar
b) 3.º ciclo do ensino básico, ensino secundário e ensino na aquisição de título de transporte «passe social» efetuado
superior, politécnico ou universitário: 150 €. pelos trabalhadores e destinado à sua utilização para deslo-
3- Quando os pais ou os padrinhos civis forem ambos tra- cações, com o limite mensal de 40 €.
balhadores da empresa, o apoio previsto na presente cláusula 2- O pagamento da comparticipação deverá ser solicitado
apenas será pago em valor correspondente a 50 % a cada um pelo trabalhador mediante a apresentação de comprovativo
deles, salvo se ambos requererem, conjuntamente, o paga- de aquisição e nos termos do estabelecido em normativo in-
mento da totalidade a um deles. terno.
4- O pagamento da comparticipação deverá ser solicitado
Cláusula 49.ª
no período compreendido entre 1 de julho e 30 de setembro
do respetivo ano escolar e a sua atribuição depende da veri- Apoio social ao agregado familiar do trabalhador sujeito a medida de
ficação dos requisitos seguintes: coação penal
a) O educando tenha obtido aproveitamento no ano esco- 1- Os membros do agregado familiar do trabalhador sujei-
lar imediatamente anterior, se aplicável (exceto situações de to a medida de coação impeditiva da prestação de trabalho,
força maior ou doença do educando/justo impedimento); podem solicitar um apoio pecuniário à Mudum Seguros veri-
b) O trabalhador tenha obtido informação positiva na ava- ficadas cumulativamente as condições seguintes:
liação de desempenho profissional referente ao ano civil an- a) O requerente integre o agregado familiar do trabalhador
terior ao da solicitação da comparticipação; e seja como tal considerado para efeitos da lei fiscal;
c) O trabalhador não tenha sido punido disciplinarmente b) O trabalhador não receba salário da Mudum Seguros há
com medida de suspensão do trabalho com perda de retribui- pelo menos três meses;
ção e de antiguidade, nos últimos doze meses, ou não seja c) Não esteja a correr contra o trabalhador procedimento
reincidente, nem contra ele esteja pendente ação disciplinar disciplinar ou inquérito prévio por factos lesivos de interes-
à data da solicitação da comparticipação, salvo se este pro- ses patrimoniais da Mudum Seguros ou ofensas punidas por
cedimento vier a ser arquivado sem aplicação de qualquer lei sobre trabalhadores da Mudum Seguros, elementos dos
sanção, caso em que o trabalhador terá direito a recebê-la. corpos sociais, seus delegados ou representantes, clientes,
5- A Mudum Seguros, se assim o entender, pode solicitar fornecedores ou parceiros de negócio;
ao trabalhador, prova documental das condições e dos requi- d) O agregado familiar do trabalhador fique em situação de
sitos exigidos para atribuição do apoio previsto na presente carência económica reconhecida pela empresa; e
cláusula e suspender o respetivo pagamento enquanto os do- e) O beneficiário do apoio não esteja também indiciado
cumentos solicitados não lhe forem entregues. pela prática do ilícito que determinou a aplicação da medida

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

de coação penal ao trabalhador. 4- Os valores que o trabalhador receba após a cessação da


2- O apoio a conceder pela empresa ao agregado familiar pré-reforma deverão ser devolvidos à Mudum Seguros no
do trabalhador terá a duração máxima de seis meses e é de prazo de 15 dias após o início do pagamento da reforma por
450 € quando haja apenas um beneficiário, sendo acrescido parte da Segurança Social, sob pena de ter de suportar uma
de metade desse valor por cada beneficiário para além do penalização de 25 % do valor total em dívida, além da devo-
primeiro, com o limite máximo total de 900 €. lução deste.
3- O apoio será pago pela Mudum Seguros aos benefici- 5- A contribuição da Mudum Seguros para o plano indivi-
ários que o solicitem e cessa por qualquer dos motivos se- dual de reforma, referido na cláusula 49.ª (Plano individual
guintes: de reforma), cessa na data da passagem à situação de pré-re-
a) Seja atingido o período máximo de duração previsto no forma do trabalhador, salvo acordo das partes em contrário.
número dois;
b) Cesse o contrato de trabalho; ou CAPÍTULO IX
c) Deixem de verificar-se os pressupostos da respetiva
atribuição. Ajudas de custo
Cláusula 50.ª
Cláusula 52.ª
Plano individual de reforma
Pagamento de despesas de serviço em Portugal
1- Todos os trabalhadores em efetividade de funções, bem
como aqueles cujos contratos de trabalho estejam suspensos 1- As despesas de deslocação em serviço de qualquer tra-
por motivo de doença ou de acidente de trabalho, beneficiam balhador, quando se desloque para fora das localidades em
de um plano individual de reforma (PIR) em caso de reforma que presta normalmente serviço, são por conta da empresa,
por velhice ou por invalidez concedida pela Segurança So- devendo ser sempre garantidas condições de alimentação e
cial, o qual integrará e substituirá quaisquer outros sistemas alojamento condignas, tendo por referência os valores míni-
de atribuição de pensões de reforma previstos em anteriores mos fixados no anexo III.
instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho aplicá- 2- O trabalhador, quando desejar, poderá solicitar um
veis à empresa. adiantamento por conta das despesas previsíveis, calculadas
2- O PIR fica sujeito ao disposto na cláusula seguinte e no na base dos valores indicados no número anterior.
anexo IV deste AE. 3- Em alternativa ao disposto nos números anteriores, a
3- A primeira contribuição anual da Mudum Seguros para empresa poderá optar pelo reembolso das despesas incorri-
o PIR vence-se no final do ano em que o trabalhador comple- das pelo trabalhador mediante a apresentação dos respetivos
ta 2 anos de prestação de serviço efetivo na empresa. comprovativos, nos termos do normativo interno existente
4- O valor da primeira contribuição referida no número an- na empresa.
terior será calculado proporcionalmente ao número de meses 4- Os trabalhadores que utilizarem automóveis ligeiros
do ano em que se vence o direito posteriores à data em que próprios ao serviço da empresa terão direito a receber por
se completam os 2 anos de antiguidade de serviço efetivo na cada quilómetro efetuado em serviço o valor constante do
empresa. anexo III.

Cláusula 51.ª Cláusula 53.ª

Pré-reforma Pagamento de despesas de serviço no estrangeiro

1- Aos trabalhadores que se pré-reformem aplicar-se-á o 1- Nas deslocações ao estrangeiro em serviço, o trabalha-
regime legal da pré-reforma e o que resulta do acordo efetu- dor tem direito a ser reembolsado das inerentes despesas ou
ado entre a empresa e o trabalhador. à atribuição de ajudas de custo, conforme opção da empresa,
2- O aordo de pré-reforma deverá ser efetuado por escrito tendo por referência os valores mínimos fixados no anexo
e conter as seguintes indicações: III.
a) Identificação, assinaturas e domicílio ou sede das par- 2- O trabalhador, quando desejar, poderá solicitar um
tes; adiantamento por conta das despesas previsíveis, calculadas
b) Data de início da pré-reforma; na base dos valores indicados no número anterior.
c) Direitos e obrigações de cada uma das partes; 3- Consoante o que for previamente definido e para além
d) Valor da prestação anual da pré-reforma; do disposto no número 1 desta cláusula, a empresa reem-
e) Modo de atualização da prestação, se aplicável; e bolsará o trabalhador das despesas extraordinárias em que
f) Número de prestações mensais em que será paga. tenha incorrido ao serviço da empresa, desde que as consi-
3- Para além das situações previstas na lei, o direito às dere necessárias, adequadas e proporcionais aos fins visados
prestações de pré-reforma cessa na data em que o trabalha- pela deslocação e mediante a apresentação dos respetivos
dor atinja a idade normal de acesso à pensão por velhice se a comprovativos.
não tiver requerido.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

CAPÍTULO X em condições físicas e psíquicas adequadas ao desempenho


das respetivas funções, desde que tal pedido seja fundamen-
Saúde e segurança no trabalho tado clinicamente.
3- O empregador deve promover a realização dos seguin-
Cláusula 54.ª tes exames de saúde:
a) Rastreio de doenças cardiovasculares e pulmonares;
Princípios gerais b) Rastreio auditivo e visual;
1- Todas as instalações deverão dispor de condições de c) Hemoscopias;
segurança e prevenção contra incêndios, devendo os locais d) Análise sumária de urina; e
de trabalho ser dotados das condições de comodidade e salu- e) Análise do PSA.
bridade que permitam reduzir a fadiga e o risco de doenças 4- Os exames médicos deverão ser realizados com a pe-
profissionais, garantindo a higiene, comodidade e segurança riodicidade indicada na alínea b) do número 2 da presente
dos trabalhadores. cláusula, excetuando-se as seguintes situações concretas:
2- Para além do disposto no número anterior, deverá ainda a) Rastreio auditivo e visual, todos os anos;
ser garantida a existência de boas condições naturais e/ou b) Análise do PSA, após os 45 anos, de dois em dois anos.
artificiais em matéria de arejamento, ventilação, iluminação, 5- Os exames médicos dos trabalhadores decorrerão den-
intensidade sonora e temperatura. tro do período normal de trabalho, sem prejuízo da retribui-
3- As instalações de trabalho, sanitárias e outras, bem ção, qualquer que seja o tempo despendido para o efeito.
como os respetivos equipamentos, devem ser conveniente- 6- O trabalhador obriga-se a comparecer na data agendada
mente limpos e conservados, devendo a limpeza ser efetua- para a realização dos exames previstos na presente cláusula,
da, na medida do possível, fora das horas de trabalho. salvo por motivos de força maior e devidamente justificados
4- Sempre que a empresa proceder a desinfeções das ins- que o impeçam de comparecer, constituindo o incumprimen-
talações com produtos tóxicos deverá respeitar as indicações to desta obrigação infração disciplinar grave.
técnicas dos produtos e margens de segurança recomendadas 7- No caso da empresa não cumprir o disposto nos núme-
pelo respetivo fabricante para reutilização das áreas afetadas. ros anteriores até 30 de outubro do ano em que se devam
5- Os trabalhadores e seus órgãos representativos podem realizar, poderão os trabalhadores, mediante pré-aviso de
requerer fundamentadamente à comissão de segurança e saú- 45 dias, promover por sua iniciativa a realização dos respe-
de a realização de inspeções sanitárias através de organismos tivos exames, apresentando posteriormente as despesas ao
ou entidades oficiais ou particulares de reconhecida idonei- empregador que se obriga a pagá-las no prazo de 10 dias,
dade e capacidade técnica, sempre que se verifiquem quais- salvo se tiver existido ausência injustificada do trabalhador
quer condições anómalas que possam afetar de imediato a à convocatória para a realização dos exames previstos nesta
saúde dos trabalhadores. cláusula ou se, entretanto, a empresa os tiver marcado para
6- Os custos decorrentes da inspeção e reposição das con- o referido ano.
dições de salubridade são da exclusiva responsabilidade da 8- Em caso de acidente ou doença súbita no local de tra-
empresa, quando por esta autorizados. balho, a empresa deverá assegurar os imediatos e indispen-
sáveis socorros médicos e farmacêuticos, bem como o trans-
Cláusula 55.ª
porte e demais cuidados adequados.
Medicina no trabalho
1- Os trabalhadores têm direito a utilizar os serviços de CAPÍTULO XI
medicina no trabalho, disponibilizados pela empresa nos ter-
mos da lei, para efeitos de prevenção da segurança e saúde Atividade sindical
no trabalho.
2- A empresa organizará a realização dos seguintes exa- Cláusula 56.ª
mes de saúde:
Atividade sindical
a) Exames de admissão, sem prejuízo dos casos de dispen-
sa previstos na lei; 1- No exercício legal das suas atribuições, a empresa reco-
b) Exames periódicos anuais para os trabalhadores com nhece aos sindicatos os seguintes tipos de atuação:
idade superior a 45 anos, e de 2 em 2 anos para os restantes a) Desenvolver atividade sindical no interior da empresa,
trabalhadores; nomeadamente através de delegados sindicais e das comis-
c) Exames ocasionais, sempre que haja alterações substan- sões sindicais ou intersindicais, legitimados por comunica-
ciais nos componentes materiais de trabalho que possam ter ção do respetivo sindicato;
repercussão nociva na saúde do trabalhador, bem como no b) Nos termos da lei, eleger em cada local de trabalho os
caso de regresso ao trabalho depois de uma ausência superior delegados sindicais;
a 30 dias por motivo de doença ou acidente, ou sempre que c) Realizar reuniões, fora do horário de trabalho, nas insta-
se justifique por razões de segurança ou saúde pública; lações da empresa, desde que convocadas nos termos da lei
d) Os trabalhadores poderão, quando o solicitarem, ser e observadas as normas de segurança adotadas pela empresa;
submetidos a exame médico, com vista a determinar se estão d) Realizar reuniões nos locais de trabalho, durante o horá-
rio normal, até ao máximo de 15 horas por ano, sem perda de

3451
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

quaisquer direitos consignados na lei ou neste AE, desde que CAPÍTULO XII
assegurem o regular funcionamento dos serviços que não
possam ser interrompidos e os serviços de contactos com o Disposições finais
público;
e) Afixar, no interior da empresa e em local apropriado, Cláusula 60.ª
reservado para o efeito, informações de interesse sindical ou
profissional; Deveres genéricos das partes
f) Zelar pelo cumprimento do AE e das leis sobre matéria Sem prejuízo do disposto na lei e neste AE, a Mudum Se-
de trabalho. guros e os trabalhadores reconhecem ainda os deveres gerais
2- Os trabalhadores membros dos corpos gerentes das as- a respeitar tal como descritos no anexo V (Deveres genéricos
sociações sindicais e os delegados sindicais não podem ser das partes).
transferidos de local de trabalho sem o seu acordo, salvo
Cláusula 61.ª
quando tal resultar de extinção ou mudança total ou parcial
do estabelecimento onde prestam serviço. Anterior sistema de prémios de antiguidade
Cláusula 57.ª O valor acumulado dos prémios de antiguidade, venci-
dos até 31 de dezembro de 2013, atribuídos por aplicação
Trabalhadores dirigentes sindicais de IRCT´S anteriormente aplicáveis à relação de trabalho,
1- Os trabalhadores dirigentes sindicais com funções exe- foi mantido pelo CCT outorgado pelo STAS e pelo SISEP,
cutivas nos sindicatos, quando por estes requisitados, mante- publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, de 15
rão direito à remuneração e demais direitos e regalias consig- de janeiro 2012, e respetiva portaria de extensão publicada
nados neste AE e na lei, como se estivessem em efetividade no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 14, de 15 de abril de
de serviço, de acordo com o previsto nos números seguintes. 2013, como componente fixa da retribuição efetiva do traba-
2- Os sindicatos têm o direito de requisitar, em conjunto, lhador, não podendo ser absorvido por futuros aumentos da
com remuneração mensal integral paga pela empresa, um tabela salarial.
dirigente, desde que haja acordo nesse sentido da empresa.
Cláusula 62.ª
3- No caso de existirem situações de requisição que coli-
dam com o limite previsto na presente cláusula, será dada Salvaguarda de acordos de isenção de horário de trabalho
prioridade à associação sindical mais representativa na em-
1- Os regimes de isenção de horário instituídos antes de
presa, de acordo com o número de trabalhadores que efetu-
1 de janeiro de 2012 que tenham sido mantidos ininterrup-
am o pagamento da quota sindical por desconto na retribui-
tamente até à data de publicação deste AE, poderão ser re-
ção mensal.
vogados por acordo ou, na falta de acordo, denunciados nos
4- O regime previsto nesta cláusula não pode prejudicar
termos e com a antecedência prevista no acordo que os ins-
os direitos decorrentes da lei mas o pagamento previsto na
tituiu.
mesma inclui o crédito de horas e as faltas justificadas remu-
2- Na ausência de previsão expressa da possibilidade de
neradas previstas na lei.
denúncia, poderão ser denunciados pela Mudum Seguros
Cláusula 58.ª com a antecedência referida no número 2 da cláusula 37.ª
3- Em caso de cessação do regime de isenção de horário
Delegados sindicais de trabalho, a retribuição específica devida pela isenção de
1- O delegado sindical tem direito, para o exercício das horário de trabalho manter-se-á como valor histórico apenas
suas funções, a um crédito de 7 horas por mês, ainda que faça nos casos em que a cessação do regime de isenção de horário
parte de comissão intersindical. de trabalho decorra de decisão unilateral da Mudum Seguros
2- O número máximo de delegados sindicais com direito ou tal manutenção conste do acordo de revogação.
a um crédito de horas é determinado nos termos da lei, mas
Cláusula 63.ª
tendo em conta o número de trabalhadores sindicalizados no
sindicato em causa. Salvaguarda da responsabilidade do trabalhador
Cláusula 59.ª O trabalhador pode, para salvaguarda da sua responsa-
bilidade, requerer que as instruções sejam confirmadas por
Quotização sindical escrito, nos seguintes casos:
1- A empresa procederá, a pedido escrito do trabalhador, a) Quando haja motivo plausível para duvidar da sua au-
ao desconto da quota sindical e enviará essa importância ao tenticidade ou legitimidade;
sindicato respetivo até ao dia 10 do mês seguinte. b) Quando verifique ou presuma que foram dadas em vir-
2- A empresa deverá enviar, até ao limite do prazo indica- tude de qualquer procedimento doloso ou errada informação;
do no número anterior, o respetivo mapa de quotização de- c) Quando da sua execução possa recear prejuízos que su-
vidamente preenchido, preferencialmente em formato digital ponha não terem sido previstos.
compatível com folha de cálculo.

3452
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

Cláusula 64.ª jam expressamente ressalvados cessam a sua vigência com


a entrada em vigor do presente AE, na medida em que este é
Comissão paritária globalmente mais favorável.
1- É instituída, no âmbito do presente AE, uma comissão
Cláusula 66.ª
paritária integrada por representantes dos sindicatos outor-
gantes e igual número de representantes da empresa, à qual Normativos internos
são atribuídas competência para interpretar e integrar as
A Mudum Seguros deve ouvir as associações sindicais
cláusulas do AE.
outorgantes quanto à definição ou alteração ao conteúdo dos
2- A comissão paritária reunirá a pedido de qualquer das
normativos internos a que o presente AE faz referência.
entidades outorgantes e poderá deliberar desde que estejam
presentes todos os membros que a compõem. Cláusula 67.ª
3- Na primeira reunião a comissão paritária elaborará o
seu regulamento de funcionamento. Igualdade de género
4- Só serão válidas as deliberações tomadas por unanimi- Sempre que neste AE se utilize qualquer das designações
dade. trabalhador ou trabalhadores, entende-se que estas se devem
ter por aplicáveis aos trabalhadores de ambos os sexos.
Cláusula 65.ª

Sucessão de convenções coletivas


Os direitos e efeitos decorrentes de instrumentos de re-
gulamentação coletiva anteriormente aplicáveis que não se-

ANEXO I

Grupos profissionais, categorias, funções e bandas salariais


Grupo Função diferenciadora Nível
Categoria
profissional salarial

É o trabalhador que desenvolve atividades de âmbito estratégico, define políticas e objetivos


Diretor-geral adjunto/
Dirigente operacionais, sendo da sua responsabilidade a correta aplicação das mesmas, podendo supervi- A
Diretor
sionar áreas de negócio ou funcionais.

Gestor comercial
É o trabalhador que participa na decisão sobre objetivos operacionais, comerciais ou técnicos,
Gestor Gestor técnico define objetivos sectoriais, normas e procedimentos, métodos de trabalho e objetivos individu- B
ais, podendo enquadrar funcionalmente outros trabalhadores ou equipas de trabalhadores.
Gestor operacional

É o trabalhador que executa atividades de cariz técnico, como tal reconhecidas pela empresa,
executando-as com autonomia e responsabilidades próprias, desenvolve ainda estudos, análises
Técnico Técnico de situações técnicas e emissão de pareceres, suportados de modo sistemático por metodolo- C
gias, instrumentos e processos de elevada complexidade que exigem formação académica e/ou
técnica específica, podendo ainda enquadrar funcionalmente uma equipa de técnicos.

É o trabalhador que executa e assume responsabilidade por atividades operacionais de natureza


Coordenador interna ou externa, com autonomia no âmbito dos poderes que lhe foram atribuídos expressa-
D
operacional mente pela empresa, enquadrando, por regra, equipas de trabalhadores do grupo profissional
operacional

Operacional Especialista É o trabalhador que executa atividades predominantemente de natureza comercial ou adminis-
E
operacional trativa que exigem conhecimentos técnicos específicos da atividade seguradora.

É o trabalhador que executa tarefas de apoio administrativo e/ou de atendimento, com caráter
Assistente operacional regular, como tal reconhecidas pela empresa, de baixa complexidade, tendencialmente rotinei- F
ras, orientadas por procedimentos detalhados e instruções pré-definidas.

É o trabalhador que predominantemente executa tarefas de manutenção e/ou de limpeza e/ou


Apoio Auxiliar geral de vigilância das instalações e/ou de apoio logístico aos restantes serviços da empresa, podendo G
ainda enquadrar funcionalmente outros trabalhadores do grupo de apoio.

3453
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

ANEXO II necessários à implementação e gestão dos mesmos.


3- O plano individual de reforma deverá prever a garantia
1- Tabela salarial
de capital.
a) Para vigorar de 1 de março de 2021 a 31 de dezembro
4- O valor capitalizado das entregas é resgatável, nos ter-
de 2021:
mos legais, pelo trabalhador na data de passagem à reforma
Nível salarial Valor mínimo obrigatório por invalidez ou por velhice concedida pela Segurança So-
A 2 500,00 € cial, sem prejuízo do disposto nos números seguintes.
B 1 725,00 €
5- Ao resgaste aplicar-se-á o regime previsto no Código
do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, no-
C 1 200,00 €
meadamente, no que respeita à conversão em renda vitalícia
D 1 250,00 €
imediata mensal a favor e em nome do trabalhador de pelo
E 1 150,00 € menos dois terços do valor capitalizado.
F 1 000,00 € 6- Caso o trabalhador cesse o vínculo contratual com a em-
G 735,00 € presa antes da passagem à situação de reforma, terá direito
apenas a 90 % do valor capitalizado das entregas efetuadas
b) Para vigorar de 1 de janeiro de 2022 a 31 de dezembro
pela empresa, havendo lugar à transferência desse montante
de 2022.
para um novo veículo de financiamento à escolha do traba-
Nível salarial Valor mínimo obrigatório lhador, se este o solicitar expressamente.
A 2 525,00 € 7- As transferências a que se refere o número anterior só
B 1 742,25 €
podem ocorrer desde que o novo veículo de financiamento
cumpra os requisitos previstos nesta cláusula, devendo ainda
C 1 212,00 €
o veículo de financiamento de destino cumprir as condições
D 1 262,50 €
e características fiscais do de origem, nomeadamente por o
E 1 164,95 € novo veículo ser um seguro de vida ou fundo de pensões.
F 1 013,00 € 8- Se a cessação do contrato de trabalho tiver ocorrido por
G 744,56 € despedimento com justa causa promovido pela empresa com
fundamento em lesão de interesses patrimoniais da empresa,
2- Subsídio de refeição: o trabalhador perde o direito ao valor previsto no número 7,
a) Subsídio diário a vigorar 1 de março de 2021 a 31 de até ao limite dos prejuízos que tiverem sido causados, sem
dezembro de 2021: 10,50 €; necessidade de autorização expressa para que seja efetua-
b) Subsídio diário a vigorar 1 de janeiro de 2022 a 31 de da a compensação total ou parcial dos mesmos, salvo se o
dezembro de 2022: 10,60 €. trabalhador tiver impugnado judicialmente o despedimento,
caso em que não haverá lugar ao resgate do valor capitaliza-
ANEXO III do nem à compensação, enquanto não transitar em julgado a
decisão sobre o despedimento.
Outras cláusulas de expressão pecuniária 9- Em caso de morte do trabalhador, o valor capitalizado
das entregas reverte para os beneficiários designados pelo
Cláusulas Valor trabalhador ou, na falta de designação, para os seus herdeiros
Valor das despesas de serviço em Portugal legais.
Por diária completa 75 € 10- Caso o plano individual de reforma e a lei o permitam,
Refeição isolada 12,50 € o trabalhador poderá efetuar contribuições voluntárias para
Dormida e pequeno-almoço 50 € o mesmo.
Valor por km 0,40 €
Valor diário das despesas de serviço no estrangeiro 150 €
ANEXO V

Deveres genéricos das partes


ANEXO IV
O grupo Crédit Agricole, no qual a Mudum Seguros se
Plano individual de reforma insere, tem uma tradição de um diálogo social intenso e
transparente.
1- Tendo em conta o disposto na cláusula 50.ª (Plano in-
Convicto de que uma empresa só pode conhecer o cres-
dividual de reforma), a empresa efetuará anualmente contri-
cimento sustentável, conjugando o desempenho económico
buições para o plano individual de reforma de valor igual a
com o progresso social, o grupo Crédit Agricole cumpriu
3,25 %, aplicadas sobre a retribuição base anual do traba-
mais uma etapa no seu compromisso coletivo e social, ade-
lhador.
rindo em 21 de dezembro de 2017, à «Global Deal», inicia-
2- A empresa definirá o ou os produtos em que se ma-
tiva internacional para o diálogo social com o objetivo de
terializará o plano individual de reforma a que se refere o
enfrentar os desafios que o mercado de trabalho mundial en-
presente anexo e estabelecerá as regras e os procedimentos

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

frenta e de permitir que todos beneficiem da mundialização. relativos às empresas e aos direitos humanos;
Neste contexto, o grupo Crédit Agricole pretende refor- h) Executar medidas razoáveis destinadas a prevenir,
çar o seu diálogo relativo aos direitos humanos e aos direitos atenuar e, se necessário, tentar remediar eventuais efeitos
laborais fundamentais, nomeadamente no que diz respeito nefastos das suas atividades e dos seus domínios sobre os
ao direito à liberdade sindical e à negociação coletiva, a fim direitos humanos, de acordo com as orientações fornecidas
de apoiar a prossecução de um crescimento sustentável das pelos princípios orientadores das Nações Unidas relativos às
atividades do grupo Crédit Agricole bem como de boas con- empresas e aos direitos humanos;
dições de trabalho para os trabalhadores. i) Respeitar as disposições da Declaração da Organização
Este compromisso que visa assegurar um equilíbrio entre Internacional do Trabalho (OIT) relativa aos princípios e aos
os interesses estratégicos das entidades, o respeito dos direi- direitos fundamentais no trabalho, e, em particular, o direito
tos fundamentais dos colaboradores do grupo, a prática do de todos os trabalhadores a organizarem-se, aderirem a um
diálogo social e a qualidade de vida no trabalho, deverá ser sindicato e iniciarem negociações coletivas;
uma referência aplicável a qualquer entidade do grupo Crédit j) Respeitar a liberdade de adesão a uma organização sin-
Agricole, independentemente da sua atividade ou implanta- dical e não se opor ao processo de adesão individual a um
ção geográfica, sem prejuízo pelo respeito da sua cultura de sindicato ou ao exercício dos direitos como membro de um
unidade e de descentralização e do princípio da subsidiarie- sindicato;
dade. k) Comprometer-se a que os trabalhadores aderentes ou
Neste contexto, o grupo Crédit Agricole reafirma o seu não pertencentes a qualquer organização sindical não sejam
compromisso de respeitar todas as leis sobre o emprego, a expostos por esse facto a qualquer tentativa de intimidação,
liberdade de associação, as convenções coletivas, as regula- assédio, represálias ou discriminação de qualquer tipo e em
mentações em matéria de saúde e segurança a nível nacional, qualquer ocasião;
bem como as leis aplicáveis e os direitos humanos interna- l) Comprometer-se a não levantar obstáculos ou a opor-
cionalmente reconhecidos. -se ao reconhecimento ou à implantação de uma organização
Neste AE, a Mudum Seguros tem como referência os sindical, na condição de que este reconhecimento ou esta
compromissos do grupo Crédit Agricole nas matérias atrás implantação esteja em conformidade com a legislação apli-
referidas. cável;
Assim, m) Comprometer-se a conduzir lealmente as negociações
1- São deveres gerais da Mudum Seguros: coletivas para se chegar a um acordo sempre que uma ou
a) Cumprir rigorosamente as disposições do presente AE, mais organizações sindicais estejam implantadas e/ou reco-
bem como prestar às associações sindicais outorgantes ou nhecidas, em conformidade com a legislação nacional apli-
nelas filiadas todas as informações e esclarecimentos que es- cável;
tas solicitem quanto ao seu cumprimento; n) Reconhecer que todos os trabalhadores têm direito à
b) Exigir a cada trabalhador apenas o trabalho compatível igualdade de oportunidades e de tratamento, nomeadamente
com a respetiva categoria; no que se refere ao acesso ao emprego, à formação e promo-
c) Proporcionar dentro do possível aos trabalhadores a ne- ção profissionais, às condições de trabalho ou no equilíbrio
cessária formação e aperfeiçoamento profissional; entre a vida pessoal e a vida profissional;
d) Proporcionar boas condições de trabalho, tanto do pon- o) Rejeitar qualquer forma de discriminação, direta ou in-
to de vista físico como moral, desenvolvendo e mantendo direta e comprometer-se a fazer respeitar este princípio nas
um ambiente e condições de trabalho que garantam a saúde e suas relações de trabalho e em cada etapa do percurso profis-
a segurança dos trabalhadores; sional dos seus trabalhadores;
e) Além da saúde e da segurança no trabalho, continuar o p) Entende-se, para este efeito, que uma discriminação é
desenvolvimento da sua política de bem-estar no trabalho e uma desigualdade de tratamento baseada num dos critérios
de equilíbrio pessoal e profissional, bem como da sua políti- seguintes: origem; sexo; situação familiar; gravidez; aspeto
ca parental, fatores de igualdade profissional; físico; vulnerabilidade particular resultante da situação eco-
f) Promover os melhores esforços para utilizar as poten- nómica aparente ou conhecida do seu autor; nome de famí-
cialidades das novas tecnologias com vista à melhoria das lia; local de residência; estado de saúde; deficiência; carac-
condições de trabalho, em particular, eliminando as tarefas terísticas genéticas; costumes; orientação sexual; identidade
repetitivas e/ou de baixo valor acrescentado ou encontrando de género: idade, opiniões políticas; atividades sindicais ou
novos equilíbrios entre a vida pessoal e a vida profissional. mutualistas; o sentido de pertença ou não pertença - verda-
Para esse efeito, compromete-se: deiro ou suposto - a uma etnia, uma nação ou uma suposta
–– A tomar em consideração o impacto do desenvolvimen- raça; convicções religiosas;
to das tecnologias nas condições e na organização do traba- q) Lutar contra qualquer discriminação baseada num dos
lho durante a sua execução; critérios acima enunciados e a proteger os trabalhadores que
–– Prosseguir e desenvolver os seus esforços de formação tenham sido vítimas da mesma;
e de aculturação dos seus trabalhadores, reafirmando que a r) Prosseguir as ações de sensibilização e de formação dos
sua empregabilidade constitui um fator essencial de sucesso dirigentes, gestores e colaboradores para os desafios da não
e, por conseguinte, constitui uma prioridade. discriminação;
g) Respeitar os princípios orientadores das Nações Unidas s) Promover qualquer ação que vise assegurar condições

