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Boletim do Trabalho e Emprego, n.

º 41, 8/11/2019

Conselho Económico e Social 4301


Regulamentação do trabalho 4305
Organizações do trabalho 4364
Informação sobre trabalho e emprego 4381

Propriedade
Ministério do Trabalho, Solidariedade
e Segurança Social

Edição
N.º Vol. Pág. 2019 Gabinete de Estratégia
e Planeamento
41 86 4297-4409 8 nov
Direção de Serviços de Apoio Técnico
e Documentação

ÍNDICE

Conselho Económico e Social:

Arbitragem para definição de serviços mínimos:

- Greve na EMARP - Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Portimão, EM, SA de 15 a 18 de agosto de 2019 ................. 4301
- Greve na SATA Internacional - Azores Airlines, SA nos dias 18, 19, 20, 21, 25, 26, 27 e 28 de outubro, 22, 23, 24, 25, 29 e 30
de novembro e 1 e 2 de dezembro de 2019 .................................................................................................................................... 4303

Regulamentação do trabalho:

Despachos/portarias:
...

Portarias de condições de trabalho:


...

Portarias de extensão:

- Portaria de extensão das alterações do contrato coletivo entre a Associação Portuguesa dos Industriais de Curtumes e a Fede-
ração dos Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de Portugal - FESETE ......................... 4305
- Portaria de extensão do contrato coletivo entre a ACILIS - Associação de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo da Região
de Leiria e outras e o CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal ............................. 4306
- Portaria de extensão do contrato coletivo entre a ACILIS - Associação de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo da Região
de Leiria e outras e o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo - SITESE .......... 4308
- Portaria de extensão das alterações do contrato coletivo entre a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portu-
gal (AHRESP) e o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo - SITESE (aloja-
mento) ............................................................................................................................................................................................. 4309

Convenções coletivas:

- Contrato coletivo entre a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade - CNIS e a FEPCES - Federação Portugue-
sa dos Sindicatos do Comércio, Escritórios e Serviços e outros - Revisão global ......................................................................... 4310
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- Contrato coletivo entre a Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL) e outras e o Sindicato das Indústrias
Metalúrgicas e Afins - SIMA - Alteração salarial e outra ............................................................................................................... 4358
- Contrato coletivo entre a Associação dos Comerciantes do Porto e outras e o CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comér-
cio, Escritórios e Serviços de Portugal e outro - Alteração salarial e outras .................................................................................. 4359
- Acordo de adesão entre a MEO - Serviços Técnicos de Redes de Comunicações Eletrónicas, SA e o Sindicato Nacional dos
Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual - SINTTAV e outros ao acordo coletivo entre a MEO - Serviços de Comu-
nicações e Multimédia, SA e outras e os mesmos sindicatos ......................................................................................................... 4362

Decisões arbitrais:
...

Avisos de cessação da vigência de convenções coletivas:


...

Acordos de revogação de convenções coletivas:


...

Jurisprudência:
...

Organizações do trabalho:

Associações sindicais:

I – Estatutos:
...

II – Direção:

- FNIE - Federação Nacional dos Inspetores do Estado - Eleição .................................................................................................. 4364

Associações de empregadores:

I – Estatutos:

- AICCS - Associação Nacional da Indústria e Comércio de Colas e Similares que passa a denominar-se APCAS - Associação
Portuguesa de Colas, Adesivos e Selantes - Alteração ................................................................................................................... 4365
- GROQUIFAR - Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos - Alteração ................................................. 4370
- ACILIS - Associação de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo da Região de Leiria - Alteração .......................................... 4376

II – Direção:

- APCOR - Associação Portuguesa da Cortiça - Eleição ................................................................................................................ 4377


- Associação Empresarial de Baião - AEB - Eleição ...................................................................................................................... 4378

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- Associação das Empresas de Estiva do Porto de Aveiro - Substituição ....................................................................................... 4378

Comissões de trabalhadores:

I – Estatutos:
...

II – Eleições:
...

Representantes dos trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho:

I – Convocatórias:

- Gestamp Cerveira, L.da - Convocatória ........................................................................................................................................ 4379

II – Eleição de representantes:

- Câmara Municipal de Sabugal - Eleição ...................................................................................................................................... 4379


- Câmara Municipal de Trancoso - Eleição .................................................................................................................................... 4379

Conselhos de empresa europeus:


...

Informação sobre trabalho e emprego:

Empresas de trabalho temporário autorizadas:


...

Catálogo Nacional de Qualificações:

Catálogo Nacional de Qualificações ............................................................................................................................................ 4381


1. Integração de novas qualificações
...

2. Integração de UFCD
...

3. Alteração de qualificações ........................................................................................................................................................ 4384

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Aviso: Alteração do endereço eletrónico para entrega de documentos a publicar no Boletim do Trabalho e Emprego
O endereço eletrónico da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho para entrega de documentos a publicar
no Boletim do Trabalho e Emprego passou a ser o seguinte: dsrcot@dgert.mtsss.pt
De acordo com o Código do Trabalho e a Portaria n.º 1172/2009, de 6 de outubro, a entrega em documento electrónico
respeita aos seguintes documentos:
a) Estatutos de comissões de trabalhadores, de comissões coordenadoras, de associações sindicais e de associações de
empregadores;
b) Identidade dos membros das direcções de associações sindicais e de associações de empregadores;
c) Convenções colectivas e correspondentes textos consolidados, acordos de adesão e decisões arbitrais;
d) Deliberações de comissões paritárias tomadas por unanimidade;
e) Acordos sobre prorrogação da vigência de convenções coletivas, sobre os efeitos decorrentes das mesmas em caso de
caducidade, e de revogação de convenções.

Nota:
- A data de edição transita para o 1.º dia útil seguinte quando coincida com sábados, domingos e feriados.
- O texto do cabeçalho, a ficha técnica e o índice estão escritos conforme o Acordo Ortográfico. O conteúdo dos textos é
da inteira responsabilidade das entidades autoras.

SIGLAS

CC - Contrato coletivo.
AC - Acordo coletivo.
PCT - Portaria de condições de trabalho.
PE - Portaria de extensão.
CT - Comissão técnica.
DA - Decisão arbitral.
AE - Acordo de empresa.

Execução gráfica: Gabinete de Estratégia e Planeamento/Direção de Serviços de Apoio Técnico e Documentação - Depósito legal n.º 8820/85.

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CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL

ARBITRAGEM PARA DEFINIÇÃO DE SERVIÇOS MÍNIMOS

Greve na EMARP - Empresa Municipal de Águas e dia 12 de agosto de 2019, pelas 10h00, seguindo-se a audi-
Resíduos de Portimão, EM, SA de 15 a 18 de agosto ção dos representantes dos sindicatos e do empregador, cujas
de 2019 credenciais, após rubricadas, foram juntas aos autos.
Compareceram, em representação das respetivas entida-
des e pela ordem de audição:
Número do processo: 27/2019 - SM.
Pelo STAL:
Conflito: artigo 538.º CT - AO para determinação de ser-
–– Isabel Gaspar Costa;
viços mínimos.
–– Vanda Figueiredo.
Assunto: greve na EMARP - Empresa Municipal de
Pelo SINTAP:
Águas e Resíduos de Portimão, EM, SA | STAL e SINTAP |
–– Carlos Moreira.
de 15 a 18 de agosto 2019, nos termos definidos nos respeti-
Pela EMARP - Empresa Municipal de Águas e Resíduos
vos avisos prévios de greve - pedido de arbitragem obrigató-
de Portimão, EM, SA:
ria para determinação de serviços mínimos.
–– José Brito;
–– Luís Fernandes;
Acórdão –– Rita Oliveira.
I - Antecedentes III - Factos relevantes
1- A presente arbitragem resulta, por via de comunicação 5- Das informações prestadas, dos documentos juntos ao
de 7 de agosto de 2019, dirigida pela Direção-Geral do Em- processo e dos elementos obtidos pelo Tribunal Arbitral, me-
prego e das Relações de Trabalho (DGERT) ao Secretário- recem destaque os seguintes factos:
-Geral do Conselho Económico Social (CES) e recebida a) A greve reporta-se às atividades de limpeza manual,
neste no mesmo dia, de aviso prévio subscrito pelo STAL - limpeza mecânica e recolha de resíduos (recolha de lixo) no
Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Lo- município de Portimão;
cal e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins b) A recolha de resíduos recicláveis não está abrangida
e pelo SINTAP - Sindicato dos Trabalhadores da Adminis- pelo pré-aviso de greve, uma vez que a mesma não é realiza-
tração Pública, na EMARP - Empresa Municipal de Águas e da pela EMARP, mas antes por outra empresa. Consequen-
Resíduos de Portimão, EM, SA, para os dias 15, 16, 17 e 18 temente, a recolha de resíduos recicláveis não será afetada;
de agosto de 2019, nos termos definidos no respetivo aviso c) A EMARP tem cerca de 70/80 trabalhadores dedicados
prévio. à recolha de lixo;
2- Em cumprimento do disposto no número 2 do artigo d) A greve em causa abrange os dias 15, 16, 17 e 18 de
538.º do Código do Trabalho, foi realizada reunião nas ins- agosto, sendo que o dia 15 é feriado e o trabalho prestado
talações da DGERT, no dia 7 de agosto de 2019, da qual foi nesse dia assume a natureza de trabalho suplementar;
lavrada ata assinada pelos presentes. e) Existe pré-aviso que cobre o trabalho suplementar pres-
Esta ata atesta, designadamente, a inexistência de acor- tado nesse dia;
do sobre os serviços mínimos a prestar durante o período de f) No período mais intenso do verão a recolha de lixo no
greve, bem como a ausência de disciplina desta matéria na município de Portimão é 7 vezes superior à que ocorre no
regulamentação coletiva de trabalho aplicável. período menos intenso do inverno;
g) O município de Portimão dotou-se de equipamentos
II - Tribunal Arbitral de recolha de lixo capazes de corresponder à intensidade do
3- O Tribunal Arbitral foi constituído nos termos do nú- período do verão, pelo que as cubas e contentores onde os
mero 3 do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 259/2009, de 25 de resíduos são colocados pelos cidadãos têm uma capacidade
setembro, com a seguinte composição: bastante elevada, que em vários locais não fica esgotada nos
–– Árbitro presidente: Pedro Monteiro Fernandes; períodos em que existe menor procura turística;
–– Árbitro dos trabalhadores: Maria Eduarda Figanier de h) O município de Portimão tem cerca de 55 000 habitan-
Castro; tes;
–– Árbitro dos empregadores: Nuno Bernardo. i) No mês de agosto, atento o fluxo turístico, estima-se que
4- O tribunal reuniu nas instalações do CES, em Lisboa, no o Algarve receba cerca de 1 milhão de turistas, com forte
incidência em todos os municípios.

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IV - Fundamentação lha de lixo. Porém, apesar de existirem necessidades sociais


impreteríveis a salvaguardar na atividade de recolha de lixo,
6- A Constituição da República Portuguesa garante aos
a fixação de serviços mínimos só pode ser efetuada na medi-
trabalhadores o direito à greve (número 1 do artigo 57.º),
da do permitido pelo princípio da proporcionalidade (consi-
remetendo para a lei «a definição das condições de presta-
derando as vertentes «necessidade», «adequação» e «propor-
ção, durante a greve de serviços necessários à segurança e
cionalidade em sentido restrito»).
manutenção de equipamentos e instalações, bem como de
11- Existem fatores que não só justificam a fixação de ser-
serviços mínimos indispensáveis para acorrer à satisfação
viços mínimos, como devem ser sopesados na medida da sua
de necessidades sociais impreteríveis» (número 3 do mesmo
fixação:
artigo 57.º).
a) A greve em causa abrange os dias 15, 16, 17 e 18 de
Tratando-se de direito fundamental, a lei só pode restrin-
agosto, sendo que o dia 15 é feriado e o trabalho prestado
gi-lo «nos casos expressamente previstos na Constituição,
nesse dia assume a natureza de trabalho suplementar;
devendo as restrições limitar-se ao necessário para salva-
b) No período mais intenso do verão a recolha de lixo no
guardar outros direitos ou interesses constitucionalmente
município de Portimão é 7 vezes superior à que ocorre no
protegidos» e, em qualquer caso, «não poderá diminuir a ex-
período menos intenso do inverno;
tensão e o alcance do conteúdo essencial» daquele preceito
c) No mês de agosto, atento o fluxo turístico, estima-se que
constitucional (números 2 e 3 do artigo 18.º da Constituição
o Algarve receba cerca de 1 milhão de turistas, com forte
da República).
incidência em todos os municípios.
A preservação da greve como direito fundamental dos
trabalhadores impõe, por isso, que as correspondentes res- V - Decisão
trições sejam limitadas ao mínimo imprescindível para asse-
Em face do que precede, este Tribunal Arbitral delibera,
gurar a satisfação das necessidades sociais impreteríveis dos
por unanimidade, definir os seguintes serviços mínimos para
cidadãos, nas empresas ou estabelecimentos cuja atividade
a greve prevista para os dias 15 (trabalho suplementar), dia
se destine à respetiva prossecução.
16 e 17 e dia 18 (trabalho normal e suplementar) de agosto:
7- Na situação em análise, a tutela, reconhecida pela ordem
I) Dia 15 de agosto:
jurídica, de quem beneficia da atividade de tratamento dos
a) Um piquete sistemas elevatórios de água e drenagem;
resíduos sólidos urbanos situa-se no âmbito de um conflito
b) Um piquete de águas;
entre direitos fundamentais consagrados na lei constitucio-
c) Um circuito exclusivo para a recolha de resíduos urba-
nal. É um facto que está em causa o direito à greve dos tra-
nos nos hospitais.
balhadores e que o mesmo se encontra constitucionalmente
Dias 16 e 17 de agosto:
garantido (artigo 57.º CRP). Mas é também verdade que, de
a) Um piquete sistemas elevatórios de água e drenagem;
outro lado, se encontram outros direitos constitucionalmente
b) Um piquete de águas;
reconhecidos aos cidadãos, como sejam os direitos à saúde
c) Um circuito de recolha de resíduos urbanos - (5h00);
pública e a um ambiente equilibrado dos cidadãos (número 1
d) Três circuitos de recolha de resíduos urbanos - (19h30).
do artigo 64.º e número 1 do artigo 66.º CRP).
Um dos circuitos previstos nas alíneas c) e d) deverá
8- Uma coisa temos como segura: as ideias de prejuízo, de
abarcar a recolha de resíduos urbanos nos hospitais.
perturbação, de incómodo e de transtorno acompanham a de-
Dia 18 de agosto:
finição mesma de greve. A greve analisa-se num direito que
a) Um piquete sistemas elevatórios de água e drenagem;
consiste, precisamente em causar prejuízos a outrem (desde
b) Um piquete de águas;
logo, à entidade empregadora) e em criar transtornos de vária
c) Um circuito de recolha de resíduos urbanos - (5h00);
ordem aos utentes do serviço paralisado.
d) Três circuitos de recolha de resíduos urbanos - (19h30).
Neste quadro, o direito à greve poderá, decerto, ter de
Um dos circuitos previstos nas alíneas c) e d) deverá
ceder, mas só quando aqueles prejuízos ou transtornos se
abarcar a recolha de resíduos urbanos nos hospitais.
revelarem socialmente intoleráveis, vale dizer, só quando a
II) Em todos os dias abrangidos pela greve os trabalhadores
paralisação de atividade inerente à greve se revelar apta a
deverão assegurar a prestação dos serviços necessários à se-
comprometer a satisfação de necessidades sociais imprete-
gurança e manutenção do equipamento e instalações.
ríveis - isto é, necessidades cuja não satisfação tempestiva
III) A EMARP deve assegurar as condições necessárias à
provoque danos irremediáveis.
concretização dos serviços mínimos definidos nesta decisão.
9- Numa ótica jurídica-constitucionalmente adequada,
IV) Os representantes sindicais devem designar os traba-
impõe-se sempre proceder a uma análise casuística da greve
lhadores necessários para assegurar os serviços mínimos ora
em questão, para apurar se há ou não necessidades sociais
definidos até 24 horas antes do início do período de greve.
impreteríveis que a mesma venha colocar em xeque e cuja
V) Em caso de incumprimento do dever previsto no núme-
satisfação deva ser salvaguardada através da prestação de
ro anterior, deve a empresa proceder a essa designação.
serviços mínimos pelos grevistas.
VI) O recurso ao trabalho dos aderentes à greve só é lícito
10- Entende este Tribunal Arbitral que estão em causa ne-
se os serviços mínimos não puderem ser assegurados por tra-
cessidades sociais impreteríveis quanto à atividade de reco-
balhadores não aderentes.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Lisboa, 12 de agosto de 2019. Lisboa, 17 de outubro de 2019.


Pedro Monteiro Fernandes, árbitro presidente. José Bacelar Gouveia, árbitro presidente.
Maria Eduarda Figanier de Castro, árbitro de parte tra-
Seguidamente o acórdão com o texto que resulta das
balhadora.
aclarações nos pontos 10.1.4 e 10.1.5 da decisão:
Nuno Bernardo, árbitro de parte empregadora.
ACÓRDÃO

I - Os factos
Greve na SATA Internacional - Azores Airlines, SA 1- A presente arbitragem emerge, por via da comunica-
nos dias 18, 19, 20, 21, 25, 26, 27 e 28 de outubro, 22, ção dirigida ao Secretário-Geral do Conselho Económico e
23, 24, 25, 29 e 30 de novembro e 1 e 2 de dezembro Social, com data de 2 de outubro de 2019, recebida nesse
de 2019 mesmo dia, da Direção-Geral do Emprego e das Relações
de Trabalho (DGERT), do aviso prévio de greve subscrito
Número do processo: 28/2019 - SM. pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil
Conflito: artigo 538.º CT - AO para determinação de ser- (SNPVAC) na empresa SATA Internacional - Azores Air-
viços mínimos. lines, SA (doravante apenas designada por SATA), para os
Assunto: greve na SATA Internacional - Azores Airlines, dias 18, 19, 20, 21, 25, 26, 27 e 28 de outubro, 22, 23, 24,
SA | SNPVAC, para os dias 18, 19, 20, 21, 25, 26, 27 e 28 25, 29 e 30 de novembro e 1 e 2 de dezembro de 2019, nos
de outubro, 22, 23, 24, 25, 29 e 30 de novembro e 1 e 2 de termos do respetivo aviso prévio de greve.
dezembro de 2019 - pedido de arbitragem obrigatória para Em anexo a esta mensagem de correio eletrónico consta-
determinação de serviços mínimos. vam cópias dos seguintes documentos:
–– Ata da reunião, convocada pela DGERT nos termos do
Aclaração número 2 do artigo 538.º do CT, que teve lugar no dia 1 de
outubro de 2019, da qual consta que as partes não chegaram
Na sequência do pedido de aclaração feito pela SATA e a acordo sobre a definição de serviços mínimos a prestar du-
pelo SNPVAC, aclara o tribunal o seguinte: rante o período de greve, nem esta matéria é regulada pela
A referência a serviços de assistência no ponto 10.1.4 da regulamentação coletiva de trabalho aplicável;
decisão resulta de um mero lapso de escrita. Também, em –– Aviso prévio de greve emitido pelo SNPVAC;
função da informação da inexistência do voo LIS/SMA/LIS, –– Proposta de serviços mínimos apresentados pela SATA.
que foi substituído pelo voo LIS/SMA/PDL/LIS, é o referido 2- Acresce estar em causa uma empresa do setor empresa-
ponto da decisão alterado, pelo que se passa a ter a seguinte rial público regional, razão por que o litígio em causa deve
redação: ser apreciado e decidido por Tribunal Arbitral, nos termos da
10.1.4- As realizações de serviços de voo levadas a cabo interpretação extensiva que se impõe fazer da alínea b) do
por uma tripulação de assistência, com a composição míni- número 4 do artigo 538.º do Código do Trabalho (CT).
ma necessária - um chefe de cabine e tripulantes de bordo
- para garantir uma ligação diária planeada LIS/SMA/PDL/ II - Tribunal Arbitral e audiência das partes
LIS, LIS/HOR/LIS e LIS/PIX/LIS (nos dias em que a SATA 3- O Tribunal Arbitral foi constituído, nos termos do nú-
realiza voos para estes destinos); mero 3 do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 259/2009, de 25 de
Não aceita o tribunal a inclusão de todos os voos que setembro, com a seguinte composição:
a SATA aponta no sentido de aclarar o acórdão. Pois neste –– Árbitro presidente: Jorge Bacelar Gouveia;
aspeto é bastante claro: apenas os destinos indicados e «uma –– Árbitro da parte trabalhadora: João Carlos Camacho;
ligação diária». Sob pena de, sob o manto da aclaração, se –– Árbitro da parte empregadora: Pedro Goulão.
abrir a possibilidade de ir além do que o tribunal decidiu 4- O Tribunal Arbitral reuniu a 11 de outubro de 2019, pe-
serem serviços mínimos. las 14h15, nas instalações do CES.
Quanto ao ponto 10.1.5, note-se que só por lapso a SATA O SNPVAC fez-se representar por:
se pode referir a «assistências a voos», pois aí não constam. –– Fátima Meireles;
E para esclarecer que tal ponto da decisão não abrange voos –– Bruno Neves.
internacionais, decidiu o tribunal esclarecer que os voos aí A SATA fez-se representar por:
mencionados são nacionais, pelo que passa a ter a seguinte –– José Gamboa;
redação: –– João de Melo Medeiros;
10.1.5- Os voos nacionais de regresso à base, de forma a –– Paulo Barbosa Sousa;
assegurar aos passageiros cuja viagem se iniciou antes da –– Nuno Guedes Vaz.
greve que a deslocação finda no destino contratualizado com
a SATA (sendo esse o caso, em Lisboa).

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III - Fundamentação sendo a definição de serviços mínimos uma limitação ao seu


exercício.
5- A Constituição da República Portuguesa (CRP) garante
9- O SNPVAC - Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da
o direito à greve dos trabalhadores (número 1 do artigo 57.º
Aviação Civil e a SATA Internacional - Azores Airlines, SA,
CRP), remetendo para a lei «a definição das condições de
entidades destinatárias presentes nesta audição, prestaram os
prestação, durante a greve de serviços necessários à seguran-
esclarecimentos solicitados, não tendo sido alcançado um
ça e manutenção de equipamentos e instalações, bem como
acordo quanto à fixação dos serviços mínimos e dos meios
de serviços mínimos indispensáveis para acorrer à satisfação
para os assegurar.
de necessidades sociais impreteríveis» (número 3 do artigo
No âmbito dessa ponderação, o Tribunal Arbitral teve em
57.º CRP).
consideração o seguinte:
O direito à greve, como direito fundamental, tem que ser
–– O facto de a greve ter uma duração de 16 dias, divididos
interpretado em harmonia com outros direitos fundamentais,
por quatro períodos de quatro dias cada;
como o direito à circulação, o direito à saúde, o direito ao
–– O facto de existirem alternativas de voos de e para o
trabalho ou o direito à educação.
Continente, no que concerne às Ilhas de São Miguel e Ter-
Não existindo direitos absolutos, nenhum dos direitos
ceira;
pode prevalecer de per si, suscitando-se uma situação de
–– O facto de, para os residentes nos Açores, o transporte
concorrência e de colisão de direitos fundamentais na sua
aéreo ser a principal e quase exclusiva forma de quebrarem
aplicação concreta.
o isolamento inerente à situação de insularidade em que vi-
6- No Código do Trabalho (CT), prevê-se a obrigação de
vem com os consequentes reflexos em matéria de direito à
as associações sindicais e de os trabalhadores aderentes as-
deslocação no território nacional, consagrado no artigo 44.º
segurarem, durante a greve, a «prestação dos serviços míni-
da CRP;
mos» indispensáveis à satisfação de «necessidades sociais
–– O facto de, no limite, poderem sobrevir emergências
impreteríveis» no setor em causa (números 1 e 2 do artigo
que ponham em causa o direito à vida e à saúde dos cidadãos.
537.º CT).
Nos termos do artigo 538.º, número 5, do CT, a decre- IV - Decisão
tação de serviços mínimos tem de respeitar os princípios da
10- Nestes termos, o Tribunal Arbitral entende, por unani-
necessidade, da adequação e da razoabilidade, todos eles
midade, decretar os seguintes serviços mínimos:
dimensões do princípio da proporcionalidade (sobre o prin-
10.1- Para a greve agendada para os dias 18, 19, 20 e 21 de
cípio da proporcionalidade, v., por todos, Jorge Bacelar Gou-
outubro de 2019, os dias 25, 26, 27 e 28 também de outubro
veia, Manual de Direito Constitucional, II, 4.ª ed., Almedina,
de 2019, os dias 22, 23, 24 e 25 de novembro de 2019, e os
Coimbra, 2011, pp. 842 e 843).
dias 29 e 30 de novembro e 1 e 2 de dezembro de 2019:
7- À luz do disposto no número 3 do artigo 57.º da CRP e
10.1.1- Todos os voos impostos por situações críticas re-
dos número 1 do artigo 537.º e número 5 do artigo 538.º do
lativas à segurança de pessoas e bens, incluindo voos-am-
CT, uma greve suscetível de implicar um risco de paralisação
bulância, casos de perigo de vida e de emergência médica,
dos serviços públicos deve ser acompanhada da definição
movimentos de emergência entendidos como situações de-
dos serviços mínimos, no respeito dos princípios da necessi-
claradas em voo, designadamente por razões de ordem técni-
dade, da adequação e da proporcionalidade e na medida do
ca ou meteorológica e outras que, pela sua natureza, tornem
estritamente necessário à salvaguarda de outros direitos ou
absolutamente inadiável a assistência ao voo;
interesses constitucionalmente protegidos.
10.1.2- Todos os voos militares;
Da descrição da atividade em que se anuncia a greve, o
10.1.3- Todos os voos de Estado, nacional ou estrangeiro;
âmbito do transporte aéreo entre o arquipélago dos Açores e
10.1.4- As realizações de serviços de voo levadas a cabo
Continente, resulta claro que se deve considerar viável a pre-
por uma tripulação de assistência, com a composição míni-
tensão, apresentada pela entidade empregadora e aceite pelo
ma necessária - um chefe de cabine e tripulantes de bordo
sindicato, de haver a definição de serviços mínimos, uma vez
- para garantir uma ligação diária planeada LIS/SMA/PDL/
que se trata de serviços públicos que se inscrevem nos bens
LIS, LIS/HOR/LIS e LIS/PIX/LIS (nos dias em que a SATA
jurídicos considerados como correspondentes a necessidades
realiza voos para estes destinos);
sociais impreteríveis, cuja noção integra uma dimensão de
10.1.5- Os voos nacionais de regresso à base, de forma a
urgência e continuidade.
assegurar aos passageiros cuja viagem se iniciou antes da
8- A definição de serviços mínimos, nos termos constitu-
greve que a deslocação finda no destino contratualizado com
cionais e legais, assume sempre um caráter excecional na
a SATA (sendo esse o caso, em Lisboa).
medida em que implica uma limitação do direito fundamen-
11- Em caso de impossibilidade de realização dos voos re-
tal à greve, embora corresponda à proteção de valores que
feridos no número anterior por razões de ordem climatérica,
igualmente têm uma dignidade constitucional.
os mesmos serão efetuados logo que se encontrem reunidas
Por isso, impõe-se fazer uma ponderação de bens, ava-
as condições para o fazer.
liando da importância da proteção dos direitos e interesses
12- O sindicato, apesar da previsão constante do número 7
em presença, na certeza de que o legislador constitucional,
do artigo 538.º do CT do Trabalho, e atentas as particulares
na delimitação do direito à greve, não configurou este direi-
condições da atividade, deve, tanto quanto possível, designar
to fundamental dos trabalhadores como um direito irrestrito,
os trabalhadores necessários para assegurar os serviços mí-

4304
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

nimos ora definidos até 48 horas antes do início do período mínimos, deve a SATA Internacional - Azores Airlines, SA
de greve, devendo a SATA Internacional - Azores Airlines, assegurar as condições normais de segurança e de trabalho
SA fazê-lo caso não seja, atempadamente, informada dessa dos trabalhadores adstritos à respetiva execução.
designação.
13- O recurso ao trabalho dos aderentes à greve só é líci- Lisboa, 11 de outubro de 2019.
to se os serviços mínimos não puderem ser assegurados por
trabalhadores não aderentes, nas condições normais da sua Jorge Bacelar Gouveia, árbitro presidente.
prestação de trabalho. João Carlos Camacho, árbitro de parte trabalhadora.
14- Para o cumprimento da referida obrigação de serviços Pedro Goulão, árbitro de parte empregadora.

REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO

DESPACHOS/PORTARIAS

...

PORTARIAS DE CONDIÇÕES DE TRABALHO

...

PORTARIAS DE EXTENSÃO

Portaria de extensão das alterações do contrato co- ções do contrato coletivo às relações de trabalho entre em-
letivo entre a Associação Portuguesa dos Industriais pregadores e trabalhadores não representados pelas associa-
de Curtumes e a Federação dos Sindicatos dos Tra- ções outorgantes que na respetiva área e âmbito exerçam a
balhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e mesma atividade.
De acordo com o número 1 do artigo 514.º do Código do
Peles de Portugal - FESETE
Trabalho, a convenção coletiva pode ser aplicada, no todo
ou em parte, por portaria de extensão a empregadores e a
As alterações do contrato coletivo entre a Associação trabalhadores integrados no âmbito do setor de atividade e
Portuguesa dos Industriais de Curtumes e a Federação dos profissional definido naquele instrumento. O número 2 do
Sindicatos dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, referido normativo legal determina ainda que a extensão é
Calçado e Peles de Portugal - FESETE, publicadas no Bole- possível mediante a ponderação de circunstâncias sociais e
tim do Trabalho e Emprego (BTE), n.º 29, de 8 de agosto de económicas que a justifiquem, nomeadamente a identidade
2019, abrangem as relações de trabalho entre empregadores ou semelhança económica e social das situações no âmbito
que, no território nacional, se dediquem à atividade de cur- da extensão e no instrumento a que se refere. Existindo iden-
tumes e ofícios correlativos, como seja, correias de trans- tidade económica e social entre as situações que se preten-
missão e seus derivados, indústria de tacos de tecelagem ou de abranger com a extensão e as previstas na convenção em
de aglomerados de couro que não estejam abrangidos por apreço, foi promovida a realização do estudo de avaliação
convenção coletiva específica e trabalhadores ao seu serviço, dos indicadores previstos nas alíneas a) a e) do número 1 da
uns e outros representados pelas associações que o outorga- Resolução do Conselho de Ministros (RCM) n.º 82/2017, de
ram. 9 de junho de 2017, através dos elementos disponíveis no
As partes outorgantes requereram a extensão das altera-

4305
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

apuramento do Relatório Único/Quadros de Pessoal de 2017. Portugal - FESETE, publicadas no Boletim do Trabalho e
De acordo com o estudo estavam abrangidos pelo instrumen- Emprego, n.º 29, de 8 de agosto de 2019, são estendidas no
to de regulamentação coletiva de trabalho, direta e indire- território do Continente:
tamente, 1561 trabalhadores por contra de outrem a tempo a) Às relações de trabalho entre empregadores não filiados
completo (TCO), excluindo os praticantes e aprendizes e o na associação de empregadores outorgante que se dediquem
residual, dos quais 70 % são homens e 30 % são mulheres. à atividade de curtumes e ofícios correlativos, como seja,
De acordo com os dados da amostra, o estudo indica que para correias de transmissão e seus derivados, indústria de tacos
422 TCO (27 % do total) as remunerações devidas são iguais de tecelagem ou de aglomerados de couro, e trabalhadores
ou superiores às remunerações convencionais, enquanto para ao seu serviço, das profissões e categorias profissionais pre-
1139 TCO (73 % do total) as remunerações são inferiores vistas na convenção;
às convencionais, dos quais 73,6 % são homens e 26,4 % b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados na
são mulheres. Quanto ao impacto salarial da extensão, a associação de empregadores outorgante que exerçam a ati-
atualização das remunerações representa um acréscimo de vidade económica referida na alínea anterior e trabalhado-
1,3 % na massa salarial do total dos trabalhadores e de 2 % res ao seu serviço, das profissões e categorias profissionais
para os trabalhadores cujas remunerações devidas serão alte- previstas na convenção, não representados pela associação
radas. Na perspetiva da promoção de melhores níveis de co- sindical outorgante.
esão e igualdade social o estudo indica uma redução no leque
Artigo 2.º
salarial e um ligeiro decréscimo entre o rácio do percentil
P90/P10. Neste contexto, ponderadas as circunstâncias so- 1- A presente portaria entra em vigor no quinto dia após a
ciais e económicas justificativas da extensão de acordo com sua publicação no Diário da República.
o disposto no número 2 do artigo 514.º do Código do Traba- 2- A tabela salarial e cláusulas de natureza pecuniária pre-
lho, promove-se o alargamento do âmbito de aplicação das vistas na convenção produzem efeitos a partir de 1 de setem-
alterações do contrato coletivo às relações de trabalho não bro de 2019.
abrangidas por regulamentação coletiva negocial porquanto
tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições 18 de outubro de 2019 - O Secretário de Estado do Em-
mínimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano económi- prego, Miguel Filipe Pardal Cabrita.
co, o de aproximar as condições de concorrência entre em-
presas do mesmo sector.
Considerando que a convenção tem por âmbito geográ-
fico de aplicação todo o território nacional e que a extensão
de convenção coletiva nas Regiões Autónomas compete aos Portaria de extensão do contrato coletivo entre a
respetivos Governos Regionais, a presente portaria apenas é ACILIS - Associação de Comércio, Indústria, Servi-
aplicável no território do Continente. ços e Turismo da Região de Leiria e outras e o CESP
Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio,
Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação Escritórios e Serviços de Portugal
da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em
conta a data do depósito da convenção e o termo do prazo O contrato coletivo entre a ACILIS - Associação de Co-
para a emissão da portaria de extensão, com produção de mércio, Indústria, Serviços e Turismo da Região de Leiria e
efeitos a partir do primeiro dia do mês em causa. outras e o CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio,
Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presente ex- Escritórios e Serviços de Portugal, publicado no Boletim do
tensão no Boletim do Trabalho e Emprego, Separata, n.º 48, Trabalho e Emprego (BTE), n.º 31, de 22 de agosto de 2019,
de 23 de setembro de 2019, ao qual não foi deduzida oposi- abrange, no distrito de Leiria, as relações de trabalho, entre
ção por parte dos interessados. empregadores que se dediquem às atividades de comércio
Assim, manda o Governo, pelo Secretário de Estado do grossita, retalhista e prestação de serviços nela previstas, e
Emprego, no uso da competência delegada pelo Despacho trabalhadores ao seu serviço, uns e outros representados pe-
n.º 1300/2016, de 13 de janeiro de 2016, do Ministro do Tra- las associações outorgantes.
balho, Solidariedade e Segurança Social, publicado no Diá- As partes signatárias requereram a extensão do contra-
rio da República, 2.ª série, n.º 18, de 27 de janeiro de 2016, to coletivo na mesma área geográfica e setor de atividade a
ao abrigo do artigo 514.º e do número 1 do artigo 516.º do todos os empregadores não filiados nas associações de em-
Código do Trabalho e da Resolução do Conselho de Minis- pregadores outorgantes e trabalhadores ao seu serviço, das
tros n.º 82/2017, publicada no Diário da República, 1.ª série, profissões e categorias profissionais previstas na convenção,
n.º 112, de 9 dejunho de 2017, o seguinte: não representados pela associação sindical outorgante.
Artigo 1.º De acordo com o número 1 do artigo 514.º do Código do
Trabalho, a convenção coletiva pode ser aplicada, no todo
As condições de trabalho constantes das alterações do ou em parte, por portaria de extensão a empregadores e a
contrato coletivo entre a Associação Portuguesa dos Indus- trabalhadores integrados no âmbito do setor de atividade e
triais de Curtumes e a Federação dos Sindicatos dos Traba- profissional definido naquele instrumento. O número 2 do
lhadores Têxteis, Lanifícios, Vestuário, Calçado e Peles de

