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º 41, 8/11/2022
Propriedade
Ministério do Trabalho, Solidariedade
e Segurança Social
Edição
N.º Vol. Pág. 2022 Gabinete de Estratégia
e Planeamento
41 89 4173-4235 8 nov
Direção de Serviços de Apoio Técnico
e Documentação
ÍNDICE
Regulamentação do trabalho:
Despachos/portarias:
...
Portarias de extensão:
- Portaria de extensão do contrato coletivo e suas alterações entre a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
- CNIS e a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais - FNSTFPS .......................... 4177
- Portaria de extensão do contrato coletivo e suas alterações entre a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
- CNIS e a FEPCES - Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços e outros ................................. 4180
- Portaria de extensão das alterações do contrato coletivo entre a Associação Nacional dos Centros de Abate e Indústrias Trans-
formadoras de Carne de Aves - Ancave e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Agricultura, Floresta, Pesca, Turismo,
Indústria Alimentar, Bebidas e Afins - SETAAB ........................................................................................................................... 4184
- Portaria de extensão do contrato coletivo entre a Associação Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares
(ANCIPA) e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Agricultura, Floresta, Pesca, Turismo, Indústria Alimentar, Bebidas
e Afins - SETAAB (indústria de hortofrutícolas) .......................................................................................................................... 4185
- Portaria de extensão das alterações do contrato coletivo entre a Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL) e
outras e o Sindicato dos Profissionais de Lacticínios, Alimentação, Agricultura, Escritórios, Comércio, Serviços, Transportes
Rodoviários, Metalomecânica, Metalurgia, Construção Civil e Madeiras ..................................................................................... 4187
- Portaria de extensão do contrato coletivo entre a Associação Empresarial de Viana do Castelo e outras e o CESP - Sindicato
dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal ............................................................................................. 4188
- Portaria de extensão das alterações do contrato coletivo entre a Associação dos Comerciantes de Carnes do Conce-
lho de Lisboa e Outros e outras associações de empregadores e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e Comércio de
Carnes do Sul .................................................................................................................................................................................. 4190
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
- Portaria de extensão das alterações do contrato coletivo entre a Associação dos Armadores de Tráfego Fluvial e Local e o
Sindicato da Marinha Mercante, Indústrias e Energia - SITEMAQ e outros ................................................................................. 4191
- Portaria de extensão das alterações do contrato coletivo entre a APROSE - Associação Nacional de Agentes e Corretores de
Seguros e o Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora (STAS) e outro .................................................................... 4192
Convenções coletivas:
- Contrato coletivo entre a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros e a FEPCES - Federação Portuguesa dos Sindicatos
do Comércio, Escritórios e Serviços e outros - Revisão global ...................................................................................................... 4194
- Acordo de empresa entre o CITEFORMA - Centro de Formação Profissional dos Trabalhadores de Escritório, Comércio,
Serviços e Novas Tecnologias e o Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços - SITESE - Alteração salarial .................. 4209
- Acordo de adesão entre o BNP Paribas e o SBN - Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal ao acordo de
empresa entre a mesma instituição financeira bancária e o Sindicato da Banca, Seguros e Tecnologias - MAIS SINDICATO .... 4212
- Acordo de empresa entre a CARRISTUR - Inovação em Transportes Urbanos e Regionais, Sociedade Unipessoal L. e a da
Decisões arbitrais:
...
Jurisprudência:
...
Organizações do trabalho:
Associações sindicais:
I – Estatutos:
II – Direção:
- Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias - Eleição ........................................................................ 4227
- Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional - SNCGP - Substituição ............................................................................... 4227
Associações de empregadores:
4174
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
I – Estatutos:
- ACITOFEBA - Associação Comercial e Industrial dos Municípios de Tomar, Ferreira do Zêzere e Vila Nova da Barquinha
- Alteração ....................................................................................................................................................................................... 4228
II – Direção:
- ACITOFEBA - Associação Comercial e Industrial dos Municípios de Tomar, Ferreira do Zêzere e Vila Nova da Barquinha
- Eleição .......................................................................................................................................................................................... 4234
Comissões de trabalhadores:
I – Estatutos:
...
II – Eleições:
...
I – Convocatórias:
4175
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
Aviso: Alteração do endereço eletrónico para entrega de documentos a publicar no Boletim do Trabalho e Emprego
O endereço eletrónico da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho para entrega de documentos a publicar
no Boletim do Trabalho e Emprego passou a ser o seguinte: dsrcot@dgert.mtsss.pt
De acordo com o Código do Trabalho e a Portaria n.º 1172/2009, de 6 de outubro, a entrega em documento electrónico
respeita aos seguintes documentos:
a) Estatutos de comissões de trabalhadores, de comissões coordenadoras, de associações sindicais e de associações de
empregadores;
b) Identidade dos membros das direcções de associações sindicais e de associações de empregadores;
c) Convenções colectivas e correspondentes textos consolidados, acordos de adesão e decisões arbitrais;
d) Deliberações de comissões paritárias tomadas por unanimidade;
e) Acordos sobre prorrogação da vigência de convenções coletivas, sobre os efeitos decorrentes das mesmas em caso de
caducidade, e de revogação de convenções.
Nota:
- A data de edição transita para o 1.º dia útil seguinte quando coincida com sábados, domingos e feriados.
- O texto do cabeçalho, a ficha técnica e o índice estão escritos conforme o Acordo Ortográfico. O conteúdo dos textos é
da inteira responsabilidade das entidades autoras.
SIGLAS
CC - Contrato coletivo.
AC - Acordo coletivo.
PCT - Portaria de condições de trabalho.
PE - Portaria de extensão.
CT - Comissão técnica.
DA - Decisão arbitral.
AE - Acordo de empresa.
Execução gráfica: Gabinete de Estratégia e Planeamento/Direção de Serviços de Apoio Técnico e Documentação - Depósito legal n.º
8820/85.
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
...
REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO
DESPACHOS/PORTARIAS
...
...
PORTARIAS DE EXTENSÃO
Portaria de extensão do contrato coletivo e suas cação às instituições particulares de solidariedade social não
alterações entre a Confederação Nacional das filiadas na confederação outorgante e trabalhadores ao seu
Instituições de Solidariedade - CNIS e a Federação serviço das profissões e categorias profissionais nela previs-
Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em tas, não representados pela associação sindical outorgante.
Funções Públicas e Sociais - FNSTFPS De acordo com o número 1 do artigo 514.º do Código do
Trabalho, a convenção coletiva pode ser aplicada, no todo
ou em parte, por portaria de extensão a empregadores e a
O contrato coletivo e as suas alterações entre a trabalhadores integrados no âmbito do setor de atividade e
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade profissional definido naquele instrumento. O número dois do
- CNIS e a Federação Nacional dos Sindicatos dos referido normativo legal determina ainda que a extensão é
Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais - FNSTFPS, possível mediante a ponderação de circunstâncias sociais e
publicadas nos Boletins do Trabalho e Emprego (BTE), n.º económicas que a justifiquem, nomeadamente a identidade
1, de 8 de janeiro de 2020, n.º 1, de 8 de janeiro de 2021, e n.º ou semelhança económica e social das situações no âmbito
44, de 29 de novembro de 2021, abrangem as relações de tra- da extensão e no instrumento a que se refere.
balho entre instituições particulares de solidariedade social Existindo identidade económica e social entre as situa-
representadas pela confederação outorgante que exerçam a ções que se pretende abranger com a extensão e as previstas
sua atividade no território nacional, com exceção da Região na convenção em apreço, foi promovida a realização do es-
Autónoma dos Açores, e trabalhadores ao seu serviço, repre- tudo de avaliação dos indicadores previstos nas alíneas a)
sentados pela associação sindical outorgante. a e) do número 1 da Resolução do Conselho de Ministros
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores (RCM) n.º 82/2017, de 9 de junho de 2017, através dos ele-
em Funções Públicas e Sociais - FNSTFPS requereu a exten- mentos atualmente disponíveis no apuramento do Relatório
são das alterações do contrato coletivo na área da sua apli- Único/Quadros de Pessoal de 2019. De acordo com o estudo
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
estavam abrangidos pelo instrumento de regulamentação co- organizações de representação coletiva de empregadores e
letiva de trabalho, direta e indiretamente, 34 506 trabalhado- trabalhadores com capacidade para celebração de convenção
res por conta de outrem a tempo completo (TCO), excluindo coletiva de trabalho.
os praticantes e aprendizes e o residual, dos quais 92,3 % Neste contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e
são mulheres e 7,7 % são homens. De acordo com os dados económicas justificativas da extensão de acordo com o dis-
da amostra, o estudo indica que para 26 932 TCO (78,1 % posto no número 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho,
do total) as remunerações devidas são iguais ou superiores promoveu-se o alargamento do âmbito de aplicação do
às remunerações convencionais enquanto para 7574 TCO contrato coletivo e das suas alterações em vigor a todas as
(21,9 % do total) as remunerações devidas são inferiores às relações de trabalho tituladas por IPSS não abrangidas por
convencionais, dos quais 8,1 % são homens e 91,9 % são regulamentação coletiva negocial porquanto tem, no plano
mulheres. Quanto ao impacto salarial da extensão, a atuali- social, o efeito de uniformizar as condições mínimas de tra-
zação das remunerações representa um acréscimo de 0,2 % balho dos trabalhadores das IPSS e, no plano económico, o
na massa salarial do total dos trabalhadores e de 0,9 % para de aproximar as condições de concorrência no setor social.
os trabalhadores cujas remunerações devidas serão alteradas. Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presente ex-
Na perspetiva da promoção de melhores níveis de coesão e tensão no Boletim do Trabalho e Emprego, Separata, n.º 10,
igualdade social o estudo indica uma redução no leque sala- de 17 de março de 2022, ao qual deduziu oposição a UMP
rial e uma diminuição das desigualdades. alegando em síntese: i) que goza de autonomia negocial cole-
As condições de trabalho previstas no contrato coleti- tiva e, como tal, tem capacidade para negociar instrumentos
vo e as suas alterações entre a Confederação Nacional das de regulamentação coletiva de trabalho (IRCT) aplicáveis às
Instituições de Solidariedade - CNIS e a Federação Nacional suas associadas, enunciando diversos acordos de empresa
dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e por ela celebrados; ii) a extensão só pode ser emitida na falta
Sociais - FNSTFPS, publicadas nos Boletins do Trabalho e de IRCT negocial no setor e, ao contrário do que parece estar
Emprego, n.º 1, de 8 de janeiro de 2020, n.º 1, de 8 de janeiro pressuposto no projeto de portaria de extensão, não existe
de 2021, e n.º 44, de 29 de novembro de 2021, foram objeto um vazio de regulamentação para o setor social, especial-
de extensão, respetivamente, através da Portaria n.º 99/2020, mente no que tange às misericórdias que integram a UMP;
de 21 de abril, e n.º 184/2021, de 3 de setembro, também pu- iii) a nota justificativa do projeto de portaria de extensão
blicadas nos Boletins do Trabalho e Emprego, n.º 15, de 22 apresenta diversas incongruências por não se conseguir dela
de abril de 2020, e n.º 34, de 15 de setembro de 2021, no ter- extrair facto que fundamente a decisão de extensão, nomea-
ritório do Continente, às relações de trabalho entre as IPSS damente por não se vislumbrarem as circunstâncias sociais e
e trabalhadores ao seu serviço sem regulamentação coletiva económicas que a justifiquem.
negocial aplicável, com exceção das IPSS filiadas na União A argumentação da UMP no sentido de que goza de au-
das Misericórdias Portuguesas - UMP, por oposição desta, tonomia negocial coletiva e, como tal, tem capacidade para
com os fundamentos previstos nas portarias emitidas. Em negociar instrumentos de regulamentação coletiva (IRCT)
sede de oposição à emissão de portaria de extensão, o critério aplicáveis às suas associadas, invocando como exemplo os
da exclusão das associadas representadas pelas associações acordos de empresa por esta celebrados, não tem cabimen-
sindicais ou associações de empregadores oponentes baseia- to na lei laboral nem no desiderato do legislador vertido no
-se, nomeadamente, no direito de associação dos trabalhado- artigo 93.º-A do Decreto-Lei n.º 119/83, de 25 de fevereiro.
res e empregadores e no direito da autonomia negocial das É consabido que em matéria de celebração de convenções
oponentes em matéria de regulamentação coletiva, conferi- coletivas o CT não impede as entidades empregadoras de
dos por lei e pelas Convenções n.º 87 e 98 da Organização celebrar acordo de empresa ou acordo coletivo, ainda que
Internacional do Trabalho (OIT), ratificadas por Portugal. A através de terceiros mandatados expressamente para o efeito.
exclusão das IPSS filiadas na UMP do âmbito das anteriores Porém, no que diz respeito à celebração de contrato cole-
extensões do presente contrato coletivo teve por fundamento tivo [cf. alínea a) do número 3 do artigo 2.º do CT], essa
o direito de defesa dos interesses das suas associadas em ma- competência cabe às estruturas de representação coletiva dos
téria de regulamentação coletiva de trabalho, no pressuposto empregadores e dos trabalhadores, ou seja, às associações
de que a oponente fazia uso da capacidade para a negociação de empregadores e associações sindicais registadas nos ter-
de contrato coletivo aplicável às instituições nelas filiadas, mos do artigo 447.º do CT. A UMP não é uma associação de
de acordo com o disposto no artigo 93.º-A do Decreto-Lei empregadores, pelo que, por esta via, não tem capacidade
n.º 119/83, de 25 de fevereiro, na redação introduzida pelo para celebrar contrato coletivo aplicável às suas associadas.