3455
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

de trabalho justas e equitativas, SISEP - Sindicato dos Profissionais dos Seguros de Por-
t) Lutar contra estereótipos e tratar todos com respeito e tugal
dignidade; NIPC 502 326 956
u) Rejeitar e condenar qualquer forma de assédio moral ou Representado por:
sexual;
António Carlos Videira dos Santos, mandatátio.
v) Comprometer-se a que nenhum trabalhador seja puni-
Elisabete Dourado da Silva Lima, mandatária.
do, despedido ou alvo de uma medida discriminatória por
ter sido sujeito ou se ter recusado a sujeitar a atos de assédio
sexual ou comportamentos de assédio moral, ou por os ter Depositado em 12 de outubro de 2021, a fl. 171 do livro
testemunhado ou comunicado; e n.º 12, com o n.º 201/2021, nos termos do artigo 494.º do
w) Zelar pela implementação dos procedimentos adequa- Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
dos para prevenir, detetar e resolver estes comportamentos fevereiro.
no âmbito do respeito dos direitos das pessoas.
2- Sem prejuízo do disposto na lei e neste AE, são deveres
gerais dos trabalhadores:
a) Comparecer ao serviço com pontualidade e assiduidade; Acordo de empresa entre a EMARP - Empresa
b) Cumprir com zelo e diligência o trabalho que lhe esteja Municipal de Águas e Resíduos de Portimão, EM,
confiado, dentro do exercício da sua atividade profissional,
SA e o STAL - Sindicato Nacional dos Trabalhado-
de acordo com o presente AE;
c) Zelar pela conservação e pela boa utilização dos bens res da Administração Local e Regional, Empresas
relacionados com o seu trabalho que lhes forem confiados Públicas, Concessionárias e Afins -
pela empresa, bem como a documentação a que tem acesso; Alteração salarial
d) d) Não negociar por conta própria ou alheia em con-
corrência com a empresa; e Alteração do anexo I do acordo empresa entre a
e) Respeitar e cumprir com o estipulado no Código de EMARP - Empresa Municipal de Águas e Resíduos de
Conduta e cumprir todas as demais obrigações emergentes Portimão, EM, SA e o STAL - Sindicato Nacional dos Tra-
do contrato de trabalho, das normas que o regem assim como balhadores da Administração Local e Regional, Empresas
dos normativos internos desde que não sejam contrários às Públicas, Concessionárias e Afins, publicado no Boletim do
disposições do presente AE e aos seus direitos e garantias. Trabalho e Emprego, n.º 3, de 22 de janeiro de 2014 e no
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 35, de 22 de setembro
Lisboa, 22 de setembro de 2021. de 2019.
Para efeitos do número 1 da alínea g) do artigo 492.º do
Os outorgantes: Código do Trabalho e nos termos dos artigos 496.º e 497.º do
GNB - Companhia de Seguros, SA mesmo diploma serão abrangidos pelo presente AE, cerca de
NIPC 503718092 380 (trezentos e oitenta) trabalhadores.
Representada por: Artigo 1.º
François Nicolas Baudienville, na qualidade de adminis-
Alteração ao clausulado
trador delegado.
Paulo Alexandre Nunes Nogueira, diretor geral adjunto, É alterado o anexo I, nos seguintes termos:
na qualidade de mandatário.
ANEXO I
Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora
(STAS)
NIPC 500 952 205 Tabela salarial
Representado por: São alteradas as tabelas salariais que passam a ter a se-
Carlos Alberto Marques, presidente da direção na quali- guinte redação.
dadede mandatário. Pessoal dirigente
Patrícia Alexandra da Silva Bento Caixinha, vogal da
Diretor-geral 3 927,35 €
direção na qualidade de mandatária.
Chefe de direção 3 394,72 €
Carla Sofia Grilo Mirra, mandatária.
Chefe de divisão 2 890,59 €

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Pessoal de chefia Pessoal técnico superior


Escalões Chefe setor (01) Chefe equipa (02) Escalões
12 2 143,87 € 1 494,22 € 1 2 3 4
11 2 022,52 € 1 409,63 € 6 3 215,01 € 3 250,33 € 3 285,66 € 3 356,32 €
10 1 908,04 € 1 329,84 € 5 2 508,41 € 2 720,40 € 2 932,36 € 3 179,67 €
9 1 800,04 € 1 254,57 € Nível 4 2 155,11 € 2 331,76 € 2 437,74 € 2 579,06 €
8 1 698,15 € 1 183,56 € 3 1 801,81 € 1 978,47 € 2 084,45 € 2 296,43 €
7 1 610,67 € 1 084,39 € 2 1 625,17 € 1 678,16 € 1 766,49 € 1 925,47 €
6 1 543,77 € 1 032,75 € 1 1 413,19 € 1 466,18 € 1 536,85 € 1 607,50 €
5 1 502,60 € 981,11 €
Pessoal técnico
4 1 415,12 € 929,48 €
    Escalões
3 1 343,08 € 871,37 €
  1 2 3 4
2 1 260,75 € 798,75 €
6 2 367,09 € 2 402,42 € 2 437,74 € 2 473,08 €
1 1 193,85 € 726,14 €
5 1 801,81 € 1 978,47 € 2 084,45 € 2 296,43 €
Nível 4 1 625,17 € 1 678,16 € 1 766,49 € 1 925,47 €
3 1 413,19 € 1 483,86 € 1 554,51 € 1 678,16 €
2 1 201,20 € 1 254,20 € 1 324,87 € 1 466,18 €
1 1 045,84 € 1 081,29 € 1 117,08 € 1 190,61 €

Pessoal técnico administrativo


    Escalões
  1 2 3 4 5
6 1 377,86 € 1 483,86 € 1 589,84 € 1 695,82 € 1 801,81 €
5 1 116,42 € 1 151,74 € 1 190,61 € 1 218,88 € 1 271,87 €
Nível 4 953,66 € 992,66 € 1 045,84 € 1 116,42 € 1 190,61 €
3 847,52 € 886,69 € 918,22 € 971,39 € 1 045,84 €
2 790,53 € 829,71 € 868,87 € 904,49 € 953,66 €
1 710,73 € 746,45 € 776,30 € 811,90 € 886,69 €

Pessoal técnico de informática Pessoal operacional


    Escalões     Escalões
    1 2 3 4   1 2 3 4
2 2 261,10 € 2 367,09 € 2 508,41 € 2 649,72 € 6 1 134,09 € 1 172,94 € 1 190,61 € 1 236,54 €
Grau 3
1 2 049,12 € 2 155,11 € 2 261,10 € 2 402,42 € 5 935,94 € 971,39 € 1 028,11 € 1 063,57 €
2 1 837,15 € 1 943,13 € 2 049,12 € 2 155,11 € Nível 4 798,28 € 837,85 € 895,38 € 927,22 €
Grau 2
1 1 660,50 € 1 766,49 € 1 872,47 € 1 978,47 € 3 744,60 € 765,00 € 783,09 € 803,43 €
3 1 483,86 € 1 554,51 € 1 660,50 € 1 766,49 € 2 677,16 € 688,50 € 707,88 € 719,10 €
Grau 1 2 1 307,20 € 1 377,86 € 1 483,86 € 1 589,84 € 1 665,48 € 672,67 € 681,76 € 688,50 €
1 1 172,94 € 1 201,20 € 1 307,20 € 1 413,19 €
3 1 010,39 € 1 063,57 € 1 134,09 € 1 190,61 €
Adjunto 2 868,87 € 918,22 € 971,39 € 1 045,84 €
1 746,45 € 790,53 € 847,52 € 918,22 €

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

Artigo 2.º e
SIPLA - Sindicato Independente de Pilotos de Linhas
Aplicação de efeitos Aéreas, associação sindical titular do número de identifica-
A tabela salarial produz efeitos a 1 de agosto de 2021. ção 514 443 480, com sede na Rua Valério Nogueira, 32B,
2625-722 Vialonga, neste ato representada por João Ricardo
Portimão, 30 de agosto de 2021. Pereira Contreiras Leão, André Manuel da Costa de Melo
Marques, com poderes para a representar, adiante designada
Isilda Maria Prazeres dos Santos Varges Gomes, na abreviadamente «SIPLA»,
qualidade de presidente do conselho de administração da Globalmente abreviadamente referidas como «partes»,
EMARP - Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Por- Considerando que:
timão, EM, SA. i) A pandemia de COVID-19 teve efeitos drásticos no se-
Henrique Jesus Robalo Vilallonga, na qualidade de mem- tor da aviação, afetando toda a operação da Portugália;
bro da direção nacional e mandatário, nos termos conjugados ii) Face à situação provocada pelos efeitos do surto do
dos artigos 48.º e 45.º, número 2, alínea e) dos estatutos do COVID-19 no ano de 2020 e à quebra muito acentuada da
STAL - Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Adminis- operação da Portugália, esta empresa opôs-se à renovação
tração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessioná- dos contratos de trabalho a termo de um conjunto de traba-
rias e Afins. lhadores-pilotos no ano de 2020;
iii) Com a (aparente) progressiva melhoria da operação da
Bruno Miguel Martins Luz, na qualidade de membro da
Portugália no início da segunda metade de 2020, as partes
direção nacional e mandatário, nos termos conjugados dos
celebraram, a 15 de julho de 2020, um memorando de en-
artigos 48.º e 45.º, número 2, alínea e) dos estatutos do STAL
tendimento sobre a contratação de PNT (o «memorando de
- Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração
entendimento»), no âmbito do qual foi acordada a suspen-
Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e
são temporária de algumas normas do acordo de empresa
Afins. SIPLA/Portugália, publicado no Boletim do Trabaho e Em-
prego, n.º 47.º, de 22 de dezembro de 2018; com alteração
Depositado em 8 de outubro de 2021, a fl. 170 do livro publicada no Boletim do Trabaho e Emprego, n.º 25 de 8 de
n.º 12, com o n.º 199/2021, nos termos do artigo 494.º do julho de 2019;
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de iv) No primeiro trimestre de 2021, em decorrência dos im-
fevereiro. pactos da segunda vaga da pandemia, foi necessário que o
Estado Português tomasse medidas de auxílio de emergência
para garantir a continuidade da operação do grupo TAP em
que se insere a Portugália, do que resultou o compromisso
deste grupo com um plano de reestruturação, já apresentado
Acordo de empresa entre a Portugália - Companhia
às autoridades competentes da União Europeia;
Portuguesa de Transportes Aéreos, SA e o SIPLA - v) No âmbito das necessidades da Portugália e da TAP di-
Sindicato Independente de Pilotos de Linhas Aéreas tadas pelas exigências do plano de reestruturação, referido
- Suspensão no parágrafo anterior, alguns pilotos da TAP manifestaram a
sua vontade de ingressar nos quadros da Portugália;
Acordo de contratação de PNT 2021 vi) As partes reconhecem que, para cumprir as exigências
Entre: do plano de reestruturação do grupo TAP, a Portugália neces-
Portugália - Companhia Portuguesa de Transportes Aé- sita de proceder à contratação de PNT, pretendendo, nessa
reos, SA, pessoa coletiva n.º 502030879, com o capital so- senda e para esse efeito, estabelecer critérios objetivos de
cial de 17 100 000,00 €, com sede efetiva no Aeroporto de exceção na preferência da admissão de pilotos.
Lisboa, Rua B, Edifício 10, 1.º - 1700-008 Lisboa, aqui re- Acordam as partes:
presentada pelo Eng.º Valter Camilo Noivo dos Santos Fer- 1- Estabelecer os seguintes critérios objetivos, sucessivos
nandes, com poderes para o ato, doravante abreviadamente e subsidiários entre si, de preferência na admissão de pilotos
designada «Portugália» à Portugália, mediante a celebração de contrato de trabalho
por tempo indeterminado:

3458
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

a) Critério 1: Pilotos efetivos TAP que, no âmbito das me- i) Cláusula 18.ª do AE celebrado entre as partes e publi-
didas voluntárias previstas no plano de reestruturação do cado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 47, de 22 de
grupo TAP, tenham manifestado a sua vontade em ingressar dezembro de 2018;
no quadro de pilotos da Portugália; ii) Cláusula 4.ª, números 3, 4 e 5, do RAAA, anexo I ao
b) Critério 2: Pilotos que venham a ser dispensados pela referido AE, devendo o início da contagem da antiguidade
TAP no âmbito da continuação da aplicação do plano de re- de serviço, no que concerne ao posicionamento relativo dos
estruturação do grupo TAP (2.ª fase), considerando-se como pilotos a admitir ao abrigo do presente acordo, pautar-se pela
período relevante, para efeitos de elegibilidade e integração aplicação dos critérios sucessivos e subsidiários enunciados
deste critério, o lapso de tempo que vier, eventualmente, a de 1 a 5 no parágrafo primeiro do presente acordo;
mediar entre a data de início da manifestação da intenção iii) Cláusulas 6.ª e 7.ª, números 1 e 2, do RAAA, anexo I
de recurso pela TAP a medidas unilaterais de cessação de ao referido AE;
postos de trabalho no âmbito do dimensionamento do efe- iv) Cláusula 9.ª do RBO, anexo IV ao referido AE, sendo a
tivo planeado e necessário e a data de 31 de julho de 2021, suspensão desta cláusula não aplicável na relação de prefe-
devendo, impreterivelmente, até esta data, os pilotos elegí- rência exclusivamente interna entre trabalhadores-pilotos do
veis manifestar o seu interesse em ingressar na Portugália ou atual quadro da Portugália;
nisso consentir; 3- Vigência: o presente acordo produz efeitos à data da sua
c) Critério 3: Pilotos cujos contratos de trabalho a termo assinatura e vigorará até 30 de novembro de 2021.
final ou resolutivo celebrados com a Portugália tenham ces- 4- Nos termos e para os efeitos na alínea g) do número um
sado em 2020 por iniciativa desta, preferindo na contratação, do artigo 492.º do Código do Trabalho, o presente instru-
em igualdade de circunstâncias no âmbito deste critério, os mento de regulamentação coletiva de trabalho abrange, por
pilotos cuja data de caducidade do contrato de trabalho seja um lado, a Portugália e, por outro lado, 141 trabalhadores-
mais antiga; -pilotos associados do SIPLA.
d) Critério 4: Pilotos que, não estando incluídos nas cate- 5- O presente acordo aplica-se em todo o território nacio-
gorias sociais anteriores, tenham sido anteriormente pilotos nal.
da Portugália em regime de contrato de trabalho com esta 6- A Portugália - Companhia Portuguesa de Transportes
celebrado e que tenham, por sua iniciativa, cessado o respe- Aéreos, SA integra o setor de atividade do transporte aéreo,
tivo contrato de trabalho para ingressar na carreira de piloto regular e não regular, de passageiros (CAE 51100-R3).
na TAP e cujo processo de recrutamento e admissão não foi 7- Qualquer alteração ao presente acordo apenas poderá
concluído por motivos que se devem, exclusivamente, à crise ser efetuada por via de acordo escrito entre as partes e da
pandémica COVID-19 e ao seu impacto no setor da aviação; consequente publicação do mesmo no Boletim do Trabalho
e) Critério 5: Trabalhadores internos da Portugália prove- e Emprego.
nientes de outras categorias profissionais.
2- Para efeitos do disposto no número anterior, as partes Lisboa, 2 de maio de 2021,
acordam:
a) Nos termos e para os efeitos do artigo 139.º do Códi- Pela Portugália - Companhia Portuguesa de Transportes
go do Trabalho, o disposto nos sub-parágrafos do número Aéreos, SA:
anterior substitui o disposto no artigo 145.º do Código do Valter Fernandes, director geral.
Trabalho;
b) Nos termos e para os efeitos do artigo 502.º, números SIPLA - Sindicato Independente de Pilotos de Linhas
2 e 3, do Código do Trabalho, com fundamento nos Con- Aéreas:
siderandos (i) a (vi) do presente acordo e na necessidade João Leão, presidente da direção do SIPLA.
de ser assegurada a viabilidade do grupo TAP, bem como a André Marques, vice-presidente da direção do SIPLA.
manutenção de postos de trabalho, na suspensão temporária
das seguintes cláusulas convencionais, suspensão esta que Depositado em 12 de outubro de 2021, a fl. 171 do livro
apenas vigorará para efeitos de admissão de pilotos nas situ- n.º 12, com o n.º 202/2021, nos termos do artigo 494.º do
ações previstas nos critérios supra referidos: Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
fevereiro.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

Acordo de empresa entre a 321 Crédito - Instituição 7 1 051,51


Financeira de Crédito, SA e o Sindicato dos Bancá-
rios do Centro e outro - Alteração salarial e outras e 6 999,20
texto consolidado 5 884,14
4 767,47
A 321 Crédito - Instituição Financeira de Crédito, SA e o
Sindicato dos Bancários do Centro e o Sindicato da Banca, 3 667,21
Seguros e Tecnologias - MAIS SINDICATO, outorgantes 2 635,00
do acordo de empresa publicado no Boletim do Trabalho e
Emprego, n.º 38, de 15 de outubro de 2017, e respectivas re- 1 635,00
visões, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 3, 3- .Subsídio mensal a trabalhador-estudante (cláusula 56.ª,
de 22 de janeiro de 2020 e Boletim do Trabalho e Emprego, números 3 e 4): 19,89 euros.
n.º 13, de 8 de abril de 2021, acordam alterar o referido acor- 4- Diuturnidades (cláusula 66.ª): 42,19 euros.
do de empresa nos termos seguintes: 5- Subsídio de refeição (cláusula 67.ª, número 1): 9,72 eu-
Artigo 1.º ros.
6- .Seguro de acidentes pessoais (cláusula 68.ª, número 2):
Os anexos II e III do acordo de empresa publicado no 152 750,75 euros.
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 38, de 15 de outu- 7- Indemnização por morte resultante de acidente de traba-
bro de 2017 e respectivas revisões, publicadas no Boletim lho (cláusula 72.ª, número 2): 152 750,75 euros.
do Trabalho e Emprego, n.º 3, de 22 de janeiro de 2020 e 8- .Subsídio infantil (cláusula 88.ª, número 1): 25,93 euros.
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 13, de 8 de abril de 9- .Subsídio trimestral de estudo (cláusula 89.ª, número 1):
2021, passam a ter a redação seguinte, com efeitos retroacti- a) 1.º ciclo do ensino básico - 28,82 euros;
vos a 1 de janeiro de 2020, nos termos previstos no número b) 2.º ciclo do ensino básico - 40,73 euros;
4 da cláusula 3.ª do acordo de empresa: c) 3.º ciclo do ensino básico - 50,61 euros;
d) Ensino secundário - 61,47 euros;
ANEXO II e) Ensino superior - 70,43 euros.

Níveis de retribuição e outros valores pecuniários ANEXO III


1- Retribuição mínima de ingresso (cláusula 20.ª, número
2): Contribuições para o SAMS
a) Grupos A e B - 884,14 euros; 1- Valores das contribuições mensais para o SAMS nos
b) Grupo C - A correspondente à retribuição mínima men- termos da cláusula 92.ª (valores em euros):
sal garantida.
2- Tabela de níveis de retribuição de base (cláusula 20.ª, Por cada trabalhador no activo 129,12
número 3):
Por cada reformado 89,28
Retribuição base
Pelo conjunto de pensionistas associados a um
(em euros) 38,64
Nível trabalhador ou reformado falecido
A partir de 1 de janeiro de 2020 2- Às contribuições referidas no número anterior acrescem
duas prestações de igual montante, a pagar nos meses de
18 2 801,57
abril e novembro de cada ano.
17 2 533,23
Artigo 2.º
16 2 356,83
Para efeitos do disposto na lei, estima-se que sejam
15 2 171,26 abrangidos por este acordo cerca de 105 trabalhadores, os
quais se integram nas categorias e profissões constantes do
14 1 986,55
anexo I.
13 1 802,95
12 1 655,19 Lisboa, 25 de maio de 2021.

11 1 524,68 Pela 321 Crédito - Instituição Financeira de Crédito, SA:


10 1 363,73 Sandra Isabel Teixeira Campos, na qualidade de man-
9 1 254,27 datária.
Pedro Miguel Ribas Fontes Guimarães, na qualidade de
8 1 136,26 mandatário.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

Pelo Sindicato dos Bancários do Centro: salvo se alguma das partes o fizer cessar por comunicação
dirigida à outra com a antecedência mínima de 60 dias em
Gentil Reboleira Louro, na qualidade de mandatário.
relação à data do termo do período inicial ou de qualquer
João Miguel da Silva Lopes, na qualidade de mandatário.
renovação, caso em que cessa a sua vigência no termo do
Pelo Sindicato da Banca, Seguros e Tecnologias - MAIS período inicial ou da renovação que se encontre em curso.
SINDICATO: 4- Em caso de renovação nos termos do número anterior, a
tabela salarial, bem como as suas revisões e, em consequên-
Cristina Maria Damião de Jesus, na qualidade de man-
cia, as actualizações das diuturnidades e demais valores e
datária.
subsídios previstos nas cláusulas com expressão pecuniária
Humberto Miguel Lopes da Cruz de Jesus Cabral, na
neste acordo com excepção do cálculo das remunerações do
qualidade de mandatário.
trabalho suplementar, terão eficácia sempre a partir de 1 de
janeiro de cada ano.
Texto consolidado 5- Em caso de caducidade do presente acordo e até entrada
em vigor de novo instrumento de regulamentação colecti-
TÍTULO I va de trabalho, apenas se manterão em vigor, para além do
disposto na lei, as cláusulas relativas à retribuição mensal
Área, âmbito e vigência efectiva.

Cláusula 1.ª TÍTULO II

Âmbito geográfico Relações entre as partes outorgantes


O presente acordo de empresa, adiante designado por
acordo, aplica-se em todo o território português.
CAPÍTULO I
Cláusula 2.ª
Disposições gerais
Âmbito pessoal
1- O presente acordo aplica-se à 321 Crédito - Instituição Cláusula 4.ª
Financeira de Crédito, SA, adiante designada por empresa,
que exerce a sua actividade no sector financeiro (CAE prin- Execução do acordo
cipal 64921-R3 e CAE secundário 77110-R3), bem como a As partes comprometem-se a agir de boa-fé no cumpri-
todos os trabalhadores ao seu serviço filiados no Sindicato mento deste acordo.
dos Bancários do Centro e no Sindicato da Banca, Seguros
e Tecnologias - MAIS SINDICATO (antes denominado Cláusula 5.ª
Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas). Interpretação e integração do acordo
2- Para efeitos do disposto na lei, estima-se que sejam
abrangidos por este acordo cerca de 105 trabalhadores, os 1- É criada uma comissão com competência para interpre-
quais se integram nas categorias e profissões constantes do tar as disposições deste acordo e integrar as suas lacunas.
anexo I. 2- A comissão é composta por três elementos, sendo um
3- Aos trabalhadores que tenham passado à situação de nomeado pela FEBASE - Federação do Sector Financeiro,
reforma por invalidez ou velhice (ou invalidez presumível), outro pela empresa e um terceiro, que presidirá, nomeado
quando se encontravam ao serviço da empresa, aplicam-se unanimemente pelos outros dois.
as cláusulas deste acordo que expressamente o consignem. 3- Cada parte designa um elemento suplente, que substi-
tuirá o respectivo elemento efectivo nas suas faltas ou im-
Cláusula 3.ª pedimentos.
4- Os elementos da comissão podem ser substituídos a
Vigência, denúncia e revisão
todo o tempo.
1- O presente acordo entra em vigor, em todo o território 5- A comissão só pode deliberar desde que estejam presen-
português, no dia imediato ao da sua publicação no Boletim tes todos os elementos que a compõem.
do Trabalho e Emprego. 6- As deliberações tomadas por unanimidade consideram-
2- O período de vigência deste acordo é de 24 meses e o da -se, para todos os efeitos, como regulamentação deste acordo
tabela salarial é de 12 meses. e são depositadas e publicadas nos termos das convenções
3- Findos os aludidos períodos de vigência, o acordo reno- colectivas.
va-se por iguais períodos de 24 e 12 meses, respectivamente, 7- Na votação das deliberações não é permitida a absten-
ção.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

8- A comissão só funciona por iniciativa de uma das partes TÍTULO III


deste acordo, devendo a convocatória mencionar o assunto
a tratar. Regras aplicáveis aos contratos de trabalho
9- Os elementos da comissão podem ser assistidos por as-
sessores técnicos, sem direito a voto, até ao máximo de dois
por cada parte. CAPÍTULO I
10- A comissão deve estar constituída no prazo de sessenta
dias a contar da data da entrada em vigor deste acordo. Disposições gerais
11- Na sua primeira sessão a comissão elabora o seu pró-
prio regimento. SECÇÃO I
Cláusula 6.ª
Admissão e processo individual
Conflitos relativos às relações individuais de trabalho
A empresa e os trabalhadores podem, por acordo, e com Cláusula 9.ª
vista a uma maior celeridade processual, submeter a arbitra-
Condições e critérios de admissão
gem a resolução das questões emergentes das relações indi-
viduais de trabalho, nos termos da lei. Compete à empresa contratar os trabalhadores dentro dos
limites da lei e do presente acordo.
CAPÍTULO I Cláusula 10.ª