4306
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

referido normativo legal determina ainda que a extensão é Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do
possível mediante a ponderação de circunstâncias sociais e Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação
económicas que a justifiquem, nomeadamente a identidade da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em
ou semelhança económica e social das situações no âmbito conta a data do depósito da convenção e o termo do prazo
da extensão e no instrumento a que se refere. para emissão da portaria de extensão, com produção de efei-
Existindo identidade económica e social entre as situa- tos a partir do primeiro dia do mês em causa.
ções que se pretende abranger com a extensão e as previstas Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presente ex-
na convenção em apreço, foi promovida a realização do estu- tensão no Boletim do Trabalho e Emprego, Separata, n.º 48,
do de avaliação dos indicadores previstos nas alíneas a) a e) de 23 de setembro de 2019, ao qual não foi deduzida oposi-
do número 1 da Resolução do Conselho de Ministros (RCM) ção por parte dos interessados.
n.º 82/2017, de 9 de junho de 2017, através dos elementos Assim, manda o Governo, pelo Secretário de Estado do
disponíveis no apuramento do Relatório Único/Quadros de Emprego, no uso da competência delegada por Despacho n.º
Pessoal de 2017. De acordo com o estudo estavam abrangi- 1300/2016, de 13 de janeiro de 2016, do Ministro do Traba-
dos pelo instrumento de regulamentação coletiva de traba- lho, Solidariedade e Segurança Social, publicado no Diário
lho, direta e indiretamente, excluindo os praticantes e apren- da República, 2.ª série, n.º 18, de 27 de janeiro de 2016, ao
dizes e o residual, 6706 trabalhadores por conta de outrem abrigo do artigo 514.º e do número 1 do artigo 516.º do Có-
a tempo completo (TCO), dos quais 57,4 % são mulheres digo do Trabalho e da Resolução do Conselho de Ministros
e 42,6 % são homens. De acordo com os dados da amostra n.º 82/2017, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º
o estudo indica que para 3586 TCO (53,5 % do total) as re- 112, de 9 de junho de 2017, o seguinte:
munerações devidas são iguais ou superiores às remunera-
Artigo 1.º
ções convencionais enquanto que para 3120 TCO (46,5 %
do total) as remunerações são inferiores às convencionais, 1- As condições de trabalho constantes do contrato cole-
dos quais 66,4 % são mulheres e 33,6 % são homens. Quanto tivo entre a ACILIS - Associação de Comércio, Indústria,
ao impacto salarial da extensão a atualização das remune- Serviços e Turismo da Região de Leiria e outras e o CESP
rações representa um acréscimo de 1,5 % na massa salarial - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e
do total dos trabalhadores e de 4,1 % para os trabalhadores Serviços de Portugal, publicadas no Boletim do Trabalho e
cujas remunerações devidas serão alteradas. Na perspetiva Emprego (BTE), n.º 31, de 22 de agosto de 2019, são esten-
da promoção de melhores níveis de coesão e igualdade so- didas no distrito de Leiria:
cial o estudo indica uma ligeira redução do leque salarial e a) Às relações de trabalho entre empregadores não filiados
um decréscimo das desigualdades entre os rácios P90/P10 e nas associações de empregadores outorgantes que exerçam
P90/P50. as atividades de comércio grossita, retalhista e prestação de
Neste contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e serviços abrangidas pela convenção e trabalhadores ao seu
económicas justificativas da extensão de acordo com o dis- serviço das profissões e categorias profissionais nelas pre-
posto no número 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho, vistas;
promove-se o alargamento do âmbito de aplicação do contra- b) Às relações de trabalho entre empregadores filiados nas
to coletivo às relações de trabalho não abrangidas por regula- associações de empregadores outorgantes que exerçam as
mentação coletiva negocial porquanto tem, no plano social, atividades económicas referidas na alínea anterior e traba-
o efeito de uniformizar as condições mínimas de trabalho lhadores ao seu serviço, das profissões e categorias profissio-
dos trabalhadores e, no plano económico, o de aproximar as nais previstas na convenção, não representados pela associa-
condições de concorrência entre empresas do mesmo sector. ção sindical outorgante.
Considerando que as extensões da convenção coletiva 2- A presente extensão não é aplicável a empresas não fi-
revista não abrangem as relações de trabalho tituladas por liadas nas associações de empregadores outorgantes desde
empregadores não filiados nas associações de empregadores que se verifique uma das seguintes condições:
outorgantes com atividade em estabelecimentos qualificados a) Sendo de comércio a retalho alimentar ou misto, dispo-
como unidades comerciais de dimensão relevante, segundo nham de uma área de venda contínua de comércio a retalho
os critérios então definidos pelo Decreto-Lei n.º 218/97, de alimentar igual ou superior a 2000 m2;
20 de agosto, as quais são abrangidas pelo contrato coletivo b) Sendo de comércio a retalho não alimentar, disponham
entre a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição de uma área de venda contínua igual ou superior a 4000 m2;
- APED e diversas associações sindicais e respetivas porta- c) Sendo de comércio a retalho alimentar ou misto, perten-
rias de extensão, e que a referida qualificação é adequada, centes a empresa ou grupo que tenha, a nível nacional, uma
mantém-se os critérios de distinção entre pequeno/médio co- área de venda acumulada de comércio a retalho alimentar
mércio a retalho e a grande distribuição. igual ou superior a 15 000 m2;
Considerando que a convenção coletiva regula outras d) Sendo de comércio a retalho não alimentar, pertencentes
condições de trabalho, procede-se à ressalva genérica do a empresa ou grupo que tenha, a nível nacional, uma área de
âmbito de aplicação da extensão de cláusulas contrárias a venda acumulada igual ou superior a 25 000 m2.
normas legais imperativas. 3- Não são objeto de extensão as cláusulas contrárias a
normas legais imperativas.

4307
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Artigo 2.º contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e económicas


justificativas da extensão de acordo com o disposto no nú-
1- A presente portaria entra em vigor no quinto dia após a
mero 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho, promove-se
sua publicação no Diário da República.
o alargamento do âmbito de aplicação do contrato coletivo
2- A tabela salarial e cláusulas de natureza pecuniária pre-
às relações de trabalho não abrangidas por regulamentação
vistas na convenção produzem efeitos a partir de 1 de setem-
coletiva negocial porquanto tem, no plano social, o efeito de
bro de 2019.
aproximar as condições de concorrência entre empresas do
mesmo setor.
18 de outubro de 2019 - O Secretário de Estado do Em- A presente extensão não abrange as relações de traba-
prego, Miguel Filipe Pardal Cabrita. lho em que sejam parte empregadores não filiados nas as-
sociações de empregadores outorgantes com atividade em
estabelecimentos qualificados como unidades comerciais
de dimensão relevante, segundo os critérios então definidos
Portaria de extensão do contrato coletivo entre a pelo Decreto-Lei n.º 218/1997, de 20 de agosto, as quais são
ACILIS - Associação de Comércio, Indústria, Ser- abrangidas pelo contrato coletivo entre a APED - Associação
Portuguesa de Empresas de Distribuição e diversas associa-
viços e Turismo da Região de Leiria e outras e o
ções sindicais e pelas respetivas portarias de extensão, de
Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, forma assegurar a distinção entre pequeno/médio comércio a
Comércio, Restauração e Turismo - SITESE retalho e a grande distribuição.
Considerando que a convenção coletiva regula outras
O contrato coletivo entre a ACILIS - Associação de Co- condições de trabalho, procede-se à ressalva genérica de
mércio, Indústria, Serviços e Turismo da Região de Leiria e cláusulas contrárias a normas legais imperativas.
outras e o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Servi- Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do
ços, Comércio, Restauração e Turismo - SITESE, publicado Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação
no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), n.º 31, de 22 de da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em
agosto de 2019, abrange, no distrito de Leiria, as relações de conta a data do depósito da convenção e o termo do prazo
trabalho, entre empregadores que se dediquem às atividades para emissão da portaria de extensão, com produção de efei-
de comércio grossita, retalhista e de prestação de serviços tos a partir do primeiro dia do mês em causa.
nela previstas, e trabalhadores ao seu serviço, uns e outros Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presente ex-
representados pelas associações outorgantes. tensão no Boletim do Trabalho e Emprego, Separata, n.º 48,
As partes signatárias requereram a extensão do contra- de 23 de setembro de 2019, ao qual não foi deduzida oposi-
to coletivo na mesma área geográfica e setor de atividade a ção por parte dos interessados.
todos os empregadores não filiados nas associações de em- Assim, manda o Governo, pelo Secretário de Estado do
pregadores outorgantes e trabalhadores ao seu serviço, das Emprego, no uso da competência delegada por Despacho n.º
profissões e categorias profissionais previstas na convenção, 1300/2016, de 13 de janeiro de 2016, do Ministro do Traba-
não representados pela associação sindical outorgante. lho, Solidariedade e Segurança Social, publicado no Diário
De acordo com o número 1 do artigo 514.º do Código do da República, 2.ª série, n.º 18, de 27 de janeiro de 2016, ao
Trabalho, a convenção coletiva pode ser aplicada, no todo abrigo do artigo 514.º e do número 1 do artigo 516.º do Có-
ou em parte, por portaria de extensão a empregadores e a digo do Trabalho e da Resolução do Conselho de Ministros
trabalhadores integrados no âmbito do setor de atividade e n.º 82/2017, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º
profissional definido naquele instrumento. O número 2 do 112, de 9 de junho de 2017, o seguinte:
referido normativo legal determina ainda que a extensão é
possível mediante a ponderação de circunstâncias sociais e Artigo 1.º
económicas que a justifiquem, nomeadamente a identidade 1- As condições de trabalho constantes do contrato cole-
ou semelhança económica e social das situações no âmbito tivo entre a ACILIS - Associação de Comércio, Indústria,
da extensão e no instrumento a que se refere. Existindo iden- Serviços e Turismo da Região de Leiria e outras e o Sin-
tidade económica e social entre as situações que se preten- dicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio,
de abranger com a extensão e as previstas na convenção em Restauração e Turismo - SITESE, publicadas no Boletim do
apreço, foi promovida a realização do estudo de avaliação Trabalho e Emprego (BTE), n.º 31, de 22 de agosto de 2019,
dos indicadores previstos nas alíneas a) a e) do número 1 são estendidas no distrito de Leiria:
da Resolução do Conselho de Ministros (RCM) n.º 82/2017, a) Às relações de trabalho entre empregadores não filiados
de 9 de junho de 2017, através dos elementos disponíveis nas associações de empregadores outorgantes que exerçam
no apuramento do Relatório Único/Quadros de Pessoal de as atividades de comércio grossita, retalhista e de prestação
2017. Todavia, a informação disponibilizada naquele rela- de serviços abrangidas pela convenção e trabalhadores ao
tório não permite a aferir os referidos indicadores, uma vez seu serviço das profissões e categorias profissionais nelas
que se trata do primeiro contrato coletivo celebrado entre previstas;
as partes. No entanto, as partes indicam que a convenção b) Ás relações entre empregadores filiados nas associa-
abrange 1949 empresas e cerca de 6795 trabalhadores. Neste ções de empregadores outorgantes que exerçam a atividade

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

económica referida na alínea anterior e trabalhadores ao seu Trabalho, a convenção coletiva pode ser aplicada, no todo
serviço, das profissões e categorias profissionais previstas na ou em parte, por portaria de extensão a empregadores e a
convenção, não representados pela associação sindical ou- trabalhadores integrados no âmbito do setor de atividade e
torgante. profissional definido naquele instrumento. O número 2 do
2- A presente extensão não é aplicável a empresas não fi- referido normativo legal determina ainda que a extensão é
liadas nas associações de empregadores outorgantes desde possível mediante a ponderação de circunstâncias sociais e
que se verifique uma das seguintes condições: económicas que a justifiquem, nomeadamente a identidade
a) Sendo de comércio a retalho alimentar ou misto, dis- ou semelhança económica e social das situações no âmbito
ponham de uma área de venda contínua de comércio a reta- da extensão e no instrumento a que se refere.
lho alimentar igual ou superior a 2000 m2; Existindo identidade económica e social entre as situa-
b) Sendo de comércio a retalho não alimentar, disponham ções que se pretende abranger com a extensão e as previstas
de uma área de venda contínua igual ou superior a 4000 m2; na convenção em apreço, foi promovida a realização do estu-
c) Sendo de comércio a retalho alimentar ou misto, perten- do de avaliação dos indicadores previstos nas alíneas a) a e)
centes a empresa ou grupo que tenha, a nível nacional, uma do número 1 da Resolução do Conselho de Ministros (RCM)
área de venda acumulada de comércio a retalho alimentar n.º 82/2017, de 9 de junho de 2017, através dos elementos
igual ou superior a 15 000 m2; disponíveis no apuramento do Relatório Único/Quadros de
d) Sendo de comércio a retalho não alimentar, pertencen- Pessoal de 2017. De acordo com o estudo estavam abrangi-
tes a empresa ou grupo que tenha, a nível nacional, uma área dos pelo instrumento de regulamentação coletiva de traba-
de venda acumulada igual ou superior a 25 000 m2. lho, direta e indiretamente, 176 trabalhadores por conta de
3- Não são objeto de extensão as cláusulas contrárias a outrem a tempo completo (TCO), excluindo os praticantes
normas legais imperativas. e aprendizes e o residual, dos quais 64,8 % são mulheres e
35,2 % são homens. De acordo com os dados da amostra, o
Artigo 2.º
estudo indica que para 38 TCO (21,6 % do total) as remu-
1- A presente portaria entra em vigor no quinto dia após a nerações devidas são iguais ou superiores às remunerações
sua publicação no Diário da República. convencionais, enquanto para 138 TCO (78,4 % do total) as
2- A tabela salarial e cláusulas de natureza pecuniária pre- remunerações devidas são inferiores às convencionais, dos
vistas na convenção produzem efeitos a partir de 1 de setem- quais 69,6 % são mulheres e 0,4 % são homens. Quanto ao
bro de 2019. impacto salarial da extensão, a atualização das remunerações
representa um acréscimo de 2,9 % na massa salarial do to-
18 de outubro de 2019 - O Secretário de Estado do Em- tal dos trabalhadores e de 4,0 % para os trabalhadores cujas
prego, Miguel Filipe Pardal Cabrita. remunerações devidas serão alteradas. Na perspetiva da pro-
moção de melhores níveis de coesão e igualdade social o es-
tudo indica uma redução no leque salarial e uma diminuição
das desigualdades.
Neste contexto, ponderadas as circunstâncias sociais e
Portaria de extensão das alterações do contrato co- económicas justificativas da extensão de acordo com o dis-
letivo entre a Associação da Hotelaria, Restauração posto no número 2 do artigo 514.º do Código do Trabalho,
e Similares de Portugal (AHRESP) e o Sindicato dos promove-se o alargamento do âmbito de aplicação das al-
Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, terações do contrato coletivo às relações de trabalho não
Restauração e Turismo - SITESE (alojamento) abrangidas por regulamentação coletiva negocial porquanto
tem, no plano social, o efeito de uniformizar as condições
As alterações do contrato coletivo entre a Associação da mínimas de trabalho dos trabalhadores e, no plano económi-
Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e co, o de aproximar as condições de concorrência entre em-
o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Co- presas do mesmo sector.
mércio, Restauração e Turismo - SITESE (alojamento), pu- Considerando que a convenção tem por âmbito geográ-
blicadas no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), n.º 27, fico de aplicação todo o território nacional e que a extensão
de 22 de julho de 2019, abrangem as relações de trabalho de convenção coletiva nas Regiões Autónomas compete aos
entre empregadores que em território nacional se dediquem respetivos Governos Regionais, a presente portaria apenas é
à atividade de alojamento e trabalhadores ao seu serviço, uns aplicável no território do Continente.
e outros representados pelas associações que o outorgaram. Considerando que a anterior extensão da convenção não
As partes signatárias requereram a extensão das altera- é aplicável aos empregadores filiados na Associação da Ho-
ções do contrato coletivo na mesma área geográfica e setor telaria de Portugal (AHP), na APHORT - Associação Portu-
de atividade aos empregadores não filiados e trabalhadores guesa de Hotelaria, Restauração e Turismo, na Associação
ao seu serviço, das profissões e categorias profissionais pre- dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve - AIHSA e
vistas na convenção, não filiados na associação sindical ou- na Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do
torgante. Algarve (AHETA), por oposição das referidas associações,
De acordo com o número 1 do artigo 514.º do Código do mantém-se na presente extensão idêntica exclusão, assim
como o âmbito pessoal de aplicação, de forma a assegurar o

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

estatuto laboral existente nas empresas decorrente das ante- Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restaura-
riores extensões da convenção coletiva. ção e Turismo - SITESE (alojamento), publicadas no Bole-
Nos termos da alínea c) do número 1 do artigo 478.º do tim do Trabalho e Emprego (BTE), n.º 27, de 22 de julho de
Código do Trabalho e dos números 2 e 4 da RCM, na fixação 2019, são estendidas no território do Continente às relações
da eficácia das cláusulas de natureza pecuniária foi tido em de trabalho entre empregadores não filiados na associação
conta a data do depósito da convenção e o termo do prazo de empregadores outorgante que exerçam a atividade de alo-
para a emissão da portaria de extensão, com produção de jamento abrangida pela convenção e trabalhadores ao seu
efeitos a partir do primeiro dia do mês em causa. serviço, das profissões e categorias profissionais nelas pre-
Foi publicado o aviso relativo ao projeto da presente ex- vistas, filiados na associação sindical outorgante.
tensão no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE), Separata, 2- O disposto no número anterior não é aplicável aos em-
n.º 46, de 18 de setembro de 2019, ao qual não foi deduzida pregadores filiados na Associação da Hotelaria de Portugal
oposição por parte dos interessados. (AHP), na APHORT - Associação Portuguesa de Hotelaria,
Assim, manda o Governo, pelo Secretário de Estado do Restauração e Turismo, na Associação dos Industriais Hote-
Emprego, no uso da competência delegada por Despacho n.º leiros e Similares do Algarve - AIHSA e na Associação dos
1300/2016, de 13 de janeiro de 2016, do Ministro do Traba- Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).
lho, Solidariedade e Segurança Social, publicado no Diário
Artigo 2.º
da República, 2.ª série, n.º 18, de 27 de janeiro de 2016, ao
abrigo do artigo 514.º e do número 1 do artigo 516.º do Có- 1- A presente portaria entra em vigor no quinto dia após a
digo do Trabalho e da Resolução do Conselho de Ministros sua publicação no Diário da República.
n.º 82/2017, publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 2- A tabela salarial e as cláusulas de natureza pecuniária
112, de 9 de junho de 2017, o seguinte: previstas na convenção produzem efeitos a partir de 1 de
agosto de 2019.
Artigo 1.º
1- As condições de trabalho constantes das alterações do 18 de outubro de 2019 - O Secretário de Estado do Em-
contrato coletivo entre a Associação da Hotelaria, Restau- prego, Miguel Filipe Pardal Cabrita.
ração e Similares de Portugal (AHRESP) e o Sindicato dos

CONVENÇÕES COLETIVAS

Contrato coletivo entre a Confederação Nacio- 2- Para cumprimento do disposto na alínea g) do artigo
nal das Instituições de Solidariedade - CNIS e a 492.º, conjugado com o artigo 496.º do Código do Trabalho,
FEPCES - Federação Portuguesa dos Sindicatos do refere-se que serão abrangidos por esta convenção 3000 em-
Comércio, Escritórios e Serviços e outros - pregadores e 63 000 trabalhadores.
Revisão global Cláusula 2.ª

Vigência

CAPÍTULO I 1- A presente convenção entra em vigor no 5.º dia poste-


rior ao da sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego
Âmbito pessoal, geográfico, sectorial e vigência e terá uma vigência mínima de dois anos, sem prejuízo do
disposto no número seguinte.
Cláusula 1.ª 2- As tabelas salariais e demais cláusulas de expressão pe-
cuniária serão revistas anualmente.
Âmbito e área de aplicação 3- A denúncia pode ser feita por qualquer das partes com a
1- A presente convenção regula as relações de trabalho antecedência de, pelo menos, três meses em relação ao termo
entre as instituições particulares de solidariedade social re- do prazo de vigência ou de renovação e deve ser acompanha-
presentadas pela Confederação Nacional das Instituições de da de proposta negocial.
Solidariedade - CNIS, doravante também abreviadamente 4- No caso de não haver denúncia a convenção renova-se
designadas por instituições, e os trabalhadores ao seu ser- sucessivamente por períodos de um ano.
viço que sejam ou venham a ser membros das associações 5- Havendo denúncia, as partes comprometem-se a iniciar
sindicais outorgantes, sendo aplicável em todo o território o processo negocial, utilizando as fases processuais que en-
nacional, com excepção da Região Autónoma dos Açores. tenderem, incluindo a arbitragem voluntária.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

CAPÍTULO II Cláusula 6.ª

Disposições gerais Categorias e carreiras profissionais


1- Os trabalhadores abrangidos pela presente convenção
Cláusula 3.ª são, em princípio, integrados nas profissões a que alude o
anexo I, devendo, desde logo, ser-lhes atribuída uma das ca-
Responsabilidade social das instituições tegorias profissionais constantes do mesmo.
As instituições devem, na medida do possível, organizar 2- Caso o trabalhador exerça funções correspondentes a
a prestação de trabalho, de forma a obter o maior grau de várias categorias profissionais, ser-lhe-á atribuída aquela que
compatibilização entre a vida familiar e a vida profissional corresponda à actividade principal para que foi contratado.
dos seus trabalhadores. 3- As carreiras profissionais dos trabalhadores abrangidos
pela presente convenção são regulamentadas no anexo II.
Cláusula 4.ª
4- Poderá verificar-se a admissão para categorias não pre-
Objecto do contrato de trabalho vistas expressamente no anexo I, se corresponderem a novas
profissões, diferenciadas relativamente ao conteúdo típico das
1- Cabe às partes definir a actividade para que o trabalha-
categorias previstas no mesmo anexo I e surgidas do desenvol-
dor é contratado.
vimento e diversificação das actividades das instituições, de-
2- Caso o contrato seja reduzido a escrito e sem prejuí-
vendo o respectivo enquadramento em nível de remuneração
zo, designadamente, do disposto na cláusula 15.ª, deve do
respeitar os princípios implícitos no anexo IV.
mesmo constar a actividade contratada, seja por indicação
expressa, seja por remissão para uma das categorias profis- Cláusula 7.ª
sionais previstas no anexo I.
Avaliação do desempenho
Cláusula 5.ª
1- As instituições podem construir um sistema de avalia-
Admissão ção do desempenho dos seus trabalhadores, subordinado aos
princípios da justiça, igualdade e imparcialidade.
1- São condições gerais de admissão:
2- A avaliação do desempenho tem por objectivo a melho-
a) Idade mínima não inferior a 16 anos;
ria da qualidade de serviços e da produtividade do trabalho,
b) Escolaridade obrigatória.
devendo ser tomada em linha de conta para efeitos de desen-
2- São condições específicas de admissão as discrimina-
volvimento profissional e de progressão na carreira.
das no anexo II, designadamente a formação profissional
3- As instituições ficam obrigadas a dar adequada publici-
adequada ao posto de trabalho ou a certificação profissional,
dade aos parâmetros a utilizar na avaliação do desempenho
quando exigidas.
e à respectiva valorização, devendo elaborar um plano que,
3- Para o preenchimento de lugares nas instituições e des-
equilibradamente, tenha em conta os interesses e expectati-
de que os trabalhadores reúnam os requisitos necessários
vas, quer das instituições, quer dos seus trabalhadores.
para o efeito, nomeadamente aptidão profissional, será dada
4- O plano de objectivos a que se reporta o número ante-
preferência:
rior será submetido ao parecer prévio de uma comissão pa-
a) Aos trabalhadores já em serviço, ainda que contratados
ritária, constituída por seis membros, três designados pelas
a tempo parcial, a fim de proporcionar a promoção e a me-
instituições e três eleitos pelos trabalhadores.
lhoria das suas condições de trabalho;
5- Para o efeito consignado no número anterior, a comis-
b) Aos trabalhadores com capacidade de trabalho reduzi-
são reúne anualmente até ao dia 31 de março.
da, pessoas com deficiência ou doença crónica;
c) Aos trabalhadores-estudantes. Cláusula 8.ª
4- Os trabalhadores com responsabilidades familiares,
com capacidade de trabalho reduzida, portadores de defici- Enquadramento e níveis de qualificação
ência ou de doença crónica, bem como os que frequentem As profissões previstas na presente convenção são enqua-
estabelecimentos de ensino secundário ou superior, têm pre- dradas em níveis de qualificação de acordo com o anexo III.
ferência na admissão em regime de tempo parcial.
Cláusula 9.ª
5- Sem prejuízo do disposto nas normas legais aplicáveis,
a instituição deverá prestar ao trabalhador, por escrito, desig- Período experimental
nadamente, as seguintes informações relativas ao seu contra-
1- Durante o período experimental, salvo acordo escrito
to de trabalho:
em contrário, qualquer das partes pode rescindir o contrato
a) Categoria profissional, incluindo nível ou escalão, se o
sem aviso prévio e sem necessidade de invocação de justa
houver;
causa, não havendo direito a qualquer indemnização.
b) Montante da retribuição, incluindo o das diuturnidades
2- Tendo o período experimental durado mais de 60 dias,
que se mostrarem devidas;
para denunciar o contrato nos termos previstos no número
c) Período normal de trabalho;
anterior a instituição tem de dar um aviso prévio de sete dias.
d) Instrumento de regulamentação colectiva de trabalho
3- O período experimental corresponde ao período inicial
aplicável.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

de execução do contrato e compreende as acções de forma- no trabalho, as medidas que decorram para a instituição da
ção ministradas pelo empregador ou frequentadas por deter- aplicação das prescrições legais e convencionais vigentes;
minação deste, desde que não excedam metade desse mesmo j) Fornecer ao trabalhador a informação e a formação ade-
período, tendo a seguinte duração: quadas à prevenção de riscos de acidente e doença;
a) 90 dias para a generalidade dos trabalhadores; k) Manter permanentemente actualizado o registo do pes-
b) 180 dias para o pessoal de direcção e quadros superiores soal em cada um dos seus estabelecimentos, com indicação
da instituição, bem assim como para os trabalhadores que dos nomes, datas de nascimento e admissão, modalidades
exerçam cargos de complexidade técnica, elevado grau de dos contratos, categorias, promoções, retribuições, datas de
responsabilidade ou funções de confiança; início e termo das férias e faltas que impliquem perda da
c) 240 dias para trabalhador que exerça cargo de direcção retribuição ou diminuição dos dias de férias.
ou chefia.
Cláusula 11.ª
4- Salvo acordo em contrário, nos contratos a termo o pe-
ríodo experimental tem a seguinte duração: Deveres do trabalhador
a) 30 dias para os contratos com duração igual ou superior
1- Sem prejuízo de outras obrigações, o trabalhador deve:
a seis meses;
a) Observar o disposto no contrato de trabalho e nas dispo-
b) 15 dias nos contratos a termo certo de duração inferior
sições legais e convencionais que o regem;
a seis meses e nos contratos a termo incerto cuja duração se
b) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade o empre-
preveja não vir a ser superior àquele limite.
gador, os superiores hierárquicos, os companheiros de traba-
5- A antiguidade do trabalhador conta-se desde o início do
lho e as demais pessoas que estejam ou entrem em relação
período experimental.
com a instituição;
6- A admissão do trabalhador considerar-se-á feita por
c) Comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade;
tempo indeterminado, não havendo lugar a período experi-
d) Realizar o trabalho com zelo e diligência;
mental, quando o trabalhador haja sido convidado para inte-
e) Cumprir as ordens e instruções do empregador em tudo
grar o quadro de pessoal da instituição, tendo para isso, com
o que respeite à execução e disciplina do trabalho, salvo na
conhecimento prévio da mesma, revogado ou rescindido
medida em que se mostrem contrárias aos seus direitos e ga-
qualquer contrato de trabalho anterior.
rantias;
f) Guardar lealdade ao empregador, nomeadamente não
CAPÍTULO III negociando por conta própria ou alheia em concorrência com
ele, nem divulgando informações relativas à instituição ou
Direitos, deveres e garantia das partes seus utentes, salvo no cumprimento de obrigação legalmente
instituída;
Cláusula 10.ª g) Velar pela conservação e boa utilização dos bens, equi-
pamentos e instrumentos relacionados com o seu trabalho;
Deveres da instituição
h) Contribuir para a optimização da qualidade dos servi-
São deveres da instituição: ços prestados pela instituição e para a melhoria do respectivo
a) Cumprir o disposto no presente contrato e na legislação funcionamento, designadamente promovendo ou executan-
aplicável; do todos os actos tendentes à melhoria da produtividade e
b) Respeitar e tratar com urbanidade e probidade o traba- participando de modo diligente nas acções de formação que
lhador; lhe forem proporcionadas pela entidade empregadora;
c) Pagar pontualmente a retribuição; i) Cooperar com a instituição na melhoria do sistema de
d) Proporcionar boas condições de trabalho, tanto do pon- segurança, higiene e saúde no trabalho, nomeadamente por
to de vista físico, como moral; intermédio dos representantes dos trabalhadores eleitos para
e) Contribuir para a elevação do nível de produtividade do esse fim;
trabalhador, nomeadamente proporcionando-lhe formação j) Cumprir as prescrições de segurança, higiene e saúde no
profissional; trabalho estabelecidas nas disposições legais ou convencio-
f) Respeitar a autonomia técnica do trabalhador que exer- nais aplicáveis, bem como as ordens dadas pelo empregador.
ça actividades cuja regulamentação profissional o exija; 2- O dever de obediência, a que se refere a alínea e) do
g) Possibilitar o desempenho de cargos em organizações número anterior, respeita tanto às ordens e instruções dadas
representativas dos trabalhadores, bem como facilitar o exer- directamente pelo empregador como às emanadas dos supe-
cício nos termos legais de actividade sindical na instituição; riores hierárquicos do trabalhador, dentro dos poderes que
h) Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em conta por aquele lhes forem atribuídos.
a protecção da segurança e saúde do trabalhador, devendo 3- O dever de participação nas acções de formação a que
indemnizá-lo dos prejuízos resultantes de acidentes de traba- se reporta a alínea h) do número 1 inclui as que forem rea-
lho e doenças profissionais, transferindo a respectiva respon- lizadas fora do horário de trabalho, salvo quando, havendo
sabilidade para uma seguradora; motivo atendível, o trabalhador expressamente solicite a sua
i) Adoptar, no que se refere à higiene, segurança e saúde dispensa.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Cláusula 12.ª respondentes à actividade para que foi contratado.