Decreto-Lei n.º 172-A/2014, de 14 de novembro de 2014, Por motivo de incompatibilidade entre o regime aplicável às
que aprova o estatuto das IPSS. Porém, constatando-se que associações de empregadores e o estatuto das IPSS, o deside-
a UMP alega que não tem capacidade para celebrar contrato rato do legislador vertido no artigo 93.º-A do Decreto-Lei n.º
coletivo aplicável às suas associadas e que, consequentemen- 119/83, de 25 de fevereiro, admite que as estruturas de repre-
te, não goza de autonomia negocial coletiva, promove-se a sentação coletiva de IPSS (as uniões, federações e confede-
presente extensão sem a referida exclusão porquanto, assim rações) possam, querendo, ter capacidade idêntica à das as-
sendo, não assiste à UMP a defesa dos interesses das suas as- sociações de empregadores registadas no âmbito do CT para,
sociadas em matéria de regulamentação coletiva nos termos com autonomia própria, negociar e celebrar contrato coletivo
conferidos pela lei e pelas Convenções n.º 87 e 98 da OIT às aplicável às suas associadas. Porém, é claro na norma legal
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
que só são consideradas com tal capacidade às uniões, fede- extensão não salienta as circunstâncias sociais e económicas
rações e confederações de IPSS que manifestem essa von- que a justifiquem, tal alegação não tem cabimento. A decisão
tade, de forma real, nos estatutos ou, no limite, comprova- de emissão de portaria de extensão ocorre no âmbito do po-
da por facto que a evidencie verdadeiramente: a celebração der discricionário conferido por lei do membro do Governo
efetiva de um contrato coletivo. Sucede que os estatutos da competente, mediante ponderação das circunstâncias sociais
UMP são omissos nesta matéria e que, na ausência de norma e económicas que a justifiquem. Assim, para além de efe-
estatutária, a UMP também não celebrou qualquer contrato tuada a devida ponderação foram relevados e considerados
coletivo. Ademais, após pedido de junção de prova que ates- os indicadores previstos nas alíneas a) a e) do número 1 da
te inequivocamente que a UMP tem tal capacidade, uma vez RCM n.º 82/2017, de 9 de junho. Se dúvidas existissem, as
que os seus estatutos são omissos quanto à capacidade ou circunstâncias e os indicadores que a justificam constam ex-
autonomia negocial coletiva para a celebração de convenção pressamente da nota justificativa do projeto de extensão e da
coletiva aplicável às suas associadas, i.e., de contrato cole- presente portaria e evidenciam, direta e indiretamente, entre
tivo, verifica-se que a documentação remetida - declaração outros aspetos: i) a identidade económica e social entre as
a atestar que em 28 de maio de 2022, os secretariados re- situações que se pretende abranger com a extensão e as pre-
gionais da UMP de Aveiro, Braga, Bragança, Porto, Viana vistas na convenção; ii) a admissibilidade da sua emissão,
do Castelo e Vila Real, num total de 58 misericórdias, apro- por existirem relações de trabalhos no mesmo âmbito de se-
varam uma monção com o seguinte teor: «As Santas Casas tor de atividade e profissional da convenção não abrangidas
da Misericórdia aqui representadas reafirmam que a União por regulamentação coletiva negocial; iii) o impacto positi-
das Misericórdias Portuguesas goza de autonomia negocial vo da extensão das retribuições mínimas convencionadas na
coletiva com capacidade para celebração de convenções co- promoção de melhores níveis de coesão e igualdade social;
letivas de trabalho, bem como que a mesma garante o direito iv) a uniformização das condições mínimas de trabalho dos
de defesa dos seus interesses em matérias de representação trabalhadores das IPSS; v) a aproximação das condições de
coletiva …» - não comprova a capacidade da UMP para, com concorrência entre empregadores do setor social.
autonomia própria, negociar e celebrar contratos coletivos Neste contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e
aplicável a todas as associadas e, consequentemente, o direi- económicas justificativas da extensão de acordo com o dis-
to de defesa dos interesses das suas associadas em matéria de posto no número 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho,
regulamentação coletiva, idêntico ao direito conferido pela promove-se o alargamento do âmbito de aplicação do contra-
lei e pelas Convenções n.º 87 e 98 da OIT. Com efeito, é to coletivo e das suas alterações em vigor a todas as relações
patente que tal moção não é uma deliberação da assembleia de trabalho tituladas por IPSS não abrangidas por regula-
geral, vinculativa para todas as associadas; O argumento no mentação coletiva negocial porquanto tem, no plano social, o
sentido de que a emissão da portaria de extensão está ferida efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos
de ilegalidade porque só pode ser emitida na falta de IRCT trabalhadores das IPSS e, no plano económico, o de aproxi-
negocial no setor e, no caso, existe regulamentação para o mar as condições de concorrência no setor social.
setor social, especialmente no que tange às Misericórdias Considerando que a convenção tem por âmbito geográ-
que integram a UMP, também não é de acolher. Das dispo- fico de aplicação todo o território nacional e que a extensão
sições conjugadas previstas nos artigos 514.º e 515.º do CT, de convenção coletiva nas Regiões Autónomas compete aos
resulta que a portaria de extensão pode ser emitida na falta de respetivos Governos Regionais, a presente portaria apenas é
instrumento de regulamentação coletiva de trabalho negocial aplicável no território do Continente.
aplicável às relações de trabalho existentes no mesmo âmbi- Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do
to de setor de atividade e profissional previsto na convenção Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação
a estender. É o que sucede no caso, porquanto, trata-se de da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em
portaria de extensão que procede ao alargamento do âmbi- conta a data do pedido de emissão de portaria de extensão, o
to de aplicação de um contrato coletivo e das suas altera- qual é posterior à data do depósito da convenção, e o termo
ções em vigor às relações de trabalho tituladas por IPSS não do prazo para a emissão da portaria de extensão, com pro-
abrangidas por regulamentação coletiva negocial no mesmo dução de efeitos a partir do primeiro dia do mês em causa.
âmbito de setor de atividade e profissional definido na con- Assim,
venção. E apenas são abrangidas estas relações de trabalho Manda o Governo, pelo Secretário de Estado do
porque as relações de trabalho abrangidas por regulamenta- Trabalho, no uso da competência delegada por Despacho n.º
ção coletiva negocial obrigam as partes nos termos do artigo 7910/2022, de 21 de junho de 2022, da Ministra do Trabalho,
496.º do CT. Assim, para além da extensão ser admissível, a Solidariedade e Segurança Social, publicado no Diário da
lei exclui automaticamente a aplicação das portarias de ex- República, 2.ª série, n.º 123, de 28 de junho de 2022, ao abri-
tensão, i.e., sem necessidade de norma expressa no respetivo go do artigo 514.º e do número 1 do artigo 516.º do Código
instrumento, às relações de trabalho que no mesmo âmbito do Trabalho e da Resolução do Conselho de Ministros n.º
sejam abrangidas por IRCT negocial, por força do princípio 82/2017, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º
da subsidiariedade previsto no artigo 515.º do CT e do regi- 112, de 9 de junho de 2017, o seguinte:
me de concorrência entre IRCT negocial e não negocial pre-
Artigo 1.º
visto no artigo 484.º do CT; No que concerne ao argumento
de que a nota justificativa que integra o projeto de portaria de 1- As condições de trabalho constantes do contrato coleti-
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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
vo e suas alterações em vigor entre a Confederação Nacional Boletins do Trabalho e Emprego (BTE), n.º 41, de 8 de no-
das Instituições de Solidariedade - CNIS e a Federação vembro de 2019, n.º 2, de 15 de janeiro de 2021, e n.º 39, de
Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções 22 de outubro de 2021, abrangem as relações de trabalho en-
Públicas e Sociais - FNSTFPS, publicadas nos Boletins do tre as instituições particulares de solidariedade social (IPSS)
Trabalho e Emprego (BTE), n.º 1, de 8 de janeiro de 2020, representadas pela confederação outorgante que exerçam a
n.º 1, de 8 de janeiro de 2021, e n.º 44, de 29 de novembro de sua atividade no território nacional, com exceção da Região
2021, são estendidas no território do Continente: Autónoma dos Açores, e trabalhadores ao seu serviço, repre-
a) Às relações de trabalho entre instituições particulares de sentados pelas associações sindicais outorgantes.
solidariedade social não filiadas na confederação outorgante A CNIS e a FEPCES requereram a extensão do contrato
que prossigam as atividades reguladas pela convenção e tra- coletivo e suas alterações no território do Continente às IPSS
balhadores ao seu serviço das profissões e categorias profis- não filiadas na confederação outorgante, incluindo as Santas
sionais nela previstas; Casas da Misericórdia e Mutualidades, e trabalhadores ao seu
b) Às relações de trabalho entre instituições particulares serviço, das profissões e categorias profissionais previstas na
de solidariedade social filiadas na confederação outorgante convenção, não representados pelas associações sindicais
que prossigam as atividades reguladas pela convenção e tra- outorgantes.
balhadores ao seu serviço, das referidas profissões e catego- De acordo com o número 1 do artigo 514.º do Código do
rias profissionais, não representados pela associação sindical Trabalho (CT), a convenção coletiva pode ser aplicada, no
outorgante. todo ou em parte, por portaria de extensão a empregadores
2- A presente extensão não é aplicável às relações de traba- e a trabalhadores integrados no âmbito do setor de atividade
lho que no mesmo âmbito sejam reguladas por instrumento e profissional definido naquele instrumento. O número dois
de regulamentação coletiva de trabalho negocial, de acordo do referido normativo legal determina ainda que a extensão
com o artigo 515.º do Código do Trabalho. é possível mediante a ponderação de circunstâncias sociais
e económicas que a justifiquem, nomeadamente a identidade
Artigo 2.º
ou semelhança económica e social das situações no âmbito
São revogadas: da extensão e no instrumento a que se refere.
a) A Portaria n.º 99/2020, de 21 de abril, publicada no Existindo identidade económica e social entre as situa-
Diário da República, n.º 78, 1.ª série, de 21 de abril de 2020 ções que se pretende abranger com a extensão e as previstas
e no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 15, de 22 de abril na convenção em apreço, foi promovida a realização do es-
de 2020; tudo de avaliação dos indicadores previstos nas alíneas a)
b) A Portaria n.º 184/2021, de 3 de setembro, publicada no a e) do número 1 da Resolução do Conselho de Ministros
Diário da República, n.º 172, 1.ª série, de 3 de setembro de (RCM) n.º 82/2017, de 9 de junho de 2017, através dos
2021, e no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 34, de 15 de elementos disponíveis no apuramento do Relatório Único/
setembro de 2021. Quadros de Pessoal de 2019. De acordo com o estudo esta-
Artigo 3.º vam abrangidos pelo instrumento de regulamentação coleti-
va de trabalho, direta e indiretamente, 28 388 trabalhadores
1- A presente portaria entra em vigor no quinto dia após a por conta de outrem a tempo completo (TCO), excluindo os
sua publicação no Diário da República. praticantes e aprendizes e o residual, dos quais 91,3 % são
2- As tabelas salariais e cláusulas de natureza pecuniária mulheres e 8,7 % são homens. De acordo com os dados da
em vigor previstas na convenção produzem efeitos a partir amostra, o estudo indica que para 5486 TCO (27,53 % do
de 1 de janeiro de 2022. total) as remunerações devidas são iguais ou superiores às
remunerações convencionais enquanto para 14 442 TCO
24 de outubro de 2022 - O Secretário de Estado do (72,47 % do total) as remunerações devidas são inferiores
Trabalho, Luís Miguel de Oliveira Fontes. às convencionais, dos quais 7,4 % são homens e 92,6 % são
mulheres. Quanto ao impacto salarial da extensão, a atuali-
zação das remunerações representa um acréscimo de 1,9 %
na massa salarial do total dos trabalhadores e de 2,9 % para
os trabalhadores cujas remunerações devidas serão alteradas.
Portaria de extensão do contrato coletivo e suas Na perspetiva da promoção de melhores níveis de coesão e
alterações entre a Confederação Nacional das igualdade social o estudo indica que há redução no leque sa-
Instituições de Solidariedade - CNIS e a FEPCES - larial e um ligeiro decréscimo entre os rácios dos percentis
de desigualdade calculados.
Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio,
As condições de trabalho previstas no contrato cole-
Escritórios e Serviços e outros tivo e suas alterações entre a Confederação Nacional das
Instituições de Solidariedade - CNIS e a FEPCES - Federa-
O contrato coletivo e suas alterações entre a ção Portuguesa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e
Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade - Serviços e outros, publicadas nos Boletins do Trabalho e
CNIS e a FEPCES - Federação Portuguesa dos Sindicatos Emprego, n.º 41, de 8 de novembro de 2019, e n.º 2, de 15 de
do Comércio, Escritórios e Serviços e outros, publicadas nos janeiro de 2021, foram objeto de extensão - respetivamente,
4180
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
através das Portarias n.o 44/2020, de 17 de fevereiro, e n.º Portuguesas (UMP) e a APM-RedeMut - Associação Portu-
156/2021, de 20 de julho, também publicadas nos Boletins guesa de Mutualidades.
do Trabalho e Emprego, n.º 7, de 22 de fevereiro de 2020, e A FNSTFPS alega ter convenção coletiva própria cele-
n.º 28, de 29 de julho de 2021 - no território do Continente, brada com a CNIS e que a convenção a estender estabelece
às relações de trabalho entre as IPSS e trabalhadores ao condições de trabalho menos favoráveis para os trabalhado-
seu serviço sem regulamentação coletiva negocial aplicá- res do setor de atividade em causa. Nestes termos, pretende a
vel, com exceção dos trabalhadores filiados em sindicatos oponente que os trabalhadores filiados nas associações sindi-
representados pela Federação Nacional dos Sindicatos dos cais por si representadas sejam excluídos do âmbito de apli-
Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais - FNSTFPS cação da extensão. Não obstante a oposição, regista-se que o
e das IPSS filiadas na União das Misericórdias Portuguesas projeto de extensão previa no preâmbulo e no número 4 do
- UMP, por oposição destas, com os fundamentos previstos artigo 1.º a exclusão dos trabalhadores filiados em sindicatos
nas portarias emitidas. Em sede de oposição à emissão de representados pela FNSTFPS, o que se mantém na extensão;
portaria de extensão, o critério da exclusão das associadas A UMP opõe-se à emissão da portaria de extensão do
representadas pelas associações sindicais ou associações contrato coletivo ou, sendo emitida, a sua aplicação à opo-
de empregadores oponentes baseia-se, nomeadamente, no nente e a todas as misericórdias suas associadas. Para tanto
direito de associação dos trabalhadores e empregadores e alega, em síntese: i) que goza de autonomia negocial coletiva
no direito da autonomia negocial das oponentes em maté- e, como tal, tem capacidade para negociar instrumentos de
ria de regulamentação coletiva, conferidos por lei e pelas regulamentação coletiva de trabalho (IRCT) aplicáveis às
Convenções n.º 87 e 98 da Organização Internacional do suas associadas, enunciando diversos acordos de empresa
Trabalho (OIT), ratificadas por Portugal. A exclusão das por ela celebrados; ii) a extensão só pode ser emitida na falta
IPSS filiadas na UMP do âmbito das anteriores extensões de IRCT negocial no setor e, ao contrário do que parece estar
do presente contrato coletivo teve por fundamento o direi- pressuposto no projeto de portaria de extensão, não existe
to de defesa dos interesses das suas associadas em matéria um vazio de regulamentação para o setor social, especial-
de regulamentação coletiva de trabalho, no pressuposto de mente no que tange às misericórdias que integram a UMP;
que a oponente fazia uso da capacidade para a negociação iii) a nota justificativa do projeto de portaria de extensão
de contrato coletivo aplicável às instituições nelas filiadas, apresenta diversas incongruências por não se conseguir dela
de acordo com o disposto no artigo 93.º-A do Decreto-Lei extrair facto que fundamente a decisão de extensão, nomea-
n.º 119/83, de 25 de fevereiro, na redação introduzida pelo damente por não se vislumbrarem as circunstâncias sociais e
Decreto-Lei n.º 172-A/2014, de 14 de novembro de 2014, económicas que a justifiquem.
que aprova o estatuto das IPSS. Porém, constatando-se que A argumentação da UMP no sentido de que goza de au-
a UMP alega que não tem capacidade para celebrar contrato tonomia negocial coletiva e, como tal, tem capacidade para
coletivo aplicável às suas associadas e que, consequentemen- negociar instrumentos de regulamentação coletiva (IRCT)
te, não goza de autonomia negocial coletiva, promoveu-se a aplicáveis às suas associadas, invocando como exemplo os
presente extensão sem a referida exclusão porquanto, assim acordos de empresa por esta celebrados, não tem cabimen-
sendo, não assiste à UMP a defesa dos interesses das suas as- to na lei laboral nem no desiderato do legislador vertido no
sociadas em matéria de regulamentação coletiva nos termos artigo 93.º-A do Decreto-Lei n.º 119/83, de 25 de fevereiro.
conferidos pela lei e pelas Convenções n.º 87 e 98 da OIT às É consabido que em matéria de celebração de convenções
organizações de representação coletiva de empregadores e coletivas o CT não impede as entidades empregadoras de
trabalhadores com capacidade para celebração de convenção celebrar acordo de empresa ou acordo coletivo, ainda que
coletiva de trabalho. através de terceiros mandatados expressamente para o efeito.