Actividade sindical Determinação da antiguidade


1- Para todos os efeitos previstos neste acordo, a antigui-
Cláusula 7.ª dade do trabalhador conta-se a partir da data da admissão na
empresa.
Exercício da actividade sindical
2- Por acordo entre a empresa e o trabalhador na data da
Os sindicatos têm direito a desenvolver atividade sindical celebração do contrato de trabalho podem ser considerados
na empresa, nos termos previstos na lei. tempos de serviço prestado a outras instituições de crédito ou
Cláusula 8.ª sociedades financeiras.
Cláusula 11.ª
Quotização sindical
1- A empresa desconta na retribuição dos trabalhadores Mudança de grupo
sindicalizados, que o autorizem, o montante das quotas por 1- Os trabalhadores podem mudar de grupo desde que
estes devidas ao sindicato e remetem-no ao mesmo até ao dia exista necessidade de recrutamento para o grupo em causa
dez do mês imediatamente seguinte. e reúnam os requisitos necessários para o exercício das no-
2- A autorização referida no número anterior pode ser dada vas funções, nomeadamente habilitações literárias e perfil de
a todo o tempo, em documento escrito, contendo o nome e competências.
assinatura do trabalhador, a identificação do sindicato e o va- 2- No caso de mudança de grupo, o trabalhador será in-
lor da quota estatutariamente estabelecido. tegrado no nível mínimo da respectiva categoria, salvo se
3- A declaração de autorização, bem como a respectiva re- possuir já nível superior, caso em que se manterá nesse nível.
vogação, produzem efeitos a partir do primeiro dia do mês
seguinte ao da sua entrega à empresa. Cláusula 12.ª
4- Até ao dia dez do mês seguinte a que respeitam, a em- Período experimental
presa deve enviar, em suporte informático, ao sindicato res-
O período experimental é regulado pelas disposições
pectivo, os mapas de quotização sindical, preenchidos com a
legais.
informação que permita proceder à verificação e conferência
dos valores processados em cada mês, de acordo com os im-
pressos ou desenho do suporte estabelecidos para o efeito Cláusula 13.ª
entre o sindicato e a empresa.
Processo individual
5- As anomalias eventualmente detectadas nos mapas ou
suportes informáticos, referidos no número 4, devem ser rec- 1- A cada trabalhador, corresponde um processo individu-
tificadas nos mapas ou suportes informáticos corresponden- al, donde constam os actos relativos à contratação, grupo,
tes ao segundo mês em que forem verificadas. nível de retribuição de base e demais prestações, funções de-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

sempenhadas, comissões de serviço e tarefas especiais reali- empresa, nos termos e condições previstos neste acordo e
zadas, licenças, sanções disciplinares e demais informações na lei.
profissionais relevantes. 2- Para além das funções previstas na lei, podem ser exer-
2- O processo do trabalhador pode ser, a todo o momento, cidas em regime de comissão de serviço, mediante acordo
consultado pelo próprio e, mediante autorização escrita des- escrito entre o trabalhador e a empresa, as funções de gestão,
te, pelo seu advogado ou pelas estruturas representativas dos de coordenação, e respectivo secretariado pessoal e ainda
trabalhadores. as de elevada qualificação técnica, assessoria ou aconselha-
3- O direito de consulta previsto no número anterior vigora mento pessoal dos titulares dos cargos de administração e de
durante dois anos após a cessação do contrato de trabalho, gestão directamente dependentes destes.
sem prejuízo da possibilidade de acesso a dados pessoais 3- O período de comissão de serviço conta para a antigui-
cuja guarda seja imposta por lei, independentemente do res- dade na categoria de origem.
pectivo suporte. 4- Durante o período de comissão de serviço, o trabalha-
dor tem direito a auferir as remunerações correspondentes às
SECÇÃO II funções que exerce.
5- Cessando, por qualquer motivo, a comissão de serviço
Modalidades de contrato sem reclassificação nas funções ou na categoria que exerceu,
o trabalhador retomará a categoria ou as funções que detinha
Cláusula 14.ª ou que, entretanto, tenha adquirido, tendo direito a receber
apenas, salvo acordo em contrário, a retribuição e benefícios
Regime geral de prestação de trabalho e trabalho a tempo parcial que auferiria se nesta se tivesse mantido durante o período de
1- Os trabalhadores ficam sujeitos à prestação de trabalho comissão de serviço.
em regime de tempo inteiro.
2- O estabelecido no número anterior não prejudica os re- SECÇÃO III
gimes especiais de trabalho previstos no presente acordo e
na lei. Deveres gerais do empregador e dos trabalhadores
3- Considera-se trabalho a tempo parcial o que correspon-
de a um período normal de trabalho semanal igual ou infe- Cláusula 17.ª
rior a 90 % do efectuado a tempo completo numa situação
comparável. Deveres da empresa
1- Para além dos deveres previstos na lei, são deveres es-
Cláusula 15.ª
pecíficos da empresa:
Contrato de trabalho a termo a) Prestar aos sindicatos, em tempo útil, mas não podendo
exceder 60 dias, todos os esclarecimentos de natureza pro-
1- Para além das situações previstas na lei, podem ser ce-
fissional que lhe sejam pedidos sobre trabalhadores ao seu
lebrados contratos a termo para a satisfação de necessidades
serviço, neles inscritos, e sobre quaisquer outros factos que
intermitentes de mão-de-obra, nomeadamente em centros de
se relacionem com o cumprimento do presente acordo;
atendimento, bem como no âmbito da promoção de produtos
b) Adoptar gradualmente as novas tecnologias com o ob-
e serviços.
jectivo de melhorar a produtividade e eficiência dos serviços,
2- Pode ainda ser celebrado contrato a termo nos seguintes
adequar as condições de trabalho a essas tecnologias e pro-
casos:
mover a formação tecnológica dos trabalhadores.
a) Lançamento de uma nova actividade de duração incerta,
2- A prestação de informação ao trabalhador pela empresa
bem como início de laboração de um estabelecimento;
no cumprimento das suas obrigações legais ou contratuais,
b) Contratação de trabalhadores à procura de primeiro
pode ser feita através de correio electrónico profissional do
emprego ou de desempregados de longa duração ou noutras
trabalhador, desde que esteja assegurada a confidencialida-
situações previstas em legislação especial de política de em-
de e segurança na transmissão e entrega da informação, sem
prego.
prejuízo da entrega de documento a pedido do trabalhador.
3- Nos casos previstos no número 1, o contrato a termo
pode ser celebrado por prazo inferior a 6 meses. Cláusula 18.ª
4- A empresa deve comunicar aos sindicatos, no prazo
máximo de cinco dias úteis, a celebração, com indicação do Deveres dos trabalhadores
respectivo fundamento legal, e a cessação dos contratos de 1- Para além dos deveres previstos na lei, constituem de-
trabalho a termo, salvo se os trabalhadores só consentirem veres específicos dos trabalhadores:
no referido envio aos sindicatos onde se encontram filiados. a) Estar no seu local de trabalho, de modo a iniciar este
último à hora fixada, sem prejuízo do disposto no número 3
Cláusula 16.ª
da cláusula 30.ª;
Comissão de serviço b) Quando colocados em funções de direcção ou chefia,
e sempre que lhes for solicitado pela respectiva hierarquia,
1- O exercício de funções em regime de comissão de ser-
informar dos méritos e qualidades profissionais dos traba-
viço pode ocorrer por acordo escrito entre o trabalhador e a

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

lhadores sob sua orientação, observando sempre escrupulosa 3- Aos níveis mínimos de retribuição de base a atribuir aos
independência e isenção; trabalhadores abrangidos pelo presente acordo correspon-
c) Cumprir todas as demais obrigações decorrentes do pre- dem os valores fixados na tabela constante do anexo II.
sente acordo.
Cláusula 21.ª
2- O trabalhador pode requerer que as ordens e instruções
que lhe são dadas sejam confirmadas por escrito, nos casos Promoções
em que o seu cumprimento o possa colocar em responsabi-
As promoções ao nível superior devem pautar-se por cri-
lidade disciplinar perante a empresa ou quando tais ordens
térios objectivos e transparentes que tenham em considera-
possam constituir violação dos seus direitos e garantias.
ção, entre outros, a avaliação de desempenho, o tempo de
Cláusula 19.ª experiência na função e na empresa, e a situação económica
e financeira da empresa.
Garantias dos trabalhadores
Cláusula 22.ª
1- É proibido à empresa:
a) Opor-se por qualquer forma, a que o trabalhador exerça Regulamentação interna do estatuto profissional
os seus direitos ou aplicar-lhe sanções por causa desse exer-
Sem prejuízo do disposto na cláusula 20.ª, a empresa
cício ou pelo cumprimento dos seus deveres sindicais;
pode criar funções específicas dentro de cada grupo e inte-
b) Exercer qualquer tipo de pressão sobre o trabalhador
grá-las nas categorias profissionais deste acordo.
para que atue no sentido de violar os direitos individuais ou
coletivos consignados neste acordo ou na lei; Cláusula 23.ª
c) Despromover ou diminuir a retribuição do trabalhador,
salvo o disposto na lei ou neste acordo; Estágio de acesso a nova categoria
d) Transferir o trabalhador para outro local de trabalho, 1- O acesso a categoria profissional diferente daquela em
salvo o disposto na cláusula 27.ª deste acordo ou com o acor- que o trabalhador se encontra pode ficar dependente de um
do do trabalhador; período de estágio, que será determinado consoante o tipo
e) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a utilizar ser- de função, mas que, em caso algum, pode exceder um ano.
viços fornecidos pela empresa ou por pessoas por ela indi- 2- O período de estágio conta para efeitos da antiguidade
cadas; na nova categoria se o trabalhador nela vier a ser investido
f) Explorar, com fins lucrativos, quaisquer cantinas, refei- definitivamente.
tórios, economatos ou outros estabelecimentos diretamente 3- Durante o período de estágio o trabalhador tem direito
relacionados com o trabalho para o fornecimento de bens ou à remuneração que teria se estivesse já na nova categoria.
prestação de serviços aos trabalhadores; 4- No caso de não ser confirmado na nova categoria após
g) Despedir sem justa causa o trabalhador. o período de estágio o trabalhador manterá todos os direi-
2- A violação do disposto no número anterior constitui a tos inerentes à categoria que desempenhava anteriormente,
empresa na obrigação de indemnizar o trabalhador por todos como se nela se tivesse mantido.
os prejuízos causados pela infração. Cláusula 24.ª

CAPÍTULO II Exercício de funções


1- O trabalhador deve exercer funções correspondentes à
Prestação do trabalho actividade para que foi contratado.
2- Nos termos da lei, a actividade contratada abrange ain-
da as funções compreendidas no grupo profissional em que o
SECÇÃO I
trabalhador se encontra integrado.
Estatuto profissional Cláusula 25.ª

Cláusula 20.ª Exercício temporário de funções de nível superior


1- O trabalhador designado temporariamente pelo compe-
Enquadramento nos grupos tente órgão de gestão por período superior a 30 dias consecu-
1- Os trabalhadores são enquadrados em três grupos: tivos, para exercer funções correspondentes a categoria cujo
a) Grupo A - Integra os trabalhadores com funções directi- nível mínimo seja superior ao nível em que está colocado,
vas ou de responsabilidade; tem direito a receber a retribuição daquele nível mínimo du-
b) Grupo B - Integra os trabalhadores com funções comer- rante todo o período que durar o referido exercício.
ciais e técnicas; 2- O exercício de funções a que se refere o número anterior
c) Grupo C - Integra os trabalhadores que exerçam profis- não pode exceder o período de 12 meses completos, cessan-
sões e funções operacionais e administrativas. do automaticamente decorrido esse período.
2- Os grupos referidos no número anterior compreendem 3- Para efeitos do disposto no número anterior, contar-se-
as categorias e respectivos níveis mínimos constantes do -ão como 12 meses completos qualquer período seguido ou
anexo I.

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a soma, num período de três anos, de períodos superiores ção prevista na lei, salvo se a empresa provar que da mudan-
a 30 dias consecutivos, desde que, em qualquer dos casos, ça não resulta prejuízo sério para o trabalhador.
o trabalhador tenha desempenhado a totalidade das funções 7- Nos casos previstos nos números 3, alínea b), e 4, a
inerentes ao respectivo posto de trabalho. empresa custeará sempre as despesas directamente impostas
4- A cessação do exercício de funções de nível superior, pela mudança de residência do trabalhador e das pessoas que
por motivo não imputável ao trabalhador, impede a afeta- com ele coabitem ou estejam a seu cargo, salvo quando a
ção do mesmo trabalhador antes de decorrido um período transferência for da iniciativa do trabalhador.
de tempo equivalente a um terço da duração do exercício de 8- Às transferências temporárias aplica-se o disposto na
funções de nível superior, incluindo renovações, cuja execu- lei.
ção se concretize no mesmo posto de trabalho ou em posto 9- Quando em resultado da transferência para outra locali-
de trabalho funcionalmente afim. dade, nos casos previstos nos números 3, alínea b), e 4, não
ocorra mudança de residência do trabalhador, mas se verifi-
Cláusula 26.ª
que acréscimo das despesas diárias de deslocação para e do
Avaliação de desempenho local de trabalho:
a) O trabalhador tem direito a ser ressarcido pela diferença
1- O desempenho profissional do trabalhador deve ser ob-
relativa aos respetivos custos dos transportes coletivos, caso
jeto de avaliação nos termos definidos pela empresa.
existam e tenham horário compatível com o seu horário de
2- O trabalhador deve ter conhecimento da sua avaliação,
trabalho;
sendo-lhe reconhecido o direito à reclamação devidamente
b) Na impossibilidade ou inadequação de horários de uti-
fundamentada.
lização de transportes coletivos, o trabalhador que utilizar
viatura própria será ressarcido pelo valor de 25 % do valor
SECÇÃO II estabelecido na lei para as deslocações, em viatura própria,
dos trabalhadores em funções públicas, aplicado:
Local de trabalho e transferências
i) ao acréscimo de quilómetros a percorrer em resultado da
transferência, ou
Cláusula 27.ª
ii) aos quilómetros a percorrer em resultado da transferên-
Local de trabalho e mobilidade geográfica cia, abatido do valor do título de transporte público que o
trabalhador deixe de utilizar.
1- A empresa e o trabalhador podem acordar, no momento
c) Ao trabalhador que tenha beneficiado, simultaneamente
da admissão, que o local de trabalho abrange qualquer loca-
com a transferência, de uma promoção de nível ou outra ver-
lidade do distrito de admissão ou de distrito contíguo identi-
ba acordada ou que disponha de meio de transporte facultado
ficado no contrato individual de trabalho.
pela empresa não se aplica o disposto nas alíneas a) e b)
2- Estando em causa o exercício de funções comerciais, a
anteriores.
empresa e o trabalhador podem acordar que o local de traba-
lho abrange mais do que um distrito. Cláusula 28.ª
3- Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, a em-
presa pode transferir o trabalhador para: Períodos normais de trabalho
a) Outro local de trabalho dentro do mesmo concelho ou 1- Salvo o disposto nos números seguintes e as situações
para qualquer localidade do concelho onde resida; em regime de trabalho parcial, os períodos normais de traba-
b) Qualquer outra localidade, mesmo fora do concelho lho diário e semanal são de sete e trinta e cinco horas, res-
onde trabalha ou reside, desde que não implique um aumen- petivamente.
to do tempo já despendido pelo trabalhador na deslocação 2- O período normal de trabalho pode ser definido em ter-
da residência para o seu local de trabalho ou, implicando, o mos médios, dentro dos seguintes condicionalismos:
tempo de deslocação não ultrapasse, em cada sentido, uma a) O período normal de trabalho diário pode ser aumen-
hora em transportes públicos ou em viatura disponibilizada tado até ao máximo de quatro horas, sem que a duração do
pela empresa. trabalho semanal exceda o limite de cinquenta e cinco horas;
4- Fora dos casos acima previstos, a empresa não pode b) O período normal de trabalho semanal não pode exce-
transferir o trabalhador para localidade diferente da do seu der 35 horas, em média, num período de quatro meses;
local de trabalho, se essa transferência causar prejuízo sério c) A empresa e o trabalhador podem acordar na redução da
ao trabalhador, salvo se a transferência resultar da mudança semana de trabalho em meio-dia, sem prejuízo do direito ao
total ou parcial do estabelecimento onde aquele presta ser- subsídio de almoço;
viço. d) No horário de trabalho diário devem ser observados os
5- Para os efeitos previstos no número 3, a empresa deve intervalos para alimentação e descanso a que se refere a cláu-
comunicar, por escrito, a transferência com a antecedência sula 30.ª
mínima de 30 dias. 3- O período normal de trabalho pode ser aumentado, den-
6- Quando a transferência resulte da mudança total ou par- tro dos seguintes condicionalismos:
cial do estabelecimento onde o trabalhador presta serviço, o a) O período normal de trabalho diário pode ser aumen-
trabalhador, que resolva o contrato, tem direito à indemniza- tado até ao máximo de quatro horas, sem que a duração do

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trabalho semanal exceda o limite de cinquenta e cinco horas; do de intervalo estabelecido no número 1, retomam o serviço
b) O aumento do número de horas semanais poderá efectu- com igual atraso.
ar-se através de dias completos, em vez de acréscimo de ho-
ras diárias em dias normais de trabalho, verificadas situações SECÇÃO III
de carácter excepcional;
c) A empresa deve comunicar ao trabalhador a necessida- Tempo de trabalho e adaptabilidade
de de prestação de trabalho em acréscimo com um mínimo
de três dias de antecedência, salvo em situações de manifesta Cláusula 31.ª
necessidade da empresa, caso em que aquela antecedência
pode não ser observada; Horário de trabalho
d) A compensação do trabalho prestado em acréscimo ao 1- O horário de trabalho é fixado pela empresa, entre as
período normal de trabalho será efetuada por redução equi- 8h00 e as 20h00, repartido por dois períodos fixos e com um
valente do tempo de trabalho, devendo a empresa avisar o intervalo de descanso.
trabalhador do tempo de redução com três dias de antece- 2- O estabelecimento de horário diário fora do período
dência, ou ainda por pagamento em dinheiro ou por ambas compreendido entre as 8h00 e as 20h00 depende da concor-
as modalidades; dância expressa do trabalhador.
e) A faculdade prevista no presente número poderá ser uti-
Cláusula 32.ª
lizada por iniciativa do trabalhador, mediante autorização da
empresa, devendo o trabalhador, nesse caso, solicitá-lo com Isenção de horário de trabalho
um aviso prévio de três dias, salvo em situações de manifesta
1- Por acordo escrito, podem exercer funções em regime
necessidade, caso em que aquela antecedência pode não ser
de isenção de horário de trabalho todos os trabalhadores da
observada;
empresa, em qualquer das modalidades previstas na lei.
f) As horas prestadas em acréscimo do tempo de trabalho
2- Os trabalhadores isentos de horário de trabalho, nas mo-
não compensadas até ao final do 1.º trimestre do ano civil
dalidades de não sujeição aos limites máximos do período
subsequente serão pagas de acordo com o valor da retribui-
normal de trabalho ou de possibilidade de determinado au-
ção horária;
mento do período normal de trabalho por dia ou por semana,
g) O descanso semanal obrigatório, a isenção de horário
têm direito a uma retribuição adicional no montante de 25 %
de trabalho e o trabalho suplementar não integram o regime
da retribuição de base.
previsto nas alíneas anteriores;
3- A isenção de horário de trabalho não prejudica o direito
h) O disposto nas alíneas anteriores não prejudica o gozo
aos dias de descanso semanal e aos feriados previstos neste
dos intervalos para alimentação e descanso a que se refere a
acordo.
cláusula 30.ª
4- O regime de isenção de horário de trabalho cessa nos
4- A empresa pode pôr termo aos regimes previstos nos
termos acordados ou, se o acordo for omisso, mediante de-
números anteriores, enviando comunicação escrita ao traba-
núncia de qualquer das partes feita com a antecedência mí-
lhador com a antecedência mínima de 30 dias.
nima de dois meses.
Cláusula 29.ª
Cláusula 33.ª
Registo dos tempos de trabalho
Salvaguarda de retribuição especial por isenção de
A empresa deve, nos termos da lei, manter um registo horário de trabalho
dos tempos de trabalho com as horas de início e de termo do 1- Os trabalhadores que à data de entrada em vigor do pre-
tempo de trabalho, que permita apurar o número de horas de sente acordo auferiam retribuição especial por isenção de
trabalho prestadas por trabalhador, por dia e por semana, em horário não podem, por aplicação do número 2 da cláusula
local acessível e que permita a sua consulta imediata. anterior, ver diminuído o montante que nessa data auferiam
Cláusula 30.ª àquele título.
2- Os trabalhadores que à data de entrada em vigor do pre-
Intervalos de descanso sente acordo auferiam retribuição especial por isenção de ho-
1- O período normal de trabalho diário é interrompido por rário de trabalho igual à remuneração correspondente a duas
um intervalo de uma hora para almoço e descanso, intervalo horas de trabalho suplementar por dia, não podem àquele
este que pode ter um período diferente, com duração não in- título, em caso algum e em qualquer momento, receber um
ferior a meia hora nem superior a duas horas, desde que com montante de valor inferior a 37,5 % da retribuição de base
o acordo expresso do trabalhador. acrescida das diuturnidades.
2- Salvo o disposto neste acordo, existe sempre um inter- Cláusula 34.ª
valo para descanso de trinta minutos por cada período de
cinco horas consecutivas, mesmo quando se trate de trabalho Horários de trabalho flexíveis
suplementar. 1- Sem prejuízo da duração do período normal de trabalho
3- Os trabalhadores que, por motivo imperioso e inadiável semanal, podem ser praticados horários flexíveis, nos termos
de serviço, não possam interromper o seu trabalho no perío- dos números seguintes.

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2- A prática de horários flexíveis não pode prejudicar a empresa e o trabalhador, não contando a interrupção como
prestação dos serviços ao público. tempo de trabalho.
3- A flexibilidade de horários pode desenvolver-se entre as 4- O estabelecimento destes horários depende do consenti-
8h00 e as 20h00 de segunda a sexta-feira. mento dos trabalhadores abrangidos.
4- A compensação das horas, para o cumprimento da du- 5- Os horários por turnos de seis horas consecutivas não
ração global do trabalho, deve efectuar-se dentro de cada se- prejudicam o direito a um descanso semanal obrigatório, e
mana, nos casos em que não possa efectuar-se no próprio dia, quinzenalmente, a um descanso semanal obrigatório e a um
salvo se a empresa anuir em maior prazo. descanso complementar sem prejuízo do disposto no número
5- Os horários flexíveis constam obrigatoriamente de ma- 4 da cláusula 39.ª
pas especiais, afixados em local visível do estabelecimento, 6- Os trabalhadores só podem ser mudados de turno após
com a relação actualizada dos trabalhadores abrangidos, fun- o descanso semanal.
ções ou serviços que desempenham e localização do serviço, 7- São motivos atendíveis para não inclusão nos turnos de
bem como a indicação do período fixo de permanência obri- noite, os seguintes:
gatória e do período de flexibilidade. a) Necessidade de prestar assistência inadiável e impres-
cindível ao respetivo agregado familiar;
Cláusula 35.ª
b) Frequência noturna de estabelecimento de ensino;
Actividades com horários de trabalho especiais c) Residência distante do local de trabalho e impossibili-
dade comprovada de dispor de transporte adequado;
1- Sem prejuízo da duração do período normal de trabalho
d) Situação de parentalidade, nos termos da lei.
diário, a empresa pode determinar horários de trabalho dife-
8- A empresa deve ter registo separado dos trabalhadores
renciados ou por turnos, nos seguintes serviços:
incluídos em cada turno.
a) Unidades de laboração contínua, sendo como tal con-
sideradas: (i) os serviços de informática; (ii) os centros de Cláusula 37.ª
contacto, cobrança, atendimento e prestação de serviços por
telefone, videoconferência ou internet; (iii) os serviços de Mapas de horário
manutenção e apoio às instalações da empresa; (iv) outras A empresa disponibiliza ao respectivo sindicato, median-
áreas de trabalho que, pela natureza do serviço prestado, te solicitação deste, os mapas de horário a que se referem as
pressuponham trabalho continuado temporária ou perma- cláusulas 34.ª a 36.ª
nentemente;
Cláusula 38.ª
b) Outros serviços distintos dos referidos na alínea ante-
rior, desde que isso se torne necessário ao melhor aproveita- Regime geral do trabalho suplementar
mento dos recursos materiais e humanos.
1- Ao trabalho suplementar prestado na empresa é aplicá-
2- Para efeitos desta cláusula entende-se por:
vel o disposto na lei com as especificidades constantes dos
a) Horário de trabalho diferenciado: aquele em que a pres-
números seguintes.
tação de trabalho se efectiva em períodos diários, interrupta
2- Cada trabalhador não pode prestar mais de:
ou ininterruptamente, com horas de entrada e saída fixas, e
a) 200 horas de trabalho suplementar por ano;
em que, pelo menos, um deles se situa fora do intervalo entre
b) 2 horas por dia normal de trabalho;
as 8h00 e as 20h00;
c) Um número de horas igual ao período normal de traba-
b) Horário por turnos: aquele em que a prestação de traba-
lho diário em dia de descanso semanal e nos feriados, salvo
lho se efectua em períodos diários sucessivos, ininterrupta-
caso de força maior.
mente ou não, e em que os trabalhadores mudam de horário
3- A nível global da empresa não pode ser ultrapassado o
segundo uma escala pré-estabelecida.
total anual de trabalho suplementar correspondente a 20 %
3- Fora das situações previstas nos números anteriores po-
do máximo possível, se todos os trabalhadores atingissem o
dem ser estabelecidos horários de trabalho diferenciados ou
número de horas previsto no número 2.
por turnos por acordo expresso entre a empresa e o traba-
4- A prestação de trabalho suplementar tem de ser prévia e
lhador.
expressamente determinada pela empresa ou consentida pela
Cláusula 36.ª hierarquia, sob pena de não ser exigível o respetivo paga-
mento.
Regime geral de trabalho por turnos 5- É exigível o pagamento de trabalho suplementar cuja
1- Os turnos podem ser fixos ou rotativos. prestação tenha sido prévia e expressamente determinada, ou
2- O período diário de trabalho pode ser de seis horas con- realizada de modo a não ser previsível a oposição do empre-
secutivas ou de sete a dez horas com um ou dois intervalos gador.
de descanso, mas o limite máximo do período normal de 6- Os trabalhadores estão obrigados à prestação de traba-
trabalho semanal previsto no número 1 da cláusula 28.ª não lho suplementar, salvo quando, havendo motivos atendíveis,
pode ser ultrapassado. expressamente solicitem a sua dispensa. Consideram-se, de-
3- O período diário de trabalho de seis horas, referido no signadamente, motivos atendíveis:
número anterior, pode ser interrompido por acordo entre a a) Assistência inadiável e imprescindível ao agregado fa-
miliar;

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b) Frequência de estabelecimento de ensino ou preparação Cláusula 41.ª


de exames nos termos da lei;
c) Residência distante do local de trabalho e impossibili- Feriados
dade comprovada de dispor de transporte adequado. Além dos feriados obrigatórios são observados a Terça-
7- Não estão sujeitos à obrigação estabelecida no número -Feira de Carnaval e o feriado municipal da localidade.
anterior os trabalhadores:
Cláusula 42.ª
a) Com deficiência ou doença crónica;
b) Ao abrigo do regime da parentalidade, nos termos da Duração do período de férias
lei.
1- O período anual de férias é de 25 dias úteis, não ha-
vendo lugar a quaisquer acréscimos, sem prejuízo dos casos
SECÇÃO IV especiais de duração do período de férias previstos na lei.
2- Para efeitos de férias, a contagem dos dias úteis com-
Descanso semanal, férias e feriados preende os dias de semana de segunda-feira a sexta-feira,
com exclusão dos feriados, não sendo como tal considerados
Cláusula 39.ª o sábado e o domingo.
Descanso semanal e descansos compensatórios
3- O direito a férias é irrenunciável e o seu gozo efetivo
não pode ser substituído por qualquer compensação econó-
1- Salvo disposição em contrário, expressamente consig- mica ou outra, ainda que com o acordo do trabalhador, salvo
nada neste acordo ou em contrato individual de trabalho, os o disposto na lei.
trabalhadores têm direito a um dia de descanso semanal obri- 4- O direito a férias adquire-se em virtude do trabalho
gatório ao domingo e a um dia de descanso complementar prestado em cada ano civil e vence-se no dia 1 de janeiro do
ao sábado. ano civil subsequente, salvo o disposto no número seguinte.
2- Os trabalhadores que prestem trabalho, total ou parcial- 5- No ano de admissão, e decorrido o período experimen-
mente, no dia de descanso semanal obrigatório, têm direito tal, o trabalhador tem direito, após seis meses completos de
a um dia completo de descanso, dentro dos três dias úteis execução do contrato, a gozar dois dias úteis de férias por
imediatos. cada mês de duração do contrato.
3- Os trabalhadores que prestem trabalho suplementar: 6- Os períodos de descanso compensatório podem ser go-
a) Em dia de descanso complementar ou feriado, têm zados cumulativamente com as férias previstas nesta cláusu-
direito a descanso compensatório remunerado nos termos la, sob opção do trabalhador.
deste acordo, correspondente a 25 % das horas de trabalho
realizadas; Cláusula 43.ª
b) Em dia útil, têm direito a descanso compensatório re-
Férias dos trabalhadores em regime de licença sem retribuição
munerado nos termos deste acordo, correspondente a 10 %
das horas de trabalho suplementar realizadas; 1- O direito a férias já vencido não pode ser prejudicado
c) Os períodos de descanso compensatório referidos nas pela utilização do regime de licença sem retribuição.
alíneas anteriores vencem-se quando se perfaça um número 2- Se se verificar a impossibilidade, total ou parcial, do
de horas igual ao período normal de trabalho diário e podem gozo do direito a férias já vencido, o trabalhador tem direito
ser gozados cumulativamente com as férias, sob opção dos à retribuição correspondente ao período de férias não gozado
trabalhadores. e respectivo subsídio.
4- Nos casos previstos no número 1 da cláusula 35.ª, os 3- No ano do regresso ao serviço, após o gozo de licença
dias de descanso semanal deverão, na medida do possível, sem retribuição, o trabalhador tem direito, após seis meses
coincidir periodicamente com o sábado e o domingo e, no completos de execução do contrato, a gozar dois dias úteis de
mínimo, uma vez em cada mês. férias por cada mês completo de trabalho prestado nesse ano.
Cláusula 40.ª Cláusula 44.ª

Regime de prestação de trabalho normal ao sábado Férias seguidas ou interpoladas

1- O dia de descanso complementar pode não ser o sábado As férias devem ser gozadas sem interrupção, salvo acor-
ou não coincidir com a totalidade do sábado, nos seguintes do entre a empresa e o trabalhador para o seu gozo interpo-
casos: lado, devendo, neste caso, ser assegurado o gozo seguido de,
a) Quando o trabalhador exerça a sua atividade em áreas pelo menos, quinze dias do período de férias.
de trabalho cujo funcionamento não possa ser interrompido; Cláusula 45.ª
b) Quando o trabalhador tenha sido expressamente contra-
tado para trabalhar ao sábado; Marcação do período de férias
c) Em qualquer outra situação desde que com o acordo do 1- A nenhum trabalhador pode ser imposto o gozo de fé-
trabalhador. rias fora do período compreendido entre 2 de maio e 31 de
2- Nos casos previstos no número anterior, o descanso outubro, salvo nos casos previstos neste acordo.
complementar é gozado na segunda-feira seguinte. 2- As férias são marcadas segundo um plano que assegu-