2- A actividade contratada, ainda que descrita por remis-
Garantias do trabalhador são para uma das categorias profissionais previstas no anexo
É proibido ao empregador: I, compreende as funções que lhe sejam afins ou funcional-
a) Opor-se, por qualquer forma, a que o trabalhador exer- mente ligadas, para as quais o trabalhador detenha a qualifi-
ça os seus direitos, bem como despedi-lo, aplicar-lhe outras cação profissional adequada e que não impliquem desvalori-
sanções ou tratá-lo desfavoravelmente por causa desse exer- zação pessoal ou profissional.
cício; 3- Para efeitos do número anterior, consideram-se afins
b) Obstar, injustificadamente, à prestação efectiva do tra- ou funcionalmente ligadas, designadamente, as actividades
balho; compreendidas no mesmo grupo profissional, bem como
c) Exercer pressão sobre o trabalhador para que actue no aquelas que se enquadrem num patamar que não exceda em
sentido de influir desfavoravelmente nas condições de traba- mais de um grau o nível de qualificação previsto no anexo III
lho dele ou dos companheiros; para a actividade contratada.
d) Diminuir a retribuição, baixar a categoria ou transferir 4- O disposto nos números anteriores confere ao trabalha-
o trabalhador para outro local de trabalho, salvo nos casos dor, sempre que o exercício das funções acessórias exigir
legal ou convencionalmente previstos; especiais qualificações, o direito a formação profissional não
e) Ceder trabalhadores do seu quadro de pessoal para utili- inferior a dez horas anuais.
zação de terceiros que sobre esses trabalhadores exerçam os 5- As instituições devem procurar atribuir a cada traba-
poderes de autoridade e direcção próprios do empregador ou lhador, no âmbito da actividade para que foi contratado, as
por pessoa por ele indicada, salvo nos casos especialmente funções mais adequadas às suas aptidões e qualificação pro-
previstos; fissional.
f) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a utilizar ser- 6- A determinação pelo empregador do exercício, ainda
viços fornecidos pelo empregador ou por pessoa por ele in- que acessório, das funções referidas no número 2, a que cor-
dicada; responda uma retribuição mais elevada ou qualquer outra
g) Explorar, com fins lucrativos, quaisquer cantinas, refei- regalia, confere ao trabalhador o direito a esse mesmo trata-
tórios, economatos ou outros estabelecimentos directamente mento, enquanto tal exercício se mantiver.
relacionados com o trabalho para fornecimento de bens ou 7- Sempre que haja uma alteração consistente da activida-
prestação de serviços aos trabalhadores; de principal para que o trabalhador foi contratado, deverá a
h) Fazer cessar o contrato e readmitir o trabalhador, mes- instituição proceder à respectiva reclassificação profissional,
mo com o seu acordo, havendo o propósito de o prejudicar não podendo daí resultar a baixa de categoria.
em direitos ou garantias decorrentes da antiguidade. 8- Presume-se consistente a alteração da actividade princi-
pal para que o trabalhador foi contratado sempre que decorra
Cláusula 13.ª
um período superior a seis meses sobre o início da mesma.
Remissão 9- A presunção a que se reporta o número anterior pode ser
elidida pela instituição, competindo-lhe a prova da natureza
Às matérias relativas à celebração de contratos a termo,
transitória da alteração.
ao exercício do direito de desenvolver actividade sindical na
10- A reclassificação produz efeitos por iniciativa da insti-
instituição, ao exercício do direito à greve, à suspensão do
tuição ou, sendo caso disso, a partir da data de requerimento
contrato de trabalho por impedimento respeitante à entidade
do trabalhador interessado nesse sentido.
empregadora ou ao trabalhador e à cessação dos contratos
de trabalho, entre outras, não especialmente reguladas nesta Cláusula 16.ª
convenção, são aplicáveis as normas legais em vigor a cada
momento. Mobilidade funcional
1- Salvo estipulação escrita em contrário, a entidade em-
CAPÍTULO IV pregadora pode, quando o interesse da instituição o exija,
encarregar temporariamente o trabalhador de funções não
Prestação do trabalho compreendidas na actividade contratada, desde que tal mu-
dança não implique modificação substancial da posição do
Cláusula 14.ª trabalhador.
2- O disposto no número anterior não pode implicar dimi-
Poder de direcção nuição da retribuição, tendo o trabalhador direito a usufruir
Compete às instituições, dentro dos limites decorrentes das vantagens inerentes à actividade temporariamente de-
do contrato e das normas que o regem, fixar os termos em sempenhada, ficando, no entanto, obrigado ao desempenho
que deve ser prestado o trabalho. das tarefas que vinha exercendo.
3- A entidade empregadora deve indicar ao trabalhador os
Cláusula 15.ª motivos justificativos e a duração previsível da ordem a que
Funções desempenhadas
se reporta o número 1.
1- O trabalhador deve, em princípio, exercer funções cor-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Cláusula 17.ª ção, na parte que vá além do percurso usual entre a residên-
cia do trabalhador e o seu local habitual de trabalho;
Mudança de categoria b) Ao fornecimento ou pagamento das refeições, conso-
1- O trabalhador só pode ser colocado em categoria infe- ante as horas ocupadas, podendo a entidade empregadora
rior àquela para que foi contratado ou a que foi promovido exigir documento comprovativo da despesa efectuada para
quando tal mudança, imposta por necessidades prementes da efeitos de reembolso;
instituição ou por estrita necessidade do trabalhador, seja por c) Ao pagamento da retribuição equivalente ao período
este aceite e autorizada pela entidade competente em matéria que decorrer entre a saída e o regresso à residência, deduzido
laboral. do tempo habitualmente gasto nas viagens de ida e regresso
2- Salvo disposição em contrário, o trabalhador não adqui- do local de trabalho.
re a categoria correspondente às funções que exerça tempo- 2- Os limites máximos do montante do reembolso previsto
rariamente. na alínea b) do número anterior serão previamente acordados
entre os trabalhadores e a entidade empregadora, observan-
Cláusula 18.ª
do-se critérios de razoabilidade.
Local de trabalho Cláusula 22.ª
1- O trabalhador deve, em princípio, realizar a sua presta-
ção no local de trabalho contratualmente definido. Deslocações sem regresso diário à residência
2- Na falta de indicação expressa, considera-se local de O trabalhador deslocado sem regresso diário à residência
trabalho o que resultar da natureza da actividade do traba- tem direito:
lhador e da necessidade da instituição que tenha levado à sua a) Ao pagamento ou fornecimento integral da alimentação
admissão, desde que aquela fosse ou devesse ser conhecida e do alojamento;
do trabalhador. b) Ao transporte gratuito ou reembolso das despesas de
3- O trabalhador encontra-se adstrito às deslocações ine- transporte realizadas, nos termos previamente acordados
rentes às suas funções ou indispensáveis à sua formação pro- com a entidade empregadora;
fissional. c) Ao pagamento de um subsídio correspondente a 20 %
da retribuição diária.
Cláusula 19.ª
Cláusula 23.ª
Trabalhador com local de trabalho não fixo
Nos casos em que o trabalhador exerça a sua actividade Mobilidade geográfica
indistintamente em diversos lugares, terá direito ao paga- 1- A instituição pode, quando o seu interesse assim o exija,
mento das despesas e à compensação de todos os encargos transferir o trabalhador para outro local de trabalho, se essa
directamente decorrentes daquela situação, desde que tal te- transferência não implicar prejuízo sério para o trabalhador.
nha sido expressamente acordado com a instituição. 2- A instituição pode, ainda, transferir o trabalhador para
outro local de trabalho se a alteração resultar da mudança, to-
Cláusula 20.ª
tal ou parcial, do estabelecimento onde aquele presta serviço.
Deslocações 3- No caso previsto no número anterior, o trabalhador pode
resolver o contrato com justa causa se houver prejuízo sério,
1- A realização transitória da prestação de trabalho fora do
tendo nesse caso direito à indemnização legalmente prevista.
local de trabalho designa-se por deslocação.
4- A instituição deve custear as despesas do trabalhador
2- Consideram-se deslocações com regresso diário à resi-
impostas pela transferência decorrentes do acréscimo dos
dência aquelas em que o período de tempo despendido, in-
custos de deslocação e resultantes da mudança de residência.
cluindo a prestação de trabalho e as viagens impostas pela
5- A transferência do trabalhador entre os serviços ou
deslocação, não ultrapasse em mais de duas horas o período
equipamentos da mesma instituição não afecta a respectiva
normal de trabalho, acrescido do tempo consumido nas via-
antiguidade, contando para todos os efeitos a data de admis-
gens habituais.
são na mesma.
3- Consideram-se deslocações sem regresso diário à resi-
6- Em caso de transferência temporária, a respectiva or-
dência as não previstas no número anterior, salvo se o tra-
dem, além da justificação, deve conter o tempo previsível da
balhador optar pelo regresso à residência, caso em que será
alteração, que, salvo condições especiais, não pode exceder
aplicável o regime estabelecido para as deslocações com re-
seis meses.
gresso diário à mesma.
Cláusula 24.ª
Cláusula 21.ª
Comissão de serviço
Deslocações com regresso diário à residência
1- Podem ser exercidos em comissão de serviço os cargos
1- Os trabalhadores deslocados nos termos do número 2 da
de administração ou equivalentes, de direcção técnica ou de
cláusula anterior terão direito:
coordenação de equipamentos, bem como as funções de se-
a) Ao pagamento das despesas de transporte de ida e volta
cretariado pessoal relativamente aos titulares desses cargos
ou à garantia de transporte gratuito fornecido pela institui-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

e, ainda, as funções de chefia ou outras cuja natureza pressu- Cláusula 27.ª


ponha especial relação de confiança com a instituição.
2- Gozam de preferência para o exercício dos cargos e fun- Adaptabilidade
ções previstos no número anterior os trabalhadores já ao ser- 1- O período normal de trabalho pode ser definido em ter-
viço da instituição, vinculados por contrato de trabalho por mos médios, tendo como referência períodos de quatro me-
tempo indeterminado ou por contrato de trabalho a termo, ses.
com antiguidade mínima de três meses. 2- No caso previsto no número anterior, o período normal
de trabalho diário pode ser aumentado até ao limite máximo
CAPÍTULO V de três horas, sem que a duração do trabalho semanal exceda
cinquenta horas, só não contando para este limite o trabalho
Duração do trabalho suplementar prestado por motivo de força maior, salvo nas
seguintes situações:
Cláusula 25.ª –– Pessoal operacional de vigilância, transportes e trata-
mento de sistemas electrónicos de segurança, designada-
Período normal de trabalho mente quando se trate de guardas ou porteiros;
1- Os limites máximos dos períodos normais de trabalho –– Pessoal cujo trabalho seja acentuadamente intermitente
semanal dos trabalhadores abrangidos pela presente conven- ou de simples presença;
ção são os seguintes: –– Pessoal que preste serviço em actividades em que se
a) Trinta e cinco horas - para médicos, psicólogos e so- mostre absolutamente incomportável a sujeição do seu perí-
ciólogos, trabalhadores com funções técnicas, enfermeiros, odo de trabalho a esses limites.
técnicos superiores de reabilitação e emprego protegido e de 3- As comissões de trabalhadores ou os delegados sindi-
diagnóstico e terapêutica, técnicos superiores de animação cais devem ser consultados previamente sobre organização e
sócio-cultural, educação social e mediação social, bem como definição dos mapas de horário de trabalho.
para os assistente sociais; 4- Nas situações de cessação do contrato de trabalho no
b) Trinta e seis horas - para os restantes trabalhadores so- decurso do período de referência, o trabalhador será com-
ciais; pensado no montante correspondente à diferença de remu-
c) Trinta e sete horas - para os ajudantes de acção directa; neração entre as horas que tenha efectivamente trabalhado
d) Trinta e oito horas - para trabalhadores administrativos, naquele mesmo período e aquelas que teria praticado caso o
trabalhadores de apoio, restantes trabalhadores de habilita- seu período normal de trabalho não tivesse sido definido em
ção, reabilitação e emprego protegido e de diagnóstico e te- termos médios.
rapêutica, auxiliares de educação e prefeitos; Cláusula 28.ª
e) Quarenta horas - para os restantes trabalhadores.
2- São salvaguardados os períodos normais de trabalho Período normal de trabalho dos trabalhadores com funções
com menor duração praticados à data da entrada em vigor da pedagógicas
presente convenção. 1- Para os trabalhadores com funções pedagógicas o perí-
Cláusula 26.ª odo normal de trabalho semanal é o seguinte:
a) Educador de infância - trinta e cinco horas, sendo trinta
Fixação do horário de trabalho horas destinadas a trabalho directo com as crianças e as res-
1- Compete às entidades empregadoras estabelecer os ho- tantes a outras actividades, incluindo estas, designadamente,
rários de trabalho, dentro dos condicionalismos da lei e do a preparação daquele trabalho e, ainda, o acompanhamento e
presente contrato. a avaliação individual das crianças, bem como o atendimen-
2- Sempre que considerem adequado ao respectivo fun- to das famílias;
cionamento, as instituições deverão desenvolver os horários b) Professor do 1.º ciclo do ensino básico - vinte e cinco
de trabalho em cinco dias semanais, entre segunda-feira e horas lectivas semanais e três horas para coordenação;
sexta-feira. c) Professor dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico - vinte
3- Sem prejuízo das alterações legalmente permitidas, as e duas horas lectivas semanais mais quatro horas mensais
instituições ficam obrigadas a elaborar e afixar, em local destinadas a reuniões;
acessível aos trabalhadores, um mapa anual de horário de d) Professor do ensino secundário - vinte horas lectivas
trabalho. semanais mais quatro horas mensais destinadas a reuniões;
4- Na elaboração dos horários de trabalho devem ser pon- e) Professor do ensino especial - vinte e duas horas lecti-
deradas as preferências manifestadas pelos trabalhadores. vas semanais, acrescidas de três horas semanais exclusiva-
5- As comissões de trabalhadores ou os delegados sindi- mente destinadas à preparação de aulas.
cais devem ser consultados previamente sobre a organização 2- Para além dos tempos referidos no número anterior, o
e definição dos horários de trabalho. período normal de trabalho dos trabalhadores com funções
pedagógicas inclui, ainda, as reuniões de avaliação, uma

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

reunião trimestral com encarregados de educação e, salvo outras actividades indicadas pela direcção da instituição,
no que diz respeito aos educadores de infância, o serviço de preferencialmente de natureza técnico-pedagógica.
exames. 4- Haverá lugar à redução do horário de trabalho dos pro-
fessores sempre que seja invocada e comprovada a necessi-
Cláusula 29.ª
dade de cumprimento de imposições legais ou de obrigações
Particularidades do regime de organização do trabalho dos voluntariamente contraídas antes do início do ano lectivo,
professores dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário desde que conhecidas da entidade empregadora, de harmonia
1- Aos professores dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e com as necessidades de serviço.
do ensino secundário será assegurado, em cada ano lectivo, 5- A instituição não poderá impor ao professor um horário
um período de trabalho lectivo semanal igual àquele que ha- normal de trabalho que ocupe os três períodos de aulas (ma-
jam praticado no ano lectivo imediatamente anterior. nhã, tarde e noite) ou que contenha mais de cinco horas de
2- O período de trabalho a que se reporta o número ante- aulas seguidas ou de sete interpoladas.
rior poderá ser reduzido quanto aos professores com número 6- Os professores dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do
de horas de trabalho semanal superior aos mínimos dos pe- ensino secundário não poderão ter um horário lectivo supe-
ríodos normais de trabalho definidos, mas o período normal rior a trinta e três horas, ainda que leccionem em mais de um
de trabalho semanal assegurado não poderá ser inferior a este estabelecimento de ensino.
limite. 7- O não cumprimento do disposto no número anterior
3- Quando não for possível assegurar a um destes profes- constitui justa causa de rescisão de contrato, quando se de-
sores o período de trabalho lectivo semanal que tiver desen- ver à prestação de falsas declarações ou à não declaração de
volvido no ano anterior, em consequência, entre outros, da acumulação pelo professor.
alteração do currículo ou da diminuição das necessidades de Cláusula 31.ª
docência de uma disciplina, ser-lhe-á assegurado, se nisso
manifestar interesse, o mesmo número de horas de trabalho Redução de horário lectivo para professores com funções especiais
semanal que no ano transacto, sendo as horas excedentes 1- O horário lectivo dos professores referidos nas alíne-
aplicadas em outras actividades, preferencialmente de natu- as c) e d) do número 1 da cláusula 28.ª será reduzido num
reza técnico-pedagógica. mínimo de duas horas semanais, sempre que desempenhem
4- Salvo acordo em contrário, o horário dos professores, funções de direcção de turma ou coordenação pedagógica
uma vez atribuído, manter-se-á inalterado até à conclusão do (delegados de grupo ou disciplina ou outras).
ano escolar. 2- As horas de redução referidas no número anterior fa-
5- Caso se verifiquem alterações que se repercutam no ho- zem parte do horário normal de trabalho, não podendo ser
rário lectivo e daí resultar diminuição do número de horas de consideradas como trabalho suplementar, salvo e na medida
trabalho lectivo, o professor deverá completar as suas horas em que resultar excedido o limite de vinte e cinco horas se-
de serviço lectivo mediante desempenho de outras activida- manais.
des definidas pela direcção da instituição, preferencialmente
de natureza técnico-pedagógica. Cláusula 32.ª
6- No preenchimento das necessidades de docência, de-
Trabalho a tempo parcial
vem as instituições dar preferência aos professores com ho-
rário de trabalho a tempo parcial, desde que estes possuam os 1- É livre a celebração de contratos de trabalho a tempo
requisitos legais exigidos. parcial.
2- Considera-se trabalho a tempo parcial o que correspon-
Cláusula 30.ª da a um período normal de trabalho semanal igual ou infe-
rior a 75 % do praticado a tempo completo numa situação
Regras quanto à elaboração dos horários dos professores dos 2.º e 3.º
ciclos do ensino básico e do ensino secundário
comparável.
3- O trabalho a tempo parcial pode, salvo estipulação em
1- A organização do horário dos professores será a que contrário, ser prestado em todos ou alguns dias da semana,
resultar da elaboração dos horários das aulas, tendo-se em sem prejuízo do descanso semanal, devendo o número de
conta as exigências do ensino, as disposições aplicáveis e a dias de trabalho ser fixado por acordo.
consulta aos professores nos casos de horário incompleto. 4- Aos trabalhadores em regime de tempo parcial aplicam-
2- Salvo acordo em contrário, os horários de trabalho dos -se todos os direitos e regalias previstos na presente conven-
professores a que a presente cláusula se reporta deverão ser ção colectiva, ou praticados nas instituições, na proporção do
organizados por forma a impedir que os mesmos sejam sujei- tempo de trabalho prestado, em relação ao tempo completo,
tos a intervalos sem aulas que excedam uma hora diária, até incluindo, nomeadamente, a retribuição mensal e as demais
ao máximo de duas horas semanais. prestações de natureza pecuniária.
3- Sempre que se mostrem ultrapassados os limites fixados 5- A retribuição dos trabalhadores em regime de tempo
no número anterior, considerar-se-á como tempo efectivo de parcial não poderá ser inferior à fracção de regime de traba-
serviço o período correspondente aos intervalos registados, lho em tempo completo correspondente ao período de traba-
sendo que o professor deverá nesses períodos desempenhar lho ajustado.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Cláusula 33.ª 3- O disposto no número anterior é aplicável aos auxiliares


de educação que a 30 de junho de 2005 pratiquem o intervalo
Contratos de trabalho a tempo parcial de descanso a que o mesmo se reporta.
1- O contrato de trabalho a tempo parcial deve revestir for- 4- Salvo disposição legal em contrário, por acordo entre
ma escrita, ficando cada parte com um exemplar, e conter a a instituição e os trabalhadores, pode ser estabelecida a dis-
indicação do período normal de trabalho diário e semanal pensa ou a redução dos intervalos de descanso.
com referência comparativa ao trabalho a tempo completo.
Cláusula 36.ª
2- Quando não tenha sido observada a forma escrita, pre-
sume-se que o contrato foi celebrado por tempo completo. Trabalho suplementar
3- Se faltar no contrato a indicação do período normal de
1- Salvo disposição legal em contrário, considera-se traba-
trabalho semanal, presume-se que o contrato foi celebrado
lho suplementar todo aquele que é prestado, por solicitação
para a duração máxima do período normal de trabalho admi-
do empregador, fora do período normal de trabalho.
tida para o contrato a tempo parcial.
2- Os trabalhadores estão obrigados à prestação de traba-
4- O trabalhador a tempo parcial pode passar a trabalhar
lho suplementar, salvo quando, havendo motivos atendíveis,
a tempo completo, ou o inverso, a título definitivo ou por
expressamente solicitem a sua dispensa.
período determinado, mediante acordo escrito com o empre-
3- Considera-se motivo atendível, nomeadamente, o facto
gador.
de o trabalhador ser portador de deficiência ou doença cró-
5- Os trabalhadores em regime de trabalho a tempo parcial
nica que determine um grau de esforço inerente à prestação
podem exercer actividade profissional noutras empresas ou
de trabalho suplementar que ponha em causa a respectiva
instituições.
integridade física.
6- Sem prejuízo do disposto na cláusula 25.ª, e do caso
4- Não estão sujeitas à obrigação estabelecida no número 2
previsto no número anterior, os horários de trabalho dos tra-
as seguintes categorias de trabalhadores:
balhadores a tempo parcial consideram-se individualmente
a) Mulheres grávidas, bem como trabalhador ou trabalha-
acordados.
dora com filhos com idade inferior a 1 ano;
Cláusula 34.ª b) Menores;
c) Trabalhadores-estudantes.
Isenção de horário de trabalho 5- O trabalho suplementar só pode ser prestado quando as
1- Por acordo escrito, podem ser isentos de horário de tra- instituições tenham de fazer face a acréscimos eventuais e
balho os trabalhadores que se encontrem numa das seguintes transitórios de trabalho que não justifiquem a admissão de
situações: trabalhador, bem assim como em casos de força maior ou
a) Exercício de cargos de administração, de direcção, de quando se torne indispensável para a viabilidade da insti-
confiança, de fiscalização ou de apoio aos titulares desses tuição ou para prevenir ou reparar prejuízos graves para a
cargos, bem como os trabalhadores com funções de chefia; mesma.
b) Execução de trabalhos preparatórios ou complementa- 6- Quando o trabalhador tiver prestado trabalho suple-
res que, pela sua natureza, só possam ser efectuados fora dos mentar na sequência do seu período normal de trabalho, não
limites dos horários normais de trabalho; deverá reiniciar a respectiva actividade antes que tenham de-
c) Exercício regular da actividade fora do estabelecimen- corrido, pelo menos, onze horas.
to, sem controlo imediato da hierarquia. 7- A instituição fica obrigada a indemnizar o trabalhador
2- Os trabalhadores isentos de horário de trabalho não es- por todos os encargos decorrentes do trabalho suplementar,
tão sujeitos aos limites máximos dos períodos normais de designadamente dos que resultem de necessidades especiais
trabalho, mas a isenção não prejudica o direito aos dias de de transporte ou de alimentação.
descanso semanal, aos feriados obrigatórios e aos dias e 8- O trabalho prestado em cada dia de descanso semanal
meios dias de descanso semanal complementar. ou feriado não poderá exceder o período de trabalho normal.
3- Os trabalhadores isentos de horário de trabalho têm di-
Cláusula 37.ª
reito à remuneração especial prevista na cláusula 64.ª
Cláusula 35.ª Descanso compensatório
1- Nas instituições com mais de 10 trabalhadores, a presta-
Intervalo de descanso ção de trabalho suplementar em dia útil, em dia de descanso
1- O período de trabalho diário deverá ser interrompido complementar e em dia feriado confere ao trabalhador o di-
por um intervalo de duração não inferior a uma hora nem reito a um descanso compensatório remunerado, correspon-
superior a duas, de modo que os trabalhadores não prestem dente a 25 % das horas de trabalho suplementar realizado.
mais de cinco horas de trabalho consecutivo 2- O descanso compensatório vence-se quando perfizer um
2- Para os motoristas, auxiliares de educação, ajudantes de número de horas igual ao período normal de trabalho diário e
acção educativa e outros trabalhadores de apoio adstritos ao deve ser gozado nos 90 dias seguintes.
serviço de transporte de utentes e para os trabalhadores com 3- Nos casos de prestação de trabalho em dias de descanso
profissões ligadas a tarefas de hotelaria poderá ser estabele- semanal obrigatório, o trabalhador terá direito a um dia de
cido um intervalo de duração superior a duas horas. descanso compensatório remunerado, a gozar num dos três

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

dias úteis seguintes. e quando o interesse da instituição o justifique, prestar um


4- Na falta de acordo, o dia de descanso compensatório máximo de três noites seguidas.
será fixado pela instituição.
Cláusula 40.ª
5- Por acordo entre o empregador e o trabalhador, quando
o descanso compensatório for devido por trabalho suplemen- Jornada contínua
tar não prestado em dias de descanso semanal, obrigatório
1- A jornada contínua consiste na prestação ininterrupta de
ou complementar, pode o mesmo ser substituído pelo paga-
trabalho, salvo num período de descanso de trinta minutos
mento da remuneração correspondente com acréscimo não
para refeição dentro do próprio estabelecimento ou serviço,
inferior a 100 %.
que, para todos os efeitos, se considera tempo de trabalho.
Cláusula 38.ª 2- A jornada contínua pode ser adoptada pelas instituições
nos casos em que tal modalidade se mostre adequada às res-
Trabalho nocturno pectivas necessidades de funcionamento.
1- Considera-se nocturno o trabalho prestado entre as 21 3- A adopção do regime de jornada contínua não prejudica
horas e as 7 horas do dia seguinte. o disposto nesta convenção sobre remuneração de trabalho
2- Considera-se também trabalho nocturno aquele que for nocturno e de trabalho suplementar.
prestado depois das 7 horas, desde que em prolongamento de
um período nocturno. CAPÍTULO VI
Cláusula 39.ª
Suspensão da prestação de trabalho
Trabalho por turnos rotativos
1- Sempre que as necessidades de serviço o determinarem, Cláusula 41.ª
as instituições podem organizar a prestação do trabalho em
Descanso semanal
regime de turnos rotativos.
2- Apenas é considerado trabalho em regime de turnos ro- 1- O dia de descanso semanal obrigatório deve, em regra,
tativos aquele em que o trabalhador fica sujeito à variação coincidir com o domingo.
contínua ou descontínua dos seus períodos de trabalho pelas 2- Pode deixar de coincidir com o domingo o dia de des-
diferentes partes do dia. canso semanal obrigatório dos trabalhadores necessários
3- Os turnos deverão, na medida do possível, ser organiza- para assegurar o normal funcionamento da instituição.
dos de acordo com os interesses e as preferências manifesta- 3- No caso previsto no número anterior, a instituição as-
dos pelos trabalhadores. segurará aos seus trabalhadores o gozo do dia de repouso
4- A duração do trabalho de cada turno não pode ultrapas- semanal ao domingo, no mínimo, de sete em sete semanas.
sar os limites máximos dos períodos normais de trabalho e 4- Para além do dia de descanso obrigatório será concedido
o pessoal só poderá ser mudado de turno após o dia de des- ao trabalhador um dia de descanso semanal complementar.
canso semanal. 5- O dia de descanso complementar, para além de reparti-
5- A prestação de trabalho em regime de turnos rotativos do, pode ser diária e semanalmente descontinuado.
confere ao trabalhador o direito a um especial complemento 6- O dia de descanso semanal obrigatório e o dia ou meio
de retribuição, salvo nos casos em que a rotação se mostre dia de descanso complementar serão gozados nos termos
ligada aos interesses dos trabalhadores e desde que a duração previstos nos mapas de horário de trabalho, devendo efec-
dos turnos seja fixada por períodos não inferiores a quatro tivar-se consecutivamente, pelo menos, uma vez de sete em
meses. sete semanas e ser assegurada a aplicação do princípio da
6- Os trabalhadores em trabalho por turnos, se for em regi- rotatividade por forma a beneficiar alternadamente todos os
me de jornada contínua, têm um intervalo para refeições de trabalhadores.
30 minutos, considerado como tempo de trabalho, de forma a Cláusula 42.ª
que se mantenham disponíveis para exercer a sua actividade
normal em caso de necessidade. Feriados
7- O horário de trabalho dos enfermeiros que trabalhem no 1- Deverão ser observados como feriados obrigatórios os
regime de turnos contínuos, em estabelecimento de saúde, dias 1 de janeiro, Terça-Feira de Carnaval, Sexta-Feira San-
inclui um período de 15 minutos, destinado à transmissão de ta, Domingo de Páscoa, 25 de abril, 1 de maio, Corpo de
informação relevante ao enfermeiro que assegurará o turno Deus (festa móvel), 10 de junho, 15 de agosto, 5 de outubro,
seguinte, para assegurar a continuidade da prestação do ser- 1 de novembro, 1, 8 e 25 de dezembro e o feriado municipal.
viço. 2- O feriado de Sexta-Feira Santa poderá ser observado
8- Nos estabelecimentos de saúde, os turnos devem ser noutro dia com significado local no período da Páscoa.
organizados preferencialmente de forma a que nenhum tra- 3- Em substituição do feriado municipal ou da Terça-Feira
balhador de saúde preste serviço, em cada semana, e em de Carnaval poderá ser observado, a título de feriado, qual-
período exclusivamente nocturno, mais do que duas noites quer outro dia em que acordem a instituição e os trabalha-
seguidas, podendo, em casos devidamente fundamentados dores.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Cláusula 43.ª gador e trabalhador.


2- Na falta de acordo, cabe ao empregador marcar as férias
Direito a férias e elaborar o respectivo mapa, ouvindo para o efeito a comis-
1- O trabalhador tem direito a um período de férias retribu- são de trabalhadores ou os delegados sindicais.
ídas em cada ano civil. 3- Sem prejuízo do disposto no número anterior, o empre-
2- O direito a férias adquire-se com a celebração do con- gador só pode marcar o período de férias entre 1 de maio e
trato de trabalho e vence-se no dia 1 de janeiro de cada ano 31 de outubro, salvo parecer favorável em contrário daquelas
civil. entidades.
3- No ano da contratação, o trabalhador tem direito, após 4- Na marcação das férias, os períodos mais pretendidos
seis meses completos de execução do contrato, a gozar 2 dias devem ser rateados, sempre que possível, beneficiando, al-
úteis de férias por cada mês de duração do contrato, até ao ternadamente, os trabalhadores em função dos períodos go-
máximo de 20 dias úteis. zados nos dois anos anteriores.
4- No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de decor- 5- Salvo se houver prejuízo grave para o empregador, de-
rido o prazo referido no número anterior ou antes de gozado vem gozar férias em idêntico período os cônjuges e os filhos
o direito a férias, pode o trabalhador usufruí-lo até 30 de ju- que trabalhem na mesma empresa ou estabelecimento, bem
nho do ano civil subsequente. como as pessoas que vivam em união de facto ou economia
5- Em caso de cessação do contrato de trabalho, as insti- comum nos termos previstos em legislação especial.
tuições ficam obrigadas a proporcionar o gozo de férias no 6- O gozo do período de férias pode ser interpolado, por
momento imediatamente anterior. acordo entre empregador e trabalhador e desde que sejam
gozados, no mínimo, 10 dias úteis consecutivos.
Cláusula 44.ª
7- O mapa de férias, com indicação do início e termo dos
Duração do período de férias períodos de férias de cada trabalhador, deve ser elaborado
até 15 de abril de cada ano e afixado nos locais de trabalho
1- O período anual de férias tem a duração mínima de 22
entre esta data e 31 de outubro.
dias úteis.
8- A instituição deverá marcar as férias do trabalhador-es-
2- Para efeitos de férias, são úteis os dias da semana de
tudante respeitando o cumprimento das obrigações escola-
segunda-feira a sexta-feira, com excepção dos feriados, não
res, salvo se daí resultar incompatibilidade com o seu plano
podendo as férias ter início em dia de descanso semanal do
de férias.
trabalhador.
9- A instituição pode marcar as férias dos trabalhadores da
3- A duração do período de férias é aumentada no caso
agricultura para os períodos de menor actividade agrícola.
de o trabalhador não ter faltado ou na eventualidade de ter
apenas faltas justificadas, no ano a que as férias se reportam, Cláusula 47.ª
nos seguintes termos:
a) Três dias de férias até ao máximo de uma falta ou dois Férias dos trabalhadores com funções pedagógicas
meios dias; 1- O período de férias dos professores e dos prefeitos deve
b) Dois dias de férias até ao máximo de duas faltas ou qua- ser marcado no período compreendido entre a conclusão do
tro meios dias; processo de avaliação final dos alunos e o início do ano es-
c) Um dia de férias até ao máximo de três faltas ou seis colar.
meios dias. 2- O período de férias dos educadores de infância deverá,
4- Caso os dias de descanso do trabalhador coincidam com por via de regra, ser marcado entre 15 de junho e 15 de se-
dias úteis, são considerados para os efeitos do cálculo dos tembro.
dias de férias, em substituição daqueles, os sábados e domin-
Cláusula 48.ª
gos que não sejam feriados.
5- Para efeitos do número anterior são equiparadas a faltas Férias e impedimento prolongado
os dias de suspensão do contrato de trabalho por facto respei-
1- No ano da suspensão do contrato de trabalho por im-
tante ao trabalhador.
pedimento prolongado, respeitante ao trabalhador, se se ve-
Cláusula 45.ª rificar a impossibilidade total ou parcial do gozo do direito
a férias já vencido, o trabalhador tem direito à retribuição
Encerramento da instituição ou do estabelecimento correspondente ao período de férias não gozado e respectivo
As instituições podem encerrar total ou parcialmente os subsídio.
seus serviços e equipamentos, entre 1 de maio e 31 de outu- 2- No ano da cessação do impedimento prolongado o tra-
bro, pelo período necessário à concessão das férias dos res- balhador tem direito após a prestação de seis meses de efec-
pectivos trabalhadores. tivo serviço ao período de férias e respectivo subsídio.
3- No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de decor-
Cláusula 46.ª
rido o prazo referido no número anterior ou antes de goza-
Marcação do período de férias do o direito a férias, pode o trabalhador usufruí-lo até 30 de
abril do ano civil subsequente.
1- O período de férias é marcado por acordo entre empre-
4- Cessando o contrato após impedimento prolongado res-

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peitante ao trabalhador, este tem direito à retribuição e ao tas, sogros, genros e noras);
subsídio de férias correspondentes ao tempo de serviço pres- c) As dadas até dois dias consecutivos por falecimento de
tado no ano de início da suspensão. outro parente ou afim da linha recta ou do 2.º grau da linha
colateral (avós e bisavós, netos e bisnetos, irmãos e cunha-
Cláusula 49.ª
dos) e de outras pessoas que vivam em comunhão de vida e
Efeitos da cessação do contrato de trabalho habitação com o trabalhador;
d) As dadas ao abrigo do regime jurídico do trabalhador-
1- Cessando o contrato de trabalho, o trabalhador tem di-
-estudante;
reito a receber a retribuição correspondente a um período de
e) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho
férias, proporcional ao tempo de serviço prestado até à data
devido a facto que não seja imputável ao trabalhador, nome-
da cessação, bem como ao respectivo subsídio.
adamente nos casos de:
2- Se o contrato cessar antes de gozado o período de férias
1) Doença, acidente ou cumprimento de obrigações legais;
vencido no início do ano da cessação, o trabalhador tem ain-
2) Prestação de assistência inadiável e imprescindível, até
da direito a receber a retribuição e o subsídio corresponden-
15 dias por ano, a cônjuge, a parente ou afim na linha recta
tes a esse período, o qual é sempre considerado para efeitos
ascendente (avô, bisavô do trabalhador ou do homem/mulher
de antiguidade.
deste), a parente ou afim do 2.º grau da linha colateral (irmão
Cláusula 50.ª do trabalhador ou do homem/mulher deste), a filho, adoptado
ou enteado com mais de 12 anos de idade;
Faltas - Noção 3) Detenção ou prisão preventiva, caso se não venha a ve-
1- Falta é a ausência do trabalhador no local de trabalho e rificar decisão condenatória;
durante o período em que devia desempenhar a actividade a f) As ausências não superiores a quatro horas e só pelo
que está adstrito. tempo estritamente necessário para deslocação à escola do
2- Nos casos de ausência do trabalhador por períodos infe- responsável pela educação de menor, uma vez por trimestre,
riores ao período de trabalho a que está obrigado, os respecti- a fim de se inteirar da respectiva situação educativa;
vos tempos são adicionados para determinação dos períodos g) As dadas pelos trabalhadores eleitos para as estruturas
normais de trabalho diário em falta. de representação colectiva, nos termos das normas legais
3- Para efeito do disposto no número anterior, caso os pe- aplicáveis;
ríodos de trabalho diário não sejam uniformes, considera-se h) As dadas por candidatos a eleições para cargos públicos,
sempre o de menor duração relativo a um dia completo de durante o período legal da respectiva campanha eleitoral;
trabalho. i) As dadas pelo período adequado à dádiva de sangue;
4- O período de ausência a considerar no caso de um tra- j) As dadas ao abrigo do regime jurídico do voluntariado
balhador docente não comparecer a uma reunião de presença social;
obrigatória é de duas horas. k) As autorizadas ou aprovadas pelo empregador;
5- Relativamente aos professores dos 2.º e 3.º ciclos do l) As que por lei forem como tal qualificadas.
ensino básico e do ensino secundário será tido como dia de 3- No caso de o trabalhador ter prestado já o 1.º período
falta a ausência ao serviço por cinco horas lectivas seguidas de trabalho aquando do conhecimento dos motivos consi-
ou interpoladas. derados nas alíneas b) e c) do número 2 desta cláusula, o
6- O regime previsto no número anterior não se aplica aos período de faltas a considerar só começa a contar a partir do
professores com horário incompleto, relativamente aos quais dia seguinte.
se contará um dia de falta quando o número de horas lectivas 4- São consideradas injustificadas as faltas não previstas
de ausência perfizer o resultado da divisão do número de ho- no número 2.
ras lectivas semanais por cinco.
Cláusula 52.ª
7- São também consideradas faltas as provenientes de re-
cusa infundada de participação em acções de formação ou Comunicação das faltas justificadas
cursos de aperfeiçoamento ou reciclagem.
1- As faltas justificadas, quando previsíveis, serão obri-
Cláusula 51.ª gatoriamente comunicadas à instituição com a antecedência
mínima de cinco dias.
Tipos de faltas 2- Quando imprevistas, as faltas justificadas serão obriga-
1- As faltas podem ser justificadas e injustificadas. toriamente comunicadas à instituição logo que possível.
2- São consideradas faltas justificadas: 3- A comunicação tem de ser reiterada para as faltas justi-
a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casa- ficadas imediatamente subsequentes às previstas nas comu-
mento; nicações indicadas nos números anteriores.
b) As dadas até cinco dias consecutivos por falecimento
Cláusula 53.ª
de cônjuge não separado de pessoas e bens ou de pessoa que
viva em união de facto com o trabalhador, nos termos de Prova das faltas justificadas
legislação específica, ou afim no 1.º grau da linha recta (pais
1- O empregador pode, nos 15 dias seguintes à comunica-
e filhos, mesmo que adoptivos, enteados, padrastos, madras-
ção referida no artigo anterior, exigir ao trabalhador prova