Neste contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e Porém, no que diz respeito à celebração de contrato coletivo
económicas justificativas da extensão de acordo com o dis- [cf. alínea a) do número 3 do artigo 2.º do CT], essa com-
posto no número 2 do artigo 514.º do CT, promoveu-se a petência cabe às estruturas de representação coletiva dos
publicação do projeto de portaria de extensão, manifestan- empregadores e dos trabalhadores, ou seja, às associações
do-se a intenção de proceder ao alargamento do âmbito de de empregadores e associações sindicais registadas nos ter-
aplicação do contrato coletivo e das suas alterações em vi- mos do artigo 447.º do CT. A UMP não é uma associação de
gor a todas as relações de trabalho tituladas por IPSS não empregadores, pelo que, por esta via, não tem capacidade
abrangidas por regulamentação coletiva negocial porquanto para celebrar contrato coletivo aplicável às suas associadas.
tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições Por motivo de incompatibilidade entre o regime aplicável às
mínimas de trabalho dos trabalhadores das IPSS e, no plano associações de empregadores e o estatuto das IPSS, o de-
económico, o de aproximar as condições de concorrência no siderato do legislador vertido no artigo 93.º-A do Decreto-
setor social. Lei n.º 119/83, de 25 de fevereiro, admite que as estruturas
Publicado o aviso relativo ao projeto da presente exten- de representação coletiva de IPSS (as uniões, federações e
são no Boletim do Trabalho e Emprego, Separata, n.º 10, confederações) possam, querendo, ter capacidade idêntica à
de 17 de março de 2022, deduziram oposição a Federação das associações de empregadores registadas no âmbito do
Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções CT para, com autonomia própria, negociar e celebrar con-
Públicas e Sociais - FNSTFPS, a União das Misericórdias trato coletivo aplicável às suas associadas. Porém, é claro
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na norma legal que só são consideradas com tal capacidade RCM n.º 82/2017, de 9 de junho. Se dúvidas existissem, as
às uniões, federações e confederações de IPSS que manifes- circunstâncias e os indicadores que a justificam constam ex-
tem essa vontade, de forma real, nos estatutos ou, no limite, pressamente da nota justificativa do projeto de extensão e da
comprovada por facto que a evidencie verdadeiramente: a presente portaria e evidenciam, direta e indiretamente, entre
celebração efetiva de um contrato coletivo. Sucede que os outros aspetos: i) a identidade económica e social entre as
estatutos da UMP são omissos nesta matéria e que, na au- situações que se pretende abranger com a extensão e as pre-
sência de norma estatutária, a UMP também não celebrou vistas na convenção; ii) a admissibilidade da sua emissão,
qualquer contrato coletivo. Ademais, após pedido de junção por existirem relações de trabalhos no mesmo âmbito de se-
de prova que ateste inequivocamente que a UMP tem tal ca- tor de atividade e profissional da convenção não abrangidas
pacidade, uma vez que os seus estatutos são omissos quanto por regulamentação coletiva negocial; iii) o impacto positi-
à capacidade ou autonomia negocial coletiva para a celebra- vo da extensão das retribuições mínimas convencionadas na
ção de convenção coletiva aplicável às suas associadas, i.e., promoção de melhores níveis de coesão e igualdade social;
de contrato coletivo, verifica-se que a documentação reme- iv) a uniformização das condições mínimas de trabalho dos
tida - cópias de títulos de representação emitidos em 2016 trabalhadores das IPSS; v) a aproximação das condições de
por diversas entidades empregadoras (Misericórdias) que concorrência entre empregadores do setor social.
mandatam a UMP para, na qualidade de mandatária, assinar Por sua vez, a APM-RedeMut - Associação Portuguesa de
um acordo coletivo - não comprova a capacidade da UMP Mutualidades opõe-se à emissão da portaria de extensão do
para, com autonomia própria, negociar e celebrar contra- contrato coletivo às relações de trabalho por si estabeleci-
tos coletivos e, consequentemente, o direito de defesa dos das e pelas suas associadas alegando em síntese que: i) tem
interesses das suas associadas em matéria de regulamenta- em curso um processo negocial com vista à celebração de
ção coletiva, idêntico ao direito conferido pela lei e pelas contrato coletivo; ii) a CNIS não é uma associação represen-
Convenções n.º 87 e 98 da OIT; O argumento no sentido de tativa do setor do mutualista; iii) as atividades mais signifi-
que a emissão da portaria de extensão está ferida de ilegali- cativas desenvolvidas pelas mutualidades são distintas das
dade porque só pode ser emitida na falta de IRCT negocial prosseguidas pelas associadas da CNIS.
no setor e, no caso, existe regulamentação para o setor social, O argumento no sentido de que a existência de processo
especialmente no que tange às Misericórdias que integram a negocial com vista à celebração de contrato coletivo impede
UMP, também não é de acolher. Das disposições conjugadas a emissão de portaria de extensão para às relações de traba-
previstas nos artigos 514.º e 515.º do CT, resulta que a por- lho estabelecidas pela oponente e pelas suas associadas, não
taria de extensão pode ser emitida na falta de instrumento tem qualquer fundamento legal nos artigos 514.º e 515.º do
de regulamentação coletiva de trabalho negocial aplicável às CT, que regulam a admissibilidade da emissão da portaria
relações de trabalho existentes no mesmo âmbito de setor de de extensão; O entendimento de que a extensão não pode
atividade e profissional previsto na convenção a estender. É ser emitida para o setor mutualista porque a CNIS não é
o que sucede no caso, porquanto, trata-se de portaria de ex- uma associação representativa do setor, também não colhe.
tensão que procede ao alargamento do âmbito de aplicação Nos termos dos seus estatutos a CNIS é uma confederação
de um contrato coletivo e das suas alterações em vigor às de IPSS sem reserva quanto aos fins e atividades ou formas
relações de trabalho tituladas por IPSS não abrangidas por das instituições e com reconhecida capacidade para celebrar
regulamentação coletiva negocial no mesmo âmbito de setor contrato coletivo - no mesmo âmbito de setor de atividade
de atividade e profissional definido na convenção. E apenas social estatutário -, o que faz de forma efetiva desde 2005,
são abrangidas estas relações de trabalho porque as relações enquanto confederação de IPSS. Por outro lado, esclarece-se
de trabalho abrangidas por regulamentação coletiva negocial que o regime em vigor não exige ou estabelece critérios de
obrigam as partes nos termos do artigo 496.º do CT. Assim, representatividade dos outorgantes de contrato coletivo para
para além da extensão ser admissível, a lei exclui automa- a emissão de portaria de extensão. Com efeito, com a revo-
ticamente a aplicação das portarias de extensão, i.e., sem gação da RCM n.º 90/2012, de 31 de outubro e subsequentes
necessidade de norma expressa no respetivo instrumento, alterações e, entrada em vigor da RCM n.º 82/2017, de 9
às relações de trabalho que no mesmo âmbito sejam abran- de junho de 2017, o requisito da representatividade da parte
gidas por IRCT negocial, por força do princípio da subsi- empregadora subscritora da convenção deixou de ser crité-
diariedade previsto no artigo 515.º do CT e do regime de rio para a ponderação da emissão de portaria de extensão;
concorrência entre IRCT negocial e não negocial previsto Quanto ao argumento de que as atividades mais significati-
no artigo 484.º do CT; No que concerne ao argumento de vas das mutualidades são distintas das associadas da CNIS,
que a nota justificativa que integra o projeto de portaria de regista-se que a extensão visa abranger as mesmas atividades
extensão não salienta as circunstâncias sociais e económicas do setor social reguladas pela convenção, no âmbito das pro-
que a justifiquem, tal alegação não tem cabimento. A decisão fissões e categorias profissionais nela previstas, independen-
de emissão de portaria de extensão ocorre no âmbito do po- temente da forma jurídica que as IPSS revistam, uma vez
der discricionário conferido por lei do membro do Governo que os seus fins podem ser em domínios comuns, quer sejam
competente, mediante ponderação das circunstâncias sociais os elencados no artigo 1.º-A do estatuto das IPSS aprovado
e económicas que a justifiquem. Assim, para além de efe- Decreto-Lei n.º 119/83, de 25 de fevereiro, ou outros legal-
tuada a devida ponderação foram relevados e considerados mente admissíveis. Em suma, pese embora a oposição da
os indicadores previstos nas alíneas a) a e) do número 1 da APM-RedeMut, verifica-se que a mesma não constitui por si
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mesmo fundamento bastante para a exclusão das suas asso- Considerando que a convenção tem por âmbito geográ-
ciadas da extensão porquanto a oponente não é uma associa- fico de aplicação todo o território nacional, com exceção da
ção de empregadores registada nos termos do artigo 447.º do Região Autónoma dos Açores, e que a extensão de conven-
CT, nem adquiriu capacidade idêntica às associações de em- ção coletiva nas Regiões Autónomas compete aos respetivos
pregadores nos termos do artigo 93.º-A do Decreto-Lei n.º Governos Regionais, a presente portaria apenas é aplicável
119/83, de 25 de fevereiro. Com efeito, conforme já referido no território do Continente.
a propósito da UMP, para que as uniões, federações e con- Considerando ainda que as anteriores extensões da con-
federações de IPSS possam ser consideradas entidades com venção em apreço não são aplicáveis aos trabalhadores fi-
capacidade para celebrar contrato coletivo é necessário que liados em sindicatos representados pela Federação Nacional
manifestem essa vontade. No caso, não se vislumbra nos es- dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e
tatutos da APM-RedeMut tal competência nem ocorreu facto Sociais - FNSTFPS, na sequência da oposição deduzida por
que a evidencie verdadeiramente: a celebração de contrato aquela, mantém-se na presente extensão idêntica exclusão.
coletivo. Sem prejuízo do que antecede, regista-se ainda que Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do
a propósito do argumento relativo à existência de negocia- Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação
ções em curso, a oponente não logrou em fazer prova ca- da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em
bal das mesmas. Com efeito, em sede de pedido de prova, a conta a data do pedido de extensão, o qual é posterior à data
oponente remeteu cópia da ata da assembleia geral ordinária, do depósito da convenção, e o termo do prazo para a emissão
de 5 de março de 2016, na qual consta que o conselho de ad- da portaria de extensão, com produção de efeitos a partir do
ministração foi mandatado «…para formar um grupo de tra- primeiro dia do mês em causa.
balho, composto por 5 elementos, que trabalhe a negociação Assim,
de um instrumento de regulamentação coletiva de trabalho Manda o Governo, pelo Secretário de Estado do
(IRCT).» Porém, não é claro na ata que o mandato tenha sido Trabalho, no uso da competência delegada por Despacho n.º
concedido para a celebração de contrato coletivo porquanto 7910/2022, de 21 de junho de 2022, da Ministra do Trabalho,
se refere a IRCT, o que pode compreender acordo de empre- Solidariedade e Segurança Social, publicado no Diário da
sa ou acordo coletivo, convenções que não são elegíveis para República, 2.ª série, n.º 123, de 28 de junho de 2022, ao abri-
o reconhecimento da capacidade das estruturas de represen- go do artigo 514.º e do número 1 do artigo 516.º do Código
tação coletiva das IPSS. Dúvida que a cópia do protocolo da do Trabalho e da Resolução do Conselho de Ministros n.º
mesa negocial com as associações sindicais, celebrado em 82/2017, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º
11 de dezembro de 2017, remetida pela APM-RedeMut, não 112, de 9 de junho de 2017, o seguinte:
permite ilidir, uma vez que também não é claro que tivesse
Artigo 1.º
em vista negociações para a celebração de um contrato co-
letivo, porquanto no ponto 8 refere que «os acordos parciais 1- As condições de trabalho constantes do contrato coleti-
alcançados só serão vinculativos se vir a ser alcançado acor- vo e suas alterações em vigor entre a Confederação Nacional
do global relativo a todas as cláusulas e anexos do AE». Para das Instituições de Solidariedade - CNIS e a FEPCES
além da ambiguidade dos documentos remetidos, não tendo - Federação Portuguesa dos Sindicatos do Comércio,
sido juntas cópias das atas de negociação, não foi comprova- Escritórios e Serviços e outros, publicadas nos Boletins do
do o seu alcance nem se, volvidos mais de quatro e seis anos, Trabalho e Emprego (BTE), n.º 41, de 8 de novembro de
respetivamente, sobre o protocolo e o mandato da assem- 2019, n.º 2, de 15 de janeiro de 2021 e n.º 39, de 22 de outu-
bleia geral, ocorreram negociações e se estão em curso. Em bro de 2021, são estendidas no território do Continente:
todo caso, regista-se que a existência de negociações não são a) Às relações de trabalho entre as instituições particulares
um evidencia inequívoca de que as partes cheguem a acordo de solidariedade social não filiadas na confederação outor-
sobre a celebração de contrato coletivo. Acresce que o artigo gante que prossigam as atividades reguladas pela convenção
484.º do CT determina que a entrada em vigor de um IRCT e trabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias
negocial afasta a aplicação, no respetivo âmbito, de anterior profissionais nela previstas;
IRCT não negocial, pelo que a ocorrer a eventual celebração b) Às relações de trabalho entre instituições particulares de
de contrato coletivo, este afasta a aplicação da portaria de solidariedade social filiadas na confederação outorgante que
extensão em apreço. prossigam as atividades reguladas pela convenção e traba-
Neste contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e lhadores ao seu serviço, das referidas profissões e categorias
económicas justificativas da extensão de acordo com o dis- profissionais, não representados pelas associações sindicais
posto no número 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho, outorgantes.
promove-se o alargamento do âmbito de aplicação do contra- 2- A presente extensão não é aplicável às relações de traba-
to coletivo e das suas alterações em vigor a todas as relações lho que no mesmo âmbito sejam reguladas por instrumento
de trabalho tituladas por IPSS não abrangidas por regula- de regulamentação coletiva de trabalho negocial, de acordo
mentação coletiva negocial porquanto tem, no plano social, o com o artigo 515.º do Código do Trabalho.
efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho dos 3- A presente extensão não é aplicável aos trabalhadores fi-
trabalhadores das IPSS e, no plano económico, o de aproxi- liados em sindicatos representados pela Federação Nacional
mar as condições de concorrência no setor social. dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e
Sociais - FNSTFPS.
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Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal deduziu oposição 2- Não são objeto de extensão as cláusulas contrárias a
à sua emissão, alegando, em síntese, que tem em curso um normas legais imperativas.
processo negocial com a mesma associação de empregado- 3- A presente extensão não é aplicável às relações de traba-
res, para a celebração de convenção coletiva para o mesmo lho em que sejam parte:
âmbito. a) Trabalhadores filiados no Sindicato dos Trabalhadores
Considerando que, de acordo com o artigo 485.º do da Indústria e Comércio de Carnes do Sul;
Código do Trabalho, o Estado deve promover a contratação b) Trabalhadores filiados em sindicatos representados
coletiva, de modo que as convenções coletivas sejam apli- pela FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricultura,
cáveis ao maior número de trabalhadores e empregadores; Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal.
considerando que a emissão de portaria de extensão das al-
Artigo 2.º
terações da convenção visa, na medida do possível, a unifor-
mização e a atualização das retribuições mínimas de traba- 1- A presente portaria entra em vigor no quinto dia após a
lho dos trabalhadores a abranger; considerando ainda que o sua publicação no Diário da República.
âmbito de aplicação previsto no artigo número 1 da porta- 2- As tabelas salariais e cláusulas de natureza pecuniária
ria abrange as relações de trabalho onde não se verifique o previstas na convenção produzem efeitos a partir de 1 de ju-
princípio da dupla filiação e que assiste à federação sindical nho de 2022.
oponente a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores
filiados em sindicatos por esta representados, procede-se à 24 de outubro de 2022 - O Secretário de Estado do
exclusão do âmbito da presente extensão dos referidos tra- Trabalho, Luís Miguel de Oliveira Fontes.
balhadores.
Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do
Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação
da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em
conta a data do depósito da convenção e o termo do prazo Portaria de extensão do contrato coletivo
para a emissão da portaria de extensão, com produção de entre a Associação Nacional de Comerciantes e
efeitos a partir do primeiro dia do mês em causa.