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re o funcionamento dos serviços e permita, rotativamente, a Cláusula 47.ª


utilização dos períodos mais pretendidos.
3- A marcação do período de férias deve ser feita por acor- Férias no ano de cessação do contrato
do entre os trabalhadores do mesmo local de trabalho e a 1- Cessando o contrato de trabalho por qualquer motivo,
empresa. incluindo a morte do trabalhador, a empresa paga a retribui-
4- Na falta de acordo, cabe à empresa a marcação das fé- ção e o subsídio correspondentes ao período de férias venci-
rias nos termos das disposições legais aplicáveis. do, se o trabalhador ainda o não tiver gozado, e, bem assim, a
5- Os trabalhadores pertencentes ao mesmo agregado fa- retribuição e o subsídio de férias proporcionais ao tempo de
miliar, que se encontrem ao serviço da empresa, têm direito trabalho prestado no ano da cessação do contrato.
a gozar férias simultaneamente, sem prejuízo do disposto no 2- O período de férias não gozado por motivo de cessação
número 2 e dos interesses dos demais trabalhadores. do contrato conta-se sempre para efeitos de antiguidade.
6- As férias são gozadas no decurso do ano civil em que 3- Da aplicação do disposto nos números anteriores ao
se vencem, não sendo permitido acumular, no mesmo ano, contrato cuja duração não atinja, por qualquer causa, doze
férias de dois ou mais anos, salvo o disposto na lei ou neste meses, ou ao contrato que cesse no ano subsequente ao da
acordo. admissão, não pode resultar um período de férias superior ao
7- O mapa de férias, com indicação do início e termo dos proporcional à duração do vínculo, sendo esse período con-
períodos de férias de cada trabalhador, deve ser elaborado siderado para efeitos de retribuição, subsídio e antiguidade.
até 15 de abril de cada ano e afixado ou disponibilizado em
Cláusula 48.ª
suporte informático.
Cláusula 46.ª Suspensão de férias
1- O gozo das férias não se inicia ou suspende-se quando
Alteração da marcação do período de férias ou do gozo de férias o trabalhador esteja temporariamente impedido por doença
1- A alteração dos períodos de férias já estabelecidos e a ou outro facto que não lhe seja imputável, desde que haja
interrupção dos já iniciados são permitidas com fundamento comunicação e prova do mesmo à empresa.
em justificadas razões do trabalhador ou em necessidade im- 2- No caso referido no número anterior, o gozo das férias
periosa da empresa. tem lugar após o termo do impedimento na medida do rema-
2- No caso de alteração do período de férias, deve obser- nescente do período marcado, devendo o período correspon-
var-se o disposto nos números 3, 4 e 5 da cláusula anterior. dente aos dias não gozados ser marcado por acordo ou, na
3- A alteração ou interrupção do período de férias, por falta deste, pela empresa, sem sujeição ao disposto no núme-
motivo de interesse da empresa, nunca pode implicar a mar- ro 1 da cláusula 45.ª
cação desse período, ou do tempo restante, fora dos meses 3- Em caso de impossibilidade total ou parcial do gozo de
referidos na cláusula anterior, salvo com o acordo expresso férias por motivo de impedimento não imputável ao traba-
do trabalhador e sem prejuízo do gozo seguido de metade do lhador, este tem direito ao gozo do mesmo até 30 de abril do
período de férias. ano seguinte e ao respetivo subsídio.
4- A alteração ou interrupção dos períodos de férias con- 4- Se a situação que determina a suspensão das férias se
siderados no número anterior constituem a empresa na obri- prolongar para além de 30 de abril do ano civil subsequente
gação de indemnizar o trabalhador pelos prejuízos com- ou o início do respetivo gozo não se verificar até àquela data,
provadamente sofridos, na pressuposição de que gozaria o trabalhador tem direito à retribuição correspondente ao pe-
integralmente as férias na época fixada. ríodo de férias não gozado.
5- Quando, em razão do interesse da empresa um trabalha- 5- A prova da situação de doença do trabalhador é feita por
dor for transferido de serviço ou de local de trabalho após a declaração de estabelecimento hospitalar, ou centro de saúde
marcação do seu período de férias, este só pode ser alterado ou ainda por atestado médico.
com o seu acordo. 6- Sempre que entenda, pode a empresa proceder ou re-
6- O início do período de férias é diferido quando o tra- querer a verificação das situações de impedimento, nos ter-
balhador, nessa data, estiver temporariamente impedido por mos previstos na lei.
motivo que não lhe seja imputável. 7- O disposto no número 1 desta cláusula não se aplica ao
7- No caso de trabalhadores em situação de suspensão por trabalhador que não faça prova ou se oponha à verificação da
impedimento prolongado, o período de férias, que exceda o situação de impedimento nos termos dos números anteriores.
número de dias contados desde o seu início e o termo desse 8- As licenças por situação de risco clínico durante a gra-
ano civil, é gozado até 30 de abril do ano civil imediato. videz, por interrupção de gravidez, por adoção e licença pa-
8- No caso de, por manutenção da situação de impedimen- rental em qualquer modalidade suspendem o gozo das férias,
to prolongado ou por interesse da empresa, se verificar a im- devendo os dias remanescentes ser gozados após o seu ter-
possibilidade do gozo do período de férias conforme previsto mo, mesmo que tal se verifique no ano seguinte.
no número anterior, a retribuição correspondente aos dias de 9- Nas situações de luto, por falecimento de pais, filhos,
férias não gozados será paga no mês de maio. pais e filhos adotivos, cônjuge não separado de pessoas e

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bens ou irmãos do trabalhador, pelos períodos estabelecidos 4- Aplica-se o disposto na alínea a) do número anterior ao
nas alíneas a) e b) do número 3 da cláusula seguinte, as férias falecimento de pessoa que viva em união de facto com o tra-
não se iniciam ou, se iniciadas, interrompem-se, devendo o balhador nos termos previstos na lei aplicável e no presente
período correspondente aos dias não gozados ser marcado acordo.
por acordo ou, na falta deste, pela empresa, sem sujeição ao 5- Se no dia do conhecimento dos eventos previstos nas
disposto na cláusula 45.ª alíneas a) e b) do número 3 e número 4 o trabalhador estiver
ao serviço, esse dia não conta para o cômputo do número de
SECÇÃO V dias a que o trabalhador tiver direito a faltar.
6- Nos casos previstos na alínea d) do número 2, se o im-
Faltas pedimento do trabalhador se prolongar para além de um mês,
aplica-se o regime de suspensão da prestação de trabalho por
Cláusula 49.ª impedimento prolongado.
7- Nos casos previstos na alínea e) do número 2, as faltas
Tipos de faltas dadas para além do limite legal podem ser autorizadas pela
1- As faltas podem ser justificadas ou injustificadas. empresa, ao abrigo do disposto na alínea i) do mesmo nú-
2- São consideradas faltas justificadas: mero.
a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casa- 8- São consideradas injustificadas todas as faltas não pre-
mento; vistas nos números anteriores.
b) As motivadas por falecimento do cônjuge, parentes ou
Cláusula 50.ª
afins, nos termos dos números 3 e 4;
c) As motivadas pela prestação de provas em estabeleci- Efeitos das faltas
mentos de ensino, nos termos da legislação aplicável; 1- As faltas justificadas não determinam perda ou prejuí-
d) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho zo de quaisquer direitos ou garantias do trabalhador, salvo o
devido a facto que não seja imputável ao trabalhador, nome- disposto no número 2 desta cláusula.
adamente doença, acidente ou cumprimento de obrigações 2- Determinam perda de retribuições as seguintes faltas
legais; mencionadas no número 2 da cláusula anterior:
e) As motivadas pela necessidade de prestação de assis- a) As previstas na alínea h), nos termos da legislação es-
tência inadiável e imprescindível a membros do agregado pecífica aplicável;
familiar do trabalhador, nos termos previstos na lei e neste b) As previstas na alínea i), sem prejuízo de decisão con-
acordo; trária da empresa;
f) As ausências não superiores a 4 horas e só pelo tem- c) As previstas na alínea j) quando excederem o limite
po estritamente necessário, justificadas pelo responsável de para o efeito previsto na lei, sem prejuízo de decisão contrá-
educação do menor, uma vez por trimestre, para deslocação ria da empresa;
à escola tendo em vista inteirar-se da situação educativa do d) As dadas por motivo de doença ou acidente de trabalho.
filho menor; 3- As faltas injustificadas determinam sempre perda da
g) As dadas, nos termos da lei e deste acordo, pelos traba- retribuição correspondente ao período de ausência, o qual
lhadores eleitos para as estruturas de representação colectiva; é descontado, para todos os efeitos, na antiguidade do tra-
h) As dadas por candidatos a eleições para cargos públi- balhador, sem prejuízo de poderem constituir infração dis-
cos, nos termos legais; ciplinar.
i) As autorizadas ou aprovadas pela empresa; 4- A falta injustificada a um ou meio período normal de
j) As que por lei forem como tal qualificadas; trabalho diário, imediatamente anterior ou posterior a dia de
k) As ausências pelo tempo indispensável para que os ele- descanso ou a feriado, determina igualmente perda de retri-
mentos das listas concorrentes por ocasião da campanha, buição dos dias de descanso ou feriados imediatamente an-
apresentem os seus programas de candidatura, até ao limite, teriores ou posteriores ao dia ou meio dia em falta, mediante
por cada acto eleitoral, de 15 dias úteis para a direcção e comunicação prévia ao trabalhador.
mesa da assembleia geral dos sindicatos e de 3 dias úteis para
os demais órgãos. Cláusula 51.ª
3- Nos termos da alínea b) do número anterior, o trabalha-
Comunicação e prova das faltas
dor pode faltar justificadamente:
a) Cinco dias consecutivos por falecimento de cônjuge 1- As faltas justificadas, quando previsíveis, são obriga-
não separado de pessoas e bens ou parente ou afim no pri- toriamente comunicadas à empresa com a antecedência de
meiro grau da linha recta (pais, filhos, pais e filhos adoptivos, 5 dias.
padrastos e madrastas, enteados, sogros e sogras, genros e 2- Quando imprevisíveis, as faltas justificadas são obriga-
noras); toriamente comunicadas à empresa logo que possível.
b) Dois dias consecutivos por falecimento de outro parente 3- A empresa pode, em qualquer caso de falta justificada,
ou afim na linha recta ou em segundo grau da linha colateral exigir ao trabalhador prova dos factos invocados para a jus-
(avós, bisavós, netos e bisnetos, do trabalhador ou do cônju- tificação.
ge, irmãos e cunhados). 4- O não cumprimento das obrigações impostas nos núme-
ros anteriores torna as faltas injustificadas.

3470
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Cláusula 52.ª 3- A empresa pode, nomeadamente quando a área da for-


mação seja coincidente, afim ou relevante para a actividade
Efeitos das faltas no direito a férias desempenhada, conceder aos trabalhadores referidos nesta
1- As faltas, justificadas ou injustificadas, não têm qual- cláusula um subsídio mensal de estudo no montante fixado
quer efeito sobre o direito a férias do trabalhador, salvo o no anexo II ao presente acordo.
disposto no número seguinte. 4- Quando o subsídio de estudo seja devido ou concedido
2- Nos casos em que as faltas determinem perda de retri- pela empresa, o mesmo será pago de outubro de cada ano a
buição, esta pode ser substituída, se o trabalhador expressa- setembro, inclusive, do ano seguinte, ou durante o período
mente assim o preferir, por perda de dias de férias, na propor- de duração do curso, se diferente do anterior.
ção de um dia de férias por cada dia de falta, desde que seja 5- Nos casos em que os exames finais tenham sido substi-
salvaguardado o gozo efetivo de vinte dias úteis de férias ou tuídos por testes ou provas de avaliação de conhecimentos,
da correspondente proporção e sem prejuízo do pagamento, os trabalhadores estudantes podem faltar, até ao limite de 2
por inteiro, do subsídio de férias. dias por disciplina e ano lectivo e 1 dia por cada prova, acres-
cido do tempo necessário à deslocação.
Cláusula 53.ª
Cláusula 57.ª
Véspera de Natal
Os trabalhadores estão dispensados do cumprimento do Requisitos para fruição das regalias concedidas
aos trabalhadores-estudantes
dever de assiduidade na véspera de Natal.
1- Para beneficiar das regalias estabelecidas na cláusula
SECÇÃO VI anterior, incumbe ao trabalhador estudante:
a) Fazer prova, junto da empresa, da frequência do ensino
Suspensão da prestação de trabalho por básico, secundário ou equivalente ou de curso superior, poli-
impedimento prolongado técnico ou universitário;
b) Comprovar a assiduidade às aulas, no fim de cada perí-
Cláusula 54.ª odo, e o aproveitamento escolar, em cada ano.
2- Para poder continuar a usufruir das regalias estabeleci-
Suspensão por impedimento prolongado respeitante ao trabalhador das na cláusula anterior, deve o trabalhador estudante con-
Quando o trabalhador esteja temporariamente impedido cluir com aproveitamento, nos termos do número seguinte,
por facto que não lhe seja imputável, nomeadamente por do- o ano escolar ao abrigo de cuja frequência beneficia dessas
ença ou acidente, e o impedimento se prolongue por mais mesmas regalias.
de um mês, cessam os direitos, deveres e garantias das par- 3- Para os efeitos do número anterior, considera-se apro-
tes, na medida em que pressuponham a efetiva prestação de veitamento escolar o trânsito de ano ou a aprovação em,
trabalho sem prejuízo das disposições legais ou contratuais pelo menos, 80 % das disciplinas que compõem o currículo
sobre segurança social. do ano em que o trabalhador estudante estiver matriculado,
arredondando-se por defeito este número, quando necessá-
Cláusula 55.ª rio, e considerando-se falta de aproveitamento a desistência
voluntária de qualquer disciplina, excepto se justificada por
Licença sem retribuição
doença prolongada, parto ou impedimento legal.
1- Sem prejuízo do disposto na lei, ao trabalhador pode ser
concedida, a seu pedido, licença sem retribuição, por período
CAPÍTULO III
determinado.
2- Durante o período de licença sem retribuição, o trabalha-
Retribuição e outras prestações patrimoniais
dor figura no mapa a que se refere o número 4 da cláusula 8.ª
Cláusula 58.ª
SECÇÃO VII
Definição de retribuição
Regimes especiais 1- Só se considera retribuição aquilo a que, nos termos
deste acordo, das normas que o regem ou dos usos, o traba-
Cláusula 56.ª lhador tem direito como contrapartida do seu trabalho.
Regalias do trabalhador estudante
2- A retribuição compreende a remuneração base e todas
as outras prestações regulares e periódicas feitas, direta ou
1- Com vista à sua promoção cultural e profissional, os tra- indiretamente, em dinheiro ou espécie.
balhadores beneficiam do pagamento da importância corres- 3- Até prova em contrário, presume-se constituir retribui-
pondente ao valor das propinas ou mensalidades do ensino ção toda e qualquer prestação da empresa ao trabalhador.
básico ou secundário oficial. 4- Para os efeitos deste acordo, considera-se ilíquido o va-
2- Tratando-se de cursos de licenciatura, pós-licenciatura lor de todas as prestações pecuniárias nele estabelecidas.
ou de especialização, a empresa pode comparticipar os mes-
mos.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

Cláusula 59.ª é-lhe liquidado 1/25 da retribuição mensal efectiva, a título


de subsídio de férias.
Classificação da retribuição 3- O valor do subsídio de férias é sempre o da maior retri-
1- Para os efeitos deste acordo entende-se por: buição mensal efectiva que ocorrer no ano do gozo das fé-
a) Retribuição mínima de ingresso: a fixada nos termos da rias, acrescida das demais prestações retributivas que sejam
cláusula 20.ª para os trabalhadores dos grupos A, B e C e contrapartida do modo específico de execução do trabalho.
constante do anexo II ao presente acordo; 4- O subsídio de férias é pago de uma só vez antes do iní-
b) Retribuição de base: a fixada na tabela constante do cio das férias.
anexo II;
Cláusula 63.ª
c) Retribuição mínima mensal: a retribuição de base,
acrescida das diuturnidades a que o trabalhador tenha direito; Subsídio de Natal
d) Retribuição mensal efectiva: a retribuição ilíquida men-
1- Todos os trabalhadores têm direito a um subsídio de
sal percebida pelo trabalhador.
Natal correspondente a um mês de valor igual à maior retri-
2- A retribuição mensal efectiva compreende:
buição mensal efectiva que ocorrer no ano a que respeitar,
a) A retribuição de base;
acrescida das demais prestações retributivas que sejam con-
b) As diuturnidades;
trapartida do modo específico de execução do trabalho.
c) Os subsídios de função previstos neste acordo;
2- Nos casos previstos na lei, o valor do subsídio de Natal
d) Qualquer outra prestação paga mensalmente e com ca-
é proporcional ao tempo de serviço prestado no ano civil a
rácter de permanência por imperativo da lei ou deste acordo,
que respeita.
como contrapartida do trabalho prestado.
3- O subsídio de Natal vence-se no dia 15 de dezembro,
3- Sem prejuízo do disposto na lei, não revestem carácter
mas é pago, por antecipação, conjuntamente com a retribui-
retributivo, designadamente, as seguintes prestações:
ção do mês de novembro.
a) Remuneração por trabalho suplementar;
b) Reembolsos de despesas e outros abonos devidos por Cláusula 64.ª
viagens, deslocações, transportes, instalação e outros equi-
valentes; Remuneração de trabalho nocturno
c) Subsídios infantil, de estudo e de trabalhador estudante; 1- A remuneração de trabalho nocturno, quer normal, quer
d) Subsídio de refeição; suplementar, é superior em 25 % à retribuição a que dá direi-
e) Participação nos lucros de exercício; to trabalho equivalente prestado durante o dia.
f) Gratificações concedidas pela empresa como recompen- 2- O suplemento da retribuição por trabalho nocturno é
sa ou prémio pelos serviços do trabalhador, independente- igualmente devido aos trabalhadores especialmente contra-
mente do respetivo título. tados para trabalhar de noite.
Cláusula 60.ª Cláusula 65.ª

Cálculo da retribuição horária e diária Remuneração de trabalho suplementar


1- Sem prejuízo do disposto na cláusula seguinte, a retri- 1- Sem prejuízo do disposto na cláusula 61.ª do presente
buição horária é calculada segundo a seguinte fórmula: acordo, o trabalho suplementar, prestado em dia normal de
trabalho, é retribuído nos termos seguintes:
(Rm x 12) : (52 x n)
a) Diurno:
sendo Rm a retribuição mensal efectiva e n o período normal i) 1.ª hora - Retribuição/hora acrescida de 50 % = 150,00 %
de trabalho semanal. ii) 2.ª hora e subsequentes - Retribuição/hora acrescida de
2- A retribuição diária é igual a 1/30 da retribuição mensal 75 % = 175,00 %
efectiva. b) Nocturno:
i) 1.ª hora - Retribuição/hora acrescida de 87,5 % =
Cláusula 61.ª
187,50 %
Cálculo dos acréscimos remuneratórios ii) 2.ª hora e subsequentes - Retribuição/hora acrescida de
118,75 % = 218,75 %
Os acréscimos remuneratórios devidos por trabalho noc-
2- Sempre que o trabalho suplementar se prolongue para
turno e trabalho suplementar têm por base de cálculo a re-
além das 20h30, o trabalhador tem direito a um subsídio de
tribuição de base e diuturnidades, salvo disposição expressa
jantar de montante igual ao do disposto no número 1 da cláu-
em contrário deste acordo ou de norma imperativa.
sula 67.ª
Cláusula 62.ª 3- O trabalho prestado em dias de descanso semanal e em
feriados dá direito a uma retribuição calculada nos termos da
Retribuição e subsídio de férias fórmula seguinte e que acresce à retribuição mensal efectiva:
1- Todos os trabalhadores têm direito a receber, durante as
2 x Rhn x T
férias, uma retribuição igual à que receberiam se estivessem
ao serviço. sendo Rhn = valor da retribuição da hora normal e T = nú-
2- Por cada dia de férias a que o trabalhador tiver direito, mero de horas de trabalho prestado em cada um desses dias.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

4- O trabalho prestado em dias de descanso semanal e em Cláusula 68.ª


feriados, que exceda sete horas por dia, dá direito a uma re-
tribuição calculada nos termos da fórmula seguinte e que Deslocações
acresce à retribuição mensal efetiva: 1- Os trabalhadores que se desloquem em serviço e que
incorram em despesas por conta da empresa têm direito a
2,5 x Rhn x T
ser reembolsados, contra apresentação dos respectivos do-
sendo Rhn = valor da retribuição da hora normal e T = nú- cumentos justificativos, nos termos definidos pela empresa e
mero de horas de trabalho prestado em cada um desses dias em vigor em cada momento.
para além das sete. 2- Nas deslocações para fora do local de trabalho contratu-
5- Sempre que o trabalhador preste trabalho em dias de almente definido, os trabalhadores beneficiam de um seguro
descanso semanal e em feriados, terá direito ao subsídio de de acidentes pessoais com o valor fixado no anexo II ao pre-
almoço nos termos da cláusula 67.ª e, se o trabalho se prolon- sente acordo.
gar para além das 20h30, tem direito também a um subsídio 3- A indemnização decorrente do seguro referido no nú-
de jantar de igual montante. mero anterior não é cumulável com a resultante de acidentes
de trabalho.
Cláusula 66.ª
4- O pagamento da indemnização por acidentes pesso-
Diuturnidades ais, previsto nesta cláusula, não prejudica os direitos de
Segurança Social, contemplados no presente acordo.
1- Todos os trabalhadores em regime de tempo completo
têm direito a uma diuturnidade no valor constante do anexo Cláusula 69.ª
II, por cada cinco anos de serviço efetivo, contados desde a
data da sua admissão. Prémio de final de carreira
2- O regime de diuturnidades é limitado a sete diuturni- 1- À data da passagem à situação de reforma, por invalidez
dades. ou velhice, o trabalhador terá direito a um prémio no valor
3- Os trabalhadores em regime de tempo parcial têm di- igual a 1,5 vezes a retribuição mensal efectiva auferida na-
reito a diuturnidades de valor proporcional ao horário com- quela data.
pleto. 2- Em caso de morte no activo, será pago um prémio apu-
4- Os efeitos das diuturnidades reportam-se ao primeiro rado nos termos do número 1 e com referência à retribuição
dia do mês em que se vencem. mensal efectiva que o trabalhador auferia à data da morte.
5- A aplicação deste regime não pode implicar uma redu- 3- O trabalhador que tenha recebido um proporcional de
ção do montante que, à data da entrada em vigor do presente 3/5 ou 4/5 do prémio de antiguidade correspondente a três
acordo, os trabalhadores aufiram a título de diuturnidades, meses de retribuição mensal efectiva, conforme disposto no
sem prejuízo dos casos em que haja alteração de nível remu- ACT do sector bancário ora revogado e na cláusula 96.ª, terá
neratório, data a partir de cuja alteração se aplicará o dispos- direito a um prémio de final de carreira no valor proporcional
to na presente cláusula. igual a, respectivamente, 6/5 ou 3/5 da retribuição mensal
6- O montante das diuturnidades referido no número ante- efectiva.
rior será actualizado pela mesma percentagem e nas mesmas 4- O prémio referido nos números 1 e 2 não é devido ao
datas que o forem as diuturnidades previstas no número 1 da trabalhador que tenha recebido o prémio de antiguidade
presente cláusula. correspondente a três meses de retribuição mensal efectiva,
conforme disposto no ACT do sector bancário ora revogado.
Cláusula 67.ª

Subsídio de refeição CAPÍTULO IV


1- A todos os trabalhadores é atribuído, por dia de traba-
lho efetivamente prestado, um subsídio de refeição no valor Vicissitudes do contrato
constante do anexo II, pagável mensalmente.
2- Os trabalhadores em regime de tempo parcial têm direi- Cláusula 70.ª
to a um subsídio de refeição de valor proporcional ao horário
Cedência ocasional de trabalhadores
completo da respectiva função.
3- Quando ao trabalhador, por motivo de deslocação, seja 1- A empresa pode ceder temporariamente os seus traba-
reembolsado o custo da refeição, não recebe o valor do sub- lhadores a empresas jurídica, económica ou financeiramente
sídio de refeição correspondente. associadas ou dependentes, ou a agrupamentos complemen-
4- As faltas dos trabalhadores, quando ao serviço dos sin- tares de empresas de que faça parte, ou a entidades, inde-
dicatos, devidamente comprovadas por esta entidade, não pendentemente da natureza societária, que mantenham es-
prejudicam a aplicação do regime constante desta cláusula. truturas organizativas comuns, desde que os trabalhadores

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

manifestem por escrito o seu acordo à cedência e às respec- CAPÍTULO V


tivas condições, nomeadamente quanto à duração do tempo
de trabalho. Regime disciplinar
2- A cedência ocasional do trabalhador deve ser titulada
por documento assinado pelas empresas cedente e cessioná- Cláusula 73.ª
ria, onde se indique a data do seu início e a sua duração.
3- Salvo acordo em contrário, a cedência vigora pelo prazo Poder disciplinar
de cinco anos renovável por períodos de um ano, enquanto se 1- A empresa tem poder disciplinar sobre os trabalhadores
mantiver o interesse e a vontade das partes e do trabalhador. que se encontrem ao seu serviço.
4- Durante a cedência, o trabalhador mantém todos os di- 2- O poder disciplinar exerce-se mediante processo disci-
reitos, regalias e garantias que detinha na empresa cedente, plinar, salvo no caso de repreensão.
sem prejuízo de auferir, no respectivo período, dos regimes
Cláusula 74.ª
mais favoráveis em vigor na empresa cessionária.
5- A cedência não implica a alteração da entidade empre- Prescrição da infracção e do procedimento disciplinar
gadora do trabalhador cedido, o qual permanece vinculado à
1- O procedimento disciplinar deve exercer-se nos sessen-
entidade cedente, a quem compete, em exclusivo, o exercício
ta dias subsequentes àquele em que a empresa, ou o supe-
do poder disciplinar.
rior hierárquico com competência disciplinar, teve conheci-
6- Durante a execução do contrato na empresa cessionária,
mento da infracção.
o trabalhador fica sujeito ao regime de prestação de trabalho
2- A infracção disciplinar prescreve ao fim de um ano a
praticado nesta empresa, nomeadamente no que respeita ao
contar do momento em que teve lugar, salvo se os factos
modo, lugar de execução e duração do trabalho.
constituírem igualmente crime, caso em que são aplicáveis
7- Cessando a cedência, o trabalhador regressa à empresa
os prazos prescricionais da lei penal.
cedente com o estatuto profissional e remuneratório que ti-
nha no início da cedência ou que, entretanto, pela cedente lhe Cláusula 75.ª
tenha sido atribuído.
Sanções aplicáveis
Cláusula 71.ª 1- A empresa pode aplicar, dentro dos limites fixados nesta
Transferência reversível com modificação do empregador
cláusula, as seguintes sanções disciplinares:
a) Repreensão;
1- Mediante acordo escrito entre o trabalhador, a empresa
b) Repreensão registada;
empregadora e uma empresa elencada no número 1 da cláu-
c) Sanção pecuniária;
sula anterior pode ser adoptado o regime de transferência
d) Perda de dias de férias;
reversível previsto nos números seguintes.
e) Suspensão do trabalho com perda de retribuição e de
2- A transferência reversível com modificação do empre-
antiguidade, excepto para efeitos do regime de Segurança
gador determina a suspensão do contrato de trabalho com o
Social substitutivo previsto neste acordo;
empregador originário e a constituição de um novo vínculo
f) Despedimento sem qualquer indemnização ou compen-
laboral com a outra empresa nos termos fixados pelas partes.
sação.
3- A cessação do vínculo laboral com a nova entidade
2- As sanções pecuniárias aplicadas a um trabalhador, por
empregadora implica o regresso do trabalhador à entidade
infracções praticadas no mesmo dia, não podem exceder um
empregadora de origem, com o estatuto que nela detinha no
quarto da retribuição diária e, em cada ano civil, a retribui-
momento do início da suspensão.
ção correspondente a dez dias.
Cláusula 72.ª 3- A perda de dias de férias não pode pôr em causa o gozo
de vinte dias úteis de férias.
Acidentes de trabalho e doenças profissionais 4- A suspensão do trabalho, com perda de retribuição, não
1- Os trabalhadores e seus familiares têm direito à repara- pode exceder vinte e quatro dias por cada infracção e, em
ção dos danos emergentes de acidentes de trabalho e doenças cada ano civil, o total de sessenta dias.
profissionais nos termos da lei. 5- A sanção disciplinar deve ser proporcionada à gravida
2- É garantida uma indemnização com o valor fixado no de da infracção e à culpabilidade do infractor, tomando-se
anexo II ao presente acordo a favor daqueles que, nos termos ainda em conta a sua antiguidade, passado disciplinar e ou-
da lei, a ela se mostrarem com direito, se do acidente de tra- tras circunstâncias atendíveis.
balho resultar a morte. 6- Não pode aplicar-se mais do que uma sanção disciplinar
pela mesma infracção.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