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

dos factos invocados para a justificação. Cláusula 55.ª


2- A prova da situação de doença prevista na alínea e) da
cláusula 51.ª é feita por estabelecimento hospitalar, por de- Efeitos das faltas injustificadas
claração do centro de saúde ou por atestado médico. 1- As faltas injustificadas constituem violação do dever
3- A doença referida no número anterior pode ser fisca- de assiduidade e determinam perda da retribuição corres-
lizada por médico, mediante requerimento do empregador pondente ao período de ausência, o qual será descontado na
dirigido à Segurança Social. antiguidade do trabalhador.
4- No caso de a Segurança Social não indicar o médico a 2- Tratando-se de faltas injustificadas a um ou meio perí-
que se refere o número anterior no prazo de vinte e quatro odo normal de trabalho diário, imediatamente anteriores ou
horas, o empregador designa o médico para efectuar a fis- posteriores aos dias ou meios-dias de descanso ou feriados,
calização, não podendo este ter qualquer vínculo contratual considera-se que o trabalhador praticou uma infracção grave.
anterior ao empregador. 3- Na situação referida no número anterior, o período de
5- Em caso de desacordo entre os pareceres médicos refe- ausência a considerar para efeitos de perda de retribuição
ridos nos números anteriores, pode ser requerida a interven- prevista no número 1 abrange os dias e meios-dias de des-
ção de junta médica. canso ou feriados imediatamente anteriores ou posteriores
6- Em caso de incumprimento das obrigações previstas na ao dia da falta.
cláusula anterior e nos números 1 e 2 desta cláusula, bem 4- No caso de a apresentação do trabalhador, para início
como de oposição, sem motivo atendível, à fiscalização re- ou reinício da prestação de trabalho, se verificar com atraso
ferida nos números 3, 4 e 5, as faltas são consideradas injus- injustificado superior a trinta ou sessenta minutos, pode o
tificadas. empregador recusar a aceitação da prestação durante parte
7- A apresentação ao empregador de declaração médica ou todo o período normal de trabalho, respectivamente.
com intuito fraudulento constitui falsa declaração para efei- 5- Sem prejuízo, designadamente, do efeito disciplinar
tos de justa causa de despedimento. inerente à injustificação de faltas, exceptuam-se do disposto
no número anterior os professores dos 2.º e 3.º ciclos do en-
Cláusula 54.ª
sino básico e os professores do ensino secundário.
Efeitos das faltas justificadas Cláusula 56.ª
1- As faltas justificadas não determinam a perda ou preju-
ízo de quaisquer direitos do trabalhador, salvo o disposto no Licença sem retribuição
número seguinte. 1- As instituições podem atribuir ao trabalhador, a pedido
2- Salvo disposição legal em contrário, determinam a per- deste, licença sem retribuição.
da de retribuição as seguintes faltas ainda que justificadas: 2- O pedido deverá ser formulado por escrito, nele se ex-
a) Por motivo de doença, desde que o trabalhador benefi- pondo os motivos que justificam a atribuição da licença.
cie do regime de Segurança Social de protecção na doença; 3- A resposta deverá ser dada igualmente por escrito nos
b) Por motivo de acidente de trabalho, desde que o traba- 30 dias úteis seguintes ao recebimento do pedido.
lhador tenha direito a qualquer subsídio ou seguro; 4- A ausência de resposta dentro do prazo previsto no nú-
c) Por motivo de cumprimento de obrigações legais; mero anterior equivale a aceitação do pedido.
d) As previstas no número 2 da alínea e) do número 2 da 5- O período de licença sem retribuição conta-se para efei-
cláusula 51.ª; tos de antiguidade.
e) As previstas no número 3 da alínea e) do número 2 da 6- Durante o mesmo período cessam os direitos, deveres
cláusula 51.ª; e garantias das partes, na medida em que pressuponham a
f) As previstas na alínea l) do número 2 da cláusula 51.ª, efectiva prestação de trabalho.
quando superiores a 30 dias por ano; 7- O trabalhador beneficiário da licença sem retribuição
g) As autorizadas ou aprovadas pelo empregador, com ex- mantém o direito ao lugar.
cepção das que este, expressamente e por escrito, entenda 8- Terminado o período de licença sem retribuição o traba-
dever retribuir. lhador deve apresentar-se ao serviço.
3- Nos casos previstos na alínea e) do número 2 da cláusu-
Cláusula 57.ª
la 51.ª, se o impedimento do trabalhador se prolongar efec-
tiva ou previsivelmente para além de um mês, aplica-se o Licença sem retribuição para formação
regime de suspensão da prestação do trabalho por impedi-
1- Sem prejuízo do disposto em legislação especial, o
mento prolongado.
trabalhador tem direito a licenças sem retribuição de lon-
4- No caso previsto na alínea h) do número 2 da cláusula
ga duração para frequência de cursos de pós-graduação, de
51.ª, as faltas justificadas conferem, no máximo, direito à re-
especialização e complementar ou equivalente, bem como
tribuição relativa a um terço do período de duração da cam-
para a frequência de curso de formação ministradas sob a
panha eleitoral, só podendo o trabalhador faltar meios dias
responsabilidade de uma instituição de ensino ou de forma-
ou dias completos com aviso prévio de quarenta e oito horas.
ção profissional ou, ainda, no âmbito de programa específico

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

aprovado por autoridade competente e executado sob o seu 2- Na contrapartida do trabalho inclui-se a retribuição base
controlo pedagógico ou cursos ministrados em estabeleci- e todas as prestações regulares e periódicas feitas, directa ou
mentos de ensino. indirectamente, em dinheiro ou em espécie.
2- A instituição pode recusar a concessão da licença pre- 3- Até prova em contrário, presume-se constituir retribui-
vista no número anterior nas seguintes situações: ção toda e qualquer prestação do empregador ao trabalhador.
a) Quando ao trabalhador tenha sido proporcionada forma- 4- A base de cálculo das prestações complementares e
ção profissional adequada ou licença para o mesmo fim, nos acessórias estabelecidas na presente convenção é constituída
últimos 24 meses; apenas pela retribuição base e diuturnidades.
b) Quando a antiguidade do trabalhador na instituição seja
Cláusula 60.ª
inferior a três anos;
c) Quando o trabalhador não tenha requerido a licença Enquadramento em níveis retributivos
com antecedência mínima de 45 dias em relação à data do
As profissões e categorias profissionais previstas na pre-
seu início;
sente convenção são enquadradas em níveis retributivos de
d) Quando a instituição tenha um número de trabalhadores
base de acordo com o anexo IV.
não superior a 20 e não seja possível a substituição adequada
do trabalhador, caso necessário; Cláusula 61.ª
e) Para além das situações referidas nas alíneas anteriores,
tratando-se de trabalhadores incluídos em níveis de qualifi- Retribuição mínima mensal de base
cação de direcção, de chefia, quadros ou pessoal qualificado, A todos os trabalhadores abrangidos pela presente con-
quando não seja possível a substituição dos mesmos durante venção são mensalmente assegurados os montantes retribu-
o período de licença sem prejuízo sério para o funcionamen- tivos de base mínimos constantes do anexo V.
to da instituição. Cláusula 62.ª
3- Considera-se de longa duração a licença não inferior a
60 dias. Remuneração horária

Cláusula 58.ª 1- O valor da remuneração horária é determinado pela se-


guinte fórmula:
Licença sabática
(Rm x 12) / (52 x n)
1- Aos trabalhadores com licenciatura ou bacharelato e,
pelo menos, oito anos de antiguidade pode ser concedida li- sendo Rm o valor da retribuição mensal de base e n o período
cença sabática. de trabalho semanal a que o trabalhador estiver obrigado.
2- A licença sabática corresponde à dispensa da actividade 2- Relativamente aos professores dos 2.º e 3.º ciclos do
laboral, destinando-se quer à formação contínua, quer à fre- ensino básico e aos professores do ensino secundário, o perí-
quência de cursos de pós-graduação, especialização, com- odo de trabalho a considerar para efeitos de determinação da
plementar ou equivalente, quer ainda à realização de traba- remuneração horária, é o correspondente, apenas, ao número
lhos de investigação. de horas lectivas semanais estabelecido para o sector em que
3- Salvo acordo em contrário, o período de gozo da licen- o docente se integra.
ça sabática não determina a perda ou prejuízo de quaisquer Cláusula 63.ª
direitos do trabalhador, excepto no que diz respeito à retri-
buição. Compensações e descontos
4- Nas situações em que haja retribuição durante a totali- 1- Na pendência do contrato de trabalho, as instituições
dade ou parte do tempo concedido da licença, fica o traba- não podem compensar a retribuição em dívida com créditos
lhador obrigado a indemnizar a instituição, no montante cor- que tenham sobre o trabalhador, nem fazer quaisquer des-
respondente ao triplo do valor das remunerações auferidas, contos ou deduções no montante da referida retribuição.
caso venha a fazer cessar, por sua iniciativa, o contrato de 2- O disposto no número anterior não se aplica:
trabalho, ou venha ser despedido com justa causa, no período a) Aos descontos a favor do Estado, da Segurança Social
de três anos após o termo da licença sabática. ou de outras entidades, ordenados por lei, por decisão judi-
cial transitada em julgado ou por auto de conciliação, quan-
CAPÍTULO VII do da decisão ou do auto tenha sido notificado o empregador;
b) Às indemnizações devidas pelo trabalhador ao empre-
Retribuição e outras atribuições patrimoniais gador, quando se acharem liquidadas por decisão judicial
transitada em julgado ou por auto de conciliação;
Cláusula 59.ª c) Às sanções pecuniárias aplicadas nos termos legais;
d) Às amortizações de capital e pagamento de juros de em-
Disposições gerais
préstimos concedidos pelo empregador ao trabalhador;
1- Só se considera retribuição aquilo a que, nos termos do e) Aos preços de refeições no local de trabalho, de alo-
contrato, das normas que o regem ou dos usos, o trabalhador jamento, de utilização de telefones, de fornecimento de gé-
tem direito como contrapartida do seu trabalho. neros, de combustíveis ou de materiais, quando solicitados

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

pelo trabalhador, bem como a outras despesas efectuadas Cláusula 67.ª


pelo empregador por conta do trabalhador e consentidas por
este; Remuneração do trabalho nocturno
f) Aos abonos ou adiantamentos por conta da retribuição. A retribuição do trabalho nocturno será superior em 25 %
3- Com excepção das alíneas a) e f), os descontos referidos à retribuição a que dá direito o trabalho equivalente prestado
no número anterior não podem exceder, no seu conjunto, um durante o dia.
sexto da retribuição.
Cláusula 68.ª
Cláusula 64.ª
Retribuição do período de férias
Retribuição especial para os trabalhadores isentos de horário de 1- A retribuição do período de férias corresponde à que o
trabalho
trabalhador receberia se estivesse em serviço efectivo.
Os trabalhadores isentos do horário de trabalho têm di- 2- Além da retribuição mencionada no número anterior, o
reito a uma remuneração especial, no mínimo, igual a 20 % trabalhador tem direito a um subsídio de férias cujo mon-
da retribuição mensal ou à retribuição correspondente a uma tante compreende a retribuição base e as demais prestações
hora de trabalho suplementar por dia, conforme o que lhes retributivas que sejam contrapartida do modo específico da
for mais favorável. execução do trabalho.
Cláusula 65.ª 3- Salvo acordo escrito em contrário, o subsídio de férias
deve ser pago antes do início do período de férias e propor-
Remuneração do trabalho suplementar cionalmente nos casos de gozo interpolado.
1- O trabalho suplementar prestado em dia normal de tra- Cláusula 69.ª
balho será remunerado com os seguintes acréscimos míni-
mos: Subsídio de Natal
a) 50 % da retribuição normal na primeira hora; 1- Todos os trabalhadores abrangidos por esta convenção
b) 75 % da retribuição normal nas horas ou fracções se- têm direito a um subsídio de Natal de montante igual ao da
guintes. retribuição mensal.
2- O trabalho suplementar prestado em dia de descanso se- 2- Os trabalhadores que no ano de admissão não tenham
manal, obrigatório ou complementar, e em dia feriado será concluído um ano de serviço terão direito a tantos duodéci-
remunerado com o acréscimo mínimo de 100 % da retribui- mos daquele subsídio quantos os meses de serviço que com-
ção normal. pletarem até 31 de dezembro desse ano.
3- Não é exigível o pagamento de trabalho suplementar 3- Suspendendo-se o contrato de trabalho por impedimen-
cuja prestação não tenha sido prévia e expressamente deter- to prolongado do trabalhador, este terá direito:
minada pela instituição. a) No ano de suspensão, a um subsídio de Natal de mon-
Cláusula 66.ª tante proporcional ao número de meses completos de serviço
prestado nesse ano;
Retribuição de trabalho por turnos b) No ano de regresso à prestação de trabalho, a um subsí-
1- A prestação de trabalho em regime de turnos rotativos dio de Natal de montante proporcional ao número de meses
confere ao trabalhador, nos termos do disposto no número completos de serviço até 31 de dezembro, a contar da data
5 da cláusula 39.ª, o direito aos seguintes complementos de de regresso.
retribuição: 4- Cessando o contrato de trabalho, a entidade emprega-
a) Em regime de dois turnos em que apenas um seja total dora pagará ao trabalhador a parte de um subsídio de Natal
ou parcialmente nocturno - 15 %; proporcional ao número de meses completos de serviço no
b) Em regime de três turnos ou de dois turnos total ou par- ano da cessação.
cialmente nocturnos - 25 %. 5- O subsídio de Natal será pago até 30 de novembro de
2- O complemento previsto no número anterior inclui o cada ano, salvo no caso da cessação do contrato de traba-
acréscimo de retribuição pelo trabalho nocturno prestado em lho, em que o pagamento se efectuará na data da cessação
regime de turnos. referida.

Cláusula 66.ª-A Cláusula 70.ª

Trabalho normal em dia feriado Diuturnidades

O trabalhador que presta trabalho normal em dia feriado 1- Os trabalhadores que estejam a prestar serviço em re-
em instituição não obrigada a suspender o seu funcionamen- gime de tempo completo têm direito a uma diuturnidade no
to nesse dia tem direito a descanso compensatório de igual valor de 21,00 €, por cada cinco anos de serviço, até ao limite
duração ou a acréscimo de 100 % da retribuição correspon- de cinco diuturnidades.
dente, por acordo das partes. 2- Os trabalhadores que prestem serviço em regime de
horário parcial têm direito às diuturnidades vencidas à data

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

do exercício de funções naquele regime e às que vierem a ou doença crónica, trabalhadores-estudantes e trabalhadores
vencer-se nos termos previstos no número seguinte. estrangeiros são reguladas pelas disposições do Código do
3- O trabalho prestado a tempo parcial contará proporcio- Trabalho e legislação complementar, em tudo o que se não
nalmente para efeitos de atribuição de diuturnidades. encontrar regulado nesta convenção, designadamente pelo
4- Para atribuição de diuturnidades será levado em conta que se transcreve nas cláusulas seguintes.
o tempo de serviço prestado anteriormente a outras institui-
ções particulares de solidariedade social, desde que, antes da SECÇÃO I
admissão e por meios idóneos, o trabalhador faça a respec-
tiva prova. Trabalho de menores
5- Não é devido o pagamento de diuturnidades aos traba-
lhadores abrangidos pela tabela B do anexo V. Cláusula 74.ª
Cláusula 71.ª 1- A entidade empregadora deve proporcionar aos meno-
res que se encontrem ao seu serviço condições de trabalho
Abono para falhas adequadas à sua idade, promovendo a sua formação pesso-
1- O trabalhador que, no desempenho das suas funções, al e profissional e prevenindo, de modo especial, quaisquer
tenha responsabilidade efectiva de caixa tem direito a um riscos para o respectivo desenvolvimento físico e psíquico.
abono mensal para falhas no valor de 29,00 €. 2- Os menores não podem ser obrigados à prestação de
2- Se o trabalhador referido no número anterior for substi- trabalho antes das 8 horas, nem depois das 18 horas, no caso
tuído no desempenho das respectivas funções, o abono para de frequentarem cursos nocturnos oficiais, oficializados ou
falhas reverterá para o substituto na proporção do tempo de equiparados, e antes das 7 horas e depois das 20 horas, no
substituição. caso de os não frequentarem.
Cláusula 72.ª Cláusula 75.ª
Refeição Admissão de menores
1- Os trabalhadores têm direito ao fornecimento de uma Só pode ser admitido a prestar trabalho, qualquer que seja
refeição principal por cada dia completo de trabalho. a espécie e modalidade de pagamento, o menor que tenha
2- Em alternativa ao efectivo fornecimento de refeições, completado a idade mínima de admissão, tenha concluído a
as instituições podem atribuir ao trabalhador uma compen- escolaridade obrigatória e disponha de capacidades física e
sação monetária no valor de 3,00 €, por cada dia completo psíquica adequadas ao posto de trabalho.
de trabalho.
3- Ressalvados os casos de alteração anormal de circuns- CAPÍTULO IX
tâncias, não é aplicável o disposto no número anterior às
instituições cujos equipamentos venham já garantindo o Formação profissional
cumprimento em espécie do direito consagrado no número
1 desta cláusula. Cláusula 76.ª
4- Aos trabalhadores a tempo parcial será devida a refei-
ção ou a compensação monetária quando o horário normal Princípio geral
de trabalho se distribuir por dois períodos diários ou quando 1- O empregador deve proporcionar ao trabalhador acções
tiverem quatro ou mais horas de trabalho no mesmo período de formação profissional adequadas à sua qualificação.
do dia. 2- O trabalhador deve participar de modo diligente nas
5- A refeição e a compensação monetária a que se referem acções de formação profissional que lhe sejam proporciona-
os números anteriores não assumem a natureza de retribui- das, salvo se houver motivo atendível, devendo neste caso
ção. o trabalhador, obrigatória e expressamente, solicitar a sua
dispensa.
CAPÍTULO VIII 3- As acções de formação devem ocorrer durante o perío-
do normal de trabalho, sempre que possível, contando a res-
Condições especiais de trabalho pectiva frequência para todos os efeitos como tempo efectivo
de serviço.
Cláusula 73.ª 4- Sempre que o trabalhador adquira nova qualificação
profissional por aprovação em curso de formação, tem pre-
Remissão ferência, em igualdade de condições, no preenchimento de
As matérias relativas a direitos de personalidade, igual- vagas que a exijam.
dade e não discriminação, protecção da maternidade e da 5- Caso seja possível a sua substituição adequada, o tra-
paternidade, trabalho de menores, trabalhadores com capa- balhador tem direito a dispensa de trabalho com perda de
cidade de trabalho reduzida, trabalhadores com deficiência retribuição para a frequência de acções de formação de curta
duração com vista à sua valorização profissional.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Cláusula 77.ª trabalhador que imponham incapacidades ou limitações no


exercício das respectivas funções;
Objectivos b) Quando sejam determinadas por necessidades de reor-
São, designadamente, objectivos da formação profissio- ganização de serviços ou por modificações tecnológicas e
nal: sempre que se demonstre a inviabilidade de manutenção de
a) Promover a formação contínua dos trabalhadores, en- certas categorias profissionais.
quanto instrumento para a valorização e actualização profis- 2- Tais acções destinam-se, sendo tal possível, a preparar
sional e para a melhoria da qualidade dos serviços prestados os trabalhadores delas objecto para o exercício de uma nova
pelas instituições; actividade, na mesma ou noutra entidade.
b) Garantir o direito individual à formação, criando con-
Cláusula 80.ª
dições para que o mesmo possa ser exercido independente-
mente da situação laboral do trabalhador; Formação nos contratos de trabalho para jovens
c) Promover a reabilitação profissional de pessoas com
Sempre que admitam trabalhadores com menos de 25
deficiência, em particular daqueles cuja incapacidade foi ad-
anos e sem a escolaridade mínima obrigatória, as institui-
quirida em consequência de acidente de trabalho;
ções, por si ou com o apoio de entidades públicas ou pri-
d) Promover a integração sócio-profissional de grupos
vadas, devidamente certificadas, devem promover acções
com particulares dificuldades de inserção, através do desen-
de formação profissional ou educacional que garantam a
volvimento de acções de formação profissional especial.
aquisição daquela escolaridade e, pelo menos, o nível II de
Cláusula 78.ª qualificação.

Formação contínua
CAPÍTULO X
1- No âmbito da formação contínua, as instituições devem:
a) Elaborar planos anuais ou plurianuais de formação; Cessação do contrato de trabalho
b) Reconhecer e valorizar as qualificações adquiridas pe-
los trabalhadores, de modo a estimular a sua participação na Cláusula 81.ª
formação.
2- A formação contínua de activos deve abranger, em cada Princípio geral
ano, pelo menos 10 % dos trabalhadores com contrato sem A cessação do contrato de trabalho fica sujeita ao regime
termo de cada instituição. legal em vigor a cada momento.
3- O número mínimo de horas anuais de formação certi-
ficada a que se refere o número anterior é de trinta e cinco Cláusula 82.ª
horas a partir de 2006. Exercício da acção disciplinar
4- As horas de formação certificada a que se referem os
números 2 e 3 que não foram organizadas sob a responsa- 1- O procedimento disciplinar deve exercer-se nos 60 dias
bilidade do empregador por motivo que lhe seja imputável subsequentes àquele em que o empregador ou superior hie-
são transformadas em créditos acumuláveis ao longo de três rárquico com competência disciplinar teve conhecimento da
anos, no máximo. infracção.
5- O trabalhador pode utilizar o crédito acumulado a que 2- A infracção disciplinar prescreve ao fim de um ano a
se refere o número anterior para frequentar, por sua inicia- contar do momento em que teve lugar, sem prejuízo da apli-
tiva, acções de formação certificada que tenham correspon- cação de prazos prescricionais da lei penal, quando aplicável.
dência com a actividade prestada, mediante comunicação à
instituição com a antecedência mínima de 10 dias. CAPÍTULO XI
6- As instituições obrigam-se a passar certificados de fre-
quência e de aproveitamento das acções de formação pro- Segurança Social
fissional por si promovidas ou realizadas, para os efeitos da
qualificação como certificada da formação a que se refere a Cláusula 83.ª
presente cláusula.
Invalidez
Cláusula 79.ª No caso de incapacidade parcial ou absoluta para o traba-
lho habitual proveniente de acidente de trabalho ou doença
Formação de reconversão
profissional contraída ao serviço da entidade empregadora,
1- A instituição promoverá acções de formação profissio- mas que não seja acompanhado de reforma do trabalhador,
nal de requalificação e de reconversão pelas seguintes razões: a mesma entidade diligenciará conseguir a reconversão dos
a) Quando sejam determinadas por condições de saúde do trabalhadores diminuídos para funções compatíveis com as
diminuições verificadas.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

CAPÍTULO XII f) A designação dos trabalhadores responsáveis pela apli-


cação das medidas de primeiros socorros, de combate a in-
Segurança e saúde no trabalho cêndios e de evacuação de trabalhadores, a respectiva forma-
ção e o material disponível;
Cláusula 84.ª g) O recurso a serviços exteriores à empresa ou a técnicos
qualificados para assegurar o desenvolvimento de todas ou
Princípios gerais parte das actividades de segurança, higiene e saúde no tra-
1- O trabalhador tem direito à prestação de trabalho em balho;
condições de segurança e saúde asseguradas pela instituição. h) O material de protecção que seja necessário utilizar.
2- A instituição é obrigada a organizar as actividades de
Cláusula 88.ª
segurança e saúde no trabalho que visem a prevenção de ris-
cos profissionais e a promoção da saúde do trabalhador. Serviços de segurança e saúde no trabalho
Cláusula 85.ª As instituições devem garantir a organização e o funcio-
namento dos serviços de segurança, higiene e saúde no tra-
Obrigações do empregador balho, nos termos legais.
As instituições são obrigadas a assegurar aos trabalha-
Cláusula 89.ª
dores condições de segurança e saúde em todos os aspectos
relacionados com o trabalho, devendo aplicar e fazer aplicar Representantes dos trabalhadores
as medidas necessárias e adequadas, tendo em conta os prin-
1- Os representantes dos trabalhadores para a segurança e
cípios legalmente consignados.
saúde no trabalho são eleitos pelos trabalhadores por voto
Cláusula 86.ª directo e secreto, segundo o princípio da representatividade
e da proporcionalidade.
Obrigações do trabalhador 2- Os representantes dos trabalhadores não poderão exce-
O trabalhador tem obrigação de zelar: der:
a) Pela segurança e saúde próprias, designadamente sujei- a) Empresas com menos de 61 trabalhadores - um repre-
tando-se à realização dos exames médicos promovidos pela sentante;
entidade empregadora; b) Empresas de 61 a 150 trabalhadores - dois representan-
b) Pela segurança e saúde das pessoas que possam ser tes;
afectadas pelas suas acções ou omissões. c) Empresas de 151 a 300 trabalhadores - três represen-
tantes;
Cláusula 87.ª
d) Empresas de 301 a 500 trabalhadores - quatro represen-
Informação e consulta dos trabalhadores tantes;
e) Empresas de 501 a 1000 trabalhadores - cinco repre-
1- Os trabalhadores, assim como os seus representantes na
sentantes;
empresa, estabelecimento ou serviço, devem dispor de infor-
f) Empresas de 1001 a 1500 trabalhadores - seis represen-
mação actualizada sobre:
tantes;
a) Os riscos para a segurança e saúde, bem como as medi-
g) Empresas com mais de 1500 trabalhadores - sete repre-
das de protecção e de prevenção e a forma como se aplicam,
sentantes.
relativos quer ao posto de trabalho ou função, quer, em geral,
3- O mandato dos representantes dos trabalhadores é de
à instituição;
três anos.
b) As medidas e as instruções a adoptar em caso de perigo
4- Os representantes dos trabalhadores dispõem, para o
grave e iminente;
exercício das suas funções, de um crédito de cinco horas por
c) As medidas de primeiros socorros, de combate a incên-
mês.
dios e de evacuação dos trabalhadores em caso de sinistro,
bem como os trabalhadores ou serviços encarregados de as Cláusula 90.ª
pôr em prática.
2- O empregador deve, nos termos da lei, consultar por es- Formação dos trabalhadores
crito e, pelo menos, duas vezes por ano, previamente ou em 1- O trabalhador deve receber uma formação adequada no
tempo útil, os representantes dos trabalhadores na instituição domínio da segurança e saúde no trabalho, tendo em aten-
ou equipamento ou, na sua falta, os próprios trabalhadores, ção o posto de trabalho e o exercício de actividades de risco
designadamente, sobre: elevado.
a) A avaliação dos riscos para a segurança e saúde no tra- 2- Sem prejuízo do disposto no número anterior, o empre-
balho, incluindo os respeitantes aos grupos de trabalhadores gador deve formar, em número suficiente, tendo em conta a
sujeitos a riscos especiais; dimensão da instituição e os riscos existentes, os trabalha-
b) As medidas de segurança, higiene e saúde antes de se- dores responsáveis pela aplicação das medidas de primeiros
rem postas em prática ou, logo que seja possível, em caso de socorros, de combate a incêndios e de evacuação de trabalha-
aplicação urgente das mesmas; dores, bem como facultar-lhes material adequado.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Cláusula 91.ª dade e passam a fazer parte integrante da presente convenção


logo que publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego.
Comissões de segurança, higiene e saúde
Podem ser criadas comissões de segurança e saúde no CAPÍTULO XIV
trabalho, de composição paritária, com vista a planificar e
propor a adopção de medidas tendentes a optimizar o nível Disposições transitórias e finais
da prestação de serviços de segurança, higiene e saúde no
trabalho, bem como avaliar o impacto da respectiva aplica- Cláusula 96.ª
ção.
Sempre que os trabalhadores aufiram um montante re-
tributivo global superior aos valores mínimos estabelecidos
CAPÍTULO XIII
na presente convenção, à data de 1 de julho de 2019, pre-
sumem-se englobados naquele mesmo montante o valor da
Comissão paritária retribuição mínima mensal de base e das diuturnidades, bem
como dos subsídios que se mostrarem devidos.
Cláusula 92.ª
Cláusula 97.ª
Constituição
1- É constituída uma comissão paritária formada por três Diferenças salariais
representantes de cada uma das partes outorgantes da pre- As diferenças salariais resultantes da aplicação da pre-
sente convenção. sente convenção serão pagas em duas prestações mensais,
2- Por cada representante efectivo será designado um su- iguais e sucessivas, após o pagamento dos novos valores dos
plente para desempenho de funções em caso de ausência do acordos de cooperação pela Segurança Social relativamente
efectivo. a 2019.
3- Cada uma das partes indicará por escrito à outra, nos 30
Cláusula 98.ª
dias subsequentes à publicação desta convenção, os mem-
bros efectivos e suplentes por si designados, considerando-se Regime
a comissão paritária constituída logo após esta indicação.
1- A presente convenção estabelece um regime globalmen-
4- A comissão paritária funcionará enquanto estiver em
te mais favorável do que os anteriores instrumentos de regu-
vigor a presente convenção, podendo qualquer dos contraen-
lamentação colectiva de trabalho.
tes, em qualquer altura, substituir os membros que nomeou,
2- A aplicação das tabelas de remunerações mínimas cons-
mediante comunicação escrita à outra parte.
tantes do anexo V não prejudica a vigência de retribuições
Cláusula 93.ª mais elevadas auferidas pelos trabalhadores, nomeadamente
no âmbito de projectos ou de acordos de cooperação celebra-
Normas de funcionamento dos com entidades públicas, sociais ou privadas.
1- A comissão paritária funcionará em local a determinar
Cláusula 99.ª
pelas partes.
2- A comissão paritária reúne a pedido de qualquer das Sucessão de regulamentação
partes, mediante convocatória a enviar com a antecedência
O presente contrato colectivo de trabalho substitui o an-
mínima de 15 dias, de que conste o dia, hora e agenda de
teriormente acordado pelas partes outorgantes, com publi-
trabalhos.
cação no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 39, de 22 de
3- No final da reunião, será lavrada e assinada a respectiva
outubro de 2017, com as alterações publicadas no Boletim
acta.
do Trabalho e Emprego, n.º 35, de 22 de setembro de 2018,
4- O secretariado das sessões compete à parte convocante.
objecto da rectificação publicada no Boletim do Trabalho e
5- As partes podem fazer-se assessorar nas reuniões da co-
Emprego, n.º 39, de 22 de outubro de 2018.
missão.
Cláusula 94.ª ANEXO I
Competências
Definição de funções
Compete à comissão paritária interpretar e integrar o dis-
posto nesta convenção. Barbeiros e cabeleireiros
Cláusula 95.ª Barbeiro-cabeleireiro - Executa corte de cabelos e barba,
bem como penteados, permanentes e tinturas de cabelo.
Deliberações
Barbeiro - Procede à lavagem da cabeça e executa corte
1- A comissão paritária só poderá deliberar desde que este- de cabelo e barba.
jam presentes dois membros de cada uma das partes. Cabeleireiro - Executa corte de cabelo, mise-en-plis,
2- As deliberações da comissão são tomadas por unanimi- penteados e tinturas de cabelo.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Cobradores Psicólogos e sociólogos