Industriais de Produtos Alimentares (ANCIPA)
Assim,
Manda o Governo, pelo Secretário de Estado do
e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da
Trabalho, no uso da competência delegada por Despacho, n.º Agricultura, Floresta, Pesca, Turismo, Indústria
7910/2022, de 21 de junho de 2022, da Ministra do Trabalho, Alimentar, Bebidas e Afins - SETAAB (indústria de
Solidariedade e Segurança Social, publicado no Diário da hortofrutícolas)
República, 2.ª série, n.º 123, de 28 de junho de 2022, ao abri-
go do artigo 514.º e do número 1 do artigo 516.º do Código O contrato coletivo entre a Associação Nacional de
do Trabalho e da Resolução do Conselho de Ministros n.º Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares
82/2017, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º (ANCIPA) e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da
112, de 9 de junho de 2017, o seguinte: Agricultura, Floresta, Pesca, Turismo, Indústria Alimentar,
Bebidas e Afins - SETAAB (indústria de hortofrutícolas),
Artigo 1.º
publicado no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), n.º 24,
1- As condições de trabalho constantes das alterações do de 29 de junho de 2022, abrange as relações de trabalho en-
contrato coletivo entre a Associação Nacional dos Centros tre empregadores e trabalhadores representados pelas asso-
de Abate e Indústrias Transformadoras de Carne de Aves ciações outorgantes que, no território nacional, se dediquem
- Ancave e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da à transformação de produtos hortofrutícolas e trabalhadores
Agricultura, Floresta, Pesca, Turismo, Indústria Alimentar, ao seu serviço, uns e outros representados pelas associações
Bebidas e Afins - SETAAB, publicadas no Boletim do outorgantes.
Trabalho e Emprego, n.º 19, de 22 de maio de 2022, são As partes signatárias requereram a extensão do contra-
estendidas no território do Continente: to coletivo na mesma área geográfica e setor de atividade a
a) Às relações de trabalho entre empregadores não filiados todos os empregadores não filiados na associação de empre-
na associação de empregadores outorgante que exerçam a gadores outorgante e trabalhadores ao seu serviço, das pro-
atividade de abate, desmancha, corte, preparação e qualifi- fissões e categorias profissionais previstas na convenção, não
cação de aves, bem como a sua transformação e comercia- representados pela associação sindical outorgante.
lização (CAE 10120), e trabalhadores ao seu serviço, das De acordo com o número 1 do artigo 514.º do Código do
profissões e categorias profissionais previstas na convenção; Trabalho, a convenção coletiva pode ser aplicada, no todo
b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados ou em parte, por portaria de extensão a empregadores e a
na associação de empregadores outorgante que exerçam trabalhadores integrados no âmbito do setor de atividade e
a atividade económica referida na alínea anterior e profissional definido naquele instrumento. O número dois do
trabalhadores ao seu serviço das profissões e categorias referido normativo legal determina ainda que a extensão é
profissionais previstas na convenção, não representados pela possível mediante a ponderação de circunstâncias sociais e
associação sindical outorgante. económicas que a justifiquem, nomeadamente a identidade
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Portaria de extensão das alterações do contrato cujas remunerações devidas serão alteradas. Na perspetiva
coletivo entre a Associação Nacional dos Industriais da promoção de melhores níveis de coesão e igualdade social
de Lacticínios (ANIL) e outras e o Sindicato dos o estudo indica uma redução no leque salarial e uma dimi-
Profissionais de Lacticínios, Alimentação, Agricul- nuição dos rácios de desigualdades calculados.
Neste contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e
tura, Escritórios, Comércio, Serviços, Transportes
económicas justificativas da extensão de acordo com o dis-
Rodoviários, Metalomecânica, Metalurgia, posto no número 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho,
Construção Civil e Madeiras promove-se o alargamento do âmbito de aplicação das altera-
ções do contrato coletivo às relações de trabalho não abran-
As alterações do contrato coletivo entre a Associação gidas por regulamentação coletiva negocial, nos mesmos ter-
Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL) e outras e mos das anteriores extensões, porquanto tem no plano social
o Sindicato dos Profissionais de Lacticínios, Alimentação, o efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho
Agricultura, Escritórios, Comércio, Serviços, Transportes dos trabalhadores e, no plano económico, o de aproximar as
Rodoviários, Metalomecânica, Metalurgia, Construção Civil condições de concorrência entre empresas do mesmo setor.
e Madeiras, publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego Considerando que a convenção tem por âmbito geográ-
(BTE), n.º 19, de 22 de maio de 2022, abrangem as relações fico de aplicação todo o território nacional e que a extensão
de trabalho entre empregadores que no território nacional de convenção coletiva nas Regiões Autónomas compete aos
se dediquem à indústria de laticínios e trabalhadores ao seu respetivos Governos Regionais, a presente portaria apenas é
serviço, uns e outros representados pelas associações que as aplicável no território do Continente.
outorgaram. Considerando que a retribuição do nível «I» da tabela sa-
As partes outorgantes requereram a extensão das al- larial da convenção é inferior à retribuição mínima mensal
terações do contrato coletivo às relações de trabalho entre garantida (RMMG) em vigor e que de acordo com o artigo
empregadores não representados pela associação de empre- 275.º do Código do Trabalho a RMMG poder ser objeto de
gadores outorgante e trabalhadores ao seu serviço, das pro- redução relacionada com o trabalhador, a referida retribuição
fissões e categorias profissionais nela previstas, filiados na convencional só é objeto de extensão nas situações em que
associação sindical outorgante. seja superior a RMMG resultante da redução prevista naque-
De acordo com o número 1 do artigo 514.º do Código do la norma legal.
Trabalho, a convenção coletiva pode ser aplicada, no todo Considerando ainda que a anterior extensão da conven-
ou em parte, por portaria de extensão a empregadores e a ção não é aplicável às relações de trabalho em que sejam
trabalhadores integrados no âmbito do setor de atividade e parte trabalhadores filiados em sindicatos representados
profissional definido naquele instrumento. O número dois do pela FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricultura,
referido normativo legal determina ainda que a extensão é Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal, por
possível mediante a ponderação de circunstâncias sociais e oposição da referida Federação, mantém-se na presente ex-
económicas que a justifiquem, nomeadamente a identidade tensão idêntica exclusão.
ou semelhança económica e social das situações no âmbito Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do
da extensão e no instrumento a que se refere. Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação
Existindo identidade económica e social entre as situa- da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em
ções que se pretende abranger com a extensão e as previstas conta a data do depósito da convenção e o termo do prazo
na convenção em apreço, foi promovida a realização do estu- para a emissão da portaria de extensão, com produção de
do de avaliação dos indicadores previstos nas alíneas a) a e) efeitos a partir do primeiro dia do mês em causa.
do número 1 da Resolução do Conselho de Ministros (RCM) Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presen-
n.º 82/2017, de 9 de junho de 2017, através dos elementos te extensão no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE),
disponíveis no apuramento do Relatório Único/Quadros de Separata, n.º 17, de 12 de julho de 2022, ao qual a FESAHT
Pessoal de 2019. De acordo com o estudo estavam abrangi- - Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação,
dos pelo instrumento de regulamentação coletiva de traba- Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal deduziu oposição,
lho, direta e indiretamente, 857 trabalhadores por conta de alegando que tem convenção coletiva própria e pretendendo
outrem a tempo completo (TCO), excluindo os praticantes que os trabalhadores filiados nas associações sindicais por
e aprendizes e o residual, dos quais 57,2 % são mulheres e si representadas sejam excluídos do âmbito de aplicação da
42,8 % são homens. De acordo com os dados da amostra, o extensão.
estudo indica que para 528 TCO (61,61 % do total) as remu- Não obstante a referida oposição, clarifica-se que o pro-
nerações devidas são iguais ou superiores às remunerações jeto de extensão das alterações da convenção previa, respe-
convencionais enquanto para 329 TCO (38,39 % do total) as tivamente, no seu preâmbulo e no número 3 do seu artigo
remunerações devidas são inferiores às convencionais, dos 1.º os fundamentos e a exclusão dos trabalhadores filiados
quais 59,6 % são mulheres e 40,4 % são homens. Quanto em sindicatos representados pela FESAHT - Federação dos
ao impacto salarial da extensão, a atualização das remune- Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria
rações representa um acréscimo de 0,8 % na massa salarial e Turismo de Portugal, exclusão que se mantém na presente
do total dos trabalhadores e de 2,4 % para os trabalhadores extensão.
4187
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
4188
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das são inferiores às convencionais, dos quais 63,5 % são Artigo 1.º
mulheres e 36,5 % são homens. Quanto ao impacto salarial
1- As condições de trabalho constantes do contrato cole-
da extensão, a atualização das remunerações representa um
tivo entre a Associação Empresarial de Viana do Castelo e
acréscimo de 1,0 % na massa salarial do total dos trabalhado-
outras e o CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio,
res e de 2,1 % para os trabalhadores cujas remunerações de-
Escritórios e Serviços de Portugal, publicadas Boletim do
vidas serão alteradas. Na perspetiva da promoção de melho-
Trabalho e Emprego, n.º 22, de 15 de junho de 2022, são
res níveis de coesão e igualdade social o estudo indica uma
estendidas no distrito de Viana do Castelo:
diminuição das desigualdades, por redução do leque salarial.
a) Às relações de trabalho entre empregadores não
Neste contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e
filiados nas associações de empregadores outorgantes que se
económicas justificativas da extensão de acordo com o dis-
dediquem, com exceção do disposto nos números seguintes,
posto no número 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho,
às atividades de comércio a retalho, atividades funerárias e de
promove-se o alargamento do âmbito de aplicação das al-
ginásios (fitness) e às atividades de cabeleireiros e institutos
terações do contrato coletivo às relações de trabalho não
de beleza e trabalhadores ao seu serviço, das profissões e
abrangidas por regulamentação coletiva negocial porquanto
categorias profissionais previstas na convenção;
tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições
b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados
mínimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano económi-
nas associações de empregadores outorgantes que exerçam
co, o de aproximar as condições de concorrência entre em-
as atividades económicas referidas na alínea anterior e
presas do mesmo setor.
trabalhadores ao seu serviço, das profissões e categorias
Considerando que as anteriores extensões da convenção
profissionais previstas na convenção, não filiados no
não abrangem as relações de trabalho tituladas por empre-
sindicato outorgante.
gadores não filiados nas associações de empregadores ou-
2- A presente portaria não abrange a atividade de comér-
torgantes com atividade em estabelecimentos qualificados
cio a retalho de veículos automóveis e motociclos nem de
como unidades comerciais de dimensão relevante, segundo
combustíveis para veículos a motor em estabelecimentos es-
os critérios então definidos pelo Decreto-Lei n.º 218/97, de
pecializados.
20 de agosto, as quais são abrangidas pelo contrato coleti-
3- A presente extensão não é aplicável a empregadores não
vo entre a APED - Associação Portuguesa de Empresas de
filiados na associação de empregadores outorgante desde
Distribuição e diversas associações sindicais e pelas res-
que se verifique uma das seguintes condições:
petivas portarias de extensão. Considerando que a referida
a) Sendo a atividade de comércio a retalho alimentar ou
qualificação é adequada e que não tem suscitado oposição
misto, disponham de uma área de venda contínua de comér-
dos interessados, mantém-se os critérios de distinção entre
cio a retalho alimentar igual ou superior a 2000 m2;
pequeno/médio comércio a retalho e a grande distribuição.
b) Sendo a atividade de comércio a retalho não alimentar,
Considerando que a convenção coletiva regula diversas
disponham de uma área de venda contínua igual ou superior
condições de trabalho, procede-se à ressalva genérica do
a 4000 m2;
âmbito de aplicação da extensão de cláusulas contrárias a
c) Sendo a atividade de comércio a retalho alimentar ou
normas legais imperativas.
misto, pertencente a empresa ou grupo de empresas que te-
Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do
nha, a nível nacional, uma área de venda acumulada de co-
Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação
mércio a retalho alimentar igual ou superior a 15 000 m2;
da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em
d) Sendo a atividade de comércio a retalho não alimentar,
conta a data do depósito da convenção e o termo do prazo
pertencente a empresa ou grupo de empresas que tenha, a ní-
para a emissão da portaria de extensão, com produção de
vel nacional, uma área de venda acumulada igual ou superior
efeitos a partir do primeiro dia do mês em causa.
a 25 000 m2.
Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presente ex-
4- Não são objeto de extensão as cláusulas contrárias a
tensão no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), Separata,
normas legais imperativas.
n.º 18, de 19 de agosto de 2022, ao qual não foi deduzida
oposição por parte dos interessados. Artigo 2.º
Assim,
1- A presente portaria entra em vigor no quinto dia após a
Manda o Governo, pelo Secretário de Estado do
sua publicação no Diário da República.
Trabalho, no uso da competência delegada por Despacho n.º
2- A tabela salarial e as cláusulas de natureza pecuniária
7910/2022, de 21 de junho de 2022, da Ministra do Trabalho,
previstas na convenção produzem efeitos a partir de 1 de ju-
Solidariedade e Segurança Social, publicado no Diário da
lho de 2022.
República, 2.ª série, n.º 123, de 28 de junho de 2022, ao abri-
go do artigo 514.º e do número 1 do artigo 516.º do Código
do Trabalho e da Resolução do Conselho de Ministros n.º 24 de outubro de 2022 - O Secretário de Estado do
82/2017, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º Trabalho, Luís Miguel de Oliveira Fontes.
112, de 9 de junho de 2017, o seguinte:
4189
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
Portaria de extensão das alterações do contrato os trabalhadores cujas remunerações devidas serão alteradas.
coletivo entre a Associação dos Comerciantes de Na perspetiva da promoção de melhores níveis de coesão e
Carnes do Concelho de Lisboa e Outros e outras igualdade social o estudo indica uma redução no leque sala-
associações de empregadores e o Sindicato dos rial e uma diminuição das desigualdades.
Neste contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e
Trabalhadores da Indústria e Comércio de Carnes
económicas justificativas da extensão de acordo com o dis-
do Sul posto no número 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho,
promove-se o alargamento do âmbito de aplicação das al-
As alterações do contrato coletivo entre a Associação dos terações do contrato coletivo às relações de trabalho não
Comerciantes de Carnes do Concelho de Lisboa e Outros abrangidas por regulamentação coletiva negocial porquanto
e outras associações de empregadores e o Sindicato dos tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições
Trabalhadores da Indústria e Comércio de Carnes do Sul, mínimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano económi-
publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), n.º co, o de aproximar as condições de concorrência entre em-
17, de 8 de maio de 2022, abrangem as relações de trabalho presas do mesmo setor.
entre empregadores que, nos distritos de Lisboa e Setúbal e Considerando que a convenção abrange o comércio gros-
nos concelhos de Belmonte, Covilhã e Penamacor, exerçam sista e o comércio retalhista de carnes, a extensão aplica-se
a atividade do comércio de carnes, uns e outros representa- nas mesmas atividades de acordo com os respetivos âmbitos
dos pelas associações outorgantes. de representação das associações outorgantes.