Cláusula 76.ª 3- O duplicado da nota de culpa e, sendo o caso, a comuni-


cação da intenção de despedimento, são entregues ao traba-
Sanções abusivas lhador ou remetidos pelo correio, conforme for mais rápido
1- Consideram-se abusivas as sanções disciplinares deter- e eficiente.
minadas pelo facto de o trabalhador: 4- Na mesma data, serão remetidas cópias daquela comu-
a) Haver reclamado legitimamente contra as condições de nicação e da nota de culpa à comissão de trabalhadores e,
trabalho; caso o trabalhador seja representante sindical, à associação
b) Recusar-se a cumprir ordens a que, nos termos deste sindical respectiva.
acordo, não devesse obediência; 5- A remessa pelo correio é feita, sob registo, para o local
c) Exercer ou candidatar-se a funções sindicais ou em co- de trabalho do arguido, se este estiver ao serviço; de contrá-
missões de trabalhadores; rio, é endereçada para a residência constante do respectivo
d) Exercer, ter exercido, pretender exercer ou invocar os processo individual. As notificações postais presumem-se
direitos e garantias que lhe assistem; feitas no terceiro dia posterior ao do registo ou no primeiro
e) Participar ao sindicato ou a quaisquer organismos com dia útil seguinte a esse, quando o não seja, não produzindo
funções legalmente estabelecidas de vigilância ou fiscaliza- efeitos anteriores.
ção do cumprimento das leis do trabalho, o não cumprimento 6- A presunção do número 5 só pode ser ilidida pelo noti-
deste acordo por parte da empresa; ficado quando a recepção da notificação ocorra em data pos-
f) Depor em tribunal ou em processo disciplinar interno terior à presumida, por razões que não lhe sejam imputáveis,
em defesa de companheiros de trabalho. requerendo no processo que seja solicitada aos correios in-
2- Até prova em contrário, presume-se abusiva a aplicação formação sobre a data efectiva dessa recepção.
de qualquer sanção sob a aparência de punição de outra falta, 7- A comunicação da nota de culpa ao trabalhador inter-
quando tenha lugar até seis meses após qualquer dos factos rompe os prazos estabelecidos na cláusula 74.ª
mencionados nas alíneas a), b), d), e) e f) do número anterior, 8- Igual interrupção decorre da instauração do procedi-
ou até um ano após a data de apresentação da candidatura às mento prévio de inquérito, desde que, mostrando-se este ne-
funções previstas na alínea c) do mesmo número, quando cessário para fundamentar a nota de culpa, seja iniciado e
as não venha a exercer, se já então o trabalhador estava ao conduzido de forma diligente, não mediando mais de trinta
serviço da mesma empresa. dias entre a suspeita de existência de comportamentos irre-
3- Quanto aos trabalhadores que exercem as funções pre- gulares e o início do inquérito, nem entre a sua conclusão e a
vistas na alínea c) do número 1, é de cinco anos, a contar do notificação da nota de culpa.
termo do seu exercício, o prazo referido na segunda parte do
Cláusula 79.ª
número anterior.
Cláusula 77.ª Suspensão preventiva
1- Com a notificação da nota de culpa, pode a empresa sus-
Registo e comunicação de sanções pender preventivamente o trabalhador, sem perda de retri-
1- A empresa mantém devidamente actualizado o registo buição, sempre que a sua presença se mostre inconveniente.
de sanções disciplinares no processo individual do trabalha- 2- A suspensão a que se refere o número anterior pode ser
dor. determinada trinta dias antes da notificação da nota de cul-
2- O registo deve ser efectuado por forma que permita ve- pa, desde que a empresa, por escrito, justifique que, tendo
rificar facilmente o cumprimento do disposto neste capítulo. em conta indícios de factos imputáveis ao trabalhador, a sua
3- Com autorização do trabalhador em causa, a empresa presença na empresa é inconveniente, nomeadamente para
fornece ao sindicato respectivo nota do registo das sanções a averiguação de tais factos, e que não foi ainda possível
que lhe hajam sido aplicadas. elaborar a nota de culpa.
3- A suspensão do trabalhador que seja representante sin-
Cláusula 78.ª
dical ou membro da comissão de trabalhadores, em efectivi-
Nota de culpa e procedimento prévio de inquérito dade de funções, não obsta a que o mesmo possa ter acesso
aos locais destinados ao exercício dessas funções.
1- Nos casos em que se verifique algum comportamento
que indicie a prática de uma infracção disciplinar, a empresa Cláusula 80.ª
comunica, por escrito, ao trabalhador, que está a exercer o
poder disciplinar, juntando nota de culpa com a descrição Resposta à nota de culpa, instrução e decisão
circunstanciada dos factos que lhe são imputados. 1- O trabalhador dispõe de quinze dias úteis para consultar
2- Nos casos de os factos constantes da nota de culpa con- o processo e responder à nota de culpa, deduzindo, por escri-
terem algum comportamento susceptível de constituir justa to, os elementos que considere relevantes para o esclareci-
causa de despedimento, a empresa comunica, por escrito, mento dos factos e da sua participação nos mesmos, podendo
ao trabalhador a sua intenção de proceder ao despedimento, juntar documentos e solicitar as diligências probatórias que
juntamente com a nota de culpa. se mostrem pertinentes para o esclarecimento da verdade.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

2- A empresa, directamente ou através de instrutor que te- Cláusula 82.ª


nha nomeado, procede obrigatoriamente às diligências pro-
batórias requeridas na resposta à nota de culpa, a menos que Ilicitude do despedimento
as considere patentemente dilatórias ou impertinentes, de- 1- O despedimento é ilícito:
vendo, nesse caso, alegá-lo fundamentadamente, por escrito. a) Se tiverem decorrido os prazos previstos nos números 1
3- A empresa não é obrigada a proceder à audição de mais ou 2 da cláusula 74.ª;
de três testemunhas por cada facto descrito na nota de culpa, b) Se não tiver sido precedido do processo disciplinar res-
nem mais de dez no total, cabendo ao trabalhador assegurar pectivo ou este for nulo;
a respectiva comparência para o efeito. c) Se se fundar em motivos políticos, ideológicos, étnicos,
4- O trabalhador tem direito a assistir aos actos de instru- religiosos ou discriminatórios, ainda que com invocação de
ção do processo disciplinar. motivos diversos;
5- Concluídas as diligências probatórias, cujo prazo não d) Se forem declarados improcedentes os motivos justifi-
deve exceder, em regra, noventa dias, deve o processo ser cativos invocados para o despedimento;
apresentado, por cópia integral, à comissão de trabalhadores e) Em caso de trabalhadora grávida, puérpera ou lactan-
e, se o trabalhador for representante sindical, à associação te ou de trabalhador no gozo de licença parental inicial, em
sindical respectiva, que podem, no prazo de dez dias úteis, qualquer das suas modalidades, se não for solicitado o pare-
fazer juntar ao processo o seu parecer fundamentado. cer prévio da entidade competente na área da igualdade de
6- Para efeitos do número anterior, o trabalhador pode oportunidade entre homens e mulheres.
comunicar à empresa, nos três dias úteis posteriores à re- 2- A ilicitude do despedimento só pode ser declarada pelo
cepção da nota de culpa, que o parecer sobre o processo é tribunal em acção intentada pelo trabalhador.
emitido por determinada associação sindical, não havendo, 3- O procedimento é inválido se:
nesse caso, apresentação de cópia do processo à comissão de a) Faltar a nota de culpa, ou se esta não for escrita ou não
trabalhadores. contiver a descrição circunstanciada dos factos imputados ao
7- Recebidos os pareceres referidos nos números 5 e 6 ou trabalhador;
decorrido o prazo para o efeito, a empresa dispõe, sob pena b) Faltar a comunicação da intenção de despedimento jun-
de caducidade, de trinta dias úteis para proferir a decisão que to à nota de culpa;
deve ser fundamentada e constar de documento escrito. c) Não tiver sido respeitado o direito do trabalhador a con-
8- Na decisão devem ser ponderadas as circunstâncias do sultar o processo ou a responder à nota de culpa ou, ainda, o
caso, a adequação da sanção disciplinar à culpabilidade do prazo para resposta à nota de culpa;
trabalhador, bem como os pareceres que tenham sido juntos d) A comunicação ao trabalhador da decisão de despedi-
nos termos dos números 5 e 6, não podendo ser invocados mento e dos seus fundamentos não for feita por escrito, ou
factos não constantes da nota de culpa, nem referidos na de- não esteja elaborada nos termos do número 8 da cláusula 81.ª
fesa escrita do trabalhador, salvo se atenuarem ou dirimirem 4- Na acção de impugnação judicial do despedimento, a
a responsabilidade. empresa apenas pode invocar factos constantes da decisão
9- A decisão fundamentada deve ser comunicada, por có- referida nos números 7 a 9 da cláusula 81.ª, competindo-lhe
pia ou transcrição, ao trabalhador bem como à comissão de a prova dos mesmos.
trabalhadores, ou, nos casos dos números 5 e 6, à respectiva
Cláusula 83.ª
associação sindical.
Cláusula 81.ª Consequência da nulidade das sanções
1- A nulidade da sanção disciplinar implica a manutenção
Execução da sanção de todos os direitos do trabalhador, nomeadamente quanto a
1- A execução da sanção disciplinar só pode ter lugar nos férias e retribuição.
sessenta dias subsequentes à decisão, mas, se à data desta, 2- Sem prejuízo do disposto no número anterior, a nulida-
o trabalhador estiver em regime de suspensão de prestação de da sanção disciplinar constitui a empresa na obrigação de
de trabalho por impedimento prolongado e lhe for aplicada indemnizar o trabalhador nos termos legais.
sanção pecuniária ou suspensão do trabalho com perda de 3- Em caso de trabalhador que ocupe cargo de direcção, a
retribuição e de antiguidade, a sanção será executada no mês empresa pode requerer ao tribunal que exclua a reintegração
imediatamente seguinte ao do seu regresso ao serviço. com fundamento em factos e circunstâncias que tornem o re-
2- A declaração de despedimento determina a cessação do gresso do trabalhador gravemente prejudicial e perturbador
contrato logo que chega ao poder do trabalhador ou é dele do funcionamento da empresa.
conhecida. 4- Na hipótese de ser julgada procedente a oposição da
3- É também considerada eficaz a declaração de despedi- empresa à reintegração do trabalhador, nos termos previstos
mento que só por culpa do trabalhador não foi por ele opor- na lei, as indemnizações não podem exceder o montante cor-
tunamente recebida. respondente a 60 dias de retribuição base e diuturnidades por

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

cada ano completo ou fração de antiguidade do trabalhador, CAPÍTULO II


nem ser inferiores a seis meses de retribuição base e diutur-
nidades do trabalhador. Benefícios sociais complementares
5- O disposto nos números anteriores não prejudica o di-
reito do trabalhador a ser indemnizado, nos termos legais,
pelos danos não patrimoniais causados pela aplicação de SECÇÃO I
sanção disciplinar ilícita.
Subsídios
TÍTULO IV Cláusula 88.ª
Formação profissional e higiene Subsídio infantil
e segurança no trabalho 1- Aos trabalhadores é atribuído um subsídio mensal por
cada filho, no valor constante do anexo II.
Cláusula 84.ª 2- O subsídio é devido desde o mês seguinte àquele em
que a criança perfizer 3 meses de idade até setembro do ano
Princípios gerais em matéria de formação profissional
em que ingressar no ensino oficial.
1- A empresa deve proporcionar aos trabalhadores, com a 3- O subsídio é pago conjuntamente com o vencimento.
participação activa destes, meios apropriados de formação 4- No caso de ambos os progenitores beneficiarem da atri-
de base e de aperfeiçoamento profissional, nomeadamente buição do subsídio infantil previsto (ou idêntico ao previsto)
com o apoio do Instituto de Formação Bancária. no anexo II, o mesmo é pago àquele que por eles for indicado
2- A empresa deve assegurar, nas acções de formação que ou a quem tenha sido conferido o poder paternal.
venha a desenvolver, uma participação equilibrada de traba- 5- O subsídio a que se referem os números anteriores é
lhadores de ambos os sexos. também devido ao trabalhador na situação de doença e de
3- O regime das deslocações em serviço previsto na cláu- reforma, bem como, no caso de morte, aos filhos enquanto
sula 68.ª é aplicável às deslocações dos trabalhadores para reúnam as condições para a sua atribuição.
efeitos de formação profissional.
Cláusula 89.ª
Cláusula 85.ª
Subsídio de estudo
Higiene, salubridade e segurança no local de trabalho
1- São atribuídos aos trabalhadores subsídios trimestrais
A empresa é obrigada a proporcionar aos trabalhadores por cada filho que frequente o ensino oficial ou oficializa-
correctas condições de higiene e salubridade dos locais de do, até à idade máxima prevista na lei para a concessão do
trabalho, tendo por objectivo facultar um ambiente de traba- subsídio familiar a crianças e jovens, no valor constante do
lho salubre e evitar ou diminuir os riscos de doenças profis- anexo II.
sionais e acidentes de trabalho. 2- Os subsídios referidos no número anterior vencem-se
Cláusula 86.ª no final de cada trimestre dos respetivos anos letivos, ou
seja, em 31 de dezembro, 31 de março, 30 de junho e 30 de
Medicina do trabalho setembro.
1- A empresa deverá dispor de serviços de medicina do 3- O trabalhador deve fazer prova junto da empresa da
trabalho, nos termos da legislação aplicável. frequência do ensino pelo filho, aplicando-se o disposto nos
2- Os serviços de medicina do trabalho funcionam nos ter- números 4 e 5 da cláusula anterior.
mos e com as atribuições definidas na lei. 4- O subsídio previsto nesta cláusula não é acumulável,
em caso algum, com o subsídio fixado na cláusula anterior.
TÍTULO V
SECÇÃO II
Benefícios sociais
Assistência médica

CAPÍTULO I Cláusula 90.ª

Segurança Social Enquadramento


1- Apesar dos trabalhadores bancários já estarem integra-
Cláusula 87.ª dos no Serviço Nacional de Saúde, mantém-se em vigor o
sistema complementar de assistência médica assegurado por
Segurança Social um serviço de assistência médico-social previsto no presente
Todos os trabalhadores da empresa estão abrangidos pelo acordo, nos termos dos números e cláusulas seguintes.
regime geral da Segurança Social. 2- Os Serviços de Assistência Médico-Social - SAMS -

3477
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

constituem entidades autónomas, dotadas das verbas referi- 6- São também beneficiários dos SAMS os ex-trabalhado-
das nas cláusulas 92.ª e 93.ª, e são geridos pelo sindicato res- res e reformados e respectivos familiares abrangidos por pro-
pectivo ou outra associação sindical que o venha a substituir tocolos de adesão celebrados entre a empresa e os sindicatos
por acordo entre os sindicatos representados. subscritores do presente acordo.
3- Os SAMS proporcionam aos seus beneficiários, ser-
Cláusula 92.ª
viços e/ou comparticipações em despesas no domínio de
assistência médica, meios auxiliares de diagnóstico, medi- Contribuições a cargo da empresa
camentos, internamentos hospitalares e intervenções cirúr-
1- O valor e número de mensalidades das contribuições
gicas, de acordo com as suas disponibilidades financeiras e
para o SAMS a cargo da empresa constam do anexo III.
regulamentação interna.
2- As contribuições referidas no número anterior são ac-
Cláusula 91.ª tualizadas na mesma data e pela aplicação da percentagem
correspondente ao aumento em que o for a tabela salarial do
Beneficiários presente acordo.
1- São beneficiários dos SAMS, independentemente de fi- 3- O disposto no número 1 da presente cláusula aplica-se
liação sindical: a partir do mês subsequente ao da publicação do presente
a) Os trabalhadores da empresa e respectivos familiares; acordo.
b) Os trabalhadores que tenham passado à situação de re-
Cláusula 93.ª
forma por invalidez ou velhice (invalidez presumível) quan-
do se encontravam ao serviço da empresa e respectivos fa- Contribuições a cargo dos trabalhadores, reformados e pensionistas
miliares;
1- As contribuições para o SAMS a cargo dos trabalhado-
c) Os familiares dos trabalhadores ou reformados falecidos
res, reformados e pensionistas obedecem às seguintes regras:
referidos nas alíneas anteriores, com direito ao pagamento de
a) Trabalhadores no activo, mesmo em situação de ausên-
uma pensão de sobrevivência ao abrigo do presente acordo
cia mas que não determine a suspensão do contrato de traba-
ou do regime geral de Segurança Social.
lho por esse motivo: a verba correspondente a 1,50 % da sua
2- Os trabalhadores sindicalizados beneficiam do SAMS
retribuição mensal efectiva, incluindo os subsídios de férias
do respectivo sindicato.
e de Natal;
3- Os trabalhadores não sindicalizados ou sócios de sindi-
b) Trabalhadores em situação de doença que determine a
catos não subscritores de convenção colectiva de trabalho do
suspensão do contrato de trabalho, em situação de invalidez
sector bancário, beneficiam do SAMS o Sindicato da Banca,
ou velhice (invalidez presumível): a verba correspondente
Seguros e Tecnologias - MAIS SINDICATO, Sindicato dos
a 1,50 % do subsídio de doença ou pensão que aufiram da
Bancários do Centro ou do Sindicato dos Bancários do Norte,
Segurança Social;
conforme o seu local de trabalho se situe na área geográfica
c) Trabalhadores em situação de suspensão do contrato de
de um ou de outro dos referidos três sindicatos, mantendo-se
trabalho por outro motivo que não a doença e desde que a lei
nessa situação após a passagem à reforma.
determine a manutenção do direito a beneficiar do sistema
4- Os trabalhadores na situação de reforma que se desfi-
complementar de assistência médica previsto nesta secção: a
liem continuam a beneficiar do SAMS do sindicato onde es-
verba correspondente a 1,50 % da retribuição mensal efecti-
tavam filiados.
va por este auferida no momento imediatamente anterior ao
5- Para efeitos do disposto nos anteriores, consideram-se
da respectiva ausência;
familiares:
d) Trabalhadores em situação de suspensão do contrato de
a) O cônjuge ou pessoa que viva com o trabalhador em
trabalho não abrangidos nas alíneas b) e c) anteriores: a ver-
união de facto nos termos da lei, não estando qualquer deles
ba correspondente a 1,50 % da retribuição mensal efectiva
casado ou, estando algum deles casado, se tiver sido decreta-
por este auferida no momento imediatamente anterior ao da
da a separação judicial de pessoas e bens;
respectiva ausência, acrescida da contribuição prevista na
b) Os filhos, incluindo os nascituros e os adoptados ple-
cláusula 92.ª que estaria a cargo da entidade empregadora.
namente, e os enteados, desde que vivam em comunhão de
2- Para efeitos do previsto nos números anteriores, consi-
mesa e habitação com o trabalhador, até perfazerem 18 anos,
deram-se sempre as prestações que seriam devidas pelo exer-
ou 21 e 24 anos, enquanto frequentarem, respectivamente,
cício de funções a tempo inteiro.
o ensino médio ou superior e, sem limite de idade, os que
sofrerem de incapacidade permanente e total para o trabalho, Cláusula 94.ª
nos termos previstos nos respectivos regulamentos;
c) Os tutelados, que tenham sido confiados por sentença Entrega de contribuições, prazos e controlo
judicial ao trabalhador ou a uma das pessoas referidas na alí- A empresa remeterá aos SAMS, até ao dia 10 do mês se-
nea a) do presente número, nos termos previstos nos respec- guinte a que respeitam, as contribuições referidas no número
tivos regulamentos. 1 da cláusula 92.ª e no número 1 da cláusula 93.ª

3478
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

CAPÍTULO III que, à data da sua entrada em vigor, cada trabalhador tenha
adquirido.
Parentalidade Cláusula 100.ª
Cláusula 95.ª Envio de documentos, mapas e registos

Parentalidade O envio ou troca de documentos, mapas, registos e ou-


tras comunicações entre a empresa e os sindicatos repre-
Aos trabalhadores da empresa é aplicável o regime de
sentados podem ser efetuados em suporte informático.
parentalidade legal em vigor.

TÍTULO VI Cláusula 101.ª

Reembolsos
Disposições transitórias
O trabalhador deve devolver à empresa o valor de subsí-
Cláusula 96.ª dio ou prestação por esta atribuído na qualidade de entidade
centralizadora de pagamentos da Segurança Social, sempre
Prémio de antiguidade que receba aquele subsídio ou prestação directamente da
À data da entrada em vigor do presente acordo será pago mesma Segurança Social e no prazo de 8 dias após o rece-
um montante correspondente ao valor do prémio de anti- bimento.
guidade de que o trabalhador beneficiaria se se reformasse
nessa data, calculado de acordo com os números 1 a 5 e 7 Lisboa, 25 de maio de 2021.
da cláusula 150.ª do acordo colectivo de trabalho do sector
bancário ora revogado, cujo texto consolidado foi publicado Pela 321 Crédito - Instituição Financeira de Crédito, SA:
no Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 3, de 22 de Sandra Isabel Teixeira Campos, na qualidade de man-
janeiro de 2009, com as alterações publicadas no Boletim do datária.
Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 39, de 22 de outubro de Pedro Miguel Ribas Fontes Guimarães, na qualidade de
2010. mandatário.
Pelo Sindicato dos Bancários do Centro:
TÍTULO VII
Gentil Reboleira Louro, na qualidade de mandatário.
Disposições finais João Miguel da Silva Lopes, na qualidade de mandatário.
Pelo Sindicato da Banca, Seguros e Tecnologias - MAIS
Cláusula 97.ª
SINDICATO:
Âmbito de aplicação Cristina Maria Damião de Jesus, na qualidade de man-
O presente acordo, que se considera globalmente mais datária.
favorável, afasta a aplicação de anteriores versões do acor- Humberto Miguel Lopes da Cruz de Jesus Cabral, na
do colectivo de trabalho do sector bancário, nomeadamen- qualidade de mandatário.
te aquele cujo último texto consolidado foi publicada no
Boletim do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 3, de 22 de ANEXO I
janeiro de 2009, com as alterações publicadas no Boletim
do Trabalho e Emprego, 1.ª série, n.º 39, de 22 de outubro Categorias e respectivos níveis mínimos
de 2010, que deixará de ser aplicável aos trabalhadores da
empresa a partir da data de entrada em vigor do presente Grupo
Grupo Subgrupo Categorias Nível
funcional
acordo.
A1 Direcção Director 13
Cláusula 98.ª Grupo A
A2 Serviços Responsável de serviços 9
Aplicação no tempo
B1 Operacional Gestor de clientes 7
Ficam sujeitos ao regime estabelecido neste acordo todos Grupo B
os contratos de trabalho entre a empresa e os trabalhadores B2 Técnico Técnico especialista 8
referidos na cláusula 2.ª quer os celebrados antes, quer os Técnico 7
celebrados depois da sua entrada em vigor. C1 Operacional Administrativo
6
Cláusula 99.ª operacional
Grupo C Técnico 7
Manutenção dos direitos adquiridos
C2 Administrativo Administrativo 6
Da aplicação deste acordo não pode resultar prejuízo de
condições de trabalho e de Segurança Social mais favoráveis Assistente 5

3479
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

Categorias profissionais do grupo A Administrativo operacional - Aplica os seus conheci-


mentos técnicos à prática quotidiana da entidade emprega-
Sub-grupo A1 - Área directiva dora e executa as suas tarefas de acordo com os manuais e
Directores - Reportando ao presidente executivo, tomam processos operacionais em vigor na empresa; exerce as suas
as decisões de gestão no quadro das políticas e objectivos da funções sob orientação e controlo; é directamente respon-
entidade empregadora e na esfera da sua responsabilidade; sável perante a respectiva chefia; pode representar a entida-
colaboram na elaboração de decisões a tomar ao nível do de empregadora em assuntos da sua especialidade, quando
conselho de administração; superintendem no planeamento, mandatado para o efeito.
organização e coordenação das actividades deles dependen- Sub-grupo C2 - Área administrativa
tes.
Técnico - Executa, individualmente ou em equipa, as
Sub-grupo A2 - Área serviços suas funções com autonomia técnica, embora subordinado
Responsáveis de serviço - Reportando a um director to- a orientações de princípio, manuais e processos aplicáveis
mam as decisões de gestão no quadro das políticas e objec- ao trabalho a executar; é directamente responsável perante a
tivos da entidade empregadora, na esfera dos serviços pelos respectiva chefia, podendo o seu trabalho ser supervisionado
quais são responsáveis; colaboram na elaboração de decisões por técnico especialista; pode representar a entidade empre-
a tomar ao nível do comité executivo; superintendem no pla- gadora em assuntos da sua especialidade.
neamento, organização e coordenação das actividades deles Administrativo - Aplica os seus conhecimentos e expe-
dependentes. Quando em representação da entidade empre- riência à prática quotidiana da entidade empregadora e exe-
gadora, incumbe-lhe tomar opções de elevada responsabili- cuta as suas tarefas de acordo com os manuais e processos
dade. administrativos em vigor na empresa; exerce as suas funções
sob orientação e controlo; é directamente responsável peran-
te a respectiva chefia; pode representar a entidade emprega-
Categorias profissionais do grupo B dora em assuntos da sua especialidade.
Assistente - Realiza operações de carácter administrativo,
Sub-grupo B1 - Área comercial
sob orientação superior.
Gestor de cliente - Reportando ao diretor responsável
pela área comercial, exerce os poderes que lhe são superior- ANEXO II
mente delegados para atender, contactar, representar e ne-
gociar com as entidades que integram a carteira de clientes Níveis de retribuição e outros valores pecuniários
que acompanha, por forma promover e vender os produtos
e serviços da empresa. Angaria novo negócio, podendo as- 1- Retribuição mínima de ingresso (cláusula 20.ª, número
sumir a responsabilidade de monitorizar todo o processo de 2):
contratação de novas operações bem como de efectuar pros- a) Grupos A e B - 884,14 euros;
pecções de mercado. b) Grupo C - A correspondente à retribuição mínima men-
sal garantida.
Sub-grupo B1 - Área técnica 2- Tabela de níveis de retribuição de base (cláusula 20.ª,
Técnico especialista - Reportando ao responsável do número 3):
Serviço respectivo e podendo supervisionar outros técnicos,
participa na concepção, preparação ou controlo da estratégia Retribuição base (em euros)
e objectivos da entidade empregadora; elabora estudos, pa- Nível
A partir de 1 de janeiro de
receres, análises ou projectos; exerce as suas funções com 2020
autonomia técnica e é directamente responsável perante a
18 2 801,57
respectiva chefia; pode representar a entidade empregadora
em assuntos da sua especialidade, quando mandatado para 17 2 533,23
o efeito.
16 2 356,83
Categorias profissionais do grupo C 15 2 171,26
Sub-grupo C1 - Área operacional 14 1 986,55
Técnico - Executa, individualmente ou em equipa, as 13 1 802,95
suas funções com autonomia técnica, embora subordinado
a orientações de princípio, manuais e processos aplicáveis 12 1 655,19
ao trabalho a executar; é directamente responsável perante a
11 1 524,68
respectiva chefia, podendo o seu trabalho ser supervisionado
por técnico especialista; pode representar a entidade empre- 10 1 363,73
gadora em assuntos da sua especialidade, quando mandatado
para o efeito. 9 1 254,27

3480
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

8
Contrato coletivo entre a Associação Portuguesa
1 136,26
de Facility Services - APFS e o Sindicato dos
7 1 051,51 Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância,
6
Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas - STAD
999,20
e outra - Deliberação da comissão paritária
5 884,14
Publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, de
4 767,47
15 de janeiro de 2020.
3 667,21
Comissão paritária
2 635,00

1 635,00 Deliberação
Aos dezanove de julho de dois mil e vinte e um, pelas
3- Subsídio mensal a trabalhador-estudante (cláusula 56.ª, dezasseis e trinta horas, reuniu em Lisboa esta comissão
números 3 e 4): 19,89 euros. paritária tendo como ponto único da ordem de trabalhos a
4- Diuturnidades (cláusula 66.ª): 42,19 euros. «análise da cláusula 15.ª do CCT e das recentes alterações
5- Subsídio de refeição (cláusula 67.ª, número 1): 9,72 eu- introduzidas pela Assembleia da Republica nos artigos 285.º
ros. e 286.º do Código do Trabalho».
6- Seguro de acidentes pessoais (cláusula 68.ª, número 2): As partes fizeram-se representar pelos membros da co-
152 750,75 euros. missão paritária que vão subscrever esta deliberação.
7- Indemnização por morte resultante de acidente de traba- As partes procederam à análise dos textos inscritos na or-
lho (cláusula 72.ª, número 2): 152 750,75 euros. dem de trabalhos tendo tomado, por unanimidade, a seguinte
8- Subsídio infantil (cláusula 88.ª, número 1): 25,93 euros. deliberação.
9- Subsídio trimestral de estudo (cláusula 89.ª, número 1): 1- As alterações introduzidas pela Lei n.º 18/2021, de 8
f) 1.º ciclo do ensino básico - 28,82 euros; de abril, nos artigos 285.º e 286.º do Código do Trabalho,
g) 2.º ciclo do ensino básico - 40,73 euros; embora aparentemente redundante face ao convencionado na
h) 3.º ciclo do ensino básico - 50,61 euros; cláusula 15.ª desta convenção colectiva (CCT APFS/STAD/
i) Ensino secundário - 61,47 euros; FETESE 2020), têm suscitado algumas dúvidas e inseguran-
j) Ensino superior - 70,43 euros. ça interpretativa.
2- Na verdade, há mais de 40 anos, no setor das limpezas
ANEXO III e, mais precisamente, dos «facility services», os direitos dos
trabalhadores (incluindo o direito de oposição) tem vindo a
Contribuições para o SAMS ser regulados, acautelados e garantidos, sempre que ocorre a
1- Valores das contribuições mensais para o SAMS nos substituição de um empregador por outro, na prestação dos
termos da cláusula 92.ª (valores em euros): serviços de limpeza num dado local de trabalho, ainda que
por decisão unilateral de um terceiro, titular daquele local.
Por cada trabalhador no activo 129,12 3- Afigura-se-nos que o legislador, ao determinar (sob o
novo número 10 do artigo 285.º) a aplicação do regime dos
Por cada reformado 89,28 artigos 285.º e 286.º a «todas as situações de transmissão
de empresas ou estabelecimento (...) por adjudicação de for-
Pelo conjunto de pensionistas associados a um necimento de serviços de (...) limpeza (...)» apenas se quis
38,64
trabalhador ou reformado falecido referir às situações em que há efectiva transmissão da titula-
ridade da empresa, ou estabelecimento, ou ainda de parte da
2- Às contribuições referidas no número anterior acrescem empresa ou estabelecimento (situações essas expressamente
duas prestações de igual montante, a pagar nos meses de contempladas pelo número 1 do artigo 285.º).
abril e novembro de cada ano. 4- Isto é, o novo número 10, ao referir-se, regulamentando-
-as, às situações em que ocorre a transmissão da titularidade,
Depositado em 12 de outubro de 2021, a fl. 171 do livro terá excluído do seu âmbito as situações identificadas sob o
n.º 12, com o n.º 203/2021, nos termos do artigo 494.º do número 2 do artigo 285.º - isto é, as situações em que apenas
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de ocorre a transmissão, cessão ou reversão da exploração de
fevereiro. empresa, estabelecimento ou unidade económica, sem que
haja verdadeira transmissão da respectiva titularidade.