Cobrador - Procede, fora da instituição, a recebimentos, Psicólogo - Estuda o comportamento e os mecanismos
pagamentos e depósitos, considerando-se-lhe equiparado o mentais do homem e procede a investigações sobre proble-
empregado de serviços externos. mas psicológicos em domínios tais como o fisiológico, so-
cial, pedagógico e patológico, utilizando técnicas específicas
Contínuos, guardas e porteiros
que, por vezes, elabora; analisa os problemas resultantes da
Contínuo - Anuncia, acompanha e informa os visitantes; interacção entre indivíduos, instituições e grupos; estuda
faz a entrega de mensagens e objectos inerentes ao serviço todas as perturbações internas e relacionais que afectam o
interno e estampilha e entrega correspondência, além de a indivíduo; investiga os factores diferenciais quer biológicos,
distribuir pelos serviços a que é destinada; executa o servi- ambientais e pessoais do seu desenvolvimento, assim como
ço de reprodução de documentos e de endereçamentos e faz o crescimento progressivo das capacidades motoras e das
recados. aptidões intelectivas e sensitivas; estuda as bases fisiológi-
Guarda ou guarda rondista - Assegura a defesa, vigilân- cas do comportamento e os mecanismos mentais do homem,
cia e conservação das instalações e valores que lhe estejam sobretudo nos seus aspectos métricos.
confiados; regista entradas e saídas de pessoas, veículos e Pode investigar um ramo da psicologia, da psicossociolo-
mercadorias. gia, da psicopatologia, da psicofisiologia ou ser especializa-
Porteiro - Atende os visitantes, informa-se das suas do numa aplicação particular da psicologia como, por exem-
pretensões e anuncia-os ou indica-lhes os serviços a que se plo, o diagnóstico e tratamento de desvios de personalidade e
devem dirigir; vigia e controla entradas e saídas de utentes; de inadaptações sociais, em problemas psicológicos que sur-
recebe a correspondência e controla as entradas e saídas de gem durante a educação e o desenvolvimento das crianças e
mercadorias e veículos. jovens ou em problemas psicológicos de ordem profissional,
tais como os da selecção, formação e orientação profissional
Electricistas
dos trabalhadores, e ser designado em conformidade.
Ajudante - É o electricista que completou a sua aprendi- Sociólogo - Estuda a origem, evolução, estrutura, ca-
zagem e coadjuva os oficiais enquanto não ascende à catego- racterísticas e interdependências das sociedades humanas.
ria de pré-oficial. Interpreta as condições e transformações do meio sócio-
Aprendiz - É o trabalhador que, sob a orientação perma- -cultural em que o indivíduo age e reage para determinar as
nente do oficial, faz a aprendizagem da profissão. incidências de tais condições e transformações sobre os com-
Chefe de equipa/oficial principal - Executa as tarefas que portamentos individuais e de grupo; analisa os processos de
exigem um nível de conhecimentos e polivalência superior formação, evolução e extinção dos grupos sociais e investiga
ao exigível ao oficial electricista ou, executando as tarefas os tipos de comunicação e interacção que neles e entre eles
mais exigentes, dirige os trabalhos de um nível de electricis- se desenvolvem; investiga de que modo todo e qualquer tipo
tas; substitui o chefe de equipa nas suas ausências. de manifestação da actividade humana influencia e depende
Encarregado - Controla e coordena os serviços de um de condições sócio-culturais em que existe; estuda de que
nível de profissionais electricistas nos locais de trabalho. modo os comportamentos, as actividades e as relações dos
Oficial electricista - Instala, conserva e prepara circuitos indivíduos e grupos se integram num sistema de organização
e aparelhagem eléctrica em habitações, estabelecimentos e social; procura explicar como e porquê se processa a evolu-
outros locais, para o que lê e interpreta desenhos, esquemas ção social; interpreta os resultados obtidos, tendo em conta,
e outras especificações técnicas. sempre que necessário, elementos fornecidos por outros in-
Pré-oficial - É o electricista que coadjuva os oficiais e vestigadores que trabalham em domínios conexos; apresenta
que, em cooperação com eles, executa trabalhos de menor as suas conclusões de modo a poderem ser utilizadas pela
responsabilidade. instituição.
Médicos Telefonistas
Director de serviços clínicos - Organiza e dirige os ser- Telefonista - Presta serviço numa central telefónica,
viços clínicos. transmitindo aos telefones internos as chamadas recebidas e
Médico de clínica geral - Efectua exames médicos, re- estabelecendo ligações internas ou para o exterior; responde,
quisita exames auxiliares de diagnóstico e faz diagnósticos; se necessário, a pedidos de informações telefónicas.
envia criteriosamente o doente para médicos especialistas, se
Trabalhadores administrativos
necessário, para exames ou tratamentos específicos; institui
terapêutica medicamentosa e outras adequadas às diferentes Caixa - Tem a seu cargo as operações de caixa e registo
doenças, afecções e lesões do organismo; efectua pequenas do movimento relativo a transacções respeitantes à gestão da
intervenções cirúrgicas. instituição; recebe numerário e outros valores e verifica se a
Médico especialista - Desempenha as funções funda- sua importância corresponde à indicada nas notas de venda
mentais do médico de clínica geral, mas especializa-se no ou nos recibos; prepara os sobrescritos segundo as folhas de
tratamento de certo tipo de doenças ou num ramo particular pagamento; prepara os fundos destinados a serem deposita-
da medicina, sendo designado em conformidade. dos e toma as disposições necessárias para os levantamentos.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Chefe de departamento - Estuda, organiza e coordena, a circulação destes e de outros documentos pelos diversos
sob a orientação do seu superior hierárquico, num ou em sectores da instituição; organiza e mantém actualizados os
vários dos departamentos da instituição, as actividades que ficheiros especializados; promove a aquisição da documen-
lhe são próprias; exerce, dentro do departamento que chefia tação necessária aos objectivos a prosseguir; faz arquivo e ou
e nos limites da sua competência, a orientação e a fiscali- registo de entrada e saída da documentação.
zação do pessoal sob as suas ordens e de planeamento das Escriturário - Executa várias tarefas, que variam conso-
actividades de departamento, segundo as orientações e fins ante a natureza e importância do escritório onde trabalha; re-
definidos; propõe a aquisição de equipamento e materiais e dige relatórios, cartas, notas informativas e outros documen-
a admissão do pessoal necessário ao bom funcionamento do tos, manualmente ou à máquina, dando-lhes o seguimento
departamento e executa outras funções semelhantes. apropriado; examina o correio recebido, separa-o, classifica-
As categorias de chefe de serviços, chefe de escritório e -o e compila os dados que são necessários para preparar as
chefe de divisão, que correspondem a esta profissão, serão respostas; elabora, ordena e prepara os documentos relativos
atribuídas de acordo com o departamento chefiado e grau de à encomenda, distribuição, facturação e realização das com-
responsabilidade requerido. pras e vendas; recebe pedidos de informação e transmite-os
Chefe de secção - Coordena e controla o trabalho numa à pessoa ou serviços competentes; põe em caixa os paga-
secção administrativa. mentos de contas e entregas recebidos; escreve em livros
Contabilista - Organiza e dirige os serviços de contabi- as receitas e despesas, assim como outras operações conta-
lidade e dá conselhos sobre problemas de natureza conta- bilísticas; estabelece o extracto das operações efectuadas e
bilística; estuda a planificação dos circuitos contabilísticos, de outros documentos para informação superior; atende os
analisando os diversos sectores da actividade da empresa, candidatos às vagas existentes e informa-os das condições de
de forma a assegurar uma recolha de elementos precisos, admissão e efectua registos do pessoal; preenche formulários
com vista à determinação de custos e resultados de explora- oficiais relativos ao pessoal ou à instituição; ordena e arqui-
ção; elabora o plano de contas a utilizar para a obtenção dos va notas de livrança, recibos, cartas ou outros documentos e
elementos mais adequados à gestão económico-financeira e elabora dados estatísticos; escreve à máquina e opera com
cumprimento da legislação comercial e fiscal; supervisiona máquinas de escritório; prepara e organiza processos; presta
a escrituração dos registos e livros de contabilidade, coor- informações e outros esclarecimentos aos utentes e ao públi-
denando, orientando e dirigindo os empregados encarrega- co em geral.
dos dessa execução; fornece os elementos contabilísticos Escriturário principal/subchefe de secção - Executa as
necessários à definição da política orçamental e organiza e tarefas mais exigentes que competem ao escriturário, no-
assegura o controlo de execução do orçamento; elabora ou meadamente tarefas relativas a determinados assuntos de
certifica os balancetes e outras informações contabilísticas pessoal, de legislação ou fiscais, apuramentos e cálculos
a submeter à administração ou a fornecer a serviços públi- contabilísticos e estatísticos complexos e tarefas de relação
cos; procede ao apuramento de resultados, dirigindo o en- com fornecedores e ou clientes que obriguem à tomada de
cerramento das contas e a elaboração do respectivo balanço, decisões correntes, ou executando as tarefas mais exigentes
que apresenta e assina; elabora o relatório explicativo que da secção; colabora directamente com o chefe da secção e,
acompanha a apresentação de contas ou fornece indicações no impedimento deste, coordena ou controla as tarefas de um
para essa elaboração; efectua as revisões contabilísticas ne- nível de trabalhadores administrativos ou actividades afins.
cessárias, verificando os livros ou registos para se certificar Estagiário - Auxilia os escriturários ou outros trabalha-
da correcção da respectiva escrituração. Pode subscrever a dores de escritório, preparando-se para o exercício das fun-
escrita da instituição e nesse caso é-lhe atribuído o título pro- ções que vier a assumir.
fissional de técnico de contas. Guarda-livros - Ocupa-se da escrituração de registos ou
Director de serviços - Estuda, organiza e dirige, nos li- de livros de contabilidade, gerais ou especiais, selados ou
mites dos poderes de que está investido, as actividades da não selados, analíticos e sintéticos, executando, nomeada-
instituição; colabora na determinação da política da institui- mente, trabalhos contabilísticos relativos ao balanço anual
ção; planeia a utilização mais conveniente da mão-de-obra, e apuramento dos resultados de exploração e do exercício;
equipamento, materiais, instalações e capitais; orienta, dirige colabora nos inventários das existências; prepara ou manda
e fiscaliza a actividade da instituição segundo os planos es- preparar extractos de contas simples ou com juros e executa
tabelecidos, a política adoptada e as normas e regulamentos trabalhos conexos; superintende nos respectivos serviços e
prescritos; cria e mantém uma estrutura administrativa que tem a seu cargo a elaboração dos balanços e a escrituração
permita explorar e dirigir a instituição de maneira eficaz; co- dos livros selados, sendo responsável pela boa ordem e exe-
labora na fixação da política financeira e exerce a verificação cução dos trabalhos. Pode subscrever a escrita da instituição
dos custos. e nesse caso é-lhe atribuído o título profissional de técnico
Documentalista - Organiza o núcleo de documentação de contas.
e assegura o seu funcionamento ou, inserido num departa- Operador de computador - Opera e controla o computa-
mento, trata a documentação tendo em vista as necessidades dor através do seu órgão principal, prepara-o para a execução
de um ou mais sectores da instituição; faz a selecção, com- dos programas e é responsável pelo cumprimento dos prazos
pilação, codificação e tratamento da documentação; elabora previstos para cada operação, ou seja, não é apenas um mero
resumos de artigos e de documentos importantes e estabelece utilizador mas encarregado de todo o trabalho de tratamento

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

e funcionamento do computador; vigia o tratamento da infor- rentes à produção de produtos agrícolas e hortícolas. Habita
mação; prepara o equipamento consoante os trabalhos a exe- em casa situada em determinada propriedade ou exploração,
cutar pelo escriturário e executa as manipulações necessárias tendo a seu cargo zelar por ela.
e mais sensíveis; retira o papel impresso, corrige os possíveis Encarregado de exploração ou feitor - Coordena a exe-
erros detectados, anota os tempos utilizados nas diferentes cução dos trabalhos de todos os sectores da exploração agrí-
máquinas e mantém actualizados os registos e os quadros cola, pecuária ou silvícola, sendo o responsável pela gestão
relativos ao andamento dos diferentes trabalhos. Responde da respectiva exploração.
directamente e perante o chefe hierárquico respectivo por to- Guarda de propriedades ou florestal - Tem a seu cargo
das as tarefas de operação e controlo informático. a vigilância dos terrenos agrícolas e florestais, bem como as
Operador de máquinas auxiliares - Opera com máquinas respectivas culturas.
auxiliares de escritório, tais como fotocopiadores e duplica- Hortelão ou trabalhador hortoflorícola - Executa os
dores, com vista à reprodução de documentos e máquinas de mais diversos trabalhos de horticultura e floricultura, tais
imprimir endereços e outras indicações análogas e máquinas como regas, adubações, mondas, arranque ou apanha de pro-
de corte e separação de papel. dutos hortícolas e de flores.
Operador de tratamento de texto - Escreve cartas, notas Jardineiro - Ocupa-se do arranjo e conservação dos jar-
e textos baseados em documentos escritos ou informações, dins.
utilizando máquina de escrever ou processador de texto; Operador de máquinas agrícolas - Conduz e manobra
revê a documentação a fim de detectar erros e procede às uma ou mais máquinas e alfaias agrícolas e cuida da sua ma-
necessárias correcções; opera fotocopiadoras ou outros equi- nutenção e conservação mecânica.
pamentos a fim de reproduzir documentos, executa tarefas Trabalhador agrícola - Executa, no domínio da explora-
de arquivo. ção agro-pecuária e silvícola, todas as tarefas necessárias ao
Recepcionista - Recebe clientes e orienta o público, seu funcionamento que não exijam especialização.
transmitindo indicações dos respectivos departamentos; as- Tratador ou guardador de gado - Alimenta, trata e guar-
siste na portaria, recebendo e atendendo visitantes que pre- da o gado bovino, equino, suíno ou ovino, procede à limpe-
tendam encaminhar-se para qualquer secção ou atendendo za das instalações e dos animais e, eventualmente, zela pela
outros visitantes com orientação das suas visitas e transmis- conservação de vedações. É designado por maioral ou cam-
são de indicações várias. pino quando maneia gado bravo.
Secretário - Ocupa-se de secretariado específico da ad-
Trabalhadores de apoio
ministração ou direcção da instituição; redige actas das
reuniões de trabalho, assegura, por sua própria iniciativa, o Ajudante de acção directa:
trabalho de rotina diária do gabinete; providencia pela reali-
1- Trabalha directamente com os utentes, quer individual-
zação de assembleias gerais, reuniões de trabalho, contratos
mente, quer em grupo, tendo em vista o seu bem-estar, pelo
e escrituras.
que executa a totalidade ou parte das seguintes tarefas:
Secretário-geral - Dirige exclusivamente, na dependên-
a) Recebe os utentes e faz a sua integração no período ini-
cia da direcção, administração ou da mesa administrativa da
cial de utilização dos equipamentos ou serviços;
instituição, todos os seus serviços; apoia a direcção prepa-
b) Procede ao acompanhamento diurno e ou nocturno
rando as questões por ela a decidir.
dos utentes, dentro e fora dos estabelecimentos e serviços,
Tesoureiro - Superintende os serviços da tesouraria, em
guiando-os, auxiliando-os e estimulando-os através da con-
escritórios em que haja departamento próprio, tendo a res-
versação, detectando os seus interesses e motivações e parti-
ponsabilidade dos valores da caixa que lhe estão confiados;
cipando na ocupação de tempos livres;
verifica as diversas caixas e confere as respectivas existên-
c) Assegura a alimentação regular dos utentes;
cias; prepara os fundos para serem depositados nos bancos e
d) Recolhe e cuida dos utensílios e equipamentos utiliza-
toma as disposições necessárias para levantamentos; verifica
dos nas refeições;
periodicamente se o montante do valor em caixa coincide
e) Presta cuidados de higiene e conforto aos utentes e co-
com o que os livros indicam. Pode, por vezes, autorizar cer-
labora na prestação de cuidados de saúde que não requei-
tas despesas e executar outras tarefas relacionadas com ope-
ram conhecimentos específicos, nomeadamente aplicando
rações financeiras.
cremes medicinais, executando pequenos pensos e admi-
Trabalhadores da agricultura nistrando medicamentos, nas horas prescritas e segundo as
instruções recebidas;
Ajudante de feitor - Coadjuva o feitor e substitui-o na sua
f) Substitui as roupas de cama e de casa de banho, bem
ausência.
como o vestuário dos utentes, procede ao acondicionamento,
Capataz - Coordena e controla as tarefas executadas por
arrumação, distribuição, transporte e controlo das roupas la-
um nível de trabalhadores agrícolas; executa tarefas do mes-
vadas e à recolha de roupas sujas e sua entrega na lavandaria;
mo tipo das realizadas pelos trabalhadores que dirige.
g) Requisita, recebe, controla e distribui os artigos de hi-
Caseiro - Superintende, de acordo com as instruções da
giene e conforto;
entidade empregadora, trabalhadores contratados com carác-
h) Reporta à instituição ocorrências relevantes no âmbito
ter eventual, apenas para satisfazer necessidades de semen-
das funções exercidas.
teiras e colheita; executa, quando necessário, trabalhos ine-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

i) Conduz, se habilitado, as viaturas da instituição. Encarregado do sector de armazém - Coordena e contro-


2- Caso a instituição assegure apoio domiciliário, compete la o serviço e o pessoal de um sector do armazém.
ainda ao ajudante de acção directa providenciar pela manu- Fiel de armazém - Superintende nas operações de entrada
tenção das condições de higiene e salubridade do domicílio e saída de mercadorias e ou materiais no armazém, executa
dos utentes. ou fiscaliza os respectivos documentos e responsabiliza-se
Ajudante de acção educativa - Participa nas actividades pela arrumação e conservação das mercadorias e ou mate-
sócio-educativas; ajuda nas tarefas de alimentação, cuidados riais; comunica os níveis de stocks; colabora na realização
de higiene e conforto directamente relacionados com a crian- de inventários.
ça; vigia as crianças durante o repouso e na sala de aula;
Trabalhadores de construção civil
assiste as crianças nos transportes, nos recreios, nos passeios
e visitas de estudo. Carpinteiro de limpos - Trabalha em madeiras, incluindo
Ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com de- os respectivos acabamentos no banco de oficina ou na obra.
ficiência - Procede ao acompanhamento diurno ou nocturno Carpinteiro de tosco ou cofragem - Executa e monta es-
dos utentes, dentro e fora do serviço ou estabelecimento; truturas de madeira sem moldes para fundir betão.
participa na ocupação de tempos livres; apoia a realização Encarregado fiscal - Fiscaliza as diversas frentes de obras
de actividades sócio-educativas; auxilia nas tarefas de ali- em curso, verificando o andamento dos trabalhos, comparan-
mentação dos utentes; apoia-os nos trabalhos que tenham de do-os com o projecto inicial e o caderno de encargos.
realizar. Encarregado de obras - Superintende na execução de
Ajudante de ocupação - Desempenha a sua actividade uma obra, sendo responsável pela gestão dos recursos huma-
junto de crianças em idade escolar, com vista à sua ocupação nos e materiais à sua disposição.
durante o tempo deixado livre pela escola, proporcionando- Pedreiro - Executa alvenarias de tijolos, pedras ou blo-
-lhes ambiente adequado e actividades de carácter educativo cos; faz assentamento de manilhas, tubos ou cantarias, rebo-
e recreativo, segundo o plano de actividades apreciado pela cos ou outros trabalhos similares ou complementares. Pode
técnica de actividades de tempos livres. Colabora no atendi- ser designado por trolha.
mento dos pais das crianças. Pintor - Executa qualquer trabalho de pintura; procede ao
Auxiliar de acção médica - Assegura o serviço de men- assentamento de vidros.
sageiro e procede à limpeza específica dos serviços de acção Servente - Executa tarefas não específicas.
médica; prepara e lava o material dos serviços técnicos; pro-
Enfermeiros
cede ao acompanhamento e transporte de doentes em camas,
macas, cadeiras de rodas ou a pé, dentro e fora do hospital; Enfermeiro - É o profissional habilitado com um curso de
assegura o serviço externo e interno de transporte de me- enfermagem legalmente reconhecido, a quem foi atribuído
dicamentos e produtos de consumo corrente necessários ao um título profissional que lhe reconhece competência téc-
funcionamento dos serviços; procede à recepção, arrumação nica e humana para a prestação de cuidados de enfermagem
de roupas lavadas e à recolha de roupas sujas e suas entre- gerais ao individuo, família, grupos e comunidade aos níveis
gas, prepara refeições ligeiras nos serviços e distribui dietas da prevenção primária, secundária e terciária.
(regime geral e dietas terapêuticas); colabora na prestação de O nível do desenvolvimento da autonomia técnico-cien-
cuidados de higiene e conforto aos doentes, sob orientação tífica determina: Conceber, organizar, coordenar, executar,
do pessoal de enfermagem; transporta e distribui as balas de supervisionar e avaliar intervenções de enfermagem, reque-
oxigénio e os materiais esterilizados pelos serviços de acção ridas pelo estado de saúde do indivíduo, família e comunida-
médica. de, no âmbito da promoção da saúde, prevenção da doença,
Auxiliar de laboratório - Lava, prepara e esteriliza o ma- tratamento e reabilitação; Decidir sobre técnicas e meios a
terial de uso corrente; faz pequenos serviços externos refe- utilizar na prestação de cuidados de enfermagem; Utilizar
rentes ao funcionamento do laboratório. técnicas próprias da profissão de enfermagem com vista à
manutenção e recuperação de funções vitais; Preparar e de-
Trabalhadores auxiliares
cidir sobre a administração da terapêutica prescrita, detetar
Trabalhador auxiliar (serviços gerais) - Procede à lim- os efeitos e atuar em conformidade; Participar na elaboração
peza e arrumação das instalações; assegura o transporte de e concretização de protocolos referentes a normas e critérios
alimentos e outros artigos; serve refeições em refeitórios; para administração de tratamentos e medicamentos; Orientar
desempenha funções de estafeta e procede à distribuição de o utente sobre a administração e utilização de medicamentos
correspondência e valores por protocolo; efectua o transporte e tratamentos; Realizar e participar em trabalhos de inves-
de cadáveres; desempenha outras tarefas não específicas que tigação da área da enfermagem; Colaborar e ou orientar ou
se enquadrem no âmbito da sua categoria profissional e não coordenar o processo de desenvolvimento de competências
excedam o nível de indiferenciação em que esta se integra. de estudantes de enfermagem, bem como de enfermeiros em
contexto académico ou profissional.
Trabalhadores de comércio e armazém
Enfermeiro especialista - É o profissional que desen-
Caixa de balcão - Efectua o recebimento das importân- volve, para além dos conteúdos funcionais descritos para a
cias devidas por fornecimento; emite recibos e efectua o re- categoria de enfermeiro, competências inerentes ao seu do-
gisto das operações em folhas de caixa. mínio de especialização em enfermagem, nomeadamente de

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

reabilitação, saúde mental e psiquiátrica, médico-cirúrgica, dos outros enfermeiros; Excecionalmente, presta cuidados
saúde infantil e pediátrica, saúde materno e obstétrica; saú- de enfermagem, tendo em vista a orientação e/ou formação
de na comunidade e nesta tendo em conta os acréscimos de de enfermeiros ou em situações de emergência.
competências em outras áreas, nomeadamente, geriatria e
Trabalhadores de farmácia
cuidados paliativos, identificando necessidades específicas e
promovendo a melhor utilização dos recursos, adequando-os A) Farmacêuticos
aos cuidados de enfermagem a prestar. Desenvolve e colabo-
Director técnico - Assume a responsabilidade pela exe-
ra na formação realizada nas unidades ou serviço, orienta os
cução de todos os actos farmacêuticos praticados na farmá-
enfermeiros, nomeadamente nas equipas multiprofissionais,
cia, cumprindo-lhe respeitar e fazer respeitar os regulamen-
no que respeita à definição e utilização de indicadores, cola-
tos referentes ao exercício da profissão farmacêutica, bem
bora na proposta das necessidades em enfermeiros e outro
como as regras da deontologia, por todas as pessoas que
pessoal da unidade, tendo em vista os cuidados de enferma-
trabalham na farmácia ou que têm qualquer relação com
gem a prestar, cabendo-lhe a responsabilidade funcional de
ela; presta ao público os esclarecimentos por ele solicitados,
os adequar às necessidades existentes.
sem prejuízo da prescrição médica, e fornece informações
Enfermeiro chefe/coordenador - Para além das funções
ou conselhos sobre os cuidados a observar com a utilização
inerentes à categoria de enfermeiro e de enfermeiro espe-
dos medicamentos, aquando da entrega dos mesmos, sempre
cialista, caso o seja, o seu conteúdo funcional é sempre in-
que, no âmbito das suas funções, o julgue útil ou convenien-
tegrado e indissociável da gestão do processo de prestação
te; mantém os medicamentos e substâncias medicamentosas
de cuidados de saúde, nomeadamente: gestão do serviço ou
em bom estado de conservação, de modo a serem fornecidos
unidade de cuidados; supervisão do planeamento, programa-
nas devidas condições de pureza e eficiência; diligencia no
ção e avaliação do trabalho da respetiva equipa; planear e
sentido de que sejam observadas boas condições de higiene
incrementar ações e métodos de trabalho que visem a quali-
e segurança na farmácia; presta colaboração às entidades ofi-
dade dos cuidados de enfermagem prestados, procedendo à
ciais e promove as medidas destinadas a manter um aprovi-
definição ou utilização de indicadores e respetiva avaliação;
sionamento suficiente de medicamentos.
decidir a afetação de meios. Gere e supervisiona a prestação
Farmacêutico - Coadjuva o director técnico no exercício
de cuidados, articulando com a equipa a sua adequação às
das suas funções e substitui-o nas suas ausências e impedi-
necessidades, nomeadamente através da elaboração de pla-
mentos.
nos de trabalho. Colabora na avaliação do desempenho para
Técnico de farmácia - Desenvolve actividades no cir-
os enfermeiros; Assegura o cumprimento das orientações
cuito do medicamento, tais como análises e ensaios farma-
relativas à higiene e segurança no trabalho, desenvolvendo
cológicos; interpreta a prescrição terapêutica e as fórmulas
ações para a prevenção de acidentes de trabalho em articula-
farmacêuticas, sua preparação, identificação e distribuição,
ção com a entidade empregadora; Dinamiza a formação em
exerce o controlo da conservação, distribuição e stocks de
serviço, promovendo a investigação tendo em vista a alte-
medicamentos e outros produtos, informa e aconselha sobre
ração de procedimentos, circuitos ou métodos de trabalho
o uso do medicamento.
para melhoria da eficiência dos cuidados prestados; Promove
a concretização dos compromissos assumidos pela entidade B) Profissionais de farmácia
empregadora com outras instituições. Ajudante técnico de farmácia (categoria residual) - Exe-
Enfermeiro diretor - Compete-lhe, nomeadamente: Ela- cuta todos os actos inerentes ao exercício farmacêutico, sob
borar o plano e o relatório anual de atividades de enferma- controlo do farmacêutico; vende medicamentos ou produtos
gem em articulação com o plano e relatório global da Ins- afins e zela pela sua conservação; prepara manipulados, tais
tituição; Participar na definição das metas organizacionais, como solutos, pomadas, xaropes e outros.
compatibilizando os objetivos do estabelecimento com a (Trata-se de profissão a extinguir quando vagarem os lu-
filosofia e objetivos da profissão de enfermagem; Definir pa- gares ocupados pelos ajudantes técnicos de farmácia que não
drões de cuidados de enfermagem e indicadores de avaliação foram reclassificados em técnicos de farmácia.)
do serviço de enfermagem do estabelecimento ou estabeleci- Auxiliar de farmácia - Coadjuva o ajudante técnico de
mentos de acordo com os valores da Instituição e da Profis- farmácia, ou os técnicos de farmácia, sob controlo do farma-
são; Criar ou manter um efetivo sistema de classificação do cêutico, nas tarefas que são cometidas àqueles trabalhadores
grau de dependência de utentes, no âmbito da enfermagem, e já descritas, não podendo exercer autonomamente actos
que permita determinar as necessidades em cuidados de en- farmacêuticos quer na farmácia quer nos postos de medica-
fermagem; Elaborar propostas de admissão de enfermeiros e mento.
propor a sua distribuição em articulação com os enfermeiros
Trabalhadores com funções de chefia nos serviços gerais
chefes, os quais coordena; Participar na mobilidade de en-
fermeiros, mediante critérios previamente estabelecidos; Co- Chefe dos serviços gerais - Organiza e promove o bom
ordenar estudos para determinação de custos/benefícios no funcionamento dos serviços gerais; superintende a coorde-
âmbito dos cuidados de enfermagem; Definir metas no âm- nação geral de todas as chefias da área dos serviços gerais.
bito da formação e investigação; Avaliar o desempenho dos Encarregado (serviços gerais) - Coordena e orienta a ac-
Enfermeiros com cargos de gestão e colabora na avaliação tividade dos trabalhadores da área dos serviços gerais sob a
sua responsabilidade.

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Encarregado geral (serviços gerais) - Coordena e orienta conserva em museu colecções de obras de arte, objectos de
a actividade dos trabalhadores da área dos serviços gerais carácter histórico, científico, técnico ou outros; orienta ou
sob a sua responsabilidade. realiza trabalhos de investigação nesses domínios e coordena
Encarregado de sector - Coordena e distribui o pessoal a actividade dos vários departamentos do museu a fim de as-
do sector de acordo com as necessidades dos serviços; veri- segurar o seu perfeito funcionamento; procura tornar conhe-
fica o desempenho das tarefas atribuídas; zela pelo cumpri- cidas as obras de arte existentes, promovendo exposições, vi-
mento das regras de segurança e higiene no trabalho; requi- sitas com fins educativos ou outros processos de divulgação;
sita produtos indispensáveis ao normal funcionamento dos organiza o intercâmbio das colecções entre museus e procura
serviços; verifica periodicamente os inventários e as existên- obter por empréstimo peças de instituições particulares. Por
cias e informa superiormente das necessidades de aquisição, vezes guia visitas de estudo e faz conferências sobre as co-
reparação ou substituição dos bens ou equipamentos; man- lecções existentes no museu.
tém em ordem o inventário do respectivo sector. Consultor jurídico - Consulta, estuda e interpreta leis;
Encarregado de serviços gerais - Organiza, coordena elabora pareceres jurídicos sobre assuntos pessoais, comer-
e orienta a actividade desenvolvida pelos encarregados de ciais ou administrativos, baseando-se na doutrina e na juris-
sector sob a sua responsabilidade; estabelece, em colabora- prudência.
ção com os encarregados de sector, os horários de trabalho, Engenheiro agrónomo - Estuda, concebe e orienta a exe-
escalas e dispensas de pessoal, bem como o modo de funcio- cução de trabalhos relativos à produção agrícola e faz pes-
namento dos serviços; mantém em ordem os inventários sob quisas e ensaios, de modo a obter um maior rendimento e
a sua responsabilidade. uma melhor qualidade dos produtos. Pode dedicar-se a um
campo específico de actividades, como, por exemplo, peda-
Trabalhadores com funções pedagógicas
gogia, genética, sanidade vegetal, construções rurais, hidráu-
Auxiliar de educação - Elabora planos de actividade das lica agrícola, horticultura, arboricultura, forragem, nutrição
classes, submetendo-os à apreciação dos educadores de in- animal e vitivinicultura.
fância e colaborando com estes no exercício da sua activi- Engenheiro civil (construção de edifícios) - Concebe e
dade. elabora planos de estruturas de edificações e prepara, organi-
Educador de estabelecimento - Exerce funções educati- za e superintende a sua construção, manutenção e reparação;
vas em estabelecimentos sócio-educativos, incluindo os diri- executa os cálculos, assegurando a resistência e estabilida-
gidos às pessoas com deficiência, prestando aos respectivos de da obra considerada e tendo em atenção factores como
utilizadores todos os cuidados e orientações necessários ao a natureza dos materiais de construção a utilizar, pressões
seu desenvolvimento físico, psíquico e afectivo. de água, resistência aos ventos e mudanças de temperatura;
Educador de infância - Organiza e aplica os meios edu- consulta outros especialistas, como engenheiros mecânicos,
cativos adequados em ordem ao desenvolvimento integral electrotécnicos e químicos, arquitectos e arquitectos paisa-
da criança, nomeadamente psicomotor, afectivo, intelectual, gistas, no que respeita a elementos técnicos e a exigências
social e moral; acompanha a evolução da criança e estabele- de ordem estética; concebe e realiza planos de obras e esta-
ce contactos com os pais no sentido de se obter uma acção belece um orçamento, planos de trabalho e especificações,
educativa integrada. indicando o tipo de materiais, máquinas e outro equipamento
Prefeito - Acompanha as crianças e os jovens, em regime necessário; consulta os clientes e os serviços públicos a fim
de internato ou semi-internato, nas actividades diárias extra- de obter a aprovação dos planos; prepara o programa e dirige
-aulas, refeições, sala de estudo, recreio, passeio e repouso, as operações à medida que os trabalhos prosseguem.
procurando consciencializá-los dos deveres de civilidade e Engenheiro electrotécnico - Estuda, concebe e estabele-
bom aproveitamento escolar. ce planos ou dá pareceres sobre instalações e equipamentos
Professor - Exerce actividade pedagógica em estabeleci- e estabelece planos de execução, indicando os materiais a
mentos sócio-educativos. utilizar e os métodos de fabrico; calcula o custo da mão-de-
-obra e dos materiais, assim como outras despesas de fabrico,
Trabalhadores com funções técnicas
montagem, funcionamento, manutenção e reparação de apa-
Arquitecto - Concebe e projecta, segundo o seu sentido relhagem eléctrica, e certifica-se de que o trabalho concluído
estético e intuição do espaço, mas tendo em consideração corresponde às especificações dos cadernos de encargos e às
determinadas normas gerais e regulamentos, conjuntos urba- normas de segurança.
nos e edificações; concebe o arranjo geral das estruturas e a Engenheiro silvicultor - Estuda, concebe e orienta a exe-
distribuição dos diversos equipamentos com vista ao equilí- cução de trabalhos relativos à cultura e conservação de ma-
brio técnico-funcional do conjunto, colaborando com outros tas, à fixação de terrenos e à melhor economia da água; apli-
especialistas; faz planos pormenorizados e elabora o caderno ca os processos de exploração que assegurem a renovação da
de encargos; executa desenhos e maquetas como auxiliar do floresta; determina as medidas mais adequadas de protecção
seu trabalho; presta assistência técnica no decurso da obra dos povoamentos florestais; faz pesquisas e ensaios, tendo
e orienta a execução dos trabalhos de acordo com as espe- em vista a produção, selecção e dispersão de sementes e a
cificações do projecto. Elabora, por vezes, projectos para a germinação das diferentes espécies; organiza e superinten-
reconstituição, transformação ou reparação de edifícios. de a exploração de viveiros; indica as práticas adequadas
Conservador de museu - Organiza, adquire, avalia e de desbaste, a fim de assegurar um rendimento máximo e

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permanente; orienta os trabalhos de exploração das madeiras guarnições para os pratos; executa e colabora nos trabalhos
quando atingem a idade do aproveitamento. Pode dedicar- de arrumação e limpeza da sua secção; colabora no serviço
-se a um campo específico de actividade, tal como silvo- de refeitório.
-pastorícia, protecção e fomento de caça e pesca (em águas Chefe de compras/ecónomo - Procede à aquisição de gé-
interiores). neros, mercadorias e outros artigos, sendo responsável pelo
Engenheiro técnico (construção civil) - Projecta, orga- regular abastecimento da instituição; armazena, conserva,
niza, orienta e fiscaliza trabalhos relativos à construção de controla e fornece às secções as mercadorias e artigos neces-
edifícios, funcionamento e conservação de sistemas de dis- sários ao seu funcionamento; procede à recepção dos artigos
tribuição ou escoamento de águas para serviços de higiene, e verifica a sua concordância com as respectivas requisições;
salubridade e irrigação; executa as funções do engenheiro organiza e mantém actualizados os ficheiros de mercadorias
civil no âmbito da sua qualificação profissional e dentro das à sua guarda, pelas quais é responsável; executa ou colabora
limitações impostas pela lei. na execução de inventários periódicos.
Engenheiro técnico agrário - Dirige trabalhos de natu- Cozinheiro - Prepara, tempera e cozinha os alimentos
reza agro-pecuária, pondo em execução processos eficien- destinados às refeições; elabora ou contribui para a confec-
tes para a concretização de programas de desenvolvimento ção das ementas; recebe os víveres e outros produtos neces-
agrícola; presta assistência técnica, indicando os processos sários à sua confecção, sendo responsável pela sua conserva-
mais adequados para obter uma melhor qualidade dos pro- ção; amanha o peixe, prepara os legumes e a carne e procede
dutos e garantir a eficácia das operações agrícolas; estuda à execução das operações culinárias; emprata-os, guarnece-
problemas inerentes à criação de animais, sua alimentação -os e confecciona os doces destinados às refeições, quando
e alojamento para melhoramento de raças. Pode dedicar-se não haja pasteleiro; executa ou zela pela limpeza da cozinha
a um campo específico da agricultura, como, por exemplo, e dos utensílios.
zootecnia, hidráulica agrícola, viticultura, floricultura, hor- Cozinheiro-chefe - Organiza, coordena, dirige e verifica
ticultura e outros. os trabalhos de cozinha; elabora ou contribui para a elabo-
Engenheiro técnico (electromecânica) - Estuda, concebe ração das ementas, tendo em atenção a natureza e o número
e projecta diversos tipos de instalações eléctricas e equipa- de pessoas a servir, os víveres existentes ou susceptíveis de
mentos de indústria mecânica; prepara e fiscaliza a sua fabri- aquisição, e requisita às secções respectivas os géneros de
cação, montagem, funcionamento e conservação; executa as que necessita para a sua confecção; dá instruções ao pessoal
funções de engenheiro electrotécnico ou engenheiro mecâ- de cozinha sobre a preparação e confecção dos pratos, tipos
nico no âmbito da sua qualificação profissional e dentro das de guarnição e quantidades a servir; acompanha o andamen-
limitações impostas por lei. to dos cozinhados e assegura-se da perfeição dos pratos e
Técnico superior de laboratório - Planeia, orienta e su- da sua concordância com o estabelecido; verifica a ordem e
pervisiona o trabalho técnico de um ou mais sectores do la- a limpeza de todas as secções de pessoal e mantém em dia
boratório; testa e controla os métodos usados na execução o inventário de todo o material de cozinha; é responsável
das análises; investiga e executa as análises mais complexas, pela conservação dos alimentos entregues na cozinha; é en-
de grande responsabilidade e de nível técnico altamente es- carregado do aprovisionamento da cozinha e de elaborar um
pecializado. registo diário dos consumos; dá informações sobre quantida-
Veterinário - Procede a exames clínicos, estabelece diag- des necessárias às confecções dos pratos e ementas; é ainda
nósticos e prescreve ou administra tratamentos médicos ou o responsável pela elaboração das ementas do pessoal e pela
cirúrgicos para debelar ou prevenir doenças dos animais; boa confecção das respectivas refeições qualitativa e quan-
acompanha a evolução da doença e introduz alterações no titativamente.
tratamento, sempre que necessário; estuda o melhoramento Despenseiro - Armazena, conserva e distribui géneros
das espécies animais, seleccionando reprodutores e estabe- alimentícios e outros produtos; recebe produtos e verifica se
lecendo as rações e tipos de alojamento mais indicados em coincidem em quantidade e qualidade com os discriminados
função da espécie e raça, idade e fim a que os animais se des- nas notas de encomenda; arruma-os em câmaras frigoríficas,
tinam; indica aos proprietários dos animais as medidas sani- tulhas, salgadeiras, prateleiras e outros locais apropriados;
tárias a tomar, o tipo de forragens ou outros alimentos a uti- cuida da sua conservação, protegendo-os convenientemente;
lizar e os cuidados de ordem genérica; examina animais que fornece, mediante requisição, os produtos que lhe sejam so-
se destinam ao matadouro e inspecciona os locais de abate licitados; mantém actualizados os registos; verifica periodi-
e os estabelecimentos onde são preparados ou transforma- camente as existências e informa superiormente das necessi-
dos alimentos de origem animal, providenciando no sentido dades de aquisição; efectua a compra de géneros de consumo
de garantir as condições higiénicas necessárias; inspecciona diário e outras mercadorias ou artigos diversos.
alimentos de origem animal que se destinam ao consumo Empregado de balcão - Ocupa-se do serviço de balcão,
público, para se certificar que estão nas condições exigidas. servindo directamente as preparações de cafetaria, bebidas e
doçaria para consumo no local; cobra as respectivas impor-
Trabalhadores de hotelaria
tâncias e observa as regras de controlo aplicáveis; colabora
Ajudante de cozinheiro - Trabalha sob as ordens de um nos trabalhos de asseio e higiene e na arrumação da secção;
cozinheiro, auxiliando-o na execução das suas tarefas; limpa elabora os inventários periódicos das existências da mesma
e corta legumes, carnes, peixe ou outros alimentos; prepara secção.