A Associação dos Comerciantes de Carnes do Concelho As anteriores extensões da convenção não abrangem as
de Lisboa e Outros e o Sindicato dos Trabalhadores da relações de trabalho tituladas por empregadores não filiados
Indústria e Comércio de Carnes do Sul requereram a exten- nas associações de empregadores outorgantes com atividade
são das alterações do contrato coletivo a todas as empresas em estabelecimentos qualificados como unidades comerciais
não filiadas nas associações de empregadores outorgantes de dimensão relevante, segundo os critérios então definidos
que na área de aplicação da convenção, se dediquem à mes- pelo Decreto-Lei n.º 218/97, de 20 de agosto, as quais são
ma atividade e trabalhadores ao seu serviço, das profissões abrangidas pelo contrato coletivo entre a APED - Associação
e categorias profissionais nela previstas, não representados Portuguesa de Empresas de Distribuição e diversas associa-
pela associação sindical outorgante. ções sindicais e pelas respetivas extensões. Considerando que
De acordo com o número 1 do artigo 514.º do Código do a referida qualificação é adequada, mantém-se os critérios de
Trabalho, a convenção coletiva pode ser aplicada, no todo distinção entre pequeno/médio comércio a retalho e a grande
ou em parte, por portaria de extensão a empregadores e a distribuição.
trabalhadores integrados no âmbito do setor de atividade e Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presen-
profissional definido naquele instrumento. O número dois do te extensão no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE),
referido normativo legal determina ainda que a extensão é Separata, n.º 17, de 12 de julho de 2022, ao qual a FESAHT
possível mediante a ponderação de circunstâncias sociais e - Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação,
económicas que a justifiquem, nomeadamente a identidade Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal deduziu oposição
ou semelhança económica e social das situações no âmbito à sua emissão.
da extensão e no instrumento a que se refere. Considerando que, de acordo com o artigo 485.º do
Existindo identidade económica e social entre as situa- Código do Trabalho, o Estado deve promover a contratação
ções que se pretende abranger com a extensão e as previstas coletiva, de modo que as convenções coletivas sejam apli-
na convenção em apreço, foi promovida a realização do estu- cáveis ao maior número de trabalhadores e empregadores;
do de avaliação dos indicadores previstos nas alíneas a) a e) considerando que a emissão de portaria de extensão das al-
do número 1 da Resolução do Conselho de Ministros (RCM) terações da convenção visa, na medida do possível, a unifor-
n.º 82/2017, de 9 de junho de 2017, através dos elementos en- mização e a atualização das retribuições mínimas de traba-
tão disponíveis no apuramento do Relatório Único/Quadros lho dos trabalhadores a abranger; considerando ainda que o
de Pessoal de 2019. De acordo com o estudo estavam abran- âmbito de aplicação previsto no artigo número 1 da porta-
gidos pelo instrumento de regulamentação coletiva de traba- ria abrange as relações de trabalho onde não se verifique o
lho, direta e indiretamente, 775 trabalhadores a tempo com- princípio da dupla filiação e que assiste à Federação sindical
pleto, excluindo os praticantes e aprendizes e o residual, dos oponente a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores
quais 19,9 % são mulheres e 80,1 % são homens. De acordo filiados em sindicatos por esta representados, procede-se à
com os dados da amostra, o estudo indica que para 103 TCO exclusão do âmbito da presente extensão dos referidos tra-
(13,3 % do total) as remunerações devidas são superiores balhadores.
às remunerações convencionais, enquanto para 672 TCO Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do
(86,7 % do total) as remunerações devidas são inferiores às Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação
convencionais, dos quais 80,7 % são homens e 19,3 % são da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em
mulheres. Quanto ao impacto salarial da extensão, a atuali- conta a data do depósito da convenção e o termo do prazo
zação das remunerações representa um acréscimo de 2,6 % para a emissão da portaria de extensão, com produção de
na massa salarial do total dos trabalhadores e de 3,1 % para efeitos a partir do primeiro dia do mês em causa.
4190
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
4191
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
impacto salarial da extensão, a atualização das remunera- navegação costeira nacional e outros serviços classificados e
ções representa um acréscimo de 0,6 % na massa salarial trabalhadores ao seu serviço, das profissões e categorias pro-
do total dos trabalhadores e de 1,3 % para os trabalhadores fissionais previstas na convenção, filiados nas associações
cujas remunerações devidas serão alteradas. Na perspetiva sindicais outorgantes.
da promoção de melhores níveis de coesão e igualdade social 2- Não são objeto de extensão as cláusulas contrárias a
o estudo indica que existe uma redução no leque salarial. normas legais imperativas.
Neste contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e
Artigo 2.º
económicas justificativas da extensão de acordo com o dis-
posto no número 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho, 1- A presente portaria entra em vigor no quinto dia após a
promove-se o alargamento do âmbito de aplicação do con- sua publicação no Diário da República.
trato coletivo às relações de trabalho não abrangidas por re- 2- A tabela salarial e cláusulas de natureza pecuniária pre-
gulamentação coletiva negocial, conforme requerido pelas vistas na convenção produzem efeitos a partir de 1 de agosto
partes, porquanto tem, no plano social, o efeito de uniformi- de 2022.
zar as condições mínimas de trabalho dos referidos trabalha-
dores ao serviço das empresas do mesmo setor de atividade. 24 de outubro de 2022 - O Secretário de Estado do
Considerando que a convenção tem por âmbito geográ- Trabalho, Luís Miguel de Oliveira Fontes.
fico de aplicação todo o território nacional e que a extensão
de convenção coletiva nas Regiões Autónomas compete aos
respetivos Governos Regionais, a presente portaria apenas é
aplicável no território do Continente.
Considerando que a convenção coletiva regula diversas Portaria de extensão das alterações do contrato
condições de trabalho, procede-se à ressalva genérica da ex- coletivo entre a APROSE - Associação Nacional de
tensão de cláusulas contrárias a normas legais imperativas.
Agentes e Corretores de Seguros e o Sindicato dos
Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presente ex-
tensão no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), Separata,
Trabalhadores da Actividade Seguradora (STAS) e
n.º 18, de 19 de agosto de 2022, ao qual não foi deduzida outro
oposição por parte dos interessados.
Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do As alterações do contrato coletivo entre a APROSE -
Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros
da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em e o Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora
conta a data do depósito da convenção e o termo do prazo (STAS) e outro, publicadas no Boletim do Trabalho e
para a emissão da portaria de extensão, com produção de Emprego (BTE), n.º 12, de 29 de março de 2022, abrangem
efeitos a partir do primeiro dia do mês em causa. as relações de trabalho entre empregadores que no território
Assim, nacional se dediquem à atividade de mediação de seguros e
Manda o Governo, pelo Secretário de Estado do de resseguros, inscritos oficialmente com as categorias de
Trabalho, no uso de competência delegada pelo Despacho agente de seguros, corretor de seguros e mediadores de res-
n.º 7910/2022, de 28 de junho, da Ministra do Trabalho, seguros e trabalhadores ao seu serviço, uns e outros repre-
Solidariedade e Segurança Social, publicado no Diário da sentados pelas associações outorgantes.
República, 2.ª série, n.º 123, de 28 de junho de 2022, ao abri- As partes signatárias requereram a extensão das alterações
go do artigo 514.º e do número 1 do artigo 516.º do Código da convenção às relações de trabalho entre empregadores
do Trabalho e da Resolução do Conselho de Ministros n.º e trabalhadores não representados pelas associações
82/2017, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º outorgantes que na respetiva área e âmbito exerçam a mesma
112, de 9 de junho de 2017, o seguinte: atividade.
De acordo com o número 1 do artigo 514.º do Código do
Artigo 1.º Trabalho, a convenção coletiva pode ser aplicada, no todo
1- As condições de trabalho constantes das alterações ou em parte, por portaria de extensão a empregadores e a
do contrato coletivo entre a Associação dos Armadores de trabalhadores integrados no âmbito do setor de atividade e
Tráfego Fluvial e Local e o Sindicato da Marinha Mercante, profissional definido naquele instrumento. O número dois do
Indústrias e Energia - SITEMAQ e outros, publicado no referido normativo legal determina ainda que a extensão é
Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), n.º 25, de 8 de julho possível mediante a ponderação de circunstâncias sociais e
de 2022, são estendidas, no território do Continente às rela- económicas que a justifiquem, nomeadamente a identidade
ções de trabalho entre empregadores não filiados na asso- ou semelhança económica e social das situações no âmbito
ciação de empregadores outorgante que sejam proprietários da extensão e no instrumento a que se refere.
de embarcações motorizadas e não motorizadas, destinadas, Existindo identidade económica e social entre as situa-
nomeadamente, ao transporte de mercadorias, cargas e des- ções que se pretende abranger com a extensão e as previstas
cargas, serviço de reboques e lanchas transportadoras, trans- na convenção em apreço, foi promovida a realização do es-
porte público de passageiros e turismo, extração de areias e tudo de avaliação dos indicadores previstos nas alíneas a)
de inertes, dragagens e obras públicas, navegação interior, a e) do número 1 da Resolução do Conselho de Ministros
4192
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
(RCM) n.º 82/2017, de 9 de junho de 2017, através dos terações da convenção visa, na medida do possível, a unifor-
elementos disponíveis no apuramento do Relatório Único/ mização e a atualização das retribuições mínimas de traba-
Quadros de Pessoal de 2019. De acordo com o estudo esta- lho dos trabalhadores a abranger; considerando ainda que o
vam abrangidos pelo instrumento de regulamentação cole- âmbito de aplicação previsto no artigo número 1 da porta-
tiva de trabalho, direta e indiretamente, 2481 trabalhadores ria abrange as relações de trabalho onde não se verifique o
por conta de outrem a tempo completo (TCO), excluindo os princípio da dupla filiação e que assiste à associação sindical
praticantes e aprendizes e o residual, dos quais 62,4 % são oponente a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores
mulheres e 37,6 % são homens. De acordo com os dados neles filiados, procede-se à exclusão do âmbito da presente
da amostra, o estudo indica que para 1130 TCO (45,55 % extensão dos referidos trabalhadores.
do total) as remunerações devidas são iguais ou superiores Assim,
às remunerações convencionais enquanto para 1350 TCO Manda o Governo, pelo Secretário de Estado do
(54,45 % do total) as remunerações devidas são inferiores Trabalho, no uso da competência delegada por Despacho, n.º
às convencionais, dos quais 63,3 % são mulheres e 36,7 % 7910/2022, de 21 de junho de 2022, da Ministra do Trabalho,
são homens. Quanto ao impacto salarial da extensão, a atua- Solidariedade e Segurança Social, publicado no Diário da
lização das remunerações representa um acréscimo de 1,0 % República, 2.ª série, n.º 123, de 28 de junho de 2022 ao abri-
na massa salarial do total dos trabalhadores e de 2,2 % para go do artigo 514.º e do número 1 do artigo 516.º do Código
os trabalhadores cujas remunerações devidas serão alteradas. do Trabalho e da Resolução do Conselho de Ministros n.º
Na perspetiva da promoção de melhores níveis de coesão e 82/2017, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º
igualdade social o estudo indica uma redução no leque sala- 112, de 9 de junho de 2017, o seguinte:
rial e uma diminuição das desigualdades.
Artigo 1.º
Neste contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e
económicas justificativas da extensão de acordo com o dis- 1- As condições de trabalho constantes das alterações do
posto no número 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho, contrato coletivo entre a APROSE - Associação Nacional
promove-se o alargamento do âmbito de aplicação das al- de Agentes e Corretores de Seguros e o Sindicato dos
terações do contrato coletivo às relações de trabalho não Trabalhadores da Actividade Seguradora (STAS) e outro,
abrangidas por regulamentação coletiva negocial porquanto publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), n.º
tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições 12, de 29 de março de 2022, são estendidas no território do
mínimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano económi- Continente:
co, o de aproximar as condições de concorrência entre em- a) Às relações de trabalho entre empregadores não filiados
presas do mesmo setor. na associação de empregadores outorgante que se dediquem
Considerando que a convenção tem por âmbito geográ- à atividade de mediação de seguros e de resseguros, inscritos
fico de aplicação todo o território nacional e que a extensão oficialmente com as categorias de agente de seguros, corretor
de convenção coletiva nas Regiões Autónomas compete aos de seguros e mediadores de resseguros e trabalhadores ao
respetivos Governos Regionais, a presente portaria apenas é seu serviço das profissões e categorias profissionais previstas
aplicável no território do Continente. na convenção;
Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados na
Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação associação de empregadores outorgante que exerçam a ati-
da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em vidade económica referida na alínea anterior e trabalhado-
conta a data do pedido de extensão, o qual é posterior à data res ao seu serviço das profissões e categorias profissionais
do depósito da convenção, e o termo do prazo para a emissão previstas na convenção, não representados pelas associações
da portaria de extensão, com produção de efeitos a partir do sindicais outorgantes.
primeiro dia do mês em causa. 2- A presente extensão não é aplicável às relações de traba-
Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presente ex- lho em que sejam parte trabalhadores filiados no SINAPSA
tensão no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), Separata, - Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins.
n.º 17, de 12 de julho de 2022, ao qual o SINAPSA - Sindicato
Artigo 2.º
Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins deduziu opo-
sição à sua emissão, alegando que tem em curso um processo 1- A presente portaria entra em vigor no quinto dia após a
negocial com a mesma associação de empregadores para a sua publicação no Diário da República.
celebração de convenção coletiva no mesmo âmbito. 2- A tabela salarial e cláusulas de natureza pecuniária pre-
Considerando que, de acordo com o artigo 485.º do vistas na convenção produzem efeitos a partir de 1 de junho
Código do Trabalho, o Estado deve promover a contratação de 2022.
coletiva, de modo que as convenções coletivas sejam apli-
cáveis ao maior número de trabalhadores e empregadores; 24 de outubro de 2022 - O Secretário de Estado do
considerando que a emissão de portaria de extensão das al- Trabalho, Luís Miguel de Oliveira Fontes.
4193
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CONVENÇÕES COLETIVAS
4194
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Substituições temporárias
CAPÍTULO V
1- Sempre que um trabalhador substitua integralmente ou-
Duração e organização do tempo de trabalho
tro de categoria e retribuição superior passará a receber a
retribuição dessa categoria durante o tempo que a substitui- Cláusula 23.ª
ção durar.
2- No caso de a substituição resultar de motivos diferentes Período normal de trabalho
dos relativos a impedimento prolongado por facto não im- O período normal de trabalho é de 40 horas semanais e
putável ao trabalhador e durar mais de 9 meses o substituto de oito horas diárias.
manterá o direito à retribuição do substituído quando, finda
a substituição, regressar ao desempenho das funções ante-
riores.
4197
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
4198
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
2- O pagamento do subsídio indicado no número anterior é 3- Em caso de promoção, nenhum trabalhador poderá vir
devido sempre que o trabalhador preste funções num período a auferir retribuição inferior à que decorre da adição da re-
igual ou superior a 4 horas diárias. tribuição mínima que auferia na categoria anterior com as
3- Os trabalhadores a tempo parcial apenas têm direito ao diuturnidades a que tinha direito.
pagamento de subsídio de refeição de valor proporcional ao
horário completo da respetiva função. CAPÍTULO VII
4- Quando ao trabalhador, por motivo de deslocação, seja
abonada ajuda de custo para o pagamento de refeição, não há Faltas, férias, feriados e licenças
lugar ao pagamento do subsídio de refeição.
5- Os trabalhadores têm direito, por cada dia de trabalho Cláusula 37.ª
efetivamente prestado ao domingo, ao pagamento de subsí-
dio de refeição no montante de 7,50 €. Pagamento de férias e subsídio de Natal
4199
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
5- Para efeitos do disposto no número anterior, são equi- para o trabalho habitual, proveniente de acidente de trabalho
parados às faltas os dias de suspensão do contrato por facto ou doença profissional ao serviço da empresa, a entidade em-
respeitante ao trabalhador. pregadora diligenciará conseguir a reconversão dos diminuí-
dos para função compatível com as diminuições verificadas.
Cláusula 41.ª
2- A retribuição da nova função não poderá ser inferior
Faltas à auferida à data da baixa, deduzindo, se for caso disso, a
indemnização paga pelo seguro por incapacidade parcial. O
A matéria das faltas é regulada pelo disposto na lei.
trabalhador terá ainda direito às promoções e outras regalias
Cláusula 42.ª que lhe seriam devidas caso não se tivesse verificado o
acidente.
Faltas, licenças, parentalidade e estatuto trabalhador-estudante 3- No caso de incapacidade absoluta temporária resultante
As matérias das faltas, licenças, parentalidade e estatuto das causas referidas no número 1 da presente cláusula, a enti-
do trabalhador-estudante serão reguladas pelo disposto na dade empregadora pagará, até ao limite máximo de 120 dias,
lei. um subsídio igual à diferença entre a remuneração líquida
auferida à data da baixa e a indemnização ou pensão legal a
CAPÍTULO VIII que o trabalhador tenha direito.