3481
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

5- Nessa medida, chamada a pronunciar-se sobre a in- Acordo de empresa entre a Companhia Carris de
terpretação que deve ser dada à cláusula 15.ª deste CCT, é Ferro de Lisboa, EM, SA e a Associação Sindical dos
entendimento desta comissão paritária que a nova redacção Trabalhadores da Carris e Participadas (ASPTC) -
dos artigos 285.º e 286.º não alterou o quadro regulatório Deliberação da comissão paritária
das situações em que, por regra, ocorre a sectorialmente de-
nominada «perda de um local de trabalho ou cliente» - na
medida em que nelas não ocorre qualquer transmissão (da
titularidade) da empresa, estabelecimento ou parte de esta- Deliberação da comissão paritária emergente da cláusu-
belecimento, mas apenas uma substituição de um prestador la 74.ª do AE1/Carris/2018 celebrado com a Associação
por outro prestador de serviços, nenhum deles titular daquele Sindical dos Trabalhadores da Carris e Participadas
estabelecimento ou de parte dele. Serão meros prestadores (ASPTC)
de serviços, que não titulam no local em causa qualquer esta- 1- No âmbito do processo de negociação coletiva do AE1,
belecimento. Podem, apenas, e quando muito, no limite, ser foi alcançado um acordo global entre o conselho de admi-
qualificados como meros concessionários da exploração dos nistração da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, EM,
serviços de limpeza. SA e a Associação Sindical dos Trabalhadores da Carris e
6- Esta comissão entende, por isso, que o disposto na ci- Participadas (ASPTC), publicado no Boletim do Trabalho e
tada cláusula 15.ª do CCT é globalmente mais favorável em Emprego (BTE), n.º 35, de 22 de setembro de 2018, com
relação ao regime legal da transmissão de empresa ou esta- entrada em vigor a 28 de setembro de 2018.
belecimento, devendo sobre ele prevalecer. 2- A cláusula 17.ª deste acordo de empresa, tem a epígrafe
7- Razão pela qual, com vista a proporcionar melhor inter- «Reconversão profissional».
pretação daquela cláusula, esta comissão formula a seguinte 3- O número 5 da referida cláusula, estabelece a seguinte
redação:
Deliberação «A empresa proporá, por escrito, aos trabalhadores a re-
converter, a sua inscrição para o preenchimento do lugar;
A comissão paritária do CCT Limpeza Industrial publica-
aqueles deverão informar por escrito e no prazo de 8 dias, se
do no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 2, de 15 de janeiro
aceitam ou não a oferta do lugar, e neste último caso, quais
de 2020, entende que o disposto na cláusula 15.ª do CCT é
as razões da recusa».
globalmente mais favorável em relação ao regime legal da
4- O número 6 da mesma cláusula prevê o seguinte:
transmissão de empresa ou estabelecimento, devendo sobre
«O trabalhador não poderá recusar mais de 2 ofertas de
ele prevalecer.
postos de trabalho para que tenha sido proposto; a recusa
Representantes da parte patronal: de 3 postos de trabalho adequados às possibilidades ou às
habilitações e/ou qualificações profissionais do trabalhador,
Maria de Fátima Portulez de Oliveira.
constitui infração disciplinar e é punível nos termos da cláu-
Bruno Alexandre Venera Moreira.
sula 48.ª»
Manuel Eugénia Pimentel Cavaleiro Brandão.
5- No entretanto, surgiram dúvidas interpretativas sobre o
Joaquim Fernando Fialho Sabino.
que os outorgantes pretenderam dizer, ao utilizar-se a pala-
Representantes da parte sindical: vra «lugar» (no texto do número 5) e a expressão «posto de
Vivalda Rodrigues Henriques Silva. trabalho» (no número 6), nesta cláusula 17.ª O entendimento
Vitalina Gomes Costa Silva. a dar quanto à utilização da palavra «lugar» e da expressão
Paulo Sim Sim Costa. «posto de trabalho» não pode ser desligado dos conceitos
Octávio Manuel Ferreira Duarte Amaro. convencionais das funções exercidas, ou a exercer, e de ca-
tegoria profissional.
Neste sentido, esta comissão delibera que, quando a em-
Depositado em 8 de outubro de 2021, a fl. 171 do livro
presa propõe ao trabalhador em processo de reconversão
n.º 12, com o n.º 200/2021, nos termos do artigo 494.º do
profissional o referido nos números 5 e 6 da cláusula 17.ª,
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
terá de indicar, por escrito, as funções concretas a desem-
fevereiro.
penhar, bem como a correspondente categoria profissional,

3482
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

elencada no anexo VII do referido acordo de empresa. de 3 postos de trabalho adequados às possibilidades ou às
Delibera também, que não será interpretada como recusa habilitações e/ou qualificações profissionais do trabalhador,
por parte do trabalhador a decisão da área da empresa de não constitui infração disciplinar e é punível nos termos da cláu-
confirmar a sua permanência na respetiva área. sula 48.ª»
5- No entretanto, surgiram dúvidas interpretativas sobre o
Lisboa, 3 de setembro de 2021. que os outorgantes pretenderam dizer, ao utilizar-se a pala-
vra «lugar» (no texto do número 5) e a expressão «posto de
Os representantes da Companhia Carris de Ferro de Lis- trabalho» (no número 6), nesta cláusula 17.ª O entendimento
boa, EM, SA: a dar quanto à utilização da palavra «lugar» e da expressão
«posto de trabalho» não pode ser desligado dos conceitos
Manuel Vicente. convencionais das funções exercidas, ou a exercer, e de ca-
Ana Maria Lopes. tegoria profissional.
Pedro Eustáquio. Neste sentido, esta comissão delibera que, quando a em-
Os representantes da Associação Sindical dos Trabalha- presa propõe ao trabalhador em processo de reconversão
dores da Carris e Participadas (ASPTC): profissional o referido nos número 5 e 6 da cláusula 17.ª, terá
de indicar, por escrito, as funções concretas a desempenhar,
Fernando Freire Gomes.
bem como a correspondente categoria profissional, elencada
Vitor José Rosa dos Santos.
no anexo VII do referido acordo de empresa.
João Florêncio Madruga Pisco.
Delibera também, que não será interpretada como recusa
por parte do trabalhador a decisão da área da empresa de não
Depositado em 7 de outubro de 2021, a fl. 170, do livro confirmar a sua permanência na respetiva área.
n.º 12, com o n.º 195/2021, nos termos do artigo 494.º do
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
Lisboa, 3 de setembro de 2021.
fevereiro.
Os representantes da Companhia Carris de Ferro de
Lisboa, EM, SA:
Manuel Vicente.
Acordo de empresa entre a Companhia Carris Ana Maria Lopes.
de Ferro de Lisboa, EM, SA e a Federação dos Pedro Eustáquio.
Sindicatos de Transportes e Comunicações -
Os representantes da Federação dos Sindicatos de
FECTRANS - Deliberação da comissão paritária Transportes e Comunicações - FECTRANS,
Manuel António da Silva Leal.
Sérgio Miguel Gomes Crescêncio.
Deliberação da comissão paritária emergente da cláusu-
Ricardo Miguel Cardoso Alves Albuquerque.
la 74.ª do AE1/Carris/2018 celebrado com a Federação
dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações
FECTRANS Depositado em 7 de outubro de 2021, a fl. 170, do livro
n.º 12, com o n.º 196/2021, nos termos do artigo 494.º do
1- No âmbito do processo de negociação coletiva do AE1, Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
foi alcançado um acordo global entre o conselho de adminis- fevereiro.
tração da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, EM, SA e a
Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações
FECTRANS, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego
(BTE), n.º 2, de 15 de janeiro de 2020, com entrada em vigor
a 21 de janeiro de 2020. Acordo de empresa entre a Companhia Carris de
2- A cláusula 17.ª deste acordo de empresa, tem a epígrafe Ferro de Lisboa, EM, SA e o Sindicato dos Traba-
«Reconversão profissional». lhadores dos Transportes - SITRA - Deliberação da
3- O número 5 da referida cláusula, estabelece a seguinte comissão paritária
redação:
«A empresa proporá, por escrito, aos trabalhadores a re-
converter, a sua inscrição para o preenchimento do lugar;
Deliberação da comissão paritária emergente da cláu-
aqueles deverão informar por escrito e no prazo de 8 dias, se
sula 74.ª do AE1/Carris/2018 celebrado com o Sindicato
aceitam ou não a oferta do lugar, e neste último caso, quais
dos Trabalhadores dos Transportes SITRA
as razões da recusa».
4- O número 6 da mesma cláusula prevê o seguinte: 1- No âmbito do processo de negociação coletiva do AE1,
«O trabalhador não poderá recusar mais de 2 ofertas de foi alcançado um acordo global entre o conselho de admi-
postos de trabalho para que tenha sido proposto; a recusa nistração da Companhia Carris de Ferro de Lisboa, EM, SA

3483
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

e o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes - SITRA, Neste sentido, esta comissão delibera que, quando a em-
publicado no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), n.º 27, presa propõe ao trabalhador em processo de reconversão
de 22 de julho de 2018, com entrada em vigor a 28 de julho profissional o referido nos número 5 e 6 da cláusula 17.ª, terá
de 2018. de indicar, por escrito, as funções concretas a desempenhar,
2- A cláusula 17.ª deste acordo de empresa, tem a epígrafe bem como a correspondente categoria profissional, elencada
«Reconversão profissional». no anexo VII do referido acordo de empresa.
3- O número 5 da referida cláusula, estabelece a seguinte Delibera também, que não será interpretada como recusa
redação: por parte do trabalhador a decisão da área da empresa de não
«A empresa proporá, por escrito, aos trabalhadores a re- confirmar a sua permanência na respetiva área.
converter, a sua inscrição para o preenchimento do lugar;
aqueles deverão informar por escrito e no prazo de 8 dias, se Lisboa, 3 de setembro de 2021.
aceitam ou não a oferta do lugar, e neste último caso, quais
as razões da recusa». Os representantes da Companhia Carris de Ferro de
4- O número 6 da mesma cláusula prevê o seguinte: Lisboa, EM, SA:
«O trabalhador não poderá recusar mais de 2 ofertas de
postos de trabalho para que tenha sido proposto; a recusa Manuel Vicente.
de 3 postos de trabalho adequados às possibilidades ou às Ana Maria Lopes.
habilitações e/ou qualificações profissionais do trabalhador, Pedro Eustáquio.
constitui infração disciplinar e é punível nos termos da cláu- Os representantes do Sindicato dos Trabalhadores dos
sula 48.ª» Transportes - SITRA:
5- No entretanto, surgiram dúvidas interpretativas sobre o
Rui Manuel Gomes dos Santos Caleiras.
que os outorgantes pretenderam dizer, ao utilizar-se a pala-
José Luís Simões Marques Nunes.
vra «lugar» (no texto do número 5) e a expressão «posto de
Francisco Jorge Santos Oliveira.
trabalho» (no número 6), nesta cláusula 17.ª O entendimento
a dar quanto à utilização da palavra «lugar» e da expressão
«posto de trabalho» não pode ser desligado dos conceitos Depositado em 7 de outubro de 2021, a fl. 170, do livro
convencionais das funções exercidas, ou a exercer, e de ca- n.º 12, com o n.º 197/2021, nos termos do artigo 494.º do
tegoria profissional. Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
fevereiro.

DECISÕES ARBITRAIS

...

AVISOS DE CESSAÇÃO DA VIGÊNCIA DE CONVENÇÕES COLETIVAS

...

ACORDOS DE REVOGAÇÃO DE CONVENÇÕES COLETIVAS

...

JURISPRUDÊNCIA

...

3484
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

ORGANIZAÇÕES DO TRABALHO

ASSOCIAÇÕES SINDICAIS

I - ESTATUTOS

Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Alimen- Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento
tar do Centro, Sul e Ilhas que passa a denominar-se e Afins - SINAFE - Alteração
Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria
Alimentar - Alteração Alteração de estatutos aprovada em 4 de setembro de
2021, com última publicação no Boletim do Trabalho e Em-
Alteração de estatutos aprovada em 6 de outubro de 2021, prego, n.º 45, de 8 de dezembro de 2017.
com última publicação no Boletim do Trabalho e Emprego,
n.º 38, de 15 de outubro de 2015. Declaração de princípios
1- O Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento
CAPÍTULO I e Afins - SINAFE rege-se pelos princípios do sindicalismo
democrático, orientando toda a sua acção com vista à cons-
Denominação, âmbito e sede trução de um movimento sindical forte e independente.
2- A observância destes princípios implica:
Artigo 1.º 2.1- A autonomia e independência em relação ao Estado,
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indús- ao patronato, às confissões religiosas e aos partidos políticos
tria Alimentar é uma associação sindical constituída pelos ou outras organizações de natureza política;
trabalhadores nela filiados que exerçam a sua atividade 2.2- A consagração de estruturas que garantam a partici-
profissional em qualquer ramo da indústria alimentar, pação democrática de todos os associados na actividade do
bebidas e tabacos. sindicato, tais como:
a) O congresso, composto por delegados eleitos por voto
Artigo 2.º directo e secreto, na base de moções de orientação discutidas
O sindicato exerce a sua atividade em todo o território e votadas pelos associados;
nacional. b) Conselho geral, órgão permanente máximo entre dois
congressos, com poderes deliberativos;
CAPÍTULO VII c) Secretariado nacional, órgão executivo;
d) Conselho fiscalizador de contas e o conselho de disci-
Estrutura organizativa plina.
2.3 Consagrar o direito de tendência, através da repre-
sentação proporcional nos órgãos deliberativos, evitando a
SECÇÃO IV divisão dos trabalhadores por tendências antagónicas. Este
princípio é a base de unidade dos trabalhadores na discussão
Direção dos seus problemas no profundo respeito pelas liberdades de
opinião e expressão.
Artigo 35.º 3- O SINAFE assumirá por si ou em conjunto com outras
A direção do sindicato compõe-se de 15 membros efeti- organizações sindicais a defesa dos direitos e interesses dos
vos e 2 suplentes. seus associados, desenvolvendo um trabalho constante de
organização.
4- O SINAFE defende o direito à contratação e á negocia-
Registado em 11 de outubro de 2021, ao abrigo do artigo
ção colectiva como processo contínuo de participação eco-
449.º do Código do Trabalho, sob o n.º 33, a fl. 199 do livro
n.º 2.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

nómica e social, segundo o princípio da boa-fé negocial e do 2- O símbolo do SINAFE é constituído por dois círculos,
respeito mútuo. tendo entre si um fundo amarelo e escrito sobre este, em toda
5- O SINAFE defende a melhoria da qualidade de vida dos a sua volta, a denominação e sigla do sindicato. No interior
trabalhadores, do pleno emprego, do trabalho sem quaisquer do círculo menor o fundo é branco e sobre este está aposto
discriminações, assim como os salários e a igualdade de a relevo e ao centro duas linhas paralelas dos caminhos-de-
oportunidades. -ferro, estando à direita destas, de cima para baixo um «I»
6- O SINAFE, defende por si ou em conjunto com outras no interior de um círculo azul celeste; um carro de mão para
organizações sindicais, nacionais e/ou europeias, pela eman- transporte de bagagem; uma balança a pesar uma mala de
cipação dos trabalhadores numa base de solidariedade sin- viagem; um passageiro sentado tendo junto de si uma mala
dical. pequena e ao alto um relógio com fundo castanho onde estão
7- O SINAFE defende um conceito social de empresa, vi- assinaladas três horas; à esquerda das linhas paralelas dos
sando uma melhoria das condições de vida dos trabalhado- caminhos-de-ferro está um sinal principal com indicador de
res, assim como uma acção sindical dignificante na defesa da linha de entrada.
melhoria das relações de trabalho.
Artigo 4.º
8- O SINAFE defenderá o direito inalienável à greve, no
entendimento de que esta é o último recurso que se apresenta Bandeira
para a defesa e persecução dos seus interesses e direitos.
A bandeira do SINAFE é formada por um rectângulo de
cor azul escura, tendo, no centro, a relevo, o símbolo descrito
Estatutos no número 2 do artigo 3.º dos estatutos.

PARTE I CAPÍTULO II

Natureza e objecto Objecto

Artigo 5.º
CAPÍTULO I
Fins
Natureza O SINAFE tem por fins:
1- Promover, por todos os meios ao seu alcance, a defe-
Artigo 1.º sa dos direitos e interesses morais e materiais, económicos,
sociais e profissionais dos seus associados, nomeadamente:
Constituição designação
a) Intervindo em todos os problemas que afectem os tra-
É constituído por tempo indeterminado o Sindicato balhadores no âmbito do sindicato, defendendo sempre a li-
Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins, abrevia- berdade e direitos sindicais e pressionar o poder público para
damente designado por SINAFE, é a organização sindical que eles sejam respeitados;
que representa os trabalhadores que a ela adiram e que, in- b) Desenvolvendo um trabalho constante de organização
dependentemente da sua profissão, função ou categoria pro- da classe, tendo em vista as justas reivindicações tendentes a
fissional, exerçam a sua actividade por conta de outrem em aumentar o seu bem-estar social, económico e cultural;
empresas operadoras de transporte ou de infraestruturas ro- c) Promovendo a formação político-sindical dos seus as-
doferroviárias. sociados, contribuindo, assim, para uma maior consciencia-
Artigo 2.º lização face aos seus direitos e deveres e para uma mais har-
moniosa realização profissional e humana;
Âmbito e sede d) Exigindo dos poderes públicos a feitura e o cumprimen-
1- O Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e to de leis que defendam os trabalhadores e tendam a edificar
Afins - SINAFE exerce a sua actividade em todo o território uma sociedade mais livre, mais justa e mais fraterna;
nacional e tem a sua sede em Lisboa. e) Defender o direito ao trabalho e à estabilidade no em-
2- O Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e prego.
Afins - SINAFE criará as delegações previstas nestes estatu- 2- Lutar com todas as organizações sindicais nacionais e
tos e poderá ainda criar outras por proposta do secretariado estrangeiras, pela libertação dos trabalhadores e manter com
nacional ao conselho geral para aprovação. elas relações estreitas de colaboração e solidariedade.
3- O Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e
Artigo 3.º Afins - SINAFE, como afirmação concreta dos seus princí-
pios e melhor prossecução dos seus fins, é filiado na UGT -
Sigla e símbolo
União Geral de Trabalhadores, podendo, ainda, se tal achar
1- O Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e conveniente, pedir a sua filiação noutras federações sindicais
Afins adota a sigla SINAFE. nacionais e internacionais do sector.

3486
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

Artigo 6.º Artigo 7.º-A

Competências Sócios comuns


1- O SINAFE tem competência para: 1- São sócios comuns do SINAFE todos os trabalhadores
a) Celebrar convenções colectivas de trabalho; que exerçam a sua actividade nos termos previstos nos pre-
b) Participar na elaboração da legislação de trabalho; sentes estatutos e que se inscrevam como tal.
c) Participar na gestão das instituições que visem satisfa- 2- O secretariado nacional poderá recusar a inscrição de
zer os interesses dos trabalhadores; um candidato, devendo, para tal notificá-lo da decisão no
d) Participar no controlo de execução dos planos económi- prazo de quinze (15) dias.
co-sociais, nomeadamente através do conselho nacional do 3- Da decisão do secretariado nacional cabe recurso para
plano e do conselho nacional de rendimentos e preços; o conselho geral no prazo máximo de cinco (5) dias a contar
e) Velar por todos os meios ao seu alcance, pelo cumpri- da data da notificação.
mento das convenções de trabalho e pelo respeito de toda a §. Da decisão do conselho geral não cabe recurso.
legislação laboral;
Artigo 8.º
f) Intervir nos processos disciplinares instaurados aos as-
sociados pelas entidades patronais e pronunciar-se sobre to- Perda da qualidade de sócio comum
dos os casos de despedimento;
1- Perde a qualidade de sócio comum todo aquele que:
g) Prestar, gratuitamente, toda a assistência sindical, jurí-
a) Deixe de exercer a sua actividade no âmbito do sindica-
dica e judicial de que os associados necessitem nos conflitos
to ou se venha a colocar na situação prevista na alínea a) do
resultantes de relações de trabalho;
número 1 do artigo 7.º;
h) Decretar greve e pôr-lhe termo;
b) Tenha requerido nos termos legais, a sua demissão;
i) Prestar serviços de ordem económica e/ou social aos
c) Deixe de pagar a sua quota por período superior a três
associados e fomentar o desenvolvimento e organização de
meses sem prejuízo do disposto no número 2 do artigo 47.º e
obras sociais;
de acordo com o regulamento de disciplina;
j) Incrementar a valorização profissional e cultural dos
d) Seja expulso do SINAFE;
associados através da edição de publicações, realização de
e) Passe a sócio extraordinário.
cursos e outras iniciativas, por si ou em colaboração com
2- A perda da qualidade de sócio não dá direito a receber
outros organismos;
qualquer verba do sindicato com fundamento em tal motivo.
k) Dar parecer sobre todos os assuntos que digam respeito
aos trabalhadores; Artigo 9.º
l) Aderir às organizações sindicais nacionais ou estrangei-
ras, nos precisos termos destes estatutos; Readmissão
m) Lutar, por todos os meios ao seu alcance, pela concre- 1- Os trabalhadores podem ser readmitidos como sócios
tização dos seus objectivos no respeito pelos seus princípios comuns nas circunstâncias determinadas para a readmissão:
fundamentais. a) Em caso de expulsão só o conselho geral, ouvindo o
2- O SINAFE reserva-se o direito de aderir ou não a quais- conselho de disciplina, pode decidir da readmissão;
quer apelos que lhe sejam dirigidos com vista a uma acção b) Em caso de ser aceite a readmissão, esta será considera-
concreta, tendo em consideração que a sua neutralidade não da, para todos os efeitos, como nova admissão.
pode significar indiferença perante ameaças às liberdades
democráticas ou direitos já conquistados ou a conquistar. CAPÍTULO II
3- O Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento
e Afins - SINAFE, tem personalidade jurídica e é dotado de Direitos e deveres
capacidade negocial.
Artigo 10.º
PARTE II
Direitos

Dos associados, direitos e deveres São direitos dos sócios comuns:


1- Participar em toda a actividade do SINAFE de acordo
com os presentes estatutos.
CAPÍTULO I 2- Apresentar quaisquer propostas que julguem de interes-
se colectivo e enviar teses ao congresso.
Artigo 7.º 3- Eleger e ser eleito para os órgãos do sindicato nas con-
dições previstas nestes estatutos.
Categorias
4- Beneficiar dos serviços prestados pelo sindicato ou
O SINAFE compõe-se e sócios comuns e sócios extra- quaisquer instituições dele dependentes com ele cooperantes
ordinários.

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ou em que ele esteja filiado, nos termos dos respectivos esta- PARTE III
tutos e regulamentos.
5- Beneficiar de todas as actividades do SINAFE no cam- Regime disciplinar
po sindical, profissional, social, cultural e recreativo.
6- Recorrer das decisões dos órgãos directivos quando es- Artigo 12.º
tas contrariem a lei ou os estatutos.
7- Beneficiar do apoio sindical e jurídico do sindicato em Remissão
tudo o que se relacione com a sua actividade profissional. O regime disciplinar será estabelecido por regulamento
8- Beneficiar de compensação por salários perdidos em de disciplina a aprovar em congresso.
caso de represália por actividades sindicais, nos termos de-
terminados pelo conselho geral. PARTE IV
9- Beneficiar do fundo social e de greve, nos termos deter-
minados pelo conselho geral. Disposições gerais
10- Serem informados de toda a actividade do sindicato.
11- Reclamar da actuação do delegado sindical. Artigo 13.º
12- Receber os estatutos e programa de acção do sindicato.
13- Receber o cartão de sócio. Estruturas
14- Requerer, nos termos legais, a sua admissão de sócio A organização estrutural do SINAFE comporta:
do sindicato. 1- Congresso.
Artigo 11.º 2- Conselho geral.
3- Conselho fiscalizador de contas.
Deveres 4- Conselho de disciplina.
São deveres dos sócios comuns: 5- Secretariado nacional.
1- Cumprir os estatutos e demais disposições regulamen- 6- Delegações.
tares. 7- Delegados sindicais e comissões sindicais e profissio-
2- Manterem-se informados das actividades do sindicato nais.
e desempenhar os lugares para que foram eleitos, quando os 8- Comissões profissionais, de reformados, de quadros, de
tenham aceitado. jovens, de mulheres ou outras.
3- Cumprir e fazer cumprir as deliberações do congresso e Artigo 14.º
dos outros órgãos do SINAFE.
4- Fortalecer a organização do SINAFE nos locais de tra- Órgãos dirigentes
balho. 1- São órgãos dirigentes do SINAFE:
5- Ter uma actividade militante em defesa dos princípios a) Conselho geral;
do sindicalismo democrático. b) Conselho fiscalizador de contas;
6- Pagar regularmente as suas quotizações. c) Conselho de disciplina;
7- Comunicar, por escrito, no prazo de quinze dias, ao d) Secretariado nacional;
sindicato a mudança de residência, local de trabalho, esta- e) Secretariado das delegações.
do civil, situação profissional, impossibilidade de trabalho
por doença prolongada, reforma, serviço militar e quaisquer Artigo 15.º
outras ocorrências extraordinárias que possam vir a verificar- Mandatos
-se.
1- Todas as eleições são efectuadas por voto e escrutínio
8- Devolver o cartão de sócio do SINAFE quando tenham
directo e secreto.
perdido essa qualidade.
2- A duração do mandato dos membros eleitos para os
9- Defender em todos os locais o bom nome do sindicato.
diversos órgãos do sindicato é de quatro anos, podendo ser
Artigo 11.º-A reeleitos, uma ou mais vezes, para os mesmos ou diferentes
cargos.
Sócios extraordinários
§. Exceptuam-se os delegados ao congresso, cujo mandato
1- Podem passar a sócios extraordinários os sócios comuns é coincidente com a duração do mesmo.
que se reformem ou se aposentem e que manifestem vontade 3- O exercício dos cargos directivos é, em princípio, gra-
de continuar no SINAFE. tuito, sendo no entanto, assegurada a reposição das despesas
2- Os sócios extraordinários gozam dos mesmos direitos ocasionadas no exercício das funções directivas.
dos sócios comuns, salvo o previsto no número 8 do artigo 4- Os dirigentes que por motivo das suas funções percam
10.º toda ou parte da sua remuneração têm direito ao reembolso
3- Os sócios extraordinários têm os mesmos deveres dos pelo SINAFE das importâncias correspondentes.
sócios comuns.