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Empregado de quartos/camaratas/enfermarias - Arruma assegura outros trabalhos da secção.


e limpa os quartos de um andar/camaratas ou enfermarias, Roupeiro - Ocupa-se do recebimento, tratamento, arru-
bem como os respectivos acessos, e transporta a roupa ne- mação e distribuição das roupas; assegura outros trabalhos
cessária para o efeito; serve refeições nos quartos e enfer- da secção.
marias.
Trabalhadores de madeiras, mobiliário e decoração
Empregado de refeitório - Executa nos diversos sectores
de um refeitório trabalhos relativos ao serviço de refeições; Carpinteiro - Constrói, monta e repara estruturas de ma-
prepara as salas, levando e dispondo mesas e cadeiras da for- deira e equipamentos, utilizando ferramentas manuais ou
ma mais conveniente; coloca nos balcões e nas mesas pão, mecânicas.
fruta, sumos e outros artigos de consumo; recebe e distribui Encarregado - Controla e coordena os profissionais com
refeições; levanta tabuleiros das mesas e transporta-os para a actividades afins.
copa; lava as louças, recipientes e outros utensílios; procede Marceneiro - Fabrica, monta, transforma, folheia e re-
a serviços de preparação de refeições, embora não as confec- para móveis de madeira, utilizando ferramentas manuais e
cionando. Executa ainda os serviços de limpeza e asseio dos mecânicas.
diversos sectores. Pintor-decorador - Executa e restaura decorações em
Encarregado de refeitório - Organiza, coordena, orienta superfícies diversas, servindo-se de tintas, massas e outros
e vigia os serviços de um refeitório e requisita os géneros, materiais. Por vezes, pinta e restaura mobiliários de elevado
utensílios e quaisquer outros produtos necessários ao nor- valor artístico e executa douramentos a ouro.
mal funcionamento dos serviços; fixa ou colabora no esta- Pintor de lisos (madeira) - Executa pinturas, douramen-
belecimento das ementas, tomando em consideração o tipo tos e respectivos restauros em madeira lisa, a que previamen-
de trabalhadores a que se destinam e o valor dietético dos te aplica adequado tratamento com aparelho de cré e uma
alimentos; distribui as tarefas ao pessoal, velando pelo cum- lavagem com cola de pelica. Executa as tarefas do dourador
primento das regras de higiene, eficiência e disciplina; veri- de madeira quando necessita de dourar.
fica a qualidade e quantidade das refeições; elabora mapas
Trabalhadores metalúrgicos
explicativos das refeições fornecidas, para posterior conta-
bilização; é encarregado de receber os produtos e verificar Canalizador (picheleiro) - Procede à montagem, conser-
se coincidem, em quantidade e qualidade, com os produtos vação e reparação de tubagens e acessórios de canalizações
descritos. para fins predominantemente domésticos; procede, quando
Pasteleiro - Confecciona e guarnece produtos de pas- necessário, à montagem, reparação e conservação de caleiras
telaria compostos por diversas massas e cremes, utilizando e algerozes.
máquinas e utensílios apropriados: elabora receitas para Encarregado - Controla e coordena os profissionais de
bolos, determinando as quantidades de matérias-primas e actividades afins.
ingredientes necessários à obtenção dos produtos pretendi- Serralheiro civil - Constrói e/ou monta e repara estrutu-
dos; pesa e doseia as matérias-primas de acordo com as re- ras metálicas, tubos condutores de combustíveis, ar ou va-
ceitas; prepara massas, cremes, xaropes e outros produtos, por, carroçarias de veículos automóveis, andaimes e simila-
por processos tradicionais ou mecânicos, com utensílios res para edifícios, pontes, navios, caldeiras, cofres e outras
apropriados; verifica e corrige, se necessário, a consistência obras.
das massas, adicionando-lhes os produtos adequados; unta Serralheiro mecânico - Executa peças, monta, repara e
as formas ou forra o seu interior com papel ou dá orientações conserva vários tipos de máquinas, motores e outros conjun-
nesse sentido; corta a massa, manual ou mecanicamente, ou tos mecânicos, com excepção dos instrumentos de precisão
distribui-a em formas, consoante o tipo e o produto a fabri- e das instalações eléctricas. Incluem-se nesta categoria os
car, servindo-se de utensílios e máquinas próprios; coloca a profissionais que, para aproveitamento de órgãos mecânicos,
massa em tabuleiros, a fim de ser cozida no forno; dá orien- procedem à sua desmontagem, nomeadamente de máquinas
tações, se necessário, relativamente aos tempos de cozedura; e veículos automóveis considerados sucata.
decora os artigos de pastelaria com cremes, frutos, choco- Trabalhadores de panificação
late, massapão e outros produtos; mantém os utensílios e o
local de trabalho nas condições de higiene requeridas. Ajudante de padaria - Corta, pesa, enrola e tende a massa
a panificar, a fim de lhe transmitir as características requeri-
Trabalhadores de lavandaria e de roupas das, para o que utiliza faca e balança ou máquinas divisoras,
Costureira/alfaiate - Executa vários trabalhos de corte pesadoras, enroladoras ou outras com que trabalha, cuidando
e costura manuais e ou à máquina necessários à confecção, da sua limpeza e arrumação, podendo ainda colaborar com
consertos e aproveitamento de peças de vestuário, roupas de o amassador e o forneiro, Pode também ser designado por
serviço e trabalhos afins. Pode dedicar-se apenas a trabalho manipulador ou panificador.
de confecção. Aprendiz - Faz a aprendizagem para desempenhar as tare-
Engomador - Ocupa-se dos trabalhos de passar a ferro e fas de amassador ou forneiro.
dobrar as roupas; assegura outros trabalhos da secção. Encarregado de fabrico - É o responsável pela aquisição
Lavadeiro - Procede à lavagem manual ou mecânica das de matérias-primas, pelo fabrico em tempo para a expedi-
roupas de serviço e dos utentes; engoma a roupa, arruma-a e ção e pela elaboração dos respectivos mapas, competindo-

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-lhe ainda assegurar a boa qualidade do pão e a disciplina do mente demonstrativos e as técnicas pedagógicas a utilizar
pessoal de fabrico. de acordo com os objectivos, a temática e as características
dos formandos; define, prepara e ou elabora meios e supor-
Trabalhadores de reabilitação e emprego protegido
tes didácticos de apoio, tais como documentação, materiais
Técnico superior de educação especial e reabilitação/re- e equipamentos, ferramentas, visitas de estudo; desenvolve
abilitação psicomotora - É o trabalhador que, de acordo com as sessões, transmitindo e desenvolvendo conhecimentos de
modelos, técnicas e instrumentos, avalia, planeia e intervém natureza teórico- prática, demonstrando a execução do gesto
junto dos utentes de todas as faixas etárias, áreas da psico- profissional e promovendo a respectiva repetição e correc-
motricidade (intervenção precoce, reeducação e terapia psi- ção; elabora, aplica e classifica testes de avaliação tais como
comotora), da actividade motora adaptada (condição física, questionários e inquéritos. Elabora ou participa na elabora-
recreação e desporto adaptado), da autonomia social (com- ção de programas de formação e ou no processo de selecção
petências sociais, cognitivas e de adaptação conducentes à de candidatos e formandos.
autonomia e independência do individuo em diferentes con- Monitor de CAO (actividades ocupacionais) - De acordo
textos, ao nível do individuo, da família e da comunidade), e com os planos individuais de desenvolvimento dos utentes,
ainda nos domínios das acessibilidades e das ajudas técnicas. participa na definição das actividades a desenvolver, elabo-
Auxiliar de actividades ocupacionais - É o trabalhador ra os programas das áreas temáticas definidas, selecciona os
que de acordo com os planos individuais de desenvolvimen- métodos essencialmente demonstrativos a utilizar, prepara e
to dos utentes, acompanha os jovens na realização das activi- desenvolve as actividades diárias, participa nos projectos de
dades a desenvolver ajudando-os na aplicação dos métodos centro e nos processos de avaliação individual.
a utilizar, dentro e fora do estabelecimento, participa na ocu- Monitor/formador de habilitação e reabilitação É o tra-
pação dos tempos livres, auxilia nas tarefas de prestação de balhador que ministra cursos de formação a indivíduos por-
alimentos, higiene e conforto. tadores de deficiência, independentemente da sua tipologia
Arquivista - Classifica e arquiva as obras recebidas no ou grau, ou a indivíduos com problemas de aprendizagem.
arquivo; regista as entradas e saídas de livros; elabora fichas Elabora e desenvolve os programas e instrumentos práticos,
dos utentes para envio de obras pelo correio, confrontando técnicos e pedagógicos, necessários ao desenvolvimento e
e registando os nomes e endereços em negro e em braille; realização de acções de formação.
mantém-se actualizado relativamente à saída de novas publi- Técnico de reabilitação - Aplica determinado sistema de
cações em braille. reabilitação numa área específica de deficientes.
Encarregados de emprego protegido e empresas de in- Tradutor - Traduz para braille textos de natureza diversa,
serção - Coordena e controla as tarefas executadas por um designadamente técnica e cultural, após leitura dos mesmos,
número de trabalhadores, executa tarefas do mesmo tipo das para que não haja alteração das ideias fundamentais do ori-
realizadas pelos trabalhadores que dirige. ginal.
Encarregado de oficina - Coordena e dirige os trabalhos
Trabalhadores rodoviários e de postos de abastecimento
da oficina; ministra formação e aperfeiçoamento profissio-
nal. Ajudante de motorista - Acompanha o motorista, compe-
Formador - Planeia, prepara, desenvolve e avalia sessões tindo-lhe auxiliá-lo na manutenção do veículo; vigia, indica
de formação de uma área científico-tecnológica específica, as manobras, arruma as mercadorias no veículo e auxilia na
utilizando métodos e técnicas pedagógicas adequados: ela- descarga, fazendo no veículo a entrega das mercadorias a
bora o programa da área formativa a ministrar, definindo os quem as carrega e transporta para o local a que se destinam;
objectivos e os conteúdos programáticos de acordo com as entrega directamente ao destinatário pequenos volumes de
competências terminais a atingir; define critérios e seleccio- mercadorias com pouco peso.
na os métodos e técnicas pedagógicas a utilizar de acordo Encarregado - É o trabalhador que, nas garagens, esta-
com os objectivos, a temática e as características dos forma- ções de serviço, postos de abastecimento, parques de esta-
dores; define, prepara e ou elabora meios e suportes didác- cionamento e estabelecimentos de venda de combustíveis,
ticos de apoio, tais como áudio visuais, jogos pedagógicos lubrificantes e pneus, representa a entidade empregadora,
e documentação; desenvolve as sessões, transmitindo e de- atende os clientes, cobra e paga facturas; orienta o movimen-
senvolvendo conhecimentos; avalia as sessões de formação, to interno; fiscaliza e auxilia o restante pessoal.
utilizando técnicas e instrumentos de avaliação, tais como Motorista de ligeiros - Conduz veículos ligeiros, pos-
inquéritos, questionários, trabalhos práticos e observação. suindo para o efeito carta de condução profissional; zela,
Por vezes, elabora, aplica e classifica testes de avaliação. sem execução, pela boa conservação e limpeza dos veículos;
Pode elaborar ou participar na elaboração de programas de verifica diariamente os níveis de óleo e de água e a pressão
formação. dos pneus; zela pela carga que transporta e efectua a carga
Monitor - Planeia, prepara, desenvolve e avalia sessões e descarga.
de formação de uma área específica, utilizando métodos e Motorista de pesados - Conduz veículos automóveis
técnicas pedagógicas adequados: elabora o programa da área com mais de 3500 kg de carga ou mais de nove passageiros,
temática a ministrar, definindo os objectivos e os conteúdos possuindo para o efeito carta de condução profissional; com-
programáticos de acordo com as competências terminais a pete-lhe ainda zelar, sem execução, pela boa conservação e
atingir; define critérios e selecciona os métodos essencial- limpeza do veículo e pela carga que transporta, orientando

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

também a sua carga e descarga; verifica os níveis de óleo e liação, bem como no desenvolvimento de acções terapêu-
de água. ticas específicas, no âmbito da cardiologia, pneumologia e
cirurgia cardiotorácica.
Trabalhadores dos serviços de diagnóstico e terapêutica
Técnico de medicina nuclear - É o trabalhador que par-
A) Técnicos superiores ticipa no desenvolvimento de acções nas áreas de labora-
tório clínico, de medicina nuclear e de técnica fotográfica
Dietista/nutricionista - Aplica conhecimentos de nutri-
com manuseamento de aparelhagem e produtos radioactivos,
ção e dietética na saúde em geral e na educação de grupos e
bem como execução de exames morfológicos associados ao
indivíduos, quer em situação de bem-estar quer na doença,
emprego de agentes radioactivos e estudos dinâmicos e siné-
designadamente no domínio da promoção e tratamento e da
ticos com os mesmos agentes e com testagem de produtos ra-
gestão de recursos alimentares.
dioactivos, utilizando técnicas e normas de protecção e segu-
Higienista oral - É o trabalhador que participa na reali-
rança radiológica no manuseamento de radiações ionizantes.
zação de actividades de promoção da saúde oral dos indiví-
Técnico de neurofisiologia - É o trabalhador que participa
duos e das comunidades, visando métodos epidemiológicos
na realização de registos da actividade bioeléctrica do siste-
e acções de educação para a saúde; prestação de cuidados
ma nervoso central e periférico, como meio de diagnóstico
individuais que visem prevenir e tratar as doenças orais.
na área da neurofisiologia, com particular incidência nas pa-
Ortoprotésico - É o trabalhador que participa na avalia-
tologias do foro neurológico e neurocirúrgico, recorrendo a
ção de indivíduos com problemas motores ou posturais, com
técnicas convencionais e ou computorizadas.
a finalidade de conceber, desenhar e aplicar os dispositivos
Técnico de prótese dentária - É o trabalhador que par-
necessários e mais adequados à correcção do aparelho loco-
ticipa na realização de actividades no domínio do desenho,
motor, ou à sua substituição no caso de amputações, e de-
preparação, fabrico, modificação e reparação de próteses
senvolvimento de acções visando assegurar a colocação dos
dentárias, mediante a utilização de produtos, técnicas e pro-
dispositivos fabricados e respectivo ajustamento, quando
cedimentos adequados.
necessário.
Técnico de radiologia - É o trabalhador que participa na
Ortoptista - É o trabalhador que participa no desenvolvi-
realização de todos os exames da área da radiologia de diag-
mento de actividades no campo do diagnóstico e tratamento
nóstico médico; programação, execução e avaliação de todas
dos distúrbios da motilidade ocular, visão binocular e ano-
as técnicas radiológicas que intervêm na prevenção e promo-
malias associadas; realização de exames para correcção re-
ção da saúde; utilização de técnicas e normas de protecção
fractiva e adaptação de lentes de contacto, bem como para
e segurança radiológica no manuseamento com radiações
análises da função visual e avaliação da condução nervosa
ionizantes.
do estímulo visual e das deficiências do campo visual; pro-
Técnico de radioterapia - É o trabalhador que participa
gramação e utilização de terapêuticas específicas de recupe-
no desenvolvimento de actividades terapêuticas através da
ração e reeducação das perturbações da visão binocular e da
utilização de radiação ionizante para tratamentos, incluindo
subvisão; acções de sensibilização, programas de rastreio e
o pré-diagnóstico e follow-up do doente; preparação, veri-
prevenção no âmbito da promoção e educação para a saúde.
ficação, assentamento e manobras de aparelhos de radiote-
Técnico de análises clínicas e saúde pública - É o traba-
rapia; actuação nas áreas de utilização de técnicas e normas
lhador que desenvolve actividades ao nível, entre outras, da
de protecção e segurança radiológica no manuseamento com
patologia clínica, imunologia, hematologia clínica, genética
radiações ionizantes.
e saúde pública, bioquímica, endocrinologia, microbiologia,
Técnico de reabilitação/fisioterapeuta - É o trabalha-
parasitologia, e hemoterapia, através do estudo, aplicação e
dor que se centra na análise e avaliação do movimento e da
avaliação das técnicas e métodos analíticos próprios, com
postura, baseadas na estrutura e função do corpo, utilizando
fins de diagnóstico e de rastreio.
modalidades educativas e terapêuticas específicas, com base,
Técnico de anatomia patológica, citológica e tanatológi-
essencialmente, no movimento, nas terapias manipulativas e
ca - É o trabalhador que executa tratamento de tecidos bioló-
em meios físicos e naturais, com a finalidade de promoção
gicos colhidos no organismo vivo ou morto, com observação
da saúde e prevenção da doença, da deficiência, de incapa-
macroscópica e microscópica, óptica e electrónica, com vista
cidade e da inadaptação e de tratar, habilitar ou reabilitar
ao diagnóstico anatomopatológico; realização de montagem
indivíduos com disfunções de natureza física, mental, de de-
de peças anatómicas para fins de ensino e formação; execu-
senvolvimento ou outras, incluindo a dor, com o objectivo
ção e controlo das diversas fases da técnica citológica.
de os ajudar a atingir a máxima funcionalidade e qualidade
Técnico de audiologia - É o trabalhador que desenvolve
de vida.
actividades no âmbito da prevenção e conservação da au-
Integrar:
dição, do diagnóstico e reabilitação auditiva, bem como no
Técnico de reabilitação/terapeuta da fala - É o traba-
domínio da funcionalidade vestibular.
lhador que participa no desenvolvimento de actividades no
Técnico de cardiopneumologia - É o trabalhador que
âmbito da prevenção, avaliação e tratamento das perturba-
se centra no desenvolvimento de actividades técnicas para
ções da comunicação humana, englobando não só todas as
o estudo funcional e de capacidade anatomofisiopatológica
funções associadas à compreensão e expressão da linguagem
do coração, vasos e pulmões, e de actividades ao nível da
oral e escrita, mas também outras formas de comunicação
programação, aplicação de meios do diagnóstico e sua ava-
não verbal.

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Técnico de reabilitação/terapeuta ocupacional - É o tra- Preparador de análises clínicas - Executa análises, de-
balhador que participa na avaliação, tratamento e habilitação pois de ter recebido ou feito colheita de amostras de produtos
de indivíduos com disfunção física, mental, de desenvolvi- biológicos; observa os fenómenos, identifica-os e regista-os;
mento, social ou outras, utilizando técnicas terapêuticas in- lava e procede à manutenção do material específico. Pode
tegradas em actividades seleccionadas consoante o objecti- ser especializado em aparelhos de alta complexidade técnica,
vo pretendido e enquadradas na relação terapêutica/utente; como analisadores automáticos, similares e outros.
prevenção da incapacidade, através de estratégias adequadas Radiografista - Obtém radiografias, utilizando aparelhos
com vista a proporcionar ao indivíduo o máximo de desem- de RX, para o que prepara o doente, tendo em vista o tipo de
penho e autonomia nas suas funções pessoais, sociais e pro- exame pretendido; manipula os comandos do aparelho para
fissionais, e, se necessário, o estudo e desenvolvimento das regular a duração da exposição e a intensidade da penetração
respectivas ajudas técnicas, em ordem a contribuir para uma da radiação; faz registos dos trabalhos executados.
melhoria da qualidade de vida. Radioterapeuta - Utiliza aparelhos de radiações ionizan-
Técnico de saúde ambiental - É o trabalhador que par- tes com fins terapêuticos; prepara o doente de acordo com o
ticipa no desenvolvimento de actividades de identificação, tipo de tratamento a efectuar; controla o desenrolar dos trata-
caracterização e redução de factores de risco para a saúde mentos, vigiando aparelhos apropriados, regista os trabalhos
originados no ambiente, participação no planeamento de ac- efectuados.
ções de saúde ambiental e em acções de educação para a Técnico de análises clínicas - Procede à colheita de to-
saúde em grupos específicos da comunidade, bem como de- mas para análises; prepara e ensaia reagentes, meios de cul-
senvolvimento de acções de controlo e vigilância sanitária de tura e solutos padrão correntes; manipula, pesquisa e doseia
sistemas, estruturas e actividades com interacção no ambien- produtos biológicos, executa culturas, técnicas e caracteri-
te, no âmbito da legislação sobre higiene e saúde ambiental. zações hematológicas; escolhe a técnica e o equipamento
B) Tecnicos mais adequados ao trabalho a efectuar; faz a testagem das
técnicas usadas e a usar, calculando os factores aferidos da
Cardiografista - Executa electrocardiogramas, vetocar-
precisão e exactidão dos métodos e o respectivo coeficiente
-diogramas, fonocardiogramas e outros, utilizando aparelhos
de averiguação; observa os diferentes fenómenos, identifica-
apropriados; prepara o doente para o exame e observa duran-
-os e regista-os conforme os padrões estabelecidos. É o pri-
te a sua execução tudo quanto possa contribuir para uma boa
meiro responsável pelos dados fornecidos de acordo com os
interpretação dos traçados.
estudos e determinações que efectua. Pode desenvolver a sua
Dietista - Elabora regimes alimentares para indivíduos
actividade, entre outras, nas áreas de bioquímica, endocrino-
sãos e doentes; recolhe elementos (condições físicas, tipo de
logia, genética, hematologia, microbiologia, parasitologia,
trabalho, idade) respeitantes ao indivíduo a quem as dietas
hemoterapia e saúde pública.
se destinam; calcula as percentagens de proteínas, hidratos
Técnico de audiometria - Faz diversos tipos de exames
de carbono e gorduras necessárias ao indivíduo; consulta ta-
audiométricos, utilizando aparelhagem e técnicas apropria-
belas sobre valor calórico dos alimentos; procede a inquéri-
das; faz a testagem das capacidades auditivas dos doentes e
tos alimentares, à inspecção de alimentos e verifica as suas
das próteses auditivas; prepara as inserções moldadas para o
características organolépticas. Por vezes, fornece indicações
ouvido; treina os doentes portadores de aparelhos de próteses
quanto à conservação e confecção de alimentos.
auditivas.
Electroencefalografista - Faz electroencefalogramas,
Técnico de cardiopneumografia - Actua no âmbito de
utilizando um electroencefalógrafo; prepara o doente para
cardiologia, angiologia, pneumologia e cirurgia torácica;
esse tipo de exame (colocação dos eléctrodos e preparação
executa e regista actividades cardiopneumovasculares do
psicológica do examinado); observa durante a sua execução
doente, designadamente electrocardiogramas, fonomeca-
tudo quanto possa contribuir para uma boa interpretação do
nogramas, ecocardiogramas e vetocardiogramas; actua e
traçado.
colabora na análise, medição e registo de diversos valores
Fisioterapeuta - Utiliza, sob prescrição médica, diferen-
de parâmetros nas áreas do pacing cardíaco, electrofisiolo-
tes técnicas e métodos, designadamente exercícios terapêuti-
gia e hemodinâmica; determina pulsos arteriais e venosos;
cos, treino funcional para as actividades da vida diária, técni-
realiza espirogramas, pneumotacogramas, pletasmogramas,
cas de facilitação neuromuscular, cinesiterapia respiratória,
provas ergométricas, provas farmacodinâmicas e gasometria
drenagem e outros, a fim de evitar a incapacidade quanto
arterial; assegura a preparação do doente para os exames e
possível e obter a máxima recuperação funcional do indiví-
verifica o correcto estado de funcionamento dos aparelhos,
duo. Pode utilizar outras técnicas, como sejam a hidrotera-
colabora na implementação da técnica (ou técnicas) dentro
pia, as massagens e a electroterapia.
do serviço a que pertença, nomeadamente na organização de
Pneumografista - Executa exames funcionais respirató-
organogramas, montagem e manuseamento de arquivos.
rios (espirometria, mecânica ventilatória, provas farmacodi-
Técnico de locomoção - Ensina, com vista ao desenvol-
nâmicas, difusão, gasometria arterial e ergometria), utilizan-
vimento dos deficientes visuais, técnicas de locomoção e
do aparelhos apropriados; prepara o doente de acordo com o
orientação na via pública, transportes, etc.
tipo de exame a efectuar; controla o desenrolar dos exames,
Técnico de neurofisiografia - Executa os registos de teste
vigiando os aparelhos da função respiratória e a reacção do
da actividade cerebral (electroencefalograma e neuromuscu-
doente; regista e efectua os cálculos dos resultados obtidos.
lar); no âmbito da electroencefalografia, executa o traçado

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e no da electromielografia colabora, preparando o material mésticas; procura solucionar os problemas apresentados ou


e tomando notas dos actos técnicos executados pelo médi- proporciona no domicílio, mediante a análise das condições
co durante o exame; elabora fichas individuais dos doentes, reais do lar, os conselhos adequados à melhoria da vida fa-
onde lança os dados colhidos dos registos efectuados. miliar e doméstica.
Técnico de ortóptica - Aplica técnicas para correcção e Animador cultural - Organiza, coordena e ou desenvolve
recuperação dos desequilíbrios motores do globo ocular e actividades de animação e desenvolvimento sócio-cultural
perturbações da visão binocular (heterofacias, estrabismos e junto dos utentes no âmbito dos objectivos da instituição;
paralisias oculomotoras); desempenha tarefas de perimetria, acompanha e procura desenvolver o espírito de pertença, co-
fazendo campos visuais, tonometria e tonografia, bem como operação e solidariedade das pessoas, bem como proporcio-
exames de adaptometrista, visão de cores, electroculagrafia nar o desenvolvimento das suas capacidades de expressão
e fotografia dos olhos a curta distância; elabora fichas in- e realização, utilizando para tal métodos pedagógicos e de
dividuais de observação, onde regista os dados obtidos nos animação.
exames efectuados. Assistente social - Estuda e define normas gerais, esque-
Técnico ortoprotésico - Executa, segundo prescrição mé- mas e regras de actuação do serviço social das instituições;
dica, próteses e ortóteses; assegura a colocação dos membros procede à análise de problemas de serviço social directamen-
artificiais e outros aparelhos ortopédicos, tendo em vista a te relacionados com os serviços das instituições; assegura e
correcção de deformações. promove a colaboração com os serviços sociais de outras ins-
Terapeuta da fala - Elabora, sob prescrição médica, a tituições ou entidades; estuda com os indivíduos as soluções
partir da observação directa do doente e conhecimento dos possíveis dos seus problemas (descoberta do equipamento
respectivos antecedentes, o plano terapêutico, consoante a social de que podem dispor); ajuda os utentes a resolver ade-
deficiência da fala diagnosticada pelo médico; reeduca alte- quadamente os seus problemas de adaptação e readaptação
rações de linguagem, nomeadamente perturbações de articu- social, fomentando uma decisão responsável.
lação, voz, fluência, atrasos no seu desenvolvimento e perda Educador social - Presta ajuda técnica com carácter edu-
da capacidade da fala, utilizando os métodos e técnicas mais cativo e social a níveis, em ordem ao aperfeiçoamento das
apropriados; orienta o doente, a família e os professores, ten- suas condições de vida; realiza e apoia actividades de nível,
do em vista complementar a acção terapêutica. de carácter recreativo, para crianças, adolescentes, jovens e
Terapeuta ocupacional - Elabora, sob prescrição médica, idosos.
a partir da observação directa do doente e conhecimento dos Mediador sócio-cultural - É o trabalhador que tem por
respectivos antecedentes, o plano terapêutico, consoante a função colaborar na integração de imigrantes e minorias ét-
deficiência diagnosticada pelo médico; procede ao tratamen- nicas, na perspectiva do reforço do diálogo intercultural e da
to do doente, através da orientação do uso de actividades es- coesão e inclusão sociais, para tal colaborando na resolução
colhidas, tais como domésticas, jardinagem, artesanais, des- de conflitos sócio-culturais e na definição de estratégias de
portivas, artísticas e sócio-recreativas, e orienta o doente, a intervenção social; colaborando activamente com todos os
família e outros elementos do seu agregado laboral e social. intervenientes dos processos de intervenção social e educati-
C) Técnicos auxiliares va; facilitando a comunicação entre profissionais e utentes de
origem cultural diferente; assessorando os utentes na relação
Ajudante técnico de análises clínicas - Executa trabalhos
com profissionais e serviços públicos e privados; promoven-
técnicos simples, nomeadamente análises de urina correntes,
do a inclusão de cidadãos de diferentes origens sociais e cul-
preparação de lâminas, de reagentes e de meios de cultura
turais em igualdade de condições.
simples; observa os fenómenos, identifica-os e regista-os;
Técnico de actividades de tempos livres (ATL) - Orienta
efectua colheitas e auxilia nas tarefas conducentes às trans-
e coordena a actividade dos ajudantes de ocupação. Actua
fusões de sangue.
junto de crianças em idade escolar, com vista à sua ocupação
Ajudante técnico de fisioterapia - Executa algumas ta-
durante o tempo deixado livre pela escola, proporcionando-
refas nos domínios de electroterapia e da hidroterapia, de-
-lhes ambiente adequado e actividades de carácter educativo;
signadamente infravermelhos e ultravioletas, correntes de
acompanha a evolução da criança e estabelece contactos com
alta frequência e correntes galvânicas, banho de remoinho,
os pais e professores no sentido de obter uma acção educa-
calor húmido, local ou geral, parafinas, banhos de contraste
tiva integrada e de despiste de eventuais casos sociais e de
e outros: coloca o doente nos aparelhos de mecanoterapia e
problemas de foro psíquico que careçam de especial atenção
aplica aerossóis.
e encaminhamento. Em alguns casos conta com o apoio do
Ortopédico - Assegura a colocação dos membros artifi-
psicólogo.
ciais e outros aparelhos ortopédicos, segundo prescrição mé-
Técnico auxiliar de serviço social - Ajuda os utentes em
dica, tendo em vista a correcção de deformações.
situação de carência social a melhorar as suas condições de
Trabalhadores sociais vida; coadjuva ou organiza actividades de carácter educativo
e recreativo para crianças, adolescentes e jovens, bem como
Agente de educação familiar - Promove a melhoria da
actividades de ocupação de tempos livres para idosos; apoia
vida familiar, através da consciencialização do sentido e con-
os indivíduos na sua formação social e na obtenção de um
teúdo dos papéis familiares e educação dos filhos e do ensino
maior bem-estar; promove ou apoia cursos e campanhas de
de técnicas de simplificação e racionalização das tarefas do-
educação sanitária, de formação familiar e outros. Pode tam-

4339
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

bém ser designado por auxiliar social. da ou guarda-rondista a idade mínima de 21 anos.
Técnico superior de animação sociocultural - é o traba-
Carreira
lhador que investiga, integrado ou não em equipas multidis-
1- A carreira do trabalhador com a profissão de contínuo,
ciplinares, o grupo alvo e o seu meio envolvente, diagnosti-
de guarda ou guarda-rondista e porteiro desenvolve-se pelas
cando e analisando situações de risco e áreas de intervenção
categorias de 2.ª e 1.ª
sob as quais actuar. Planeia e implementa projectos de in-
2- Constitui requisito da promoção a prestação de cinco
tervenção comunitária. Planeia, organiza e promove/desen-
anos de bom e efectivo serviço na categoria de contínuo,
volve actividades de carácter educativo, cultural, desportivo,
guarda ou guarda-rondista e porteiro de 2.ª
social, lúdico, turístico e recreativo, em contexto institucio-
nal, na comunidade ou ao domicílio, tendo em conta o ser- Electricistas
viço em que está integrado e as necessidades do grupo e dos
Aprendizagem, acesso e carreira
indivíduos, com vista a melhorar a sua qualidade de vida e
1- O aprendiz será promovido a ajudante após dois anos
a qualidade da sua inserção e interacção social. Incentiva,
de aprendizagem.
fomenta e estimula as iniciativas dos indivíduos para que se
2- O ajudante será promovido a pré-oficial logo que com-
organizem e decidam o seu projecto lúdico ou social, depen-
plete dois anos naquela profissão.
dendo do grupo alvo e dos objectivos da intervenção. Acom-
3- Será admitido, no mínimo, como pré-oficial o trabalha-
panha as alterações que se verifiquem na situação dos utentes
dor diplomado pelas escolas oficiais nos cursos de electri-
que afectem o seu bem-estar e actua de forma a ultrapassar
cista ou electricista montador e ainda os diplomados com o
possíveis situações de isolamento, solidão e outras.
curso de electricista da Casa Pia de Lisboa, Instituto Técnico
Técnico superior de educação social - É o trabalhador
Militar dos Pupilos do Exército, 2.º grau de torpedeiros e
que concebe, investiga, executa, articula, potencia, apoia,
electricistas da Marinha de Guerra Portuguesa, Escola de
gere, avalia projectos e programas assentes em redes, acto-
Marinheiros e Mecânicos da Marinha Mercante Portuguesa e
res e parcerias sociais, assentes na prática socio-educativa e
cursos de formação adequada do extinto Fundo de Desenvol-
pedagógica, desenvolvida em contexto social, fomentando
vimento de Mão-de-Obra ou do actual Instituto do Emprego
a aprendizagem permanente, a minimização e resolução de
e Formação Profissional.
problemas. Acompanha processos de socialização e inserção
4- O pré-oficial será promovido a oficial electricista de 3.ª
das pessoas reforçando as suas competências pessoais, so-
logo que complete dois anos de bom e efectivo serviço na-
ciais e profissionais.
quela profissão.
Técnico superior de mediação social - É o trabalhador
5- A carreira do trabalhador com a profissão de oficial
que, de forma autónoma, atende e avalia beneficiários e uten-
electricista desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª e 1.ª
tes, procede à análise das situações individuais e promove
6- Constitui requisito de promoção a oficial electricista de
o seu encaminhamento para as respostas adequadas a cada
2.ª e 1.ª a prestação de três anos de bom e efectivo serviço na
situação, estabelece os contactos e assegura a articulação
categoria imediatamente inferior.
necessários com serviços ou entidades, públicos ou particu-
lares, com vista à integração e inserção pessoal, social ou Enfermeiros
profissional das pessoas atendidas, nomeadamente as mais Admissão ou acesso
desfavorecidas perante o mercado de trabalho ou em situa- 1- Constitui condição de admissão a posse de título pro-
ção ou risco de exclusão social, acompanha, segue, avalia e fissional actualizado, emitido pela Ordem dos Enfermeiros.
investiga as situações por si trabalhadas. 2- Pode ter acesso à categoria profissional de enfermeiro
Outros trabalhadores especialista o enfermeiro que seja detentor do título de enfer-
meiro especialista emitido pela Ordem dos Enfermeiros, no
Encarregados gerais
momento da admissão ou posteriormente, cabendo a avalia-
Encarregado geral - Controla e coordena directamente ção da conveniência à Instituição, quer no caso de ingresso,
os encarregados. quer no caso de aquisição superveniente do título.
Carreira
ANEXO II 1- A carreira de enfermagem enquadra o enfermeiro, o en-
fermeiro especialista e o enfermeiro com funções de chefia
Condições específicas e direcção.
2- A carreira do enfermeiro, desenvolve-se pelas catego-
Cobradores rias de 3.ª, 2.ª, 1.ª e principal.
Admissão 3- O acesso à categoria de enfermeiro especialista é feita
Constitui condição de admissão para a profissão de co- para os enfermeiros detentores do título de enfermeiro espe-
brador a idade mínima de 18 anos. cialista emitido pela Ordem dos Enfermeiros, e para a área
de especialidade necessária para actividade a desenvolver na
Contínuos, guardas e porteiros Instituição.
Admissão 4- A carreira do enfermeiro com título de especialista de-
Constitui condição de admissão para a profissão de guar- senvolve-se pelas categorias de 1.ª e principal.