Cláusula 47.ª
Poder disciplinar
Complemento de subsídio de doença
Cláusula 43.ª 1- Em caso de doença devidamente comprovada, a entida-
Exercício do poder disciplinar
de empregadora pagará aos seus trabalhadores a diferença
entre a retribuição líquida auferida à data da baixa e o sub-
A entidade empregadora deve exercer o poder disciplinar sídio atribuído pela Segurança Social, até ao limite máximo
nos termos e com os limites constantes da lei. de 90 dias por ano.
2- Durante o período de doença devidamente comprovada,
CAPÍTULO IX e até ao limite máximo de 90 dias por ano, o trabalhador re-
ceberá por inteiro a retribuição líquida que ele auferiria caso
Cessação do contrato de trabalho se mantivesse ao serviço, reembolsando a entidade emprega-
dora no quantitativo do subsídio da Segurança Social quando
Cláusula 44.ª o receber.
3- Os três primeiros dias do período de doença devidamen-
Cessação do contrato de trabalho
te comprovada apenas serão pagos se a baixa for de sete ou
A cessação do contrato de trabalho fica sujeita ao regime mais dias.
geral aplicável.
Cláusula 45.ª TÍTULO III
Complemento de pensão por acidente ou doença profissional A entidade empregadora obriga-se a dispor de serviços
de medicina do trabalho, nos termos e para os efeitos pre-
1- Em caso de incapacidade permanente, total ou parcial,
vistos na lei.
4200
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4201
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4202
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ANEXO I
Carreiras
I - Comércio e armazém
Comercial
Promove, por qualquer meio, bens e serviços junto de clientes ou potenciais clientes.
Pode receber encomendas.
Delegado comercial 771,08 €
Avalia a aceitação de produtos pelo público. Estuda meios eficazes de divulgação de pro-
dutos e serviços. Pesquisa e implementa medidas visando incrementar as vendas.
4203
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
Gere, coordena e dirige uma secção de livraria ou uma livraria, garantindo o seu bom
funcionamento. Procura resolver litígios com clientes. É responsável pela verificação dos
valores de caixa e das existências. Garante o acompanhamento e cumprimento dos obje-
tivos de negócio, em termos de vendas, stocks, inventário, qualidade de serviço e outros
Livreiro gerente 853,88 €
definidos pela empresa, estabelecendo medidas corretivas sempre que necessário, depois
de as validar com o superior hierárquico. É responsável pela implementação e cumpri-
Livreiro
mento de todos os procedimentos internos e legais, comunicando-os aos colaboradores
sob a sua supervisão.
Coordena uma secção de uma livraria. Procura resolver litígios com clientes. Participa na
verificação dos valores de caixa e das existências e no acompanhamento e cumprimento
Livreiro especialista 791,78 €
dos objetivos de negócio, em termos de vendas, stocks, inventário, qualidade de serviço
e outros definidos pela empresa, propondo medidas corretivas sempre que necessário.
Coordena e executa os trabalhados da cafetaria, garantindo o seu bom funcionamento. Chefe cafetaria 791,78 €
Prepara café, chá, leite, outras bebidas quentes e frias não exclusivamente alcoólicas, su-
mos, torradas, sanduíches e pratos de cozinha ligeira. Emprata e fornece os produtos aos
clientes. Cafeteiro 729,68 €
Cafeteiro
Assegura os trabalhos de limpeza dos utensílios e demais equipamentos da cafetaria.
Executa o trabalho de limpeza e tratamento das loiças, vidros e outros utensílios de mesa,
cozinha e equipamento usado no serviço de bebidas e refeições, por cuja conservação é Copeiro 729,68 €
responsável. Pode substituir o cafeteiro.
4204
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
Operador de armazém
791,78 €
especialista
Desempenha de forma polivalente todas as tarefas necessárias ao bom funciona-
Armazenista
mento do armazém, designadamente, os processos de receção, marcação, armaze-
nagem e expedição de mercadorias e elaboração dos inerentes registos. Compete- Operador de armazém
-lhe, igualmente, conduzir com zelo e diligência máquinas, gruas de elevação e sénior 750,38 €
empilhadoras.
II - Escritório
1- Carreiras comuns aos sectores livreiro e editorial
4205
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
Administrativa Organiza e executa as tarefas mais exigentes do escriturário; colabora com o es-
criturário coordenador e, no impedimento deste, coordena e controla as tarefas
Escriturário especialista 791,78 €
de um grupo de trabalhadores da carreira administrativa com atividades afins ou
uma área administrativa da empresa.
Vela pela defesa e vigilância das instalações e valores confiados à sua guarda,
Vigilante 812,17 €
registando toda e qualquer saída de mercadorias, pessoas, veículos e materiais.
Apoio geral
Assegura o transporte de pessoas ou mercadorias em adequadas condições de
acondicionamento. Efetua a manutenção e limpeza dos veículos que estão sob a
Distribuidor 729,68 €
sua responsabilidade. Organiza o circuito diário das tarefas a realizar, definindo
prioridades.
Assegura a entrega e/ou recolha de correspondência ou de mercadorias de pe-
queno porte entre estabelecimentos da empresa e/ou entre estabelecimentos da Serviço externo 729,68 €
empresa e entidades externas.
4206
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
Traduz e redige textos em uma ou mais línguas estrangeiras. Faz retroversão dos Tradutor sénior 791,78 €
textos para uma ou mais línguas estrangeiras. Tem a responsabilidade da correta
Tradução
adaptação do texto sem alteração das ideias fundamentais do original e respeitando
o estilo literário do autor. Tradutor júnior 771,08 €
Faz a leitura prévia de originais e de provas de texto, edita textos de forma a me-
lhorar o original escrito por determinado autor ou texto traduzido, prepara o fi-
cheiro para paginação e decide em conjunto com o editor qual o formato a seguir.
Revisor especialista 791,78 €
Confirma a paginação. Faz leitura/revisão de texto de capas e de todo o material
promocional à volta do livro. Valida ozalides e provas de cor finais das capas e texto
das fichas de produto para o departamento comercial.
Revisão
Faz a leitura de provas de texto depois de paginado, faz contraprovas. Faz leitura/
revisão de texto de capas e de todo o material promocional à volta do livro. Valida Revisor 2 771,08 €
ozalides.
Edição Faz leitura prévia de originais. Inventaria e despista as propostas editoriais mais
convenientes tendo em vista o projeto em que se enquadra. Assegura a viabiliza-
ção das propostas que aproximam os textos dos seus adequados cabimentos, orça-
mental e editorial. Assegura um correto tratamento contratual e administrativo dos
projetos.
Edita e revê textos. Participa na definição gráfica das obras, incluindo capa e textos Editor 853,88 €
de enquadramento - biografia, textos de capa, contracapa e badanas.
4207
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4208
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4209
1- Posições e níveis remuneratórios das carreiras gerais
Posições remuneratórias 1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª 7.ª 8.ª 9.ª 10.ª 11.ª 12.ª 13.ª 14.ª
Nível de remuneração da tabela única 11 15 17 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
Valor ilíquido (em euros) 1 059,59 1 268.04 1 464,26 1 678,55 1 892,81 2 107,10 2 321,39 2 535,66 2 696,37 2 857,08 3 017,80 3 178,51 3 339,22 3 499,93
4210
Posições remuneratórias 1.ª 2.ª 3.ª 4.ª 5.ª 6.ª 7.ª 8.ª 9.ª
Nível de remuneração da tabela única 5 7 8 9 10 11 12 13 14
Valor ilíquido (em euros) 757,01 821,41 871,41 928,56 982,12 1 035,69 1 089,26 1 142,84 1 196,41
Vencimento
* Em comissão de serviço.
1
Valor ao qual acresce subsídio de isenção de horário de trabalho.
4211
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
Carla Sofia Dias Carvalho Testa, na qualidade de man- Lisboa, 11 de outubro de 2022.
datária. Pelo SBN - Sindicato dos Trabalhadores do Setor Finan-
ceiro de Portugal:
Depositado em 26 de outubro de 2022, a fl. 6 do livro
n.º 13, com o n.º 225/2022, nos termos do artigo 494.º do José Manuel Alves Guerra da Fonseca, na qualidade de
Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de mandatário.
fevereiro. Cláudia Marina Moreira Silva, na qualidade de manda-
tária.
Pelo BNP Paribas:
Luciano Joaquim Dinis Salgueiro, na qualidade de man-
datário.
Acordo de adesão entre o BNP Paribas e o SBN - Sylvie Le Pottier, na qualidade de mandatária.
Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro
de Portugal ao acordo de empresa entre a mesma Depositado em 26 de outubro de 2022, a fl. 6 do livro
instituição financeira bancária e o Sindicato da n.º 13, com o n.º 226/2022, nos termos do artigo 494.º do
Banca, Seguros e Tecnologias - MAIS SINDICATO Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de
fevereiro.
Acordo de adesão entre o BNP Paribas e o SBN - Sindi-
cato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal ao
acordo de empresa entre a mesma instituição financeira ban-
cária e o Sindicato da Banca, Seguros e Tecnologias - MAIS
SINDICATO, cuja última publicação do texto consolidado Acordo de empresa entre a CARRISTUR - Inova-
se encontra no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 9, de 8 ção em Transportes Urbanos e Regionais, Socieda-
de março de 2021, e tem posterior alteração salarial e outras, de Unipessoal L.da e a Federação dos Sindicatos de
publicada no mesmo Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 27, Transportes e Comunicações - FECTRANS -
de 22 de julho de 2022. Retificação
Entre, por um lado, o BNP Paribas, sociedade anónima
com sede em 16 Boulevard des Italiens, 75009 Paris, matri- No Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 32, de 29 de
culada no Registo do Comércio e das Sociedades de Paris agosto de 2022, encontra-se publicado o acordo de empre-
sob o número B 662 042 449, com sucursal em Portugal, sa mencionado em epígrafe, o qual enferma de inexatidões,
sita na Rua Galileu Galilei, n.º 2, 13.º piso, em Lisboa, ma- impondo-se, por isso, a necessária correção.
triculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, Assim, na página 3601, onde se lê:
com o número único de Matrícula e Identificação Fiscal
980000416, com o CAE 64190, e, por outro lado, o SBN
- Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Por- «ANEXO V
tugal, pessoa coletiva n.º 500955743, com sede na Rua de
Cândido dos Reis, n.º 130 - 1.º, 4050-151 Porto, é celebra- Avaliação de desempenho
do este acordo de adesão ao acordo de empresa (AE) entre (…)
aquela instituição de crédito e o Sindicato da Banca, Seguros Regulamento avaliação de desempenho
e Tecnologias - MAIS SINDICATO, cuja última publicação Administrativo (assistente e técnico)
do texto consolidado se encontra no Boletim do Trabalho e (…)
Emprego, n.º 9, de 8 de março de 2021, e tem posterior alte-
ração salarial e outras, publicada no mesmo Boletim do Tra- Escala Pontuação Percentagem
balho e Emprego, n.º 27, de 22 de julho de 2022. Muito Bom 102 - 120 85 % a 100 %
Este acordo de adesão sucede ao acordo de adesão vigen- Bom 79 - 101 66 % a 84 %
te publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29, de
Suficiente 55 - 78 46 % a 65 %
8 de agosto de 2018, em que as mesmas partes outorgaram
Insuficiente 12 - 54 10 % a 45 %
a adesão ao mesmo acordo de empresa que, então, se en-
(…)
4212
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
Suficiente 55 - 78 46 % a 65 % Insuficiente 10 - 22 20 % a 45 %
Insuficiente 12 - 54 10 % a 45 % (…)
(…)»
4213
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
Promotor (…)
(…) Técnico superior e técnico especialista
Escala Pontuação Percentagem (…)
Muito Bom 26 - 30 85 % a 100 %
Escala Pontuação Percentagem
Bom 20 - 25 66 % a 84 %
Muito Bom 153 - 180 85 % a 100 %
Suficiente 14 - 19 46 % a 65 %
Bom 118 - 152 66 % a 84 %
Insuficiente 6 - 13 20 % a 45 %
Suficiente 82 - 117 46 % a 65 %
Insuficiente 18 - 81 10 % a 45%
(…)»
DECISÕES ARBITRAIS
...
...
...
JURISPRUDÊNCIA
...
4214
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
ORGANIZAÇÕES DO TRABALHO
ASSOCIAÇÕES SINDICAIS
I - ESTATUTOS
Associação Representativa dos Polícias - ARP - 2- A ARP, é uma organização representativa dos trabalha-
Alteração dores (ORT) estruturada sob a forma de órgão colegial, com
personalidade jurídica própria, sem fins lucrativos e exerce a
Alteração de estatutos aprovada em 14 de outubro de sua atividade por tempo indeterminado.
2022, com última publicação no Boletim do Trabalho e Em- 3- A ARP, é uma organização sindical, que representa to-
prego, n.º 27, de 22 de julho de 2022. das as carreiras de polícia.
4- A ARP, exerce a sua atividade em todo o território na-
cional e tem a sua sede na Rua Josefina Silva, 36, r/c Dt.º,
CAPÍTULO I
2785-816, São Domingos de Rana e distrito de Lisboa.
5- A sede pode ser transferida para qualquer ponto do ter-
Princípios fundamentais ritório nacional mediante deliberação da assembleia geral.
6- A ARP, pode estabelecer formas de representação des-
Declaração de princípios centralizada a nível regional ou local podendo, para o efeito,
criar delegações regionais.
I Artigo 2.º
A Associação Representativa dos Polícias - ARP, prosse-
(Sigla e símbolo)
gue os princípios da liberdade sindical, do reconhecimento
dos direitos de negociação coletiva, da participação do pes- 1- A Associação Representativa dos Polícias - ARP.
soal da polícia em funções, para consecução da paz social, da 2- O símbolo do sindicato é composto pela imagem de
segurança, dos direitos, liberdades e garantias. uma estrela de cor azul e branco com sete vértices, repre-
sentando no plano moral, físico ou intelectual, a responsabi-
II lidade, liberdade, compromisso, legalidade, honra, atitude e
A Associação Representativa dos Polícias - ARP, tem bravura, revelando uma visão atenta e presente que carateri-
como princípio a defesa dos direitos e garantias constitucio- zam a ordem e a união entre os polícias, nas lutas sindicais
nais dos seus filiados. pelos seus direitos, da sigla ARP e em forma circular o nome
do sindicato com a mesma cor, com o contorno das letras a
III preto e o fundo do símbolo de cor branca, conforme anexo 1.
A Associação Representativa dos Polícias - ARP, prosse- Artigo 3.º
gue os princípios do direito de estabelecimento de relações
com organizações nacionais e/ou internacionais que prossi- (Bandeira)
gam objetivos análogos. A bandeira da ARP é formada pelo símbolo do sindicato
em fundo branco, descrito no número 2 do artigo 2.º dos es-
CAPÍTULO II tatutos, conforme anexo 1.
4215
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
seu alcance, a defesa dos direitos dos polícias bem como a zação dos seus associados e demais receitas e assegurar uma
dignificação, social, económica e profissional de todos os boa gestão, diligente e criteriosa;
seus filiados. h) Promover, apoiar e cooperar na organização e funciona-
2- Promover a valorização profissional dos seus associa- mento de cursos de formação e aperfeiçoamento técnico ou
dos e, consequentemente, a melhoria dos serviços prestados. profissional, bem como de natureza cultural e sindical para
3- Fomentar a análise crítica e a discussão coletiva de as- os seus associados;
suntos de interesse geral dos polícias. i) Fomentar a constituição e o desenvolvimento de coo-
4- Contribuir para a dignificação da imagem da polícia perativas, instituições de carácter social, bem como outras
portuguesa a nível nacional e internacional. que possam melhorar as condições de vida dos polícias seus
5- Desenvolver os contatos e ou cooperação com as orga- associados;
nizações sindicais internacionais que sigam objetivos aná- j) Fomentar a participação no controlo dos planos econó-
logos e, consequentemente, a solidariedade entre todos os mico-sociais, nomeadamente nos organismos oficiais, lutan-
polícias do mundo na base do respeito pelo princípio de in- do neles para a concretização de medidas para a democrati-
dependência de cada organização. zação da economia;
k) Reger-se pelos princípios do sindicalismo democrático,
Artigo 5.º
funcionando com total respeito pela democracia interna, que
(Competência) regulará toda a sua vida orgânica na estrita observância da
Lei n.º 14/2002, de 19 de fevereiro.