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Artigo 16.º Artigo 19.º

Quórum Reunião do congresso


1- Os órgãos do SINAFE só poderão deliberar validamen- 1- O congresso reúne ordinariamente de quatro em quatro
te desde que estejam presentes metade e mais um dos seus anos e extraordinariamente:
membros efectivos. a) A pedido de 20 % dos sócios do SINAFE;
2- Decorrido uma hora da data prevista para o início dos b) A pedido do secretariado nacional;
trabalhos, pode reunir e deliberar validamente com quais- c) Por decisão do conselho geral.
quer números de membros presentes. 2- O congresso ordinário pode, se assim o entender, con-
vocar um congresso extraordinário para alteração dos estatu-
CAPÍTULO II tos ou para apreciar ou deliberar sobre outros assuntos que,
não constando da sua ordem de trabalhos, sejam reconheci-
Congresso dos como de grande interesse e premência para o SINAFE.
3- Os pedidos de convocação extraordinária do congresso
Artigo 17.º deverão ser sempre feitos por escrito, deles constando a or-
dem de trabalhos, que aquele não poderá alterar.
Composição 4- Os congressos extraordinários realizar-se-ão com os
1- O órgão supremo do SINAFE é o congresso, constitu- mesmos delegados para o último congresso, desde que não
ído por um colégio mínimo de cinquenta (50) delegados, e decorram mais de seis meses entre as datas de ambos.
o máximo de sessenta e cinco (65), eleitos em assembleia Artigo 20.º
eleitoral, em conformidade com os estatutos.
2- São, por inerência, delegados ao congresso, o presiden- Convocação
te do conselho geral, o presidente do conselho de disciplina, 1- A convocação do congresso é sempre da competência
o secretário-geral, os dois vice-secretários-gerais e os restan- do conselho geral, devendo o anúncio da convocatória ser
tes membros do secretariado executivo. efectuado no boletim informativo do sindicato e por anúncio
Artigo 18.º amplamente publicitado entre os associados, designadamen-
te, por correio eletrónico, por afixação nas delegações do sin-
Competência dicato e nos locais de trabalho, com a antecedência mínima
1- São atribuições exclusivas do congresso: de noventa dias.
a) Eleger o conselho geral; §. No caso do congresso extraordinário previsto no núme-
b) Eleger o conselho fiscalizador de contas; ro dois do artigo anterior, a convocação compete ao presi-
c) Eleger o conselho de disciplina; dente da mesa do congresso.
d) Eleger o secretariado nacional; 2- Quando o congresso extraordinário tenha sido requerido
e) Destituir por maioria de três quartos os órgãos estatutá- nos termos das alíneas a) e b) do número 1 do artigo ante-
rios do SINAFE e eleger uma comissão administrativa à qual rior, o conselho geral deverá convocá-lo no prazo máximo de
incumbe, obrigatoriamente, a gestão dos assuntos sindicais trinta dias após a recepção do pedido.
decorrentes e a preparação e a realização, no prazo máximo §. O congresso extraordinário previsto no número dois do
de cento e vinte dias, do congresso para eleição dos órgãos artigo 19.º deverá reunir dentro de sessenta dias subsequen-
destituídos; tes à data da deliberação da sua convocação.
f) Rever os estatutos; 3- O anúncio da convocatória deverá conter a ordem de
g) Deliberar sobre a associação ou fusão do SINAFE com trabalhos, o dia, hora e local da realização do congresso e ser
outras organizações sindicais e sobre a sua extinção; seguido, quando necessário, no prazo máximo de quinze (15)
h) Discutir e aprovar, alterando ou não o programa de ac- dias da convocação da assembleia eleitoral.
ção para o quadriénio seguinte; Artigo 21.º
i) Deliberar sobre qualquer assunto de superior interesse
que afecte gravemente a vida do sindicato; Funcionamento
j) Alterar a quotização sindical, bem como fixar as quoti- 1- As deliberações do congresso são válidas desde que ne-
zações para os fundos a instituir. las tome parte mais de metade dos seus membros.
2- As deliberações sobre assuntos que não constem da or- a) Salvo disposição em contrário, as deliberações são to-
dem de trabalhos do congresso, são válidas e vincularão o madas por maioria simples;
SINAFE, desde que formulada(s) por proposta e subscrita b) Para aprovação de um requerimento é necessária a
por um mínimo de vinte por cento dos delegados presentes maioria de dois terços.
e apresentada(s) à mesa do congresso no decorrer dos traba- 2- O congresso funcionará em sessão contínua até se esgo-
lhos e aprovadas pelo mesmo por maioria simples.

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tar a ordem de trabalhos, após o que será encerrado. –– Presidente do conselho de disciplina;
a) Se a quantidade de assuntos a debater o justificar, pode –– Secretário-geral;
ser requerida, por um terço dos delegados ou pela mesa, a –– Vice-secretários gerais;
continuação dos trabalhos em reunião extraordinária dentro –– Secretário nacional tesoureiro.
dos três meses seguintes; 2- As listas concorrentes deverão indicar, além dos candi-
b) Os mandatos dos delegados caducam com o encerra- datos efectivos, suplentes em número equivalente a um terço
mento do congresso, excepto se for convocada nova reunião daqueles, arredondado por excesso.
extraordinária nos termos da alínea a). 3- Será presidente do conselho geral o primeiro candidato
2- O congresso elegerá no início da primeira sessão uma efectivo da lista mais votada.
mesa para dirigir os trabalhos, competindo-lhe especialmen- 4- Terão assento no conselho geral sem direito a voto:
te: a) Os membros do conselho de disciplina;
a) Assegurar o bom funcionamento do congresso; b) Os membros do secretariado nacional;
b) Dirigir os trabalhos de acordo com a ordem do dia e o c) O coordenador do secretariado de cada delegação do
regimento do congresso; SINAFE.
c) Tomar notas e elaborar actas de todas as intervenções 5- Nos casos em que estejam em causa eleições para dele-
dos delegados e das deliberações do congresso; gados em organizações onde o SINAFE esteja filiado, terão
d) Proceder à nomeação das comissões necessárias ao bom também direito a voto os membros dos órgãos indicados no
funcionamento do congresso; ponto anterior.
e) Elaborar e assinar todos os documentos expedidos em
Artigo 25.º
nome do congresso.
3- A mesa do congresso é composta por um presidente, um Mesa do conselho geral
vice-presidente e três secretários, eleitos por sufrágio de lista
1- O conselho geral elegerá, na sua primeira reunião, de
completa e nominativa mediante escrutínio secreto.
entre os seus membros eleitos pelo congresso, um vice-pre-
Artigo 22.º sidente e três secretários, por sufrágio de listas completas,
sendo eleita a que somar o maior número de votos, que, com
Votação em congresso o presidente eleito em congresso, constituirão a mesa.
1- A votação em reunião do congresso será feita pessoal e 2- A mesa do conselho geral assegurará o funcionamento
directamente por cada delegado, não sendo permitido o voto das sessões, de acordo com a ordem do dia e o regimento do
por procuração nem o voto por correspondência. conselho, sendo responsável pela condução dos trabalhos e
2- A votação pode ser por braço levantado ou por escrutí- respectivo expediente.
nio secreto.
Artigo 26.º
a) Serão obrigatoriamente por escrutínio secreto as vota-
ções para: Reuniões
1) Eleição da mesa do congresso, do conselho geral, do
1- O conselho geral reúne ordinariamente três vezes por
conselho fiscalizador de contas, do conselho de disciplina e
ano e extraordinariamente a pedido do secretariado nacional,
do secretariado nacional;
de um terço dos seus membros ou de 10 % dos sócios do
2) Destituição dos órgãos que lhe compete eleger;
SINAFE.
3) Deliberação sobre a associação ou fusão do SINAFE,
2- A convocação do conselho geral compete ao seu presi-
com outras organizações sindicais e sobre a sua extinção.
dente ou, na sua falta ou impedimento, ao vice-presidente.
a) O presidente da mesa do congresso não disporá de voto
3- Nos casos de reunião extraordinária, o presidente deve
de qualidade.
convocar o conselho geral no prazo máximo de trinta (30)
Artigo 23.º dias após a recepção do pedido.
4- Em qualquer caso, as reuniões do conselho geral devem
Regimento ser convocadas com o mínimo de quinze dias de antecedên-
1- O congresso decidirá o seu próprio regimento. cia.
Artigo 27.º
CAPÍTULO III
Competência
Conselho geral 1- Compete ao conselho geral velar pelo cumprimento dos
princípios, estatutos, programa de acção e decisões directi-
Artigo 24.º vas do congresso por todos os membros e órgãos do SINAFE
e, em especial:
Composição
a) Actualizar ou adaptar, sempre que necessário, a política
1- O conselho geral é composto por trinta e um (31) e estratégia sindicais definidas pelos congressos;
membros eleitos pelo congresso, por sufrágio directo e b) Convocar o congresso, nos termos estatutários;
secreto de listas nominativas e escrutínio pelo método de c) Aprovar o orçamento anual e o relatório e contas do
Hondt. Têm também assento no conselho geral:

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

exercício apresentados pelo secretariado nacional, após pa- 4- Os membros do conselho fiscalizador de contas elege-
recer do conselho fiscalizador de contas; rão entre si um vice-presidente e um secretário.
d) Apresentar relatório pormenorizado das suas activida-
Artigo 29.º
des ao congresso, do qual constará parecer sobre os relató-
rios anuais do secretariado nacional; Competência
e) Resolver os diferendos entre os órgãos do SINAFE ou
1- Compete ao conselho fiscalizador de contas:
entre estes e os sócios, após parecer do conselho de disci-
a) Examinar, pelo menos trimestralmente, a contabilidade
plina;
do SINAFE;
f) Deliberar acerca da declaração de greve, sobre proposta
b) Dar parecer sobre os relatórios, contas e orçamentos
do secretariado nacional, depois de este ter consultado os tra-
apresentados pelo secretariado nacional;
balhadores e estes se terem pronunciado, maioritariamente,
c) Apresentar ao secretariado nacional as sugestões que
quando a sua duração for superior a dez dias;
entenda de interesse para o sindicato e que estejam no seu
g) Ratificar a declaração, pelo secretariado nacional, de
âmbito;
greve;
d) Examinar com regularidade a contabilidade das delega-
h) Fixar as condições de utilização do fundo de greve e do
ções do SINAFE.
fundo social;
2- O conselho fiscalizador de contas terá acesso, sempre
i) Eleger os representantes do SINAFE nas organizações
que o entender, à documentação de tesouraria do sindicato.
em que esteja filiado;
3- Das reuniões do conselho fiscalizador de contas serão,
j) Decidir sobre as propostas do secretariado nacional de
obrigatoriamente elaboradas actas.
abrir delegações do SINAFE e aprovar o regulamento de
funcionamento destas;
k) Dar parecer sobre a criação de organizações julgadas CAPÍTULO V
necessárias ou convenientes aos trabalhadores, tais como
cooperativas, bibliotecas, etc., ou sobre a adesão a outras já Conselho de disciplina
existentes;
l) Deliberar sobre quaisquer assuntos que não sejam da Artigo 30.º
competência do congresso, salvo expressa delegação deste; Composição
m) Pronunciar-se sobre todas as questões que os órgãos do
SINAFE lhe apresentem; 1- O conselho de disciplina é constituído por cinco ele-
n) Ratificar a proposta do secretariado nacional para a con- mentos eleitos pelo congresso por sufrágio directo e secreto
vocação do congresso; e escrutínio pelo método de Hondt.
o) Ratificar a proposta do secretariado nacional com o nú- 2- As listas concorrentes deverão indicar, além dos efecti-
mero de delegados que elege ao congresso, conforme o nú- vos, candidatos suplentes em número equivalente a um terço
mero dois do artigo 17.º; daqueles, arredondado por excesso.
p) Autorizar o secretariado nacional a contrair emprésti- 3- É presidente do conselho de disciplina o primeiro candi-
mos e adquirir bens imóveis; dato efectivo da lista mais votada.
q) Nomear os órgãos de gestão administrativa do SINAFE, 4- Os membros do conselho de disciplina elegerão entre si
no caso de demissão dos órgãos eleitos, até à realização de um vice-presidente e um secretário.
novas eleições; Artigo 31.º
r) Autorizar o secretariado nacional a alienar ou onerar
bens imóveis. Reuniões
2- O conselho geral decidirá do seu próprio regulamento. 1- O conselho de disciplina reúne ordinariamente uma vez
por semestre e extraordinariamente sempre que qualquer as-
CAPÍTULO IV sunto da sua competência lhe seja posto por qualquer órgão
do sindicato ou pelos seus sócios.
Conselho fiscalizador de contas 2- Das reuniões do conselho de disciplina serão obrigato-
riamente elaboradas actas.
Artigo 28.º Artigo 32.º
Composição
Competência
1- O conselho fiscalizador de contas é composto por três 1- Compete ao conselho de disciplina:
elementos, eleitos pelo congresso por sufrágio directo e se- a) Instaurar todos os processos disciplinares;
creto e escrutínio pelo método de Hondt. b) Instaurar e submeter ao conselho geral os processos so-
2- As listas concorrentes deverão indicar além dos efecti- bre diferendos que surjam entre órgãos do SINAFE;
vos, candidatos suplentes em número equivalente a um terço c) Comunicar ao secretariado nacional as sanções aplica-
daqueles, arredondado por excesso. das aos sócios nos termos do regulamento disciplinar até à
3- É presidente do conselho fiscalizador de contas o pri- pena de suspensão;
meiro candidato efectivo da lista mais votada.

3491
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

d) Propor ao conselho geral as penas de expulsão a aplicar; h) Elaborar e apresentar anualmente até quinze (15) de de-
e) Dar parecer ao conselho geral sobre a readmissão de zembro, ao conselho geral, para aprovação, o orçamento e o
sócios expulsos ou sobre qualquer assunto que aquele órgão plano para o ano seguinte;
lhe proponha. i) Apresentar anualmente até trinta (30) de março, ao con-
2- Das decisões do conselho de disciplina cabe sempre re- selho geral, o relatório e contas relativos ao ano antecedente;
curso para o conselho geral. j) Representar o SINAFE em juízo e fora dele;
3- O conselho de disciplina apresentará anualmente ao k) Discutir, negociar e assinar convenções colectivas de
conselho geral, na reunião em que este aprovar o relatório e trabalho;
contas do secretariado nacional, o seu relatório. l) Declarar e fazer cessar a greve, depois de ouvidos os
trabalhadores e estes se haverem pronunciado, maioritaria-
CAPÍTULO VI mente, por períodos iguais ou inferiores a dez dias, devendo
submeter as suas decisões a ratificação do conselho geral;
Secretariado nacional m) Propor ao conselho geral a convocatória do congresso
nos termos do número um e suas alíneas a) e b) do artigo 19.º
Artigo 33.º dos estatutos, com a indicação do local, dia, hora e respectiva
ordem de trabalhos;
Composição n) Estabelecer o número de delegados ao congresso, que
1- O secretariado nacional, composto por vinte e um (21) caberá a cada círculo eleitoral, nos termos do número dois e
elementos, é eleito pelo congresso por escrutínio directo e suas alíneas do artigo 17.º destes estatutos;
secreto de listas nominativas completas, sendo eleita a lista o) Nomear os delegados sindicais, eleitos pelos trabalha-
que somar maior número de votos. dores, bem como suspendê-los ou demiti-los de acordo com
2- As listas concorrentes deverão indicar, além dos efecti- os interesses dos mesmos trabalhadores;
vos, candidatos suplentes em número equivalente a um terço p) Eleger de entre os seus membros um secretariado exe-
daqueles, arredondado por excesso. cutivo composto por sete membros;
3- É secretário-geral o primeiro nome, e vice-secretários- q) O secretariado executivo exercerá as competências que
-gerais o segundo e o terceiro nome da lista mais votada. lhe forem delegadas, na primeira reunião pelo secretariado
4- O secretariado nacional é um órgão colegial tendo, nacional, nomeadamente as mencionadas no artigo seguinte.
no entanto, os seus membros funções específicas, que Artigo 34.º-A
distribuirão entre si.
5- O secretariado nacional elegerá, de entre os seus mem- Do secretariado executivo
bros, na sua primeira reunião, um secretariado executivo de 1- Para levar a cabo as tarefas que lhe são atribuídas o se-
sete (7) elementos. cretariado executivo deverá:
6- As actividades desenvolvidas pelo secretariado executi- a) Elaborar os regulamentos internos necessários à boa or-
vo serão transmitidas aos restantes membros do secretariado ganização dos serviços do SINAFE;
nacional nas reuniões deste órgão. b) Criar as comissões assessoras que considerar necessá-
7- Poderão participar nas reuniões do secretariado nacio- rias, nomeadamente comissões profissionais e de actividade;
nal, os presidentes do conselho geral, do conselho de disci- c) Solicitar pareceres das comissões sobre matérias espe-
plina, sem direito a voto, desde que aprovado em reunião e a cializadas, sobretudo no referente à contratação colectiva;
convite do secretário-geral. d) Submeter aos restantes órgãos do SINAFE todos os as-
Artigo 34.º suntos sobre os quais eles se devem pronunciar ou que vo-
luntariamente lhes queira pôr;
Competência e) Editar o jornal do SINAFE e quaisquer outras publica-
1- Ao secretariado nacional compete, nomeadamente: ções de interesse;
a) Representar o SINAFE a nível nacional e internacional; f) Dinamizar e coordenar a acção dos delegados sindicais
b) Velar pelo cumprimento dos estatutos e executar as de- e respectivas eleições;
cisões do congresso e do conselho geral; g) Desenvolver todas as acções necessárias ou de que ou-
c) Propor ao conselho geral a criação de novas delegações tros órgãos do SINAFE o incumbam;
do SINAFE; h) Elaborar e manter actualizado o inventário dos haveres
d) Facilitar, acompanhar e apoiar os trabalhos dos secreta- do sindicato;
riados das delegações; i) As actividades desenvolvidas pelo secretariado executi-
e) Admitir e rejeitar de acordo com os estatutos, a inscri- vo serão transmitidas aos restantes membros do secretariado
ção de sócios; nacional nas reuniões deste órgão.
f) Aceitar a demissão de sócios que a solicitem nos termos Artigo 35.º
legais;
g) Fazer a gestão do pessoal do SINAFE de acordo com as Reuniões
normas legais e os regulamentos internos; 1- O secretariado nacional reunirá sempre que necessário

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

e obrigatoriamente de sessenta em sessenta dias, devendo-se Artigo 39.º


elaborar acta de cada reunião efectuada em livro próprio para
esse fim. Competências das delegações
2- O secretariado executivo reúne sempre que necessário e Às delegações compete:
obrigatoriamente uma vez por mês, devendo-se elaborar acta a) Dinamizar o sindicato na sua área de acção em coor-
de cada reunião efectuada em livro próprio para esse fim. denação com os órgãos do sindicato e na observância dos
princípios estatutários;
Artigo 36.º
b) Transmitir aos órgãos nacionais do sindicato as aspira-
Competência do secretário-geral ções dos associados;
c) Dar comprimento às deliberações e recomendações dos
Compete ao secretário-geral:
órgãos do sindicato;
a) Convocar e presidir às reuniões do secretariado nacio-
d) Pronunciar-se sobre questões que lhe sejam presentes
nal e do secretariado executivo;
pelo secretariado nacional;
b) Coordenar a execução da estratégia político-sindical em
e) Acompanhar a acção dos dirigentes, conselheiros e de-
conformidade com as deliberações do congresso e do con-
legados sindicais facilitando a coordenação entre eles e o se-
selho geral;
cretariado nacional.
c) Representar o SINAFE em todos os actos;
d) Nas suas faltas e impedimentos, o secretário-geral será Artigo 40.º
substituído por um dos vice-secretário-geral;
Órgãos da delegação
e) Propor os membros para o secretariado executivo;
f) Propor a constituição dos pelouros, a sua composição e São órgãos da delegação:
coordenação; a) A assembleia de delegados;
g) Ter assento e presidência nas reuniões das delegações b) O secretariado da delegação.
podendo estas ser convocadas por sua iniciativa, assim como Artigo 41.º
nas reuniões das comissões sindicais e profissionais.
Assembleia de delegados
Artigo 37.º
1- A assembleia de delegados é composta por todos os de-
Responsabilidade legados sindicais na área da delegação.
1- Os membros do secretariado nacional respondem soli- 2- A assembleia de delegados é um órgão meramente
dariamente pelos actos praticados no exercício do mandato consultivo, não podendo tomar posições públicas e compete-
que lhes foi confiado perante o congresso e o conselho geral, lhe, em especial, analisar e discutir a situação sindical nas
aos quais deverão prestar todos os esclarecimentos solicita- empresas e zonas e pronunciar-se sobre as questões que lhe
dos. sejam postas pelo secretariado nacional.
2- O secretariado nacional poderá constituir mandatários 3- A assembleia de delegados é presidida pelo secretariado
para a prática de determinados actos, devendo, neste caso, nacional e reúne obrigatoriamente uma vez por semestre e
fixar com precisão o âmbito dos poderes conferidos. extraordinariamente nos seguintes casos:
3- Para obrigar o SINAFE bastam as assinaturas de dois a) A requerimento do secretariado da delegação;
membros do secretariado nacional, sendo uma delas, obri- b) A requerimento de 20 % dos delegados sindicais da de-
gatoriamente a do secretário nacional tesoureiro, quando os legação.
documentos envolvem responsabilidade financeira. Artigo 42.º

Secretariado da delegação
CAPÍTULO VII
1- Cada delegação será dirigida por um secretariado com-
Delegações posto por:
a) Um secretário coordenador que preside;
Artigo 38.º b) Por dois ou quatro membros eleitos pela assembleia de
delegados;
Criação e fusão c) O secretariado das delegações será eleito por sufrágio
1- Poderão ser criadas, por proposta do secretariado na- directo e secreto de listas nominativas completas pelo mé-
cional ao conselho geral, delegações do SINAFE, bem como todo proporcional de Hondt, na primeira assembleia de de-
suprimir, fundir ou subdividir as já existentes. legados;
2- Compete ao secretariado nacional propor ao concelho d) Será secretário coordenador o primeiro candidato efec-
geral um projecto de regulamentação da competência do fun- tivo da lista mais votada;
cionamento destas formas de representação. e) As listas terão de indicar, além dos efectivos, candidatos
3- A área geográfica das delegações será definida na pri- suplentes em número equivalente a um terço daqueles, arre-
meira reunião do conselho geral sobre proposta do secreta- dondado por excesso.
riado nacional. 2- Ao secretariado da delegação competirá dirigi-la, fazen-
do igualmente a sua gestão financeira.

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CAPÍTULO VIII PARTE V

Delegações sindicais Organização financeira

Artigo 43.º Artigo 46.º

Eleição de delegados sindicais Fundos


1- A eleição de delegados sindicais será efectuada no ou Constituem fundos do SINAFE:
nos locais de trabalho, por todos os associados do SINAFE. 1- As quotas dos seus associados;
2- O secretariado nacional promoverá e organizará as elei- 2- As receitas extraordinárias;
ções dos delgados sindicais nos 120 dias seguintes ao con- 3- As contribuições extraordinárias.
gresso.
Artigo 47.º
a) A convocação das eleições será feita com vinte dias de
antecedência pelo secretariado nacional. Quotização
3- Após anúncio da eleição dos delegados sindicais os as-
1- A quotização dos sócios comuns do SINAFE é de 1 % e
sociados poderão constituir-se em listas nominativas com-
incide sobre o ilíquido total do vencimento mensal, do subsí-
pletas, enviando a sua candidatura ao secretariado nacional,
dio de férias e do décimo terceiro mês, salvo outras percen-
até dez dias antes do acto eleitoral.
tagens específicas aprovadas em congresso.
4- O secretariado nacional analisará a elegibilidade dos
2- A quotização dos sócios extraordinários é de meio por
candidatos e afixará as listas até cinco dias antes nos locais
cento (0,5 %) da pensão ou reforma mensal sobre catorze
de trabalho, empresa ou zona de eleição.
(14) meses ao ano, com arredondamento por excesso para
5- Do acto eleitoral será elaborada acta, que deverá ser en-
o euro.
viada ao secretariado nacional, no prazo máximo de cinco
dias, para apreciação da sua regularidade. Artigo 48.º
Artigo 44.º Aplicação de receitas

Nomeação As receitas terão obrigatoriamente as seguintes aplica-


ções:
1- Os delegados sindicais são sócios do SINAFE, que, sob
1- Pagamento de todas as despesas e encargos resultantes
a orientação e coordenação do secretariado nacional, fazem
da actividade do SINAFE.
a dinamização sindical nas suas empresas ou locais de tra-
balho.
2- A nomeação dos delegados sindicais é da competência PARTE VI
do secretariado nacional, devendo ser precedida de eleições
dinamizadas pelo secretariado com base em listas nominati- Das eleições
vas completas, com escrutínio pelo método de Hondt.
a) O secretariado nacional fixará em regulamento especial CAPÍTULO I
o número de delegados sindicais em cada empresa, local de
trabalho ou zona, de acordo com a lei vigente; Disposições gerais
b) O mandato dos delegados sindicais cessa com a elei-
ção do novo secretariado nacional, competindo-lhe, todavia, Artigo 49.º
assegurar o desempenho das suas funções até à eleição de
novos delegados. Capacidade

Artigo 45.º 1- Podem votar todos os sócios maiores de 18 anos, no ple-


no gozo dos seus direitos sindicais, que tenham o mínimo de
Comissões sindicais três meses de inscrição no SINAFE.
1- Deverão constituir-se comissões de delegados sindicais 2- O exercício do direito de voto é garantido pela exposi-
sempre que as características da empresa e a dispersão dos ção dos cadernos eleitorais na sede e delegações do SINAFE
locais de trabalho das zonas o justifiquem. durante pelo menos dez dias, bem como pelo direito que as-
2- Compete ao secretariado nacional apreciar da oportuni- siste a todos os sócios de poderem reclamar para a comissão
dade de criação de comissões de delegados sindicais e definir fiscalizadora eleitoral de eventuais irregularidades ou omis-
as suas atribuições. sões durante o período de exposição daqueles.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

Artigo 50.º d) Promover a confecção dos boletins de voto e enviar os


votos por correspondência desde que solicitados até cinco
Elegibilidade dias antes do início do acto eleitoral;
1- Podem ser eleitos os sócios maiores de 18 anos, no ple- e) Promover a afixação das listas candidatas e respectivos
no gozo dos seus direitos sindicais, que constem dos cader- programas de acção na sede e delegações do SINAFE desde
nos eleitorais. a data da sua aceitação até à data da realização do acto elei-
2- Não podem ser eleitos os sócios condenados em pena de toral;
prisão maior, os interditos ou inabilitados judicialmente e os f) Promover a afixação dos cadernos eleitorais na sede e
que estejam a cumprir sanções disciplinares aplicadas ou que delegações do SINAFE, pelo menos, dez dias antes da as-
tenham sido expulsos do sindicato. sembleia eleitoral;
3- Não é permitida a eleição para dois ou mais órgãos do g) Proceder à nomeação da comissão de verificação de po-
sindicato. deres;
h) Fixar, de acordo com os estatutos, a quantidade e locali-
Artigo 51.º
zação das assembleias de voto;
Assembleia eleitoral a) Organizar a constituição das mesas de voto;
b) Passar credenciais aos representantes indicados pelas
1- A assembleia eleitoral reúne ordinariamente de quatro
listas como delegados junto das mesas de voto;
em quatro anos, para eleição dos delegados ao congresso e
c) Fazer o apuramento final dos resultados e afixá-los.
extraordinariamente sempre que para tal seja convocada pelo
presidente do conselho geral. Artigo 53.º
2- As eleições terão sempre lugar até ao mínimo de 30 dias
antes da data da realização do congresso. Comissão de fiscalização eleitoral
3- Compete ao conselho geral convocar a assembleia elei- 1- A fim de fiscalizar a regularidade do processo eleitoral
toral nos prazos estatutários, ou ao congresso quando um ou constituir-se-á uma comissão de fiscalização formada pelo
vários órgãos dirigentes tenham sido por este demitidos. presidente do conselho geral e por um representante de cada
a) O anúncio da convocatória será efectua no boletim in- uma das listas concorrentes por círculo eleitoral.
formativo do sindicato e por anúncio amplamente publicita- 2- Compete, nomeadamente à comissão de fiscalização
do entre os associados designadamente, por correio eletró- eleitoral:
nico, e por afixação, nas delegações do sindicato e os locais a) Deliberar sobre as reclamações dos cadernos eleitorais
de trabalho, com a antecedência mínima de (15) quinze dias; no prazo de 48 horas após a recepção daquelas;
b) O aviso convocatório deverá especificar o prazo de b) Assegurar a igualdade de tratamento de cada lista;
apresentação de lista, o dia, horas e locais onde funcionarão c) Vigiar o correcto desenrolar da campanha eleitoral;
as mesas de voto. d) Fiscalizar qualquer irregularidade ou fraude e delas ela-
borar relatórios;
CAPÍTULO II e) Deliberar sobre todas as reclamações referentes ao acto
eleitoral.
Processo eleitoral Artigo 54.º