4340
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

5- Constitui requisito de promoção, a prestação de três 2- As condições de admissão para as profissões de caixa,
anos de bom e efectivo serviço na categoria imediatamente chefe de escritório, chefe de departamento, chefe de secção,
inferior. escriturário principal, subchefe de secção, guarda-livros e te-
6- Os enfermeiros da anterior carreira, nos termos regula- soureiro são as seguintes:
dos no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 11, de 22 de mar- a) Idade mínima de 18 anos;
ço de 2009, com mais de 3 anos de exercício na instituição, b) 9.º ano de escolaridade ou habilitações equivalentes.
serão integrados no nível IV, com a categoria de enfermeiro 3- Constitui condição de admissão para a profissão de con-
de 2.ª tabilista a titularidade de adequado curso de ensino superior.
7- Os enfermeiros e os enfermeiros especialistas podem ser
Estágio
coordenados por enfermeiros em funções de chefia e direc-
a) O ingresso nas profissões de escriturário, operador de
ção, consoante a estrutura orgânica definida pela instituição;
computador, operador de máquinas auxiliares e recepcionis-
8- As funções de chefia e direcção de enfermagem são
ta poderá ser precedido de estágio.
exercidas em comissão de serviço por enfermeiros ou enfer-
2- O estágio para escriturário terá a duração de dois anos,
meiros com título de especialista.
sem prejuízo do disposto no número seguinte.
9- Os lugares de coordenação de enfermeiros fazem-se
3- Para os trabalhadores admitidos com idade igual ou su-
através de recrutamento interno ou externo preferencialmen-
perior a 21 anos ou que completem 21 anos durante o está-
te entre enfermeiros com:
gio, este não poderá exceder um ano.
a) Pelo menos 5 anos de exercício profissional;
4- O estágio para operador de computador terá a duração
b) Avaliação de desempenho positiva, caso exista;
de um ano.
c) Competência comprovada no domínio da prática pro-
5- O estágio para operador de máquinas auxiliares e recep-
fissional.
cionista terá a duração de quatro meses.
10- O exercício pelos enfermeiros de funções de chefia é
remunerado pelo nível de remuneração da categoria de 1.ª, Acesso e carreiras
com o acréscimo do subsídio inerente a funções de coorde- 1- Logo que completem o estágio, os estagiários ingres-
nação técnica, estabelecido pela instituição para a unidade sam na categoria mais baixa prevista na carreira para que
que dirige. estagiaram.
11- Os actuais enfermeiros supervisores e enfermeiros- 2- A carreira do trabalhador com a profissão de escriturá-
-chefe mantêm-se na mesma categoria e funções, não po- rio desenvolve-se pelas categorias de terceiro-escriturário,
dendo ser substituídos nas suas funções por enfermeiros em segundo-escriturário e primeiro-escriturário.
cargos de direção e chefia. 3- Constitui requisito da promoção a segundo-escriturário
12- O exercício pelos enfermeiros de funções de direcção e primeiro-escriturário a prestação de três anos de bom e
é remunerado pelo nível de remuneração da categoria de efectivo serviço na categoria imediatamente inferior.
principal, com o acréscimo do subsídio inerente a funções 4- A carreira do trabalhador com a profissão de operador
de coordenação técnica, estabelecido pela instituição para a de computador desenvolve-se pelas categorias de operador
unidade que dirige. de computador de 1.ª e 2.ª
13- Cessando, por qualquer motivo, a comissão de servi- 5- Constitui requisito da promoção a operador de 1.ª a
ço correspondente ao exercício de funções de chefia ou di- prestação de três anos de bom e efectivo serviço na categoria
recção, os enfermeiros regressam ao seu lugar de origem na de operador de computador de 2.ª
carreira, passando a ser remunerados pelo nível correspon- 6- A carreira do trabalhador com a profissão de máquinas
dente ao lugar da carreira que detinham antes da comissão auxiliares, operador de processamento de texto e recepcio-
de serviço. nista desenvolve-se pelas categorias de 2.ª, 1.ª e principal.
7- Constitui requisito de promoção a operador de máqui-
Telefonistas
nas auxiliares, operador de processamento de texto e recep-
Carreira cionista de 1.ª e principal a prestação de cinco anos de bom e
1- A carreira do trabalhador com a profissão de telefonista efectivo serviço na categoria imediatamente inferior.
desenvolve-se pelas categorias de 2.ª, 1.ª e principal.
Trabalhadores da agricultura
2- Constitui requisito da promoção a telefonista de 1.ª e
principal a prestação de cinco anos de bom e efectivo serviço Admissão
na categoria imediatamente inferior. 1- Constitui condição de admissão para a profissão de fei-
tor a idade mínima de 18 anos.
Trabalhadores administrativos
2- As condições mínimas de admissão para a profissão de
Admissão tractorista são:
1- As habilitações mínimas exigíveis para a admissão de a) Idade mínima de 18 anos;
trabalhador com a profissão de documentalista, escriturário, b) Experiência e habilitações profissionais adequadas.
operador de computador, operador de máquinas auxiliares,
Trabalhadores de apoio
operador de processamento de texto, recepcionista e secre-
tário são o 9.º ano de escolaridade ou habilitações equiva- Carreira
lentes. 1- A carreira do trabalhador com a profissão de ajudante de

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

acção directa, de ajudante de acção educativa, de ajudante de aprendizagem.


estabelecimento de apoio a crianças deficientes e de auxiliar 4- O período de tirocínio do praticante é de dois anos.
de acção média desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª e
Acesso e carreira
1.ª
1- O praticante ascende à categoria mais baixa da carreira
2- Constitui requisito de promoção a ajudante de acção di-
estabelecida para a respectiva profissão logo que complete o
recta de 2.ª e 1.ª, a ajudante de acção educativa de 2.ª e 1.ª, a
tirocínio.
ajudante de estabelecimento de apoio a crianças deficientes
2- A carreira do trabalhador com a profissão de carpinteiro
de 2.ª e 1.ª e a auxiliar de acção médica de 2.ª e 1.ª, a pres-
de limpos, carpinteiro de tosco ou cofragem, pedreiro e pintor
tação de cinco anos de bom e efectivo serviço na categoria
desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª e 1.ª
imediatamente inferior.
3- Constitui requisito da promoção a carpinteiro de limpos,
3- No cômputo dos cinco anos necessários de permanência
carpinteiro de tosco ou cofragem, pedreiro e pintor de 2.ª a 1.ª
na categoria de ajudante de acção directa de 2.ª, para promo-
a prestação de três anos de bom e efectivo serviço na categoria
ção a ajudante de acção directa de 1.ª, será contado todo o
imediatamente inferior.
tempo de serviço prestado pelo trabalhador na extinta cate-
goria de ajudante de lar e centro de dia e de ajudante familiar Trabalhadores de farmácia - Farmacêuticos
domiciliário, ou noutras categorias de nível idêntico, nos ca-
Categorias profissionais
sos em que a instituição tenha reclassificado os trabalhadores
1- As categorias profissionais são as seguintes:
como ajudantes de acção directa.
a) Director técnico;
4- Os trabalhadores que, antes da entrada em vigor do CCT
b) Farmacêutico;
publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 26, de 15
c) Técnico de farmácia.
de julho de 2006, detivessem a categoria de ajudante de lar
2- A carreira dos trabalhadores com a profissão de técnico
e centro de dia e de ajudante familiar de 1.ª, passaram a deter
de farmácia desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª, 1.ª e
a categoria de ajudante de acção directa de 1.ª, mantendo a
principal.
antiguidade na nova categoria.
3- Constitui condição de admissão na categoria de técnico
Trabalhadores auxiliares de farmácia a titularidade de licenciatura oficialmente reco-
nhecida, ou equiparação a ela.
Carreira:
4- Constitui requisito de promoção a técnico de farmácia
1- A carreira dos trabalhadores auxiliares de serviços
de 2.º, de 1.ª ou principal a prestação de três anos de bom e
gerais desenvolve-se pelas categorias de auxiliar até cinco
efectivo serviço na categoria imediatamente anterior.
anos, e auxiliar com mais de cinco anos.
2- Constitui requisito de promoção a trabalhador auxiliar Trabalhadores de farmácia - Profissionais de farmácia
de serviços gerais com mais de cinco anos, a prestação de
Categorias profissionais
cinco anos de bom e efectivo serviço na categoria imediata-
As categorias profissionais são as seguintes:
mente inferior.
a) Ajudante técnico de farmácia (categoria residual);
Trabalhadores do comércio e armazém b) Auxiliar de farmácia.
2- É ajudante técnico de farmácia o trabalhador que, habi-
Admissão
litado com o 9.º ano de escolaridade ou habilitações equiva-
Constitui condição de admissão para as profissões de
lentes, tenha completado 3 anos de prática na extinta catego-
caixa de balcão, caixeiro-chefe de secção, encarregado de
ria de ajudante de farmácia, com um mínimo de 1250 dias
sector de armazém e fiel de armazém a idade mínima de 18
de presença efectiva com bom aproveitamento. Trata-se de
anos.
categoria residual, abrangendo apenas os ajudantes técnicos
Carreira de farmácia que não foram reclassificados em técnicos de
1- A carreira do trabalhador com a profissão de fiel de ar- farmácia, nos termos do Decreto-Lei n.º 320/1999, de 11 de
mazém desenvolve-se pelas categorias de fiel de armazém agosto, sendo os respectivos lugares extintos à medida que
de 2.ª e 1.ª vagarem.
2- Constitui requisito da promoção a prestação de cinco 3- Só poderão ser admitidos como auxiliares de farmácia
anos de bom e efectivo serviço na categoria de fiel de arma- os trabalhadores habilitados com a escolaridade obrigatória.
zém de 2.ª
Trabalhadores com funções de chefia dos serviços gerais
Trabalhadores da construção civil
Admissão
Aprendizagem e estágio 1- As condições de admissão para chefe dos serviços ge-
1- A aprendizagem para as profissões de carpinteiro de rais são as seguintes:
limpos, carpinteiro de tosco ou cofragem, pedreiro e pintor a) Idade não inferior a 21 anos;
tem a duração de dois anos. b) 9.º ano de escolaridade obrigatória ou habilitações equi-
2- O aprendiz com mais de 18 anos de idade tem um perí- valentes;
odo mínimo de aprendizagem de 12 meses. c) Experiência e habilitações profissionais adequadas.
3- O aprendiz ascenderá a praticante logo que complete a 2- As condições de admissão para encarregado, encarre-

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

gado geral, encarregado de sector e encarregado de serviços Trabalhadores de hotelaria


gerais são as seguintes:
a) Idade não inferior a 21 anos; Admissão
b) Experiência e habilitações profissionais adequadas. As condições mínimas de admissão para o exercício de
funções inerentes a qualquer das profissões incluídas no nível
Trabalhadores com funções pedagógicas profissional dos trabalhadores de hotelaria são as seguintes:
Admissão a) Robustez física suficiente para o exercício da activida-
1- Constitui condição de admissão para as profissões de de, a comprovar pelo boletim de sanidade, quando exigido
professor e educador de infância a titularidade das habilita- por lei;
ções legalmente exigidas. b) Titularidade de carteira profissional, quando obrigatória
2- Constitui condição de admissão para a profissão de au- para a respectiva profissão.
xiliar de educação a titularidade de diploma para o exercício Aprendizagem
da profissão. 1- Os trabalhadores admitidos com menos de 18 anos de
3- As habilitações mínimas exigíveis para a admissão de idade terão um período de aprendizagem nunca inferior a 12
trabalhador com a profissão de educador de estabelecimento meses.
e de prefeito são o 9.º ano de escolaridade ou habilitações 2- A aprendizagem para as profissões de cozinheiro, des-
equivalentes. penseiro e pasteleiro terá a duração de dois anos, indepen-
4- A aquisição de grau superior ou equiparado que de acor- dentemente da idade de admissão.
do com a legislação em vigor determine uma reclassificação 3- A aprendizagem para as profissões de empregado de
na carreira docente produz efeitos a partir do dia 1 do mês balcão e empregado de refeitório, quando a admissão ocorra
seguinte à data da sua conclusão, desde que o docente o com- depois dos 18 anos, tem a duração de um ano.
prove em tempo oportuno. 4- A aprendizagem para as profissões de empregado de
Contagem do tempo de serviço: quartos/camaratas/enfermarias e empregado de refeitório,
Para efeitos quer de ingresso quer de progressão dos edu- quando a admissão ocorra depois dos 18 anos, tem a duração
cadores de infância e dos professores nos vários níveis de de seis meses.
remuneração previstas no anexo IV, conta-se como tempo de 5- O aprendiz ascenderá a estagiário logo que complete a
serviço não apenas o tempo de serviço, efectivo e classifica- aprendizagem.
do de bom, prestado no mesmo estabelecimento de ensino Estágio
ou em estabelecimentos de ensino pertencentes à mesma en- 1- O estágio para cozinheiro e pasteleiro terá a duração de
tidade empregadora, mas também o serviço prestado noutros quatro anos, subdividido em períodos iguais.
estabelecimentos de ensino particular ou público, desde que 2- O estágio para despenseiro, empregado de balcão e em-
devidamente comprovado e classificado de bom e que a tal pregado de refeitório tem a duração de 12 meses.
não se oponham quaisquer disposições legais. 3- O estágio para a profissão de empregado de quartos/ca-
Os docentes que obtiverem a profissionalização em servi- maratas/enfermarias tem a duração de seis meses.
ço serão integrados nas respectivas carreiras de acordo com
as suas habilitações académicas e profissionais e tempo de Acesso e carreira
serviço prestado, com efeitos a 1 de setembro do ano civil 1- O estagiário ingressa na profissão logo que complete o
em que a concluam. período de estágio.
Os docentes legalmente dispensados da profissionaliza- 2- O estagiário para cozinheiro e pasteleiro ascende à cate-
ção integram-se nos níveis correspondentes dos docentes goria mais baixa estabelecida para as respectivas profissões.
profissionalizados, de acordo com o respectivo tempo de 3- A carreira do trabalhador com a profissão de ajudante de
serviço. cozinha desenvolve-se pelas categorias de ajudante de cozi-
Os docentes com a categoria de educador de infância e nha até 5 anos e de ajudante de cozinha com mais de cinco
de professor do 1.º ciclo do ensino básico e com grau de anos.
licenciatura são remunerados pela tabela B-4, contando para 4- Constitui requisito de promoção a ajudante de cozinha
o efeito todo o tempo de serviço docente prestado naquela com mais de cinco anos a prestação de cinco anos de bom e
categoria. efectivo serviço na categoria imediatamente inferior.
5- A carreira dos trabalhadores com a profissão de em-
Psicólogo, sociólogo pregado de balcão e empregado de refeitório desenvolve-se
Carreira pelas categorias de empregado de balcão e empregado de re-
1- A carreira dos trabalhadores com a profissão de psicó- feitório até cinco anos e com mais de cinco anos.
logo e sociólogo desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª, 6- Constitui requisito de promoção de empregado de bal-
1.ª e principal. cão e empregado de refeitório com mais de cinco anos a
2- Constitui requisito de promoção a psicólogo e sociólogo prestação de cinco anos de bom e efectivo serviço na catego-
de 2.ª, 1.ª e principal a prestação de três anos de bom e efec- ria imediatamente inferior.
tivo serviço na categoria imediatamente anterior. 7- As carreiras do trabalhador com a profissão de cozinhei-
ro e pasteleiro desenvolvem-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª e
1.ª

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

8- Constitui requisito da promoção a cozinheiro e paste- Acesso e carreira


leiro de 2.ª e 1.ª a prestação de cinco anos de bom e efectivo 1- O praticante ascende à categoria mais baixa estabeleci-
serviço na categoria imediatamente inferior. da para a respectiva profissão logo que complete o tirocínio.
2- A carreira do trabalhador com a profissão de canali-
Trabalhadores de lavandaria e de roupas
zador (picheleiro), serralheiro civil e serralheiro mecânico
Aprendizagem desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª e 1.ª
1- Os trabalhadores admitidos com menos de 18 anos de 3- Constitui requisito da promoção a canalizador (piche-
idade têm um período de aprendizagem nunca inferior a 12 leiro), serralheiro civil e serralheiro mecânico de 2.ª e 1.ª a
meses. prestação de três anos de bom e efectivo serviço na categoria
2- A aprendizagem para a profissão de costureira/alfaiate imediatamente inferior.
tem a duração de dois anos, independentemente da idade de
Trabalhadores de panificação
admissão.
3- A aprendizagem para as profissões de engomador, la- Admissão
vadeiro e roupeiro, quando a admissão ocorra depois dos 18 Constitui condição de admissão para os trabalhadores de
anos, tem a duração de um ano. panificação a titularidade do boletim de sanidade, bem como
4- O aprendiz ascenderá a estagiário logo que complete a da carteira profissional, nos casos em que estes constituam
aprendizagem. título obrigatório para o exercício da profissão.
Estágio Aprendizagem
1- O estágio para a profissão de costureiro/alfaiate tem a 1- A aprendizagem tem a duração de dois anos.
duração de 12 meses. 2- O aprendiz ascenderá a ajudante de padaria logo que
2- O estágio para a profissão de engomador, lavadeiro e complete o período de aprendizagem.
roupeiro tem a duração de seis meses. 3- O aprendiz com mais de 18 anos de idade ascenderá
3- O estagiário ingressa na profissão logo que complete o a ajudante desde que permaneça um mínimo de 12 meses
período de estágio. como aprendiz.
Trabalhadores de madeiras, mobiliário e decoração Trabalhadores de habilitação e reabilitação e emprego
protegido
Aprendizagem e tirocínio
1- A aprendizagem para as profissões de carpinteiro, mar- A) Técnicos superiores
ceneiro, pintor-decorador e pintor de lisos (madeira) tem a
Admissão
duração de dois anos.
Constitui condição de admissão para o exercício de fun-
2- O aprendiz com mais de 18 anos de idade tem um perí-
ções inerentes a técnico superior de educação especial e rea-
odo mínimo de aprendizagem de 12 meses.
bilitação/reabilitação psicomotora a titularidade de licencia-
3- O aprendiz ascenderá a praticante logo que complete a
tura oficialmente reconhecida.
aprendizagem.
4- O período de tirocínio do praticante é de dois anos. Carreira
1- A carreira dos trabalhadores com a profissão de técni-
Acesso e carreira
co superior de educação especial e reabilitação/reabilitação
1- O praticante ascende à categoria mais baixa estabeleci-
psicomotora desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª, 1.ª e
da para a respectiva profissão logo que complete o tirocínio.
principal
2- A carreira do trabalhador com a profissão de carpintei-
2- Constitui requisito de promoção a técnico superior de
ro, marceneiro, pintor-decorador e pintor de lisos (madeira)
educação especial e reabilitação/reabilitação psicomotora de
desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª e 1.ª
2.ª, 1.ª e principal a prestação de três anos de bom e efectivo
3- Constitui requisito da promoção a carpinteiro, marce-
serviço na categoria imediatamente anterior.
neiro, pintor-decorador e pintor de lisos (madeira) de 2.ª e 1.ª
a prestação de três anos de bom e efectivo serviço na catego- B) Técnicos
ria imediatamente inferior. Admissão
1- As condições de admissão para as profissões de arqui-
Trabalhadores metalúrgicos
vista, encarregado de oficina, técnico de reabilitação e tradu-
Aprendizagem e tirocínio tor são as seguintes:
1- A aprendizagem para as profissões de canalizador (pi- a) Idade não inferior a 18 anos;
cheleiro), serralheiro civil e serralheiro mecânico tem a du- b) Habilitações profissionais adequadas.
ração de dois anos. 2- Constitui condição de admissão para a profissão de for-
2- O aprendiz com mais de 18 anos de idade tem um perí- mador a titularidade das habilitações legalmente exigidas.
odo mínimo de aprendizagem de 12 meses. 3- Constitui condição de admissão para a profissão de au-
3- O aprendiz ascenderá a praticante logo que complete a xiliar de actividades ocupacionais a titularidade para o exer-
aprendizagem. cício da profissão.
4- O período de tirocínio do praticante é de dois anos. 4- Constitui condição de admissão para a profissão de monitor
de actividades ocupacionais e monitor/formador de habilita-

4344
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

ção e reabilitação as habilitações legalmente exigidas para o Carreira


exercício da profissão ou equiparadas. 1- A carreira dos técnicos superiores de diagnóstico e tera-
pêutica desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª, 1.ª e prin-
Carreira
cipal.
1- A carreira do trabalhador com a profissão de tradutor
2- Constitui requisito da promoção a 2.ª, 1.ª e principal a
desenvolve-se pelas categorias de 2.ª, 1.ª e principal.
prestação de três anos de bom e efectivo serviço na categoria
2- Constitui requisito da promoção a tradutor de 1.ª e prin-
imediatamente inferior.
cipal a prestação de cinco anos de bom e efectivo serviço na
categoria imediatamente inferior. B) Técnicos
3- A carreira do trabalhador com a profissão de monitor Admissão
de actividades ocupacionais e monitor/formador de habilita- Constitui condição de admissão para a profissão de técni-
ção e reabilitação desenvolve-se pelas categorias de 2.ª, 1.ª co de diagnóstico e terapêutica a titularidade das habilitações
e principal. legalmente exigidas e cédula profissional.
4- Constitui requisito da promoção de 2.ª a 1.ª, a perma-
Carreira
nência de três anos de bom e efectivo serviço na categoria
1- A carreira dos trabalhadores de uma das profissões men-
imediatamente inferior.
cionadas, desenvolve-se pelas categorias 3.ª, 2.ª e 1.ª
5- Constituem requisitos da promoção a monitor de acti-
2- Constitui requisito da promoção a 2.ª e 1.ª a prestação
vidades ocupacionais principal e monitor/formador de habi-
de três anos de bom e efectivo serviço na categoria imedia-
litação e reabilitação principal a prestação de cinco anos de
tamente inferior.
bom e efectivo serviço e a titularidade de curso profissional
específico na área que lecciona. C) Auxiliares técnicos
6- A carreira do trabalhador com a profissão de monitor Trabalhadores não detentores de cédula profissional, mas
desenvolve-se pelas categorias de 2.ª, 1.ª e principal. que possuem uma autorização de exercício concedida pelo
7- Constitui requisito da promoção a monitor de 1.ª a pres- Ministério da Saúde, sendo as suas categorias a extinguir
tação de três anos de bom e efectivo serviço na categoria quando vagarem. Exercem a actividade enquadrada por pro-
imediatamente inferior. fissionais legalmente titulados.
8- Constituem requisitos da promoção a monitor principal
Reclassificações
a prestação de cinco anos de bom e efectivo serviço e a titula-
ridade de curso profissional específico na área que lecciona. 1- Os técnicos de diagnóstico e terapêutica portadores de
C) Outros trabalhadores licenciatura e cédula profissional foram reclassificados da
seguinte forma, nos termos da deliberação da comissão pa-
Constitui condição de admissão para a profissão de au-
ritária publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 29,
xiliar de actividades ocupacionais a titularidade de diploma
de 8 de agosto de 2013:
para o exercício da profissão.
O dietista em técnico dietista/nutricionista;
Trabalhadores rodoviários e de postos de abastecimentos O preparador de análises clínicas e o técnico de análises
clínicas em técnico de análises clínicas e saúde pública;
Admissão
O técnico de audiometria em técnico de audiologia;
1- As condições de admissão para o exercício das funções
O cardiografista, o pneumografista e o técnico de car-
inerentes às profissões de motorista de ligeiros e de pesados
diopneumografia em técnico de cardiopneumologia;
são as exigidas por lei.
O electroencefalogista e o técnico de neurofisiografia em
2- Constitui condição de admissão para a profissão de
técnico de neurofisiologia;
abastecedor, ajudante de motorista e encarregado a idade mí-
O técnico de ortóptica em ortoptista;
nima de 18 anos.
O técnico ortoprotésico em ortoprotésico;
Carreira
O radiografista em técnico de radiologia;
1- A carreira do trabalhador com as profissões de motorista
O radioterapeuta em técnico de radioterapia;
de ligeiros e de motorista de pesados desenvolve-se pelas
Os técnicos de reabilitação/fisioterapeutas, técnicos de
categorias de 2.ª e 1.ª
reabilitação/terapeutas da fala e técnicos de reabilitação/
2- Constitui requisito de promoção a prestação de cinco
terapeutas ocupacionais detentores de licenciatura e cédula
anos de bom e efectivo serviço na categoria de motorista de
profissional mantêm a actual designação de categoria pro-
2.ª
fissional.
Trabalhadores de diagnóstico e terapêutica 2- Os técnicos de diagnóstico e terapêutica com licen-
ciatura e cédula profissional, que foram reclassificados nos
A) Técnicos superiores termos do número anterior, ou das profissões de técnico de
Admissão anatomia patológica, técnico de medicina nuclear, técnico de
Constitui condição de admissão para a profissão de téc- saúde ambiental, higienista oral e técnico de prótese dentária
nico superior de diagnóstico e terapêutica a posse da corres- terão contado o tempo de serviço na nova categoria, para
pondente licenciatura e cédula profissional. efeito de enquadramento na carreira, desde 22 de fevereiro

4345
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

de 2009 ou desde a data da conclusão de licenciatura, se pos- Outros trabalhadores


terior a essa data.
3- Os trabalhadores dos serviços de diagnóstico e terapêu- Encarregados gerais
tica actualmente existentes, que não tenham obtido a licen-
Admissão
ciatura, mas que prossigam as suas funções ao abrigo de uma
As condições de admissão para a profissão de encarrega-
autorização de exercício do Ministério da Saúde, mantém o
do geral são as seguintes:
enquadramento, designação de categorias, conteúdo funcio-
a) Idade não inferior a 21 anos;
nal e em enquadramento de nível remuneratório descritos no
b) Habilitações profissionais adequadas.
CCT publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 11,
de 22 de março de 2009, não podendo, no entanto, verificar-
-se novas admissões para essas categorias de quem não te- ANEXO III
nha habilitação correspondente ao 2.º ciclo de estudos supe-
riores, extinguindo-se os respectivos lugares à medida que Enquadramento das profissões em níveis
forem vagando, sendo designados de técnicos da categoria de qualificação
correspondente (sem curso). 1- Quadros superiores:
Trabalhadores sociais Arquitecto;
Assistente social;
Admissão Conservador de museu;
1- Constitui condição de admissão para o exercício de fun- Consultor jurídico;
ções inerentes a assistente social, técnico superior de ani- Contabilista;
mação sociocultural e técnico superior de educação social a Director de serviços;
titularidade de licenciatura oficialmente reconhecida. Director dos serviços clínicos;
2- Constitui condição de admissão para o exercício de fun- Director técnico (farmácia);
ções inerentes a técnico superior de mediação social a titu- Educadores de infância;
laridade de licenciatura anterior ao Processo de Bolonha ou Educadores de estabelecimento com grau superior;
do 2.º ciclo de estudos superiores especializados, num caso Enfermeiro;
ou noutro oficialmente reconhecidos, na área das ciências Enfermeiro especialista;
sociais e humanas. Engenheiro técnico agrário;
3- Constituem condições de admissão para a profissão de ani- Engenheiro técnico (construção civil);
mador cultural: Engenheiro técnico (electromecânica);
a) 12.º ano de escolaridade ou habilitação equivalentes; Engenheiro agrónomo;
b) Formação profissional específica. Engenheiro civil;
4- Constituem condições de admissão para a profissão de Engenheiro electrotécnico;
mediador sociocultural: Engenheiro silvicultor;
a) 9.º ano de escolaridade ou habilitação equivalente; Farmacêutico;
b) Formação profissional conferente do nível II de qualifi- Formador;
cação profissional. Higienista oral;
Carreira Médico;
1- A carreira do trabalhador com a profissão de assistente Médico especialista;
social, técnico superior de animação sociocultural, técnico Professor;
superior de educação social e técnico superior de mediação Psicólogo;
social desenvolve-se pelas categorias de 3.ª, 2.ª, 1.ª e prin- Secretário-geral;
cipal. Sociólogo;
2- Constitui requisito da promoção a assistente social, téc- Técnico de análises clínicas e saúde pública;
nico superior de animação sociocultural, técnico superior de Técnico de anatomia patológica, citológica e tanatológi-
educação social, técnico superior de mediação social de 3.ª ca;
a 2.ª, de 2.ª a 1.ª e 1.ª a principal, a prestação de três anos de Técnico de audiologia;
bom e efectivo serviço na categoria imediatamente inferior. Técnico de cardiopneumologia;
3- A carreira do trabalhador com a profissão de agente fa- Técnico dietista/nutricionista;
miliar, educador social e técnico auxiliar de serviço social Técnico de farmácia;
desenvolve-se pelas categorias de 2.ª e 1.ª Técnico de medicina nuclear;
4- Constitui requisito da promoção a prestação de cinco Técnico de neurofisiologia;
anos de bom e efectivo serviço na categoria de agente de edu- Técnico de prótese dentária;
cação familiar, educador social e técnico auxiliar de serviço Técnico de radiologia;
social de 2.ª Técnico de radioterapia;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Técnico de reabilitação/fisioterapeuta; Documentalista;


Técnico de reabilitação/terapeuta da fala; Educador social;
Técnico de reabilitação/terapeuta ocupacional; Educadora de infância com diploma;
Técnico de saúde ambiental; Encarregado fiscal;
Técnico superior de animação sociocultural; Escriturário principal/subchefe de secção;
Técnico superior de educação especial e reabilitação/rea- Mediador sócio-cultural;
bilitação psicomotora; Monitor;
Técnico superior de educação social; Monitor de CAO (actividades ocupacionais);
Técnico superior de laboratório; Monitor/formador de habilitação e reabilitação;
Técnico superior de mediação social; Preparador de análises clínicas;
Veterinário. Professor sem magistério;
Secretário;
2- Quadros médios:
Técnico auxiliar de serviço social;
2.1-Técnicos administrativos:
Técnico de actividades de tempos livres (ATL);
Tesoureiro;
Tradutor.
2.2- Técnicos de produção e outros:
4.2- Produção:
Cardiografista;
Pintor-decorador;
Educadores de infância;
Pintor de lisos (madeiras).
Electroencefalografista;
Fisioterapeuta; 5- Profissionais qualificados:
Pneumografista; 5.1- Administrativos:
Radiografista; Arquivista;
Radioterapeuta; Caixa;
Técnico de análises clínicas; Escriturário;
Técnico de audiometria; Operador de computador.
Técnico de cardiopneumografia;
5.2- Produção:
Técnico de farmácia (cédula prof. s/licenciatura)
Canalizador (picheleiro);
Técnico de locomoção;
Carpinteiro;
Técnico de neurofisiografia;
Carpinteiro de limpos;
Técnico de ortóptica de reabilitação;
Carpinteiro de tosco ou cofragens;
Técnico ortoprotésico;
Marceneiro;
Terapeuta da fala;
Oficial (electricista);
Terapeuta ocupacional.
Pedreiro;
3- Encarregados, contramestres, mestres e chefes de Pintor;
equipa: Pintor de móveis;
Cozinheiro-chefe; Serralheiro civil;
Encarregado de exploração ou feitor; Serralheiro mecânico.
Encarregado de fabrico;
5.3- Outros:
Encarregado de obras;
Ajudante de farmácia;
Encarregado de oficina;
Ajudante de feitor;
Encarregado de refeitório (hotelaria);
Ajudante técnico de análises clínicas;
Encarregado de sector (serviços gerais);
Ajudante técnico de fisioterapia;
Encarregado de serviços gerais (serviços gerais);
Auxiliar de actividades ocupacionais;
Encarregado electricista;
Auxiliar de educação;
Encarregado fiscal;
Barbeiro-cabeleireiro;
Encarregado geral;
Cabeleireiro;
Encarregados gerais (serviços gerais);
Chefe de compras/ecónomo;
Encarregado (madeiras);
Cozinheiro;
Encarregado (metalúrgicos);
Despenseiro;
Encarregado (rodoviários);
Educadores de estabelecimento sem grau superior;
Encarregado (serviços gerais).
Encarregado de emprego protegido e empresas de inser-
4- Profissionais altamente qualificados: ção;
4.1- Administrativos, comércio e outros: Fiel de armazém;
Agente de educação familiar; Motorista de ligeiros;
Ajudante técnico de farmácia; Motorista de pesados;
Animador cultural; Operador de máquinas agrícolas;
Dietista; Parteira (curso de partos);

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Pasteleiro; Estagiário;
Prefeito; Praticante;
Tractorista. Pré-oficial (electricista).
6- Profissionais semiqualificados (especializados): Profissões integráveis em dois níveis
6.1- Administrativos, comércio e outros:
1- Quadros superiores/quadros médios - técnicos admi-
Ajudante de acção directa;
nistrativos:
Ajudante de acção educativa;
Chefe de departamento (chefe de serviços, chefe de escri-
Ajudante de cozinheiro;
tório e chefe de divisão) (a).
Ajudante de enfermaria;
Ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com de- 2.1/3- Quadros médios - técnicos da produção e outros/
ficiência; encarregados:
Ajudante de motorista; Chefe de serviços gerais (a).
Ajudante de ocupação;
3/5.2- Encarregados/profissionais qualificados - comér-
Auxiliar de acção médica;
cio:
Auxiliar de laboratório;
Chefe de secção.
Barbeiro;
Caixa de balcão; 3/5.3- Encarregados/profissionais qualificados - produ-
Capataz (agrícolas); ção:
Caseiro (agrícolas); Chefe de equipa/oficial principal (electricistas).
Empregado de balcão; 3/5.4- Encarregados/profissionais qualificados - outros:
Empregado de mesa; Encarregado do sector de armazém.
Empregado de quartos/camaratas/enfermarias;
Empregado de refeitório; 5.1/6.1- Profissionais qualificados - administrativos/
Jardineiro; profissionais semiqualificados administrativos, comércio
Operador de máquinas auxiliares; e outros:
Operador de tratamento de texto; Cobrador;
Telefonista; Recepcionista.
Tratador ou guardador de gado. 5.4/6.1- Profissionais qualificados - outros/profissionais
6.2- Produção: semiqualificados - administrativos, comércio e outros:
Ajudante de padaria; Costureira/alfaiate.
Capataz (construção civil); (a) Profissão integrável em dois níveis de qualificação, consoante a di-
Operador de máquinas (encadernação e acabamentos); mensão do serviço ou secção chefiada e inerente grau de responsabilidade.
Operador manual (encadernação e acabamentos).
7- Profissionais não qualificados (indiferenciados): ANEXO IV
7.1- Administrativos, comércio e outros:
Auxiliar menor; Enquadramento das profissões e categorias
Contínuo; profissionais em níveis de remuneração
Engomador;
A - Geral:
Guarda de propriedades ou florestal;
Guarda ou guarda-ondista; Nível I
Hortelã ou trabalhador horto-florícola; Director de serviços;
Lavadeiro; Director de serviços clínicos;
Paquete (*); Secretário-geral.
Porteiro; Nível II
Roupeiro; Assistente social principal;
Trabalhador agrícola; Chefe de divisão
Trabalhador auxiliar (serviços gerais). Enfermeiro especialista principal
(*) O paquete desempenha as mesmas tarefas do contínuo, não consti- Enfermeiro principal
tuindo a idade um elemento de diferenciação de profissão. Deve, assim, ter Higienista oral principal;
o mesmo nível do contínuo.
Ortoptista principal;
7.2- Produção: Ortoprotésico principal;
Servente (construção civil). Psicólogo principal;
Sociólogo principal;
A) Praticantes e aprendizes: Técnico de análises clínicas e saúde pública principal;
Ajudante de electricista; Técnico de anatomia patológica, citológica e tanatológi-
Aprendiz; ca principal;
Aspirante;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Técnico de audiologia principal; Enfermeiro de 2.ª;