1- A ARP tem competência para:
a) Promover a defesa dos direitos e interesses coletivos,
para além da defesa dos direitos individuais legalmente pro- CAPÍTULO IV
tegidos dos seus associados;
b) Prestar toda a assistência sindical e jurídica, que os fi- Dos sócios
liados necessitem no âmbito das suas relações profissionais;
c) Promover a valorização profissional e cultural dos filia- Artigo 7.º
dos através da edição de publicações, apoio à realização de
(Da filiação)
cursos bem como noutras iniciativas por si ou em colabora-
ção com outros organismos; 1- Podem ser sócios da ARP, todo o efetivo da Polícia de
d) Propor, negociar e outorgar livremente convenções Segurança Pública com funções policiais, independentemen-
coletivas nos termos permitidos e definidos pela Lei n.º te do posto hierárquico.
14/2002, de 19 de fevereiro; 2- Podem continuar a ser sócios da ARP, na qualidade de
e) Aderir a organizações sindicais, nacionais ou estran- sócios honorários, ficando dispensados do pagamento de
geiras, nos termos deste estatuto e na estrita observância do quotas, todos os elementos da Polícia de Segurança Pública,
disposto na Lei n.º 14/2002, de 19 de fevereiro. que tenham ou possam no futuro voltar a desempenhar fun-
2- A ARP tem personalidade jurídica e é dotada de capa- ções policiais e que se encontrem nas seguintes condições:
cidade judicial. a) Licença sem vencimento;
b) Aposentação.
Artigo 6.º 3- Pode ser também atribuída a qualidade de sócio honorá-
rio aos cidadãos, cujas atividades profissionais e institucio-
(Meios)
nais sejam reconhecidas e meritórias em prol dos polícias e
Para prossecução dos objetivos definidos no artigo prece- da ARP.
dente, a ARP deve:
a) Defender, por todos os meios legítimos ao seu alcance, Artigo 8.º
os princípios e os objetivos definidos nestes estatutos;
(Admissão)
b) Promover o diálogo como meio de dirimir conflitos;
c) Promover análises críticas e debates coletivos das ques- 1- A admissão de um novo sócio é efetuada através de uma
tões que se lhe apresentem e justifiquem, tornando-os tão proposta de inscrição apresentada à ARP, por proposta de um
abertos quanto possível; já sócio ou delegado da ARP, através de meio idóneo, nome-
d) Criar condições e incentivar a sindicalização dos polí- adamente por fax, correio eletrónico, ou por ofício endereça-
cias que nele se possam inscrever; do ao sindicato para deferimento.
e) Fomentar e desenvolver a atividade da estrutura sindi- 2- A aceitação ou recusa de filiação é da competência do
cal, em conformidade com os presentes estatutos e com a lei presidente da direção nacional e na eventualidade de recu-
em vigor; sa de admissão como sócio, esta deverá ser fundamentada
f) Assegurar aos associados uma informação persistente por escrito e notificada ao proponente, num prazo de 10 dias
da sua atividade e das organizações em que se encontra inte- úteis.
grado, promovendo publicações e realizando reuniões; 3- Da decisão pode o proponente interpor recurso no prazo
g) Receber, nos termos legais ou convencionais, a quoti- de 10 dias úteis, a contar da data do conhecimento por escri-
4216
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2022
to, contando-se para o efeito a notificação postal ao 3.º dia assembleia geral e dos corpos sociais tomadas democratica-
seguinte à data de envio da decisão. mente e de acordo com os estatutos;
4- O recurso será apreciado em assembleia geral, que to- 5- Agir solidariamente, em todas as circunstâncias, na de-
mará decisão num prazo máximo de 60 dias. fesa dos interesses coletivos;
6- Fortalecer a ação sindical nos locais de trabalho e res-
Artigo 9.º
petiva organização sindical;
(Direitos dos sócios) 7- Fazer toda a propaganda possível, difundindo as ideias
e objetivos do sindicato, com vista ao alargamento da influ-
São direitos dos sócios da ARP:
ência unitária do sindicato;
1- Eleger e ser eleito para os corpos gerentes ou quaisquer
8- Contribuir para a sua educação sindical e cultural;
órgãos do sindicato nas condições fixadas nos presentes es-
9- Colaborar na divulgação dos objetivos do sindicato,
tatutos;
bem como fomentá-la no local de trabalho;
2- Participar na vida do sindicato, nomeadamente nas
10- Pagar mensalmente a sua quota, bem como qualquer
reuniões das assembleias gerais, requerendo, apresentando,
outra contribuição legalmente estabelecida entre o sindicato
discutindo e votando as moções e propostas que entender
e os associados;
convenientes;
11- Comunicar ao sindicato, no prazo máximo de 15 dias,
3- Beneficiar dos serviços prestados pelo sindicato nos ter-
a mudança de residência, a transferência, a reforma, a inca-
mos dos respetivos estatutos;
pacidade por doença ou qualquer impedimento bem como a
4- Usufruir da ação desenvolvida pelo sindicato em defesa
suspensão temporária da atividade profissional ou de remu-
dos interesses profissionais, económicos e culturais comuns
neração;
a todos os polícias;
12- Guardar sigilo sobre as atividades internas e posições
5- Beneficiar de todas as regalias alcançadas pelo sindi-
dos órgãos do sindicato que tenham carácter reservado, sob
cato, através de protocolos e parcerias realizadas com enti-
pena de incumprimento grave do estatuto;
dades públicas e privadas, fundações e estabelecimentos de
13- No plano estritamente sindical, abster-se de qualquer
ensino;
atividade ou tomada de posição pública, que possa colidir
6- Solicitar apoio jurídico patrocinado pelo sindicato em
com a orientação estratégica e tática decidida pela direção ou
assuntos do âmbito profissional;
o presidente do sindicato;
7- Ter informação regular das diversas atividades desen-
14- Entregar o cartão de sócio, propriedade da ARP, no
volvidas pelo sindicato;
prazo de 30 dias, após ter cessado a qualidade de sócio, sob
8- Informar-se de toda a atividade do sindicato;
pena de lhe continuarem a ser cobradas quotas.
9- Recorrer das decisões tomadas pelos diversos órgãos
competentes, de acordo com o estatuto e regulamento dis- Artigo 11.º
ciplinar;
10- Sem prejuízo do pagamento das quotizações em dívida, (Perda da qualidade de sócio da ARP)
abandonar em qualquer altura o sindicato, mediante comu- Perdem a qualidade de sócios os polícias que:
nicação por escrito à direção por meio idóneo, fax, correio 1- Deixarem voluntariamente de exercer a atividade pro-
eletrónico ou ofício, tendo de para isso entregar sempre o fissional;
cartão de sócio, nos termos do número 14 do artigo seguinte; 2- Se retirarem voluntariamente, desde que o façam me-
11- Exercer o direito de tendência, nos termos do estatuto. diante comunicação por escrito à direção;
3- Deixarem de pagar quotas sem motivo justificado há
Artigo 10.º
mais de três meses e, se depois de avisados por escrito pela
(Deveres dos associados) direção do sindicato, não efetuarem o pagamento no prazo
de um mês após a data da receção do aviso;
São deveres dos associados da ARP:
4- Os sócios que temporariamente se encontrem na situa-
1- Cumprir na íntegra o deliberado no estatuto;
ção de licença sem vencimento e não aceitem ficar na situa-
2- Participar nas atividades do sindicato e manter-se delas
ção de sócios honorários;
informado, nomeadamente participando nas assembleias ou
5- Hajam sido punidos com a pena de expulsão.
grupos de trabalho e desempenhando as funções para que foi
eleito, ou nomeado, salvo por motivos devidamente justifi- Artigo 12.º
cados;
3- Exercer gratuitamente os cargos para que tenham sido (Readmissão)
nomeados ou eleitos, sem prejuízo de poderem a vir ser res- 1- Os associados podem ser readmitidos nos termos e con-
sarcidos pelos gastos efetuados e perdas de retribuição em dições previstas para a admissão, salvo o disposto nos núme-
consequência do exercício da atividade sindical, com exce- ros seguintes:
ção do presidente da direção nacional e qualquer vice-presi- 2- No caso de o associado ter perdido essa qualidade por
dente, que poderão exercer a tempo inteiro; força do disposto no número 2, no número 3 e no número 4
4- Cumprir e fazer cumprir as deliberações e decisões da do artigo anterior, a sua readmissão, implica, salvo decisão
4217
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próprios de comunicação da sede e delegações do sindicato voto em cada esquadra ou comando onde exerçam a sua ati-
(ARP) durante, pelo menos, 10 dias; vidade mais de 15 sócios eleitores e nas delegações e sede
b) Os sócios poderão reclamar de eventuais irregularida- do sindicato ou em locais considerados mais convenientes:
des ou omissões nos cadernos eleitorais durante o tempo de a) Quando no local de trabalho não funcionar nenhuma
exposição daqueles. assembleia de voto, deverão os sócios votar na secção local
mais próxima;
Artigo 24.º
b) As assembleias de voto abrirão uma hora antes e fecha-
(Processo de candidatura) rão uma hora depois do período normal de trabalho do esta-
belecimento, sempre que possível, ou funcionarão das 8h00
1- A apresentação de candidaturas consiste na entrega ao
às 19h00 no caso da sede e delegações.
presidente da mesa da assembleia eleitoral das listas conten-
2- Cada lista poderá credenciar um elemento para cada
do os nomes dos candidatos, bem como o número de sócio de
uma das mesas de voto até 5 dias antes das eleições.
cada um, a declaração coletiva ou individual de aceitação das
3- O presidente da assembleia eleitoral deverá indicar um
mesmas e a indicação da residência, idade, categoria profis-
representante para cada mesa de voto, à qual presidirá.
sional, e local de trabalho, até 10 dias antes do ato eleitoral.
4- A comissão fiscalizadora eleitoral deverá promover a
a) Cada lista de candidatos deverá apresentar um programa
constituição das mesas de voto, respeitando as indicações
de ação cumprindo os preceitos do número 1 deste mesmo
previstas nos números 1 e 3 até 3 dias antes das eleições.
artigo, bem como a indicação do presidente de cada órgão,
o qual será sempre o primeiro proposto do órgão respetivo; Artigo 26.º
b) As candidaturas só podem ser subscritas pelos corpos
gerentes em exercício ou por 10 % dos sócios, nunca sendo (Voto)
exigidas menos de 100 assinaturas, caso o número de asso- 1- O voto é secreto.
ciados em pleno gozo dos seus direitos o permita; 2- Os membros dos corpos sociais são submetidos a voto
c) Os sócios proponentes serão identificados pelo nome direto universal e secreto através das listas candidatas consi-
completo legível, número de sócio e assinatura; derando-se automaticamente eleita a que obtenha a maioria
e) As candidaturas deverão ser apresentadas até 10 dias absoluta dos votos expressos.
antes do ato eleitoral.
Artigo 27.º
2- A mesa da assembleia eleitoral verificará a regularidade
das candidaturas nos três dias úteis subsequentes ao da sua (Ata da assembleia eleitoral e recursos)
entrega:
1- Compete ao presidente da mesa da assembleia eleitoral
a) Com vista ao suprimento das eventuais irregularidades
a elaboração da ata que deverá ser assinada pela maioria dos
encontradas, será notificado o primeiro subscritor da candi-
membros da mesa e a sua posterior afixação após o apura-
datura, que deverá saná-las no prazo de dois dias úteis após
mento final, depois de ser conhecido o resultado de todas as
notificação;
mesas de voto.
b) Findo este prazo, a mesa da assembleia eleitoral deci-
2- Poderão ser interpostos recursos com fundamento em
dirá, no prazo de 24 horas e em definitivo, pela aceitação ou
irregularidades eleitorais, no prazo dois dias úteis, para o
rejeição das candidaturas.
presidente da mesa, após o dia do encerramento da assem-
3- As candidaturas receberão uma letra de identificação à
bleia eleitoral.
medida da sua apresentação à mesa da assembleia eleitoral.
3- A mesa da assembleia eleitoral deverá apreciar o recur-
4- As listas de candidatos e respetivos programas de ação
so no prazo de dois dias úteis, devendo a sua decisão ser
serão afixados na sede do sindicato e em todas as delega-
comunicada aos sócios através de afixação na sede da ARP.
ções com 8 dias de antecedência sobre a realização do ato
eleitoral.
5- A mesa da assembleia eleitoral fixará a quantidade de CAPÍTULO VIII
exemplares das listas de candidatos e respetivos programas
de ação a serem fornecidos pelas listas para afixação. SECÇÃO A
6- Os boletins de voto serão editados pela ARP sob contro-
lo da comissão fiscalizadora eleitoral: Da forma de obrigar e dos órgãos sociais
a) Os boletins de voto deverão ser em papel liso, de cor
diferente para cada órgão, sem qualquer marca, anotação ou Artigo 28.º
sinal exterior, e de dimensão a definir pela mesa da assem-
(Forma de obrigar)
bleia eleitoral;
b) São nulos os boletins de voto que não obedeçam a estes 1- A ARP, obriga-se com uma assinatura, sendo obrigato-
requisitos. riamente a do presidente da direção, ou na sua falta, com a
assinatura do vice-presidente da direção.
Artigo 25.º 2- No caso de impossibilidade de assinatura pela presiden-
te da direção e do vice-presidente da direção, a ARP obriga-
(Mesas de voto)
-se com a assinatura do tesoureiro da direção.
1- Podem funcionar, sempre que possível, assembleias de
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2- As atas das reuniões considerar-se-ão subscritas por to- 2- O departamento jurídico organiza, estrutura e desenvol-
dos os membros presentes e delas deverá constar a rubrica ve todos os processos disciplinares no sindicato e propõe à
dos ausentes, quando delas tomarem conhecimento, podendo direção a respetiva pena ou absolvição a ser deliberada em
na reunião seguinte apresentar declaração de voto sobre as reunião conjunta da direção nacional.
decisões com as quais não estejam de acordo, mantendo-se 3- Compete ao departamento jurídico a análise de toda a
embora solidários na execução de harmonia com o número legislação policial e legal de interesse do sindicato e dos seus
1 deste artigo. associados.
3- A direção poderá constituir mandatários para a prática 4- Representa a direção nos recursos, por parte dos asso-
de determinados atos devendo, neste caso, fixar com preci- ciados, para a assembleia geral.
são o âmbito dos poderes conferidos. 5- Coordena todos os departamentos jurídicos regionais
na análise de casos jurídicos e caso não seja capaz de dar
SECÇÃO D respostas e soluções para os problemas legais expostos, tem
a obrigação de passar o caso para o advogado competente
Do departamento fiscal contratado pelo sindicato para as questões jurídico-legais.
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suas ausências e impedimentos pelo vice-presidente ou pelo estatutos, será eleita na mesma sessão da assembleia da de-
secretário por sua designação. legação uma comissão provisória constituída por cinco asso-
6- Os membros dos corpos sociais da ARP, bem como os ciados, cujo mandato não poderá exceder quarenta e cinco
delegados sindicais, podem exercer, acumular e assumir fun- dias.
ções no secretariado da delegação regional. 2- As listas para eleição da comissão referida no número
anterior serão subscritas e propostas por um mínimo de vinte
Artigo 55.º
associados da delegação.