Artigo 52.º Candidaturas


1- A apresentação de candidaturas consiste na entrega ao
Competência
presidente da mesa da assembleia eleitoral das listas, con-
1- A organização do processo eleitoral é da competência tendo os nomes dos candidatos, número de sócio, idade, em-
da mesa do conselho geral, sob orientação do seu presidente. presa, categoria profissional, número mecanográfico, círculo
a) A mesa do conselho geral funcionará para este efeito eleitoral, residência e da declaração por todos assinada, con-
como mesa da assembleia eleitoral; junta ou separadamente, de que aceitam a candidatura.
b) Nestas funções far-se-á assessorar por um representante 2- Cada lista de candidatura será instruída com uma decla-
de cada uma das listas concorrentes. ração de propositura subscrita por 100 ou 10 % dos sócios do
2- Compete à mesa da assembleia eleitoral: círculo eleitoral respectivo, identificados pelo nome comple-
a) Verificar a regularidade das candidaturas; to legível, assinatura e número de sócio do SINAFE e ainda
b) Fazer a atribuição de verbas para a propaganda eleitoral pela residência do primeiro subscritor.
dentro das possibilidades financeiras do sindicato, ouvidos 3- As listas concorrentes deverão indicar, além dos efec-
o secretariado nacional e o conselho fiscalizador de contas; tivos, candidatos suplentes, em número equivalente a um
c) Distribuir de acordo com o secretariado nacional, entre terço daqueles, arredondado por excesso, sendo todos eles
as diversas listas a utilização do aparelho técnico, dentro das identificados pelo nome completo, número de sócio, idade,
possibilidades destes, para a propaganda eleitoral; empresa, categoria profissional, número mecanográfico, cír-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

culo eleitoral, residência e de declaração por todos assinada, iguais, sem qualquer marca ou sinal exterior e de dimensão a
conjunta ou separadamente, de que aceitam a candidatura. definir pela mesa da assembleia eleitoral.
4- As candidaturas são apresentadas até 30 dias antes do 3- Os boletins de voto serão distribuídos nas respectivas
início da assembleia eleitoral. mesas de voto no próprio dia das eleições.
5- Nenhum associado do SINAFE pode subscrever ou fa-
Artigo 58.º
zer parte de mais de uma lista concorrente.
Artigo 55.º Assembleias de voto
1- Funcionarão assembleias de voto na sede e delegações
Rejeição de candidaturas do sindicato, ou noutro local que possa ser relevante.
1- A mesa da assembleia eleitoral deve rejeitar de imedia- a) Os sócios que exerçam a sua actividade numa empresa
to as candidaturas que não venham acompanhadas da docu- onde não funcione qualquer assembleia de voto, exercerão o
mentação exigida em conformidade com os pontos 1, 2 e 3 seu direito de voto, na sede ou delegação com assembleia de
do artigo anterior. voto mais próxima.
2- A mesa da assembleia eleitoral dispõe do prazo máximo 2- As assembleias de voto funcionarão em horário a esta-
de cinco dias a contar do termo da apresentação das candi- belecer pela mesa da assembleia eleitoral.
daturas para apreciar a regularidade formal e a conformidade
Artigo 59.º
da candidatura com estes estatutos.
3- As irregularidades e violação das normas instituídas po- Constituição das mesas
dem ser supridas pelos proponentes, para o efeito notificados
1- A mesa da assembleia eleitoral deverá promover a cons-
pela assembleia eleitoral no prazo máximo de três dias a con-
tituição das mesas de voto até cinco dias antes do acto elei-
tar da data da respectiva notificação.
toral.
4- Serão rejeitados os candidatos inelegíveis.
2- Cada mesa de voto será constituída por um presidente
a) O primeiro proponente da lista será imediatamente
e dois vogais.
notificado para que se proceda à substituição do candida-
3- Em cada mesa de voto poderá haver um delegado e res-
to ou candidatos inelegíveis no prazo de três dias, e, se tal
pectivo suplente de cada lista candidata à eleição.
não acontecer o lugar será ocupado na lista pelo candidato
4- Os delegados das listas terão de constar dos cadernos
imediatamente a seguir e assim sucessivamente, inclusive os
eleitorais.
suplentes;
5- As listas deverão indicar os seus delegados até dois dias
b) A lista será devidamente rejeitada se, por falta de candi-
antes da assembleia eleitoral.
datos suplentes, não for possível perfazer o número estabe-
6- Não é lícita a impugnação da eleição com base na falta
lecido dos efectivos.
de qualquer delegado.
5- As candidaturas que, findo o prazo estabelecido no nú-
mero anterior, continuarem a apresentar irregularidades e Artigo 60.º
a violar o disposto nestes estatutos são definitivamente re-
jeitados por meio de declaração escrita com indicação dos Votação
fundamentos, assinada pela mesa da assembleia eleitoral e 1- O voto é directo e secreto.
entregue ao primeiro proponente. 2- Não é permitido o voto por procuração.
3- É permitido o voto por correspondência desde que:
Artigo 56.º
a) Solicitado à mesa da assembleia eleitoral até cinco dias
Aceitação de candidaturas antes do início do acto eleitoral;
b) O boletim esteja dobrado em quatro e contido em so-
1- Quando não haja irregularidades ou supridas as verifica-
brescrito fechado;
das, dentro dos prazos, a mesa da assembleia eleitoral consi-
c) Do referido subscrito conste o nome e o número de só-
derará as candidaturas aceites.
cio;
2- As candidaturas aceites serão identificadas por meio de
d) Este subscrito deve ser introduzido noutro e endereçado
letra, atribuída pele mesa da assembleia eleitoral a cada uma
ao presidente da mesa da assembleia eleitoral, por correio
delas por ordem cronológica de apresentação, com início na
registado, remetido à mesa de voto a que diz respeito;
letra «A» e serão publicitadas aos associados.
e) Os votos por correspondência serão obrigatoriamente
Artigo 57.º descarregados na urna da mesa de voto a que se refiram;
f) Para que os votos por correspondência sejam válidos é
Boletins de voto imperativo que a data do correio seja anterior à do dia da
1- Os boletins de voto serão editados pelo SINAFE sob o eleição;
controlo da comissão de fiscalização eleitoral. g) É permitido o voto electrónico, desde que através da
2- Os boletins de voto deverão ser em papel liso, todos página do sindicato.

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4- A identificação dos eleitores será efectuada de preferên- 3- Entre outros, são motivos de suspensão os seguintes:
cia através do cartão de sócio do SINAFE e, na sua falta, por a) Doença devidamente comprovada;
meio do bilhete de identidade ou qualquer outro elemento de b) Afastamento temporário do país ou por motivos profis-
identificação com fotografia. sionais por período superior a 30 dias.
4- A suspensão não poderá ultrapassar 365 dias no decurso
Artigo 61.º
do mandato, sob pena de se considerar como renúncia ao
Apuramento mesmo.
5- Durante o seu impedimento a vaga será preenchida nos
1- Logo que a eleição tenha terminado, proceder-se-á à
termos do artigo 66.º
contagem dos votos e elaboração da acta com os resultados
e à identificação de quaisquer ocorrências que a mesa julgar Artigo 66.º
dignas de menção.
2- As actas das diversas assembleias de voto, assinadas por Preenchimento de vagas nos órgãos
todos os elementos das respectivas mesas, serão entregues à As vagas ocorridas nos órgãos do SINAFE são preenchi-
mesa da assembleia eleitoral para apuramento geral, de que das pelo sócio imediatamente a seguir na ordem da respec-
será lavrada acta. tiva lista.
Artigo 62.º Artigo 67.º

Recursos Perda de mandato


1- Pode ser interposto recurso com fundamento em irregu- 1- Perdem o mandato para que tenham sido eleitos em
laridade do acto eleitoral, o qual deve ser apresentado à mesa qualquer dos órgãos estatutários os associados que:
da assembleia eleitoral até três dias após o encerramento da a) Não tomem posse do lugar para que foram eleitos ou
assembleia eleitoral. dêem três faltas consecutivas ou cinco interpoladas às reu-
2- A mesa da assembleia eleitoral deverá apreciar o re- niões dos órgãos a que pertencem, sem motivo justificado.
curso no prazo de 48 horas, sendo a decisão comunicada
aos recorrentes por escrito e afixada na sede e delegações PARTE VIII
do SINAFE.
3- Da decisão da mesa da assembleia eleitoral cabe recur- Disposições gerais e transitórias
so, nos termos gerais, para o tribunal competente.
Artigo 63.º Artigo 68.º

Regulamento eleitoral Revisão dos estatutos

O conselho geral aprovará numa das reuniões o regula- 1- Os presentes estatutos só poderão ser alterados pelo
mento eleitoral. congresso.
2- O ou projectos de alteração aos estatutos serão distri-
buídos aos delegados do congresso, no dia da realização do
PARTE VII
congresso, que deliberará sobre as alterações propostas.
3- Nenhuma revisão dos estatutos poderá alterar os princí-
Renúncia, suspensão e perda de mandato
pios fundamentais pelos quais o SINAFE se rege e, nomea-
damente, os princípios da democracia sindical e as estruturas
Artigo 64.º
que a garantem, consignadas nas alíneas 2.2 e 2.3 do número
Renúncia do mandato dois da declaração de princípios.
4- As alterações aos estatutos terão de ser aprovados por
1- Qualquer associado eleito para os órgãos estatutaria-
maioria de dois terços dos delegados em efectividade de fun-
mente poderá renunciar ao mandato.
ções.
2- A renúncia deverá ser declarada por escrito e dirigida
ao presidente do conselho geral que indicará o respectivo Artigo 69.º
substituto.
Fusão e dissolução
Artigo 65.º
1- A integração ou fusão do SINAFE com outro ou outros
Suspensão do mandato sindicatos só se poderá fazer por decisão do congresso, to-
mada por maioria absoluta dos delegados em exercício.
1- Os membros eleitos para os órgãos do SINAFE poderão
2- A extinção ou dissolução do SINAFE só poderá ser de-
solicitar a suspensão do mandato.
cidida pelo congresso, desde que votada por mais de dois
2- O pedido de suspensão, devidamente fundamentado,
terços dos delegados em efectividade de funções. Neste caso,
deve ser endereçado ao presidente ou secretário-geral do ór-
o congresso definirá os precisos termos em que a extinção ou
gão a que pertence.
dissolução se processará.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

Artigo 70.º o local e a data da reunião, e devem ser enviadas aos interes-
sados por meio informático, ou outro, com uma antecedência
Comissões profissionais mínima de cinco (5) dias.
1- As comissões profissionais assentam na identidade de
Artigo 72.º
interesses, numa profissão ou num sector de actividade e vi-
sam a sua legítima salvaguarda, bem como a superação e Eficácia
harmonização das eventuais contradições que entre elas sur-
1- As alterações introduzidas nos presentes estatutos,
jam.
aprovados no VIII Congresso do Sindicato Nacional dos
2- Poderá haver tantas comissões profissionais quantas as
Ferroviários do Movimento e Afins - SINAFE, realizado no
necessárias para um completo enquadramento socioprofis-
dia 4 de setembro de 2021 em Alfarelos, entram em vigor na
sional dos associados.
data da sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego.
3- O conselho geral aprovará regulamento próprio de fun-
2- Sem prejuízo do disposto no número anterior deste arti-
cionamento das comissões profissionais e suas competên-
go, com a entrada em vigor dos presentes estatutos, são revo-
cias.
gados os anteriores estatutos, aprovados no VIII Congresso
Artigo 71.º do SINAFE realizado no dia 7 de outubro de 2017 e publi-
cados nos Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 45, de 8 de
Convocação das reuniões dezembro de 2017 e n.º 3, de 22 de janeiro de 2018.
1- A convocação para as reuniões dos elementos dos vá-
rios órgãos do sindicato, e ainda não referidas nos actuais es- Registado em 7 de outubro de 2021, ao abrigo do artigo
tatutos, são feitas pelo presidente de cada órgão ou por quem 449.º do Código do Trabalho, sob o n.º 32, a fl. 199 do livro
o substitua, pelo secretário-geral ou por quem o substitua. n.º 2.
2- Nas convocatórias, devem constar a ordem de trabalhos,

II - DIREÇÃO

Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento


e Afins - SINAFE - Eleição Secretários nacionais

Nome: Adelino Duarte Ferreira, cartão de cidadão n.º


Identidade dos membros da direção eleitos em 4 de se- 07275862
tembro de 2021 para o mandato de quatro anos. Nome: António da Silva Valente, cartão de cidadão n.º
06506030
Secretário-geral Nome: António Manuel Monteiro Figueira, cartão de
cidadão n.º 07012126
Nome: Jorge Manuel Oliveira Coelho, cartão de cidadão
n.º 06346341 Nome: Arménio da Silveira Neves, cartão de cidadão n.º
06258903
Vice-secretários gerais Nome: Carla Sofia Maia da Silva Peralta, cartão de cida-
Nome: António João Gonçalves Ferreira, cartão de cida- dão n.º 11786738
dão n.º 02451715 Nome: Fernando Bregeiro Carvalho Ferreira, cartão de
Nome: Alexandra Sofia da Silva Matos, cartão de cidadão cidadão n.º 06005226
n.º 11449349 Nome: Hugo Alexandre Carvalho Cravo, cartão de cida-
dão n.º 11032322

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

Nome: João Mendes Magalhães Ribeiro, cartão de cida- Presidente - 143463 - Rui Jorge Ribeiro Amaral, Cometpor.
dão n.º 05995465 Vice-presidente adjunto - 141456 - António Afonso San-
tos Matos, CD Aveiro.
Nome: Joaquim Cotrim Vitorino, cartão de cidadão n.º Vice-presidente - 142315 - Rui Manuel Moreira da Silva,
07422970 Cometpor.
Nome: José António Figueira Ferreira, cartão de cidadão Vice-presidente - 150537 - António Ricardo Barbosa Bo-
n.º 05790979 telho, Cometpor.
Nome: José Manuel Ferreira Gomes, cartão de cidadão Vice-presidente - 140686 - Manuel Fernando da Silva
n.º 09963895 Almeida, Cometpor.
Nome: Luís Pedro Duarte Silva, cartão de cidadão n.º Vice-presidente - 151833 - Paulo Alexandre Nunes Gou-
11086457 veia, Cometlis.
Vice-presidente - 150869 - Vitor Osvaldo Estevão Tava-
Nome: Manuel Cardoso Sousa, cartão de cidadão n.º
res Barreiros, Cometlis.
03321840
Vice-presidente - 137597 - Célia Mariana Lucrécio Lo-
Nome: Natália de Oliveira Ramalhete, cartão de cidadão pes, Cometlis (EPP).
n.º 11288310 Vice-presidente - 143397 - Jorge Mendonça Dias, CD
Nome: Nélio Marques Gaspar, cartão de cidadão n.º Setúbal.
05531473 Vice-presidente - 143507 - Paulo Jorge Fernandes de
Nome: Rui José Ribeiro Rodrigues, cartão de cidadão n.º Carvalho, Cometlis.
11315402 Tesoureiro - 140693 - Fernando Jorge Machado Junquei-
ra, Cometpor.
Nome: Sérgio Rodrigues da Piedade, cartão de cidadão
Secretário-geral - 146256 - Rui Miguel Pires da Costa,
n.º 07376514
Cometpor.
Nome: Sónia Cristina da Costa Araújo Prates, cartão de Secretário - 147719 - João da Costa Gonçalves, CD Bra-
cidadão n.º 10830257 ga.
Secretário - 136562 - Fernando Manuel Cabral Rodri-
Suplentes
gues, Cometpor.
Secretário - 145036 - Fernando Martins Cardoso, Cometpor.
Secretariado nacional Secretário - 141349 - Manuel Alves Fernandes, CD Vila
Nome: Arlindo Gonçalves Mendes, cartão de cidadão n.º Real.
07040386 Secretário - 137480 - Carlos Alberto dos Santos Martins,
CD Aveiro.
Nome: Dharmesh Kumar Maui Guiga, cartão de cidadão
Secretário - 142264 - Jorge Manuel Francisco, Cometlis.
n.º 09846304
Secretário - 144245 - António José Fernandes de Carva-
Nome: Delmina Prazeres Borges Carvalho, cartão de lho Sobral, Cometpor.
cidadão n.º 08077761 Secretário - 136775 - Jorge Roque de Matos, EPP Torres
Nome: José Manuel Conceição Santos, cartão de cidadão Novas.
n.º 05208296 Secretário - 137739 - António José Sousa Varela, Cometlis.
Nome: Manuel Domingos Carrilho Mestre, cartão de Secretário - 139697 - Carlos Alberto Alves Reis, CD
cidadão n.º 09021603 Faro.
Secretário - 151592 - Tiago Filipe Santos Monteiro,
Nome: Fernando Manuel Oliveira Rodrigues, cartão de
Cometpor.
cidadão n.º 99231822
Secretário - 144633 - João Paulo Solitário da Glória, CD
Nome: Rute Isabel Domingos Ferreira, cartão de cidadão Setúbal.
n.º 11895633 Secretário - 146454 - João Luís de Sousa Dias, Cometlis.
Secretário - 148628 - Cláudio Marcelo Silva Marciel, CR
Madeira.
Secretário - 145013 - Paulo Alexandre Furtado Brum,
CR Açores.
Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da Polícia
de Segurança Pública - SNCC/PSP - Eleição

Identidade dos membros da direção eleitos em 4 de se-


tembro de 2021 para o mandato de três anos.

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ASSOCIAÇÕES DE EMPREGADORES

I - ESTATUTOS

...

II - DIREÇÃO

Associação das Termas de Portugal - Eleição Associação dos Industriais de Aluguer


de Automóveis sem Condutor - ARAC - Eleição
Identidade dos membros da direção eleitos em de 22 de
junho de 2021 para o mandato de três anos. Identidade dos membros da direção eleitos em 30 de se-
Direção: tembro de 2021 para o mandato de três anos.

Presidente - Termalistur - Termas de São Pedro do Sul, Presidente - Paulo Manuel Diogo de Carvalho Moura,
empresa municipal, representada por Victor Jorge Paiva Europcar Internacional - Aluguer de Automóveis, SA.
Leal, portador do cartão cidadão n.º 09715431. Vogal representante da Região Norte - António Carlos
Vice-presidente - Município das Caldas da Rainha, re- Caiado, JAPRAC Rent-a-Car - Aluguer de Automóveis, L.da
presentada pelo Senhor Hugo Patrício Martinho de Oliveira, Vogal representante da Região Centro - Carlos Alberto
portador do cartão cidadão n.º 10370218. Ferreira de Sousa, Cardoso & Sousa, L.da
Vice-presidente - Município de Chaves, representada Vogal representante da Região da Grande Lisboa - An-
pela Senhora Fátima Liliana Fontes Correia Pinto, portadora tónio Pedro Dias de Almeida e Silva, HR Aluguer de Auto-
do cartão cidadão n.º 12538832. móveis, SA.
Vogal - VMPS - Águas e Turismo, Sociedade Anónima, Vogal representante da Região Sul - Honório Manuel
representada pela Senhora Maria José Machado Fernandes Bernardo Teixeira, Visacar - Aluguer de Veículos Motoriza-
David, portadora do cartão cidadão n.º 10666835. dos, SA.
Vogal - Sociedade Termal de Unhais da Serra, Sociedade Vogal representante das Regiões Autónomas dos Aço-
Anónima, representada pelo Senhor Luís Vaz Veiga Camões, res e Madeira - Luís Alberto Câmara Carvalho de Viveiros
portador do bilhete de identidade n.º 4567620. Rego, Rego, Costa e Tavares, L.da
Vogal - Empresa Águas do Gerês, SA, representada pela Vogal presidente da Secção de ALP - Luís Miguel dos
Senhora Maria do Rosário de Magalhães Van Zeller Rebelo Santos Ribeiro, Banco Santander Consumer Portugal, SA.
de Andrade, portadora do cartão cidadão n.º 06816437. Vogal presidente da secção de AVM e veículos de carac-
Vogal - XIPU Gestão e Administração de Activos, L.da, terísticas especiais - Jorge Manuel Soares Simões, RETA -
representada pelo Senhor António Trigueiros de Aragão, Locação e Gestão de Frotas, SA.
portador do cartão cidadão n.º 06940260. Vogal presidente da secção de ACD - Francisco Farrás
Fernández, Sovial - Soc. de Viaturas de Aluguer, L.da

3500
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

COMISSÕES DE TRABALHADORES

I - ESTATUTOS

...

II - ELEIÇÕES

RSTJ - Gestão e Tratamento de Resíduos, EIM, SA


Sofia Nogueira Braz Fernandes 12129356
- Eleição
Agostinho Nunes Duarte 11625505
Composição da comissão de trabalhadores da RSTJ -
Diamantino António Vital Condeço 08111790
Gestão e Tratamento de Resíduos, EIM, SA, eleita em 17 de
setembro de 2021 para o mandato de quatro anos. Verónica Isabel Freire Varino 11462897

Efectivos CC Registado em 11 de outubro de 2021, ao abrigo do artigo


438.º do Código do Trabalho, sob o n.º 76, a fl. 50 do livro
João Manuel Pinto Torres 09810153 n.º 2.

REPRESENTANTES DOS TRABALHADORES PARA A


SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

I - CONVOCATÓRIAS

Leca Portugal, SA - Convocatória de 2021, relativa à promoção da eleição dos representantes


dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho na
Nos termos da alínea a) do número 1 do artigo 28.º da Lei empresa Leca Portugal, SA.
n.º 102/2009, de 10 de setembro, procede-se à publicação da «Pela presente comunicação a V. Ex.as com a antecedên-
comunicação efetuada pelo Sindicato dos Trabalhadores das cia exigida no número 3 do artigo 27.º da Lei n.º 102/2009,
Indústrias de Cerâmica, Cimentos, Construção, Madeiras, de 10 de setembro, que no dia 7 de janeiro de 2022 realizar-
Mármores e Similares da Região Centro, ao abrigo do núme- -se-á na empresa abaixo indicada, o ato eleitoral com vista à
ro 3 do artigo 27.º da citada lei, recebida na Direção-Geral eleição dos representantes dos trabalhadores para a seguran-
do Emprego e das Relações de Trabalho, em 6 de outubro ça e saúde no trabalho, conforme disposto nos artigos 21.º,
26.º e seguintes da Lei n.º 102/2009.»

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

Câmara Municipal de Carregal do Sal - eleição dos representantes dos trabalhadores para a seguran-
Convocatória ça e saúde no trabalho, na empresa Mitsubishi Fuso Truck
Europe - Sociedade Europeia de Automóveis, SA.
Nos termos da alínea a) do número 1 do artigo 28.º da «Pela presente comunicamos a V. Ex.as com a antecedên-
Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, aplicável por força da cia exigida no número 3 do artigo 27.º da Lei n.º 102/2009,
alínea j) do número 1 do artigo 4.º da Lei Geral do Trabalho de 10 de setembro, que o sindicato SITE - Centro Sul e Regi-
em Funções Públicas, aprovada pela Lei n.º 35/2014, de 20 ões Autónomas, no dia 12 de janeiro de 2022, irá realizar na
de junho, procede-se à publicação da comunicação efetuada empresa abaixo identificada, o ato eleitoral com vista à elei-
pelo STAL - Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Admi- ção dos representantes dos trabalhadores para a segurança e
nistração Local Regional, Empresas Públicas, Concessioná- saúde no trabalho, conforme disposto nos artigos 21.º, 26.º e
rias e Afins - (Direção Regional do Porto), ao abrigo do nú- seguintes da Lei n.º 102/2009.
mero 3 do artigo 27.º da citada lei, recebida na Direção-Geral
do Emprego e das Relações de Trabalho, em 8 de outubro de Nome da empresa: Mitsubishi Fuso Truck Europe - So-
2021, relativa à promoção da eleição dos representantes dos ciedade Europeia de Automóveis, SA.
trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho na Câma- Morada: Zona Industrial, 2205-644 Tramagal.»
ra Municipal de Carregal do Sal.
«Pela presente comunicamos a V. Ex.as com a antecedên-
cia exigida no número 3 do artigo 27.º da Lei n.º 102/2009,
de 10 de setembro, na sua versão actual (Lei n.º 3/2014, de Águas do Norte, SA - Convocatória
28 de janeiro) que, no dia 10 de janeiro de 2022, realizar-se-á
na autarquia abaixo identificada, o ato eleitoral com vista à Nos termos da alínea a) do número 1 do artigo 28.º da Lei
eleição de representantes dos trabalhadores para a segurança n.º 102/2009, de 10 de setembro, procede-se à publicação
e saúde no trabalho. da comunicação efetuada pelo STAL - Sindicato Nacional
Nome da autarquia: Câmara Municipal de Carregal do dos Trabalhadores da Administração Local Regional, Em-
Sal. presas Públicas, Concessionárias e Afins - (Direção Regio-
Morada: Praça da República, 3430-909 Carregal do Sal.» nal de Vila Real), ao abrigo do número 3 do artigo 27.º da
lei supracitada e recebida nesta Direção-Geral do Emprego
e das Relações de Trabalho, em 8 de junho de 2021, relativa
à promoção da eleição dos representantes dos trabalhadores
para a segurança e saúde no trabalho, na empresa Águas do
Mitsubishi Fuso Truck Europe - Sociedade Norte, SA.
Europeia de Automóveis, SA - Convocatória
«Pela presente comunicamos a V. Ex.as com a antecedên-
cia exigida no número 3 do artigo 27.º da Lei n.º 102/2009,
Nos termos da alínea a) do número 1 do artigo 28.º da Lei de 10 de setembro, que no dia 20 de janeiro de 2022, reali-
n.º 102/2009, de 10 de setembro, procede-se à publicação da zar-se-á na empresa abaixo identificada, o ato eleitoral com
comunicação efetuada pelo Sindicato dos Trabalhadores das vista à eleição dos representantes dos trabalhadores para a
Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Am- segurança e saúde no trabalho.
biente do Centro Sul e Regiões Autónomas - SITE - CSRA,
ao abrigo do número 3 do artigo 27.º da lei supracitada, Nome da empresa: Águas do Norte, SA.
recebida na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Morada: Rua Dom Pedro de Castro, n.º 1 - 5000-669 Vila
Trabalho, em 7 de outubro de 2021, relativa à promoção da Real.»

3502
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

II - ELEIÇÃO DE REPRESENTANTES

Câmara Municipal da Póvoa de Varzim - Eleição Efetivo:


Domingos José Nogueira Oliveira.
Eleição dos representantes dos trabalhadores para a se-
gurança e saúde no trabalho na Câmara Municipal da Póvoa Suplente:
de Varzim, realizada em 28 de setembro de 2021, conforme Ana Paula Pereira Martins.
convocatória publicada no Boletim do Trabalho e Emprego,
n.º 26, de 15 de julho de 2021. Registado em 8 de outubro de 2021, ao abrigo do artigo
39.º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, sob o n.º 61, a
Efetivos CC fl. 153 do livro n.º 1.

Manuel José Dourado Cristelo 08473659

Carlos Manuel Sousa Pontes 05946756 SCC - Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, SA
- Eleição
Manuel Alexandre Faria Ribeiro 10415685
Eleição dos representantes dos trabalhadores para a se-
Manuel Alberto Dinis Ferreira 9977818 gurança e saúde no trabalho na empresa SCC - Sociedade
Central de Cervejas e Bebidas, SA, realizada em 3 de setem-
Fernando Jorge G. de Carvalho 11096041 bro de 2021, conforme convocatória publicada no Boletim
do Trabalho e Emprego, n.º 24, de 29 de junho de 2021.
Suplentes
Efetivos:
Joana Margarida S. Eça Guimarães 10880851 Ricardo Morgado.
Flávio Cantiga.
Paulo Jorge da Costa Brandão 11869833 Andreia Ferreira.
António Santos.
Adriana Patrícia Ferreira Fernandes 10979720 Francisco Ramos.
Suplentes:
Sérgio Eduardo Silva Ressurreição 10593101
Beatriz Neres.
João Correia.
António dos Santos Nunes 11086378 Carlos Correia.
Nuno Cartaxo.
Registado em de 11 outubro de 2021, ao abrigo do artigo Francisco Cavaco.
39.º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, sob o n.º 64, a
fl. 153 do livro n.º 1. Registado em 6 de outubro de 2021, ao abrigo do artigo
39.º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, sob o n.º 60, a
fl. 153 do livro n.º 1.

Turipenha - Cooperativa de Turismo de Interesse


Público, CRL - Eleição
Gres Panaria Portugal, SA - Eleição
Eleição dos representantes dos trabalhadores para a segu-
rança e saúde no trabalho na empresa Turipenha - Cooperati- Eleição dos representantes dos trabalhadores para a segu-
va de Turismo de Interesse Público, CRL, realizada em 16 de rança e saúde no trabalho na empresa Gres Panaria Portugal,
setembro de 2021, conforme convocatória publicada no Bo- SA, realizada em 16 de setembro de 2021, conforme convo-
letim do Trabalho e Emprego, n.º 24, de 29 de junho de 2021. catória publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 27,
de 22 de julho de 2021.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, 22/10/2021

Efetivos BI/CC Efetivos BI/CC

Nuno Ricardo Andres Portela 11611876 Luís Serafim Cristóvão Santos Carvalho 10817093

Inácio José Marques Valente 12849035 Manuel dos santos Pereira Perfeito 4498480

Célio Alexandre Ribeiro Cajeira 10571568 Bruno Miguel Cristóvão Lopes 10533381

Pedro Filipe Pires de Rosário 12551608 João Manuel Silva Amaral 08461306

Miguel Filipe Felisberto Quezada 11082247


Registado em 8 de outubro de 2021, ao abrigo do artigo
39.º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, sob o n.º 62, a
fl. 153 do livro n.º 1. Filipe Miguel Nunes Sebastião 11224397

Suplentes

Ana Catarina Pereira da Silva 12053916


EPAL - Empresa Portuguesa das Águas Livres, SA
- Eleição Ana Sofia Soares da Silva Vicente 11292501

Eleição dos representantes dos trabalhadores para a se- Francisco Paulo Serra Gonçalves Martins 14698846
gurança e saúde no trabalho na empresa EPAL - Empresa
Portuguesa das Águas Livres, SA, realizada em 23 de setem- Luís Miguel de Oliveira Gamboa 12085925
bro de 2021, conforme convocatória publicada no Boletim
do Trabalho e Emprego, n.º 22, de 15 de junho de 2021.
Registado em 11 de outubro de 2021, ao abrigo do artigo
39.º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, sob o n.º 63, a
fl. 153 do livro n.º 1.

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