Técnico de cardiopneumologia principal; Engenheiro agrónomo;
Técnico dietista/nutricionista principal (com licenciatura Engenheiro civil;
e cédula); Engenheiro electrotécnico;
Técnico de farmácia principal; Engenheiro silvicultor;
Técnico de medicina nuclear principal; Farmacêutico;
Técnico de neurofisiologia principal; Formador;
Técnico de prótese dentária principal; Higienista oral de 2.ª;
Técnico de radiologia principal; Médico (clínica geral);
Técnico de radioterapia principal; Ortoptista de 2.ª;
Técnico de reabilitação/fisioterapeuta principal; Ortoprotésico de 2.ª;
Técnico de reabilitação/terapeuta da fala principal; Psicólogo de 2.ª;
Técnico de reabilitação/terapeuta ocupacional principal; Sociólogo de 2.ª;
Técnico de saúde ambiental principal; Técnico de análises clínicas e saúde pública de 2.ª;
Técnico superior de animação sócio-cultural principal; Técnico de anatomia patológica, citológica e tanatológi-
Técnico superior de educação especial e reabilitação/ re- ca de 2.ª;
abilitação psicomotora principal; Técnico de audiologia de 2.ª;
Técnico superior de educação social principal; Técnico de cardiopneumologia de 2.ª;
Técnico superior de mediação social principal. Técnico dietista/nutricionista de 2.ª (com licenciatura e
cédula);
Nível III
Técnico de farmácia de 2.ª;
Assistente social de 1.ª;
Técnico de medicina nuclear de 2.ª;
Director técnico (FARM);
Técnico de neurofisiologia de 2.ª;
Enfermeiro especialista de 1ª;
Técnico de prótese dentária de 2.ª;
Enfermeiro de 1.ª;
Técnico de radiologia de 2.ª;
Higienista oral de 1.ª;
Técnico de radioterapia de 2.ª;
Médico especialista;
Técnico de reabilitação/fisioterapeuta de 2.ª;
Ortoptista de 1.ª;
Técnico de reabilitação/terapeuta da fala de 2.ª;
Ortoprotésico de 1.ª;
Técnico de reabilitação/terapeuta ocupacional de 2.ª;
Psicólogo de 1.ª;
Técnico de saúde ambiental de 2.ª;
Sociólogo de 1.ª;
Técnico superior de animação sociocultural de 2.ª;
Técnico de análises clínicas e saúde pública de 1.ª;
Técnico superior de educação especial e reabilitação/rea-
Técnico de anatomia patológica, citológica e tanatológi-
bilitação psicomotora de 2.ª;
ca de 1.ª;
Técnico superior de educação social de 2.ª;
Técnico de audiologia de 1.ª;
Técnico superior de laboratório;
Técnico de cardiopneumologia de 1.ª;
Técnico superior de mediação social de 2.ª;
Técnico dietista/nutricionista de 1.ª (com licenciatura e
Veterinário.
cédula);
Técnico de farmácia de 1.ª; Nível V
Técnico de medicina nuclear de 1.ª; Assistente social de 3.ª;
Técnico de neurofisiologia de 1.ª; Enfermeiro de 3.ª;
Técnico de prótese dentária de 1.ª; Higienista oral de 3.ª;
Técnico de radiologia de 1.ª; Ortoptista de 3.ª;
Técnico de radioterapia de 1.ª; Ortoprotésico de 3.ª;
Técnico de reabilitação/fisioterapeuta de 1.ª; Psicólogo de 3.ª;
Técnico de reabilitação/terapeuta da fala de 1.ª; Sociólogo de 3.ª;
Técnico de reabilitação/terapeuta ocupacional de 1.ª; Técnico de análises clínicas e saúde pública de 3.ª;
Técnico de saúde ambiental de 1.ª; Técnico de anatomia patológica, citológica e tanatológi-
Técnico superior de animação sociocultural de 1.ª; ca de 3.ª;
Técnico superior de educação especial e reabilitação/rea- Técnico de audiologia de 3.ª;
bilitação psicomotora de 1.ª, Técnico de cardiopneumologia de 3.ª;
Técnico superior de educação social de 1.ª; Técnico dietista/nutricionista de 3.ª (com licenciatura e
Técnico superior de mediação social de 1.ª. cédula);
Técnico de farmácia de 3.ª,
Nível IV
Técnico de medicina nuclear de 3.ª;
Arquitecto;
Técnico de neurofisiologia de 3.ª;
Assistente social de 2.ª;
Técnico de prótese dentária de 3.ª;
Conservador de museu;
Técnico de radiologia de 3.ª;
Consultor jurídico;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Técnico de radioterapia de 3.ª; Técnico de cardiopneumografia de 1.ª;


Técnico de reabilitação/fisioterapeuta de 3.ª; Técnico de neurofisiografia de 1.ª;
Técnico de reabilitação/terapeuta da fala de 3.ª; Técnico ortoprotésico de 1.ª;
Técnico de reabilitação/terapeuta ocupacional de 3.ª Técnico de ortóptica de 1.ª;
Técnico de saúde ambiental de 3.ª; Terapeuta da fala de 1.ª;
Técnico superior de animação sociocultural de 3.ª; Terapeuta ocupacional de 1.ª
Técnico superior de educação especial e reabilitação/rea-
Nível IX
bilitação psicomotora de 3.ª;
Agente de educação familiar de 2.ª;
Técnico superior de educação social de 3.ª;
Animador cultural;
Técnico superior de mediação social de 3.ª
Cardiografista de 2.ª;
Nível VI Dietista de 2.ª;
Contabilista/técnico oficial de contas. Educador social de 2.ª;
Electroencefalografista de 2.ª;
Nível VII
Encarregado (EL);
Cardiografista principal;
Encarregado (MAD);
Chefe de departamento;
Encarregado (MET);
Chefe de escritório;
Encarregado de exploração ou feitor;
Chefe de serviços;
Encarregado de fabrico;
Dietista principal;
Encarregado de obras;
Electroencefalografista principal;
Encarregado de oficina;
Engenheiro técnico agrário;
Fisioterapeuta de 2.ª;
Engenheiro técnico (construção civil);
Mediador sociocultural;
Engenheiro técnico (electromecânico);
Monitor/formador de habilitação e reabilitação principal;
Fisioterapeuta principal;
Monitor principal;
Pneumografista principal;
Pneumografista de 2.ª;
Preparador de análises clínicas principal;
Preparador de análises clínicas de 2.ª;
Radiografista principal;
Radiografista de 2.ª;
Radioterapeuta principal;
Radioterapeuta de 2.ª;
Técnico de análises clínicas principal;
Técnico de análises clínicas de 2.ª;
Técnico de audiometria principal;
Técnico de audiometria de 2.ª;
Técnico de cardiopneumografia principal;
Técnico auxiliar de serviço social de 1.ª;
Técnico de locomoção principal;
Técnico de cardiopneumografia de 2.ª;
Técnico de neurofisiografia principal;
Técnico de neurofisiografia de 2.ª;
Técnico ortoprotésico principal;
Terapeuta da fala de 2.ª;
Técnico de ortóptica principal;
Terapeuta ocupacional de 2.ª;
Terapeuta da fala principal;
Técnico ortoprotésico de 2.ª;
Terapeuta ocupacional principal;
Técnico de ortóptica de 2.ª
Tesoureiro.
Nível X
Nível VIII
Chefe de equipa/oficial principal (EL);
Agente de educação familiar de 1.ª;
Cozinheiro-chefe;
Ajudante técnico de farmácia (residual);
Documentalista;
Cardiografista de 1.ª;
Encarregado fiscal;
Chefe de secção (ADM);
Encarregado de sector de armazém;
Chefe dos serviços gerais;
Encarregado geral de serviços gerais;
Dietista de 1.ª;
Escriturário principal/subchefe de secção;
Educador social de 1.ª;
Monitor de 1.ª;
Electroencefalografista de 1.ª;
Monitor/formador de habilitação e reabilitação de 1.ª;
Encarregado geral;
Monitor de CAO principal;
Fisioterapeuta de 1.ª;
Pintor-decorador de 1.ª;
Guarda-livros;
Pintor de lisos (madeira) de 1.ª;
Pneumografista de 1.ª;
Secretário;
Preparador de análises clínicas de 1.ª;
Técnico auxiliar de serviço social de 2.ª;
Radiografista de 1.ª;
Técnico de reabilitação;
Radioterapeuta de 1.ª;
Tradutor principal.
Técnico de actividades de tempos livres;
Técnico de análises clínicas de 1.ª; Nível XI
Técnico de audiometria de 1.ª; Ajudante de farmácia do 3.º ano (residual);

4350
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Ajudante técnico de análises clínicas; Auxiliar de actividades ocupacionais com cinco anos de
Ajudante técnico de fisioterapia; bom e efectivo serviço;
Chefe de compras/ecónomo; Auxiliar de educação com cinco anos de bom e efectivo
Encarregado de serviços gerais; serviço;
Encarregado de refeitório; Canalizador (picheleiro) de 2.ª;
Monitor de 2.ª; Carpinteiro de 2.ª;
Monitor/formador de habilitação e reabilitação de 2.ª; Carpinteiro de limpos de 2.ª;
Monitor de CAO de 1.ª; Carpinteiro de tosco ou cofragem de 2.ª;
Parteira; Cobrador;
Pintor-decorador de 2.ª; Cozinheiro de 2.ª;
Pintor de lisos (madeira) de 2.ª; Electricista (oficial) de 2.ª;
Técnicos auxiliares de diagnóstico e terapêutica com au- Escriturário de 2.ª;
torização de exercício; Fiel de armazém de 2.ª;
Tradutor de 1.ª Marceneiro de 2.ª;
Motorista de ligeiros de 1.ª;
Nível XII
Motorista de pesados de 2.ª;
Ajudante de acção directa de 1.ª;
Operador de computadores de 2.ª;
Ajudante de farmácia do 2.º ano (residual);
Operador de máquinas auxiliares principal;
Ajudante de feitor;
Pasteleiro de 2.ª;
Arquivista;
Pedreiro/trolha de 2.ª;
Auxiliar de actividades ocupacionais com 11 ou mais
Pintor de 2.ª;
anos de bom e efectivo serviço;
Serralheiro civil de 2.ª,
Auxiliar de educação com 11 ou mais anos de bom e
Serralheiro mecânico de 2.ª;
efectivo serviço;
Tractorista.
Barbeiro-cabeleireiro;
Cabeleireiro; Nível XIV
Caixa; Ajudante de acção directa de 3.ª;
Canalizador (picheleiro) de 1.ª; Ajudante de acção educativa de 2.ª;
Carpinteiro de 1.ª; Auxiliar de acção médica de 2.ª;
Carpinteiro de limpos de 1.ª; Ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com de-
Carpinteiro de tosco ou cofragem de 1.ª; ficiência de 2.ª;
Cozinheiro de 1.ª; Auxiliar de actividades ocupacionais;
Despenseiro; Auxiliar de educação;
Dourador de ouro fino de 3.ª; Caixa de balcão;
Electricista (oficial) de 1.ª; Canalizador (picheleiro) de 3.ª;
Encarregado (ROD); Carpinteiro de 3.ª;
Encarregado de sector (serviços gerais); Carpinteiro de limpos de 3;ª
Escriturário de 1.ª; Carpinteiro de tosco ou cofragem de 3;ª
Fiel de armazém de 1.ª; Cozinheiro de 3;ª
Marceneiro de 1.ª; Operador de processamento de texto principal;
Monitor de CAO de 2.ª; Electricista (oficial) de 3.ª;
Motorista de pesados de 1.ª; Encarregado de emprego protegido e empresas de inser-
Operador de computador de 1.ª; ção;
Pasteleiro de 1.ª; Escriturário de 3.ª;
Pedreiro/trolha de 1.ª; Marceneiro de 3.ª;
Pintor de 1.ª; Motorista de ligeiros de 2.ª;
Pintor-decorador de 3.ª; Operador de máquinas agrícolas;
Pintor de lisos (madeira) de 3.ª; Operador de máquinas auxiliares de 1.ª;
Serralheiro civil de 1.ª; Operador manual de 1.ª;
Serralheiro mecânico de 1.ª; Pasteleiro de 3.ª;
Tradutor de 2.ª Pedreiro/trolha de 3.ª;
Pintor de 3.ª;
Nível XIII
Prefeito;
Ajudante de acção directa de 2.ª;
Recepcionista principal;
Ajudante de acção educativa de 1.ª;
Serralheiro civil de 3.ª;
Auxiliar de Acção Médica de 1.ª;
Serralheiro mecânico de 3.ª;
Ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com de-
Telefonista principal;
ficiência de 1.ª;
Tratador ou guardador de gado;
Ajudante de farmácia do 1.º ano;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Nível XV Jardineiro;
Ajudante de acção educativa de 3.ª; Lavadeiro;
Ajudante de cozinheiro com mais de 5 anos de bom e Porteiro de 2.ª;
efectivo serviço; Roupeiro;
Ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com de- Trabalhador agrícola;
ficiência de 3.ª; Trabalhador auxiliar (serviços gerais) com mais de cinco
Ajudante de enfermaria; anos de bom e efectivo serviço.
Ajudante de ocupação;
Nível XVIII
Auxiliar de acção médica de 3.ª;
Ajudante do 1.º ano (EL);
Capataz;
Estagiário do 3.º e 4.º anos (HOT);
Costureira/alfaiate;
Praticante do 2.º ano (CC, FARM, MAD e MET)
Operador de processamento de texto de 1.ª;
Praticante dos 3.º e 4.º anos (GRAF);
Empregado de balcão com mais de cinco anos de bom e
Servente (CC);
efectivo serviço;
Trabalhador auxiliar (serviços gerais) até cinco anos de
Empregado de mesa com mais de cinco anos de bom e
serviço.
efectivo serviço;
Empregado de refeitório com mais de cinco anos de bom Nível XIX
e efectivo serviço; Aprendiz (EL, PAN).
Estagiário do 2.º ano (ADM); Notas
Operador de computador estagiário; 1- Os trabalhadores de apoio (ajudante de acção directa, ajudante de ac-
Operador manual de 2.ª; ção educativa, ajudante de estabelecimento de apoio a pessoas com defici-
ência, auxiliar de acção médica) que se encontrem posicionados na catego-
Pré-oficial do 2.º ano (EL);
ria de 1.ª mantêm essa categoria e a actual retribuição, acedendo, no entanto,
Recepcionista de 1.ª; ao nível imediatamente superior do anexo IV a partir do momento em que
Telefonista de 1.ª perfaçam cinco anos de bom e efetivo serviço na actual categoria de 1.º,
contados a partir de 1 de janeiro de 2012.
Nível XVI Os trabalhadores das mesmas carreiras actualmente posicionados na
Ajudante de cozinheiro até cinco anos; categoria de 2.ª mantêm a referida categoria, progredindo, sem alteração
Ajudante de motorista; nominal de categoria, ao nível imediatamente superior do anexo IV ao fim
de cinco anos de bom e efetivo serviço nessa categoria, e progredindo à
Ajudante de padaria; categoria de 1.ª após cinco anos de bom e efetivo serviço no nível referido.
Auxiliar de laboratório; As admissões para estas carreiras serão efectuadas para a categoria de
Barbeiro; ingresso de 3.ª
Caseiro; 2- Os trabalhadores ajudante de cozinheiro que, contados desde 1 de Ja-
neiro de 2012, perfaçam cinco anos de bom e efectivo serviço, ascendem
Contínuo de 1.ª; automaticamente a ajudante de cozinheiro com mais de cinco anos.
Empregado de balcão até cinco anos; Os trabalhadores ajudante de cozinheiro com menos de cinco anos de
Empregado de refeitório até cinco anos; serviço mantém essa categoria e actual retribuição, acedendo ao nível ime-
Estagiário de operador de máquinas auxiliares; diatamente superior do anexo IV, a partir do momento que perfaçam cinco
anos de bom e efetivo serviço na actual categoria, contados a partir de 1 de
Estagiário do 1.º ano (ADM); janeiro de 2012.
Guarda ou guarda-rondista de 1.ª; As admissões para esta carreira serão efectuadas para a nova categoria
Operador manual de 3.ª; de ingresso.
Operador de processamento de texto de 2.ª; 3- Os trabalhadores auxiliares de serviços gerais que, a partir de 1 de
janeiro de 2012, perfaçam cinco anos de bom e efetivo serviço serão remu-
Porteiro de 1.ª; nerados pelo nível XVII do anexo IV.
Pré-oficial do 1.º ano (EL); 4- Os trabalhadores que detenham qualquer das categorias previstas no
Recepcionista de 2.ª; CCT entre a CNIS e a FEPCES e outros, publicado no Boletim do Trabalho
Telefonista de 2.ª e Emprego, n.º 11, de 22 de março de 2009, com última alteração salarial
publicada no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 45, de 8 de dezembro de
Nível XVII 2009, e com deliberações da comissão paritária publicadas no Boletim do
Ajudante do 2.º ano (EL); Trabalho e Emprego, n.º 34, de 15 de setembro de 2010 e n.º 29, de 8 de
agosto de 2013, e que tenham sido extintas pelo CCT publicado no Boletim
Contínuo de 2.ª; do Trabalho e Emprego, n.º 39, de 22 de outubro de 2017, com as alterações
Empregado de quartos/camaratas/enfermarias; publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 35, de 22 de setembro de
Engomador; 2018, objecto da rectificação publicada no Boletim do Trabalho e Emprego,
Estagiário de recepcionista; n.º 39, de 22 de outubro de 2018, mantêm-se no mesmo enquadramento
de categoria, com direito à progressão na carreira nos termos estabelecidos
Guarda de propriedades ou florestal no texto do referido CCT e à actualização salarial que vier a ser acordada
Guarda ou guarda-rondista de 2.ª; entre as partes para o futuro, relativamente a idêntico nível do anexo V,
Hortelão ou trabalhador horto-florícola; extinguindo-se os respectivos lugares à medida que vagarem.

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

ANEXO V 8 817,00
9 769,00
Tabela de retribuições mínimas 10 720,00
(A partir de 1 de julho de 2019) 11 670,00
12 646,00
Tabela A 13 632,00

Nível € 14 622,00

1 1 219,00 15 612,00

2 1 137,00 16 608,00

3 1 071,00 17 604,00

4 1 022,00 18 600,00

5 970,00 O aprendiz - Nível XIX - terá a retribuição mínima de


6 916,00 480,00 euros, nos termos do artigo 275.º, 1- a) do Código
7 866,00 do Trabalho.

Tabela B

Tabela de retribuições mínimas


(A partir de 1 de julho de 2019)
1- Professores dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário profissionalizados com licenciatura

Nível 1-A Nível 1-B Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Nível 6 Nível 7 Nível 8 Nível 9
» 29 anos 28 anos 26/27 anos 23/25 anos 20/22 anos 16/19 anos 12/15 anos 8/11 anos 4/7 anos 0/3 anos
3 043,00 2 730,00 2 530,00 2 394,00 2 045,00 1 930,00 1 864,00 1 716,00 1 480,00 999,00

2- Professores dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e secundário, profissionalizados com bacharelato

Nível 1-A Nível 1-B Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Nível 6 Nível 7 Nível 8 Nível 9
» 29 anos 28 anos 26/27 anos 23/25 anos 20/22 anos 16/19 anos 12/15 anos 8/11 anos 4/7 anos 0/3 anos
2 503,00 2 394,00 2 350,00 2 303,00 1 930,00 1 864,00 1 716,00 1 480,00 1 366,00 999,00

3- Outros professores do 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário

Nível 1               1 740,00

Professores 2.º e 3.º ciclos ensino básico e ensino secundário., profissionalizado, s/grau superior e » 20 anos  

Nível 2               1 484,00
Professores 2.º e 3.º ciclos ensino básico e ensino secundário., profissionalizado, s/grau superior e » 15 anos  
Nível 3               1 394,00
Professores 2.º e 3.º ciclos ensino básico e ensino secundário, não profissionalizado, c/habilitação própria,
de grau superior e » 10 anos 
Nível 4               1 355,00

Professores 2.º e 3.º ciclos ensino básico e ensino secundário, profissionalizado, s/grau superior e » 10 anos  

Nível 5               1 214,00
Professores 2.º e 3.º ciclos ensino básico e ensino secundário, não profissionalizado, c/habilitação própria,
de grau superior » 5 anos 
Nível 6               1 199,00

Restantes professores dos 2.º e 3.º ciclos ensino básico e ensino secundário. c/» 25 anos 

Nível 7               1 161,00
Professores 2.º e 3.º ciclos ensino básico e ensino secundário, não profissionalizado, c/habilitação própria,
s/grau superior e » 10 anos

Nível 8               1 143,00

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Professores 2.º e 3.º ciclos ensino básico e ensino secundário, não profissionalizado, c/habilitação própria, de grau superior 
Professores 2.º e 3.º ciclos ensino básico e ensino secundário, profissionalizado, s/grau superior e » 5 anos  
Restantes professores. 2.º e 3.º ciclos ensino básico e ensino secundário c/» 20 anos      
Nível 9               1 086,00
Restantes professores dos 2.º e 3.º ciclos ensino básico e ensino secundário. c/» 15 anos      
Nível 10               965,00
Professores. 2.º e 3.º ciclos ensino básico e ensino secundário., profissionalizado, s/grau superior  
Professores 2.º e 3.º ciclos ensino básico e ensino secundário., não profissionalizado, c/habilitação própria,
s/grau superior e » 5 anos 
Restantes professores dos 2.º e 3.º ciclos ensino básico e ensino secundário c/» 10 anos      
Nível 11               844,00
Restantes professores dos 2.º e 3.º ciclos ensino básico e ensino secundário c/» 5 anos      
Nível 12 823,00
Professores 2.º e 3.º ciclos ensino básico e ensino secundário, não profissionalizado, c/habilitação própria, s/grau superior 
Nível 13 770,00
Restantes professores do 2.º e 3.º ciclos ensino básico e do ensino secundário 
4- Educadores de infância e professores do 1.º ciclo do ensino básico com habilitação profissional e licenciatura

Nível 1-A Nível 1-B Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Nível 6 Nível 7 Nível 8 Nível 9

» 29 anos 28 anos 26/27 anos 23/25 anos 20/22 anos 16/19 anos 12/15 anos 8/11 anos 4/7 anos 0 a 3 anos
2 559,00 2 300,00 2 100,00 1 937,00 1 819,00 1 657,00 1 487,00 1 407,00 1 152,00 998,00
5- Educadores de infância e professores do 1.º ciclo do ensino básico com habilitação profissional
Nível 1-A Nível 1-B Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Nível 6 Nível 7 Nível 8 Nível 9
» 29 anos 28 anos 26/27 anos 23/25 anos 20/22 anos 16/19 anos 12/15 anos 8/11 anos 4/7 anos 0 a 3 anos
2 504,00 2 245,00 2 045,00 1 892,00 1 771,00 1 613,00 1 455,00 1 352,00 1 103,00 976,00
6- Restantes educadores e professores
Nível 1               1 214,00
Educadores de infância s/curso, c/diploma e curso complementar » 26 anos
Professores 1.º ciclo ensino básico, s/magistério, c/diploma e curso complementar » 26 anos   
Nível 2               1 157,00
Educadores de infância s/curso, c/diploma » 26 anos
Professores 1.º ciclo ensino básico, s/magistério, c/diploma » 26 anos       
Nível 3               1 142,00
Educadores de infância s/curso, c/diploma e curso complementar » 25 anos
Professores 1.º ciclo ensino básico, s/magistério, c/diploma e curso complementar » 25 anos 
Professores com grau superior e mais de 25 anos  
Educadores de estabelecimento com grau superior e mais de 25 anos
Nível 4               1 083,00
Educadores de infância s/curso, c/diploma e curso complementar » 20 anos
Professores 1.º ciclo ensino básico, s/magistério, c/diploma e curso complementar » 20 anos
Professores com grau superior e mais de 20 anos
Educadores de estabelecimento com grau superior e mais de 20 anos
Educadores de infância s/curso, c/diploma » 25 anos
Professores 1.º ciclo ensino básico, s/magistério, c/diploma » 25 anos
Nível 5               964,00
Educadores de infância s/ curso, c/diploma e curso complementar » 15 anos
Professores 1.º ciclo ensino básico, s/magistério, c/diploma e curso complementar » 15 anos
Professores com grau superior e mais de 15 anos
 
Educadores de estabelecimento com grau superior e mais de 15 anos
Educadores de infância s/curso, c/diploma » 20 anos
Professores 1.º ciclo ensino básico, s/magistério, c/diploma » 20 anos

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

Nível 6               871,00
Educadores de infância s/curso, c/diploma e curso complementar » 10 anos
Professores 1.º ciclo ensino básico, s/magistério, c/diploma e curso complementar » 10 anos
Professores com grau superior e mais de 10 anos
Educadores de estabelecimento com grau superior e mais de 10 anos
Educadores de infância s/curso, c/diploma » 15 anos  
Professores 1.º ciclo ensino básico, s/magistério, c/diploma » 15 anos
Professores sem grau superior e mais de 20 anos 
Educadores de estabelecimento sem grau superior e mais de 20 anos
Nível 7               769,00
Educadores de infância s/curso, c/diploma e curso complementar » 5 anos
Professores 1.º ciclo ensino básico, s/magistério, c/diploma e curso complementar » 5 anos
Professores com grau superior e mais de 5 anos
Educadores de estabelecimento com grau superior e mais de 5 anos
Educadores de infância s/curso, c/diploma » 10 anos
Professores 1.º ciclo ensino básico, s/magistério, c/diploma » 10 anos 
Professores sem grau superior e mais de 15 anos
Educadores de estabelecimento sem grau superior e mais de 15 anos

Nível 8               725,00

Educadores de infância s/curso, c/diploma » 5 anos


Professores 1.º ciclo ensino básico, s/ magistério, c/diploma » 5 anos 
Educadores de estabelecimento com grau superior
Professores sem grau superior e mais de 10 anos
Educadores de estabelecimento sem grau superior e mais de 10 anos

Nível 9               699,00

Educadores de infância s/curso, c/diploma e curso complementar


Professores 1.º ciclo ensino básico, s/magistério, c/diploma e curso complementar
Professores com grau superior
Professores sem grau superior e mais de 5 anos
Educadores de estabelecimento sem grau superior e mais de 5 anos

Nível 10             637,00

Educadores de infância s/curso, c/diploma


Professores 1.º ciclo ensino básico, s/magistério, c/diploma
Professores. sem grau superior
Educadores de estabelecimento sem grau superior
Professores 1.º ciclo ensino básico, com diploma para as povoações rurais
Professores autorizado 1.º ciclo ensino básico
Educadores de infância autorizado

Notas
1- A progressão na carreira dos educadores de infância e professores do 1.º ciclo do ensino básico com habilitação profissional e licenciatura que se não
encontrem no exercício efectivo de funções docentes tem por limite máximo o nível 5 da tabela B-4.
2- A progressão na carreira dos educadores de infância e professores do 1.º ciclo do ensino básico com habilitação profissional que se não encontrem no
exercício efectivo de funções docentes tem por limite máximo o nível 5 da tabela B-5.
3- O disposto no número anterior tem natureza transitória, obrigando-se os outorgantes a promover a unificação do estatuto retributivo na medida em que
os sistemas de cooperação das instituições com o Estado tal possibilitem, cabendo à comissão paritária definir a ocasião em que tais pressupostos estejam
preenchidos, no quadro da valorização de todas as carreiras técnicas de grau superior.
4- Os montantes retributivos constantes das tabelas B-4 e B-5 são aplicáveis aos professores e educadores, enquanto se mantiverem no exercício efectivo
de funções docentes, devendo aplicar-se o disposto nos números 1 e 2 quando cessarem funções dessa natureza.
5- Salvo convenção escrita em contrário, nomeadamente constante de contrato de comissão de serviço, o trabalhador que exerça funções de direcção
ou coordenação técnica ou de direcção pedagógica terá direito a receber, pelo exercício de tais funções, uma remuneração complementar determinada nos
termos seguintes:
- direcção ou coordenação técnica de apenas uma resposta social até 50 utentes - 80 euros;
- direcção ou coordenação técnica de apenas uma resposta social com mais de 50 utentes - 100 euros;
- direcção ou coordenação técnica de duas respostas sociais até 50 utentes - 120 euros;
- direcção ou coordenação técnica de duas respostas sociais, sendo uma até 50 utentes e outra com mais de 50 utentes - 140 euros;
- direcção ou coordenação técnica de duas respostas sociais com mais de 50 utentes - 160 euros;
- direcção pedagógica de estabelecimento de educação pré-escolar até 3 salas - 80 euros;
- direcção pedagógica de estabelecimento de educação pré-escolar com mais de 3 e menos de 7 salas - 100 euros;
- direcção pedagógica de estabelecimento de educação pré-escolar até 3 salas, em acumulação com a direcção ou coordenação técnica de outra resposta
social - 120 euros;
- direcção pedagógica de estabelecimento de educação pré-escolar com mais de 3 e menos de 7 salas, em acumulação com a direcção ou coordenação
técnica de outra resposta social - 140 euros;
- direcção pedagógica de estabelecimento de educação pré-escolar com mais de 7 salas - 140 euros;

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Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 41, 8/11/2019

- direcção técnica de estabelecimento de educação pré-escolar com mais de 7 salas, em acumulação com a direcção ou coordenação técnica de outra
resposta social - 160 euros.
Tratando-se de uma resposta ou serviço que se não enquadre nos critérios quantitativos referidos, mas cuja complexidade justifique a existência de direc-
ção técnica, a mesma será igualmente objecto de uma remuneração complementar, que, salvo convenção escrita em contrário, nomeadamente constante de
contrato de comissão de serviço, é fixada no valor de 120 euros.
6- Cessando o exercício de funções de direcção ou coordenação técnica, bem como as de direcção pedagógica, seja por iniciativa do trabalhador seja por
iniciativa da instituição, os trabalhadores referidos nos números anteriores passarão a ser remunerados pelo nível correspondente à sua situação na carreira
profissional.
7- A reorganização das carreiras abrangidas pela tabela B produz efeitos a partir da data da entrada em vigor do CCT publicado no Boletim do Trabalho e
Emprego, n.º 39, de 22 de outubro de 2017, sendo os respectivos trabalhadores enquadrados nos níveis correspondentes aos anos de serviço que possuírem
e passando as progressões na carreira a efectuar-se a partir da data referida exclusivamente de acordo com as regras estabelecidas nessa convenção, sem
prejuízo da manutenção de retribuições mais elevadas já individualmente praticadas relativamente aos trabalhadores abrangidos pelo CCT publicado no
Boletim do Trabalho e Emprego, n.º 11, de 22 de março de 2009.
8- Sem prejuízo da aplicabilidade do novo valor da RMMG, de 600,00 euros, a partir de 1 de janeiro de 2019, nos termos do Decreto-Lei n.º 117/2018, de
27 de dezembro, os valores de remunerações mínimas constantes da presente tabela vigorarão a partir de 1 de julho de 2019.

Porto, 8 de julho de 2019. Pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses - SEP:


Pela Confederação Nacional das Instituições de Solida- Jorge Manuel da Silva Rebelo, mandatário.
riedade - CNIS: Pelo Sindicato Nacional dos Psicólogos:
José Macário Correia, na qualidade de mandatário. Maria José Carvalho Esgueira, na qualidade de manda-
Roberto Rosmaninho Mariz, na qualidade de mandatário. tária.
Henrique Manuel de Queirós Pereira Rodrigues, na qua- Ana Paula Quintela Rodrigues, na qualidade de manda-
lidade de mandatário. tária.
Pela FEPCES - Federação Portuguesa dos Sindicatos do José Carlos Carvalho Fernandes, na qualidade de man-
Comércio, Escritórios e Serviços: datário.
Pelo SIFAP - Sindicato Nacional dos Profissionais de
Maria José Carvalho Esgueira, na qualidade de manda-
Farmácia e Paramédicos:
tária.
Ana Paula Quintela Rodrigues, na qualidade de manda- José Carlos Dantas, na qualidade de mandatário.
tária.
Pelo Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidarieda-
José Carlos Carvalho Fernandes, na qualidade de man-
de e Segurança Social - STSSSS:
datário.
Joaquim Manuel Monteiro do Espírito Santo, na qualida-
Pela Federação Nacional dos Professores - FENPROF:
de de mandatário.
Graça Maria Cabral de Sousa Morgado dos Santos, na Florentino Paulo Mota Silva, na qualidade de mandatá-
qualidade de mandatária. rio.
Pedro Miguel Pereira Faria, na qualidade de mandatário.
Pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comuni-
cações - FECTRANS: Pelo Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saú-
de das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica:
Maria José Carvalho Esgueira, na qualidade de manda-
tária. Luís Alberto Pinho Dupont, na qualidade de vice-presi-
Ana Paula Quintela Rodrigues, na qualidade de manda- dente e mandatário.
tária.
José Carlos Carvalho Fernandes, na qualidade de man- Declaração
datário.
Informação da lista de sindicatos filiados na FEPCES:
Pela FESAHT - Federação dos Sindicatos da Agricultura,
Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal: CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escri-
tórios e Serviços de Portugal.
António Francisco Gonçalves Soares Baião, mandatário. Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e
Pela FEVICCOM - Federação Portuguesa dos Sindicatos Serviços do Minho.
da Construção, Cerâmica e Vidro: Sindicato dos Trabalhadores Aduaneiros em Despachan-
tes e Empresas.
Maria José Carvalho Esgueira, na qualidade de manda- Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vi-
tária. gilância, Limpeza, Domésticas, Profissões Similares e Acti-
Ana Paula Quintela Rodrigues, na qualidade de manda- vidades Diversas.
tária. Sindicato dos Empregados de Escritório, Comércio e
José Carlos Carvalho Fernandes, na qualidade de man- Serviços da Horta.
datário.

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