(Competência do secretariado da delegação da ARP) 3- A eleição será feita por maioria simples por sufrágio di-
reto e secreto.
Compete ao secretariado da delegação:
4- No caso de graves irregularidades, poderá a direção pro-
a) Aplicar no respetivo âmbito as decisões e orientações
ceder à demissão do secretariado de delegação.
dos órgãos gerentes, bem como as da assembleia da delega-
5- No caso do disposto no número anterior ou encontran-
ção que satisfaçam as condições definidas nestes estatutos;
do-se o secretariado impossibilitado de atuar sem que tenha
b) Enviar à direção a proposta de novos associados;
sido acionado o mecanismo de substituição previsto no nú-
c) Organizar e coordenar a realização das finalidades que
mero 1, a direção nomeará provisoriamente o secretariado
por via estatutária e regulamentar lhe sejam reconhecidas;
da delegação, que se manterá em funções até à designação
d) Coordenar os trabalhos da assembleia da delegação sob
de novo secretariado, nos termos estatutários, ou de qualquer
a presidência do respetivo secretário coordenador, e das reu-
modo por período não superior a seis meses.
niões de delegados sindicais da delegação;
6- Quando os corpos sociais forem destituídos, será nome-
e) Elaborar e manter atualizado o inventário dos bens e o
ada uma comissão provisória, constituída por 6 associados,
ficheiro de associados e delegados sindicais da delegação;
cujo mandato não poderá exceder sessenta dias.
f) Apreciar a situação sindical no respetivo âmbito e diri-
gir aos órgãos centrais do sindicato recomendações de sua
iniciativa ou que a assembleia da delegação tenha entendido SECÇÃO B
por convenientes;
g) Assegurar a reciprocidade de relações entre os órgãos Delegados sindicais
centrais do sindicato e os sócios abrangidos pela delegação
diretamente e através dos delegados sindicais; Artigo 58.º
h) Desempenhar todas as tarefas que lhe sejam delegadas (Eleição, mandato e exoneração de delegados sindicais da ARP)
em conformidade com estes estatutos;
i) Gerir com eficiência os fundos da delegação postos à 1- Os delegados sindicais são sócios da ARP que, em co-
sua disposição pelo orçamento do sindicato; laboração com a direção, fazem a dinamização sindical no
j) Organizar, no respetivo âmbito, sistemas de informação local de trabalho, e na zona geográfica pelas quais foram
sindical próprios, bem como promover a distribuição e di- eleitos.
vulgação, através dos delegados sindicais, de comunicação e 2- O número de delegados sindicais será estabelecido pela
demais publicações do sindicato; direção, de acordo com a lei vigente.
k) Apreciar a regularidade do processo de eleição dos de- 3- A eleição de delegados sindicais no local de trabalho,
legados sindicais e enviá-lo nos cinco dias subsequentes, à ou na zona geográfica far-se-á através de nomeação do pre-
direção do sindicato; sidente da direção, ou por sufrágio direto e secreto, sendo
l) Coordenar e dinamizar a atividade dos delegados sindi- eleito(s) o(s) que obtiver(em) maior número de votos.
cais no âmbito da delegação bem como definir a sua área de 4- Os delegados sindicais gozam dos direitos e garantias
representação, ouvida a reunião de delegados sindicais; estabelecidos na legislação geral, na lei sindical e nos instru-
m) Representar a delegação ou o sindicato, quando tenha mentos de regulamentação coletiva de trabalho.
recebido delegação da direção, em reuniões sindicais de âm- 5- Os delegados sindicais são eleitos pelo período de três
bito local. anos, sendo permitida a sua reeleição.
a) O seu mandato, de todos ou algum, pode ser revogado
Artigo 56.º em qualquer momento;
b) Durante o mandato, os delegados sindicais estão sujei-
(Das despesas das delegações regionais)
tos, tal como qualquer sócio, ao regulamento disciplinar pre-
As despesas com o funcionamento das delegações regio- visto nestes estatutos, implicando a anulação do mandato a
nais serão suportadas pelo sindicato, de acordo com o orça- aplicação de qualquer das penas previstas.
mento anual aprovado. 6- O resultado da eleição será comunicado à direção atra-
Artigo 57.º vés da ata que deverá ser assinada, pelo menos, por 50 % do
número de votantes.
(Comissões provisórias) 7- A direção deverá comunicar, à respetiva unidade orgâ-
1- Quando o secretariado de uma delegação tenha sido nica a identificação dos delegados sindicais, e dos suplentes,
destituído, no todo ou maioritariamente, nos termos destes bem como a sua exoneração, de acordo com a decisão da
assembleia sindical que os elegeu.
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ANEXO 1
Símbolo ARP
II - DIREÇÃO
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ASSOCIAÇÕES DE EMPREGADORES
I - ESTATUTOS
ACITOFEBA - Associação Comercial e Industrial 3.5- Estudar e propor os processos de comercialização dos
dos Municípios de Tomar, Ferreira do Zêzere e Vila produtos, artigos ou da prestação de serviços pelos seus as-
Nova da Barquinha - Alteração sociados;
3.6- Estudar e participar na política de crédito que se rela-
cione com o desenvolvimento geral dos sectores das ativida-
Alteração de estatutos aprovada em 30 de março de 2022,
des exercidas pelos seus associados;
com última publicação no Boletim do Trabalho e Emprego,
3.7- Promover a defesa do exercício das atividades econó-
n.º 37, de 8 de outubro de 2010.
micas pelos seus associados contra a concorrência desleal ou
contra o uso de práticas lesivas dos seus interesses;
CAPÍTULO I 3.8- Implementar em articulação com outras entidades in-
teressadas ações ou participar na criação de associações para
1.º
a defesa e a melhoria das atividades exercidas pelos seus as-
Constituição, denominação e sede sociados;
3.9- Elaborar os estudos necessários, promovendo solu-
A associação com a denominação de ACITOFEBA - As-
ções coletivas de interesse geral nomeadamente na regula-
sociação Comercial e Industrial dos Municípios de Tomar,
mentação do trabalho;
Ferreira do Zêzere e Vila Nova da Barquinha é uma associa-
3.10- Estudar e encaminhar as pretensões dos associados
ção de direito privado, sem fins lucrativos, representativa de
em matéria de Segurança Social;
pessoas singulares ou coletivas que exerçam atividade co-
3.11- Recolher e divulgar elementos estatísticos de inte-
mercial, industrial ou de prestação de serviços em qualquer
resse para os setores das atividades desenvolvidas pelos seus
sector ou ramo de atividade económica e com sede na Rua
associados;
Serpa Pinto, n.º 55, 1.º em Tomar, união das freguesias de
3.12- Incentivar e apoiar os seus associados na reestrutu-
Tomar (São João Baptista) e Santa Maria do Olival, concelho
ração das respetivas atividades e contribuir para uma melhor
de Tomar.
formação profissional;
2.º 3.13- Promover a criação de uma biblioteca e ou media-
teca;
Objecto 3.14- Promover a criação e o acesso pelos seus associados
A ACITOFEBA tem por objecto: a serviços de interesse comum, designadamente o acesso a
2.1-Defender e representar os interesses dos seus associa- consulta e a assistência jurídica junto de profissionais e so-
dos; ciedades profissionais habilitadas para o efeito, assistência
2.2- Contribuir para o desenvolvimento e crescimento da económica e outros;
economia nacional, em especial na área territorial e nos seto- 3.15- Organizar e manter atualizado o cadastro dos asso-
res de atividade desenvolvida pelos seus associados. ciados e obter deles informações necessárias para o melhor
cumprimento das atribuições estatutárias, sem prejuízo das
3.º
limitações legais inerentes ao seu uso;
Atribuições 3.16- Integrar-se em associações, uniões ou confederações
com fins idênticos aos da associação;
São atribuições da ACITOFEBA:
3.17- Diligenciar a criação e a manutenção de uma estru-
3.1- Representar os seus associados junto das entidades
tura de solidariedade social, prestadora de serviços de as-
públicas ou privadas ou da opinião pública;
sistência, auxílio, ocupação de tempos livres, em regime de
3.2- Colaborar com os organismos oficiais no desenvolvi-
complementaridade;
mento e na melhoria da política económica, laboral, social
3.18- Participar na criação e na gestão de empresas, comis-
ou fiscal;
sões ou de pessoas coletivas cujos fins se relacionem com os
3.3- Estudar e propor normas legais de acesso e de exer-
objectivos da associação;
cício da atividade económica, bem como das condições de
3.19- Negociar com as instituições de crédito ou de segu-
trabalho, higiene e segurança;
ros ou outras entidades acordos de grupo vantajosos para os
3.4- Estudar e propor horários de trabalho mais adequa-
seus associados.
dos ao exercício das atividades económicas da sua área de
atuação;
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ral, a direção, o conselho fiscal e o conselho disciplinar; 14.1- Dirigir nos termos estatutários os trabalhos agenda-
10.2- Facultativamente podem ser criados pela direção dos para as reuniões da assembleia geral;
conselhos de atividades sectoriais; 14.2- Verificar a legalidade estatutária das candidaturas
10.3- A duração de mandatos é de quatro anos; aos cargos dos órgãos sociais;
10.4- Nenhum sócio pode fazer parte de mais do que um 14.3- Aprovar a legalidade do acto eleitoral;
órgão social; 14.4- Dar posse aos órgãos sociais, nos vinte dias subse-
10.5- Os órgãos sociais podem ser destituídos em qualquer quentes à sua eleição;
tempo por deliberação fundamentada da assembleia geral, 14.5- Cumprir e fazer cumprir as deliberações da assem-
constituída com um mínimo de dez por cento dos associados bleia geral;
da associação, expressamente convocada para o efeito, e que 14.6- Rubricar e assinar o livro de actas da assembleia ge-
regulará a forma de gestão da associação até à tomada de ral.
posse dos novos membros dos órgãos eleitos;
15.º
10.6- A deliberação da destituição só é válida se for votada
favoravelmente por um mínimo de dez por cento dos asso- Convocatória e agenda de trabalhos
ciados da associação, sem prejuízo da exigência de maioria
15.1- A convocação da assembleia geral é da competência
absoluta de votos dos associados presentes.
da direção;
11.º 15.2- Se a direção não convocar a assembleia geral nos ca-
sos em que deve fazê-lo, a qualquer associado é lícito efetuar
Forma das eleições a convocação;
11.1- A eleição será feita por escrutínio secreto, em listas 15.3- A convocatória da assembleia geral é feita. por cor-
separadas, para a assembleia geral, para a direção, para o reio eletrónico com recibo de leitura, expedidos com pelo
conselho fiscal e para o conselho disciplinar, especificando menos, 10 (dez) dias de antecedência face à data estabelecida
os cargos a desempenhar por cada elemento; para a realização da assembleia;
11.2- As listas de candidatura devem ser subscritas pelos 15.4- A convocatória deve conter, pelo menos:
candidatos respetivos e pelo menos por cinquenta associados a) O lugar, o dia e a hora da reunião;
e enviados ao presidente da mesa da assembleia geral. b) A indicação da espécie, ordinária ou extraordinária, da
assembleia;
12.º
c) A agenda de trabalhos.
Composição da assembleia geral 15.5- O aviso convocatório deve mencionar claramente o
assunto sobre o qual a deliberação será tomada;
12.1- A assembleia geral é constituída por todos os sócios
15.6- Quando o assunto for a alteração dos estatutos, o avi-
efetivos no pleno gozo dos seus direitos;
so da convocatória deve mencionar os artigos a modificar,
12.2- A mesa da assembleia geral é composta por um
suprimir ou aditar e o texto integral dos artigos propostos ou
presidente, um vice-presidente e um secretário.
a indicação de que tal texto fica à disposição dos associados
13.º na sede social da associação, sem prejuízo de na assembleia
serem propostas pelos associados redações diferentes para
Competências da assembleia geral os mesmos artigos ou serem deliberadas alterações de outros
Compete à assembleia geral: artigos que forem necessárias em consequência de alterações
13.1- Eleger e destituir, a mesa da assembleia, a direção, o relativas a artigos mencionados no aviso;
conselho fiscal e o conselho disciplinar; 15.7- A assembleia não pode deliberar, em primeira con-
13.2- Deliberar sobre a alteração dos estatutos; vocação, sem a presença de metade, pelo menos, dos seus
13.3- Definir as linhas gerais de atuação da associação; associados;
13.4- Apreciar e votar, anualmente, o plano de atividades e 15.8- No caso de não se conseguir, em primeira convoca-
o orçamento para o ano seguinte; ção, o quórum de metade dos associados, a assembleia ge-
13.5- Apreciar e votar, anualmente, o relatório e contas do ral reunirá, em segunda convocação, meia hora depois, com
exercício da gestão e aplicação dos resultados, do ano findo, qualquer número de associados;
sob o parecer do conselho fiscal; 15.9- As votações serão feitas de forma secreta sempre que
13.6- Deliberar, sob proposta da direção, os valores da joia tal for determinado pelo presidente da mesa;
e das quotas; 15.10- A deliberação sobre a dissolução da associação
13.7- Apreciar e deliberar sobre quaisquer outros assun- exige o voto favorável de três quartos do número total dos
tos para que tenha sido expressamente convocada bem como associados;
exercer as atribuições que lhe forem conferidas por lei ou 15.11- A direção deve estar presente em todas as assem-
pelos estatutos. bleias gerais.
14.º 16.º
Atribuições da mesa da assembleia geral Periodicidade
São atribuições da mesa: A assembleia reunirá ordinariamente:
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CAPÍTULO IV 38.º
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42.2- A assembleia geral que deliberar dissolver a associa- 43.3- Havendo deliberação remuneratória a assembleia ge-
ção deverá designar os liquidatários bem como o destino do ral fixará o seu valor.
património existente.
44.º
43.º
Casos omissos
Remuneração dos cargos sociais Os casos omissos e as dúvidas provenientes da interpre-
43.1- É gratuito o exercício dos cargos sociais, mas os tação dos estatutos serão resolvidos em reunião conjunta dos
seus membros serão reembolsados das despesas efetuadas membros da mesa da assembleia, da direção e do conselho
no exercício das suas funções e que se encontrem orçamen- fiscal.
tadas;
43.2- Mediante autorização da assembleia geral, a direção Registado em 26 de outubro de 2022, ao abrigo do artigo
poderá designar entre si um ou mais elementos executivos, 449.º do Código do Trabalho, sob o n.º 26, a fl. 153 do livro
com ou sem remuneração, em tempo parcial ou total; n.º 2.
II - DIREÇÃO
COMISSÕES DE TRABALHADORES
I - ESTATUTOS
...
II - ELEIÇÕES
...
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I - CONVOCATÓRIAS
OTIS Elevadores, L.da - Convocatória «Pela presente comunicação a V. Ex.as com a antecedên-
cia exigida no número 3 do artigo 27.º da Lei n.º 102/2009,
Nos termos da alínea a) do número 1 do artigo 28.º da Lei o Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas - SIESI,
n.º 102/2009, de 10 de setembro, procede-se à publicação da informa, V. Ex.as que vai levar a efeito a eleição para os re-
comunicação efetuada pelo Sindicato das Indústrias Eléctri- presentantes dos trabalhadores na área de segurança e saúde
cas do Sul e Ilhas - SIESI, ao abrigo do número 3 do artigo no trabalho, (SST), na empresa abaixo identificada, no dia 18
27.º da citada lei, recebida na Direção-Geral do Emprego e de janeiro de 2023, conforme disposto nos artigos 21.º, 26.º e
das Relações de Trabalho, em 20 de outubro de 2022, rela- seguintes da Lei n.º 102/2009.
tiva à promoção da eleição dos representantes dos trabalha-
Nome da empresa: OTIS Elevadores, L.da
dores para a segurança e saúde no trabalho na empresa OTIS
Morada: Estrada de Mem Martins, n.º 7, 2725-109 Mem
Elevadores, L.da
Martins.»
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